Este documento descreve a história do desenvolvimento das estradas na Madeira desde o século XIX até à atualidade. Começa com estradas primitivas e perigosas e avança para a construção da primeira estrada monumental no século XIX. Nos últimos 50 anos, a Madeira testemunhou a construção de vias rápidas e expressas que revolucionaram a mobilidade e contribuíram para o crescimento do turismo em toda a ilha.
Análise do poema de tarde de Cesário Verde:
Este poema é composto por: quatro estrofes e cada estrofe é composta por quatro versos (quadras).
Os versos são decassilábicos: Na|que|le pi|que\-ni|que| de| bur|gue|sas (10 silabas)
As rimas são cruzadas: (ABAB); (CDCD); (EFEF); (GHGH)
As estrofes são: estrofes ricas (três primeiras estrofes) e uma pobre (última estrofe)
O poema pode ser dividido em três partes:
1ª parte: 1ª estrofe - Apresentação do acontecimento que dá lugar ao quadro (aguarela)
2ª parte: 2ª e 3ª estrofe - Descrição dinâmica dos elementos do quadro, observados no geral
3ª parte: 4ªestrofe - Direcionamento da atenção para o primeiro plano da “pintura”
Análise do poema de tarde de Cesário Verde:
Este poema é composto por: quatro estrofes e cada estrofe é composta por quatro versos (quadras).
Os versos são decassilábicos: Na|que|le pi|que\-ni|que| de| bur|gue|sas (10 silabas)
As rimas são cruzadas: (ABAB); (CDCD); (EFEF); (GHGH)
As estrofes são: estrofes ricas (três primeiras estrofes) e uma pobre (última estrofe)
O poema pode ser dividido em três partes:
1ª parte: 1ª estrofe - Apresentação do acontecimento que dá lugar ao quadro (aguarela)
2ª parte: 2ª e 3ª estrofe - Descrição dinâmica dos elementos do quadro, observados no geral
3ª parte: 4ªestrofe - Direcionamento da atenção para o primeiro plano da “pintura”
, Mengapa ldii di bilang sesat, Mengapa ldii di sebut sesat, Mengapa ldii di nyatakan sesat, Mengapa ldii di sebut aliran sesat,Islam ldii sesat, Islam ldii sesat atau tidak, Islam ldii sesat atau tidak, Bukti Islam ldii sesat, Aliran i slam ldii sesat, Apakah Islam ldii sesat, Sesatkah islam ldii,Ldii sesat, Ldii sesat mui, Ldii sesat 2016, Ldii sesat 2015, Ldii sesat apa tidak, Ldii sesat tidak, Ldii sesat meyesatkan, Ldii sesat salaf, Ldii sesat muslim, Ldii sesat salafi,Ldii tidak sesat, Ldii tidak sesat karena, Ldii tidak sesat menyesatkan, Ldii tidak sesat salaf, Ldii tidak sesat muslim, Ldii sesat tidak mui, bukti Ldii tidak sesat , Ldii itu tidak sesat, Ldii sesat,ajaran ldii sesat, apakah ajaran ldii sesat, ajaran ldii yang sesat, ajaran ldii sesat atau tidak, ajaran ldii sesat atau tidak, bukti ajaran ldii sesat, benarkah ajaran ldii sesat, tentang ajaran ldii sesat, ajaran ldii di anggap sesat,Bukti ldii tidak sesat, Bukti bahwah ldii tidak sesat , ldii tidak sesat, Bukti ldii aliran sesat, Bukti ldii itusesat,Mengapa ldii sesat, Mengapa ldii di anggap sesat, Mengapa ldii di katakan sesat, Mengapa ldii aliran sesat, Mengapa ldii itu sesat
LDII(LEMBAGA DAKWA ISLAM INDONESIA)
SETIAP HARI IDHUL ADHA DIADAKAN PENYEMBELIAN KURBAN SAPI DAN DI BAGI2KAN DI SETIAP DESA2
Bukti ldii tidak sesat, Bukti bahwah ldii tidak sesat , ldii tidak sesat, Bukti ldii aliran sesat, Bukti ldii itu sesat,Mengapa ldii sesat, Mengapa ldii di anggap sesat, Mengapa ldii di katakan sesat, Mengapa ldii aliran sesat, Mengapa ldii itu sesat, Mengapa ldii di bilang sesat, Mengapa ldii di sebut sesat, Mengapa ldii di nyatakan sesat, Mengapa ldii di sebut aliran sesat,Islam ldii sesat, Islam ldii sesat atau tidak, Islam ldii sesat atau tidak, Bukti Islam ldii sesat, Aliran i slam ldii sesat, Apakah Islam ldii sesat, Sesatkah islam ldii,Ldii sesat, Ldii sesat mui, Ldii sesat 2016, Ldii sesat 2015, Ldii sesat apa tidak, Ldii sesat tidak, Ldii sesat meyesatkan, Ldii sesat salaf, Ldii sesat muslim, Ldii sesat salafi,Ldii tidak sesat, Ldii tidak sesat karena, Ldii tidak sesat menyesatkan, Ldii tidak sesat salaf, Ldii tidak sesat muslim, Ldii sesat tidak mui, bukti Ldii tidak sesat , Ldii itu tidak sesat, Ldii sesat,ajaran ldii sesat, apakah ajaran ldii sesat, ajaran ldii yang sesat, ajaran ldii sesat atau tidak, ajaran ldii sesat atau tidak, bukti ajaran ldii sesat, benarkah ajaran ldii sesat, tentang ajaran ldii sesat, ajaran ldii di anggap sesat,
LDII (LEMBAGA DAKWA ISLAM INDONESIA )
MELATIH ANAK CABERAWIT UNTUK
LATIAN JADI HAFIDZ ATAU PENGHAFAL ALQUR.AN
- Estudo e mapeamento local para desenvolvimento de projeto gráfico (parceria com agência), identidade visual e materiais informativos;
- Apresentações para Grupos de Trabalho como suporte de propostas para Parcerias Público Privadas;
- Suporte na organização do evento de reabertura;
- Captação e organização de conteúdo jornalístico respectivo ao projeto.
Artur Filipe dos Santos - História do porto Porto de leixões - Universidade S...Artur Filipe dos Santos
Dos Santos, Artur Filipe (2014). “Manual de Hlistoria de Porto”. Porto: Edições Universidade Sénior Contemporânea, ISBN: 978-989-99005-0-9
http://artursantos.no.sapo.pt/
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http://edicoes-uscontemporanea.webnode.pt/
Excerto do livro "Os portos maritimos de Portugal e ilhas adjacentes", de Adolpho Loureiro, parte da obra dedicada ao Porto de Sines.
Volume IV, Imprensa Nacional, 1909. Páginas 89-113.
Obra na íntegra disponível em
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Nos séculos XIX e XX, a cidade do Cabo (Cape Town) marcou, de forma evidente, a mobilidade dos madeirenses, abrindo mais uma oportunidade de sair e de ganhar a vida, graças às estratégias coloniais dos impérios europeus. Na memória e história madeirenses, o dia da chegada dos chamados “Vapores do Cabo” era conhecido como o dia de “São Vapor”, desencadeando o interesse sobre a África do Sul.
Entender a forma como se operou esta mobilidade madeirense e inglesa na rota do Cabo é o que motiva a nossa atenção. Por força desta rota, que perdura no tempo, estabeleceu-se uma via aberta para o comércio e mobilidade de madeirenses que se servem, muitas vezes, de rotas indiretas para entrar na África do Sul, a partir da antiga colónia portuguesa de Moçambique ou, mesmo, recorrendo à mobilidade clandestina, muito por causa das limitações impostas à escolaridade. A emigração clandestina é aqui um dado significativo da mobilidade de muitos dos madeirenses para chegar à África do Sul.
O objectivo deste projecto consistia na construção de um canal que conduzisse o caudal do rio directamente para a embocadura da sua foz, abrindo assim uma barra artificial na zona conhecida por Bacia das Quatro Águas (onde fora originariamente a Barra de Tavira). Deste modo encurtavam-se percursos e evitavam-se os meandros em que se dispersava o leito natural do rio, condicionantes orográficas essas que, juntamente com as cheias de Inverno, facilitaram o progressivo assoreamento do Séqua ao longo de séculos, impedindo o acesso das embarcações mercantes de largo bojo e alta tonelagem ao porto comercial, situado muito próximo do actual Jardim Público.
Este pequeno artigo foi elaborado com base na descoberta de um antigo mapa elaborado pelos engenheiros reais, para em 1825 tratarem do desassoreamento do rio Séqua, que desde o séc. XVI impedia a acostagem de grandes navios ao porto comercial de Tavira. Essa foi, aliás, a principal causa da decadência desta cidade, até então uma das mais notáveis do Algarve.
O objectivo deste projecto consistia na construção de um canal que conduzisse o caudal do rio directamente para a embocadura da sua foz, abrindo assim uma barra artificial na zona conhecida por Bacia das Quatro Águas (onde fora originariamente a Barra de Tavira). Deste modo encurtavam-se percursos e evitavam-se os meandros em que se dispersava o leito natural do rio, condicionantes orográficas essas que, juntamente com as cheias de Inverno, facilitaram o progressivo assoreamento do Séqua ao longo de séculos, impedindo o acesso das embarcações mercantes de largo bojo e alta tonelagem ao porto comercial, situado muito próximo do actual Jardim Público.
Projecto de Encanamento da Barra de Tavira no Reino do Algarve em 1825José Mesquita
O objectivo deste projecto consistia na construção de um canal que conduzisse o caudal do rio directamente para a embocadura da sua foz, abrindo assim uma barra artificial na zona conhecida por Bacia das Quatro Águas (onde fora originariamente a Barra de Tavira). Deste modo encurtavam-se percursos e evitavam-se os meandros em que se dispersava o leito natural do rio, condicionantes orográficas essas que, juntamente com as cheias de Inverno, facilitaram o progressivo assoreamento do Séqua ao longo de séculos, impedindo o acesso das embarcações mercantes de largo bojo e alta tonelagem ao porto comercial, situado muito próximo do actual Jardim Público.
Os alunos de Área de Projecto, do 12º ano, da Escola Secundária Seomara da Costa Primo, na Amadora, Jorge Costa e António Valdez, foram convidados, pelo Professor da disciplina de Cidadania e Mundo Actual, António Gomes, a leccionar a introdução ao tema: \"Património Cultural\".
Esta apresentação foi usada nessa aula.
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental ILetras Mágicas
Sequência didática para trabalhar o gênero literário CORDEL, a sugestão traz o trabalho com verbos, mas pode ser adequado com base a sua realidade, retirar dos textos palavras que iniciam com R ou pintar as palavras dissílabas ...
proposta curricular para educação de jovens e adultos- Língua portuguesa- anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano). Planejamento de unidades letivas para professores da EJA da disciplina língua portuguesa- pode ser trabalhado nos dois segmentos - proposta para trabalhar com alunos da EJA com a disciplina língua portuguesa.Sugestão de proposta curricular da disciplina português para turmas de educação de jovens e adultos - ensino fundamental. A proposta curricular da EJa lingua portuguesa traz sugestões para professores dos anos finais (6º ao 9º ano), sabendo que essa modalidade deve ser trabalhada com metodologias diversificadas para que o aluno não desista de estudar.
proposta curricular da educação de jovens e adultos da disciplina geografia, para os anos finais do ensino fundamental. planejamento de unidades, plano de curso da EJA- GEografia
para o professor que trabalha com a educação de jovens e adultos- anos finais do ensino fundamental.
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Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e MateusMary Alvarenga
A música 'Tem Que Sorrir', da dupla sertaneja Jorge & Mateus, é um apelo à reflexão sobre a simplicidade e a importância dos sentimentos positivos na vida. A letra transmite uma mensagem de superação, esperança e otimismo. Ela destaca a importância de enfrentar as adversidades da vida com um sorriso no rosto, mesmo quando a jornada é difícil.
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e Mateus
Estradas da Madeira
1. ESTRADAS DA MADEIRA E AS
NOVAS VIAS DE COMUNICAÇÃO
IMPACTO PAISAGÍSTICO
Unidade Curricular: Mercados Turísticos
Docente: Dr.ª Luz Silva
Trabalho elaborado por:
Carlos Abreu
Ricardo Freitas
Ivo Gama
Junho 2009
2. 2
Introdução ----------------------------------------------------------------------------------------3
Desenvolvimento histórico --------------------------------------------------------------------3
Actualidade ------------------------------------------------------------------------------------ 11
Vantagem das acessibilidades --------------------------------------------------------------- 12
Impacto paisagístico -------------------------------------------------------------------------- 15
Madeira, o lado direito ------------------------------------------------------------------------ 17
Conclusão -------------------------------------------------------------------------------------- 24
Bibliografia ------------------------------------------------------------------------------------- 25
3. 3
Introdução
Hoje na Madeira demoramos menos de 1 hora para ir do Funchal a Santana ou ao
Porto Moniz.
Mas nem sempre foi assim, há menos de 20 anos as coisas eram bem diferentes.
Viajar por terra comodamente e com segurança foi o resultado de um processo longo,
difícil e por vezes heróico. O povo Madeirense improvisou e “inventou” caminhos
esculpidos em vales profundos e altas montanhas.
Neste trabalho pretendemos demonstrar um pouco da história do Homem
madeirense na conquista da sua mobilidade numa terra bela e trabalhosa, desde a
construção das primeiras estradas, inseguras, perigosas e de difícil transição, até à
construção da via rápida e via expresso. Abordaremos também, de que modo a
construção de todos estes acessos irão contribuir para o crescimento e desenvolvimento
do nosso principal sector de actividade e fonte de receitas, o Turismo.
Desenvolvimento Histórico
A construção e dinamização dos acessos solo madeirense, iniciou-se nos fins do
Sec. XIX e primórdios do Sec. XX. O facto de este ser muito acidentado obstou durante
mais de quatro séculos a construção duma rede de estradas que servisse habitantes e
forasteiros. Separadas por montanhas, rochas de difícil acesso, profundos desfiladeiros
ou ribeiras de grande caudal, as populações comunicavam-se e reuniam-se só em
determinadas épocas do ano por motivos políticos ou religiosos ou seja, viviam quase
no isolamento total.
A maior parte das estradas eram carreiros de pé-posto, e as que tinham o nome de
nacionais não passavam de veredas praticadas no solo, de piso difícil, à beira de
abismos, esculpidas em montanhas tornando-se incómodas e perigosas para os
viandantes. O trânsito era feito a pé, a cavalo ou em rede sendo raro ou mesmo
impossível outro meio de transporte. Deparado com este cenário, o Governador Civil
José Silvestre Ribeiro, em ofício de 28 de Setembro de 1850, dizia ao Ministério do
Reino que considerava a Madeira uma ilha sem estradas.
Em 1815 a Junta de Agricultura do Arquipélago, com o objectivo de animar o
lavrador, menorizar a dependência do comerciante estrangeiro, fornecedor de tudo o
que era necessário e facilitar o comércio interno da ilha, que até à data era feito
4. 4
maioritariamente por um sistema de cabotagem, apresentou ao Rei o projecto para uma
estrada geral para Leste e para Oeste com ramificações de Norte a Sul, planificado pelo
Bacharel José Maria da Fonseca, seu Inspector.
Cabotagem
Deu-se início a essa via pública em Junho do mesmo ano, sendo a estrada que saía
do Funchal pelo Ribeiro Seco de Cima, Avista - Navios, Quebradas, chegava Câmara de
Lobos pelo Sítio da Torre, descia à Vila e aí bifurcava para o Estreito e Quinta Grande,
seguindo para Oeste e Norte.
Em meados do Sec XIX dá-se o grande arranque para a melhoria dos acessos por
toda a ilha pois não só repararam e melhoraram as estradas e caminhos existentes, como
também se confluíram outras:
A Estrada Monumental, do Funchal para Câmara de Lobos; do Porto do Moniz
para a Ribeira da Janela; do Seixal para S. Vicente; das Terças (Santa Cruz) para o
Santo da Serra; da Ponta do Sol para a Madalena do Mar e da Ladeira de Santana para o
Calhau de S. Jorge; abertura dos caminhos da
Ribeira Brava para a Serra de Água, na margem direita da ribeira, e o do Palheiro
Ferreiro para a Camacha. Também ordenaram melhoramentos nas pontes de todas as
5. 5
freguesias, sendo exemplo disso as da Estrada Monumental e respectivos pontões, as do
Ribeiro Frio, Ribeira do Inferno e Fajã da Murta; construíram a da Ribeira de S. João.
Estrada entre S. Vicente e o Seixal
Outra obra de grande importância para a Madeira e sua administração oficial, pela
complexidade sua arquitectura, relativamente à época e disponibilidades financeiras, a
que está ligado o nome e prestígio de J. Silvestre Ribeiro, é a conclusão da Ponte dos
Socorridos, sobre a Ribeira com este mesmo nome. Foi de sua iniciativa construção do
último arco na margem direita, de todos o mais difícil devido à violência do curso de
água, que estava por acabar desde 1790, concluindo-se somente a 10 de Novembro de
1851, «vencendo-se com a construção de tal Ponte a maior dificuldade que apresentava
a execução da estrada nova para Câmara de Lobos pela beira-mar». Esta via ainda hoje
é conhecida pelo nome de Estrada Monumental, não só por respeito a memória de Luís
Mousinho de Albuquerque pela dificuldade na conclusão da ponte do Ribeiro Seco, mas
também por toda a sua grandiosidade sendo a maior estrada construída até 1901.
6. 6
Câmara de Lobos
No entanto e apesar de todos os esforços as estradas da Madeira continuavam de
um modo geral a ser primitivas tendo como exemplo a estrada que ligava a costa Norte
à costa Sul da ilha entre a Ribeira Brava e S. Vicente. Esta, no troço Serra de Água
Encumeada, mais parecia um carreiro de gado escavado nas montanhas e aberto pelas
enxurradas por entre matagal, silvado e giesta, assim se subia a Boca da Encumeada e
descia para S. Vicente.
Só a partir de 1901, com a atribuição de alguma Autonomia Administrativa ao
Distrito do Funchal, se abriram mais estradas como a Monumental. O Visconde da
Ribeira Brava (Francisco Correia de Herédia), que presidia a Junta Agrícola, mandou
elaborar conjuntamente com a Junta Geral, um grandioso plano de estradas, obra
visionária e futurista, apercebendo-se das grandes potencialidades turísticas da ilha.
7. 7
Estrada da Pontinha
As principais vias de comunicação e turismo construídas, durante os últimos 50
anos, identificam-se parcialmente ao plano rodoviário traçado pelo Visconde da Ribeira
Brava e estudado tecnicamente por Francisco António Soares Júnior.
Vereda entre a Encumeada e o Lombo do Mouro, plano turístico do Visconde da Ribeira Brava.
Estudo de 1914
8. 8
“Algumas veredas de estudo estão abertas em rochas, quase a prumo» como a do
projectado troço da Estrada de Oeste, entre a Encumeada e o Lombo do Mouro, obras
feitas como as de todos os tempos e da mesma natureza na Madeira, a custa de muito
dinheiro, força de vontade, sacrifícios e dedicações de funcionários e trabalhadores.
Estes, como muitos outros, desprendidos, corajosos e heróicos, suspensos “por grossos
calabres em trapézios com um abismo de 500m aos pés, faziam perfurações que deviam
ser dinamitadas”.
Entre 1913 e 1918, inauguraram activamente os primeiros trabalhos constantes de
terraplanagens das estradas nacionais de Câmara de Lobos-Ribeira Brava-S. Vicente e
do Funchal a Machico, para a notável obra de viação moderna que desfrutamos e cuja
rede continua a completar-se com iniciativas e empreendimentos ainda mais arrojados,
progressivos e eficientes.
Seleccionados estrategicamente os pontos de atracção turística, a Junta Agrícola,
em colaboração com a Junta Geral, abriram mais duas estradas tendo em conta as
necessidades da população e prevendo uma maior afluência turística, uma por Leste e
outra por Oeste, que abraçando assim toda a ilha e facultando aos nossos hóspedes e
forasteiros a visita a belezas naturais tão que podem «competir com as melhores do
mundo» e são rivais das paisagens Suíças. Porque, sem vias de rodagem acelerada, era
inacessível «O que há de mais belo, a não ser com risco da vida e por preços fabulosos».
Estrada S. Vicente, Porto Moniz
9. 9
Passeio de rede
Até à data o único transporte para esses sítios era a rede, mas para esta eram
necessários quatro homens, dois de serviço e um de folga, além dum carregador de
alimentos para todos. Esta despesa poderia chegar aos oito escudos diários, recuando
cerca de setenta anos, esta importância que se tornava incomportável. Além disso a
rede, em algumas estradas do litoral e do interior da ilha, nomeadamente nas da Ribeira
da Janela para o Seixal, desta freguesia para S. Vicente, das Queimadas para o Pico
Ruivo e noutras, pecava pela falta de segurança dos seus ocupantes em certas partes do
trajecto.
10. 10
Porto Moniz
Era frequente, nas curvas mais apertadas dos caminhos mais estreitos, ficar
inteiramente suspensa sobre abismos cavados nos vales ou sobre o mar. Por isso “era
indispensável sair desta situação vergonhosa e inutilizadora”, rasgando estradas e
ramais que conduziam aos pontos de vista mais recomendáveis e aliciantes.
Datas de referência:
1913 – Data em que se inicia o transporte colectivo de passageiros
1920 – Ano que chegou pela 1ª vez uma moto ao Poiso, uma Indian de 2,5 cv tendo que
ser puxada à mão em parte do percurso
1923 – Anuncia-se um transporte para a Encumeada com partida do Funchal às 06:00h
da madrugada
11. 11
Fevereiro de 1935 – Data em que chega pela 1º vez ao Porto da Cruz uma “abelhinha”
nome que eram carinhosamente apelidados os automóveis
1987 – Criação da empresa de transportes públicos Horários do Funchal.
Actualidade
Em meados da década de 80 do século passado dá-se a grande revolução nas vias
de comunicação da madeira, a obra mais significativa para o desenvolvimento turístico
e não só. A via que marca a mudança tem apenas 2 Km e é o princípio do que virá a ser
a via rápida. Inaugurada em 1986 e ligando a rotunda de D. Francisco Santana a S.
Martinho, nomeada a Estrada Da Liberdade.
Via Rápida
Em 2005 a rede viária está dividida em 2 grupos: A rede regional principal com
320 Km e rede regional complementar com 304 Km. A primeira rede é constituída por
nove estradas, sendo a mais emblemática a estrada regional 101 que percorre a ilha em
todo o seu litoral. Estas estradas são objecto de uma classificação funcional, em vias
rápidas, vias expresso e vias regulares.
A via rápida liga a Ribeira Brava ao Caniçal. Possui serviços de vigilância, de
controlo e apoio a tráfego 24h por dia. Circulam pela via rápida média cerca de 28.000
viaturas diariamente sendo nalguns troços esse número na ordem dos 60.000 carros.
12. 12
Via Rápida
Existem cerca de 8 vias expresso com duas faixas de rodagem pelo menos, bermas
pavimentadas e acessos condicionados. As outras estradas da via principal são
classificadas como vias regulares.
Via Rápida e Via Expresso
Quanto á rede regional complementar é constituída por 38 novas estradas e 12
antigas, actualmente restauradas, que constituíam a antiga estrada nacional 101 mais a
antiga estrada para o Curral das Freiras tendo como objectivo a ligação entre estradas
regionais principais e os núcleos populacionais mais importantes.
Durante os últimos anos a Madeira voltou a assistir às inaugurações de estradas
coroando uma política de desenvolvimento, que possibilitou uma alteração radical na
maneira de viver na região, bem como quem nos visita.
Hoje, a qualidade das vias terrestres serve não só os naturais com os seus
transportes privados, bem como os forasteiros quer em transportes colectivos ou de
aluguer. Novas e funcionais, estas estradas aproximam uma infinidade de produtos bens
e serviços.
Vantagem das acessibilidades
Podemos então afirmar que se as estradas aproximaram as várias localidades da
ilha da Madeira, também são em parte responsáveis pelo desenvolvimento das mesmas.
13. 13
Reparamos então, coincidência ou não, que nos anos que se seguiram à construção das
vias rápidas e vias expresso, houve efectivamente uma aposta por parte do sector
público e privado em inúmeras freguesias outrora um pouco esquecidas.
Calheta
Salientamos algumas das estruturas e infra – estruturas que foram criadas
principalmente no final do sec. passado e principio presente sec:
- Construção de vários centros culturais e de congressos, centros de saúde com serviços
de urgência permanentes, rede de saneamento básico com estações de tratamento de
águas residuais, bibliotecas municipais, parques públicos, parques industriais, mercados
abastecedores de produtos agrícolas, reservas naturais, serviços sócias, piscinas públicas
e jardins públicos.
15. 15
Porto Moniz
A partir desta altura tornou-se óbvia a importância da criação de unidades
hoteleiras e criaram-se condições para apostar em novas tipologias turísticas (turismo
rural, ecoturismo, turismo de montanha, desporto e aventura entre outros).
Com toda esta conjuntura, reuniram-se então vários elementos para haver uma
maior afluência turística para a região. Esta afluência para além de ser em maior número
expandiu-se pelas várias localidades da ilha, contrariando assim uma anterior
centralização na cidade do Funchal.
Impacto paisagístico
Tal como podemos verificar nas imagens é inegável que estes monstros de betão
desvirtuam em algumas zonas a beleza natural da nossa ilha, beleza essa, que por vezes
teve de ser “sacrificada” por algo considerado essencial ao crescimento e
desenvolvimento.
16. 16
Via Rápida
Temos de reconhecer que sem estas estradas com certeza que haveriam alguns
projectos que foram levados a cabo que deixariam de fazer sentido sendo a distância e a
viabilidade económica alguns dos obstáculos que podemos assinalar. Neste sentido
achamos que prevaleceu a senda do desenvolvimento social, económico e turístico.
Com as novas e melhoradas acessibilidades passou a valer a pena o investimento
público e de iniciativa privada em locais outrora impensáveis devido à grande
probabilidade de insucesso.
Centro das artes – Casa das Mudas Praia artificialm da Calheta
17. 17
Museu da Baleia - Caniçal Aquário da Madeira – Porto Moniz
Estalagem da Ponta do Sol Hotel da Ponta delgada
Com o objectivo de exemplificar de um modo mais prático o modo como as
acessibilidades vieram facilitar a estadia dos turistas e o dia a dia dos residentes,
observe-se o conteúdo de um blog de um turista.
T E R Ç A - F E I R A , O U T U B R O 2 8 , 2 0 0 8
Madeira, o lado direito
18. 18
O dia despertou cedinho e lá nos metemos naquele foguete que é o Ford Fiesta. A
primeira paragem foi num miradouro todo arranjadinho no Livramento. A vista para o
Funchal é novamente incrível. Dali subimos para um dos locais que mais aparece nos
postais da Madeira: o Monte (550m de altitude) e a sua igreja de Nossa Sra. do Monte.
É aqui que podemos ir à "boleia" nuns cestos que deslizam pelas estradas.
Aparentemente a descida é de 2km até ao Livramento e como não sabíamos
exactamente se tínhamos que voltar a pé (e subir 2km de rampas), deixámos essa
aventura para uma próxima visita ao Funchal. Dali embrenhámo-nos na serra e penso
que esta cascata era perto de Terreiro da Luta (876m de altitude). O tempo para ali
também tinha mudado significativamente, era Inverno e o nevoeiro estava cerradíssimo!
O tempo foi piorando com a altitude e quando chegámos ao Ribeiro Frio (880m)
estávamos a bater o dente! De notar que as fotografias parecem de locais desertos
porque foram tiradas depois de uma chuvada incrível que espantou os "camones" todos.
Ali é também o ponto de partida para uma levada. Começámos a descer até ao Fortim
do Faial e a temperatura subiu inevitavelmente.
19. 19
Nesta fotografia aparece o Faial (penso sempre nos Açores!) e o monte que lhe dá
uma paisagem incrível penso que seja onde se encontra o miradouro Penha da Águia.
Retomámos o nosso caminho para Santana e vi pela primeira vez a flor do Natal sem ser
num vaso.
Finalmente Santana e as suas casas típicas! Estas duas com o jardinzinho estão
perto da Câmara Municipal. Almoçámos por aqueles lados e tivemos a surpresa de ver
uma família de franceses encharcados dos pés à cabeça em t-shirt e pergunto-me por
onde é que aquelas almas andaram! Nessa altura decidimos que, apesar de parecer que
ia chover, íamos tentar fazer qualquer coisa da Levada do Caldeirão Verde, sendo
assim, o destino apontava para as Queimadas.
Mesmo assim, demorámos algum tempo ainda em Santana a apreciar as casas
típicas (reparem nas miniaturas à entrada desta!) e fomos até à costa admirar o Ilhéu da
Rocha do Navio e o seu periclitante teleférico, além de uma cascata que mudava de
curso conforme o vento.
20. 20
Lá nos enchemos de coragem e dirigimos o Ford Fiesta para Queimadas que está a
900m de altitude e cujo acesso é uma estrada que mais parece uma rampa. Como a
subida foi demorada, tivemos muito tempo para admirar a paisagem: árvores,
tonalidades laranjas típicas do Outono (fotografia do Elmano) e claro, cascatas.
Eventualmente lá chegámos ao parque de merendas das Queimadas. Esta casita para os
patos é o máximo.
Lá começámos a percorrer a levada do Caldeirão Verde (levada é o nome que dão
a canais de irrigação na Madeira). Qualquer um de nós recomenda vivamente que
percorram pelo menos uma se puderem! As vistas são sempre verdejantes, cai água de
todo o lado e também podemos ver o oceano de algumas perspectivas, além de árvores
estranhas (fotografia do Elmano)
21. 21
Chegámos à nossa primeira grande barreira: uma cascata em que era preciso
atravessar de pedra em pedra para chegar ao outro lado (a fotografia acima é novamente
do Elmano). Eu não decidi nada, mas eles atravessaram na mesma por isso tive que
segui-los! Desconfio que foi aqui que os meus ténis descolaram... he he Mais escadas,
menos escadas, mais duche, menos duche lá chegámos a uma cascata simplesmente
magnífica!
Posso afirmar que isto mete respeito. A água cai bem alto e faz um estrondo
incrível no chão, já para não falar da quantidade de vapor de água que rodeava a zona.
22. 22
Foi aqui que decidimos voltar para trás antes que caísse a noite e ficássemos ali no
meio do nada. Estamos tão embrenhados na serra que mesmo quando espreitamos para
algum lado temos noção que somos invisíveis. Ao fim de 2h e meia de aventura,
chegámos novamente ao carro que estava solitário no parque. Descer dali foi um
instante (a descer todos os santos ajudam!).
A próxima paragem foi o miradouro do Pico do Facho. Dali podemos ver o
Machico e a pista do aeroporto. Depois de uma paragem no Fórum Madeira para
comprar ténis (e meias!), resolvemos repetir a proeza e voltar a interrogar o mesmo
taxista em Câmara de Lobos. Decorem isto: a 6km da praça de Câmara de Lobos, no
sentido inverso ao Funchal, encontra-se o restaurante "Santo António" no Estreito de
Câmara de Lobos. É a melhor espetada que vão comer na vossa vida e peçam o
acompanhamento todo que inclui pão do caco com manteiga de alho e milho frito, além
dos típicos batatas e salada. É simplesmente divinal!
23. 23
Dali resolvemos passear até ao Cabo Girão para tirar umas fotografias ao Funchal.
Após uma observação ao blog deste turista, podemos afirmar com alguma certeza
que este programa de um dia de férias, num passado muito próximo, daria para uns dois
ou três dias.
24. 24
Conclusão
Vivendo numa sociedade global em que o comodismo e o conforto são
prioritários, longe vai o tempo em que os nossos turistas, para percorrerem uma levada
ou simplesmente visitarem uma freguesia situada na costa norte demoravam quase um
dia por estradas inseguras assustadoras e muito desconfortáveis
De acordo com a documentação analisada, concluímos que em nossa opinião, não
encontrando factos que comprovem directamente a relação do aumento turístico com o
melhoramento e aumento das acessibilidades na Ilha da Madeira, não podemos deixar
de frisar que após o aparecimento das vias rápidas, vias expresso e remodelação de
algumas estradas antigas, deparamo-nos com um incremento de afluência turística na
Ilha. Verificamos também que esses turistas não procuram somente os nossos maiores
cartazes turísticos (Sol e Mar, Fim de Ano, Carnaval, Festa da Flor) centralizados no
Funchal, mas também outros produtos, como por exemplo, turismo cultural, turismo
rural, turismo desporto e aventura, etc., encontrando-os por toda a parte da Região
Autónoma da Madeira. Devemos afirmar que para a construção de estruturas e infra-
estruturas deverá ser feito um planeamento e elaborada uma estratégia muito cuidada de
modo a atingir um equilíbrio do ponto de vista ambiental e paisagístico.