2. DOS DEVERES
Artigo 24°
Prestar á clientela assistência de Enfermagem livre dos riscos recorrentes de imperícia.
Artigo 26°
Prestar adequadas informações ao cliente e família a respeito de assistência de enfermagem,
possíveis benefícios, riscos e consequências possam ocorrer.
3. DAS RESPONSABILIDADES
Artigo 16°
Assegurar ao cliente uma assistência de enfermagem livre de danos decorrentes de
imperícia, negligência e imprudência.
Artigo 17° Avaliar criteriosamente sua competência técnica e legal e somente aceitar
encargos ou atribuições, quando capaz de desempenho seguro de si e para a clientela.
Artigo 18° Manter-se atualizado, ampliando seus conhecimentos técnicos, científicos e
culturais , em benefício da clientela, coletividade e do desenvolvimento da profissão.
4. INTRODUÇÃO A FARMACOLOGIA PARA
ENFERMAGEM
NOÇÕES BÁSICAS
Artigo 33°
Proteger o cliente contra danos decorrentes de imperícia, negligência ou
imprudência por parte de qualquer membro da equipe da saúde.
DAS PROIBIÇÕES
Artigo 47°
Ministrar medicamentos sem certificar-se da natureza das drogas que compõe e
da existência de risco para o cliente.
Artigo 50°
Executar prescrições terapêuticas quando contrárias á segurança do cliente.
5. DOS DEVERES DISCIPLINARES
Artigo 71°
Cumprir as normas do Conselho Federal e Regional de Enfermagem. Um
profissional da equipe de enfermagem que administra uma medicação deve
conhecer bem a Legislação que regulamenta o exercício de sua profissão e
as normas da instituição em que trabalha o exercício de sua profissão e as
normas da instituição em que trabalha, realizando assim a medicação
conforme a prescrição médica.
6. Farmacologia dos sistemas
Compreender os mecanismo de ação de fármacos adrenérgicos e
colinérgicos: conhecer os efeitos biológicos de diferentes classes de
fármacos que atuam no sistema nervoso periférico
8. Sistema simpático
Divisão do sistema nervoso autônomo
responsável por iniciar a resposta corporal ao
estresse (“luta ou fuga”). Neurônios da coluna
intermediolateral da medula espinal, encontrados
nos níveis T1-T12 e L1-L3.
O alcance do sistema simpático é extremamente
amplo no corpo humano.
Ele é um componente de virtualmente todos os
nervos espinais e plexos peri-arteriais, e as fibras
simpáticas inervam todos os vasos
sanguíneos, glândulas sudoríparas, músculos
eretores dos pelos e vísceras. As únicas
estruturas que o sistema simpático não alcança
são estruturas avasculares, como unhas e
cartilagens.
9. O principal papel do sistema nervoso simpático é nos preparar para
emergências. Se você já ficou com medo ou ansioso, ou se sentiu ameaçado ou
atacado, você experimentou a ativação do seu sistema nervoso simpático.
Para lhe preparar para uma emergência em uma necessidade de “luta ou fuga”, o
sistema nervoso simpático ativa numerosas e complexas vias e componentes, que
vão causar diversos efeitos no corpo.
Assim, ele é capaz de acelerar a respiração,
aumentar a frequência cardíaca e a
pressão sanguínea,
dilatar as pupilas,
redirecionar o fluxo sanguíneo
da pele e do trato digestivo
para o cérebro, coração e músculos,
onde ele é mais necessário, aumentar a sudorese e causar arrepios ao elevar os pelos da
sua pele.
Você sente tudo isso durante uma resposta de luta ou fuga
10. DROGAS
ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS
Os antagonistas adrenérgicos são uma classe de medicamentos que atuam
mediante a ligação reversível ou irreversível com os adrenoreceptores, impedindo a
ativação desses receptores pela ação das catecolaminas. Por esse motivo, também
são conhecidos como bloqueadores adrenérgicos ou simpaticolíticos.
. Bloqueadores α adrenérgicos ( antagonizam os receptores
da noradrenalina. São drogas que intervêm na transmissão simpática)
Os receptores α são encontrados principalmente no sistema cardiovascular, por esse
motivo, suas principais ações consistem em interferir de maneira negativa na pressão
arterial, isto é, causar sua diminuição. Isso acontece porque o controle simpático dos
vasos sanguíneos ocorre em sua maioria pela atuação das moléculas agonistas dos
receptores α adrenérgicos. Assim, o bloqueio dos receptores alfa impede a ligação das
moléculas agonistas, causando a diminuição da atividade simpática, resultando em
diminuição da resistência vascular periférica que induz taquicardia reflexa, culminando
na diminuição da pressão arterial.
11. Por causa do bloqueio dos receptores β, dificilmente essa classe de fármacos irá causar
hipotensão postural, por causa disso, são eficazes no tratamento da hipertensão arterial.
Também são utilizados para tratar angina, arritmias cardíacas, infarto e insuficiência cardíaca.
O propranolol atua inibindo tanto os receptores β1 e β2, diminuindo o
débito cardíaco por meio da diminuição das contrações e do ritmo do
coração. Esse fármaco inibe principalmente os receptores β dos
nodos sinoatrial e atrioventricular. Como o bloqueio dos receptores β
não é seletivo, ocorre impedimento da vasodilatação da
musculatura periférica, aumentando a resistência vascular
periférica.
O bloqueio dos receptores β2 nos pulmões pode causar bronco
constrição, não sendo indicado, portanto, para pacientes com asma
ou algum tipo de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
12. Antagonistas β1 seletivos
Os fármacos antagonistas β1 seletivos possuem a grande vantagem de evitar a bronco constrição
nos pacientes asmáticos e com doença pulmonar obstrutiva crônica, uma vez que não atuam nos
receptores β2. Os principais fármacos dessa classe são os seguintes: acebutolol, atenolol, betaxolol,
bisoprolol, esmolol, metoprolol e nebivolol.
13.
14. Sistema parassimpático
Chama-se sistema nervoso
parassimpático a parte do sistema
nervoso autônomo cujos neurônios se
localizam no tronco cerebral ou na medula
sacral, segmentos S2, S3 e S4.
É o responsável por estimular ações que
permitem ao organismo responder a
situações de calma, como saciedade,
repouso e digestão.
Essas ações são: a desaceleração dos
batimentos cardíacos, diminuição da
pressão arterial, a diminuição
da adrenalina e açúcar no sangue.
No tronco cerebral, o sistema nervoso
parassimpático é formado mais
especificamente pelos dois núcleos de
nervos cranianos.
15. Ação adrenérgica x sistema simpático
Agonistas Adrenérgicos
O sistema nervoso simpático é um regulador
importante de quase todos os sistemas
orgânicos. Sua estimulação ocorre por efeito
de mediadores como
a norepinefrina (noradrenalina) e
a epinefrina (adrenalina).
A norepinefrina é liberada nos terminais
nervosos onde ativa os receptores
adrenérgicos (ou adrenoceptores) em sítios
pós-sinápticos, assim, atuando como um
neurotransmissor.
16. Neurotransmissão nos neurônios Adrenérgicos
Os neurônios adrenérgicos liberam norepinefrina como neurotransmissor
primário. Eles são encontrados no sistema nervoso central (SNC) e no sistema
nervoso simpático, onde servem de ligação entre os gânglios e os órgãos efetores.
A neurotransmissão nesses neurônios envolve as etapas de síntese,
armazenamento, liberação e ligação da norepinefrina com o receptor, seguida de
remoção do neurotransmissor da fenda sináptica.
17. Droga sintética
Noradrenalina
Os receptores α1 (músculo liso)são ativados
por uma série de reações por meio
da fosfolipase C ativada pela proteína G. Isso
resulta na formação dos segundos
mensageiros: o inositol-1,4,5-trifosfato (IP3) e
o diacilglicerol (DAG). O IP3 (solução) inicia a
liberação de Ca²+ (íon cálcio) do retículo
endoplasmático para o citosol (movimentação
celular) e ativa outras proteínas no interior da
célula. Estes receptores estão situados na
membrana pós-sináptica dos órgãos efetores e
intermedeiam vários efeitos clássicos
envolvendo a contração do músculo liso.
Nesse sentido, pode ser observada
a vasoconstrição no leito vascular,
• o aumento da pressão arterial,
• a contração do músculo dilatador radial
• pupila na íris do olho (midríase),
• a contração na base da bexiga urinária
• na próstata (promovendo continência
urinária) e o
• aumento na força de contração
cardíaca.
18. NORADRENALINA
Indicação:
Vasopressor.
Mecanismo de ação: age como agonista dos receptores alfa,
beta 1 e beta 2 adrenérgicos, aumentando a pressão arterial
sistólica e diastólica. Age aumentando o tônus vascular.
Administração
EV: infusão intravenosa em veia central. Não deve ser
administrado sem diluição.2,3
Administrar em bomba de infusão.
21. DIURETICOS
São medicamentos que atuam no
funcionamento dos rins, interferindo no
processo de filtração e reabsorção de
água e sais e aumentando a quantidade
de urina produzida pelo organismo. Ao
intensificar o fluxo urinário, os diuréticos
favorecem a eliminação do sódio, muitas
vezes responsável por casos de pressão
arterial alta e insuficiência cardíaca e
renal.
23. FUROSEMIDA
Furosemida é indicada nos casos de hipertensão
arterial leve a moderada, edema (inchaço) devido a
distúrbios do coração, do fígado e dos rins e
edema (inchaço) devido a queimaduras.
• Edemas cerebrais como medida de suporte;
• Edemas devido a queimaduras;
• Crises hipertensivas (em adição a outras medidas
anti-hipertensivas);
• Indução de diurese forçada em envenenamentos.
24. Farmacocinética e Farmacodinâmica
O efeito diurético da Furosemida ocorre dentro de 15 minutos após a administração da dose
intravenosa e dentro de 1 hora após a administração da dose oral. A duração da ação é de
aproximadamente 3 horas após uma dose intravenosa de 20 mg e de 3 a 6 horas após uma dose
oral de 40 mg em indivíduos sadios.
Farmacocinética
A furosemida se liga fortemente a proteínas plasmáticas, sua meia vida é de aproximadamente 1
a 2 horas em pessoas saudáveis e é eliminada principalmente na sua forma inalterada pelos rins.
A furosemida é excretada no leite materno, de modo que é não é indicada para lactantes.
25. TIAZIDICOS
Os tiazídicos reduzem de forma satisfatória a pressão arterial (PA), quando utilizados em
baixas doses, e possuem excelente ação quando associa- dos aos inibidores da enzima
conversora da angiotensina
A hidroclorotiazida pertence à classe de substâncias tiazídas.
SUPERDOSAGEM Não há relato de óbitos por intoxicação com
hidroclorotiazida (dose máxima relatada em seres humanos: 10,0 g). Os
sinais e sintomas da intoxicação aguda incluem hipotensão, taquicardia,
cefaléia e rubor generalizado. Pode haver complicações como isquemia
coronariana e infarto agudo do miocárdio, arritmias e choque. Não há
antídoto especifico.
26. Farmacocinética e Farmacodinâmica
• Mecanismo de ação:
Inibe a reabsorção de sódio e cloreto no ramo ascendente da alça de Henle e túbulos distais,
aumentando a excreção urinária de sódio e cloretos;
aumenta a excreção de potássio e bicarbonato, diminui a excreção de cálcio, promove retenção
de ácido úrico.
Sua ação anti-hipertensiva é dependente da depleção do sódio, queda na resistência vascular
periférica e redução do volume extracelular.
• Farmacocinética:
— início de ação: 2 horas
— pico de ação: 4 horas
— duração: 6 a 12 horas
— meia-vida: 5,6 a 14,8 horas
— excretada pela urina na forma inalterada.
Hidroclorotiazida atravessa a barreira placentária e é distribuída no leite.
27. POUPADORES DE POTÁSSIO
A espironolactona
é um fármaco com atividade diurética e pertence à classe
de medicamentos conhecidos como poupadores de
potássio. Também é chamada de "pílula de água". Este
medicamento impede que o organismo absorva muito sal e
que os níveis de potássio fiquem muito baixos.
28. Farmacodinâmica
A espironolactona é
um antagonista da aldosterona,
agindo no trocador de íons
sódio-potássio, dependente de
aldosterona presente no túbulo
contornado distal do néfron.
Isso promove o aumento das
quantidades de sódio e água a
serem excretados, com retenção
de potássio. Por esse mecanismo,
a substância age tanto como
diurético, quanto como anti-
hipertensivo.
Por sua atividade antagonista da
androsterona, esse diurético é
capaz de aliviar os sintomas
decorrentes do
hiperaldosteronismo, como
aumento da pressão arterial
sistólica e diastólica.
29. Farmacocinética
A espironolactona é rapidamente metabolizada ela própria e seus metabólitos se ligam
extensivamente a proteínas plasmáticas. Os metabólitos são excretados primariamente na
urina. A meia-vida é de cerca de 1 hora e meia.
30. OSMOTICOS
O Manitol é indicado para a promoção da diurese, na prevenção da falência renal aguda
durante cirurgias cardiovasculares e/ou após trauma; redução da pressão intracraniana e
tratamento do edema cerebral; redução da pressão intraocular elevada quando esta não pode
ser reduzida por outros meios, ataque de glaucoma; promoção da excreção urinária de
substâncias tóxicas; edema cerebral de origem cardíaca e renal.
31. Todo profissional, ao preparar uma medicação, precisa atentar para
as regras apresentadas a seguir.
Entre as principais estratégias que podem ser aplicadas para garantir a
segurança do paciente na prática medicamentosa, está aquela conhecida
como regra dos “nove certos”:
1. Paciente certo
2. Medicamento certo
3. Via certa
4. Hora certa
5. Dose certa
6. Registro certo da administração
7. Orientação correta
8. Forma certa
9. Resposta certa