Este documento discute conceitos de família e abordagens para famílias em situação de vulnerabilidade ou risco psicossocial. Ele explora definições de família, características de famílias saudáveis, e como trabalhar com famílias vulneráveis utilizando ferramentas como genogramas e ecomapas. O documento também discute a clínica ampliada e projetos terapêuticos singulares para apoiar famílias em risco.
O documento discute habilidades de comunicação centradas na pessoa. Primeiramente, apresenta os axiomas básicos da comunicação segundo a Escola de Palo Alto, como o fato de que não é possível não se comunicar e que toda comunicação envolve conteúdo e aspecto relacional. Também discute a importância das habilidades de comunicação no contexto da Atenção Primária à Saúde para estabelecer vínculo com as famílias e melhorar a resolutividade dos atendimentos.
Este documento discute a importância da relação entre profissionais de saúde e pacientes para promover a saúde. Ele destaca que (1) essa relação é terapêutica quando estruturada corretamente, (2) a Atenção Primária é um local ideal para fortalecer os vínculos com pacientes, e (3) quatro pilares - acolhimento, escuta, suporte e esclarecimento - sustentam a ação terapêutica nessa relação.
Van Potter propôs a bioética como uma nova área interdisciplinar para guiar o progresso científico de forma ética, considerando seus impactos na vida. A bioética surgiu da necessidade de estabelecer um diálogo entre ciência e humanidades. O documento discute conceitos históricos como o paternalismo médico e cartesianismo que influenciaram as relações assistenciais e a visão reducionista do paciente, e como esses fatores podem ser reconsiderados para uma abordagem mais ética.
O documento discute o cuidado da família de um paciente terminal em casa. A doença terminal causa desequilíbrio na família e mudanças nos papéis. O enfermeiro deve avaliar as necessidades da família, fornecer informações e apoio emocional, e ajudar a família a se adaptar e lidar com a perda. O objetivo é capacitar a família a cuidar do paciente e lidar com o luto de forma saudável.
Palestra realizada pela Dra. Vera Bonato, da Qualidade InCor HC-FMUSP, na Sala Havana, no dia 11 de julho de 2009.
6º Congresso de Humanização da Saúde em Ação - realizado pela HC-FMUSP e Associação Viva e Deixe Viver
Saúde e Sociedade - Atividades Práticas Unidade Básica de SaúdeSheyla Amorim
Este documento relata as atividades práticas realizadas na disciplina de Saúde e Sociedade 3 da FAMED-UFAL, abordando temas de saúde coletiva, bioestatística e educação em saúde. As atividades foram realizadas na Secretaria Municipal de Saúde e na comunidade do Feitosa em Maceió e incluíram rodas de conversa, dinâmicas e educação em saúde sobre diversos temas. Os alunos aprenderam sobre sistemas de informação em saúde e acompanharam hip
O documento descreve um programa de capacitação em saúde mental. O programa aborda conceitos de saúde mental, perturbações mentais, e cuidados específicos para indivíduos com problemas de saúde mental. Ele destaca a importância de executar tarefas de cuidado sempre sob orientação e supervisão de profissionais de saúde.
A produção de sentidos por cuidadores de pessoas vivendo com seqüelas da han...Leonardo Savassi
1) O documento discute como cuidadores de pessoas com sequelas de hanseníase constroem o significado de cuidar. 2) Foram entrevistados 32 cuidadores na Casa de Saúde Santa Isabel, identificando 5 núcleos de sentido no cuidado: necessidades do paciente, retribuição, abdicar da própria vida, adotar o paciente como família, sacrifício valer a pena. 3) Conclui-se que o cuidado vai além do aspecto físico, envolvendo aspectos psíquicos e sociais, sendo necessário apo
O documento discute habilidades de comunicação centradas na pessoa. Primeiramente, apresenta os axiomas básicos da comunicação segundo a Escola de Palo Alto, como o fato de que não é possível não se comunicar e que toda comunicação envolve conteúdo e aspecto relacional. Também discute a importância das habilidades de comunicação no contexto da Atenção Primária à Saúde para estabelecer vínculo com as famílias e melhorar a resolutividade dos atendimentos.
Este documento discute a importância da relação entre profissionais de saúde e pacientes para promover a saúde. Ele destaca que (1) essa relação é terapêutica quando estruturada corretamente, (2) a Atenção Primária é um local ideal para fortalecer os vínculos com pacientes, e (3) quatro pilares - acolhimento, escuta, suporte e esclarecimento - sustentam a ação terapêutica nessa relação.
Van Potter propôs a bioética como uma nova área interdisciplinar para guiar o progresso científico de forma ética, considerando seus impactos na vida. A bioética surgiu da necessidade de estabelecer um diálogo entre ciência e humanidades. O documento discute conceitos históricos como o paternalismo médico e cartesianismo que influenciaram as relações assistenciais e a visão reducionista do paciente, e como esses fatores podem ser reconsiderados para uma abordagem mais ética.
O documento discute o cuidado da família de um paciente terminal em casa. A doença terminal causa desequilíbrio na família e mudanças nos papéis. O enfermeiro deve avaliar as necessidades da família, fornecer informações e apoio emocional, e ajudar a família a se adaptar e lidar com a perda. O objetivo é capacitar a família a cuidar do paciente e lidar com o luto de forma saudável.
Palestra realizada pela Dra. Vera Bonato, da Qualidade InCor HC-FMUSP, na Sala Havana, no dia 11 de julho de 2009.
6º Congresso de Humanização da Saúde em Ação - realizado pela HC-FMUSP e Associação Viva e Deixe Viver
Saúde e Sociedade - Atividades Práticas Unidade Básica de SaúdeSheyla Amorim
Este documento relata as atividades práticas realizadas na disciplina de Saúde e Sociedade 3 da FAMED-UFAL, abordando temas de saúde coletiva, bioestatística e educação em saúde. As atividades foram realizadas na Secretaria Municipal de Saúde e na comunidade do Feitosa em Maceió e incluíram rodas de conversa, dinâmicas e educação em saúde sobre diversos temas. Os alunos aprenderam sobre sistemas de informação em saúde e acompanharam hip
O documento descreve um programa de capacitação em saúde mental. O programa aborda conceitos de saúde mental, perturbações mentais, e cuidados específicos para indivíduos com problemas de saúde mental. Ele destaca a importância de executar tarefas de cuidado sempre sob orientação e supervisão de profissionais de saúde.
A produção de sentidos por cuidadores de pessoas vivendo com seqüelas da han...Leonardo Savassi
1) O documento discute como cuidadores de pessoas com sequelas de hanseníase constroem o significado de cuidar. 2) Foram entrevistados 32 cuidadores na Casa de Saúde Santa Isabel, identificando 5 núcleos de sentido no cuidado: necessidades do paciente, retribuição, abdicar da própria vida, adotar o paciente como família, sacrifício valer a pena. 3) Conclui-se que o cuidado vai além do aspecto físico, envolvendo aspectos psíquicos e sociais, sendo necessário apo
Cuidador domiciliar: níveis de sobrecarga física e mental, pelo fisioterapeuta e mestre em psicologia, Dr. Serginaldo José dos Santos. Apresentação no Simpósio de Neurociência e Reabilitação 2008, em Campo Grande - MS, realizado pela Adone e Unepe.
O documento discute a arte do cuidado na enfermagem. A enfermagem é a arte de cuidar de forma holística, considerando as necessidades físicas, mentais, emocionais e espirituais do ser humano. Atitudes importantes no cuidado incluem escutar ativamente, acolher os outros, aprender com todos e colocar as necessidades dos outros em primeiro lugar. A enfermagem também deve considerar os valores culturais e a individualidade de cada pessoa.
O documento discute abordagem familiar em serviços de saúde, definindo conceitos de família, tipos de famílias, subsistemas familiares e ferramentas para abordagem como ciclos de vida, genograma e ecomapa.
O documento apresenta a história da enfermagem desde suas origens, quando os cuidados eram prestados por familiares e escravos, até a atuação pioneira de Florence Nightingale no século XIX que profissionalizou a enfermagem. Também discute como o cuidado está associado à profissão e é predominantemente exercido por mulheres, apesar de também ser realizado por homens. Por fim, reflete sobre a necessidade de maior discussão sobre a identidade da enfermagem.
O documento discute a síndrome de burnout em cuidadores, os possíveis sinais e como preveni-la. Sugere dar apoio aos cuidadores, como grupos de apoio, comunicação, relaxamento e pequenas pausas para evitar o estresse prolongado. Também destaca a importância de reconhecer os direitos dos cuidadores, como pedir ajuda quando necessário.
O documento discute como os conceitos de saúde, educação e sofrimento devem ser repensados à luz de suas etimologias e do contexto social atual. Também questiona como a psicologia pode melhor compreender as novas formas de subjetividade e como suas práticas podem ser adaptadas para lidar com os desafios contemporâneos.
O documento discute a humanização no ambiente hospitalar, definindo-a como um processo pessoal, interpessoal e institucional que prioriza a dignidade do profissional de saúde e do paciente. Ele aborda princípios humanitários como o ambiente físico e emocional do paciente, a comunicação com o paciente e familiares, e as relações na equipe de saúde.
O documento discute dois instrumentos para avaliação familiar - F.I.R.O. e A.P.G.A.R. - e outro instrumento chamado P.R.A.C.T.I.C.E. para obtenção de informações sobre dinâmica familiar. O F.I.R.O. analisa as dimensões de Inclusão, Controle e Intimidade e o A.P.G.A.R. avalia Adaptação, Participação, Crescimento, Afeto e Resolução. O P.R.A.C.T.I.C
O documento discute como as enfermeiras percebem a cultura das famílias em um hospital de maternidade. As enfermeiras tendem a ver a cultura das famílias como "crenças" irrelevantes que precisam ser superadas, em vez de um conhecimento valioso. Isso pode causar problemas na interação com as famílias e negligenciar sua experiência. O documento sugere que é necessário entender melhor as culturas das famílias e incorporá-las nos cuidados, em vez de impor apenas o modelo biomédico.
Este documento discute conceitos de saúde e como promovê-la através da educação. Na primeira parte, analisa definições de saúde e argumenta por uma visão dinâmica que considera fatores sociais, culturais e ambientais. Na segunda parte, descreve desafios à saúde no Brasil e a necessidade de prevenção e acesso igualitário aos serviços de saúde.
1) O documento contém vários textos sobre relacionamentos amorosos e felicitações de aniversário.
2) Uma das citações reflete sobre a dificuldade de se encontrar um "namorado de verdade".
3) A dinâmica descrita propõe uma reflexão sobre a importância de apoiar os outros.
O documento discute a formação de cuidadores de idosos. Ele destaca a importância do treinamento de pessoas para cuidar de idosos dependentes e fragilizados. Também enfatiza os princípios orientadores do cuidado, como respeito, dignidade e valorização da autonomia dos idosos. Além disso, descreve as funções e habilidades necessárias para cuidadores profissionais e não profissionais.
Savassi, LCM. Pereira, RPA. Educação em Saúde. Ouro Preto: UFOP, 2012. . Internato de Atenção Primária, turma 01/2012. [aula][online][disponível em https://sites.google.com/site/leosavassi/aulas-ufop---internato-de-aps][acesso em ##/##/20##]
1) O documento discute a antropologia do cuidar e sua relação com a enfermagem.
2) A enfermagem e a antropologia filosófica se complementam, com a enfermagem fornecendo experiência prática e a antropologia reflexão teórica sobre a condição humana.
3) O cuidar é uma ação essencialmente humana e constitutiva da natureza humana, envolvendo receptividade, interpessoalidade e estar com o outro em sua vulnerabilidade.
1) O documento discute a importância do treinamento de cuidadores de idosos, devido ao aumento da população idosa e sua vulnerabilidade.
2) É necessário que cuidadores tenham habilidades técnicas, éticas, emocionais, físicas e intelectuais para cuidar dos idosos de forma adequada.
3) Cuidar de outra pessoa pode ser exaustivo, sendo importante que os cuidadores cuidem também de si mesmos, por exemplo fazendo exercícios regularmente.
1) O documento discute dois modelos conceituais de saúde: o modelo biomédico e o modelo da determinação social da doença.
2) O modelo biomédico enfatiza fatores biológicos e individuais e foi influenciado pelo capitalismo norte-americano, enquanto o modelo da determinação social considera fatores sociais, econômicos e culturais na origem das doenças.
3) O documento explora a evolução histórica destes conceitos e suas implicações para a prática da saúde pública.
Este documento discute a necessidade de se construir uma política de saúde mental infanto-juvenil no Brasil em linha com os princípios do SUS. A assistência a crianças e adolescentes com problemas de saúde mental historicamente foi marcada pela institucionalização e ausência de uma abordagem comunitária. A Carta Magna de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente reconheceram esses grupos como sujeitos de direitos. Contudo, faltava uma política específica para a saúde mental infanto-juvenil. O
O documento discute as novas configurações familiares no Brasil de acordo com os dados do último censo do IBGE. A família tradicional de pai, mãe e filhos agora representa menos da metade dos domicílios brasileiros, enquanto outros arranjos familiares, como famílias monoparentais e homoafetivas, estão cada vez mais comuns. Psicólogos argumentam que diferentes configurações familiares podem promover o bem-estar das crianças da mesma forma que a família tradicional, desde que proporcion
O documento descreve a situação difícil de muitas famílias no Brasil, incluindo pobreza, violência, ausência dos pais, e promiscuidade. Também discute a terapia sistêmica da família, que vê a pessoa como parte de um sistema de relações, e busca entender e mudar padrões disfuncionais nas interações familiares.
Cuidador domiciliar: níveis de sobrecarga física e mental, pelo fisioterapeuta e mestre em psicologia, Dr. Serginaldo José dos Santos. Apresentação no Simpósio de Neurociência e Reabilitação 2008, em Campo Grande - MS, realizado pela Adone e Unepe.
O documento discute a arte do cuidado na enfermagem. A enfermagem é a arte de cuidar de forma holística, considerando as necessidades físicas, mentais, emocionais e espirituais do ser humano. Atitudes importantes no cuidado incluem escutar ativamente, acolher os outros, aprender com todos e colocar as necessidades dos outros em primeiro lugar. A enfermagem também deve considerar os valores culturais e a individualidade de cada pessoa.
O documento discute abordagem familiar em serviços de saúde, definindo conceitos de família, tipos de famílias, subsistemas familiares e ferramentas para abordagem como ciclos de vida, genograma e ecomapa.
O documento apresenta a história da enfermagem desde suas origens, quando os cuidados eram prestados por familiares e escravos, até a atuação pioneira de Florence Nightingale no século XIX que profissionalizou a enfermagem. Também discute como o cuidado está associado à profissão e é predominantemente exercido por mulheres, apesar de também ser realizado por homens. Por fim, reflete sobre a necessidade de maior discussão sobre a identidade da enfermagem.
O documento discute a síndrome de burnout em cuidadores, os possíveis sinais e como preveni-la. Sugere dar apoio aos cuidadores, como grupos de apoio, comunicação, relaxamento e pequenas pausas para evitar o estresse prolongado. Também destaca a importância de reconhecer os direitos dos cuidadores, como pedir ajuda quando necessário.
O documento discute como os conceitos de saúde, educação e sofrimento devem ser repensados à luz de suas etimologias e do contexto social atual. Também questiona como a psicologia pode melhor compreender as novas formas de subjetividade e como suas práticas podem ser adaptadas para lidar com os desafios contemporâneos.
O documento discute a humanização no ambiente hospitalar, definindo-a como um processo pessoal, interpessoal e institucional que prioriza a dignidade do profissional de saúde e do paciente. Ele aborda princípios humanitários como o ambiente físico e emocional do paciente, a comunicação com o paciente e familiares, e as relações na equipe de saúde.
O documento discute dois instrumentos para avaliação familiar - F.I.R.O. e A.P.G.A.R. - e outro instrumento chamado P.R.A.C.T.I.C.E. para obtenção de informações sobre dinâmica familiar. O F.I.R.O. analisa as dimensões de Inclusão, Controle e Intimidade e o A.P.G.A.R. avalia Adaptação, Participação, Crescimento, Afeto e Resolução. O P.R.A.C.T.I.C
O documento discute como as enfermeiras percebem a cultura das famílias em um hospital de maternidade. As enfermeiras tendem a ver a cultura das famílias como "crenças" irrelevantes que precisam ser superadas, em vez de um conhecimento valioso. Isso pode causar problemas na interação com as famílias e negligenciar sua experiência. O documento sugere que é necessário entender melhor as culturas das famílias e incorporá-las nos cuidados, em vez de impor apenas o modelo biomédico.
Este documento discute conceitos de saúde e como promovê-la através da educação. Na primeira parte, analisa definições de saúde e argumenta por uma visão dinâmica que considera fatores sociais, culturais e ambientais. Na segunda parte, descreve desafios à saúde no Brasil e a necessidade de prevenção e acesso igualitário aos serviços de saúde.
1) O documento contém vários textos sobre relacionamentos amorosos e felicitações de aniversário.
2) Uma das citações reflete sobre a dificuldade de se encontrar um "namorado de verdade".
3) A dinâmica descrita propõe uma reflexão sobre a importância de apoiar os outros.
O documento discute a formação de cuidadores de idosos. Ele destaca a importância do treinamento de pessoas para cuidar de idosos dependentes e fragilizados. Também enfatiza os princípios orientadores do cuidado, como respeito, dignidade e valorização da autonomia dos idosos. Além disso, descreve as funções e habilidades necessárias para cuidadores profissionais e não profissionais.
Savassi, LCM. Pereira, RPA. Educação em Saúde. Ouro Preto: UFOP, 2012. . Internato de Atenção Primária, turma 01/2012. [aula][online][disponível em https://sites.google.com/site/leosavassi/aulas-ufop---internato-de-aps][acesso em ##/##/20##]
1) O documento discute a antropologia do cuidar e sua relação com a enfermagem.
2) A enfermagem e a antropologia filosófica se complementam, com a enfermagem fornecendo experiência prática e a antropologia reflexão teórica sobre a condição humana.
3) O cuidar é uma ação essencialmente humana e constitutiva da natureza humana, envolvendo receptividade, interpessoalidade e estar com o outro em sua vulnerabilidade.
1) O documento discute a importância do treinamento de cuidadores de idosos, devido ao aumento da população idosa e sua vulnerabilidade.
2) É necessário que cuidadores tenham habilidades técnicas, éticas, emocionais, físicas e intelectuais para cuidar dos idosos de forma adequada.
3) Cuidar de outra pessoa pode ser exaustivo, sendo importante que os cuidadores cuidem também de si mesmos, por exemplo fazendo exercícios regularmente.
1) O documento discute dois modelos conceituais de saúde: o modelo biomédico e o modelo da determinação social da doença.
2) O modelo biomédico enfatiza fatores biológicos e individuais e foi influenciado pelo capitalismo norte-americano, enquanto o modelo da determinação social considera fatores sociais, econômicos e culturais na origem das doenças.
3) O documento explora a evolução histórica destes conceitos e suas implicações para a prática da saúde pública.
Este documento discute a necessidade de se construir uma política de saúde mental infanto-juvenil no Brasil em linha com os princípios do SUS. A assistência a crianças e adolescentes com problemas de saúde mental historicamente foi marcada pela institucionalização e ausência de uma abordagem comunitária. A Carta Magna de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente reconheceram esses grupos como sujeitos de direitos. Contudo, faltava uma política específica para a saúde mental infanto-juvenil. O
O documento discute as novas configurações familiares no Brasil de acordo com os dados do último censo do IBGE. A família tradicional de pai, mãe e filhos agora representa menos da metade dos domicílios brasileiros, enquanto outros arranjos familiares, como famílias monoparentais e homoafetivas, estão cada vez mais comuns. Psicólogos argumentam que diferentes configurações familiares podem promover o bem-estar das crianças da mesma forma que a família tradicional, desde que proporcion
O documento descreve a situação difícil de muitas famílias no Brasil, incluindo pobreza, violência, ausência dos pais, e promiscuidade. Também discute a terapia sistêmica da família, que vê a pessoa como parte de um sistema de relações, e busca entender e mudar padrões disfuncionais nas interações familiares.
PNPA - I Curso de Especialização em Primeira Infância - 6-9-2016.pptCRASVG
O documento discute a importância de se considerar aspectos psíquicos, familiares e sociais no atendimento pré-natal, puerpério e amamentação, além dos aspectos clínicos. Apresenta também a evolução histórica da família, desde a tradicional até a pós-moderna, caracterizada por maior diversidade. Defende práticas ampliadas no pré-natal, como visitas domiciliares e grupos, visando o desenvolvimento integral da criança.
O documento discute conceitos e ferramentas para abordagem de famílias na medicina, incluindo:
1) Definições de família e subsistemas familiares;
2) Ciclos de vida familiar e desafios em cada fase;
3) Ferramentas como genograma, ecomapa e abordagem das famílias considerando seus contextos.
Este documento discute os desafios do cuidado de idosos dependentes no Brasil e a importância do apoio às famílias e cuidadores. A família, principalmente as mulheres, geralmente assumem a responsabilidade de cuidar dos idosos dependentes, porém frequentemente não recebem o apoio adequado. Isso pode ter consequências negativas para a saúde dos cuidadores. É necessário que os governos e sistemas de saúde desenvolvam políticas e programas de apoio que permitam aos idosos dependentes permanecer em suas casas com
O documento discute a abordagem familiar na saúde, definindo família e apresentando instrumentos para avaliação familiar, como genograma, ecograma e ciclo de vida familiar. A abordagem familiar é implementada no Brasil através da Estratégia Saúde da Família e visa o acompanhamento de famílias por equipes multiprofissionais.
O documento discute a abordagem familiar na Estratégia de Saúde da Família. Ele descreve a família como um sistema complexo que passa por diferentes fases ao longo do ciclo de vida e é influenciado por fatores internos e externos. Também aborda como a doença pode afetar a dinâmica familiar e como o profissional de saúde deve avaliar a estrutura e função familiar para melhor atender as necessidades de cada família.
O documento discute a definição de família, seu papel na sociedade e no desenvolvimento dos indivíduos. Ao longo da história, diferentes modelos de família emergiram sob a influência de fatores como religião, industrialização e movimentos sociais. Atualmente, diversos tipos de famílias coexistem e cada membro desempenha um papel importante no bem-estar do grupo, embora a família tradicional ainda seja predominante em algumas culturas.
Tecnologias reprodutivas e família tradicionalguestbdb4ab6
Este documento discute as tecnologias reprodutivas e a família tradicional. Primeiro, define família tradicional e outros modelos familiares. Em seguida, descreve tecnologias reprodutivas como fertilização in vitro e barrigas de aluguel. Por fim, debate se estas tecnologias ameaçam ou não os valores da família e se devem ser proibidas ou permitidas.
Adotar é acolher, aceitar. Como a escola é um espaço fundamental para socialização e de formação do pensamento da criança, é importante que se aborde questões relacionadas à família, que nem sempre possui um laço consanguíneo. Veja a importância do tema na escola e dicas de práticas docentes na abordagem.
A família é a instituição fundamental para o desenvolvimento humano e socialização das crianças. As crianças precisam de cuidados parentais, especialmente maternos, para sobreviver e se desenvolver. A família transmite valores culturais e padrões sociais entre gerações, embora sua estrutura tenha se modificado nas sociedades modernas.
A família é a instituição fundamental para o desenvolvimento humano e socialização das crianças. As crianças precisam de cuidados familiares, especialmente maternos, para sobreviver e se desenvolver. A família transmite valores culturais e padrões sociais entre gerações. Embora a estrutura familiar tenha se modificado, ela continua sendo essencial para a sociedade.
1) A dinâmica familiar desempenha um papel importante no desenvolvimento e manutenção da obesidade, especialmente na infância, quando a criança depende mais dos cuidados parentais.
2) Estudos mostram que famílias com crianças obesas tendem a ter mães dominantes, pais desinteressados, conflitos frequentes e dificuldade em lidar com diferenças.
3) Na obesidade adulta, rigidez familiar, superproteção, evitação do conflito e dificuldade de individuação também são
A família é a instituição fundamental para o desenvolvimento humano e socialização das crianças. As crianças precisam de cuidados parentais, especialmente maternos, para sobreviver e se desenvolver adequadamente. A família transmite valores culturais e padrões sociais entre gerações. Embora a estrutura familiar tenha se modificado, ela continua sendo essencial para a sociedade.
A família é a instituição fundamental para o desenvolvimento humano e socialização das crianças. A família protege e cuida das crianças, que precisam de estímulos sociais durante a primeira infância. Ao longo da história, a família evoluiu de modelos patriarcais para modelos mais igualitários, embora ainda desempenhe um papel crucial na transmissão cultural.
A família é a instituição fundamental para o desenvolvimento humano e socialização das crianças. As crianças precisam de cuidados parentais, especialmente maternos, para sobreviver e se desenvolver. A família transmite valores culturais e padrões sociais entre gerações, embora sua estrutura tenha se modificado nas sociedades modernas.
Este documento discute a evolução da família em Portugal, incluindo novos tipos de família como coabitação e famílias homossexuais. Também descreve mudanças nos papéis familiares e parentais, com maior igualdade de gênero e participação dos pais no cuidado dos filhos. Finalmente, fornece dados demográficos que mostram declínios na taxa de natalidade e aumento da idade do casamento em Portugal desde 1960.
Este documento discute a evolução da família em Portugal, incluindo novos tipos de família como coabitação e famílias homossexuais. Também descreve mudanças nos papéis familiares e parentais, com maior igualdade de gênero e diálogo entre pais e filhos. Finalmente, fornece estatísticas demográficas que mostram como a família portuguesa mudou desde 1960, com taxas de nupcialidade em queda e divórcios em alta.
1) Este estudo investigou como pais adotivos solteiros experienciam o processo de adoção com base na teoria sistêmica.
2) Os resultados indicam que os participantes se sentem realizados com a adoção, apesar dos desafios como preconceitos e falta de apoio.
3) Foram apontadas necessidades como uma maior agilidade no processo de adoção e preparação prévia dos pais.
Uma família é tradicionalmente formada por pais e filhos que vivem juntos. A família desempenha um papel fundamental na educação das crianças e na transmissão de valores. Existem diferentes tipos de família como famílias nucleares, extensas e monoparentais.
Semelhante a Especialização em Saúde da Família UNA - SUS (20)
O documento discute a relação entre violência e saúde no contexto da Estratégia Saúde da Família. A violência tem impactos físicos e psicológicos, como o Transtorno de Estresse Pós-Traumático. Profissionais da ESF podem desempenhar um papel importante na detecção de problemas de saúde relacionados à violência.
O documento discute a gestão de serviços de saúde no Brasil no contexto da Estratégia Saúde da Família (ESF). Apresenta as diferentes modalidades de equipes da ESF e os critérios para habilitação delas, incluindo a composição mínima das equipes e os equipamentos odontológicos disponibilizados. Também destaca a importância da participação social na decisão de adotar a ESF de acordo com as necessidades locais.
O documento discute a história da informação, indicadores de saúde e sistemas de informação em saúde no Brasil. Ele descreve como a informação evoluiu desde pictogramas até a imprensa de Gutenberg e como os indicadores de saúde são usados para medir resultados. Também explica os principais sistemas de informação em saúde no Brasil, como o DATASUS, e como eles fornecem dados sobre saúde pública.
O documento discute a vigilância em saúde no Brasil. Aborda o conceito de vigilância em saúde, sua evolução no país, sua importância para o Sistema Único de Saúde (SUS) e como é organizada nos diferentes níveis de governo. Também descreve os principais programas de vigilância em saúde, como o epidemiológico, ambiental e de saúde do trabalhador.
Este documento discute processos educativos no contexto da saúde pública brasileira. Aborda a educação permanente em saúde como política orientadora da formação contínua de profissionais do SUS e reconhece que a educação e saúde são práticas sociais interdependentes. Também revisa abordagens pedagógicas tradicionais como transmissão e condicionamento versus aquelas centradas no aprendiz como humanista e cognitivista.
1. O documento discute a importância da política na vida dos profissionais de saúde e no Sistema Único de Saúde (SUS), abordando conceitos como poder, Estado e políticas públicas.
2. Também reflete sobre a participação social no SUS e a construção dos direitos civis, políticos e sociais por meio de mobilização e engajamento em associações e conselhos.
3. Por fim, enfatiza que a política permeia a estrutura social e que é necessário compreender as relações de poder para promover mudanças
O documento discute a Estratégia Saúde da Família (ESF) como modelo para reorganizar a Atenção Básica no Brasil de acordo com os princípios do SUS. A ESF enfatiza o trabalho em equipe entre profissionais de saúde, a definição de territórios e o vínculo entre equipes e comunidades para melhorar o atendimento e a saúde da população. O documento também discute o papel do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) em apoiar as equipes da
O documento discute o Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Apresenta uma linha do tempo histórica do SUS desde 1923 até a década de 1980, destacando marcos como a criação do INPS em 1965 e a VIII Conferência Nacional de Saúde em 1986. Também descreve princípios, diretrizes e desafios atuais do SUS, como a busca por saídas aos problemas e impasses por meio do Pacto pela Saúde.
1) O documento discute a reorganização dos sistemas de saúde e apresenta dois movimentos fundamentais: a Promoção da Saúde e a Atenção Primária à Saúde.
2) Defende uma visão ampliada de atenção à saúde, que inclui ações individuais e coletivas para manter a saúde das populações.
3) Explica que o movimento moderno da Promoção da Saúde surgiu na década de 1970 para enfocar fatores como estilo de vida e ambiente na determinação da saúde.
Este documento discute o processo saúde-doença e sua determinação social e histórica. Apresenta conceitos de saúde e doença, explicando que a doença não deve ser vista apenas como um fenômeno biológico, mas também social e subjetivo. Discorre sobre diferentes planos para entender a saúde: subindividual, individual e coletivo. Conclui que a saúde e a doença devem ser compreendidas como um processo que envolve fatores biológicos, psicológicos e sociais, e que ocorre de
O documento descreve conceitos e definições importantes presentes no Decreto Federal no 7.508/2011, que estabelece os princípios e diretrizes da organização da Rede de Atenção à Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). Entre os pontos abordados, destacam-se a definição de Mapa da Saúde, Rede de Atenção à Saúde e Comissões Intergestores, além de explicar conceitos como Portas de Entrada, Serviços Especiais de Acesso Aberto e Protocolo Cl
Este documento resume as principais disposições da Lei Complementar no 141/2012 sobre gastos mínimos com saúde. A lei detalha quais despesas são consideradas gastos com saúde e estabelece os seguintes percentuais mínimos anuais: União deve aplicar o valor do ano anterior mais a variação do PIB; estados 12% da receita; e municípios 15% da receita. A lei também especifica quais gastos como saneamento e aposentadorias não são considerados despesas com saúde.
O documento descreve um curso completo e gratuito sobre a legislação do Sistema Único de Saúde brasileiro (SUS). O curso contém 17 aulas com 500 questões comentadas sobre o tema e fornece links para sites com mais informações e questões de provas de concursos públicos da área da saúde.
O documento descreve um curso completo sobre a legislação do Sistema Único de Saúde (SUS) com 17 aulas e 500 questões comentadas. Também fornece exemplos de questões sobre a Resolução no 453/2012 do Conselho Nacional de Saúde, com respostas e comentários detalhados sobre o funcionamento dos conselhos de saúde.
O documento descreve um curso completo e gratuito sobre a legislação do Sistema Único de Saúde brasileiro (SUS), contendo 17 aulas e 500 questões comentadas. Também discute os mecanismos de controle social no SUS, como conselhos e conferências de saúde, e apresenta exemplos de questões sobre o tema com seus respectivos comentários.
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1) O documento discute a Seguridade Social brasileira definida na Constituição de 1988, que é composta por ações integradas de saúde, previdência e assistência social.
2) A seguridade social é organizada pelo poder público e inclui ações de iniciativa dos governos e da sociedade para garantir direitos nessas áreas.
3) O documento apresenta exemplos de questões sobre o tema retiradas de provas de concursos públicos, com comentários explicando os principais pontos tratados na Constituição.
O documento discute sistemas de informação em saúde no Brasil, incluindo o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), implantado em 1975, e o Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC), implantado em 1990. Ambos utilizam declarações padronizadas para coleta de dados - a Declaração de Óbito para o SIM e a Declaração de Nascido Vivo para o SINASC.
O documento discute a evolução histórica das teorias sobre os determinantes da saúde e doença desde a Antiguidade até os dias atuais. Inicialmente, acreditava-se que fatores sobrenaturais causavam doenças. Posteriormente, surgiu a teoria miasmática, atribuindo doenças a emanações do solo ou ar. Mais tarde, com o avanço microbiológico, passou-se a acreditar na unicausalidade, relacionando cada doença a um agente. Atualmente, prevalece a abord
O documento descreve um curso gratuito de 10 aulas sobre a legislação do SUS. O curso abordará tópicos como a evolução histórica do sistema de saúde brasileiro e a construção do SUS, seus princípios e arcabouço legal, além de leis e políticas relacionadas ao SUS. O curso é oferecido pelo professor Rômulo Passos e contará com aulas teóricas e questões comentadas para auxiliar os estudantes a se prepararem para concursos públicos.
Concepção, gravidez, parto e pós-parto: perspectivas feministas e interseccionais
Livro integra a coleção Temas em Saúde Coletiva
A mais recente publicação do Instituto de SP traça a evolução da política de saúde voltada para as mulheres e pessoas que engravidam no Brasil ao longo dos últimos cinquenta anos.
A publicação se inicia com uma análise aprofundada de dois conceitos fundamentais: gênero e interseccionalidade. Ao abordar questões de saúde da mulher, considera-se o contexto social no qual a mulher está inserida, levando em conta sua classe, raça e gênero. Um dos pontos centrais deste livro é a transformação na assistência ao parto, influenciada significativamente pelos movimentos sociais, que desde a década de 1980 denunciam o uso irracional de tecnologia na assistência.
Essas iniciativas se integraram ao movimento emergente de avaliação tecnológica em saúde e medicina baseada em evidências, resultando em estudos substanciais que impulsionaram mudanças significativas, muitas das quais são discutidas nesta edição. Esta edição tem como objetivo fomentar o debate na área da saúde, contribuindo para a formação de profissionais para o SUS e auxiliando na formulação de políticas públicas por meio de uma discussão abrangente de conceitos e tendências do campo da Saúde Coletiva.
Esta edição amplia a compreensão das diversas facetas envolvidas na garantia de assistência durante o período reprodutivo, promovendo uma abordagem livre de preconceitos, discriminação e opressão, pautada principalmente nos direitos humanos.
Dois capítulos se destacam: ‘“A pulseirinha do papai”: heteronormatividade na assistência à saúde materna prestada a casais de mulheres em São Paulo’, e ‘Políticas Públicas de Gestação, Práticas e Experiências Discursivas de Gravidez Trans masculina’.
Parabéns às autoras e organizadoras!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.agostodourado.com
1. Sumário
Introdução����������������������������������������������������������������������2
Conceito de família�����������������������������������������������������������3
A abordagem familiar das famílias em risco psicossocial����������������4
Desafios psicossociais���������������������������������������������������������6
Trabalhando com famílias vulneráveis��������������������������������������8
O Genograma������������������������������������������������������������������9
O Ecomapa������������������������������������������������������������������� 11
Clínica ampliada e projeto terapêutico singular������������������������ 12
Conclusão��������������������������������������������������������������������� 15
Referências������������������������������������������������������������������� 15
Famílias em situação de
vulnerabilidade ou risco
psicossocial
Ana Cristina Belizia Schlithler,
Mariane Ceron,
Daniel Almeida Gonçalves
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Famí lias em situação de vulnerabilidade ou risco psicossocial
Famílias em situação de
vulnerabilidade ou risco
psicossocial
Introdução
A família como instituição tem sido extensamente debatida por muitas áreas do conhecimento. Suas funções passam
por mudanças significativas ao longo da história. O próprio conceito de família modifica-se histórica e culturalmente.
Contudo, sua importância e seu papel essencial permanecem.
Há alguns anos,debatia-se a morte ou a falência da família.Mas,qual modelo de família estava em debate?A família
tradicional – composta de um casal heterossexual, com seus descendentes e ascendentes, integralmente responsável
pela formação e socialização das crianças – é um modelo que não faliu, mas convive atualmente com vários outros
tipos de composição familiar.
Hoje, a formação dos filhos envolve, muito mais diretamente do que antes, a escola, os meios de comunicação e a
sociedade globalizada. O divórcio,as mudanças no papel da mulher e as novas tecnologias vêm impondo modificações
em toda a sociedade.As separações e os casais recompostos são mais frequentes, e muitas famílias são constituídas de
pai, mãe, os filhos de uniões anteriores e mais os filhos em comum.Também são frequentes famílias monoparentais,
especialmente aquelas formadas pela mãe e seus filhos. Outros arranjos, como o constituído por casais homossexuais
e seus filhos concebidos com as novas técnicas, ou adotados, vêm ganhando espaço e reconhecimento no ambiente
social e jurídico.
O fato de grande parte das mulheres ter ingressado no mercado de trabalho gerou importantes transformações
na dinâmica familiar. Muitas das funções antes cumpridas exclusivamente pela mãe passaram a ser divididas com cre-
ches, escolas, cuidadores profissionais e também com os pais.Até recentemente, era comum que as avós assumissem
os cuidados com os netos enquanto a mãe trabalhava. Hoje, muitas avós também trabalham, ou têm atividades que as
impedem de ter esse compromisso. Em alguns lares, a mãe trabalha enquanto o pai assume a casa e as crianças.
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Unidades de conteúdo
Conceito de família
O modelo de família ocidental mais tradicional inclui pai, mãe e filhos.A noção de geração ou ancestralidade está
presente em tal definição. Este é um ponto central. Por que se espera que a família envolva membros adultos e não
adultos? Esse aspecto nos remete a questões relativas às funções familiares. Mas isso será abordado mais adiante.Vol-
temos às definições.
No Brasil, a partir dos anos 1980, muitas modificações pertinentes ao conceito de família têm ocorrido.A Cons-
tituição Brasileira, em seu artigo 226, define a família como a base da sociedade, reconhece a união estável, entende
que a entidade familiar pode ser formada por qualquer um dos pais e seus descendentes e estabelece que os direitos
e deveres são igualmente exercidos pelo homem e pela mulher (BRASIL, 1988).
Do mesmo modo, o Novo Código Civil (2002) reconhece os direitos de filhos havidos fora do casamento e esta-
belece o “poder familiar” igualmente compartilhado por pai e mãe, em substituição ao “pátrio poder” anteriormente
definido (BRASIL, 2002). O Estatuto da Criança e Adolescente (ECA, 1988) reconhece direitos para crianças e es-
tabelece deveres para adultos, Estado e sociedade, em um contexto muito diferente dos anteriores. Mudanças como
essas ocorrem devido às novas situações impostas pela contemporaneidade que, ao mesmo tempo, implicam modifi-
cações culturais e jurídicas.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) define família como o “conjunto de pessoas ligadas por
laços de parentesco, dependência doméstica ou normas de convivência, residente na mesma unidade domiciliar, ou
pessoa que mora só em uma unidade domiciliar”. Considera, portanto, um casal como uma família, ou até a pessoa
que mora só como “família unipessoal”, privilegiando o domicílio comum em sua definição.
Avaliamos que as definições propostas pela Lei Maria da Penha vão de encontro ao que se observa no trabalho
cotidiano com a população assistida pela Estratégia Saúde da Família (ESF). De acordo com essa lei, o âmbito do-
méstico é definido como “o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as
esporadicamente agregadas”, enquanto família seria “a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram
aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa”.
Segundo o manual do SIAB, ao cadastrar as fa-
mílias, os agentes comunitários de saúde, quando
encontram várias pessoas dividindo um mesmo
espaço, seja sobre o mesmo teto ou quintal, deve
considerar a definição do IBGE anteriormente cita-
da, incluindo os empregados que vivem no lar. Do
ponto de vista prático, há instituições ou municí-
pios que orientam o cadastro individualizado por
número de fogões e/ou geladeiras. Essa pactuação,
no entanto, deve ser feita em nível local e conside-
rando a realidade do território.
Quando duas
pessoas se unem, passam
a constituir uma família?
Pais separados
e seus filhos podem ser
considerados uma família?Qual é o conceito de
família aceito atualmente?
Pessoas que habitam
o mesmo lar constituem uma
família, mesmo que não sejam
parentes consanguíneos?
O que consideramos uma família,
quando há várias pessoas que habitam o
mesmo lar ou compartilham o mesmo terreno?
E para efeito de cadastro
no SIAB?
Dica
Para mais informações sobre o tema, consulte:
• IBGE http://www.ibge.gov.br/home/
estatistica/populacao/condicaodevida/
indicadoresminimos/conceitos.shtm;
• Lei Maria da Penha http://pt.wikipedia.org/
wiki/Lei_Maria_da_Penha;
• SIAB http://189.28.128.100/dab/docs/
publicacoes/geral/manual_siab2000.pdf.
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Famí lias em situação de vulnerabilidade ou risco psicossocial
A abordagem familiar das famílias em risco psicossocial
Antes mesmo de abordarmos as famílias em risco, vulneráveis ou mesmo já com algum tipo de disfuncionalidade, é im-
portante refletirmos sobre: o que é uma família saudável? O que devemos esperar de normal das famílias que cuidamos?
A família saudável
Carl Whitaker (1912-1995), psiquiatra americano e um dos fundadores da terapia familiar, afirma que tendemos a
utilizar nossos próprios critérios. Quem teve um pai presente e participativo, por exemplo, naturalmente tenderia a
considerar pouco saudável uma família com um pai distante ou ausente. Embora esse movimento seja natural, o autor
pontua que,assim como não desejamos ser julgados ou avaliados a partir do referencial do outro,não devemos fazê-lo.
Citaremos as características arroladas porWhitaker e Bumberry (1990) como necessárias para a família saudável,
pois resumem satisfatoriamente o que diversos outros autores propõem:
• A família saudável é dinâmica,e não estática,ou seja,é um sistema em contínuo processo de evolução e mudança;
• Suas regras servem de guia e estão a serviço do crescimento;
• Há uma clara separação entre as gerações de forma que os pais (ou adultos que as representem) transmitam às
crianças uma sensação de segurança embasada em liderança e solidariedade;
• As crises e conflitos provocam desenvolvimento, e não rompimento;
• Existe espaço para expressar e compartilhar intimidade e sentimentos,mesmo aqueles conotados como negativos;
• Seus membros sabem usufruir do intercâmbio de experiências entre as gerações;
• Funciona como um organismo aberto que se relaciona com outros e é capaz de incorporar novos elementos.
Observe que estes autores não mencionam um tipo de configuração relacionado à família saudável.As caracterís-
ticas que enumeram estão associadas ao funcionamento do sistema familiar e às funções da família.
Muitos autores destacam a questão das regras familiares. Sabemos de sua importância fundamental. O quão são
rigorosas dependerá dos valores e crenças de cada grupo familiar. Importa mais que sirvam a toda a família, e não
apenas a determinados membros, já que regras que contemplam apenas as necessidades dos adultos (ou das crianças)
dificilmente são cumpridas. O essencial é que sejam claras, e seu cumprimento seja uma meta. Podem ser negociadas
e revistas, desde que essa negociação reflita alguma necessidade de adaptação a novas demandas.
O tema dos papéis familiares e suas funções é também central para a compreensão e o trabalho com famílias.
Os adultos, sejam eles o pai, a mãe, os avós, os tios ou quaisquer outras pessoas que convivam como família, têm
responsabilidade em relação às crianças. Crianças que ficam encarregadas dos cuidados com a casa ou com os irmãos
menores desempenham um papel para o qual ainda não estão preparadas, ficando sobrecarregadas, o que pode acar-
retar problemas emocionais. Sabemos que, em nossa realidade, muitas vezes os adultos que trabalham precisam ficar
muitas horas fora de casa, e a falta de escolas, núcleos socioeducativos e creches tem como consequência crianças
sozinhas em casa.
Destaque
Destaque
Devemos estar atentos à relação que o grupo familiar estabelece com as mudanças e novas neces-
sidades que surgem. Por vezes os adultos mostram-se enrijecidos em seus costumes frente às de-
mandas dos mais jovens. Valores e regras devem ser claros, mas a maneira de garantir que sejam
preservados requer flexibilidade. Do mesmo modo, os jovens podem ser instados a compreender as
dificuldades dos membros mais velhos da família em adaptar-se às novas necessidades, por meio de
relatos sobre experiências passadas em seu período de crescimento.
Em alguns lares, o filho pode buscar desempenhar o papel de um pai que tenha deixado a família,
procurando para isso exercer precocemente uma autoridade para a qual não dispõe de recursos, de-
sencadeando conflitos e estresse.
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Unidades de conteúdo
As intervenções junto às famílias devem buscar garantir o acesso aos recursos adequados. As famílias podem ser
orientadas sobre a importância de garantir às crianças a retaguarda de um adulto, momentos para usufruir de suas
necessidades de criança e adequação quanto ao cumprimento das tarefas da casa em relação à faixa etária.
Em algumas famílias, os adultos procuram exercer sua necessária autoridade recorrendo a modelos dominadores,
ou flexibilizando tanto as regras a ponto de permitirem significativos questionamentos a essa autoridade. Da mesma
forma, em alguns lares encontramos adolescentes e jovens que adquirem um poder desproporcional à sua idade, mui-
tas vezes por meio da transgressão de regras e da dificuldade dos adultos de desempenhar o seu papel.Alguns adultos
precisam de ajuda para sentirem-se fortalecidos ao exercer a autoridade diante de tantos e tão diversos desafios.
Os serviços e recursos comunitários e uma política social que contemple as demandas familiares, como a garantia
de acesso a creches, jornada de trabalho adequada, transporte públicos que não impliquem a permanência de longos
períodos fora de casa, poderiam auxiliar as famílias nesse sentido.
A identificação precoce de papéis disfuncionais que geram sofrimento, e não crescimento, pode ser realizada por
profissionais de saúde que acompanham famílias.Tais papéis devem ser abordados de modo que não se cristalizem ou
originem fissuras graves no sistema familiar.
O quinto item mencionado porWhitaker e Bumberry é tão essencial quanto pode ser difícil. O espaço para com-
partilhar sentimentos e intimidade na família muitas vezes precisa ser conquistado. Diferentes experiências que cada
membro do casal traz de sua família de origem podem colocar barreiras na expressão de sentimentos. Da mesma
forma, diferenças entre as gerações podem se tornar obstáculos para que os sentimentos fluam facilmente entre as
pessoas que compõem a família.
Em nossa cultura, sentir raiva, por exemplo, pode ser encarado de modo negativo, gerando a repressão de um
sentimento que, se adequadamente expresso e elaborado, pode conduzir ao crescimento das relações. Muitos ho-
mens mostram-se pouco preparados para lidar com todo tipo de sentimento, mantendo-se afetivamente afastados
do meio familiar. A repressão de sentimentos pode conduzir a problemas emocionais individuais e inviabilizar a
comunicação na família.
Famílias modernas têm, com alguma frequência, problemas para regular o compartilhamento de intimidades.
Um ambiente acolhedor em relação aos sentimentos e desejos que surgem no sistema familiar é fundamental, mas a
intimidade do casal deve ser garantida, assim como a dos filhos, conforme cresçam e tenham condições de se respon-
sabilizar por seus passos.
Crises e Resiliência Familiar
Nenhuma família está isenta de problemas e infortúnios.As crises e eventos estressantes afetam toda a família e apre-
sentam riscos para o indivíduo e para as relações familiares. Como asseveramWhitaker e Bumberry a habilidade em
manejá-los é fundamental para o crescimento e a sobrevivência do grupo familiar. Essas crises podem ser previsíveis,
estando presentes nos vários ciclos de vida familiar, ou mesmo imprevisíveis, tal como falecimento inesperado de um
membro, desemprego, divórcio etc.
Definir a qual ciclo de vida familiar a família pertence é importante, pois ajuda a compreender as principais ne-
cessidades da família, trabalhos preventivos a serem desenvolvidos, esclarecimentos sobre as questões específicas do
ciclo – auxiliando a família a resolver problemas, ou seja, oferecendo ajuda específica para a fase vivenciada.A partir
do princípio da longitudinalidade, observamos as mudanças e a reorganização do grupo familiar na passagem de uma
fase para outra, dando apoio segundo as necessidades vigentes (FERNANDES; CURRA, 2006).
São os ciclos convencionais para as famílias de classe média e alta (FERNANDES; CURRA, 2006):
Saiba mais...
Muito se discute sobre diferenças entre o papel do pai e da mãe. Com a frequência de famílias mo-
noparentais, em que a mãe é o único adulto presente, e com as alterações em seu papel de dona de
casa (para o de trabalhadora que acumula as jornadas de trabalho fora e dentro de casa), observamos
mulheres sobrecarregadas e por vezes com dificuldades para desempenhar a necessária autoridade
com as crianças. A ausência do pai ou de outro membro adulto realmente gera sobrecarga, mas não
inviabiliza o ambiente familiar saudável e voltado para o crescimento se a mãe for capaz de garantir
(ou puder caminhar a fim de garantir) que as características que integram as famílias saudáveis este-
jam presentes em seu lar.
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Famí lias em situação de vulnerabilidade ou risco psicossocial
• adultos jovens independentes;
• nascimento do primeiro filho;
• famílias com filhos pequenos;
• famílias com filhos adolescentes;
• ninho vazio: a saída dos filhos;
• aposentadoria;
• famílias no estágio tardio: a velhice.
São os ciclos convencionais para as famílias de classe popular:
• família composta de jovem adulto;
• família com filhos pequenos;
• família no estágio tardio.
As crises podem desafiar o sistema familiar a aprimorar habilidades e a desenvolver recursos, pois fatores de es-
tresse podem ser potenciais estimuladores de competências. O que distingue a família saudável não seria a ausência de
problemas, mas sim a maneira de enfrentá-los e a competência para resolvê-los (WALSH, 2003; 2005).
O conceito de resiliência familiar abrange mais do que a reunião de condições satisfatórias para manejar estresse
e suportar ou sobreviver a situações traumáticas ou provações. Envolve o potencial de crescimento e transformação
que pode ser desenvolvido nas relações familiares e em seus membros em situações de adversidade. Intervenções fo-
cadas no fortalecimento dos processos adequados podem maximizar o potencial para a resiliência que todas as famílias
apresentam. Os processos familiares medeiam o impacto do estresse em todos os membros das famílias e em seus
relacionamentos, estimulando a resiliência ou aumentando a vulnerabilidade (WALSH, 2003; 2005).
Froma Walsh identifica alguns processos favorecedores da resiliência familiar que podem ser estimulados pelas
equipes de saúde (WALSH, 2005):
• Extrair significado da adversidade: administração das crises como desafios valorizando relações saudáveis e pro-
curando contextualizar o sofrimento.
• Perspectiva positiva: manutenção da esperança, concentração no potencial e enfrentamento do possível.
• Flexibilidade nos padrões organizacionais: competência para a mudança e segurança durante a perturbação.
• Senso de conexão: capacidade de compromisso, liderança e respeito às diferenças e limites individuais; busca de
reconciliação em relações perturbadas.
• Mobilização de recursos sociais e econômicos: família ampliada, redes comunitárias de apoio e segurança.
• Favorecimento da clareza comunicacional: mensagens consistentes, esclarecimento de ambiguidades.
• Estímulo à expressão emocional aberta: compartilhamento de sentimentos e empatia; valorização do humor.
• Resolução colaborativa: tomada de decisões compartilhada e concentração em objetivos.
Desafios psicossociais
Walsh (2005), em seu livro Fortalecendo a resiliência familiar, discorre sobre vários tipos de situações que podem
provocar mudanças no sistema familiar, ampliando sua capacidade de resiliência ou colocando-o em risco. Muito do
conteúdo a seguir baseou-se nesse livro.
Os desafios dos eventos estressantes variam segundo as circunstâncias, a frequência e o significado. Eventos ines-
perados, que ofereçam ameaça à vida e envolvam violência, podem ser especialmente traumáticos. Situações de
catástrofe, como os alagamentos e os desmoronamentos que ocorrem no Brasil nos períodos de chuvas, provocam
reverberações em várias famílias e comunidades.Algumas conseguirão se reerguer,outras precisarão de auxílio.Situa-
ções como essas, de natureza imprevisível e ameaçadora à vida, frequentemente geram complicações pós-traumáticas
e requerem o adequado manejo das equipes envolvidas nos processos de ajuda que se seguem às catástrofes.
Desafios persistentes impõem exigências diferentes daquelas relacionadas a crises repentinas. Famílias que enfren-
tam constantes períodos de estresse, por exemplo, aquelas que convivem com um componente que apresente proble-
mas relativos a abuso ou dependência de substâncias psicoativas, precisam repetidamente ajustar seu funcionamento
aos novos desafios pertinentes a esse tipo de situação. Isso, não raramente, gera sobrecarga e desgaste para as relações
familiares e requer um conjunto de intervenções que vise à retomada do equilíbrio saudável do grupo familiar.
Algumas famílias convivem com situações de estresse prolongado, como aquelas em que há violência doméstica.
Nesses casos, muitas vezes se observa um equilíbrio que podemos chamar de disfuncional ou patológico. Comple-
mentaridades baseadas na submissão contraposta à violência podem manter o sistema familiar equilibrado, mas ge-
ram um custo muito alto para os relacionamentos e resultam no risco constante de adoecimento.Além disso, criam
um padrão de funcionamento problemático e podem provocar consequências para a saúde mental de seus membros
por muito tempo. Por outro lado, complementaridades simétricas – cuja resposta à violência gera mais violência –
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Unidades de conteúdo
podem levar ao esfacelamento do sistema
familiar, conduzindo a situações extremas
como a necessidade de abrigamento de
crianças, por exemplo.
Situações de violência doméstica cos-
tumam ficar subentendidas ou encobertas
e requerem grande atenção das equipes
aos sinais de sua presença e cuidados es-
peciais em seu manejo. É preciso ter pre-
caução, mas também firmeza para não
reproduzir o movimento do sistema evi-
tando o enfrentamento do problema, o
que implicaria conivência com situações
potencialmente muito danosas.
Perdas representam outro importante
foco de estresse para os relacionamentos
familiares. Na sociedade ocidental, as pes-
soas de modo geral não se sentem prepa-
radas para lidar com a morte. No passado,
entes da família costumavam morrer em
casa, onde também eram velados seus corpos. O parto doméstico também era usual, assim nascimento e morte eram
parte do cotidiano das famílias. Com o desenvolvimento tecnológico, começo e fim da vida passaram a ocorrer mais
frequentemente em hospitais, distanciando as pessoas dessa vivência e favorecendo mecanismos de negação da morte.
Mortes repentinas ou violentas conduzem a um processo de luto mais difícil para qualquer tipo de família. Situ-
ações dessa natureza provocam grande impacto no sistema familiar e diferentes processos para cada pessoa. Raiva,
negação e culpa podem ser experimentadas mais intensamente, e a constatação da vulnerabilidade à qual todas as
pessoas estão expostas pode paralisar alguns membros ou mesmo toda a família.
Outra situação com a qual os profissionais da saúde deparam nas famílias é a ocorrência de doenças crônicas ou in-
capacitantes. Mais uma vez, o grupo familiar será atingido de diferentes formas, dependendo de quanto suas relações
são funcionais e saudáveis.A forma como a equipe de saúde aborda a pessoa doente, considerando-a “em uma con-
dição incapacitadora”, e não como “incapacitada”, pode auxiliar a família a não reduzir o integrante doente à doença,
estimulando suas potencialidades. Apoio especial deve ser oferecido aos cuidadores, pois muitas vezes têm sua vida
tão limitada quanto a da pessoa que passa pela doença.
Finalmente abordaremos a questão de famílias em situação de vulnerabilidade socioeconômica. No Brasil, muitas
famílias convivem com problemas de subsistência. Os indicadores referentes à situação de pobreza e miséria encon-
trada no país têm apresentado avanços, mas há ainda muito a percorrer.
O primeiro luto, 1888 -William-Adolphe Bouguereau
Destaque
Equipes que atuam com famílias enlutadas devem saber acolher todo tipo de reação e identificar
pessoas que necessitam de atenção especial para a elaboração do luto.
Saiba mais...
Dificuldades econômicas costumam estar associadas a fatores como desemprego, problemas ha-
bitacionais e de saneamento, baixa escolaridade, famílias com maior número de crianças ou de-
pendentes (como idosos e doentes), dificuldades de acesso a recursos comunitários, presença de
situações de violência. Fatores como esses expõem as famílias à vulnerabilidade social e de saúde
física e mental.
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Famí lias em situação de vulnerabilidade ou risco psicossocial
Trabalhando com famílias vulneráveis
Os profissionais da ESF têm contato próximo e cotidiano com as famílias. Do ponto de vista sistêmico, passam a fazer
parte do sistema familiar não somente no momento da visita, mas principalmente como referência para as questões
de saúde. O agente comunitário pode desenvolver sua atuação fazendo o exercício de olhar as situações “de dentro”,
como morador da mesma comunidade, e “de fora”, como profissional de saúde. Para isso, precisa da ajuda da equipe
para ampliar sua capacitação e supervisionar suas intervenções.
A avaliação da condição da família pode ser realizada de várias formas. Existem alguns instrumentos específicos,
mas uma entrevista com a maior parte dos membros da família, garantindo-se a presença do principal responsável,
pode oferecer muitas das informações necessárias. O fundamental é facilitar a comunicação para explorar as visões de
vários membros da família, permitindo que a informação circule e identificando aspectos que revelem dificuldades,
conflitos e potencialidades.
Um instrumento que vem sendo utilizado por equipes da ESF é a escala de risco familiar ou Escala de Coelho, que
estratifica itens observados, classificando sua situação de risco com base em dados que já são colhidos pelos agentes
comunitários de saúde (COELHO; SAVASSI, 2004).
A Escala de Coelho é uma estratégia desenvolvida em Minas Gerais para a ESF, por meio da qual podemos realizar
uma leitura prévia sobre as famílias do nosso território de abrangência. Com base nos critérios de risco identificados
na Ficha A (condições de moradia, número de entes etc.), podemos classificar as famílias entre Risco 1, Risco 2 ou
Risco 3 (risco leve, moderado ou grave). Com a aplicação da escala em todas as famílias, a equipe passa a ter maior
compreensão sobre a relação entre os determinantes de saúde e as situações vividas por elas. Além disso, a escala
oferece subsídios para a equipe destinar tempo e metodologias de intervenções diferenciadas, conforme os riscos
apresentados pelas famílias de seu território de abrangência, buscando ter uma agenda de prioridades de acordo com
o princípio da equidade.
Exemplo de aplicação/aplicabilidade da Escala de Coelho
Fonte: Escala de Coelho (COELHO; SAVASSI, 2004).
QUADRO 1
Dados da Ficha A do SIAB e escore de pontuação de risco
Classificação das famílias segundo pontuação
Dados da Ficha A Escore
Acamado 3
Deficiência física 3
Deficiência mental 3
Baixas condições de saneamento 3
Desnutrição (grave) 3
Drogadição 2
Desemprego 2
Analfabetismo 1
Menor de seis meses 1
Maior de 70 anos 1
Hipertensão arterial sistêmica 1
Diabetes Mellitus 1
Relação morador/cômodo
Se maior que 1
Se igual a 1
Se menor que 1
3
2
0
Escore total Classificação de risco
Escore 5 ou 6 R1
Escore 7 ou 8 R2
Maior que 9 R3
9. 9
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Unidades de conteúdo
O Genograma
O genograma é outro instrumento interessante para ampliar o conhecimento sobre as famílias.Trata-se de uma repre-
sentação gráfica do sistema familiar, preferencialmente em três gerações, que utiliza símbolos padronizados para iden-
tificar os componentes da família e suas relações. Os terapeutas familiares utilizam-no como estratégia para avaliação e
intervenção. Algumas equipes
QUADRO 2
Dados da Ficha A do SIAB e escore de pontuação de risco
Classificação das famílias segundo pontuação
Equipe
I II III IV V VI
n=190 n=207 n=208 n=195 n=195 n=197
Classificação de risco n (%)
R1 170 (94) 149 (82) 147 (81) 165 (91) 165 (91) 160 (88)
R2 14 (4) 34 (10) 34 (10) 27 (10) 24 (7) 17 (5)
R3 6 (2) 24 (8) 27 (9) 3 (1) 6 (2) 20 (7)
Fonte: Escala de Coelho (COELHO; SAVASSI, 2004).
Homem Mulher Sexo indefinido
gravidez
Pessoa índice
Abuso de álcool ou drogas Morte = X Morando Junto
DivórcioCasamento Separação Conjugal
Nascimento de uma
criança morta
Aborto
Espontâneo
Aborto Induzido
Gêmeos Fraternos Gêmeos idênticos Gestação
Filhos: Ordem de
nascimento com o
mais velho à esquerda
Filho Adotivo
Relacionamentos:
Distante Conflituoso Rompimento
Muito estreito
{ Coalizão Harmônico Vulnerável
Aliança
Triangulação
Fundido e Conflitual
_Fig. 1 - Genograma - símbolos
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Famí lias em situação de vulnerabilidade ou risco psicossocial
da ESF já o empregam para visualização dos agravos de saúde e planejamento de ações.
A seguir, apresentamos os símbolos mais correntemente utilizados em genogramas e um exemplo comentado.
Neste exemplo, temos a representação gráfica de uma família e de alguns de seus relacionamentos. No caso, estão
presentes quatro gerações.Temos o primeiro casal, em que o homem é falecido e teve um relacionamento paralelo
ao casamento que gerou uma filha. Na geração seguinte, há uma mulher que tem três filhos vivos de três relaciona-
mentos diferentes.Teve também um falecido, e a causa da morte está explicitada. Uma de suas filhas tem um filho de
um relacionamento informal.A linha tracejada que vai do indivíduo C até as filhas de K indica que ele as adotou.A
linha que envolve parte do sistema indica que residem juntos. Como se trata de um exemplo, não utilizamos todas as
informações, mas, sempre que possível, é interessante colocar nomes, datas dos casamentos, mortes e outros dados
que sejam pertinentes para o caso.
Há também uma representação das relações de acordo com um tipo de padronização existente.Verificamos que K
sofreu abuso sexual dos 12 aos 18 anos e P é fruto desse relacionamento.A outra filha de K, chamadaV, foi abusada pelo
padrasto C. O relacionamento entre K e suas filhas está representado no triângulo: confuso entre K-P; fechado entre
_Fig. 2 - Exemplo de genograma
Destaque
O genograma é como uma foto de um determinado momento e pode ser refeito quando ocorrem
mudanças significativas. As equipes da ESF não realizam intervenções psicoterapêuticas, mas têm
condições de identificar pontos de conflito que podem dificultar suas ações de promoção de saúde
e realizar os devidos encaminhamentos. Além disso, podem empregar esse instrumento para iden-
tificar a presença de problemas de saúde, pessoas que necessitem de cuidados especiais e outros
pontos de interesse para suas intervenções.
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K-V; e conflituoso entreV-P.Também é destacado que o bebê de um ano sofreu vários acidentes. Por meio desta repre-
sentação,sabemos que se trata de uma família em que a violência está presente e os relacionamentos não são satisfatórios.
A vantagem do genograma é que apresenta um modo sucinto e universal de representação do grupo familiar,
compreensível por todos que o conhecem, evitando textos longos e muitas vezes pouco precisos e operacionais na
descrição do grupo familiar. O genograma também pode servir como ferramenta de conversação, seja com a família,
seja com a equipe, visando à escuta de diversos pontos de vista sobre dada realidade e a construção simultânea de uma
única forma – muitas vezes acaba servindo como instrumento terapêutico,constituindo uma estratégia de vinculação,
consenso e exposição dialogada acerca do grupo familiar.
O Ecomapa
O ecomapa, tal como o genograma, faz parte do conjunto de instrumentos de avaliação familiar, e os dois podem
aparecer de forma complementar dentro de um prontuário familiar. Enquanto o genograma identifica as relações e
ligações dentro do sistema multigeracional da família, o ecomapa identifica as relações e ligações da família e de seus
membros com o meio e a comunidade onde habitam. Foi desenvolvido em 1975 para ajudar as assistentes sociais do
serviço público dos Estados Unidos em seu trabalho com famílias-problema (AGOSTINHO, 2007).
O ecomapa não é mais do que uma representação gráfica das ligações de uma família às pessoas e estruturas
sociais do meio onde habita ou convive (ambiente de trabalho, por exemplo), desenhando o seu “sistema ecológico”.
Identifica os padrões organizacionais da família e a natureza das suas relações com o meio, mostrando-nos o equilíbrio
entre as necessidades e os recursos da família (sua rede de apoio social, por exemplo). Pode ilustrar, assim, três
diferentes dimensões para cada ligação (AGOSTINHO, 2007):
1. Força da ligação (fraca; tênue/incerta; forte);
_Fig. 3 - Símbolos que podem compor um ecomapa familiar (AGOSTINHO, 2007)
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2. Impacto da ligação (sem impacto; requerendo esforço/energia; fornecendo apoio/energia);
3. Qualidade da ligação (estressante ou não).A figura 3, a seguir, traz representações gráficas dos símbolos que
podem compor um ecomapa.
Clínica ampliada e projeto terapêutico singular
A abordagem familiar e comunitária nos induz a ampliar nossa clínica.A diversidade e a complexidade de situações
de vida que emergem do território não podem ser compreendidas mediante uma única perspectiva de atuação. Nesse
sentido, é feita a revisão das metodologias propostas pela clínica tradicional biomédica. Esta não abrange os aspectos
biopsicossociais relevantes à abordagem das famílias que se encontram sob nossa responsabilidade. O contexto e
tudo o que se relaciona a ele devem compor e fazer parte do diagnóstico e dos projetos terapêuticos propostos para
as famílias.Tais projetos terapêuticos devem considerar as particularidades de cada situação trazida e reconhecida ao
abordarmos as famílias: o projeto terapêutico singular.
Um elemento importante na construção do projeto terapêutico singular é, portanto, a prática transversal da clíni-
ca ampliada.O primeiro passo a ser realizado em equipe é a construção de um diagnóstico multiaxial.Essa construção
é possível quando as referências e observações sobre as famílias emergem da troca de perspectivas entre os diversos
profissionais.A clínica médica, a clínica da enfermagem, a clínica da odontologia e a clínica do agente comunitário se
entrecruzam para mostrar a situação biopsicossocial da família. Nesta prática, é importante que haja organização do
espaço de fala e escuta da equipe como um todo, que deve trabalhar horizontalmente.
O diagnóstico multiaxial revela quais são as raízes dos problemas enfrentados pela família biopsicossocial.A equipe
levanta situações nesses três âmbitos e, a partir dessa ampliação de olhar, começa a dedicar-se à construção do projeto
terapêutico singular.
O projeto terapêutico singular (PTS) envolve todos os integrantes da equipe em uma estratégia coordenada de
atuação terapêutica. O PTS é uma prática integrada e visa à construção de ações interdisciplinares de cuidado. Cada
Destaque
A consideração de que precisamos enxergar além do que é praxe em nossa clínica nos impulsiona
a trabalhar em equipe, uma vez que nossas perspectivas sempre serão parciais e a única forma de
migrarmos para uma visão mais aprofundada sobre a realidade é o trabalho em equipe. A clínica am-
pliada emerge quando cada profissional passa a compartilhar suas perspectivas. A partir daí, abre-se
espaço para o novo, para o singular. Na ESF, o ambiente do trabalho em equipe pode ser direcionado
a essa função de ampliar a clínica dos envolvidos, buscando a troca de visões e ferramentas de manejo
dos casos.
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membro da equipe dispõe de seu saber e suas técnicas para envolver a família num processo ampliado de cuidado.A
equipe define um sentido para o tratamento e pactua ações para atingi-lo.
Apresentamos aqui um instrumento prático para a prática da clínica ampliada, que deve ser um facilitador para as
Clínica Ampliada
Diagnóstico multiaxial e projeto terapêutico singular
1 - Queixa da família (qual o pedido manifesto pela família sobre a equipe):
___________________________________________________________________________________________________
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2- Histórico familiar e necessidades que a equipe identifica na família:
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3 - Lista de problemas: Priorização
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discussões em reuniões de equipe e em encontros matriciais com o NASF.
Neste item, na primeira coluna, todos os membros da equipe apontam quais são os diversos
problemas observados na realidade da família. A seguir, na segunda coluna, se dedicam a refletir
sobre em qual escala de prioridade devem considerá-los.
4 - Fatores de risco e vulnerabilidade identificados:
Escore na Escala de Coelho:________ (alto/médio/baixo risco psicossocial) ____________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
5 - Genograma e ecomapa (Vide os exemplos já citados anteriomente)
6 - Histórico breve de ações já realizadas:
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
7 - Principais dificuldades da equipe em relação à família:
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
8 - Diagnóstico multiaxial
BIO
PSICO
SOCIAL
EQUIPE
9 - Projeto terapêutico singular
Principais ações a serem desenvolvidas pela equipe (de acordo com a ordem de prioridades):
1) __________________________________________________________________
2) __________________________________________________________________
3) __________________________________________________________________
4) __________________________________________________________________
5) __________________________________________________________________
Profissionais que vão participar do PTS:
1) Nome: _______________________ Função: _________________________
2) Nome: ________________________ Função: ___________________________
3) Nome: ________________________ Função: ___________________________
4) Nome: ________________________ Função: ___________________________
5) Nome: ________________________ Função: ___________________________
Profissional Ação / Como / Quando?
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10 - Reavaliação (Quando?/Como?/Com quem?)
_____________/________________________/_____________________________
Principais resolutividades:
_______________________________________________
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___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Conclusão
Trabalhar com famílias é tão interessante quanto desafiador.Vimos que existem muitas possibilidades de composição
familiar e que nenhuma delas é garantia absoluta de saúde, felicidade e crescimento. É fundamental que, como pro-
fissionais de saúde, possamos tentar compreender o funcionamento familiar sem recorrer a modelos preconcebidos.
Importa, acima de tudo, identificar obstáculos e potencialidades para o desenvolvimento de um funcionamento
saudável. Grupos familiares enfrentam desafios, mudanças e riscos o tempo todo.Alguns estão em situação de maior
vulnerabilidade e, entre estes, certamente estão muitas das famílias atendidas pela ESF.
Finalmente, é importante reforçar que resiliência não é sinônimo de invulnerabilidade ou autossuficiência. Seu
processo envolve a capacidade de atravessar as adversidades sem negar os sentimentos, dúvidas e temores que elas
geram, procurando atribuir-lhes algum significado e extraindo crescimento da experiência.
As relações familiares podem ser fonte de resiliência, e os profissionais de saúde da ESF não só podem estimular esse
processo, como também ser parte integrante dele, colocando-se como elementos de acolhimento, apoio e promoção
da saúde do sistema familiar.Também devem estar instrumentalizados e confiantes de que são fonte preciosa de apoio.
A compreensão dos movimentos familiares apresentados neste capítulo, a avaliação de risco e a prática da clínica
ampliada, tendo o projeto terapêutico singular como metodologia de eleição, devem ser um objetivo a ser alcançado
por todas as equipes.
Referências
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BRASIL. Constituição Federal, 1988.
_______. Código civil brasileiro. 2002.
_______. Estatuto da criança e do adolescente – ECA. 1999.
Destaque
É fundamental considerar que o projeto terapêutico singular é uma forma de trabalho importantís-
sima para a equipe, tanto por ser um momento de aprendizado mútuo, como também por reduzir o
sentimento de estar sozinho diante das dificuldades enfrentadas pelas famílias.
A construção dessa possibilidade frequentemente necessita de apoio institucional no sentido de prio-
rizar o espaço de discussão e valorizar a autonomia dos membros da equipe, acompanhando o desen-
volvimento das ações. Precisamos lembrar constantemente a equipe de que suas ações estão coor-
denadas, e que, portanto, um depende do outro para que se possa dar continuidade a essa prática ao
longo do tempo – sem episódios de desmotivação e falta de fé na capacidade de trabalhar em equipe.
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Famí lias em situação de vulnerabilidade ou risco psicossocial
_______. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. NúcleoTécnico da Política Nacional de Humanização.
Clínica ampliada, equipe de referência e projeto terapêutico singular / Ministério da Saúde, Secretaria de
Atenção à Saúde, NúcleoTécnico da Política Nacional de Humanização – 2. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2008.
Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/clinica_ampliada_equipe_referencia_2ed_2008.
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