SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 3
Disciplina: Filosofia Data de entrega: 15/02/2017
Ano: 2017
Titulo: Ética para um jovem
Nome: Ana Carolina Santos Menoita 10ºF Nº2
1ºCapítulo – De que trata a ética.
Conceitos: livre-arbítrio; Liberdade; Relativismo moral; Tradições; Hábitos;
Fernando Savater, neste primeiro capítulo de nome “De que trata a ética”, tal como este indica
pretende explicar-nos, através de vários exemplos, o que é realmente a Ética.
O autor começa por afirmar que existem certas coisas que podemos fazer, conforme nos da
jeito, aprender ou não, que alguns saberes são fundamentais para que possamos viver e
outros não. Como por exemplo, conseguimos viver sem saber ler nem escrever, contudo, não é
possível viver sem sabermos que se bebermos lixivia não chegaremos a velhos. Ou seja,
segundo o sujeito, a muitas maneiras de viver, mas há maneiras que não deixam viver.
(“…distinguir entre o bom e o mau é um conhecimento que todos tentamos adquirir…”)
No entanto há algo que complica é o facto de algumas coisas serem boas e más ao mesmo
tempo. Por exemplo, a mentira é geralmente uma coisa má porque destrói a confiança na
palavra mas às vezes dir-se-ia que pode ser útil ou benéfico mentir em vista de se conseguir
certa vantagem ou até para se fazer um favor a alguém.
Assim podemos concluir que existem vários critérios opostos para aquilo que devemos fazer,
o único ponto sobre o qual, à primeira vista, estamos de acordo é que nem todos estamos de
acordo.
Em seguida, Savater refere o exemplo das térmitas-soldado que dão a sua própria vida para
protegerem as restantes quando o seu formigueiro é atacado, todavia que este é um processo
que elas estão programadas para fazer, elas não são livres de escolher se querem ou não ir
combater. Por outro lado o autor relata uma passagem de Ilíada escrita por Homero, onde se
encontra o melhor guerreiro de Troia, Heitor. Heitor decide, apesar de não ser sua obrigação,
combater contra Aquiles, que é muito mais forte que ele e sabe que Aquiles o pode matar.
Porém Heitor fá-lo porque quer, pois é livre e assim é admirado pela sua coragem ao contrário
das térmitas.
Aqui inicia-se a definição de liberdade: os animais não podem evitar ser como são e fazer
aquilo naturalmente estão programados para fazer porque não sabem comporta-se de outro
modo, nós como Homens também estamos programados pela Natureza. Temos
condicionantes físico-biológicas, tais como a necessidade de beber água, e condicionantes
culturais, tais como a nossa língua, tradições, hábitos, comportamentos, lendas, etc. Todos
somos feitos para morrer um dia.
Por mais condicionada seja a nossa liberdade podemos sempre, nós humanos, escolher entre
o querer e não querer, entre o sim e o não.
Nunca temos um só caminho a seguir, mas sempre vários.
A verdade é que não podemos decidir o que nos acontece, mas podemos reagir ao que nos
acontece. A liberdade consiste em escolher dentro do possível, e é diferente do termo
omnipotência, que significa conseguir sempre aquilo que se quer, mesmo que seja impossível.
Ser livre traz-nos muitas responsabilidades, e a culpa dos nossos atos. Optar livremente por
algo em certas circunstâncias é difícil, como exemplifica Savater a decisão de entrar dentro de
um prédio em chamas para salvar uma criança ou combater firmemente um tirano é
complicado pois poderá colocar a nossa vida em risco para salvar a de outra pessoa. Por isso,
muitas pessoas utilizam a desculpa de não reconhecerem ser livres preferindo o mais fácil, não
aceitando a consequência dos seus atos.
Viajando no passado, podemos apresentar uma excelente forma de comprovarmos a nossa
liberdade. Na antiguidade, um filósofo romano estava a discutir com um amigo que negava que
os humanos eram livres e que garantia que cada um de nós não conseguia evitar fazer aquilo
que fazíamos. Então o filósofo de repente começa a dar pauladas fortes ao seu amigo que
apenas gritava: “Já chega, não batas mais!”. O filósofo sem para argumenta: “Não dizes que
não sou livre e que quando faço uma coisa não posso evitar fazê-la? Pois então não gastes
saliva a pedir-me que pare: sou automático” Quando o seu amigo concordou com ele e
compreendeu o seu conceito o filósofo parou.
Podemos Savater ainda reforça essa ideia ao utilizar esta frase: “se não fôssemos livres, não
poderíamos, não poderíamos sentir-nos culpados de nada (…)”
Assim podemos resumir a ética como algo prudente, onde devemos estar bem atentos ao que
fazemos e procurar adquirir um certo saber viver que nos permita acertar.
Esse saber viver, ou arte de viver é aquilo a que se chama Ética.
2ºCapítulo – Ordens, Costumes e Caprichos.
Conceitos: Liberdade; Motivo; Ordens, Costumes; Caprichos.
Ordens, Costumes e Caprichos condicionam as nossas escolhas e limitam as nossas ações,
inclinando o nosso comportamento numa direção ou noutra, explicando, desse modo, a nossa
preferência em fazermos o que fazemos. Contudo, não podermos esquecer a diferente
influencia que cada um desses motivos exerce na nossa vida.
Uma ordem é sempre uma ordem, surja ou não mascarada de forma subtil. Porém, ainda que
seja uma ordem, podemos ou não cumpri-la (se optarmos pelo não, devemos estar preparados
para as consequências que isso irá trazer).
Em relação aos costumes, estes são encarados de forma diferente. Gostamos na maioria das
vezes, de agir como os outros para, de certa forma, não destoarmos: “Os costumes, em
compensação, resultam antes da comodidade de seguires a rotina em certas ocasiões e
também do teu interesse em não contraíres os outros, ou seja, da pressão dos demais”.
Os costumes e as ordens tem coisas em comum, parece que as ideias vem do exterior, para
condicional um pouco com a nossa liberdade,
Pelo contrário, os caprichos são de outra natureza, já que resultam da vontade própria de
cada um de nós, sendo por isso privilegiados relativamente aos anteriores. No entanto, Savater
não deixa esquecer: “ Mas entre as ordens que nos são dadas, entre os costumes que nos
rodeiam ou que nós criamos, entre os caprichos que nos assaltam, teremos de aprender a
escolher por nós próprios”, mas também é preciso distinguir muitas vezes o também chamado
capricho “apetece” pode estar a imita alguém ou até resulte de uma ordem.
Neste capitulo o escritor da como exemplo um capitão que comanda um barco cheio de carga
importante para outro porto, mas a meio do seu trajeto, surpreendeu uma tempestade
tremenda, para salvar o barco e a vida da sua tripulação terá de jogar toda a sua mercadoria
borda fora, mas se quiser salvar a sua mercadoria terá de mandar as pessoas mais inúteis,
borda fora, mas será que vale a pena?
A diferença deste capitão com as térmitas, que tem de sair em missão, querendo ou não, pois
não o podem negar, porque tem de obedecer aos impulsos da natureza.
Então podemos dizer que o grande lema deste capítulo é: “Não perguntes a ninguém aquilo
que deves fazer com a tua vida: pergunta-o a ti próprio”
(“O único ponto sobre o qual á primeira vista, estamos todos de acordo é que nem todos
estamos de acordo”)
3ºCapítulo – Faz o que quiseres
Conceito: Liberdade; Costumes; Obediência; Racismo; Xenofobia.
O escritor neste capítulo tenta-nos ensinar a melhor maneira para decidir, decidir por nós
próprios sem influência das outras pessoas.
Um costume só pode ser costumes, mas não essencialmente de ser comprida, pois temos a
liberdade de para com a rotina, se vamos sempre pelo mesmo caminho e estamos a pisar
sempre a mesma poça só porque é costume, podemos perfeitamente parar com esse costume.
Somos livres e podemos ir por outro caminho, criar novos costumes que nos convenham
mais, voltando novamente a definição de ética de Savater. Um capricho pode também ser
facilmente ignorado, se o nosso capricho for beber uma garrafa de lixivia, mas se quisermos ter
uma vida longa e uma boa vida, pode não ser muito conveniente realizar este capricho, logo
pode ser ignorado e substituído por um outro. Savater dá-nos como exemplo Nelson Mandela
que para muitas é visto como amigo, mas para outros como inimigos
Devemos pensar nas nossas ordens, caprichos e costumes, sermos nós a escolher para
depois não nós arrependermo-nos das escolhas já feitas.
(“…tornarmo-nos adultos, ou seja, tornamo-nos capazes de inventar de certa maneira a própria
vida em vez de simplesmente viver a que os outros inventam por nós”)
4ºCapítulo – Tem uma vida boa
Conceitos: Ética; Liberdade, Ordens, Xenofobia; Escolhas;
Neste capítulo Savater mostra-nos um dilema “Faz o que quiseres”, é esta uma ordem para
fazermos o que queremos ou para fazermos o que não queremos que é realmente o que
queremos?
As ordens na maioria dos casos tiram-nos a liberdade. Não podemos escolher ser livres,
somos livres, como também não podemos escolher querer, queremos e não há nada que com
que se poda contradizer estes factos.
Savater diz-nos para pensar naquilo que fazemos para termos uma boa vida, para não nos
deixarmos levar por simples caprichos e sermos conscientes das consequências que podem
ter. As vezes podemos querer coisas que entram em conflito com as nossas ideias. Temos de
impor ordens de prioridades em relação as ideias para termos uma boa vida, mas uma boa
vida humana é uma vida quando socializamos com outros seres humanos.
Se formos ricos mas não tivermos amigos de nada nos vale o dinheiro. Por outro lado, pode-
se ser muito pobre mas tendo companhia para superar a pobreza e tendo pessoas amigas que
nos ajudem torna a nossa vida melhor.
(“A ética é apenas o prepósito racional de averiguar como vivermos melhor”)
Opinião: Na minha experiencia deste 4 capítulos que li, posso afirmar que o livro tenta-nos
mostrar a melhor forma de sermos livres respeitando os outros, não seguindo sempre as
mesmas ordens, costumes e caprichos, por vezes devemos modificar nem que seja uma coisa
insignificante, porém ajuda-nos a fugir dos nossos hábitos e a compreender-mos melhor o
mundo que vivemos,

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Estrutura do Texto de Apreciação Crítica
Estrutura do Texto de Apreciação CríticaEstrutura do Texto de Apreciação Crítica
Estrutura do Texto de Apreciação CríticaVanda Sousa
 
Auto de inês pereira
Auto de inês pereiraAuto de inês pereira
Auto de inês pereirananasimao
 
Cesário Verde-Sistematização
Cesário Verde-SistematizaçãoCesário Verde-Sistematização
Cesário Verde-SistematizaçãoDina Baptista
 
Gil vicente, farsa de inês pereira
Gil vicente, farsa de inês pereiraGil vicente, farsa de inês pereira
Gil vicente, farsa de inês pereiraDavid Caçador
 
"Não sei se é sonhe, se realidade"
"Não sei se é sonhe, se realidade""Não sei se é sonhe, se realidade"
"Não sei se é sonhe, se realidade"MiguelavRodrigues
 
Determinismo e Livre-arbítrio - Filosofia 10º Ano
Determinismo e Livre-arbítrio - Filosofia 10º AnoDeterminismo e Livre-arbítrio - Filosofia 10º Ano
Determinismo e Livre-arbítrio - Filosofia 10º AnoPedro Francisco
 
Crónica de D. João I de Fernão Lopes
Crónica de D. João I de Fernão LopesCrónica de D. João I de Fernão Lopes
Crónica de D. João I de Fernão LopesGijasilvelitz 2
 
A filosofia moral utilitarista de stuart mill
A filosofia moral utilitarista de stuart millA filosofia moral utilitarista de stuart mill
A filosofia moral utilitarista de stuart millFilazambuja
 
Ética, Direito e Política (Teoria da Justiça de Rawls)
Ética, Direito e Política (Teoria da Justiça de Rawls)Ética, Direito e Política (Teoria da Justiça de Rawls)
Ética, Direito e Política (Teoria da Justiça de Rawls)InesTeixeiraDuarte
 
Determinismo Radical
Determinismo RadicalDeterminismo Radical
Determinismo Radicalpauloricardom
 
O artigo de apreciação crítica
O artigo de apreciação críticaO artigo de apreciação crítica
O artigo de apreciação críticaFernanda Monteiro
 
Lírica de Luís de Camões
Lírica de Luís de Camões Lírica de Luís de Camões
Lírica de Luís de Camões Lurdes Augusto
 
Na mão de Deus poema - Antero de Quental
Na mão de Deus poema - Antero de QuentalNa mão de Deus poema - Antero de Quental
Na mão de Deus poema - Antero de QuentalPatrícia Faria
 
livro filosofia soluções.pdf
livro filosofia soluções.pdflivro filosofia soluções.pdf
livro filosofia soluções.pdfInesVieiraAluno
 

Mais procurados (20)

Joana
JoanaJoana
Joana
 
Estrutura do Texto de Apreciação Crítica
Estrutura do Texto de Apreciação CríticaEstrutura do Texto de Apreciação Crítica
Estrutura do Texto de Apreciação Crítica
 
Libertismo
Libertismo Libertismo
Libertismo
 
Auto de inês pereira
Auto de inês pereiraAuto de inês pereira
Auto de inês pereira
 
Cesário Verde-Sistematização
Cesário Verde-SistematizaçãoCesário Verde-Sistematização
Cesário Verde-Sistematização
 
Gil vicente, farsa de inês pereira
Gil vicente, farsa de inês pereiraGil vicente, farsa de inês pereira
Gil vicente, farsa de inês pereira
 
Amor de perdição
Amor de perdiçãoAmor de perdição
Amor de perdição
 
Teste corrigido
Teste corrigidoTeste corrigido
Teste corrigido
 
Amor é fogo que arde
Amor é fogo que ardeAmor é fogo que arde
Amor é fogo que arde
 
"Não sei se é sonhe, se realidade"
"Não sei se é sonhe, se realidade""Não sei se é sonhe, se realidade"
"Não sei se é sonhe, se realidade"
 
Determinismo e Livre-arbítrio - Filosofia 10º Ano
Determinismo e Livre-arbítrio - Filosofia 10º AnoDeterminismo e Livre-arbítrio - Filosofia 10º Ano
Determinismo e Livre-arbítrio - Filosofia 10º Ano
 
Crónica de D. João I de Fernão Lopes
Crónica de D. João I de Fernão LopesCrónica de D. João I de Fernão Lopes
Crónica de D. João I de Fernão Lopes
 
A filosofia moral utilitarista de stuart mill
A filosofia moral utilitarista de stuart millA filosofia moral utilitarista de stuart mill
A filosofia moral utilitarista de stuart mill
 
Ética, Direito e Política (Teoria da Justiça de Rawls)
Ética, Direito e Política (Teoria da Justiça de Rawls)Ética, Direito e Política (Teoria da Justiça de Rawls)
Ética, Direito e Política (Teoria da Justiça de Rawls)
 
Cepticismo
CepticismoCepticismo
Cepticismo
 
Determinismo Radical
Determinismo RadicalDeterminismo Radical
Determinismo Radical
 
O artigo de apreciação crítica
O artigo de apreciação críticaO artigo de apreciação crítica
O artigo de apreciação crítica
 
Lírica de Luís de Camões
Lírica de Luís de Camões Lírica de Luís de Camões
Lírica de Luís de Camões
 
Na mão de Deus poema - Antero de Quental
Na mão de Deus poema - Antero de QuentalNa mão de Deus poema - Antero de Quental
Na mão de Deus poema - Antero de Quental
 
livro filosofia soluções.pdf
livro filosofia soluções.pdflivro filosofia soluções.pdf
livro filosofia soluções.pdf
 

Semelhante a Ética para um jovem - Análise dos primeiros 4 capítulos

Liberdade, angústia e autenticidade
Liberdade, angústia e autenticidadeLiberdade, angústia e autenticidade
Liberdade, angústia e autenticidadeBruno Carrasco
 
Capítulo X - Lei de Liberdade.docx
Capítulo X - Lei de Liberdade.docxCapítulo X - Lei de Liberdade.docx
Capítulo X - Lei de Liberdade.docxMarta Gomes
 
O nosso direito de escolher
O nosso direito de escolherO nosso direito de escolher
O nosso direito de escolherHelio Cruz
 
O nosso direito de escolher
O nosso direito de escolherO nosso direito de escolher
O nosso direito de escolherHelio Cruz
 
Meetup Uma Introdução ao Estoicismo
Meetup Uma Introdução ao EstoicismoMeetup Uma Introdução ao Estoicismo
Meetup Uma Introdução ao EstoicismoDionatan default
 
Minha liberdade termina onde começa a liberdade do outro
Minha liberdade termina onde começa a liberdade do outroMinha liberdade termina onde começa a liberdade do outro
Minha liberdade termina onde começa a liberdade do outroSérgio dos Céus Nelson
 
Existencialismo e humanismo
Existencialismo e humanismoExistencialismo e humanismo
Existencialismo e humanismoJoão Marcelo
 
Direitos Humanos, a liberdade
Direitos Humanos, a liberdadeDireitos Humanos, a liberdade
Direitos Humanos, a liberdadeFilipe Carvalho
 
Pub jornal 2012_c1
Pub jornal 2012_c1Pub jornal 2012_c1
Pub jornal 2012_c1becresforte
 
37041549 a-liberdade-segundo-jean-paul-sartre
37041549 a-liberdade-segundo-jean-paul-sartre37041549 a-liberdade-segundo-jean-paul-sartre
37041549 a-liberdade-segundo-jean-paul-sartreAdriano Machado
 
3. Determinismo e Liberdade da ação humana 2.pptx
3. Determinismo e Liberdade da ação humana 2.pptx3. Determinismo e Liberdade da ação humana 2.pptx
3. Determinismo e Liberdade da ação humana 2.pptxRafaelaQueiros
 
Sociologia 1 ano Tema 1- As ciências sociais e oestudo da vida social
Sociologia 1 ano  Tema 1- As ciências sociais e oestudo da vida socialSociologia 1 ano  Tema 1- As ciências sociais e oestudo da vida social
Sociologia 1 ano Tema 1- As ciências sociais e oestudo da vida socialSérgio Coelho
 

Semelhante a Ética para um jovem - Análise dos primeiros 4 capítulos (20)

Aula Liberdade e Limites
Aula Liberdade e Limites Aula Liberdade e Limites
Aula Liberdade e Limites
 
Liberdade, angústia e autenticidade
Liberdade, angústia e autenticidadeLiberdade, angústia e autenticidade
Liberdade, angústia e autenticidade
 
Livre arbitrio e Espiritismo
Livre arbitrio e EspiritismoLivre arbitrio e Espiritismo
Livre arbitrio e Espiritismo
 
Capítulo X - Lei de Liberdade.docx
Capítulo X - Lei de Liberdade.docxCapítulo X - Lei de Liberdade.docx
Capítulo X - Lei de Liberdade.docx
 
O nosso direito de escolher
O nosso direito de escolherO nosso direito de escolher
O nosso direito de escolher
 
Resumodefilo6
Resumodefilo6Resumodefilo6
Resumodefilo6
 
O nosso direito de escolher
O nosso direito de escolherO nosso direito de escolher
O nosso direito de escolher
 
Meetup Uma Introdução ao Estoicismo
Meetup Uma Introdução ao EstoicismoMeetup Uma Introdução ao Estoicismo
Meetup Uma Introdução ao Estoicismo
 
Minha liberdade termina onde começa a liberdade do outro
Minha liberdade termina onde começa a liberdade do outroMinha liberdade termina onde começa a liberdade do outro
Minha liberdade termina onde começa a liberdade do outro
 
O agir moral
O agir moralO agir moral
O agir moral
 
Existencialismo e humanismo
Existencialismo e humanismoExistencialismo e humanismo
Existencialismo e humanismo
 
Direitos Humanos, a liberdade
Direitos Humanos, a liberdadeDireitos Humanos, a liberdade
Direitos Humanos, a liberdade
 
Liberdade 1
Liberdade 1Liberdade 1
Liberdade 1
 
Pub jornal 2012_c1
Pub jornal 2012_c1Pub jornal 2012_c1
Pub jornal 2012_c1
 
37041549 a-liberdade-segundo-jean-paul-sartre
37041549 a-liberdade-segundo-jean-paul-sartre37041549 a-liberdade-segundo-jean-paul-sartre
37041549 a-liberdade-segundo-jean-paul-sartre
 
Aula 3 principios eticos
Aula 3 principios eticosAula 3 principios eticos
Aula 3 principios eticos
 
3. Determinismo e Liberdade da ação humana 2.pptx
3. Determinismo e Liberdade da ação humana 2.pptx3. Determinismo e Liberdade da ação humana 2.pptx
3. Determinismo e Liberdade da ação humana 2.pptx
 
Sociologia 1 ano Tema 1- As ciências sociais e oestudo da vida social
Sociologia 1 ano  Tema 1- As ciências sociais e oestudo da vida socialSociologia 1 ano  Tema 1- As ciências sociais e oestudo da vida social
Sociologia 1 ano Tema 1- As ciências sociais e oestudo da vida social
 
Técnicas de poder1
Técnicas de poder1Técnicas de poder1
Técnicas de poder1
 
A liberdade
A liberdadeA liberdade
A liberdade
 

Último

Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxLaurindo6
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduraAdryan Luiz
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 

Último (20)

Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditadura
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 

Ética para um jovem - Análise dos primeiros 4 capítulos

  • 1. Disciplina: Filosofia Data de entrega: 15/02/2017 Ano: 2017 Titulo: Ética para um jovem Nome: Ana Carolina Santos Menoita 10ºF Nº2 1ºCapítulo – De que trata a ética. Conceitos: livre-arbítrio; Liberdade; Relativismo moral; Tradições; Hábitos; Fernando Savater, neste primeiro capítulo de nome “De que trata a ética”, tal como este indica pretende explicar-nos, através de vários exemplos, o que é realmente a Ética. O autor começa por afirmar que existem certas coisas que podemos fazer, conforme nos da jeito, aprender ou não, que alguns saberes são fundamentais para que possamos viver e outros não. Como por exemplo, conseguimos viver sem saber ler nem escrever, contudo, não é possível viver sem sabermos que se bebermos lixivia não chegaremos a velhos. Ou seja, segundo o sujeito, a muitas maneiras de viver, mas há maneiras que não deixam viver. (“…distinguir entre o bom e o mau é um conhecimento que todos tentamos adquirir…”) No entanto há algo que complica é o facto de algumas coisas serem boas e más ao mesmo tempo. Por exemplo, a mentira é geralmente uma coisa má porque destrói a confiança na palavra mas às vezes dir-se-ia que pode ser útil ou benéfico mentir em vista de se conseguir certa vantagem ou até para se fazer um favor a alguém. Assim podemos concluir que existem vários critérios opostos para aquilo que devemos fazer, o único ponto sobre o qual, à primeira vista, estamos de acordo é que nem todos estamos de acordo. Em seguida, Savater refere o exemplo das térmitas-soldado que dão a sua própria vida para protegerem as restantes quando o seu formigueiro é atacado, todavia que este é um processo que elas estão programadas para fazer, elas não são livres de escolher se querem ou não ir combater. Por outro lado o autor relata uma passagem de Ilíada escrita por Homero, onde se encontra o melhor guerreiro de Troia, Heitor. Heitor decide, apesar de não ser sua obrigação, combater contra Aquiles, que é muito mais forte que ele e sabe que Aquiles o pode matar. Porém Heitor fá-lo porque quer, pois é livre e assim é admirado pela sua coragem ao contrário das térmitas. Aqui inicia-se a definição de liberdade: os animais não podem evitar ser como são e fazer aquilo naturalmente estão programados para fazer porque não sabem comporta-se de outro modo, nós como Homens também estamos programados pela Natureza. Temos condicionantes físico-biológicas, tais como a necessidade de beber água, e condicionantes culturais, tais como a nossa língua, tradições, hábitos, comportamentos, lendas, etc. Todos somos feitos para morrer um dia. Por mais condicionada seja a nossa liberdade podemos sempre, nós humanos, escolher entre o querer e não querer, entre o sim e o não. Nunca temos um só caminho a seguir, mas sempre vários. A verdade é que não podemos decidir o que nos acontece, mas podemos reagir ao que nos acontece. A liberdade consiste em escolher dentro do possível, e é diferente do termo omnipotência, que significa conseguir sempre aquilo que se quer, mesmo que seja impossível. Ser livre traz-nos muitas responsabilidades, e a culpa dos nossos atos. Optar livremente por algo em certas circunstâncias é difícil, como exemplifica Savater a decisão de entrar dentro de um prédio em chamas para salvar uma criança ou combater firmemente um tirano é complicado pois poderá colocar a nossa vida em risco para salvar a de outra pessoa. Por isso, muitas pessoas utilizam a desculpa de não reconhecerem ser livres preferindo o mais fácil, não aceitando a consequência dos seus atos.
  • 2. Viajando no passado, podemos apresentar uma excelente forma de comprovarmos a nossa liberdade. Na antiguidade, um filósofo romano estava a discutir com um amigo que negava que os humanos eram livres e que garantia que cada um de nós não conseguia evitar fazer aquilo que fazíamos. Então o filósofo de repente começa a dar pauladas fortes ao seu amigo que apenas gritava: “Já chega, não batas mais!”. O filósofo sem para argumenta: “Não dizes que não sou livre e que quando faço uma coisa não posso evitar fazê-la? Pois então não gastes saliva a pedir-me que pare: sou automático” Quando o seu amigo concordou com ele e compreendeu o seu conceito o filósofo parou. Podemos Savater ainda reforça essa ideia ao utilizar esta frase: “se não fôssemos livres, não poderíamos, não poderíamos sentir-nos culpados de nada (…)” Assim podemos resumir a ética como algo prudente, onde devemos estar bem atentos ao que fazemos e procurar adquirir um certo saber viver que nos permita acertar. Esse saber viver, ou arte de viver é aquilo a que se chama Ética. 2ºCapítulo – Ordens, Costumes e Caprichos. Conceitos: Liberdade; Motivo; Ordens, Costumes; Caprichos. Ordens, Costumes e Caprichos condicionam as nossas escolhas e limitam as nossas ações, inclinando o nosso comportamento numa direção ou noutra, explicando, desse modo, a nossa preferência em fazermos o que fazemos. Contudo, não podermos esquecer a diferente influencia que cada um desses motivos exerce na nossa vida. Uma ordem é sempre uma ordem, surja ou não mascarada de forma subtil. Porém, ainda que seja uma ordem, podemos ou não cumpri-la (se optarmos pelo não, devemos estar preparados para as consequências que isso irá trazer). Em relação aos costumes, estes são encarados de forma diferente. Gostamos na maioria das vezes, de agir como os outros para, de certa forma, não destoarmos: “Os costumes, em compensação, resultam antes da comodidade de seguires a rotina em certas ocasiões e também do teu interesse em não contraíres os outros, ou seja, da pressão dos demais”. Os costumes e as ordens tem coisas em comum, parece que as ideias vem do exterior, para condicional um pouco com a nossa liberdade, Pelo contrário, os caprichos são de outra natureza, já que resultam da vontade própria de cada um de nós, sendo por isso privilegiados relativamente aos anteriores. No entanto, Savater não deixa esquecer: “ Mas entre as ordens que nos são dadas, entre os costumes que nos rodeiam ou que nós criamos, entre os caprichos que nos assaltam, teremos de aprender a escolher por nós próprios”, mas também é preciso distinguir muitas vezes o também chamado capricho “apetece” pode estar a imita alguém ou até resulte de uma ordem. Neste capitulo o escritor da como exemplo um capitão que comanda um barco cheio de carga importante para outro porto, mas a meio do seu trajeto, surpreendeu uma tempestade tremenda, para salvar o barco e a vida da sua tripulação terá de jogar toda a sua mercadoria borda fora, mas se quiser salvar a sua mercadoria terá de mandar as pessoas mais inúteis, borda fora, mas será que vale a pena? A diferença deste capitão com as térmitas, que tem de sair em missão, querendo ou não, pois não o podem negar, porque tem de obedecer aos impulsos da natureza. Então podemos dizer que o grande lema deste capítulo é: “Não perguntes a ninguém aquilo que deves fazer com a tua vida: pergunta-o a ti próprio” (“O único ponto sobre o qual á primeira vista, estamos todos de acordo é que nem todos estamos de acordo”)
  • 3. 3ºCapítulo – Faz o que quiseres Conceito: Liberdade; Costumes; Obediência; Racismo; Xenofobia. O escritor neste capítulo tenta-nos ensinar a melhor maneira para decidir, decidir por nós próprios sem influência das outras pessoas. Um costume só pode ser costumes, mas não essencialmente de ser comprida, pois temos a liberdade de para com a rotina, se vamos sempre pelo mesmo caminho e estamos a pisar sempre a mesma poça só porque é costume, podemos perfeitamente parar com esse costume. Somos livres e podemos ir por outro caminho, criar novos costumes que nos convenham mais, voltando novamente a definição de ética de Savater. Um capricho pode também ser facilmente ignorado, se o nosso capricho for beber uma garrafa de lixivia, mas se quisermos ter uma vida longa e uma boa vida, pode não ser muito conveniente realizar este capricho, logo pode ser ignorado e substituído por um outro. Savater dá-nos como exemplo Nelson Mandela que para muitas é visto como amigo, mas para outros como inimigos Devemos pensar nas nossas ordens, caprichos e costumes, sermos nós a escolher para depois não nós arrependermo-nos das escolhas já feitas. (“…tornarmo-nos adultos, ou seja, tornamo-nos capazes de inventar de certa maneira a própria vida em vez de simplesmente viver a que os outros inventam por nós”) 4ºCapítulo – Tem uma vida boa Conceitos: Ética; Liberdade, Ordens, Xenofobia; Escolhas; Neste capítulo Savater mostra-nos um dilema “Faz o que quiseres”, é esta uma ordem para fazermos o que queremos ou para fazermos o que não queremos que é realmente o que queremos? As ordens na maioria dos casos tiram-nos a liberdade. Não podemos escolher ser livres, somos livres, como também não podemos escolher querer, queremos e não há nada que com que se poda contradizer estes factos. Savater diz-nos para pensar naquilo que fazemos para termos uma boa vida, para não nos deixarmos levar por simples caprichos e sermos conscientes das consequências que podem ter. As vezes podemos querer coisas que entram em conflito com as nossas ideias. Temos de impor ordens de prioridades em relação as ideias para termos uma boa vida, mas uma boa vida humana é uma vida quando socializamos com outros seres humanos. Se formos ricos mas não tivermos amigos de nada nos vale o dinheiro. Por outro lado, pode- se ser muito pobre mas tendo companhia para superar a pobreza e tendo pessoas amigas que nos ajudem torna a nossa vida melhor. (“A ética é apenas o prepósito racional de averiguar como vivermos melhor”) Opinião: Na minha experiencia deste 4 capítulos que li, posso afirmar que o livro tenta-nos mostrar a melhor forma de sermos livres respeitando os outros, não seguindo sempre as mesmas ordens, costumes e caprichos, por vezes devemos modificar nem que seja uma coisa insignificante, porém ajuda-nos a fugir dos nossos hábitos e a compreender-mos melhor o mundo que vivemos,