SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 25
Humor Aquoso
O que é? De onde vem? Pra onde vai?
Pietro B. de Azevedo
Fellow Glaucoma HCPA
Mestrando UFRGS
08.02.2017
O QUE É?
Funções
Ótica
Nutricional Metabólica
ProteçãoEstrutural
Humor = líquido biológico Aquoso = água (óbvio!)
Características
VOLUME:
COMPOSIÇÃO:
VISCOSIDADE:
ÍNDICE DE REFRAÇÃO:
0,20 a 0,25 ml
99,69% de água
1,025 a 1,04 > H2O
1,336
Solutos
Levemente Hipertônico
Levemente Ácido
Ascorbato 
Cloreto  Ácido Lático 
Proteína 
Na+  HCO3-  CO2  glicose 
Concentrações variáveis
Aminoácidos hialuronato de sódio,
noradrenalina fatores de coagulação
ativador do plasminogênio tecidual
atividade latente da colagenase
*em relação ao plasma
DE ONDE VEM?
Formação
EPITÉLIO NÃO PIGMENTADO DO CORPO CILIAR
MECANISMOS
• SECREÇÃO
• Transporte Ativo
• Bomba de Na+/K+ ATPase + ATP
• Movimento moléculas contra gradiente de concentração
• DIFUSÃO
• Gradiente de pressão osmótica
• ULTRAFILTRAÇÃO
• Gradiente de pressão hidrostática
VELOCIDADE
2,0-3,0 l/minuto
De onde vem?
Corpo Ciliar
LIMITES
Anterior: esporão escleral
Posterior: ora serrata
FORMATO
Corte sagital: Triangular
Face anterior: raiz da íris e trabeculado
Face externa: esclera e espaço supraciliar (contínuo com espaço supracoroideo)
Face interna: pars plicata ciliares e pars plana ciliares
Corpo Ciliar
PARS PLANA CILIARES
2/3 posteriores
PARS PLICATA CILIARES
1/3 anterior
• PROCESSOS CILIARES
• formação do humor aquoso
• Número = 70
• MÚSCULO CILIAR
• escoamento do humor aquoso
• acomodação
Corpo Ciliar
CÉLULAS EPITELIAIS
Camada dupla
• Externa: pigmentada
• Células cubóides
• Grânulos de pigmento.
• Continuação de EPR
• Interna: não pigmentada
• Células colunares
• Continuação da camada sensorial da retina
• Tight junctions
PRA ONDE VAI?
Pra onde vai?
Pra onde vai?
Pra onde vai?
sclera
cornea
trabecular meshwork
LS
TP
EE
CC
Vasos sanguíneos normalmente não
passam do esporão escleral !
Estruturas do Ângulo
Malha Trabecular
ORIGEM: Crista neural
CAMADA ENDOTELIAL ÚNICA
3 porções
1. Uveal
2. Córneo-escleral
3. Justa-canalicular
Canal de Schlemm
Canais coletores intraesclerais
Veias episclerais e conjuntivais
Malha Trabecular
UVEAL
Espaços abertos: 25-27 m na porção mais interna
Fibras elásticas: menor quantidade
CÓRNEO-ESCLERAL
Espaços abertos: até 15 m na porção mais externa
Fibras elásticas: menor quantidade
Malha Trabecular
JUSTA-CANALICULAR
Várias camadas celulares
Espaço intercelular: 10 m de espessura
Maior resistência para drenagem HA.
Resistência aumentada devido ao acesso estreito e
pela presença de proteoglicanos e glicoproteínas.
FATOR LIMITANTE PRIMÁRIO DA FACILIDADE
DE ESCOAMENTO
Canal de Schlemm
Tubo circular
Endotélio é monocelular e não fenestrado.
Presença de tight juntions.
CANAIS COLETORES INTRA-ESCLERAIS
Número de 25-30
Drenam para:
1) Plexo venoso profundo
2) Plexo venoso intraescleral
3) Plexo venoso episcleral: veias aquosas
Vias de drenagem
VIA TRABECULAR
Clássica
85-95%
Depende da PIO
VIA ÚVEO-ESCLERAL
5-15% (10-50%)
Não depende da PIO
Espaços intermusculares, Espaços supra-ciliar e supra-coroidal
Esclera, Espaços perivasculares
Ausência de barreira epitelial entre CA e espaço supra-ciliar  Fluxo constante
E POR QUE É IMPORTANTE?
Pressão intraocular
Fluxoentrada= Fluxotrabeculado + Fluxouveal
PIO = (Fluxoentrada - Fluxouveal) x Resistência + Pressão Venosa Episcleral
Fluxoentrada= (PIO - Pressão Venosa Episcleral) + Fluxouveal
Resistência
PIO
PIO = (Fluxoentrada - Fluxouveal) + Pressão Venosa Episcleral
Facilidade de Escoamento
Fluxouveal = 0,5 L/min
Pressão Venosa Episcleral = 10 mmHg (8-12 mmHg)
Fluxoentrada = 2,0 – 3,0 L/min
=
Equação de Goldmann
Modificada
Facilidade de Escoamento = 0,22 - 0,28 L/min/mmHg
Pressão intraocular
População Brasileira: 13,0 ± 2,1 mmHg
Hipertensão ocular: PIO > 21 mmHg
Ritmo circadiano:
Níveis máximos: 6-11 horas
Níveis mínimos: 24-2 horas
Variação normal da PIO: 2-6 mmHg
Diferenças de PIO > 4 mmHg devem ser consideradas suspeitas
OBRIGADO
azevedoMD@gmail.com

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Semiologia 08 oftalmologia - anatomia do olho e exame físico pdf
Semiologia 08   oftalmologia - anatomia do olho e exame físico pdfSemiologia 08   oftalmologia - anatomia do olho e exame físico pdf
Semiologia 08 oftalmologia - anatomia do olho e exame físico pdfJucie Vasconcelos
 
Nervo óptico - anatomia básica e aplicação clínica
Nervo óptico - anatomia básica e aplicação clínicaNervo óptico - anatomia básica e aplicação clínica
Nervo óptico - anatomia básica e aplicação clínicaPietro de Azevedo
 
Anatomia e Fisiologia Ocular - Iris e Pupila
Anatomia e Fisiologia Ocular - Iris e PupilaAnatomia e Fisiologia Ocular - Iris e Pupila
Anatomia e Fisiologia Ocular - Iris e Pupilacarla v leite
 
Neurofisiologia e edema cerebral COPA 13.04.pptx
Neurofisiologia e edema cerebral  COPA 13.04.pptxNeurofisiologia e edema cerebral  COPA 13.04.pptx
Neurofisiologia e edema cerebral COPA 13.04.pptxCarlos D A Bersot
 
22ª aula trauma de crânio Silvio
22ª aula   trauma de crânio Silvio22ª aula   trauma de crânio Silvio
22ª aula trauma de crânio SilvioProf Silvio Rosa
 
Síndrome ICE (irido corneo escleral)
Síndrome ICE (irido corneo escleral)Síndrome ICE (irido corneo escleral)
Síndrome ICE (irido corneo escleral)Pietro de Azevedo
 
Córnea anatomofisiologia
Córnea   anatomofisiologiaCórnea   anatomofisiologia
Córnea anatomofisiologiaFilipe Mira
 
Semiologia do edema 2019
Semiologia do edema 2019Semiologia do edema 2019
Semiologia do edema 2019pauloalambert
 
Retina e Retinose Pigmentar
Retina e Retinose PigmentarRetina e Retinose Pigmentar
Retina e Retinose PigmentarBruno Catão
 

Mais procurados (20)

Semiologia 08 oftalmologia - anatomia do olho e exame físico pdf
Semiologia 08   oftalmologia - anatomia do olho e exame físico pdfSemiologia 08   oftalmologia - anatomia do olho e exame físico pdf
Semiologia 08 oftalmologia - anatomia do olho e exame físico pdf
 
Trauma raquimedular
Trauma raquimedularTrauma raquimedular
Trauma raquimedular
 
Nervo óptico - anatomia básica e aplicação clínica
Nervo óptico - anatomia básica e aplicação clínicaNervo óptico - anatomia básica e aplicação clínica
Nervo óptico - anatomia básica e aplicação clínica
 
Glaucoma facogênico
Glaucoma facogênicoGlaucoma facogênico
Glaucoma facogênico
 
Fundoscopia direta
Fundoscopia diretaFundoscopia direta
Fundoscopia direta
 
Nervos Cranianos - Pares Cranianos
Nervos Cranianos - Pares CranianosNervos Cranianos - Pares Cranianos
Nervos Cranianos - Pares Cranianos
 
Pares cranianos
Pares cranianosPares cranianos
Pares cranianos
 
Anatomia e Fisiologia Ocular - Iris e Pupila
Anatomia e Fisiologia Ocular - Iris e PupilaAnatomia e Fisiologia Ocular - Iris e Pupila
Anatomia e Fisiologia Ocular - Iris e Pupila
 
Neurofisiologia e edema cerebral COPA 13.04.pptx
Neurofisiologia e edema cerebral  COPA 13.04.pptxNeurofisiologia e edema cerebral  COPA 13.04.pptx
Neurofisiologia e edema cerebral COPA 13.04.pptx
 
22ª aula trauma de crânio Silvio
22ª aula   trauma de crânio Silvio22ª aula   trauma de crânio Silvio
22ª aula trauma de crânio Silvio
 
Alteração visual e sintomas correlatos
Alteração visual e sintomas correlatosAlteração visual e sintomas correlatos
Alteração visual e sintomas correlatos
 
Síndrome ICE (irido corneo escleral)
Síndrome ICE (irido corneo escleral)Síndrome ICE (irido corneo escleral)
Síndrome ICE (irido corneo escleral)
 
Fundoscopia para iniciantes
Fundoscopia para iniciantesFundoscopia para iniciantes
Fundoscopia para iniciantes
 
Lesões+do..
Lesões+do..Lesões+do..
Lesões+do..
 
Córnea anatomofisiologia
Córnea   anatomofisiologiaCórnea   anatomofisiologia
Córnea anatomofisiologia
 
Semiologia do edema 2019
Semiologia do edema 2019Semiologia do edema 2019
Semiologia do edema 2019
 
Retina e Retinose Pigmentar
Retina e Retinose PigmentarRetina e Retinose Pigmentar
Retina e Retinose Pigmentar
 
SISTEMA SENSORIAL (olho e visão)
SISTEMA SENSORIAL (olho e visão)SISTEMA SENSORIAL (olho e visão)
SISTEMA SENSORIAL (olho e visão)
 
Sistema tegumentar
Sistema tegumentarSistema tegumentar
Sistema tegumentar
 
Telencéfalo
Telencéfalo Telencéfalo
Telencéfalo
 

Semelhante a O que é o humor aquoso: suas funções, origem e destino

Semelhante a O que é o humor aquoso: suas funções, origem e destino (20)

Introdução à Fisiologia Humana
Introdução à Fisiologia HumanaIntrodução à Fisiologia Humana
Introdução à Fisiologia Humana
 
Controle do meio interno e transporte através de
Controle do meio interno e transporte através deControle do meio interno e transporte através de
Controle do meio interno e transporte através de
 
Transporte passivo e ativo 2010
Transporte passivo e ativo 2010Transporte passivo e ativo 2010
Transporte passivo e ativo 2010
 
Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos
Hidratacao Venosa e Disturbios HidroeletroliticosHidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos
Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos
 
Medidas do Sistema Respiratório
Medidas do Sistema RespiratórioMedidas do Sistema Respiratório
Medidas do Sistema Respiratório
 
Rfa 1 sistemas de controle
Rfa 1   sistemas de controle Rfa 1   sistemas de controle
Rfa 1 sistemas de controle
 
Fisiologia celular
Fisiologia celularFisiologia celular
Fisiologia celular
 
Sistema renal
Sistema renalSistema renal
Sistema renal
 
Membranaplasmaticaslides 130424121923-phpapp02
Membranaplasmaticaslides 130424121923-phpapp02Membranaplasmaticaslides 130424121923-phpapp02
Membranaplasmaticaslides 130424121923-phpapp02
 
Unknown parameter value
Unknown parameter valueUnknown parameter value
Unknown parameter value
 
Membranas Biológicas
Membranas BiológicasMembranas Biológicas
Membranas Biológicas
 
13 para onde a água vai
13 para onde a água vai13 para onde a água vai
13 para onde a água vai
 
Célula.ppt
Célula.pptCélula.ppt
Célula.ppt
 
Célula.ppt
Célula.pptCélula.ppt
Célula.ppt
 
Célula.ppt
Célula.pptCélula.ppt
Célula.ppt
 
Transportes transmembrana #2
Transportes transmembrana #2Transportes transmembrana #2
Transportes transmembrana #2
 
agressores da polpa.pptx
agressores da polpa.pptxagressores da polpa.pptx
agressores da polpa.pptx
 
Membranaplasmaticaslides 130424121923-phpapp02
Membranaplasmaticaslides 130424121923-phpapp02Membranaplasmaticaslides 130424121923-phpapp02
Membranaplasmaticaslides 130424121923-phpapp02
 
Membrana plasmática slides COMPLETO
Membrana plasmática slides COMPLETOMembrana plasmática slides COMPLETO
Membrana plasmática slides COMPLETO
 
Anatomia Renal
Anatomia RenalAnatomia Renal
Anatomia Renal
 

Mais de Pietro de Azevedo

Mais de Pietro de Azevedo (20)

Laser em glaucoma
Laser em glaucoma Laser em glaucoma
Laser em glaucoma
 
Anatomia da íris
Anatomia da íris  Anatomia da íris
Anatomia da íris
 
Fármacos antiglaucomatosos
Fármacos antiglaucomatosos Fármacos antiglaucomatosos
Fármacos antiglaucomatosos
 
Tonometria e paquimetria
Tonometria e paquimetriaTonometria e paquimetria
Tonometria e paquimetria
 
Estrabismo nas miopatias e Doença de graves
Estrabismo nas miopatias e Doença de gravesEstrabismo nas miopatias e Doença de graves
Estrabismo nas miopatias e Doença de graves
 
Tratamento Cirúrgico da Paralisia Facial
Tratamento Cirúrgico da Paralisia FacialTratamento Cirúrgico da Paralisia Facial
Tratamento Cirúrgico da Paralisia Facial
 
Óptica
ÓpticaÓptica
Óptica
 
Óptica clínica
Óptica clínicaÓptica clínica
Óptica clínica
 
Presbiopia
PresbiopiaPresbiopia
Presbiopia
 
Astigmatismo
AstigmatismoAstigmatismo
Astigmatismo
 
Papilografia - avaliação do nervo óptico
Papilografia - avaliação do nervo ópticoPapilografia - avaliação do nervo óptico
Papilografia - avaliação do nervo óptico
 
Ceratite bacteriana
Ceratite bacterianaCeratite bacteriana
Ceratite bacteriana
 
Hipertireoidismo e Dobras de Coroide
Hipertireoidismo e Dobras de CoroideHipertireoidismo e Dobras de Coroide
Hipertireoidismo e Dobras de Coroide
 
Campimetria
CampimetriaCampimetria
Campimetria
 
Alergias oculares
Alergias ocularesAlergias oculares
Alergias oculares
 
Esotropias
EsotropiasEsotropias
Esotropias
 
Síndrome Sturge-Weber - caso e revisão da literatura
Síndrome Sturge-Weber - caso e revisão da literaturaSíndrome Sturge-Weber - caso e revisão da literatura
Síndrome Sturge-Weber - caso e revisão da literatura
 
Hanseníase - acometimento ocular
Hanseníase - acometimento ocularHanseníase - acometimento ocular
Hanseníase - acometimento ocular
 
Noções gerais av, refração, ambliopia, estrabismo e lesão ncs
Noções gerais   av, refração, ambliopia, estrabismo e lesão ncsNoções gerais   av, refração, ambliopia, estrabismo e lesão ncs
Noções gerais av, refração, ambliopia, estrabismo e lesão ncs
 
Tonometria
TonometriaTonometria
Tonometria
 

Último

Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfFidelManuel1
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxMarcosRicardoLeite
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelVernica931312
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointwylliamthe
 

Último (8)

Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power point
 

O que é o humor aquoso: suas funções, origem e destino

  • 1. Humor Aquoso O que é? De onde vem? Pra onde vai? Pietro B. de Azevedo Fellow Glaucoma HCPA Mestrando UFRGS 08.02.2017
  • 3. Funções Ótica Nutricional Metabólica ProteçãoEstrutural Humor = líquido biológico Aquoso = água (óbvio!)
  • 4. Características VOLUME: COMPOSIÇÃO: VISCOSIDADE: ÍNDICE DE REFRAÇÃO: 0,20 a 0,25 ml 99,69% de água 1,025 a 1,04 > H2O 1,336
  • 5. Solutos Levemente Hipertônico Levemente Ácido Ascorbato  Cloreto  Ácido Lático  Proteína  Na+  HCO3-  CO2  glicose  Concentrações variáveis Aminoácidos hialuronato de sódio, noradrenalina fatores de coagulação ativador do plasminogênio tecidual atividade latente da colagenase *em relação ao plasma
  • 7. Formação EPITÉLIO NÃO PIGMENTADO DO CORPO CILIAR MECANISMOS • SECREÇÃO • Transporte Ativo • Bomba de Na+/K+ ATPase + ATP • Movimento moléculas contra gradiente de concentração • DIFUSÃO • Gradiente de pressão osmótica • ULTRAFILTRAÇÃO • Gradiente de pressão hidrostática VELOCIDADE 2,0-3,0 l/minuto
  • 9. Corpo Ciliar LIMITES Anterior: esporão escleral Posterior: ora serrata FORMATO Corte sagital: Triangular Face anterior: raiz da íris e trabeculado Face externa: esclera e espaço supraciliar (contínuo com espaço supracoroideo) Face interna: pars plicata ciliares e pars plana ciliares
  • 10. Corpo Ciliar PARS PLANA CILIARES 2/3 posteriores PARS PLICATA CILIARES 1/3 anterior • PROCESSOS CILIARES • formação do humor aquoso • Número = 70 • MÚSCULO CILIAR • escoamento do humor aquoso • acomodação
  • 11. Corpo Ciliar CÉLULAS EPITELIAIS Camada dupla • Externa: pigmentada • Células cubóides • Grânulos de pigmento. • Continuação de EPR • Interna: não pigmentada • Células colunares • Continuação da camada sensorial da retina • Tight junctions
  • 16. LS TP EE CC Vasos sanguíneos normalmente não passam do esporão escleral ! Estruturas do Ângulo
  • 17. Malha Trabecular ORIGEM: Crista neural CAMADA ENDOTELIAL ÚNICA 3 porções 1. Uveal 2. Córneo-escleral 3. Justa-canalicular Canal de Schlemm Canais coletores intraesclerais Veias episclerais e conjuntivais
  • 18. Malha Trabecular UVEAL Espaços abertos: 25-27 m na porção mais interna Fibras elásticas: menor quantidade CÓRNEO-ESCLERAL Espaços abertos: até 15 m na porção mais externa Fibras elásticas: menor quantidade
  • 19. Malha Trabecular JUSTA-CANALICULAR Várias camadas celulares Espaço intercelular: 10 m de espessura Maior resistência para drenagem HA. Resistência aumentada devido ao acesso estreito e pela presença de proteoglicanos e glicoproteínas. FATOR LIMITANTE PRIMÁRIO DA FACILIDADE DE ESCOAMENTO
  • 20. Canal de Schlemm Tubo circular Endotélio é monocelular e não fenestrado. Presença de tight juntions. CANAIS COLETORES INTRA-ESCLERAIS Número de 25-30 Drenam para: 1) Plexo venoso profundo 2) Plexo venoso intraescleral 3) Plexo venoso episcleral: veias aquosas
  • 21. Vias de drenagem VIA TRABECULAR Clássica 85-95% Depende da PIO VIA ÚVEO-ESCLERAL 5-15% (10-50%) Não depende da PIO Espaços intermusculares, Espaços supra-ciliar e supra-coroidal Esclera, Espaços perivasculares Ausência de barreira epitelial entre CA e espaço supra-ciliar  Fluxo constante
  • 22. E POR QUE É IMPORTANTE?
  • 23. Pressão intraocular Fluxoentrada= Fluxotrabeculado + Fluxouveal PIO = (Fluxoentrada - Fluxouveal) x Resistência + Pressão Venosa Episcleral Fluxoentrada= (PIO - Pressão Venosa Episcleral) + Fluxouveal Resistência PIO PIO = (Fluxoentrada - Fluxouveal) + Pressão Venosa Episcleral Facilidade de Escoamento Fluxouveal = 0,5 L/min Pressão Venosa Episcleral = 10 mmHg (8-12 mmHg) Fluxoentrada = 2,0 – 3,0 L/min = Equação de Goldmann Modificada Facilidade de Escoamento = 0,22 - 0,28 L/min/mmHg
  • 24. Pressão intraocular População Brasileira: 13,0 ± 2,1 mmHg Hipertensão ocular: PIO > 21 mmHg Ritmo circadiano: Níveis máximos: 6-11 horas Níveis mínimos: 24-2 horas Variação normal da PIO: 2-6 mmHg Diferenças de PIO > 4 mmHg devem ser consideradas suspeitas

Notas do Editor

  1. Olho – anatomi – segmento anterior – anatomia HA
  2. Olho – anatomi – segmento anterior – anatomia HA
  3. Olho – anatomi – segmento anterior – anatomia HA
  4. Olho – anatomi – segmento anterior – anatomia HA
  5. Olho – anatomi – segmento anterior – anatomia HA
  6. Olho – anatomi – segmento anterior – anatomia HA
  7. Olho – anatomi – segmento anterior – anatomia HA
  8. Olho – anatomi – segmento anterior – anatomia HA
  9. Olho – anatomi – segmento anterior – anatomia HA
  10. Olho – anatomi – segmento anterior – anatomia HA
  11. Olho – anatomi – segmento anterior – anatomia HA
  12. Olho – anatomi – segmento anterior – anatomia HA
  13. Olho – anatomi – segmento anterior – anatomia HA
  14. Olho – anatomi – segmento anterior – anatomia HA
  15. Olho – anatomi – segmento anterior – anatomia HA
  16. Olho – anatomi – segmento anterior – anatomia HA
  17. Olho – anatomi – segmento anterior – anatomia HA
  18. Olho – anatomi – segmento anterior – anatomia HA
  19. Olho – anatomi – segmento anterior – anatomia HA