Este documento discute o processo saúde-doença e sua determinação social e histórica. Apresenta conceitos de saúde e doença, explicando que a doença não deve ser vista apenas como um fenômeno biológico, mas também social e subjetivo. Discorre sobre diferentes planos para entender a saúde: subindividual, individual e coletivo. Conclui que a saúde e a doença devem ser compreendidas como um processo que envolve fatores biológicos, psicológicos e sociais, e que ocorre de
O documento fornece um resumo sobre a realização da anamnese e exame físico respiratório. A anamnese inclui dados pessoais do paciente, queixa principal, história da doença atual e médica pregressa. O exame físico descreve a inspeção e ausculta pulmonar para avaliar sinais e sintomas respiratórios como tosse, expectoração e dispneia.
O documento discute os principais aspectos da semiologia dermatológica, incluindo a avaliação da coloração, integridade e umidade da pele durante o exame físico, assim como fatores como raça, profissão e características de lesões comuns.
Gasometria Arterial- Distúrbios do Equilíbrio Ácido-baseFlávia Salame
O documento discute os seguintes tópicos:
1) Regulação do equilíbrio ácido-básico no organismo, incluindo tampões, sistemas respiratório, renal e metabólico;
2) Conceitos como pH, potencial hidrogeniônico, ácidos e bases;
3) Parâmetros da gasometria arterial e suas interpretações no diagnóstico de distúrbios ácido-básicos.
Estadiamento Puberal : Critérios de Tannerblogped1
O documento descreve os critérios de Tanner para avaliar o estágio da puberdade em adolescentes. Os estágios vão de 1 a 5 e analisam o desenvolvimento das mamas nas meninas e dos genitais nos meninos, além do surgimento de pelos pubianos. Sinais de puberdade precoce ou atrasada devem ser investigados.
O documento descreve a anatomia e exame físico do abdome. Ele divide o abdome em 4 quadrantes e 9 regiões, e descreve as estruturas encontradas em cada uma. Também explica os tipos de dor abdominal, sinais de examinação física como inspeção, palpação e ausculta, e sintomas comuns de doenças abdominais como dor, náusea e vômitos.
Aula 04 anatomia e fisiologia do sistema ósseo e articular..Hamilton Nobrega
O documento discute a osteologia, que é o estudo da formação e estrutura dos ossos. Os ossos são compostos por tecido conjuntivo mineralizado com matriz óssea orgânica e inorgânica. As células ósseas incluem osteoblastos, osteócitos e osteoclastos. Os ossos podem ser classificados de acordo com sua forma, posição anatômica e estrutura histológica.
Ossos, músculos e ligamentos do tórax, abdome e pelveCaio Maximino
O documento descreve a anatomia dos ossos, músculos e ligamentos do tronco humano, incluindo a coluna vertebral, caixa torácica, cavidade abdominal e pelve. Detalha a estrutura das vértebras torácicas e lombares, ossos do tórax como o esterno e as costelas, e suas articulações. Também apresenta os principais músculos das paredes torácica e abdominal.
O documento discute os mecanismos de regulação do equilíbrio ácido-básico no organismo, com foco nos sistemas tampão plasmático, pulmonar e renal. Apresenta também os conceitos de acidose, alcalose, gases arteriais e como interpretar os resultados de uma gasometria arterial.
O documento fornece um resumo sobre a realização da anamnese e exame físico respiratório. A anamnese inclui dados pessoais do paciente, queixa principal, história da doença atual e médica pregressa. O exame físico descreve a inspeção e ausculta pulmonar para avaliar sinais e sintomas respiratórios como tosse, expectoração e dispneia.
O documento discute os principais aspectos da semiologia dermatológica, incluindo a avaliação da coloração, integridade e umidade da pele durante o exame físico, assim como fatores como raça, profissão e características de lesões comuns.
Gasometria Arterial- Distúrbios do Equilíbrio Ácido-baseFlávia Salame
O documento discute os seguintes tópicos:
1) Regulação do equilíbrio ácido-básico no organismo, incluindo tampões, sistemas respiratório, renal e metabólico;
2) Conceitos como pH, potencial hidrogeniônico, ácidos e bases;
3) Parâmetros da gasometria arterial e suas interpretações no diagnóstico de distúrbios ácido-básicos.
Estadiamento Puberal : Critérios de Tannerblogped1
O documento descreve os critérios de Tanner para avaliar o estágio da puberdade em adolescentes. Os estágios vão de 1 a 5 e analisam o desenvolvimento das mamas nas meninas e dos genitais nos meninos, além do surgimento de pelos pubianos. Sinais de puberdade precoce ou atrasada devem ser investigados.
O documento descreve a anatomia e exame físico do abdome. Ele divide o abdome em 4 quadrantes e 9 regiões, e descreve as estruturas encontradas em cada uma. Também explica os tipos de dor abdominal, sinais de examinação física como inspeção, palpação e ausculta, e sintomas comuns de doenças abdominais como dor, náusea e vômitos.
Aula 04 anatomia e fisiologia do sistema ósseo e articular..Hamilton Nobrega
O documento discute a osteologia, que é o estudo da formação e estrutura dos ossos. Os ossos são compostos por tecido conjuntivo mineralizado com matriz óssea orgânica e inorgânica. As células ósseas incluem osteoblastos, osteócitos e osteoclastos. Os ossos podem ser classificados de acordo com sua forma, posição anatômica e estrutura histológica.
Ossos, músculos e ligamentos do tórax, abdome e pelveCaio Maximino
O documento descreve a anatomia dos ossos, músculos e ligamentos do tronco humano, incluindo a coluna vertebral, caixa torácica, cavidade abdominal e pelve. Detalha a estrutura das vértebras torácicas e lombares, ossos do tórax como o esterno e as costelas, e suas articulações. Também apresenta os principais músculos das paredes torácica e abdominal.
O documento discute os mecanismos de regulação do equilíbrio ácido-básico no organismo, com foco nos sistemas tampão plasmático, pulmonar e renal. Apresenta também os conceitos de acidose, alcalose, gases arteriais e como interpretar os resultados de uma gasometria arterial.
O documento descreve a anatomia da coluna vertebral, incluindo suas partes, curvaturas, vértebras em cada região e ligamentos. É um resumo detalhado da estrutura e função da coluna vertebral.
A doença de Graves é uma doença autoimune rara onde anticorpos estimulam a produção excessiva de hormônios da tireóide, causando hipertiroidismo, oftalmopatia e mixedema pré-tibial. Sintomas incluem taquicardia, agitação, perda de peso e olhos protuberantes. O tratamento envolve remédios para controlar a função da tireóide e inflamação ocular.
O documento descreve a ascite, definindo-a como o acúmulo de líquido livre na cavidade peritoneal. Apresenta suas principais causas, incluindo cirrose hepática (80-90% dos casos), neoplasias (10%) e tuberculose peritoneal. Detalha a fisiopatologia, semiologia, diagnóstico e diferenciais diagnósticos da ascite.
Este documento descreve as bulhas cardíacas, sons audíveis produzidos pelo coração durante o ciclo cardíaco. Ele explica as bulhas B1 e B2, associadas ao fechamento das válvulas, e como problemas cardíacos como insuficiência e estenose podem alterar essas bulhas. Também menciona bulhas inaudíveis B3 e B4 e outros ruídos como o clique sistólico e sopros.
Este documento fornece um guia para apresentar uma tese usando PowerPoint, com seções sobre o título, objetivos e hipóteses, enquadramento teórico, metodologia, resultados, conclusões e recomendações. Ele destaca a importância de sintetizar as conclusões da pesquisa de forma clara e relacionar os resultados aos objetivos iniciais.
Este documento descreve a semiotécnica do exame físico do abdômen, incluindo a inspeção estática e dinâmica. A inspeção estática inclui a descrição da forma geral do abdômen e possíveis assimetrias, enquanto a dinâmica avalia movimentos respiratórios e pulsações. Exemplos clínicos ilustram abaulamentos devido a aneurisma de aorta abdominal gigante.
O documento descreve os principais pontos do exame físico da cabeça e pescoço, incluindo: 1) observação da fácies, olhos, nariz, ouvidos, boca e garganta; 2) palpação de glândulas, veias e artérias no pescoço; 3) avaliação da tireóide, incluindo tamanho, consistência e sinais de hiper ou hipotireoidismo.
Neuroimagem no acidente vascular cerebral (AVC) - Liga Acadêmica de Radiologi...felipe_wlanger
Aula do dia 24/10/2016 sobre escolha de métodos de neuroimagem, indicações e suas limitações em pacientes com suspeita de acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico.
Acadêmico Felipe Welter Langer, Medicina UFSM
E-mail para contato: felipewlanger@gmail.com
A insuficiência respiratória é definida como a incapacidade do sistema respiratório de manter a ventilação e oxigenação adequadas. Pode ser classificada como aguda ou crônica dependendo da velocidade de instalação, e causa hipoxemia, hipercapnia ou ambas. O diagnóstico envolve história clínica, exame físico e exames complementares como gasometria arterial e radiografia de tórax.
Este documento fornece um resumo sobre ultrassom renal, abordando a anatomia, embriologia, técnica, variações anatômicas, anomalias congênitas e nefropatias parenquimatosas.
Apresentação em português sobre anatomia da pelve menor e avaliação clínica da bacia, focada para alunos de graduação em medicina e residentes em ginecologia e obstetrícia
O documento descreve as principais alterações fisiológicas associadas ao envelhecimento em diferentes sistemas do corpo humano, incluindo pele, audição, visão, paladar, respiratório, cardiovascular, gastrointestinal, urinário, reprodutivo, nervoso, esquelético, imunológico e endócrino. Essas alterações incluem perda de função e elasticidade dos órgãos, diminuição da capacidade sensorial e motora, e maior suscetibilidade a doenças.
O documento fornece instruções sobre como realizar um exame físico do sistema respiratório, incluindo a avaliação do histórico do paciente, métodos propedêuticos, inspeção, palpação, percussão e ausculta. Detalha sinais e sintomas, padrões respiratórios normais e adventícios, e sons esperados na ausculta pulmonar.
Este documento descreve a anatomia óssea, incluindo:
1) As funções do osso e os tipos de tecido ósseo esponjoso e compacto
2) Os componentes celulares e de matriz do osso
3) Os processos de ossificação intramembranosa e endocondral e a estrutura do disco epifisário
1) O documento descreve a anatomia da orelha externa, média e interna, incluindo suas estruturas e funções.
2) É dada ênfase à cavidade timpânica, que contém os três ossículos responsáveis por transmitir vibrações sonoras para o ouvido interno.
3) Também são descritos o osso temporal, que abriga o órgão auditivo, e as estruturas da orelha externa como o pavilhão auricular e o meato acústico externo.
1) O documento discute vários tipos de emergências em ginecologia e obstetrícia como abortamentos, prenhez ectópica, hemorragias anteparto e complicações pós-operatórias.
2) Ele fornece detalhes sobre os sinais e sintomas clínicos e achados ultrassonográficos de cada condição para auxiliar no diagnóstico.
3) O documento também discute fatores de risco, tratamentos e exames complementares em alguns casos como a ultrassonografia Doppler e os
O documento descreve o sistema nervoso central e periférico. O sistema nervoso central é constituído pelo cérebro e medula espinhal, que recebem e processam informações dos receptores sensoriais e enviam sinais aos órgãos efetores. A medula espinhal transmite informação somatosensorial entre o cérebro e o corpo, e controla reflexos e atividades vitais involuntárias.
Este documento parece ser um trabalho acadêmico com o nome do aluno, orientadora, local e ano. Ele inclui uma seção de citações com referências bibliográficas e uma conclusão.
O documento descreve a técnica e interpretação da gasometria arterial, incluindo o equilíbrio ácido-básico e suas alterações. Detalha os procedimentos para coleta da amostra, valores normais e como identificar distúrbios como acidose e alcalose respiratória e metabólica.
O documento descreve os passos do exame físico abdominal, incluindo inspeção, ausculta, percussão e palpação. Detalha as técnicas para examinar cada órgão abdominal, como fígado, baço, rins, pâncreas e vesícula biliar, e sinais para diagnosticar condições como ascite, abscessos hepáticos e obstruções intestinais.
1) O documento discute o processo saúde-doença, incluindo definições de saúde e doença, a história dos conceitos, e o papel da equipe de saúde na abordagem deste processo;
2) Ao longo da história, os conceitos de saúde e doença evoluíram de visões religiosas para médicas, com foco atual na multicausalidade;
3) A prevenção é definida em três níveis: primária, secundária e terciária, com foco na promoção da saúde
Processo saúde-doença - Material de apoio.pdfMayrlaBarbosa1
O documento discute o processo saúde-doença, abordando sua história, conceitos e papel da equipe de saúde. Ao longo da história, as visões sobre saúde e doença mudaram de uma perspectiva religiosa para modelos socioambientais e biológicos. Atualmente enfatiza-se uma abordagem mais ampla e complexa, considerando fatores individuais e sociais. A equipe de saúde deve promover saúde de forma integral.
O documento descreve a anatomia da coluna vertebral, incluindo suas partes, curvaturas, vértebras em cada região e ligamentos. É um resumo detalhado da estrutura e função da coluna vertebral.
A doença de Graves é uma doença autoimune rara onde anticorpos estimulam a produção excessiva de hormônios da tireóide, causando hipertiroidismo, oftalmopatia e mixedema pré-tibial. Sintomas incluem taquicardia, agitação, perda de peso e olhos protuberantes. O tratamento envolve remédios para controlar a função da tireóide e inflamação ocular.
O documento descreve a ascite, definindo-a como o acúmulo de líquido livre na cavidade peritoneal. Apresenta suas principais causas, incluindo cirrose hepática (80-90% dos casos), neoplasias (10%) e tuberculose peritoneal. Detalha a fisiopatologia, semiologia, diagnóstico e diferenciais diagnósticos da ascite.
Este documento descreve as bulhas cardíacas, sons audíveis produzidos pelo coração durante o ciclo cardíaco. Ele explica as bulhas B1 e B2, associadas ao fechamento das válvulas, e como problemas cardíacos como insuficiência e estenose podem alterar essas bulhas. Também menciona bulhas inaudíveis B3 e B4 e outros ruídos como o clique sistólico e sopros.
Este documento fornece um guia para apresentar uma tese usando PowerPoint, com seções sobre o título, objetivos e hipóteses, enquadramento teórico, metodologia, resultados, conclusões e recomendações. Ele destaca a importância de sintetizar as conclusões da pesquisa de forma clara e relacionar os resultados aos objetivos iniciais.
Este documento descreve a semiotécnica do exame físico do abdômen, incluindo a inspeção estática e dinâmica. A inspeção estática inclui a descrição da forma geral do abdômen e possíveis assimetrias, enquanto a dinâmica avalia movimentos respiratórios e pulsações. Exemplos clínicos ilustram abaulamentos devido a aneurisma de aorta abdominal gigante.
O documento descreve os principais pontos do exame físico da cabeça e pescoço, incluindo: 1) observação da fácies, olhos, nariz, ouvidos, boca e garganta; 2) palpação de glândulas, veias e artérias no pescoço; 3) avaliação da tireóide, incluindo tamanho, consistência e sinais de hiper ou hipotireoidismo.
Neuroimagem no acidente vascular cerebral (AVC) - Liga Acadêmica de Radiologi...felipe_wlanger
Aula do dia 24/10/2016 sobre escolha de métodos de neuroimagem, indicações e suas limitações em pacientes com suspeita de acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico.
Acadêmico Felipe Welter Langer, Medicina UFSM
E-mail para contato: felipewlanger@gmail.com
A insuficiência respiratória é definida como a incapacidade do sistema respiratório de manter a ventilação e oxigenação adequadas. Pode ser classificada como aguda ou crônica dependendo da velocidade de instalação, e causa hipoxemia, hipercapnia ou ambas. O diagnóstico envolve história clínica, exame físico e exames complementares como gasometria arterial e radiografia de tórax.
Este documento fornece um resumo sobre ultrassom renal, abordando a anatomia, embriologia, técnica, variações anatômicas, anomalias congênitas e nefropatias parenquimatosas.
Apresentação em português sobre anatomia da pelve menor e avaliação clínica da bacia, focada para alunos de graduação em medicina e residentes em ginecologia e obstetrícia
O documento descreve as principais alterações fisiológicas associadas ao envelhecimento em diferentes sistemas do corpo humano, incluindo pele, audição, visão, paladar, respiratório, cardiovascular, gastrointestinal, urinário, reprodutivo, nervoso, esquelético, imunológico e endócrino. Essas alterações incluem perda de função e elasticidade dos órgãos, diminuição da capacidade sensorial e motora, e maior suscetibilidade a doenças.
O documento fornece instruções sobre como realizar um exame físico do sistema respiratório, incluindo a avaliação do histórico do paciente, métodos propedêuticos, inspeção, palpação, percussão e ausculta. Detalha sinais e sintomas, padrões respiratórios normais e adventícios, e sons esperados na ausculta pulmonar.
Este documento descreve a anatomia óssea, incluindo:
1) As funções do osso e os tipos de tecido ósseo esponjoso e compacto
2) Os componentes celulares e de matriz do osso
3) Os processos de ossificação intramembranosa e endocondral e a estrutura do disco epifisário
1) O documento descreve a anatomia da orelha externa, média e interna, incluindo suas estruturas e funções.
2) É dada ênfase à cavidade timpânica, que contém os três ossículos responsáveis por transmitir vibrações sonoras para o ouvido interno.
3) Também são descritos o osso temporal, que abriga o órgão auditivo, e as estruturas da orelha externa como o pavilhão auricular e o meato acústico externo.
1) O documento discute vários tipos de emergências em ginecologia e obstetrícia como abortamentos, prenhez ectópica, hemorragias anteparto e complicações pós-operatórias.
2) Ele fornece detalhes sobre os sinais e sintomas clínicos e achados ultrassonográficos de cada condição para auxiliar no diagnóstico.
3) O documento também discute fatores de risco, tratamentos e exames complementares em alguns casos como a ultrassonografia Doppler e os
O documento descreve o sistema nervoso central e periférico. O sistema nervoso central é constituído pelo cérebro e medula espinhal, que recebem e processam informações dos receptores sensoriais e enviam sinais aos órgãos efetores. A medula espinhal transmite informação somatosensorial entre o cérebro e o corpo, e controla reflexos e atividades vitais involuntárias.
Este documento parece ser um trabalho acadêmico com o nome do aluno, orientadora, local e ano. Ele inclui uma seção de citações com referências bibliográficas e uma conclusão.
O documento descreve a técnica e interpretação da gasometria arterial, incluindo o equilíbrio ácido-básico e suas alterações. Detalha os procedimentos para coleta da amostra, valores normais e como identificar distúrbios como acidose e alcalose respiratória e metabólica.
O documento descreve os passos do exame físico abdominal, incluindo inspeção, ausculta, percussão e palpação. Detalha as técnicas para examinar cada órgão abdominal, como fígado, baço, rins, pâncreas e vesícula biliar, e sinais para diagnosticar condições como ascite, abscessos hepáticos e obstruções intestinais.
1) O documento discute o processo saúde-doença, incluindo definições de saúde e doença, a história dos conceitos, e o papel da equipe de saúde na abordagem deste processo;
2) Ao longo da história, os conceitos de saúde e doença evoluíram de visões religiosas para médicas, com foco atual na multicausalidade;
3) A prevenção é definida em três níveis: primária, secundária e terciária, com foco na promoção da saúde
Processo saúde-doença - Material de apoio.pdfMayrlaBarbosa1
O documento discute o processo saúde-doença, abordando sua história, conceitos e papel da equipe de saúde. Ao longo da história, as visões sobre saúde e doença mudaram de uma perspectiva religiosa para modelos socioambientais e biológicos. Atualmente enfatiza-se uma abordagem mais ampla e complexa, considerando fatores individuais e sociais. A equipe de saúde deve promover saúde de forma integral.
O documento discute a visão holística da saúde e a medicina holística, enfatizando que o organismo deve ser visto como um todo e não apenas como a soma de suas partes. Também aborda os conceitos de saúde, doença e processo saúde-doença, destacando que a saúde envolve bem-estar físico, mental e social e que a doença tem múltiplas causas.
O documento discute o conceito de enfermagem, saúde e doença. A enfermagem é definida como uma ciência e arte que assiste o ser humano em suas necessidades básicas e promove sua independência através do autocuidado. Saúde e doença são conceitos dinâmicos que decorrem da interação entre fatores do hospedeiro, agentes e meio ambiente. O hospital é definido como um estabelecimento que presta assistência médica completa de forma curativa e preventiva à população.
Este documento discute conceitos de saúde e como promovê-la através da educação. Na primeira parte, analisa definições de saúde e argumenta por uma visão dinâmica que considera fatores sociais, culturais e ambientais. Na segunda parte, descreve desafios à saúde no Brasil e a necessidade de prevenção e acesso igualitário aos serviços de saúde.
Parametros curriculares temas transversais - saúdeCre Educação
Este documento discute conceitos de saúde e como educar para a saúde. Na primeira parte, define saúde como um direito universal que as pessoas constroem ao longo da vida através de suas relações sociais e culturais. Na segunda parte, descreve desafios para a saúde no Brasil e a necessidade de prevenção e promoção da saúde, não apenas tratamento de doenças.
O documento discute o conceito de saúde e doença, abordando os seguintes pontos: 1) Doença é definida como um conjunto de sinais e sintomas que afetam o estado normal de saúde de um ser vivo; 2) Diferentes ciências estudam as doenças em diferentes seres vivos; 3) A doença envolve fatores fisiológicos e subjetivos como dor e sofrimento; 4) Saúde é definida pela OMS como um estado completo de bem-estar; 5) Existe uma relação dinâmica
1) O documento discute os determinantes sociais da saúde, incluindo como as condições sociais influenciam a saúde e doença.
2) Ao longo da história, diferentes paradigmas explicaram essa relação, do enfoque nas condições de vida no século XIX ao modelo bacteriológico no século XX.
3) Recentemente, houve avanços no estudo das desigualdades sociais na saúde e seus mecanismos.
O documento discute o processo saúde-doença, definindo saúde, doença e seus determinantes sociais. Ao longo da história, predominaram diferentes teorias sobre o tema, como as teorias mágico-religiosa, hipocrática, miasmática, dos microrganismos e da multicausalidade. Promoção da saúde busca criar condições para o bem-estar físico, mental e social por meio de ações intersetoriais.
1) A saúde pública se concentra na perspectiva do Estado e em como organizar sistemas e serviços de saúde para controlar doenças nas populações através de vigilância e intervenção.
2) Uma das definições mais citadas de saúde pública é "a arte e a ciência de prevenir doenças, prolongar a vida e promover saúde física e mental através do esforço organizado da comunidade".
3) A definição de saúde pública continua relevante devido à difusão da definição de
1) A saúde pública se concentra na perspectiva do Estado e em como organizar sistemas e serviços de saúde para controlar doenças nas populações através de vigilância e intervenção.
2) Uma das definições mais citadas de saúde pública é "a arte e a ciência de prevenir doenças, prolongar a vida e promover saúde física e mental através do esforço organizado da comunidade".
3) A definição de saúde pública continua relevante devido à difusão da definição de
1) A saúde pública se concentra na perspectiva do Estado e em como organizar sistemas e serviços de saúde para controlar doenças nas populações através de vigilância e intervenção.
2) Uma das definições mais citadas de saúde pública é "a arte e a ciência de prevenir doenças, prolongar a vida e promover saúde física e mental através do esforço organizado da comunidade".
3) A definição de saúde pública continua relevante devido à difusão da definição de
1) A saúde pública se concentra na perspectiva do Estado e em como organizar sistemas e serviços de saúde para controlar doenças nas populações através de vigilância e intervenção.
2) Uma das definições mais citadas de saúde pública é "a arte e a ciência de prevenir doenças, prolongar a vida e promover saúde física e mental através do esforço organizado da comunidade".
3) A definição de saúde pública continua relevante devido à difusão da definição de
Definição de Saúde Pública - A Saúde P[ublica no BrasilKaahHSantos
1) A saúde pública se concentra na perspectiva do Estado e em como organizar sistemas e serviços de saúde para controlar doenças nas populações através de vigilância e intervenção.
2) Uma das definições mais citadas de saúde pública é "a arte e a ciência de prevenir doenças, prolongar a vida e promover saúde física e mental através do esforço organizado da comunidade".
3) A definição de saúde pública continua relevante devido à difusão da definição de
1) O documento discute vários conceitos de saúde e como eles podem fornecer subsídios teóricos para práticas como vigilância sanitária.
2) É proposta uma classificação dos "Modos de Saúde" em diferentes níveis hierárquicos, desde o subindividual ao social.
3) Isso visa fornecer uma terminologia para categorias de não-saúde que possam alimentar o trabalho de vigilância sanitária e outras áreas.
O documento discute os determinantes sociais do processo saúde-doença ao longo da história da humanidade. Apresenta as quatro fases por que passou a compreensão desse processo: 1) fase mágica ou aspectos sociais; 2) teoria miasmática; 3) teoria bacteriológica ou microbiológica; 4) abordagem multicausal. Explica cada fase e conclui que atualmente o processo é considerado resultado de fatores biopsicossociais.
O documento discute os determinantes sociais do processo saúde-doença. Apresenta a evolução histórica das teorias sobre as causas das doenças, desde as explicações sobrenaturais na Idade Média até a abordagem multicausal atual. Também define os principais determinantes sociais segundo a Comissão Nacional sobre os Determinantes Sociais da Saúde, como fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais.
O documento discute os determinantes sociais da saúde, definindo-os como fatores sociais, econômicos e comportamentais que influenciam a saúde e doença. Apresenta a evolução histórica dos paradigmas explicativos desde o século XIX e os desafios atuais no estudo das relações entre determinantes sociais e saúde, com foco nas desigualdades. Finalmente, aborda a Comissão Nacional sobre Determinantes Sociais da Saúde no Brasil.
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1. O documento discute a importância da política na vida dos profissionais de saúde e no Sistema Único de Saúde (SUS), abordando conceitos como poder, Estado e políticas públicas.
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1) O documento discute a reorganização dos sistemas de saúde e apresenta dois movimentos fundamentais: a Promoção da Saúde e a Atenção Primária à Saúde.
2) Defende uma visão ampliada de atenção à saúde, que inclui ações individuais e coletivas para manter a saúde das populações.
3) Explica que o movimento moderno da Promoção da Saúde surgiu na década de 1970 para enfocar fatores como estilo de vida e ambiente na determinação da saúde.
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O documento descreve um curso completo e gratuito sobre a legislação do Sistema Único de Saúde brasileiro (SUS). O curso contém 17 aulas com 500 questões comentadas sobre o tema e fornece links para sites com mais informações e questões de provas de concursos públicos da área da saúde.
O documento descreve um curso completo sobre a legislação do Sistema Único de Saúde (SUS) com 17 aulas e 500 questões comentadas. Também fornece exemplos de questões sobre a Resolução no 453/2012 do Conselho Nacional de Saúde, com respostas e comentários detalhados sobre o funcionamento dos conselhos de saúde.
O documento descreve um curso completo e gratuito sobre a legislação do Sistema Único de Saúde brasileiro (SUS), contendo 17 aulas e 500 questões comentadas. Também discute os mecanismos de controle social no SUS, como conselhos e conferências de saúde, e apresenta exemplos de questões sobre o tema com seus respectivos comentários.
O documento discute a legislação do Sistema Único de Saúde brasileiro (SUS) e fornece um curso completo sobre o tema com 17 aulas e 500 questões comentadas de forma gratuita. Ele define termos e siglas relacionadas ao SUS e discute os princípios e responsabilidades das esferas de gestão do sistema de acordo com a Lei 8080/90.
1) O documento discute a Seguridade Social brasileira definida na Constituição de 1988, que é composta por ações integradas de saúde, previdência e assistência social.
2) A seguridade social é organizada pelo poder público e inclui ações de iniciativa dos governos e da sociedade para garantir direitos nessas áreas.
3) O documento apresenta exemplos de questões sobre o tema retiradas de provas de concursos públicos, com comentários explicando os principais pontos tratados na Constituição.
Concepção, gravidez, parto e pós-parto: perspectivas feministas e interseccionais
Livro integra a coleção Temas em Saúde Coletiva
A mais recente publicação do Instituto de SP traça a evolução da política de saúde voltada para as mulheres e pessoas que engravidam no Brasil ao longo dos últimos cinquenta anos.
A publicação se inicia com uma análise aprofundada de dois conceitos fundamentais: gênero e interseccionalidade. Ao abordar questões de saúde da mulher, considera-se o contexto social no qual a mulher está inserida, levando em conta sua classe, raça e gênero. Um dos pontos centrais deste livro é a transformação na assistência ao parto, influenciada significativamente pelos movimentos sociais, que desde a década de 1980 denunciam o uso irracional de tecnologia na assistência.
Essas iniciativas se integraram ao movimento emergente de avaliação tecnológica em saúde e medicina baseada em evidências, resultando em estudos substanciais que impulsionaram mudanças significativas, muitas das quais são discutidas nesta edição. Esta edição tem como objetivo fomentar o debate na área da saúde, contribuindo para a formação de profissionais para o SUS e auxiliando na formulação de políticas públicas por meio de uma discussão abrangente de conceitos e tendências do campo da Saúde Coletiva.
Esta edição amplia a compreensão das diversas facetas envolvidas na garantia de assistência durante o período reprodutivo, promovendo uma abordagem livre de preconceitos, discriminação e opressão, pautada principalmente nos direitos humanos.
Dois capítulos se destacam: ‘“A pulseirinha do papai”: heteronormatividade na assistência à saúde materna prestada a casais de mulheres em São Paulo’, e ‘Políticas Públicas de Gestação, Práticas e Experiências Discursivas de Gravidez Trans masculina’.
Parabéns às autoras e organizadoras!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Processo saúde-doença
Processo saúde-doença
Apresentação
Este texto foi organizado a partir de um conjunto de conceitos sobre o processo saúde-doença, questões históricas e
o papel da equipe ao atuar nesse processo. No intuito de tornar sua leitura mais rica e interessante, mesclamos con-
ceitos, modelos teóricos e sua aplicação em alguns exemplos práticos.
O trabalho na Estratégia Saúde da Família requer uma base epidemiológica, em que o fenômeno saúde-doença
deve ser compreendido e revisitado muitas vezes no decorrer de nossa prática. Como veremos, os paradigmas sobre
esse fenômeno modificaram-se com o passar do tempo, evidentemente a partir da evolução da tecnologia e dos avan-
ços socioeconômicos que envolveram as civilizações.
Acreditando na força da Atenção Primária à Saúde por meio da Estratégia Saúde da Família como esteio da pro-
moção de saúde e marco na qualificação da vida dos indivíduos e da comunidade, é que compartilhamos com você
algumas reflexões e considerações. Esperamos que com isso possamos contribuir para a construção do Sistema Único
de Saúde.
O processo saúde-doença e sua determinação social e histórica
Doença
A doença não pode ser compreendida apenas por meio das medições fisiopatológicas, pois quem estabelece o estado
da doença é o sofrimento, a dor, o prazer, enfim, os valores e sentimentos expressos pelo corpo subjetivo que adoece
(CANGUILHEM; CAPONI, 1995. In: BRÊTAS; GAMBA, 2006).
Para Evans e Stoddart (1990), a doença não é mais que um constructo que guarda relação com o sofrimento, com o
mal, mas não lhe corresponde integralmente. Quadros clínicos semelhantes, ou seja, com os mesmos parâmetros bio-
lógicos, prognóstico e implicações para o tratamento, podem afetar pessoas diferentes de forma distinta, resultando
em diferentes manifestações de sintomas e desconforto, com comprometimento diferenciado de suas habilidades de
atuar em sociedade. O conhecimento clínico pretende balizar a aplicação apropriada do conhecimento e da tecno-
logia, o que implica que seja formulado nesses termos. No entanto, do ponto de vista do bem-estar individual e do
desempenho social, a percepção individual sobre a saúde é que conta (EVANS; STODDART, 1990).
Conceito de saúde
O que é saúde?
Segundo o conceito de 1947 da Organização Mundial da Saúde (OMS), com ampla divulgação e conhecimento em nossa
área, a saúde é definida como:“Um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença
ou enfermidade”.
http://www.flickr.com/photos/hulagway/5116382090/sizes/o/in/photostream/
(Créditos:Whologwhy)
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Unidades de Conteúdo
Entre diversas outras abordagens possíveis para se entender o conceito de saúde, apresentaremos uma que nos
parece mais útil à nossa discussão, a qual tem sido defendida por alguns autores (NARVAI et al., 2008). Pode-se então
descrever a condição de saúde, didaticamente, segundo a soma de três planos: subindividual, individual e
coletivo, apresentados a seguir.
O plano subindividual seria o correspondente ao nível bio-
lógico e orgânico, fisiológico ou fisiopatológico. Nesse plano, o
processo saúde-adoecimento seria definido pelo equilíbrio dinâ-
mico entre a normalidade – anormalidade/funcionalida-
de – disfunções. Assim, quando a balança pender para o lado da
anormalidade/disfunção, podem ocorrer basicamente duas
situações: a enfermidade e a doença.
A enfermidade seria a condição percebida pela pessoa ou pacien-
te, caracterizando-a como queda de ânimo, algum sintoma físi-
co, ou mesmo dor. A doença seria a condição detectada pelo pro-
fissional de saúde, com quadro clínico definido e enquadrada como
uma entidade ou classificação nosológica (NARVAI et al., 2008).
O plano individual entende que as disfunções e anor-
malidades ocorrem em indivíduos que são seres biológicos
e sociais ao mesmo tempo. Portanto, as alterações no pro-
cesso saúde-adoecimento resultam não apenas de aspectos
biológicos, mas também das condições gerais da existência
dos indivíduos, grupos e classes sociais, ou seja, teriam di-
mensões individuais e coletivas. Segundo essa concepção,
a condição de saúde poderia variar entre um extremo de
mais perfeito bem-estar até o extremo da morte,com
uma série de processos e eventos intermediários entre os
dois (NARVAI et al., 2008).O plano coletivo expande ainda mais o entendimento so-
bre o processo saúde-adoecimento, que é encarado não como
a simples soma das condições orgânicas e sociais de cada indi-
víduo isoladamente, senão a expressão de um processo social
mais amplo, que resulta de uma complexa trama de fatores e
relações, representados por determinantes do fenômeno nos
vários níveis de análise: família, domicílio, microárea, bairro,
município, região, país, continente etc. (NARVAI et
al., 2008). Nessa linha, fica mais fácil compreender a
definição de Minayo (1994 apud NARVAI et al., 2008)
sobre saúde: “fenômeno clínico e sociológico vivido
culturalmente”.
Saiba mais...
Essa definição é válida oficialmente até os dias de hoje e tem recebido, desde sua formulação, críti-
cas e reflexões de muitos profissionais, pesquisadores e outros protagonistas da área da saúde. Esses
profissionais, de modo geral, classificam-na como utópica e não operacional, caracterizando-a mais
como uma declaração do que propriamente como uma definição (NARVAI et al., 2008).
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Processo saúde-doença
A saúde é silenciosa: geralmente não a percebemos em sua plenitude; na maior parte das vezes, apenas a identifica-
mos quando adoecemos.É uma experiência de vida,vivenciada no âmago do corpo individual. Ouvir o próprio corpo
é uma boa estratégia para assegurar a saúde com qualidade, pois não existe um limite preciso entre a saúde e a doença,
mas uma relação de reciprocidade entre ambas; entre a normalidade e a patologia, na qual “os mesmos fatores que
permitem ao homem viver (alimento, água, ar, clima, habitação, trabalho, tecnologia, relações familiares e sociais)
podem causar doença, se agem com determinada intensidade, se pesam em excesso ou faltam, se agem sem contro-
le”. Essa relação é demarcada pela forma de vida dos seres humanos, pelos determinantes biológicos, psicológicos e
sociais.Tal constatação nos remete à reflexão de o processo saúde-doença-adoecimento ocorrer de maneira desigual
entre os indivíduos, as classes e os povos, recebendo influência direta do local que os seres ocupam na sociedade.
(BERLINGUER. In: BRÊTAS; GAMBA, 2006).
Canguilhem e Caponi (1995. In: BRÊTAS; GAMBA, 2006) consideram que, para a saúde, é necessário partir da
dimensão do ser, pois é nele que ocorrem as definições do normal ou patológico. O considerado normal em um indi-
víduo pode não ser em outro; não há rigidez no processo. Dessa maneira, podemos deduzir que o ser humano precisa
conhecer-se, necessita saber avaliar as transformações sofridas por seu corpo e identificar os sinais expressos por ele.
Esse processo é viável apenas na perspectiva relacional, pois o normal e o patológico só podem ser apreciados em
uma relação.
Nessa dimensão, a saúde torna-se a capacidade que o ser humano tem de gastar, consumir a própria vida. Entre-
tanto, é importante destacar que a vida não admite a reversibilidade; ela aceita apenas reparações. Cada vez que o
indivíduo fica doente, está reduzindo o poder que tem de enfrentar outros agravos; ele gasta seu seguro biológico,
sem o qual não estaria nem mesmo vivo (BRÊTAS; GAMBA, 2006).
Histórico
NaAntiguidade, quando das religiões politeístas, acreditava-se que a saúde era dádiva, e a doença, castigo dos deuses.
Com o decorrer dos séculos e com o advento das religiões monoteístas, a dádiva da saúde e o castigo da doença pas-
saram a ser de responsabilidade de um único Deus. No entanto, 400 anos a.C., Hipócrates desenvolveu o tratado Os
Destaque
Enxergando-se a condição de saúde segundo esses três planos, compreendemos melhor porque so-
mente em situações muito específicas a saúde resulta apenas da disponibilidade e do acesso aos
serviços de saúde. Assim, o direito à saúde deveria ser entendido de forma mais abrangente do que
apenas o direito ao acesso aos serviços de saúde (NARVAI et al., 2008). Nossa própria Constituição
Federal de 1988, em sua seção sobre saúde (Art. 196), define-a nos seguintes termos (grifos do au-
tor): “A saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econô-
micas que visem à redução do risco de doenças e outros agravos e ao acesso universal e igualitário
às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.”
http://www.flickr.com/photos/lululemonathletica/4457047403/sizes/o/in/photostream/(Créditos:
LululemonAthletica)
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Unidades de Conteúdo
ares e os lugares, no qual relaciona os locais da moradia, a água para beber, os ventos com a saúde e a doença. Séculos
mais tarde, as populações passaram a viver em comunidade, e a teoria miasmática tomou lugar. Consiste na crença
de que a doença é transmitida pela inspiração de “gases” de animais e dejetos em decomposição (BUCK et al., 1988)
Tal teoria permanece até o século XIX, no entanto ao final do século XVIII, predominavam na Europa como forma
de explicação para o adoecimento humano os paradigmas socioambientais,vinculados à concepção dinâmica,tendo se
esboçado as primeiras evidências da determinação social do processo saúde-doença. Com o advento da Bacteriologia,
a concepção ontológica firmou-se vitoriosa e suas conquistas levaram ao abandono dos critérios sociais na formulação
e no enfrentamento dos problemas de saúde das populações.
Duas concepções têm marcado o percurso da medicina (MYERS; BENSON. In: ALBUQUERQUE; OLIVEIRA,
1992):
A teoria microbiana passa a ter, já nos fins do século XIX, uma predominância de tal ordem que, em boa medida,
fez obscurecer algumas concepções que destacavam a multicausalidade das doenças ou que apontavam para os fatores
de ordem socioeconômica. Na atualidade, identifica-se o predomínio da multicausalidade, com ênfase nos condicio-
nantes individuais. Como alternativa para a sua superação, propõe-se a articulação das dimensões individual e coletiva
do processo saúde-doença, que tudo tem a ver com a prática da Estratégia Saúde da Família.
Já no Brasil, em 1986, foi desenvolvida a VII Conferência Nacional de Saúde, na qual foram discutidos os temas saúde
como direito; reformulação do Sistema Único de Saúde (SUS) e financiamento setorial. Nessa conferência adotou-se
o seguinte conceito sobre saúde:
A concepção fisiológica, iniciada por Hipócrates, expli-
ca as origens das doenças a partir de um desequilíbrio en-
tre as forças da natureza que estão dentro e fora da pessoa.
Essa medicina,segundo Myers e Benson (In:ALBUQUER-
QUE; OLIVEIRA, 1992), centra-se no paciente como um
todo e no seu ambiente, evitando ligar a doença a pertur-
bações de órgãos corporais particulares.
A concepção ontológica, por sua vez, defende que as
doenças são “entidades” exteriores ao organismo, que
o invadem para se localizarem em várias das suas partes
(MYERS; BENSON. In: ALBUQUERQUE; OLIVEIRA,
1992). Essas entidades não têm sempre o mesmo signi-
ficado. Na medicina da Mesopotâmia e do Egito Antigo
eram conotadas com processos mágico-religiosos ou com
castigos resultantes de pecados cometidos pelos pacientes
(DUBOS. In: ALBUQUERQUE; OLIVEIRA, 1980). Na
medicina moderna,com vírus (DUBOS.In:ALBUQUER-
QUE; OLIVEIRA, 1980).A concepção ontológica tem es-
tado frequentemente ligada a uma forma de medicina que
dirige os seus esforços na classificação dos processos de do-
ença, na elaboração de um diagnóstico exato, procurando
identificar os órgãos corporais que estão perturbados e que
provocam os sintomas. É uma concepção redutora que ex-
plica os processos de doença na base de órgãos específicos
perturbados (MYERS; BENSON. In: ALBUQUERQUE;
OLIVEIRA, 1992).Assume que a doença é uma coisa em
si própria,sem relação com a personalidade,a constituição
física ou o modo de vida do paciente (DUBOS. In:ALBU-
QUERQUE; OLIVEIRA, 1980).
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Processo saúde-doença
... em seu sentido mais abrangente, a saúde é resultante das condições de alimentação, habitação, educação,
renda, meio ambiente, trabalho, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso a serviços de saúde.
É assim, antes de tudo, o resultado das formas de organização social da produção, as quais podem gerar grandes
desigualdades nos níveis de vida (BRASIL, 1986).
Contudo, podemos observar a saúde em outro aspecto. Partindo da análise do conceito da saúde da OMS (1976),
Ferrara et al. (1976) propõem um novo conceito, no qual a saúde é concebida como “o contínuo agir do ser humano
ante o universo físico, mental e social em que vive, sem regatear um só esforço para modificar, transformar e recriar
aquilo que deve ser mudado”.Atribuem ao conceito uma dimensão dinâmica, valorizando o papel dos seres humanos
na manutenção e na transformação da saúde (individual e coletiva), colocando-os como atores sociais do processo da
própria vida (BRÊTAS; GAMBA, 2006).
Deve-se também considerar o recente e acelerado avanço que se observa no campo da Engenharia Genética e da
Biologia Molecular, com suas implicações tanto na perspectiva da ocorrência como da terapêutica de muitos agravos.
Desse modo, surgiram vários modelos de explicação e compreensão da saúde, da doença e do processo saúde-doença,
como o modelo epidemiológico baseado nos três componentes – agente, hospedeiro e meio –, considerados como
fatores causais, que evoluiu para modelos mais abrangentes, como o do campo de saúde, com o envolvimento do am-
biente (não apenas o ambiente físico), estilo de vida, biologia humana e sistema/serviços de saúde, numa permanente
inter-relação e interdependência (GAMBA;TADINI, 2010).
Processo saúde-doença
Muito se tem escrito sobre o processo saúde-doença, no entanto um novo instrumento intelectual para a apreensão
da saúde e da doença deve levar em conta a distinção entre a doença, tal como definida pelo sistema da assistência à
saúde, e a saúde, tal como percebida pelos indivíduos.Ademais, deve incluir a dimensão do bem-estar, um conceito
ainda mais amplo, no qual a contribuição da saúde não é a única e nem a mais importante. O sofrimento experimen-
tado pelas pessoas,suas famílias e grupos sociais não corresponde necessariamente à concepção de doença que orienta
os provedores da assistência, como os profissionais da Estratégia Saúde da Família.
Por outro lado, como alternativa para a superação dos modelos causais clássicos, centrados em ações individuais,
como os métodos diagnósticos e terapêuticos, a vacinação e a educação em saúde, ainda que dirigidos aos denomina-
foto:IRRIImages
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dos grupos de risco, deveriam privilegiar a dimensão coletiva do fenômeno saúde-doença por meio de modelos inte-
rativos que incorporassem ações individuais e coletivas. Uma nova maneira de pensar a saúde e a doença deve incluir
explicações para os achados universais de que a mortalidade e a morbidade obedecem a um gradiente que atravessa
as classes socioeconômicas, de modo que menores rendas ou status social estão associados a uma pior condição em
termos de saúde.Tal evidência constitui-se em um indicativo de que os determinantes da saúde estão localizados fora
do sistema de assistência à saúde (EVANS; STODDART, 2003; SCHRAIBER; MENDES-GONÇALVES, 1996).
Para Gadamer, saúde e doença não são duas faces de uma mesma moeda. De fato, se considerarmos um sistema de
saúde,por exemplo,o SUS,é possível verificar que as ações voltadas para o diagnóstico e o tratamento das doenças são
apenas duas das suas atividades. Inclusão social, promoção de equidade ou de visibilidade e cidadania são consideradas
ações de saúde. O entendimento da saúde como um dispositivo social relativamente autônomo em relação à ideia de
doença, assim como as repercussões que esse novo entendimento traz para a vida social e para as práticas cotidianas
em geral e dos serviços de saúde em particular, abrem novas possibilidades na concepção do processo saúde-doença.
Fica claro que tal processo representa o conjunto de relações e variáveis que produz e condiciona o estado de saú-
de e doença de uma população, que se modifica nos diversos momentos históricos do desenvolvimento científico da
humanidade. Portanto, não é um conceito abstrato. Define-se no contexto histórico de determinada sociedade e num
dado momento de seu desenvolvimento,devendo ser conquistada pela população em suas lutas cotidianas (GUALDA;
BERGAMASCO, 2004).Assim, o conceito de saúde varia segundo a época em que vivemos, assim como os interesses
dos diversos grupos sociais.
Dessa forma, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (1976), “a saúde deve ser entendida em sentido mais
amplo,como componente da qualidade de vida,e,assim,não é um bem de troca,mas um bem comum,um bem e um direito
social”, no sentido de que cada um e todos possam ter assegurado o exercício e a prática desse direito à saúde, a partir
da aplicação e da utilização de toda a riqueza disponível, conhecimento e tecnologia que a sociedade desenvolveu e vem
desenvolvendo nesse campo, adequados às suas necessidades, envolvendo promoção e proteção da saúde, prevenção,
diagnóstico,tratamento e reabilitação de doenças.Ou seja,considerar esse bem e esse direito como componente e exer-
cício da cidadania, compreensão esta que é um referencial e um valor básico a ser assimilado pelo poder público para o
balizamento e a orientação de sua conduta, decisões, estratégias e ações.
Em síntese, pode-se dizer, em termos de sua determinação causal, que o processo saúde-doença representa o con-
junto de relações e variáveis que produzem e condicionam o estado de saúde-doença de uma população, que varia em
diversos momentos históricos do desenvolvimento científico da humanidade
O papel da equipe na atuação no processo saúde-doença
“Trocando em miúdos”, a equipe da Estratégia Saúde da Família precisa ter consciente seu papel de educador em saúde
e conjuntamente saber o resultado que quer atingir em cada situação.É recomendável o treinamento da percepção sen-
sorial: onde focar a atenção e como modificar e ampliar os filtros para poder observar coisas que não eram percebidas
anteriormente. Filtro é uma expressão utilizada em Programação Neurolinguística, que significa linguagem dos nossos
pensamentos e experiências vividas, imagens internas, sons e sensações que nos dão um significado especial que fica
arquivado em nosso cérebro e que nos vem à mente nas mais diversas situações. Por exemplo, nossas crenças religiosas
e nosso aprendizado na área específica funcionam como filtros, levando-nos a agir de determinada maneira e a prestar
mais atenção a algumas coisas do que a outras (O’CONNOR; SEYMOUR, 1995;ANDREAS; FAULKNER, 1995).
Ao prestar a assistência ao indivíduo, à família ou à comunidade, há que se considerar quem é ou quem são os
usuários, como se apresentam na situação de necessidade de saúde, seus direitos, deveres, valores e prerrogativas. O
ser humano é complexo, e não há como abranger sua totalidade por uma única definição. Mesmo que se considere a
pessoa um ser biopsicossocial e espiritual, não se consegue expressar toda a sua individualidade e singularidade. Os
profissionais da saúde aprendem sobre estrutura e função humanas pelo estudo da anatomia, da fisiologia, da psicolo-
gia, da sociologia, da patologia, além das várias maneiras de assistir, de abordar e de se relacionar profissionalmente
com o indivíduo, a família ou a comunidade.
Destaque
Dessa maneira, o processo saúde-doença está diretamente atrelado à forma como o ser humano, no
decorrer de sua existência, foi se apropriando da natureza para transformá-la, buscando o atendi-
mento às suas necessidades (GUALDA; BERGAMASCO, 2004).
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Não podemos nos esquecer de que o ambiente é o local onde a pessoa se encontra com as coisas ao seu redor que
lhe exercem influências, afetando-a de várias maneiras. Por exemplo, uma família de seis, oito pessoas que habitam
um único cômodo provavelmente terá conflitos,problemas que atingirão sua saúde mental;por outro lado,viver num
quarto úmido,ou seja,num ambiente insalubre,provavelmente acarretará doenças como bronquite,tuberculose,etc.
e, assim, uma infinidade de exemplos.
O processo saúde-doença é um dos pontos centrais para os profissionais da saúde que buscam promover a saúde,
cuidando para que as pessoas possam ter, tanto quanto possível, uma boa qualidade de vida, mesmo quando as limita-
ções se estabelecem. Para essa relação especial com os usuários, é necessário o aprendizado do uso dos instrumentos
e das tecnologias para o cuidado que compõe a formação desses profissionais.
Como se considerou anteriormente, os profissionais se concentram nos pontos de interesse ditados por suas áreas
de ação. Porém não basta a seleção desses pontos, ou ideias contrais; é necessário relacionar uns aos outros, pois dados
separados pouco contribuem para o conhecimento e para a ação. No entanto, a organização dos dados torna-se possível
pela utilização de modelos e teorias.
Para qualquer ação, por mais simples que seja, temos em mente dar resposta às questões já vistas anteriormente:
o que é, para quem, como, quando e onde será realizada a ação. Nesse modelo ou teoria para ação, os elementos são
os conceitos que vão sendo relacionados uns aos outros, ou seja, a organização dos dados representados por ideias.
Por exemplo, os profissionais da saúde vão relacionar a pessoa, seu ambiente, saúde ou doença a ações preventivas e
curativas de saúde. Os conceitos são as palavras que expressam as ideias concebidas sobre a realidade.
Conclusão
Segundo Brêtas e Gamba (2006), por mais que se pense a saúde na dimensão do coletivo, é o ser humano que adoece
e, como tal, requer cuidados. A saúde e o adoecer são experiências subjetivas e individuais, conhecidas de maneira
intuitiva, dificilmente descritas ou quantificáveis. É na lógica relacional que se visualizam o cuidado e a assistência
pelos profissionais da saúde, que se concretizam de forma abrangente quando aliados aos conhecimentos técnicos,
científicos e políticos,capazes de sustentar as bases do cuidado profissional,a sensibilidade humana para compreender
a subjetividade expressa pelo ser que está sendo cuidado.
É necessário compreender as condições impostas como passíveis de interferência e atentar para não culpar os in-
divíduos quando tais condições são insalubres e interferem em seu estilo de vida.Trabalhar com as condições de vida
impostas requer um esforço interdisciplinar e intersetorial.A área da saúde sozinha não consegue assegurar qualidade
de vida e, consequentemente, de saúde. É na esfera da ética que compreenderemos a necessidade do empenho de
parte significativa da sociedade para assegurar a dignidade da vida humana.
Nós, profissionais da área da saúde, temos que imaginar o cliente – assim como nós mesmos – como alguém ca-
paz de perceber e explorar o mundo externo a partir de experiências pessoais, sua cultura, sua linguagem, crenças,
valores, interesses e pressuposições. Cada um de nós dá um sentido ao mundo que lhe é apresentado. Podemos dizer
que cada um traça um mapa, ou seja, um panorama próprio do mundo. Portanto os mapas são seletivos: prestamos
atenção aos aspectos do mundo que nos interessam e ignoramos outros.
Assim, no entendimento de Brêtas e Gamba (2006), um bom profissional da área da saúde é aquele capaz de tra-
duzir o inaparente, o indizível, em um primeiro contato com o ser doente. Ao compreender que o corpo humano
não é um produto genérico isolado, pois existe em relação aos outros seres em um dado contexto social, cultural e
político, o bom profissional entende que, para cuidar da pessoa, faz-se necessário considerar algumas questões perti-
nentes ao vínculo saúde-doença-adoecimento-sociedade: as condições de vida impostas e os estilos de vida escolhidos
pelos próprios indivíduos.A primeira situação diz respeito à esfera pública, na qual nem sempre o indivíduo consegue
interferir sem a participação do Poder Público; a segunda localiza-se no mundo privado, no qual o indivíduo define
a melhor forma de se utilizar da própria vida (CAPONI, S. In: BRÊTAS; GAMBA, 2006).Ao trabalharmos na esfera
da Estratégia Saúde da Família, precisamos ficar atentos para, em nome da Educação para a Saúde, não nos introme-
termos na vida privada das pessoas que cuidamos.A escolha é individual e, desde que não prejudique o coletivo, deve
ser respeitada.
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Referências
ANDREAS, S., FAULKNER, C. PNL: a nova tecnologia do sucesso. Rio de Janeiro: Campus, 1995.
BERLINGUER.A doença.São Paulo:CEBES/HUCITEC,1988.In:BRÊTAS,A.C.P.;GAMBA,M.A.Enfermagem
e saúde do adulto. (Org.). São Paulo: Manole, 2006.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Projeto Promoção da Saúde. Distritos Sanitários:
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Destaque
Cabe aos profissionais da saúde rever sua prática, buscando entender que não basta trabalhar com
as doenças: é necessário compreender o indivíduo no todo como alguém que vive a experiência da
necessidade, do adoecimento, carregada de valores e significados subjetivos, únicos, capazes de in-
terferir na qualidade do cuidado prestado. Assim, resta-nos, como profissionais da saúde, enfrentar
o desafio de construir estratégias para conceber a saúde no âmbito daAtenção Básica de forma mais
solidária e menos punitiva na convivência com os estilos de vida individuais (CAPONI, S. In: BRÊTAS;
GAMBA, 2006).
12. 12
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