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adrenérgicas
Leandro Delevatti
Os fármacos adrenérgicos atuam em receptores que são estimulados pela
norepinefrina (noradrenalina) ou pela epinefrina (adrenalina).
Esses receptores são denominados receptores adrenérgicos ou adrenoceptores.
Adrenérgicos
Sistema Nervoso
Sistema Nervoso Periférico
Sistema Nervoso Periférico
Resumo
Neurotransmissores
A comunicação entre os neurônios – e entre os neurônios e os órgãos efetores –
ocorre por meio da emissão de sinais químicos específicos (neurotransmissores)
pelos terminais nervosos.
O neurotransmissor pode ser imaginado como um sinal, e o receptor, como detector
do sinal e transdutor.
Moléculas segundas mensageiras, produzidas em resposta à ligação do
neurotransmissor, traduzem o sinal extracelular em uma resposta que pode ser
propagada mais adiante ou amplificada no interior da célula.
Cada componente serve como um elo na comunicação entre eventos extracelulares
e alterações químicas no interior da célula
Neurotransmissores
A neurotransmissão nos neurônios adrenérgicos é muito similar à descrita
para os neurônios colinérgicos, exceto que o neurotransmissor é a norepinefrina, em vez
de a ACh.
Neurotransmissão
Duas famílias de receptores, designadas α e β, são classificadas com base nas suas
respostas aos agonistas adrenérgicos epinefrina, norepinefrina e isoproterenol.
Cada um desses receptores principais tem um número específico de subtipos de
receptores identificados.
Alterações na estrutura primária dos receptores influenciam sua afinidade para
vários fármacos.
Receptores adrenérgicos (adrenoceptores)
Adrenoceptores α:
Os adrenoceptores α apresentam respostas fracas ao agonista sintético isoproterenol
Mas respondem às catecolaminas naturais epinefrina e norepinefrina
São subdivididos em dois grupos, α1 e α2, com base nas suas afinidades por
agonistas e α-bloqueadores (antagonista).
Receptores adrenérgicos (adrenoceptores)
Receptores α1
Estes receptores estão presentes na membrana pós-
sináptica dos órgãos efetores.
Receptores adrenérgicos (adrenoceptores)
Aumenta a produção dos segundo mensageiro inositol 1,4,5-trifosfato (IP3) e de diacilglicerol
(DAG). O IP3 inicia a liberação de Ca2+ do retículo endoplasmático para o citosol, e o DAG ativa
outras proteínas no interior da célula
Receptores α1
Receptores adrenérgicos (adrenoceptores)
Resistência periférica (contração dos vasos)
A midríase é uma dilatação que a pupila
sofre em decorrência de causas não
fisiológicas.
Receptores α2
Estes receptores estão localizados primariamente nas
terminações de nervos simpáticos pré-sinápticos e
controlam a liberação de norepinefrina.
Quando um nervo simpático adrenérgico é estimulado,
parte da norepinefrina liberada “retorna” e reage com
os receptores α2 na membrana pré-sináptica
Receptores adrenérgicos (adrenoceptores)
Receptores α2
A estimulação dos receptores α2 promove
retroalimentação inibitória e inibe liberação adicional
de norepinefrina do neurônio adrenérgico estimulado.
Também são encontrados em neurônios pré-sinápticos
parassimpáticos.
Receptores adrenérgicos (adrenoceptores)
Receptores α2
A estimulação dos receptores α2 promove
retroalimentação inibitória e inibe liberação adicional
de norepinefrina do neurônio adrenérgico estimulado.
Também são encontrados em neurônios pré-sinápticos
parassimpáticos.
Receptores adrenérgicos (adrenoceptores)
Adrenoceptores β:
São caracterizadas por uma intensa resposta ao isoproterenol, com pouca
sensibilidade para epinefrina e norepinefrina.
Podem ser subdivididos em três principais subgrupos, β1, β2, e β3.
Receptores adrenérgicos (adrenoceptores)
Adrenoceptores β:
Tecidos como os vasos dos músculos esqueléticos têm os receptores α1 e β2, mas os
β2 predominam.
Coração contém predominantemente receptores β1.
Agonistas
Adrenérgicos
Os agonistas de ação direta se ligam aos receptores nos órgãos efetores sem interagir com
o neurônio pré-sináptico.
AGONISTAS ADRENÉRGICOS DE AÇÃO DIRETA
Atuam diretamente nos receptores α ou β,
Produzindo efeitos similares aos resultantes da estimulação dos nervos simpáticos ou
da liberação de epinefrina da medula suprarrenal.
Exemplos de agonistas de ação direta incluem epinefrina, norepinefrina, isoproterenol
e fenilefrina.
AGONISTAS ADRENÉRGICOS DE AÇÃO DIRETA
Epinefrina
A epinefrina é uma das quatro catecolaminas – junto com norepinefrina, dopamina e
dobutamina – comumente usadas em terapêutica.
Interage com os receptores α e β.
Em doses baixas, predominam os efeitos β (vasodilatação) no leito vascular;
Em doses altas, os efeitos α (vasoconstrição) são os mais fortes.
AGONISTAS ADRENÉRGICOS DE AÇÃO DIRETA
Ações
Sistema cardiovascular:
Reforça a contratilidade do miocárdio (inotropismo positivo: ação β1)
Aumenta a frequência de contração (cronotropismo positivo: ação β1).
Aumenta o débito cardíaco
Epinefrina
Ações
A epinefrina ativa receptores β1 nos rins, promovendo a liberação de renina.
A renina é uma enzima envolvida na produção de angiotensina II, (um vasoconstritor
potente.)
A epinefrina contrai as arteríolas da pele, das mucosas e das vísceras (efeito α) e
dilata os vasos que vão ao fígado e aos músculos esqueléticos (efeito β2).
Aumento na pressão arterial sistólica, associado à ligeira redução na pressão
diastólica
Epinefrina
Relembrando
Ações
Sistema respiratório: causa poderosa broncodilatação por ação direta na musculatura
lisa bronquial (ação β2). Ela também inibe a liberação de mediadores da alergia, como
a histamina dos mastócitos.
Hiperglicemia: Tem um efeito hiperglicemiante significativo porque aumenta a
glicogenólise no fígado (efeito β2), aumenta a liberação de glucagônio (efeito β2) e
diminui a liberação de insulina (efeito α2).
Epinefrina
Ações
Sistema respiratório: causa poderosa broncodilatação por ação direta na musculatura
lisa bronquial (ação β2). Ela também inibe a liberação de mediadores da alergia, como
a histamina dos mastócitos.
Hiperglicemia: Tem um efeito hiperglicemiante significativo porque aumenta a
glicogenólise no fígado (efeito β2), aumenta a liberação de glucagônio (efeito β2) e
diminui a liberação de insulina (efeito α2).
Lipólise: Inicia a lipólise por meio da atividade agonista nos receptores β do tecido
adiposo.
Epinefrina
Usos terapêuticos
Broncoespasmo: Tratamento de emergência de condições respiratórias quando a
broncoconstrição compromete a função respiratória.
Choque anafilático: O tratamento das reações de hipersensibilidade tipo I (incluindo
anafilaxia) em resposta a alérgenos.
Parada cardíaca: Pode ser empregada para restabelecer o ritmo cardíaco em pacientes
com parada cardíaca independente da causa.
Epinefrina
Tipos de Hipersensibilidade
Usos terapêuticos
Anestesia: Soluções de anestésicos locais podem conter baixas concentrações de
epinefrina (p. ex., 1:100.000 partes). A epinefrina aumenta significativamente a
duração da anestesia local, produzindo vasoconstrição no local da injeção.
Epinefrina
Efeitos adversos:
Ansiedade, medo, tensão, cefaleia e tremores.
Ela pode desencadear arritmias cardíacas
Pode causar edema pulmonar
Pacientes com hipertiroidismo podem ter produção aumentada de receptores
adrenérgicos nos vasos, levando a respostas hipersensíveis.
Os anestésicos inalatórios também sensibilizam o coração aos efeitos da epinefrina, o
que pode causar taquicardia.
Epinefrina
Efeitos adversos:
A epinefrina aumenta a liberação das reservas endógenas de glicose.
No diabético, as dosagens de insulina podem precisar ser aumentadas.
Epinefrina
Norepinefrina
Teoricamente ela deveria estimular todos os tipos de receptores adrenérgicos.
Contudo, administrada em doses terapêuticas, o receptor α-adrenérgico é o mais
afetado.
AGONISTAS ADRENÉRGICOS DE AÇÃO DIRETA
Ações
Ações cardiovasculares:
Vasoconstrição: A norepinefrina causa um aumento na resistência periférica devido
à intensa vasoconstrição da maior parte dos leitos vasculares, incluindo os rins (efeito
α1).
A pressão arterial sistólica e a diastólica aumentam
Norepinefrina
Ações
Reflexo barorreceptor:
A norepinefrina aumenta a pressão arterial, e isso estimula os barorreceptores,
induzindo ao aumento na atividade vagal.
Esse aumento na atividade vagal produz bradicardia reflexa, que é suficiente para
neutralizar as ações locais da norepinefrina no coração.
(Os barorreceptores são sensores de pressão, localizados nas paredes do seio
carotídeo e do arco aórtico.)
Norepinefrina
Usos terapêuticos
A norepinefrina é usada no tratamento do choque, pois aumenta a resistência vascular
e, assim, aumenta a pressão arterial.
Ela não tem outros usos clínicos significativos.
Norepinefrina
Efeitos adversos:
São similares aos da epinefrina.
A norepinefrina é um potente vasoconstritor e pode causar palidez e descamação na
pele ao longo da veia injetada.
Se ocorrer extravasamento (fuga do vaso para o tecido vizinho ao local de injeção),
pode ocorrer necrose.
Norepinefrina
É uma catecolamina sintética de ação direta que estimula os receptores β1 e β2-
adrenérgicos.
Sua falta de seletividade é uma de suas desvantagens e o motivo pelo qual raras vezes
é usado terapeuticamente.
Produz intensa estimulação cardíaca, aumentando a frequência, a contratilidade e o
débito.
Dilata as arteríolas dos músculos esqueléticos (efeito β2), diminuindo a resistência
periférica.
Aumentar levemente a pressão arterial sistólica, mas reduz muito a pressão arterial
média e a diastólica
Efeitos adversos do isoproterenol são similares aos da epinefrina.
Isoproterenol
em Doses mais elevadas, ela causa vasoconstrição, ativando receptores α1
Doses menores, estimula os receptores β1 cardíacos.
Dopamina
Ações
Cardiovascular: A dopamina exerce efeito estimulante nos
receptores β1 cardíacos com efeito inotrópico e
cronotrópico positivos.
Em concentrações muito elevadas, ela ativa os receptores
α1 dos vasos, causando vasoconstrição.
(Efeito Inotrópico Positivo significa que aumenta a força de
contração do coração)
(Efeito cronotrópico positivo aumenta a frequência cardíaca)
Dopamina
Ações
Renal e visceral:
Dilata as arteríolas renais e esplâncnicas
Ativa os receptores dopaminérgicos e aumentando o fluxo
sanguíneo para os rins e para outras vísceras.
Esses receptores não são afetados por fármacos α ou β-
bloqueadores.
Dopamina
Usos terapêuticos
Choque cardiogênico e séptico;
É usada para tratar hipotensão e insuficiência cardíaca grave, primariamente em
pacientes com resistência vascular periférica normal ou baixa e em pacientes que têm
oligúria. ( A oligúria é caracterizada pela diminuição da quantidade de diurese. )
Dopamina
Efeitos adversos:
Uma dose excessiva de dopamina produz os mesmos efeitos da estimulação simpática.
A dopamina é rapidamente metabolizada pela MAO ou pela COMT;
Portanto, seus efeitos adversos (náuseas, hipertensão e arritmias) são de curta
duração
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  • 2. Os fármacos adrenérgicos atuam em receptores que são estimulados pela norepinefrina (noradrenalina) ou pela epinefrina (adrenalina). Esses receptores são denominados receptores adrenérgicos ou adrenoceptores. Adrenérgicos
  • 4.
  • 8. Neurotransmissores A comunicação entre os neurônios – e entre os neurônios e os órgãos efetores – ocorre por meio da emissão de sinais químicos específicos (neurotransmissores) pelos terminais nervosos.
  • 9. O neurotransmissor pode ser imaginado como um sinal, e o receptor, como detector do sinal e transdutor. Moléculas segundas mensageiras, produzidas em resposta à ligação do neurotransmissor, traduzem o sinal extracelular em uma resposta que pode ser propagada mais adiante ou amplificada no interior da célula. Cada componente serve como um elo na comunicação entre eventos extracelulares e alterações químicas no interior da célula Neurotransmissores
  • 10. A neurotransmissão nos neurônios adrenérgicos é muito similar à descrita para os neurônios colinérgicos, exceto que o neurotransmissor é a norepinefrina, em vez de a ACh. Neurotransmissão
  • 11.
  • 12.
  • 13. Duas famílias de receptores, designadas α e β, são classificadas com base nas suas respostas aos agonistas adrenérgicos epinefrina, norepinefrina e isoproterenol. Cada um desses receptores principais tem um número específico de subtipos de receptores identificados. Alterações na estrutura primária dos receptores influenciam sua afinidade para vários fármacos. Receptores adrenérgicos (adrenoceptores)
  • 14. Adrenoceptores α: Os adrenoceptores α apresentam respostas fracas ao agonista sintético isoproterenol Mas respondem às catecolaminas naturais epinefrina e norepinefrina São subdivididos em dois grupos, α1 e α2, com base nas suas afinidades por agonistas e α-bloqueadores (antagonista). Receptores adrenérgicos (adrenoceptores)
  • 15. Receptores α1 Estes receptores estão presentes na membrana pós- sináptica dos órgãos efetores. Receptores adrenérgicos (adrenoceptores) Aumenta a produção dos segundo mensageiro inositol 1,4,5-trifosfato (IP3) e de diacilglicerol (DAG). O IP3 inicia a liberação de Ca2+ do retículo endoplasmático para o citosol, e o DAG ativa outras proteínas no interior da célula
  • 16. Receptores α1 Receptores adrenérgicos (adrenoceptores) Resistência periférica (contração dos vasos) A midríase é uma dilatação que a pupila sofre em decorrência de causas não fisiológicas.
  • 17. Receptores α2 Estes receptores estão localizados primariamente nas terminações de nervos simpáticos pré-sinápticos e controlam a liberação de norepinefrina. Quando um nervo simpático adrenérgico é estimulado, parte da norepinefrina liberada “retorna” e reage com os receptores α2 na membrana pré-sináptica Receptores adrenérgicos (adrenoceptores)
  • 18. Receptores α2 A estimulação dos receptores α2 promove retroalimentação inibitória e inibe liberação adicional de norepinefrina do neurônio adrenérgico estimulado. Também são encontrados em neurônios pré-sinápticos parassimpáticos. Receptores adrenérgicos (adrenoceptores)
  • 19. Receptores α2 A estimulação dos receptores α2 promove retroalimentação inibitória e inibe liberação adicional de norepinefrina do neurônio adrenérgico estimulado. Também são encontrados em neurônios pré-sinápticos parassimpáticos. Receptores adrenérgicos (adrenoceptores)
  • 20. Adrenoceptores β: São caracterizadas por uma intensa resposta ao isoproterenol, com pouca sensibilidade para epinefrina e norepinefrina. Podem ser subdivididos em três principais subgrupos, β1, β2, e β3. Receptores adrenérgicos (adrenoceptores)
  • 21. Adrenoceptores β: Tecidos como os vasos dos músculos esqueléticos têm os receptores α1 e β2, mas os β2 predominam. Coração contém predominantemente receptores β1.
  • 23. Os agonistas de ação direta se ligam aos receptores nos órgãos efetores sem interagir com o neurônio pré-sináptico. AGONISTAS ADRENÉRGICOS DE AÇÃO DIRETA
  • 24. Atuam diretamente nos receptores α ou β, Produzindo efeitos similares aos resultantes da estimulação dos nervos simpáticos ou da liberação de epinefrina da medula suprarrenal. Exemplos de agonistas de ação direta incluem epinefrina, norepinefrina, isoproterenol e fenilefrina. AGONISTAS ADRENÉRGICOS DE AÇÃO DIRETA
  • 25. Epinefrina A epinefrina é uma das quatro catecolaminas – junto com norepinefrina, dopamina e dobutamina – comumente usadas em terapêutica. Interage com os receptores α e β. Em doses baixas, predominam os efeitos β (vasodilatação) no leito vascular; Em doses altas, os efeitos α (vasoconstrição) são os mais fortes. AGONISTAS ADRENÉRGICOS DE AÇÃO DIRETA
  • 26. Ações Sistema cardiovascular: Reforça a contratilidade do miocárdio (inotropismo positivo: ação β1) Aumenta a frequência de contração (cronotropismo positivo: ação β1). Aumenta o débito cardíaco Epinefrina
  • 27. Ações A epinefrina ativa receptores β1 nos rins, promovendo a liberação de renina. A renina é uma enzima envolvida na produção de angiotensina II, (um vasoconstritor potente.) A epinefrina contrai as arteríolas da pele, das mucosas e das vísceras (efeito α) e dilata os vasos que vão ao fígado e aos músculos esqueléticos (efeito β2). Aumento na pressão arterial sistólica, associado à ligeira redução na pressão diastólica Epinefrina
  • 29. Ações Sistema respiratório: causa poderosa broncodilatação por ação direta na musculatura lisa bronquial (ação β2). Ela também inibe a liberação de mediadores da alergia, como a histamina dos mastócitos. Hiperglicemia: Tem um efeito hiperglicemiante significativo porque aumenta a glicogenólise no fígado (efeito β2), aumenta a liberação de glucagônio (efeito β2) e diminui a liberação de insulina (efeito α2). Epinefrina
  • 30. Ações Sistema respiratório: causa poderosa broncodilatação por ação direta na musculatura lisa bronquial (ação β2). Ela também inibe a liberação de mediadores da alergia, como a histamina dos mastócitos. Hiperglicemia: Tem um efeito hiperglicemiante significativo porque aumenta a glicogenólise no fígado (efeito β2), aumenta a liberação de glucagônio (efeito β2) e diminui a liberação de insulina (efeito α2). Lipólise: Inicia a lipólise por meio da atividade agonista nos receptores β do tecido adiposo. Epinefrina
  • 31. Usos terapêuticos Broncoespasmo: Tratamento de emergência de condições respiratórias quando a broncoconstrição compromete a função respiratória. Choque anafilático: O tratamento das reações de hipersensibilidade tipo I (incluindo anafilaxia) em resposta a alérgenos. Parada cardíaca: Pode ser empregada para restabelecer o ritmo cardíaco em pacientes com parada cardíaca independente da causa. Epinefrina
  • 33. Usos terapêuticos Anestesia: Soluções de anestésicos locais podem conter baixas concentrações de epinefrina (p. ex., 1:100.000 partes). A epinefrina aumenta significativamente a duração da anestesia local, produzindo vasoconstrição no local da injeção. Epinefrina
  • 34. Efeitos adversos: Ansiedade, medo, tensão, cefaleia e tremores. Ela pode desencadear arritmias cardíacas Pode causar edema pulmonar Pacientes com hipertiroidismo podem ter produção aumentada de receptores adrenérgicos nos vasos, levando a respostas hipersensíveis. Os anestésicos inalatórios também sensibilizam o coração aos efeitos da epinefrina, o que pode causar taquicardia. Epinefrina
  • 35. Efeitos adversos: A epinefrina aumenta a liberação das reservas endógenas de glicose. No diabético, as dosagens de insulina podem precisar ser aumentadas. Epinefrina
  • 36. Norepinefrina Teoricamente ela deveria estimular todos os tipos de receptores adrenérgicos. Contudo, administrada em doses terapêuticas, o receptor α-adrenérgico é o mais afetado. AGONISTAS ADRENÉRGICOS DE AÇÃO DIRETA
  • 37. Ações Ações cardiovasculares: Vasoconstrição: A norepinefrina causa um aumento na resistência periférica devido à intensa vasoconstrição da maior parte dos leitos vasculares, incluindo os rins (efeito α1). A pressão arterial sistólica e a diastólica aumentam Norepinefrina
  • 38. Ações Reflexo barorreceptor: A norepinefrina aumenta a pressão arterial, e isso estimula os barorreceptores, induzindo ao aumento na atividade vagal. Esse aumento na atividade vagal produz bradicardia reflexa, que é suficiente para neutralizar as ações locais da norepinefrina no coração. (Os barorreceptores são sensores de pressão, localizados nas paredes do seio carotídeo e do arco aórtico.) Norepinefrina
  • 39. Usos terapêuticos A norepinefrina é usada no tratamento do choque, pois aumenta a resistência vascular e, assim, aumenta a pressão arterial. Ela não tem outros usos clínicos significativos. Norepinefrina
  • 40. Efeitos adversos: São similares aos da epinefrina. A norepinefrina é um potente vasoconstritor e pode causar palidez e descamação na pele ao longo da veia injetada. Se ocorrer extravasamento (fuga do vaso para o tecido vizinho ao local de injeção), pode ocorrer necrose. Norepinefrina
  • 41. É uma catecolamina sintética de ação direta que estimula os receptores β1 e β2- adrenérgicos. Sua falta de seletividade é uma de suas desvantagens e o motivo pelo qual raras vezes é usado terapeuticamente. Produz intensa estimulação cardíaca, aumentando a frequência, a contratilidade e o débito. Dilata as arteríolas dos músculos esqueléticos (efeito β2), diminuindo a resistência periférica. Aumentar levemente a pressão arterial sistólica, mas reduz muito a pressão arterial média e a diastólica Efeitos adversos do isoproterenol são similares aos da epinefrina. Isoproterenol
  • 42. em Doses mais elevadas, ela causa vasoconstrição, ativando receptores α1 Doses menores, estimula os receptores β1 cardíacos. Dopamina
  • 43. Ações Cardiovascular: A dopamina exerce efeito estimulante nos receptores β1 cardíacos com efeito inotrópico e cronotrópico positivos. Em concentrações muito elevadas, ela ativa os receptores α1 dos vasos, causando vasoconstrição. (Efeito Inotrópico Positivo significa que aumenta a força de contração do coração) (Efeito cronotrópico positivo aumenta a frequência cardíaca) Dopamina
  • 44. Ações Renal e visceral: Dilata as arteríolas renais e esplâncnicas Ativa os receptores dopaminérgicos e aumentando o fluxo sanguíneo para os rins e para outras vísceras. Esses receptores não são afetados por fármacos α ou β- bloqueadores. Dopamina
  • 45. Usos terapêuticos Choque cardiogênico e séptico; É usada para tratar hipotensão e insuficiência cardíaca grave, primariamente em pacientes com resistência vascular periférica normal ou baixa e em pacientes que têm oligúria. ( A oligúria é caracterizada pela diminuição da quantidade de diurese. ) Dopamina
  • 46. Efeitos adversos: Uma dose excessiva de dopamina produz os mesmos efeitos da estimulação simpática. A dopamina é rapidamente metabolizada pela MAO ou pela COMT; Portanto, seus efeitos adversos (náuseas, hipertensão e arritmias) são de curta duração Dopamina