O documento discute a história da filosofia da religião, desde seus antecedentes até seu desenvolvimento no mundo anglo-saxão e continental. Apresenta os principais pensadores e correntes que contribuíram para o estudo filosófico da religião ao longo dos séculos, como a distinção entre religião e filosofia, as primeiras reflexões sobre o tema, e o amadurecimento do campo no mundo moderno.
Esse slide procura mostrar a necessidade de se ter uma atitude questionadora diante dos fatos cotidianos de tal forma que tenhamos a capacidade de identificar o é na verdade natural e nos espantarmos e sermos sensíveis diante das experiências de vida.
Esse slide procura mostrar a necessidade de se ter uma atitude questionadora diante dos fatos cotidianos de tal forma que tenhamos a capacidade de identificar o é na verdade natural e nos espantarmos e sermos sensíveis diante das experiências de vida.
Filosofia é uma palavra grega que significa "amor à sabedoria" e consiste no estudo de problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e estéticos, à mente e à linguagem.
Filosofia é uma palavra grega que significa "amor à sabedoria" e consiste no estudo de problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e estéticos, à mente e à linguagem.
Seminário: "Apresentação do tema "História da Ciência da Religião"enquadrado na disciplina "Introdução a Pesquisa em Ciências da Religião I" - PUC-SP (Segundo semestre - 2014).
Platonismo e cristianismo: Irreconciabilidade radical ou elementos comuns?Pr. Régerson Molitor
O encontro do pensamento cristão com o “platonismo” não foi apenas uma simples recepção “formal” e “exterior” de imagens, conceitos, metáforas, sem que nenhum conteúdo originário tenha entrado no novo contexto. A metafísica platônica determinou profundamente a compreensão teológica do cristianismo, como podemos constatar a partir de dois exemplos: 1) O problema da imutabilidade de Deus e 2) o da relação entre as três pessoas da Trindade.
ABHR SUDESTE 2019 - Laicidade e Pluralismo: Educação, Religiosidade e Direitos HumanosGT 07 Experiências de Ensino Religioso no espaço público e laico da Escola
"Aprender, ensinar, saberes e práticas, um processo com
orgânico e com vida própria, singular, que desafia e nos enfrenta"a cada jornada. Assim é a aprendizagem, é um processo por meio do qual uma nova informação se relaciona aos diversos saberes de maneira substantiva e não arbitrária, considerando os aspectos relevantes da atualidade. Além disso, proporciona a reflexão sobre as práticas significativas aplicadas no contexto da educação formal e não formal como, por exemplo, em esferas como as da Educação Básica até as do Ensino Superior ou, ainda, em instituições não governamentais. Nesse sentido, buscamos reunir nessa
obra relatos de experiência e estudos teóricos a fim de proporcionar e disseminar o conhecimento por meio de ações educativas que contribuam para o ensino e a aprendizagem em nosso país.
Esta obra é uma coletânea de artigos acadêmicos que surgiram através de pesquisas e reflexões sobre temas que se revestem de extrema importância no cenário acadêmico atual. Neles é visível um rigoroso esforço de sistematização de diversos assuntos analisados com uma visão ampla e plural, através de temas ligados a: Filosofia, Política, Religião, Ciência, Cultura e Linguagem. Os artigos são claramente distintos em seus objetivos e conteúdo, mas profundos em seu alcance epistemológico. Nada os liga e nada os separa, pois, subjacente ao termo coletânea, derivada da palavra latina 'collectãnea' que significa compilar, juntar, reunir […] em um “corpo” único, o leitor tem em suas mãos, uma obra que permeia diversas áreas do conhecimento, o que o desafiará a um mergulho diferente em cada artigo lido, pois, minha intenção é partilhar um pouco do que investiguei ao longo dos últimos cinco anos (2012/2016) dedicados à academia em solo brasileiro que me acolheu, como tantos outros africanos e, especialmente Cabo-verdianos à procura de uma melhor formação acadêmica.
A formação cultural e social do Brasil como um país multirreligioso deve-se, em parte, à presença de vários povos com suas respetivas religiões. Os especialistas não têm dúvidas sobre a importância que os africanos tiveram nessa formação, mas, ainda existem muitos preconceitos que precisam ser desmistificados. Isso só será possível a partir do momento que o sistema educativo brasileiro integrar no currículo matérias que visam abordar de forma sistemática aspetos relativos às religiões de matriz africana, visando colocá-los em pé de igualdade com as outras que foram introduzidas no Brasil. O objetivo desse artigo é analisar o
estatuto atual das religiões afro-brasileiras dentro e fora das escolas e seu respetivo impacto na formação religiosa do país. Para isso, usaremos como suporte a revisão bibliográfica para
que possamos trazer de forma sistematizada diversas posições de autores que se dedicam ao estudo do tema.
Arlindo Nascimento Rocha joga luz sobre a relevância do pensamento político na obra de Blaise Pascal. Filósofo do século XVII, que teve até recentemente seus escritos políticos ignorados, Pascal é hoje apontado como um grande talento da antropologia-política e social e suas considerações sobre o homem moderno foram reconhecidas pela relevância que apresentam.[ver p. 52 a 73].
Este artigo tem como objetivo central abordar a construção política de Blaise Pascal, que nas últimas décadas despertou interesse pelo seu pensamento que emerge, em primeiro plano, das concupiscências, a partir das quais se constituem a força, a imaginação, os costumes e as leis; e, com elas, a distinção entre as grandezas naturais e de estabelecimento. Seu pensamento deságua, numa contundente antropologia política, social e existencial. Assim, busca-se apresentar sua construção político-social, que é talvez o mais necessário e lúcido relativamente à condição humana que vive uma espécie de vazio, aniquilado pelo consumo, e marcado pela impossibilidade de obter um adequado grau de satisfação existencial. Sua visão política tem fundamento nos múltiplos pertencimentos do sujei-to numa sociedade que favorece a transformação das condições existenciais nas quais o homem “pós-moderno” vivencia experiências desprovidas do sentimento de auto realização pessoal e de fuga da sua verdadeira condição insuficiente.
Este artigo tem como objetivo trazer à tona e refletir sobre os conceitos pascalianos de desejo e divertimento como categorias antropológicas, que nos ajuda a entender melhor a necessidade (desejo) e a busca permanente pela agitação (divertimento) como marcas do desvio da nossa condição insustentável. Pascal interpreta o divertimento como manobras para desviar o pensamento das nossas misérias existenciais, das nossas múltiplas insuficiências, da nossa incapacidade de nos manter em repouso, mas também podemos interpretá-lo como sendo uma condição essencial do homem que impede o acesso ao momento e à eternidade. Portanto, se há um conceito que Blaise Pascal reinventou de forma original, é o divertimento, visto como todos os estratagemas usados pelo homem visando à fuga de si mesmo. Esta condição de insatisfação dos nossos desejos e da eterna procura pelo divertimento é precisamente a contingência da nossa existência inautêntica e miserável.
Lotando igrejas há vários anos com um grupo que reza o terço de forma bastante incomum, Pedro Siqueira conversa com santos, anjos e Nossa Senhora. Lançou seu primeiro livro, “a pedido de Nossa Senhora”, o segundo como continuação do primeiro, embora de um ângulo diferente e o terceiro para falar sobre sua vida: infância, família, amigos e sua missão, como instrumento de ligação entre o mundo espiritual e as pessoas de boa fé. Esse presente trabalho tem como objetivo apresentar, uma figura carismática que nos últimos 24 anos têm arrastado multidões para a Igreja onde tem levado a cabo sua missão, principalmente nas sessões de terço que tem realizado, com número crescente de fiéis à medida que o tempo passa, e que, sua mensagem faz eco no coração das pessoas que estão a procura de viver sua espiritualidade ou que estão a procurar curas e bênçãos para os males que os afligem.
Este artigo tem como objetivo refletir sobre um dos temas mais
polêmicos entre os judeus e os diversos movimentos judaicos: a conversão ou não ao judaísmo por não judeus. As leis rabínicas definem como judeu aquele que nasce de mãe judia; então, ser judeu é uma condição transmissível apenas pelo sangue ou qualquer um pode converter-se ao judaísmo? Na verdade, nenhuma outra religião é tão marcada pela ideia de conversão como a judaica. Entretanto, o processo de conversão a essa religião vem adquirido contornos cada vez mais rígidos atualmente, o que revela a fragilidade judaica moderna, uma vez que, existe um certo temor, tendo em conta os perigos que os novos conversos podem representar para o judaísmo.
O objetivo desse artigo é analisar as críticas de Pascal ao pensamento racional que pretendia legitimar a verdade, baseando-se apenas na razão. Ele inicia seu percurso
científico ainda criança, inspirado pelas discussões no círculo dos eruditos, e, por ter tido desde cedo a orientação do pai, seu único professor que lhe introduziu no estudo da geometria e da matemática. Mais tarde, ele viria a dedicar-se ao estudo das Sagradas Escrituras. Como prova de sua fé, escreveu uma Apologia ao cristianismo. Após sua morte, amigos e familiares reuniram os fragmentos que foram publicados sob o título de Pensées. Nessa obra, Pascal aproxima-se do ceticismo fideísta ao apontar os limites da razão e a incerteza do conhecimento racional que só podem ser superadas pela fé. Ele elabora o tema da contradição da natureza humana, presente na discussão moderna desde as suas raízes do humanismo renascentista e retomado por ele a partir de Montaigne.
Vários argumentos sobre a existência do mal foram apresentados em diversas épocas, podendo ser traduzidos em duas alternativas: uma visão centrada em Deus e outra no homem. No primeiro caso, pode-se apontar três possibilidades: Deus é bom, tudo o que existe é bom e o mal não existe; o mal existe e Deus está empenhado na batalha contra o mal; Deus não pode agir errado e, portanto, tudo o que Ele faz é bom. Enquanto que no segundo, afirma-se que, a bondade seria de menor valor, se fosse parte inalienável da natureza do homem. O objetivo deste artigo é apresentar a visão pascaliana sobre o mal, ou seja, o pecado original que determinou a entrada do mal no mundo, e, consequentemente a ocultação de Deus.
Seminário apresentado pelo doutorando Arlindo Rocha; Elaine Honorato; Marco Antônio Sá; Bernardete Marcelino na disciplina Grandes Temas de Ciência da Religião - PUCSP - 11/06/2018.
Monografia que será entregue à Coordenação do Curso de Pós-Graduação Lato-Senso - Especialização em Administração, Supervisão, e Orientação Educacional da Universidade Católica de Petrópolis (UCP) / Instituto de Pesquisa e Tecnologia (IPETEC), para obtenção do grau de Pós-Graduado.
As “dimensões religiosas da condição humana” no judaísmo devem ser buscadas dentro da complexa teia de camadas múltiplas da sua literatura tradicional, que se inicia com a coleção de narrativas bíblicas, leis, profecias e escritos de sabedorias a maior parte dos quais editadas nos séculos V e VI a,C. A categoria da “condição humana” não é nativa ao pensamento tradicional judaico, nem uma questão fundante, geradora, que na literatura religiosa judaica, seja trada independentemente. Assim, nosso objetivo ao tratar esse tema, é analisar algumas suposições sobre a condição humana, através de um conjunto de tópicos importantes à tradição, tendo Deus como Criador e soberano do mundo; a revelação de Deus na Bíblia; e os mandamentos (Torá) que guiam o viver humano, a resposta a Deus, mediante a fidelidade, obediência e estudo da Torá; responsabilidade e fraqueza humana; desobediência humana mediante o pecado, e, por último, a justiça e a misericórdia de Deus na punição do pecado.
Rig Veda ou Rigveda, Livro dos Hinos, é o Primeiro Veda e é o mais importante veda, pois todos os outros derivaram dele. Rig Veda é o Veda mais antigo e, ao mesmo tempo, o documento mais antigo da literatura hindu, composto de hinos, rituais e oferendas às divindades. Possui 1.028 hinos, sendo que a maioria se refere a oferendas de sacrifícios, algumas sem relação com o culto. Independentemente do valor interno, o Primeiro Veda é valiosíssimo pela antiguidade(...)
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdfenpfilosofiaufu
Caderno de Resumos XVIII Encontro de Pesquisa em Filosofia da UFU, IX Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e VII Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio
LIVRO MPARADIDATICO SOBRE BULLYING PARA TRABALHAR COM ALUNOS EM SALA DE AULA OU LEITURA EXTRA CLASSE, COM FOCO NUM PROBLEMA CRUCIAL E QUE ESTÁ TÃO PRESENTE NAS ESCOLAS BRASILEIRAS. OS ALUNOS PODEM LER EM SALA DE AULA. MATERIAL EXCELENTE PARA SER ADOTADO NAS ESCOLAS
proposta curricular para educação de jovens e adultos- Língua portuguesa- anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano). Planejamento de unidades letivas para professores da EJA da disciplina língua portuguesa- pode ser trabalhado nos dois segmentos - proposta para trabalhar com alunos da EJA com a disciplina língua portuguesa.Sugestão de proposta curricular da disciplina português para turmas de educação de jovens e adultos - ensino fundamental. A proposta curricular da EJa lingua portuguesa traz sugestões para professores dos anos finais (6º ao 9º ano), sabendo que essa modalidade deve ser trabalhada com metodologias diversificadas para que o aluno não desista de estudar.
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoMateusTavares54
Quer aprender inglês e espanhol de um jeito divertido? Aqui você encontra atividades legais para imprimir e usar. É só imprimir e começar a brincar enquanto aprende!
1. FILOSOFIA DA RELIGIÃO
PAINE, Scott Randall. Filosofia da religião. In: Compêndio de Ciência da Religião/
João Décio Passos, Frank Usarski (Org.). – São Paulo: Paulinas: Paulus, 2013.
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
Departamento de Ciência da Religião
Doutorado/Mestrado em CR. 2o Sem/2018
Arlindo Rocha
Renilda Almeida
08/11/2018
1
2. ÍNDICE
INTRODUÇÃO
ORIENTAÇÕES CONCEITUAIS
ANTECEDENTES DA FILOSOFIA DA RELIGIÃO
FILOSOFIA DA RELIGIÃO
FILOSOFIA DA RELIGIÃO NO MUNDO ANGLO-SAXÃO
FILOSOFIA CONTINENTAL RELIGIÃO
FILOSOFIA COMPARADA DA RELIGIÃO
FILOSOFIA DA RELIGIÃO NO BRASIL
CONCLUSÃO
2
3. Dados biográficos
Professor e pesquisador associado da Universidade
de Brasília, com estudos na Universidade de Chicago
(1970-71), possui graduação em Latim e Literatura
Latina pela Universidade de Kansas (1974),
Graduação em Filosofia e Teologia, Mestrado (1982) e
doutorado (1988) em Filosofia pela Pontifícia
Universidade São Tomás de Aquino. Experiência nas
áreas de Filosofia, Teologia e Ciência da Religião, com
ênfase em Filosofia Medieval, Filosofia Oriental,
Metafísica, Teologia e Filosofia Comparadas. Foi
pesquisador visitante na Universidade Nacional de
Cingapura em 2007 e no Centro para o Estudo das
Religiões Mundiais da Universidade de Harvard em
2013.
3
4. INTRODUÇÃO
A FILOSOFIA DA RELIGIÃO não surgiu do dia para a noite, foi um processo
onde é possível identificar caminhos [paralelos – divergentes –
convergentes].
O objetivo desse artigo é examinar a relação histórica e problemática entre
RELIGIÃO e FILOSOFIA que deram origem a FILOSOFIA DA RELIGIÃO:
1. No PRIMEIRO momento - reflete sobre a complexa realidade conceitual de cada
termo, mostrando a dificuldade na definição objetiva de cada um;
2. No SEGUNDO momento - investe na procura dos antecedentes da filosofia da
religião;
3. No TERCEIRO momento - aborda a filosofia no mundo anglo-saxão; seguida da
filosofia continental da religião;
4. E, finalmente faz uma análise sobre a filosofia comparada da religião e a filosofia
da religião no Brasil.
4
5. INTRODUÇÃO (cont)
Seu surgimento remonta à dois fatos históricos:
1. Estudo não confessional da religião a partir do século XVIII;
em perspectiva histórica, linguística, antropológica,
sociológica e psicológica;
2. Surgimento de novos estudos de religiões pouco conhecidas;
Na filosofia contemporânea ressurge o interesse reanimado:
pela crença e fenomenologia da experiência e linguagem
religiosas;
Pelo problema do mal e da liberdade humana;
Pelos argumentos sobre a existência de Deus ou não.
5
6. ORIENTAÇÕES CONCEITUAIS
Nesse ponto, o autor se propõe a definir os conceitos, de
FILOSOFIA e RELIGIÃO.
A dificuldade na definição da FILOSOFIA reside na polissemia das filosofias,
como reflexo da disparidade de significações do termo ao longo da história
das correntes filosóficas, pois, contrariamente as ciências particulares que
buscam saber tudo sobre algo; a filosofia pretende saber algo de tudo.
Definições de RELIGIÃO, também são polêmicas, mas o autor sugere quatro
parâmetros, visando contornar a natureza das religiões:
existem níveis heterogêneos do real superiores àqueles registrados por nossos
sentidos;
a nossa relação com a transcendência é de suma importância;
por qualquer razão, essa relação foi interrompida;
consequentemente uma religião se apresenta como meio de restaurar e sanar
essa relação.
6
7. ORIENTAÇÕES CONCEITUAIS (cont)
Para o autor a Filosofia da Religião se estrutura em torno
de quatro eixos:
Discussão da existência e natureza de Deus ou de algo
transcendente;
A justificativa da crença, a experiência religiosa, a mística e os
milagres;
O problema do mal e do livre arbítrio;
As estruturas religiosas, cognitivas, morais e rituais, ou o credo,
o código e o culto.
7
8. ANTECEDENTES DA FILOSOFIA DA RELIGIÃO
Ao relacionarmos os conceitos de FILOSOFIA e RELIGIÃO, podemos
elencar três tentativas, a saber:
1. Filosofia é Religião (identidade), ou seja, uma aproximação semelhante a uma fusão;
Pode ser identificada de duas formas:
Em certas correntes do budismo, do neoplatonismo, no positivismo comteano e
nas formas pragmáticas do marxismo;
Correntes religiosas que reclamam somente à revelação ou a uma intuição mística,
todos os direitos de conhecimento fidedigno acessível ao homem.
2. Filosofia e Religião (paralelismo), saberes distintos e inconfundíveis, tanto no método
quanto no conteúdo;
Os dois conceitos afastam um do outro:
Distinção e distância estabeleceram-se como caraterísticas dessa relação;
Ambas costumam ser vistas como inconfundíveis tanto no método quanto no
conteúdo.
3. Filosofia na Religião (teologias e metafísicas religiosas), a cooperação entre ambas
gerou grandes teologias.
a cooperação entre ambas, no Ocidente gerou grandes teologias,
(Cristianismo, Judaísmo e Islã).
8
9. FILOSOFIA DA RELIGIÃO
No mundo moderno, a Filosofia começou a ter a Religião
como objeto de reflexão e aponta três razões.
Primeiro: no século XV – Cisma da cristandade entre Oriente e
Ocidente; surgimento de denominações protestantes; a religião
deixou de ser identificada com uma única igreja;
Segundo: a chegada de novas fontes de informação sobre o
oriente no século XVII através dos Jesuítas.
Terceiro: surgimento das ciências modernas: ataques ao
pensamento religioso/teológico levaram ao amadurecimento da
reflexão sobre a origem desse fenômeno.
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10. FILOSOFIA DA RELIGIÃO (cont.)
Nos séculos XVI e XVII, vários pensadores tentaram estudar a religião
enquanto tal, com um olhar filosófico, mas com pouco impacto.
Exemplos:
Jean Bodin (séc. XV);
Pedro Abelardo, Raimundo Lulio (séc. XIII);
Nicolau de Cusa (séc. XV).
No século seguinte Edward Herbert Cherbury, publicou suas Cinco noções
comuns, que ofereceram outro caminho pela formulação de teses abstratas e
universais.
Outras interpretações tentaram dar um valor aos pormenores da crença:
Bernard Fontenelle (séc. XVIII) sugeriu que a religião como uma espécie de
protociência [esforço racional], mas da parte de pessoas não instruídas pela ciência
moderna;
Giambattista Vico (séc. XVIII) valorizava o aspecto poético e imaginativo caraterístico
das religiões como válida, mas, não valorizada de conhecimento.
10
11. FILOSOFIA DA RELIGIÃO (cont.)
Com David HUME e outros filósofos do séc. XVIII - questões sobre
religião começaram a universalizar com um viés mais crítico.
Para ele:
Os milagres não merecem crença da parte do homem;
Os argumentos sobre a existência de Deus eram refutáveis;
A origem da religião seria atribuível a projeções de agência humana em
poderes da natureza ainda não conhecidos cientificamente.
Um século depois [XIX], MARX afirmará que “a crítica da religião é a pré-
condição de toda a crítica futura” [...]
LEIBNIZ [vê a religião com bons olhos] – escreveu em 1710 um Discurso
preliminar sobre a conformidade da fé com a razão;
No final do século KANT daria um valor positivo à religião [o instinto moral
humano pode explicar o surgimento das crenças, que serviriam como
defensores da moral]:
Em KANT, a redução da religião à moral teve como meta transformar o ser humano e
não apenas no agir.
11
12. FILOSOFIA DA RELIGIÃO (cont.)
HEGEL e COMTE integram a religião nos seus sistemas filosóficos:
No primeiro caso, etapa necessária para o idealismo hegeliano, como
estágio de emergência do Espírito Absoluto;
No positivismo comteano, como etapa separada no progresso rumo a
formulação do positivismo como a religião da humanidade.
SCHLEIERMACHER valoriza a religião positivamente, mas de
maneira não teórica.
Obs: enquanto KANT pretendeu explicar a religião deixando os fatos
religiosos concretos desprovidos de interesse, HEGEL, COMTE e
SCHLEIERMACHER, valorizaram os fenômenos particulares, fazendo de um
filosofar sobre a religião uma autêntica Filosofia da Religião.
12
13. FILOSOFIA DA RELIGIÃO (cont.)
FEUERBACH, KIERKEGAARD, FREUD, MARX, ambos a sua
maneira refletem sobre o “fenômeno”:
FEUERBACH – vê no cristianismo, uma filosofia do homem, ou
seja, algo integral à realidade humana que requer reflexão.
KIERKEGAARD - interpretará os paradoxos e aparentes
contradições do Cristianismo como estratégias divinas para
desarmar a ignorância humana.
FREUD e MARX – vêm na religião não apenas só doença ou
narcótico, mas algo rico e cheio de conteúdo intelectualmente
estimulante, embora as interpretações sejam divergentes.
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14. FILOSOFIA DA RELIGIÃO (cont.)
Fora do mundo acadêmico, os filósofos como GUÉNON
COOMARASWAMY [perenalistas] avançam a Tese de uma FILOSOFIA
PERENE, presente em todas as tradições religiosas, que incentivou
obras relevantes para a FILOSOFIA DA RELIGIÃO.
Em meados do século XX, identifica-se duas tendências que levaram
o filósofo acadêmico a se ocupar da religião.
Primeira: reanimação de algumas problemáticas epistemológicas e
até metafísicas que a Filosofia acadêmica havia tentado aposentar,
mas, sem êxito;
Segunda: nova atenção proporcionada à riqueza e diversidade do
fenômeno religioso, provindo das Ciências Sociais e da religião
comparada.
14
15. FILOSOFIA DA RELIGIÃO (cont.)
A relevância desses estudos chegou à tona graças aos estudos sobre
filosofia Oriental. A íntima relação entre Religião e Filosofia fez com
que a FILOSOFIA DA RELIGIÃO recebesse bastante atenção.
Além disso, ainda podemos citar:
Interesse crescente na Filosofia mundial (Sabedoria indígena, por exemplo);
Interesse na Fenomenologia da Religião através dos teólogos OTTO, VAN DER LEEUW,
MAX SCHELER e ELIADE.
MAS, o termo FILOSOFIA DA RELIGIAO fez sua estreia acadêmica com o filósofo
platônico Ralph Cudworth (século XVII) ganhando nomenclatura na última
década do século XVIII.
Na segunda metade do século XX despertou mais interesse de pesquisa e
publicação, pois, os filósofos começaram a abrigar-se nos departamentos de
Filosofia.
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16. FILOSOFIA DA RELIGIÃO NO MUNDO ANGLO-SAXÃO
A corrente de FILOSOFIA DA RELIGIÃO mais ativa no início do século XXI nasceu na
linhagem de uma escola histórica anti-metafísica e antirreligiosa: O POSITIVISMO
LÓGICO.
Não que o conhecimento religioso metafísico fosse falso, mas carecia de
sentido.
Então, como é que desse contexto pouco promissor surgiu a manifestação mais
vigorosa de FILOSOFIA DA RELIGIÃO no mundo acadêmico?
Foi graças a WITTGENSTEIN. Sua obra Tratactus logico-philosophicus (1921) é vista
como uma declaração de independência do cientificismo para o CÍRCULO DE
VIENA e do POSITIVISMO LÓGICO.
Ele declarou assuntos metafísicos e religiosos além do alcance da linguagem
empiricamente verificável e de interesse zero para a filosofia, porém, anos depois,
rejeitou a teoria da linguagem do seu Tratactus e abraçou a visão de “jogos de
linguagem” como a maneira que vários sentidos fora da ciência podem construir
sentidos religiosos.
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17. FILOSOFIA DA RELIGIÃO NO MUNDO ANGLO-SAXÃO (cont.)
Outros estudiosos, a partir de 1950 abriram portas para a “linguagem
ordinária” e começaram a estudar a linguagem religiosa, assuntos
metafísicos, epistemológicos e moral ligados à religião.
A Filosofia da Religião tem se dedicado a assuntos relevantes a
saber:
A coerência da ideia de Deus e provas para a Sua existência;
A epistemologia da fé e a experiência religiosa;
O problema do mal.
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18. FILOSOFIA DA RELIGIÃO NO MUNDO ANGLO-SAXÃO (cont.)
Na discussão das demonstrações sobre a existência de Deus:
SWINBURN, sugere que apesar da insuficiência das provas
ontológicas, cosmológicas, teológicas e morais, vistas em conjunto
constituem um elemento de alta probabilidade;
Outra prova é aquela apresentada pelos seguidores da
“epistemologia reformada” de CALVINO, que defenderam o caráter
básico pré-argumentativo da crença em Deus, e, por isso, nem
precisa de provas para justificar;
PLANTINGA completa sua defesa da racionalidade da crença em Deus
atacando o naturalismo ontológico. Ele tira a possibilidade de confiar
que o aparato cognitivo humano torna possível teorias verdadeiras e
não meramente úteis para a sobrevivência.
18
19. FILOSOFIA DA RELIGIÃO NO MUNDO ANGLO-SAXÃO (cont.)
Vários filósofos analíticos da religião tem desmentido acusações de
uma irracionalidade, mostrando que, se uma crença não pode ser
provada racionalmente, no entanto pode ser razoável aceitá-la.
Geralmente esses pensadores são tidos como CRIPTOAPOLGETAS do
Cristianismo, por terem se juntado a pensadores religiosos dos séculos XVII e
XVIII [...]
Outra FILOSOFIA DA RELIGIÃO vem de teólogos inspirados por
WHITEHEAD que tentam eliminar o escândalo do MAL pela negação da
onipotência divina e a insistência em um Deus imanente.
Novos modelos através da Biologia Evolucionista estão em discussão desde o
inicio do século, mas é muito cedo para avaliar o papel que terão a longo
prazo.
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20. FILOSOFIA CONTINENTAL RELIGIÃO
Embora a fronteira entre a FILOSOFIA ANGLO-SAXÃO e a CONTINENTAL não
esteja bem definida (séc XXI), ela é claramente não analítica, ou seja tem pouca
afinidade com as ciências naturais.
Os filósofos encontram-se menos em departamentos de Filosofia, como no
mundo anglo-saxão, e mais em departamentos de Teologia ou Ciência da
Religião.
FILÓSOFOS COMO:
SCHLEIERMACHER , KIERKEGAARD tentam resgatar a religião do campo cognitivo;
TROELTSCH e BULTMAN usam a categoria de história [história da salvação] para forjar
um pensamento coerente sobre a religião;
Gabriel MARCEL e M. BUBER, através do existencialismo cristão revelam novos pontos
de contato entre religião e filosofia;
O TOMISMO em todas as escolas [neoescolástica, transcendental, fenomenológica e
existencialista] continuam gerando aprofundamentos filosóficos através do legado de
AQUINO, com Kant, Husserl Heidegger e Wittgenstein.
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21. FILOSOFIA COMPARADA DA RELIGIÃO
É uma área mais recente, mas que promete muito crescimento. Ela
migrou para as Ciencias Sociais, as humanidades e a História chegando
aos departamentos de Ciência da Religião.
Grande parte da terminologia religiosa carece de exegese filosófica só
para que possam articular suas convicções e explicar suas práticas.
A Filosofia na Religião afasta-se do contexto confessional e junta-se as
outras filosofias que servem em outras tradições para comparar
conceitos lógicos, cosmológicos, psicológicos, metafísicos, éticos e
estéticos para construir uma FILOSOFIA COMPARADA DA RELIGIÃO.
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22. FILOSOFIA DA RELIGIÃO NO BRASIL
Encontra-se camuflada, entre Departamentos de Teologia,
Ciência da Religião e Filosofia, sendo temido como uma forma
criptoteologia.
Tem despertado algum interesse por parte de missionários, de
cientistas sociais, especialmente das religiões minoritárias
que, juntamente com o Cristianismo criaram uma dinâmica que
não pode deixar a religião fora da ementa dos filósofos.
Assim, a influência do positivismo (séc. XIX - XX) e do
marxismo na década de 1960, acabaram dando lugar a
programas de FILOSOFIA DA RELGIÃO no final do século XX, em
algumas pós-graduações do país, tendo sido criada a ABFR que
até 2017 organizou sete congressos nacionais.
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23. CONCLUSÃO
O perfil da FILOSOFIA DA RELIGIÃO pode ser esboçado através de
dois tópicos:
Os que dirigem sua reflexão ao objeto de crença e práxis religiosa:
Esses abordam seu objeto apenas como aquilo que a razão humana pode
determinar;
Podem levar em consideração dimensões filosóficas das doutrinas além da razão
que abrem horizonte não racionais
Outros debruçam sobre o sujeito da experiência religiosa:
Estes podem estudar as condições de possibilidade cognitivas e psicológicas da experiência
religiosa e até mística.
Negando à religião a possibilidade de uma reflexão filosófica abrangente é torná-la
mais pobre, pois, nenhum outro assunto é capaz de revigorar nos filósofos a
dedicação prestada por seus antepassados às GRANDES QUESTÕES.
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