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Evolução da assistência psiquiátrica e papel do enfermeiro
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EVOLUÇAO DA ASSISTENCIA PSIQUIÁTRICA E PAPEL DO ENFERMEIRO
PSIQUIATRICO
Sara Jane Brazao Pinto*
RESUMO
Objetivou-se identificar a evolução da assistencia psiquiatrica e o papel do
enfermeiro na area da psiquiatria tanto antes e depois da reforma psiquiatrica,
historicamente a percepção e a conceituação da loucura. Quais foram as
conquistas apos a reforma e qual motivo teve para que fosse feito tal reforma. As
informações foram coletadas a partir de sites especificos. É relatado a historia da
doença mental e a evolução até atingir as conquistas, qual o principal objetivo da
reforma psiquiatrica e quais as situaçoes apos esse primeiro passo que foi
justamente a reforma.
Palavras-chave: evolução da assistencia; psiquiatria; politicas publicas.
1. INTRODUÇÃO
Na grecia antiga, havia uma certa exclusão apesar de sempre ter existido,
sempre coube ao louco a tarefa de representar a desrazão. A experiencia
com a loucura nem sempre foi considerado algo ruim, nem tão pouco uma
certa doença, ao contrario era um privilegio de uma certa forma. Era
considerada como forma divina, esses individuos não eram considerados
normais ou iguais, sim portadores de uma desrazão, por conviver na
sociedade de certa forma, eles eram mantidos distantes ou separados. ?
Acadêmica em Enfermagem FAPEN
E-mail: sarajene.brazao@hotmail.com
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No Brasil até a primeira república, a assistência de enfermagem era realizada por
membros da igreja, as irmas de caridade. No seculo XIX, os doentes psiquiátricos
viviam pelas ruas vagando e eram abusados de varias formas, a sociedade vivia ao meio
dessas situações, sendo ameaçado pelos individuos. Com as mudanças os portadores de
doença psiquiatrica, na epoca chamados de loucos eram levados com destino as santas
casas de misericordia, fundada em XVI para serem cuidados pelas irmas.
Em 1852 , na segunda metade do seculo XIX foi criada no Brasil o primeiro
hospicio, o Hospicio de Pedro II, foi necessário um profissional de saúde que servisse
de vigia e que seguisse instruçoes de tratamento aos pacientes com transtorno mental
conforme orientação do médico e nao somente a exclusao social dos mesmos, nesse
período a loucura passa a ser chamada de doença mental.
Em 1890 o Hospital Pedro II passa a ser chamada de Hospicio Nacional de
Alienados quando os médicos tomam o poder e as irmas de caridade saem dos hospitais,
no mesmo ano é criada a escola Profissional de Enfermeiras e Enfermeiros, atualmente
chamada de Escola de Enfermagem Alfredo Pinto, dentro de um hospital psiquiatrico do
Rio de Janeiro, influenciada pela enfermagem francesa. O objetivo da criaçao da escola
foi formar enfermeiros para atuarem na casa dos alienados. A partir do surgimento da
escola de ensino, que a função do enfermeiro é reconhecida.
O Brasil um pais subdensenvolvido foi facil transformar a doença mental em
mercadoria, ou seja, uma forma de ganhar dinheiro. Na década de 70 não suportou a
busca sem controle pelo lucro dos empresários da saúde, foi que a previdencia social
entra em crise, mais um motivo para reformulação. Na época da ditadura houve
manifestações, críticas e denúncias dos trabalhadores da area da saude e de outros
setores contra a precária assistência aos portadores de doença mental. Por esses motivos
foi nessesario uma reforma, a reforma psiquiatrica. Nos anos de 1987, 1992 e 2001 foi
realizada as Conferencias Nacionais de Saude Mental para discurtir quanto ao
tratamento aos portadores de doença mental. O movimento dessa reforma psiquiatrica e
as diretrizes politicas em saude mental através de portarias que tem direcionado esforços
no sentido de melhorar a qualidade na assitencia nos hospitais psiquiatricos, inclussive
essa qualidade de assistencia hospitalar tem sido monitorado pelo ministerio da saude ,
atraves de portarias que determinam pequenos padrões para o funcionamento de rede
hospitalar tanto público quanto privado.
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Atualmente teve avanço na implantaçao das propostas de reforma psiquiatrica
brasileira. Essa reforma psiquiatrica trouxe novas estrategias de atendimento ao
portador de transtornos mentais, uma dessas estrategias são Centros de Atençao
psiquiatrica (CAPS), onde os pacientes sao tratados com psicologos e terapias. Essa
reforma psiquiatrica adquiriu um contexto de democratizaçao no pais e na mobilizaçao
politica social. Desde entao, surgir projetos mais delimitados, que trazem um conjunto
de propostas e arranjos de natureza tecnica e administrativa na psiquiatria. Esse
movimento trouxe importantes açoes aos trabalhadores de saude mental como coordenar
oficinas, gerenciar serviços, formular planos e programas de tratamento alternativos aos
asilamento.
Tal reforma trouxe avanço na implantaçao das propostas, sendo que os desafios
sao imensos. Vale lebrar que em outros paises ainda se enfrentam grandes obstaculos
como a falta de decisao politica de alguns gestores publicos.
2 .PAPEL DO ENFERMEIRO PSIQUIATRICO
Em 1890, na epoca em que havia um conflito entre medicos e irmas de caridade,
o governo da republica convida enfermeiras francesas para dar assistência aos
portadores de doença mental, desde então, ocorreu a formação dos enfermeiros na
Escola Profissional de enfermeiras do Hospital Nacional de alienados com modelo
frances.
Tanto a psiquiatria e a enfermagem psiquiatrica surgiram no Hospicio. O
hospicio era a instituição disciplinar para reeducação do individuo com transtorno
mental, onde o medico era visto como autoridade a ser respeitado. O papel do
enfermeiro nesse período era apenas vigiar e obedecer a ordens do medico quanto ao
tratamento.
O papel do enfermeiro na area da saude mental teve bastante revira volta, ou
seja, ela apresentou uma evoluçao lenta. Até aos anos de 1946 o papel do enfermeiro era
voltado para o cuidado relacionado as terapias somaticas. Nesse mesmo ano ela passou
a receber mais atençao nos EUA, apos a aprovaçao da lei nacional de saude mental.
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Nas ultimas decadas, é enfatizado com papel principal do enfermeiro de doença
mental é ter relação terapeutica com o paciente. A enfermagem brasileira foi baseado
por PEPLAU (1952) , onde considera que o papel do enfermeiro psiquiatrico nao é
exercer atividades administrativas, fazer educaçao a saude ou ser mãe substitutiva do
paciente com patologias mentais e sim no seu papel de psicoterapeuta. Graças a
PEBLAU teve evolução nos cuidados fisicos ao paciente e relacionamento interpessoal.
Segundo Stefanelli atualmente o papel do enfermeiro é:
Criar e manter ambiente terapêutico –o ambiente terapêutico
compreende em ambiente físico seguro e estabelecimento de uma relação de
confiança entre a equipe e o paciente; aproveitamento de todos os recursos
humanos e materiais para ferecer aos pacientes um bom acolhimento,
compreensão, apoio, tratamento pessoal, atividades de reestruturação e inclusão
na dinâmica global.
Relação terapêutica – estabelecer cada membro da equipe com o
paciente e sua família e com todo o grupo de pacientes, permite ao paciente
adquirir outros padrões de conduta mais adequado aumentando e melhorando a
sua capacidade de adaptação, assim como a sua autonomia e independência;
Desempenhar funções de substituto de pessoas significativas;
Assistir o paciente em seus aspectos somáticos;
Educar o paciente sobre os fatores que afetam a saúde mental, e
auxiliar na aceitação do tratamento e regulamento da instituição;
Agir como agente socializador;
Atuar como agente psicoterapêutico através do relacionamento
um a um;
Colaborar na seleção de pessoal para favorecer o relacionamento
pessoal de enfermagem e paciente;
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Participar de ações comunitárias e em pesquisas relacionadas á
saúde mental para contribuir com desenvolvimento da enfermagem e a utilização
racional de recursos no planejamento e realização da assistência;
Promoção e manutenção da saúde; gerenciamento; usar recursos
do meio ambiente de forma terapeutica (ambiente terapêutico); usar de
intervenções psicobiológicas; ensino de saúde; fazer intervenção em crise, fazer
aconselhamento e visita domiciliar; intervenção através de ação omunitária;
consulta e diagnóstico de enfermagem; planejamento, implementação do plano
de cuidados e avaliação da assistência;
Organiza, coordena, supervisiona, orienta e executa serviço de
enfermagem psiquiátrica, colaborando no plano médico-terapêutico-profilático,
para possibilitar a proteção e recuperação da saúde mental dos pacientes;
Colabora na relação de pessoal para favorecer o relacionamento
do pessoal de enfermagem e paciente.
3. POLITICAS PUBLICAS
A reforma psiquiatrica foi um processo de reflexão e transformação dos
diferentes niveis assistencias, culturais, politicos, economicos e conceituais que por
mais de anos veio num crescente movimento e o principal foco dessa reforma é garantir
o direito da cidadania a esses pacientes com patologia mental proporcionando qualidade
de vida aos mesmos.
Lei nº 10.216 de 04 de junho de 2001 em seu artigo 1º garante os direitos e a
proteção das pessoas acometidas de transtorno mental, de que trata esta Lei, são
assegurados sem qualquer forma de discriminação quanto à raça, cor, sexo, orientação
sexual, religião, opção política, nacionalidade, idade, família, recursos econômicos e ao
grau de gravidade ou tempo de evolução de seu transtorno, ou qualquer outra (CN,
2001).
Atualmente, a Política Nacional de Saúde Mental vigente no Brasil e instituída
por lei federal defende o atendimento dessas pessoas fora dos hospitais e enfatiza a
necessidade de sua reabilitação psicossocial. Para que isso seja realizado de forma
eficaz, é necessária a implantação de medidas de apoio não só ao paciente, mas também
à sua família.
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Com as conferencias Mundias de Saude em 14 de Novembro de 1990, que
começa uma historia para as politicas publicas de saude mental. No Brasil Fez se a
critica objetiva e fundamental sobre o sistema psiquiatrico centrado no modelo
hospitalocentrico. É proposto um novo modelo de assistencia psiquiatrica que dentre as
diretrizes, destaca a articulação necessaria entre atençao primaria os sistemas locais de
saude .
A politica de saude mental no Rio de janeiro tem favorecido a implantação de
Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).
4. Diagnostico situacional
A efetividade da politica de saude mental não depende apenas de uma legislação
favoravel, o que, sem duvida, é um fator positivo, depende tambem de recursos
financeiros, de capacitação permanente das equipes de saude, da promoção de uma
intervenção interdisciplinar não so nos CAPS, mas em toda a rede de saude e de uma
politica intercessorial, que a saude mental abrange dimensões que vao alem do
psicoemocional.
A atenção ao cuidado à saúde do portador de transtorno mental encontra-se
focado nos trabalhos dos CAPS, estes possuem importante papel por ter equipe
multidiscilplinares, nessa equipe o papel do enfermeiro é muito importante por
juntamente como os demais profissionais cuja importancia é juntamente com o
tratamento dos transtornos mentais realizar a reincersão do paciente à vida social, ao seu
convivio social de preferencia a tentar ter uma vida normal.
O CAPS,SRT(serviçoss residenciais terapeutico) não trabalham sozinho, junto
com ele temos a estrategia da saude da familia como importante elo nessa corrente que
tem atravez do governo federal alcançar reduzir de forma pactuada e programada os
leitos psiquitricos de baixa qualidade,qualificar expandir fortalecer a rede extra
hospitalar,promover direitos do ususario e familiares incentivando a participação no
cuidado valiar continuamente todos os hospitais psiquiatricos por meio do programa
nacional de avaliação dos serviços hospitalaresPNASH-PISIQUIATRIA.
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Tendencia de reverção do modelo hospitalar para uma ampliação da rede extra
hospitalar de base comunitaria, entendimento ds questoes de alcool e outras drogas
como problema de saude publica e como prioridade.
4. CONCLUSAO
Conclui-se que, a doença mental ja existe a muitos anos e para que chegasse
onde chegou, enfrendou grandes barreiras. A doença foi considerada por muitos como
maldição divina, pecado dos antepassados e até desenganada por muitos. Mas esta
desesperança foi quebrada com a nova visão da reforma psiquiátrica, onde os doentes
alcançaram o desejo e a chance de tratamento sem necessitar de isolamento social. O
enfermeiro atua constantemente na prevenção, promoção e recuperação destes
pacientes, que as vezes não tem suporte suficiente da família e comunidade. Cabe ao
Estado intervir com políticas públicas garantindo ao paciente e família o suporte físico e
profilático para sanar as patologias psicológias e transtornos em que estes pacientes
estão inseridos.
O enfermeiro tem importância de promover em todos os sentidos a melhora
biopsicossocial, onde a família e comunidade estão diretamente envolvidos com as
atividades diárias do mesmo.
REFERENCIAS
Disponível em: 07/ 11/ 14
1. http://www.polbr.med.br/ano00/wal0900.php
2. http://www.scielo.br/pdf/rprs/v29n2/v29n2a05.pdf
3. http://www.scielo.br/pdf/ean/v10n4/v10n4a15.pdf
4. http://www.unisa.br/graduacao/biologicas/enfer/revista/arquivos/2005-
17.pdf
5. http://www.unisa.br/graduacao/biologicas/enfer/revista/arquivos/2001-
02.pdf