Artigo biobibliográfico sobre a obra literária deste poeta algarvio, falecido em 1989, e infelizmente já praticamente esquecido pelos seus comprovincianos. Consegui recentemente que a Câmara Municipal de Faro lhe atribuísse a designação de uma rua.
Este pequeno artigo é uma espécie de última homenagem à sua memória.
Calou-se para sempre a voz da eloquência algarvia, o verbo da mediação cívica e da desinteressada ação política, que tudo fez para engrandecer a sua pátria natal. Foi um cidadão exemplar, humilde e desprovido de vaidades, que soube granjear o respeito dos seus conterrâneos e admiração pelos seus colegas e alunos. Acima de tudo foi um homem íntegro, desprendido de interesses, com um forte caráter e de princípios éticos que serviram de exemplo a todos os que o conheceram ou com ele conviveram. Como humanista e homem de cultura, deixou uma vincada imagem de erudição, atestada na vasta obra legada em livro, mas também nas conferências que pronunciou e nos congressos e colóquios, nacionais e internacionais, em que participou. Deixou-nos na memória a recordação do académico competente e do historiador proficiente, do jurista impoluto e do editor mecenas. Mas também guardamos dele o acrisolado amor regionalista e a convicção algarviísta que a todos compete imitar
As primicias jornalísticas de mestre Aquilino Ribeiro no AlgarveJosé Mesquita
Poucos saberão certamente que o escritor Aquilino Ribeiro fez as suas primícias de publicista emérito no Algarve, mais precisamente na vila de Olhão, tendo escolhido para palco da sua estreia jornalística o semanário «O Cruzeiro do Sul», fundado e dirigido por José Marques Corpas Centeno, dedicado secretário da edilidade local e notável publicista. Trata-se de um pormenor biográfico, frequentemente descurado, que à primeira vista poderá parecer irrelevante mas que, no fundo, assume particular interesse para o roteiro literário e estilístico do autor do Malhadinhas. Por outro lado, constitui um elemento de insofismável orgulho para a História da Imprensa Algarvia, que de forma alguma se poderá desdenhar, sob pena de incorrermos num verdadeiro atentado à memória daquele que muito justamente se considera como o maior romancista português do século XX.
Fonseca domingos, erudito poeta do povoJosé Mesquita
1) O documento presta homenagem ao poeta José Maria Fonseca Domingos, descrevendo sua personalidade e obra literária.
2) Fonseca Domingos era um poeta autodidata, progressista e admirador de movimentos libertadores. Ele possuía uma memória prodigiosa e conhecia bem a literatura e cultura portuguesa e mundial.
3) O documento também descreve as tertúlias literárias nas quais Fonseca Domingos participava, onde discutia ideias e criticava o consumismo, apesar de ser um fumador inveter
Silvio Pellico, ao longo da sua penosa existência, metamorfoseou a sua personalidade política em diferentes opções e sucessivas etapas, hesitando sempre no caminho a escolher. Por isso, começou por ser um fervoroso nacionalista, passou ligeiramente pelas fileiras clandestinas da carbonária, apodreceu durante dez anos nas masmorras austríacas e acabou por se converter definitivamente à causa religiosa, regressando à paz católica em que nascera.
Este último gesto, talvez o de um desiludido, fará de Silvio Pellico uma espécie de desilusão pública do revolucionarismo político, o que lhe granjeará sérios dissabores, entre os quais o escárnio da traição. Para a maioria dos nacionalistas italianos, As Minhas Prisões de Silvio Pellico, são um “bluff”, espécie de literatura de seminário, que ninguém aproveita a não ser os inimigos da própria Itália. Por conseguinte, Silvio Pellico é um traidor à causa independentista italiana, um reles pacifista a quem não cabem as honras de perfilar ao lado de Garibaldi, de Cavour ou de Mazzini.
1. O documento discute o pioneirismo de Ataíde Oliveira no monografismo algarvio, produzindo estudos detalhados sobre vários concelhos da região.
2. Explica que as monografias surgiram como forma de conhecer melhor a realidade local e regional, analisando aspectos históricos, culturais e econômicos.
3. Aponta que o espírito regionalista esteve na origem de muitas monografias, especialmente em regiões periféricas, como forma de dar visibilidade a essas localidades.
Personalidade relevante, com um carácter antidinástico a todos os títulos notável, Manuel de Arriaga procurou esforçadamente, logo após o 5 de Outubro de 1910, a conciliação de todos os portugueses com o novo regime acabado de implantar. A República era encarada, na época, como a «cura de todos os males de que enfermava a Nação», e esse era o ideal, e a esperança, do velho tribuno republicano. «Tendo passado toda a vida a procurar a República foi procurado por ela para seu Procurador», no Verão de 1911, sendo então eleito como primeiro Presidente da República Portuguesa. Era a justa homenagem prestada ao mais ancião dos republicanos. Todavia, a incompreensão dos políticos e o clima de desordem partidária, que se fez sentir com o desmembramento do Partido Republicano Português (PRP), ditaram o seu afastamento da presidência da Nação, depois de ter sido considerado traidor e fora-da-lei por destacados vultos da vida política nacional.
Este documento descreve como a cidade de Faro apoiou e deu cobertura ao movimento futurista liderado por Fernando Pessoa, Mário Sá-Carneiro e Almada Negreiros no início do século XX. O semanário "O Heraldo", dirigido pelo pintor Lyster Franco, publicou colaborações destes futuristas e ajudou a divulgar o movimento na região. O último sobrevivente deste movimento futurista português foi o próprio Lyster Franco.
Na vida de Florbela Espanca existem muitos pontos obscuros (ou menos esclarecidos), que apenas se afloraram sem, contudo, se ousar penetrar no âmago ou na essência das razões que os originaram. A permanência da poetisa em terras do Algarve é um dos trajectos biográficos mais ignorados pelos investigadores, ensaístas e historiadores da nossa cultura. Talvez o facto dessa estadia ter sido curta, transitória e efémera, explique o pouco interesse da investigação. De igual modo se admite que sendo o Algarve uma região predestinada para o turismo tenha levado os estudiosos a supôr que Florbela demandou estas paragens apenas por motivos de lazer. Mas também há quem por falso pudor, imaculando a figura literária de Florbela, procure ignorar essa presença, sabendo de antemão que ela se ficou a dever ao definitivo encerramento das suas naturais expectativas de mulher-mãe.
Calou-se para sempre a voz da eloquência algarvia, o verbo da mediação cívica e da desinteressada ação política, que tudo fez para engrandecer a sua pátria natal. Foi um cidadão exemplar, humilde e desprovido de vaidades, que soube granjear o respeito dos seus conterrâneos e admiração pelos seus colegas e alunos. Acima de tudo foi um homem íntegro, desprendido de interesses, com um forte caráter e de princípios éticos que serviram de exemplo a todos os que o conheceram ou com ele conviveram. Como humanista e homem de cultura, deixou uma vincada imagem de erudição, atestada na vasta obra legada em livro, mas também nas conferências que pronunciou e nos congressos e colóquios, nacionais e internacionais, em que participou. Deixou-nos na memória a recordação do académico competente e do historiador proficiente, do jurista impoluto e do editor mecenas. Mas também guardamos dele o acrisolado amor regionalista e a convicção algarviísta que a todos compete imitar
As primicias jornalísticas de mestre Aquilino Ribeiro no AlgarveJosé Mesquita
Poucos saberão certamente que o escritor Aquilino Ribeiro fez as suas primícias de publicista emérito no Algarve, mais precisamente na vila de Olhão, tendo escolhido para palco da sua estreia jornalística o semanário «O Cruzeiro do Sul», fundado e dirigido por José Marques Corpas Centeno, dedicado secretário da edilidade local e notável publicista. Trata-se de um pormenor biográfico, frequentemente descurado, que à primeira vista poderá parecer irrelevante mas que, no fundo, assume particular interesse para o roteiro literário e estilístico do autor do Malhadinhas. Por outro lado, constitui um elemento de insofismável orgulho para a História da Imprensa Algarvia, que de forma alguma se poderá desdenhar, sob pena de incorrermos num verdadeiro atentado à memória daquele que muito justamente se considera como o maior romancista português do século XX.
Fonseca domingos, erudito poeta do povoJosé Mesquita
1) O documento presta homenagem ao poeta José Maria Fonseca Domingos, descrevendo sua personalidade e obra literária.
2) Fonseca Domingos era um poeta autodidata, progressista e admirador de movimentos libertadores. Ele possuía uma memória prodigiosa e conhecia bem a literatura e cultura portuguesa e mundial.
3) O documento também descreve as tertúlias literárias nas quais Fonseca Domingos participava, onde discutia ideias e criticava o consumismo, apesar de ser um fumador inveter
Silvio Pellico, ao longo da sua penosa existência, metamorfoseou a sua personalidade política em diferentes opções e sucessivas etapas, hesitando sempre no caminho a escolher. Por isso, começou por ser um fervoroso nacionalista, passou ligeiramente pelas fileiras clandestinas da carbonária, apodreceu durante dez anos nas masmorras austríacas e acabou por se converter definitivamente à causa religiosa, regressando à paz católica em que nascera.
Este último gesto, talvez o de um desiludido, fará de Silvio Pellico uma espécie de desilusão pública do revolucionarismo político, o que lhe granjeará sérios dissabores, entre os quais o escárnio da traição. Para a maioria dos nacionalistas italianos, As Minhas Prisões de Silvio Pellico, são um “bluff”, espécie de literatura de seminário, que ninguém aproveita a não ser os inimigos da própria Itália. Por conseguinte, Silvio Pellico é um traidor à causa independentista italiana, um reles pacifista a quem não cabem as honras de perfilar ao lado de Garibaldi, de Cavour ou de Mazzini.
1. O documento discute o pioneirismo de Ataíde Oliveira no monografismo algarvio, produzindo estudos detalhados sobre vários concelhos da região.
2. Explica que as monografias surgiram como forma de conhecer melhor a realidade local e regional, analisando aspectos históricos, culturais e econômicos.
3. Aponta que o espírito regionalista esteve na origem de muitas monografias, especialmente em regiões periféricas, como forma de dar visibilidade a essas localidades.
Personalidade relevante, com um carácter antidinástico a todos os títulos notável, Manuel de Arriaga procurou esforçadamente, logo após o 5 de Outubro de 1910, a conciliação de todos os portugueses com o novo regime acabado de implantar. A República era encarada, na época, como a «cura de todos os males de que enfermava a Nação», e esse era o ideal, e a esperança, do velho tribuno republicano. «Tendo passado toda a vida a procurar a República foi procurado por ela para seu Procurador», no Verão de 1911, sendo então eleito como primeiro Presidente da República Portuguesa. Era a justa homenagem prestada ao mais ancião dos republicanos. Todavia, a incompreensão dos políticos e o clima de desordem partidária, que se fez sentir com o desmembramento do Partido Republicano Português (PRP), ditaram o seu afastamento da presidência da Nação, depois de ter sido considerado traidor e fora-da-lei por destacados vultos da vida política nacional.
Este documento descreve como a cidade de Faro apoiou e deu cobertura ao movimento futurista liderado por Fernando Pessoa, Mário Sá-Carneiro e Almada Negreiros no início do século XX. O semanário "O Heraldo", dirigido pelo pintor Lyster Franco, publicou colaborações destes futuristas e ajudou a divulgar o movimento na região. O último sobrevivente deste movimento futurista português foi o próprio Lyster Franco.
Na vida de Florbela Espanca existem muitos pontos obscuros (ou menos esclarecidos), que apenas se afloraram sem, contudo, se ousar penetrar no âmago ou na essência das razões que os originaram. A permanência da poetisa em terras do Algarve é um dos trajectos biográficos mais ignorados pelos investigadores, ensaístas e historiadores da nossa cultura. Talvez o facto dessa estadia ter sido curta, transitória e efémera, explique o pouco interesse da investigação. De igual modo se admite que sendo o Algarve uma região predestinada para o turismo tenha levado os estudiosos a supôr que Florbela demandou estas paragens apenas por motivos de lazer. Mas também há quem por falso pudor, imaculando a figura literária de Florbela, procure ignorar essa presença, sabendo de antemão que ela se ficou a dever ao definitivo encerramento das suas naturais expectativas de mulher-mãe.
«Chronica do Algarve» terá sido o primeiro jornal algarvio?José Mesquita
O documento discute o primeiro jornal publicado no Algarve, chamado "Chronica do Algarve", e data a sua publicação em 15 de Julho de 1833. No entanto, o autor argumenta que este não deve ser considerado o primeiro jornal da região, exibindo como prova o único exemplar conhecido, que na verdade é apenas um prospecto. O autor aponta "O Popular Jornal do Algarve", publicado em 1847, como o primeiro jornal verdadeiro da região.
Cenótáfio do bispo D. António Pereira da Silva na Sé de FaroJosé Mesquita
Trata-se de um breve apontamento sobre o significado histórico do Cenotáfio, enquanto túmulo simbólico ou memorial em homenagem aos heróis caídos em defesa da pátria, da religião, da liberdade ou de supremos ideais humanitários.
Salazar e Duarte Pacheco não ouviam a mesma músicaJosé Mesquita
Apesar de Salazar ser um ultraconservador, antidemocrata e antipartidário, de espírito rural, atreito a modernismos e inovações reformistas, teve no seio do seu primeiro governo uma figura de marcante iniciativa, contagiante ativismo, destacado empreendedorismo e de fulgurante reputação, que foi o Eng.º Duarte Pacheco. Não foi um convicto partidário do corporativismo salazarista, ate porque nas manifestações oficiais e públicas, em que intervinha, não fazia a saudação fascista nem evidenciava o júbilo esfuziante, quase fanático, dos outros ministros e acólitos do «Estado Novo». Inclino-me a aceitar que Duarte Pacheco nunca foi um fascista, na verdadeira asserção do termo, mas já não tenha duvidas quanto as suas convicções nacionalistas.
O Pré-Modernismo no Brasil foi um período de transição entre 1902-1922 onde ideias conservadoras e renovadoras coexistiram. Autores emergiram com estilos distintos mas um foco comum na realidade brasileira e ruptura com o passado.
O documento discute a representação do caboclo brasileiro na obra Urupês de Monteiro Lobato. Lobato caracteriza o caboclo, aqui representado pelo "Jeca Tatu", como preguiçoso, atrasado e incapaz de evolução social devido à sua mistura racial, em contraste com a riqueza da natureza brasileira. No entanto, em outra obra Lobato reconhece que a situação precária do camponês se deve mais à estrutura econômica do país do que às características raciais.
Trabalho de investigação sobre a preservação das terras de degredo mais de um século depois de terem sido extintos os Coutos de homiziados em Portugal. O Algarve, e nomeadamente a vila de Castro Marim, foi uma das primeiras regiões de Portugal a receber cartas de Couto para obstar ao fenómeno socioeconómico do ermamento demográfico.
O documento analisa a música "Admirável Gado Novo" de Zé Ramalho e como ela se relaciona com o pré-modernismo brasileiro. A música critica a vida do sertanejo de forma realista em vez de choramingada e também critica o governo e o Brasil, assim como os autores pré-modernistas. Apesar de ter estilo próprio, a música compartilha com o pré-modernismo a crítica social e o regionalismo.
O trecho extraído do romance Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, descreve a desilusão do personagem com suas iniciativas patrióticas ao longo da vida. Policarpo Quaresma dedicou-se a estudar a história, geografia e cultura brasileiras por patriotismo, mas suas tentativas de agricultura e de divulgar o folclore indígena resultaram em decepções que o levaram à loucura, fazendo-o perceber que a pátria idealizada em seu imaginário era na verdade um mit
O Remexido E A Resist+¬ncia Miguelista No AlgarveJoão Marinho
O documento discute a figura histórica de José Joaquim de Sousa Reis, conhecido como "Remexido", um guerrilheiro miguelista que resistiu à implantação do liberalismo no Algarve após 1834. Primeiro, distingue guerrilheiros de bandidos sociais e analisa como o Remexido se encaixa na categoria de guerrilheiro. Segundo, reflete sobre as origens e formação do Remexido para entender como isso influenciou seu caráter ideológico como defensor do Antigo Regime
O documento descreve o período Pré-Modernista no Brasil entre 1902-1922, apresentando seus principais autores e características. Resume-se: (1) Foi um período de transição marcado por rupturas com o passado e literatura de denúncia; (2) Autores como Euclides da Cunha, Graça Aranha e Lima Barreto retrataram problemas sociais do país; (3) A literatura pré-modernista abordou temas como a realidade rural e urbana brasileira.
O documento descreve o período Pré-Modernista no Brasil e na Europa, caracterizado por movimentos literários e artísticos de transição e inquietação em resposta aos problemas sociais da época. Movimentos como Cubismo, Futurismo e Expressionismo refletiam estas inquietações. A Semana de 22 marcou o início do Modernismo no Brasil.
O documento apresenta um resumo do período literário Pré-Modernismo no Brasil em 3 frases:
1) O Pré-Modernismo marcou a transição entre o Simbolismo e o Modernismo no início do século XX, caracterizando-se por obras entre 1902 e 1922 que misturavam estilos como o Realismo e o Parnasianismo.
2) Nesse período, autores como Euclides da Cunha, Graça Aranha, Lima Barreto e Monteiro Lobato produziram obras que denunciaram a realidade social brasile
Subsídios para a História Eclesiástica do Algarve - Os Bispos de SilvesJosé Mesquita
Este Catálogo mais não é do que uma breve relação dos Bispos da Sé de Silves; mas cumpre acrescentar que o seu primordial interesse reside na comprovação documental da existência da conhecida contenda entre o rei de Castela e D. Afonso III respeitante à nomeação dos prelados silvenses, assim como a presença das suas assinaturas em vários diplomas de escrituras, doações e mercês, cuja citação constitui uma fonte de indesmentível importância para o estudo da História Eclesiástica do Algarve. Por outro lado, apercebi-me de que a maioria dos documentos aí referidos pertence ao Arquivo do Mosteiro de S. Cruz de Coimbra e ao Arquivo Nacional da Torre do Tombo, para além de serem citadas várias obras clássicas da historiografia ibérica. Tudo isto dava a entender que o seu autor seria um investigador erudito e bastante cuidadoso. Rapidamente me apercebi de que não me enganava ao verificar que a assinatura pertencia ao historiador Frei Manoel dos Santos, um dos mais notáveis intelectuais do seu tempo.
O presente manuscrito que ora se dá a público, pela primeira vez, compõe-se de quatro folhas, preenchidas no rosto e verso, numeradas de fls. 112 a 115 do códice 152 depositado na B. N. L., pertencente ao espólio da antiga Academia Real da História Portuguesa.
Este documento apresenta uma descrição detalhada do personagem principal da história, Calisto Elói de Silos e Benevides de Barbuda. Ele é descrito como um erudito conservador de quase 50 anos apaixonado por história e genealogia, que vive recluso em sua propriedade estudando os livros em sua biblioteca.
O documento descreve o pré-modernismo no Brasil entre os séculos XIX e XX, caracterizado pela ruptura com o passado, denúncia social e regionalismo. A obra literária "Os Sertões", de Euclides da Cunha, é destacada como exemplo do pré-modernismo por retratar de forma crítica a vida dos sertanejos e a repressão do governo em Canudos. O líder religioso Antonio Conselheiro também é mencionado como inspirador dos moradores miseráveis de Canudos em sua busca por melhores condições de vida.
O documento discute o artigo de 1949 de Fernando Lopes-Graça na revista Vértice sobre o valor estético, pedagógico e patriótico da canção popular portuguesa. Lopes-Graça criticou a falta de conhecimento das classes intelectuais sobre o povo e suas manifestações culturais. Ele também apresentou duas canções populares portuguesas com harmonizações simples para aproximar a arte do público, em linha com os ideais neo-realistas.
O documento resume o período Pré-Modernista no Brasil entre 1902-1922, caracterizado por uma intensa movimentação literária na transição entre o Simbolismo e o Modernismo. Apresenta diversas produções artísticas e literárias distintas, com características neo-realistas, neo-parnasianas e neo-simbolistas. Destaca também alguns autores e obras importantes deste período, como Euclides da Cunha e seu livro "Os Sertões".
O documento discute dois jantares na sociedade lisboeta - um no Hotel Central e outro na casa dos Gouvarinho - que permitem criticar as classes dirigentes e sua ignorância. Também aborda uma peça de teatro que critica o ultra-romantismo e jornais que publicam apenas textos de correligionários políticos.
UFCD - Clc7 - Fundamentos da Cultura , Lingua e ComunicaçãoNome Sobrenome
Tempo da história e tempo da escrita: A peça de teatro Felizmente há luar! de Sttau Monteiro critica o regime ditatorial de Salazar através de uma alegoria histórica que retrata a sociedade portuguesa do século XIX sob o regime absolutista.
Espaços físicos e sociais: A peça contrasta os espaços do poder e do povo através de locais como Campo de Ourique e o uso de símbolos como a lua, a fogueira e a moeda de cinco réis.
Personagens: In
No I centenário do poeta Emiliano da CostaJosé Mesquita
Este documento descreve a vida e obra do poeta português Emiliano da Costa no ano do seu primeiro centenário da morte. Resume sua biografia, carreira como médico e poeta, e analisa sua poesia focada na natureza e cultura algarvia. Também sugere converter sua casa em museu em homenagem e preservar seu legado cultural.
1) A poesia é descrita como uma sementeira de ideias e emoções que alimentam sonhos de liberdade.
2) O autor critica a poesia moderna por falta de alegria, nobreza e coragem, tornando-se hermética e incompreensível.
3) A poesia de Quina Faleiro é descrita como plena de beleza espiritual e perfeita compleição lírica, transmitindo uma profunda infelicidade e solidão através de imagens poéticas.
«Chronica do Algarve» terá sido o primeiro jornal algarvio?José Mesquita
O documento discute o primeiro jornal publicado no Algarve, chamado "Chronica do Algarve", e data a sua publicação em 15 de Julho de 1833. No entanto, o autor argumenta que este não deve ser considerado o primeiro jornal da região, exibindo como prova o único exemplar conhecido, que na verdade é apenas um prospecto. O autor aponta "O Popular Jornal do Algarve", publicado em 1847, como o primeiro jornal verdadeiro da região.
Cenótáfio do bispo D. António Pereira da Silva na Sé de FaroJosé Mesquita
Trata-se de um breve apontamento sobre o significado histórico do Cenotáfio, enquanto túmulo simbólico ou memorial em homenagem aos heróis caídos em defesa da pátria, da religião, da liberdade ou de supremos ideais humanitários.
Salazar e Duarte Pacheco não ouviam a mesma músicaJosé Mesquita
Apesar de Salazar ser um ultraconservador, antidemocrata e antipartidário, de espírito rural, atreito a modernismos e inovações reformistas, teve no seio do seu primeiro governo uma figura de marcante iniciativa, contagiante ativismo, destacado empreendedorismo e de fulgurante reputação, que foi o Eng.º Duarte Pacheco. Não foi um convicto partidário do corporativismo salazarista, ate porque nas manifestações oficiais e públicas, em que intervinha, não fazia a saudação fascista nem evidenciava o júbilo esfuziante, quase fanático, dos outros ministros e acólitos do «Estado Novo». Inclino-me a aceitar que Duarte Pacheco nunca foi um fascista, na verdadeira asserção do termo, mas já não tenha duvidas quanto as suas convicções nacionalistas.
O Pré-Modernismo no Brasil foi um período de transição entre 1902-1922 onde ideias conservadoras e renovadoras coexistiram. Autores emergiram com estilos distintos mas um foco comum na realidade brasileira e ruptura com o passado.
O documento discute a representação do caboclo brasileiro na obra Urupês de Monteiro Lobato. Lobato caracteriza o caboclo, aqui representado pelo "Jeca Tatu", como preguiçoso, atrasado e incapaz de evolução social devido à sua mistura racial, em contraste com a riqueza da natureza brasileira. No entanto, em outra obra Lobato reconhece que a situação precária do camponês se deve mais à estrutura econômica do país do que às características raciais.
Trabalho de investigação sobre a preservação das terras de degredo mais de um século depois de terem sido extintos os Coutos de homiziados em Portugal. O Algarve, e nomeadamente a vila de Castro Marim, foi uma das primeiras regiões de Portugal a receber cartas de Couto para obstar ao fenómeno socioeconómico do ermamento demográfico.
O documento analisa a música "Admirável Gado Novo" de Zé Ramalho e como ela se relaciona com o pré-modernismo brasileiro. A música critica a vida do sertanejo de forma realista em vez de choramingada e também critica o governo e o Brasil, assim como os autores pré-modernistas. Apesar de ter estilo próprio, a música compartilha com o pré-modernismo a crítica social e o regionalismo.
O trecho extraído do romance Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, descreve a desilusão do personagem com suas iniciativas patrióticas ao longo da vida. Policarpo Quaresma dedicou-se a estudar a história, geografia e cultura brasileiras por patriotismo, mas suas tentativas de agricultura e de divulgar o folclore indígena resultaram em decepções que o levaram à loucura, fazendo-o perceber que a pátria idealizada em seu imaginário era na verdade um mit
O Remexido E A Resist+¬ncia Miguelista No AlgarveJoão Marinho
O documento discute a figura histórica de José Joaquim de Sousa Reis, conhecido como "Remexido", um guerrilheiro miguelista que resistiu à implantação do liberalismo no Algarve após 1834. Primeiro, distingue guerrilheiros de bandidos sociais e analisa como o Remexido se encaixa na categoria de guerrilheiro. Segundo, reflete sobre as origens e formação do Remexido para entender como isso influenciou seu caráter ideológico como defensor do Antigo Regime
O documento descreve o período Pré-Modernista no Brasil entre 1902-1922, apresentando seus principais autores e características. Resume-se: (1) Foi um período de transição marcado por rupturas com o passado e literatura de denúncia; (2) Autores como Euclides da Cunha, Graça Aranha e Lima Barreto retrataram problemas sociais do país; (3) A literatura pré-modernista abordou temas como a realidade rural e urbana brasileira.
O documento descreve o período Pré-Modernista no Brasil e na Europa, caracterizado por movimentos literários e artísticos de transição e inquietação em resposta aos problemas sociais da época. Movimentos como Cubismo, Futurismo e Expressionismo refletiam estas inquietações. A Semana de 22 marcou o início do Modernismo no Brasil.
O documento apresenta um resumo do período literário Pré-Modernismo no Brasil em 3 frases:
1) O Pré-Modernismo marcou a transição entre o Simbolismo e o Modernismo no início do século XX, caracterizando-se por obras entre 1902 e 1922 que misturavam estilos como o Realismo e o Parnasianismo.
2) Nesse período, autores como Euclides da Cunha, Graça Aranha, Lima Barreto e Monteiro Lobato produziram obras que denunciaram a realidade social brasile
Subsídios para a História Eclesiástica do Algarve - Os Bispos de SilvesJosé Mesquita
Este Catálogo mais não é do que uma breve relação dos Bispos da Sé de Silves; mas cumpre acrescentar que o seu primordial interesse reside na comprovação documental da existência da conhecida contenda entre o rei de Castela e D. Afonso III respeitante à nomeação dos prelados silvenses, assim como a presença das suas assinaturas em vários diplomas de escrituras, doações e mercês, cuja citação constitui uma fonte de indesmentível importância para o estudo da História Eclesiástica do Algarve. Por outro lado, apercebi-me de que a maioria dos documentos aí referidos pertence ao Arquivo do Mosteiro de S. Cruz de Coimbra e ao Arquivo Nacional da Torre do Tombo, para além de serem citadas várias obras clássicas da historiografia ibérica. Tudo isto dava a entender que o seu autor seria um investigador erudito e bastante cuidadoso. Rapidamente me apercebi de que não me enganava ao verificar que a assinatura pertencia ao historiador Frei Manoel dos Santos, um dos mais notáveis intelectuais do seu tempo.
O presente manuscrito que ora se dá a público, pela primeira vez, compõe-se de quatro folhas, preenchidas no rosto e verso, numeradas de fls. 112 a 115 do códice 152 depositado na B. N. L., pertencente ao espólio da antiga Academia Real da História Portuguesa.
Este documento apresenta uma descrição detalhada do personagem principal da história, Calisto Elói de Silos e Benevides de Barbuda. Ele é descrito como um erudito conservador de quase 50 anos apaixonado por história e genealogia, que vive recluso em sua propriedade estudando os livros em sua biblioteca.
O documento descreve o pré-modernismo no Brasil entre os séculos XIX e XX, caracterizado pela ruptura com o passado, denúncia social e regionalismo. A obra literária "Os Sertões", de Euclides da Cunha, é destacada como exemplo do pré-modernismo por retratar de forma crítica a vida dos sertanejos e a repressão do governo em Canudos. O líder religioso Antonio Conselheiro também é mencionado como inspirador dos moradores miseráveis de Canudos em sua busca por melhores condições de vida.
O documento discute o artigo de 1949 de Fernando Lopes-Graça na revista Vértice sobre o valor estético, pedagógico e patriótico da canção popular portuguesa. Lopes-Graça criticou a falta de conhecimento das classes intelectuais sobre o povo e suas manifestações culturais. Ele também apresentou duas canções populares portuguesas com harmonizações simples para aproximar a arte do público, em linha com os ideais neo-realistas.
O documento resume o período Pré-Modernista no Brasil entre 1902-1922, caracterizado por uma intensa movimentação literária na transição entre o Simbolismo e o Modernismo. Apresenta diversas produções artísticas e literárias distintas, com características neo-realistas, neo-parnasianas e neo-simbolistas. Destaca também alguns autores e obras importantes deste período, como Euclides da Cunha e seu livro "Os Sertões".
O documento discute dois jantares na sociedade lisboeta - um no Hotel Central e outro na casa dos Gouvarinho - que permitem criticar as classes dirigentes e sua ignorância. Também aborda uma peça de teatro que critica o ultra-romantismo e jornais que publicam apenas textos de correligionários políticos.
UFCD - Clc7 - Fundamentos da Cultura , Lingua e ComunicaçãoNome Sobrenome
Tempo da história e tempo da escrita: A peça de teatro Felizmente há luar! de Sttau Monteiro critica o regime ditatorial de Salazar através de uma alegoria histórica que retrata a sociedade portuguesa do século XIX sob o regime absolutista.
Espaços físicos e sociais: A peça contrasta os espaços do poder e do povo através de locais como Campo de Ourique e o uso de símbolos como a lua, a fogueira e a moeda de cinco réis.
Personagens: In
No I centenário do poeta Emiliano da CostaJosé Mesquita
Este documento descreve a vida e obra do poeta português Emiliano da Costa no ano do seu primeiro centenário da morte. Resume sua biografia, carreira como médico e poeta, e analisa sua poesia focada na natureza e cultura algarvia. Também sugere converter sua casa em museu em homenagem e preservar seu legado cultural.
1) A poesia é descrita como uma sementeira de ideias e emoções que alimentam sonhos de liberdade.
2) O autor critica a poesia moderna por falta de alegria, nobreza e coragem, tornando-se hermética e incompreensível.
3) A poesia de Quina Faleiro é descrita como plena de beleza espiritual e perfeita compleição lírica, transmitindo uma profunda infelicidade e solidão através de imagens poéticas.
Este livro gira em torno duma espécie de viagem cósmica impulsionada à velocidade da luz pela força da palavra. A ideia incomensurável do universo físico está patente neste livro através da persistente alusão aos seus elementos constituintes, com particular acinte na luz solar, fonte e gérmen de vida, nos astros que integram o nosso sistema astronómico (estrelas, cometas, planetas, quasares), assim como nas figuras que compõem o nosso universo mítico, como a fénix, a cobra alada, a pedra filosofal, os grifos das trevas e os cavaleiros do apocalipse, os mitos da Esfinge, de Andrómeda e de Prometeu, enfim toda uma panóplia de aparente fantasia científica, que aqui é tratada e transmitida de forma etérea na volatilidade do verso poético.
Aquilo que verdadeiramente distingue a Imprensa, como órgão de comunicação social, é a sua capacidade de interferência pública e de consciencialização das massas. Em certos momentos da História da Humanidade, essas capacidades transformaram-se em elementos catalizadores, isto é, em princípios revolucionários conducentes à irrupção de uma nova ordem social. A implantação da República em Portugal, o regime republicano e a democracia plena, muito devem à força e perseverança da imprensa, nomeadamente dos órgãos regionais que propagandearam os novos ideais. É desses jornais e dessa luta pela conquista da liberdade que vamos tratar neste artigo, aqui colocado ao dispôr do grande público.
Um Presépio Napolitano do século XVIII no museu de MoncarapachoJosé Mesquita
1) O documento descreve um presépio napolitano do século XVIII localizado no Museu Paroquial de Moncarapacho. 2) Os presépios napolitanos eram obras de arte altamente detalhadas que representavam cenas da vida cotidiana de Nápoles. 3) O presépio foi adquirido e restaurado pelo Padre Isidoro Domingos da Silva para o museu da sua paróquia.
Este documento descreve a breve estadia da poetisa Florbela Espanca na vila de Olhão, Algarve, em 1918. Florbela foi para o Algarve para melhorar sua saúde fragilizada após sofrer um aborto. Ela se instalou na aldeia de Quelfes, onde morava a irmã de seu marido, para se recuperar em um ambiente tranquilo e salubre. Embora curta, essa experiência no Algarve foi importante para que Florbela se recuperasse física e emocionalmente do aborto sofrido.
Tavira, o Marquês de Pombal e a fábrica de TapeçariasJosé Mesquita
A acção política do marquês de Pombal na 2ª metade do séc. XVIII teve como objectivo a centralização do poder no Estado-Pessoa. Porém, quase em simultâneo, desenvolveu iniciativas de fomento económico que, em grande parte, contribuíram para um vasto programa de reformas, quer na organização da administração pública, quer no ordenamento social, introduzindo ideias e projectos que se assemelham, em certa medida, à revolução iluminista. O fomento do sector industrial foi um dos sectores de maior sucesso e grande dinamismo económico durante o seu consulado. A cidade de Tavira foi contemplada com o apoio à instalação de uma unidade fabril dedicada à produção de tapeçarias. Razões de vária ordem, nomeadamente o afastamento do Marquês do poder, contribuíram para o insucesso mercantil e encerramento desta unidade industrial, única em toda a História do Algarve.
A economia agrária do Algarve, na transição do Antigo Regime para o Liberalis...J. C. Vilhena Mesquita
a situação económica da agricultura algarvia foi sempre deficitária, mercê
dos baixos índices de produtividade e de rendimento, suscitados pela desigual
distribuição social da propriedade, pelo baixo investimento financeiro e
pelo atraso científico-tecnológico, que – desde o período de reestruturação
político-económica levado a cabo nos finais do séc. XVIII pelo consulado
pombalino – dependia da reformulação de novas estratégias para a potencialização
dos recursos endógenos. Além disso, os factores naturais de dinamismo
energético, como a amenidade climática, os recursos hídricos e a fertilidade
dos solos, só foram aproveitados na vigência do Liberalismo, e com especial
acuidade no declinar de Oitocentos. Acrescente-se, por fim, que o sector
dependia de factores extrínsecos, como a estrutura social da terra, a educação
agrícola, o investimento integrado e as leis de mercado, entre outros elementos
de fomento ou de desagregação do sector. Por outro lado, vemos que essa
dualidade se distribuía numa geo-economia do espaço entre a beira-mar e as
terras altas da serra algarvia.
1) A Biblioteca Municipal de Faro foi fundada em 1902 com o objetivo de promover o desenvolvimento cultural, contando atualmente com cerca de 17.000 volumes.
2) A biblioteca possui algumas raridades como seis incunábulos do século XV e obras de autores como Aristóteles e Vieira, porém carece de recursos humanos e materiais para apoiar estudantes e pesquisadores.
3) Localiza-se atualmente no antigo Convento da Assunção, mas enfrenta problemas como a falta de um diretor com habilitações
Este documento discute a origem e autoria do órgão da Sé de Faro. Apresenta três teorias principais: 1) Que foi construído pelo mestre organeiro alemão Arp Schnitger em 1701; 2) Que foi encomendado em 1715 ao organeiro João Henriques de Lisboa; 3) Que sua origem permanece incerta devido à falta de evidências conclusivas sobre seu construtor. O autor analisa cada teoria e argumenta que, embora possa ter influência alemã, a autoria de Schnitger não é definitivamente comprovada
Este documento é um projeto de 1825 para construir um canal no rio Séqua em Tavira, desviando seu curso diretamente para o mar. Isso abriria uma nova barra e evitaria assoreamento, revitalizando o porto da cidade. O projeto parece simples e eficiente, aproveitando a topografia para poupar custos e preservar o meio ambiente. Infelizmente, sem o orçamento completo, não se pode avaliar sua viabilidade.
Breve ensaio geo-económico sobre o Algarve na primeira metade do séc. XIXJosé Mesquita
O documento descreve a economia do Algarve na primeira metade do século XX. A economia era baseada principalmente na agricultura, pesca e indústria conserveira. A região litoral era mais próspera do que o interior serrano, devido à fertilidade dos solos e culturas de regadio. A pesca e indústria conserveira eram importantes fontes de renda, apesar de dependerem de investimento estrangeiro.
O documento descreve o período Pré-Modernista no Brasil no início do século XX, caracterizado por uma transição entre velhos e novos modelos literários. Apresenta os principais autores dessa época, como Euclides da Cunha, Lima Barreto e João do Rio, que começaram a retratar temas sociais e a realidade brasileira em suas obras, rompendo com a linguagem acadêmica do passado. Destaca também o poeta Augusto dos Anjos como um dos expoentes do movimento pré-modernista.
Falar do estranhamento entre brasil e portugal começa na minha infânciaantoniapscosta
O documento discute as relações entre intelectuais brasileiros e portugueses no período da ditadura de Salazar em Portugal. Apresenta trechos de jornais e cartas que revelam o estranhamento causado pela distância cultural e política entre os dois países, mas também a proximidade e fraternidade mantidas apesar das dificuldades. As cartas mostram os esforços para entender e lidar com a censura e a repressão em Portugal na época.
Considerações acerca da poesia de Chacal e a geração da poesia marginal, surgida no início dos anos 1970. Aula preparada para turma de 3ª série do Ensino Médio.
O documento resume a literatura do pré-modernismo no Brasil entre 1902 e 1922. O pré-modernismo representou uma transição entre a tradição literária do século XIX e a modernidade, mesclando estilos antigos e novos. Abordou temas como a denúncia da realidade brasileira, o regionalismo e os tipos humanos marginalizados. Alguns autores principais foram Graça Aranha, Euclides da Cunha e Monteiro Lobato, que retrataram a sociedade brasileira de forma crítica em obras como Canaã, Os Sert
Relações entre a poesia marginal e a política dos anos 70 no brasilLuciana Borges
O documento discute a Poesia Marginal dos anos 1970 no Brasil. A poesia marginal surgiu como forma de expressão livre durante a ditadura militar e se caracterizava por usar linguagem coloquial e experimentação. Os poetas marginalizados publicavam seus trabalhos de forma mimeografada e alternativa para contornar a censura. A poesia marginal reunia vozes de diferentes gerações unidas pela insatisfação com a ditadura e desejo de liberdade.
O Pré-Modernismo foi um período de transição na literatura brasileira entre o século XIX e a Semana de Arte Moderna de 1922. Apesar de não constituir um movimento literário unificado, autores pré-modernistas começaram a explorar temas e linguagens brasileiras em obras como Os Sertões de Euclides da Cunha e a prosa simples de Lima Barreto. Esse período marcou o início da "descoberta do Brasil" na literatura.
Literatura Brasileira: Romance Nordestino de 30. Cyntia Borges
O documento descreve a trajetória de Jorge Amado como escritor, jornalista e político engajado. Formou-se em Direito no Rio de Janeiro e se envolveu com o Partido Comunista Brasileiro. Sua obra literária abordou temas políticos e sociais do Nordeste brasileiro e foi traduzida para diversos idiomas, recebendo o Prêmio Camões.
António Rosa Mendes o historiador do Algarve ignoradoJosé Mesquita
1) O documento descreve a amizade de longa data entre José Carlos Vilhena Mesquita e o historiador António Rosa Mendes, que faleceu recentemente de forma inesperada.
2) Rosa Mendes destacou-se como um estudante culto e viajado e posteriormente como um proeminente historiador, professor, jornalista e político do Algarve.
3) Apesar de diferenças ideológicas na juventude, Mesquita e Rosa Mendes mantiveram uma forte amizade ao longo das
O documento descreve a história das revistas de cultura no Brasil desde o século XIX, destacando suas principais publicações ao longo dos anos e os temas abordados, como literatura, artes e moda. Também analisa três revistas atuais - Bravo, Piauí e Cult - comparando seus formatos, conteúdos e presença on-line. Por fim, defende políticas públicas que garantam a divulgação e preservação da diversidade cultural brasileira por meio dessas publicações.
Manuel Teixeira Gomes descrito por Maria João Raminhos DuarteLoulet
Manuel Teixeira Gomes foi um influente escritor e político português cuja vasta obra literária refletia o Algarve e figuras da época. Sua visão estética clássica e pagã entrou em conflito com a moral conservadora do regime ditatorial, que tentou obscurecer sua reputação por seu republicanismo e sensualidade nas obras.
Nomes, números e turma de quatro estudantes: Ana Paula Dulius, Eduarda Farina, Karen Eloi e Rafaela Bottezini. Os números são 3, 16, 22 e 32. A turma é 2312.
1) O documento discute o período pré-modernista da literatura brasileira entre 1910-1920.
2) Neste período, autores como Lima Barreto, Euclides da Cunha e Graça Aranha começaram a abordar assuntos do dia-a-dia brasileiro e discutir o futuro do país.
3) O documento fornece detalhes sobre a vida e obra desses e de outros autores pré-modernistas como Monteiro Lobato.
O documento descreve o período Pré-Modernista da literatura brasileira entre 1902-1922. Este período foi caracterizado por obras que buscavam interpretar a realidade brasileira e posicionar-se sobre problemas socio-políticos da época, embora não tivessem o caráter revolucionário do Modernismo. Alguns dos principais autores deste período foram Euclides da Cunha, Lima Barreto e Monteiro Lobato.
O documento lista 10 livros recomendados e fornece resumos sobre 3 deles: Vidas Secas de Graciliano Ramos, que retrata a vida de uma família de retirantes durante a seca no sertão nordestino; Eu de Augusto dos Anjos, que mostra a obsessão do poeta com a morte através de uma linguagem científica; e O Cortiço de Aluísio Azevedo, que narra a história de João Romão em sua busca por riqueza e status social na cidade do Rio de Janeiro do século X
Este documento resume a segunda edição do periódico Scena Crítica. Em três frases:
O periódico homenageia os 40 anos da morte de Alceu Amoroso Lima e traz artigos sobre diversos temas como a cafeicultura no Brasil, a busca pelo salário justo, as línguas mortas e vivas, e a educação para a vida ética e democracia. A edição também conta com poemas, resenhas de livros, e reflexões sobre figuras como Foucault, Pascal e o cineasta Federico Fellini
O documento apresenta um resumo do romance O Cortiço, de Aluísio Azevedo. Em três frases, descreve que o livro é um clássico da literatura brasileira do Realismo-Naturalismo do final do século XIX, retratando a vida em cortiços no Rio de Janeiro da época e denunciando as distorções sociais; que o autor foi influenciado por Zola e outros escritores realistas-naturalistas franceses e portugueses, focando nos determinismos biológico, social e ambiental; e que a obra
obra-prima de Aluísio de Azevedo, O Cortiço, é a principal referência da estética realista-naturalista na literatura brasileira. Ambição e exploração se misturam nessa envolvente e sombria história de uma habitação coletiva da capital do Segundo império.
Este documento apresenta:
1) Uma breve biografia de Machado de Assis, destacando sua atuação como jornalista, escritor e primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras.
2) Uma análise da obra de Machado de Assis, ressaltando sua diversidade de gêneros literários e o fato de que cada livro deve ser visto individualmente, sem classificações rígidas.
3) Excertos de obras que ilustram o estilo singular de Machado de Assis, com ironia, crítica social e
Dom Casmurro (1900), de Machado de
Assis, é uma das obras mundialmente
célebres da literatura brasileira.
O romance trata das memórias
do narrador-personagem Bento
Santiago, o advogado recluso e
calado que recebe e adota o apelido
mencionado no título da obra.
Essas recordações são a tentativa,
na velhice, da recuperação de si
mesmo a partir das lembranças da
adolescência e juventude. Indireta
e gradualmente, o relato revela a
transformação do jovem Bentinho no
velho e solitário Dom Casmurro, que
tenta justificar suas atitudes durante
a vida, num tom por vezes acusatório
Este documento apresenta um resumo da vida e obra de Machado de Assis, um dos maiores escritores brasileiros. O texto destaca sua atuação como jornalista, fundador da Academia Brasileira de Letras e autor de uma vasta obra que inclui romances, contos, crônicas e peças teatrais. Apesar de ter nascido em uma família de baixa renda, Machado de Assis teve uma vida plural e influente no cenário cultural e político do Rio de Janeiro no século XIX.
Semelhante a Lembrando o poeta Santos Stockler (20)
1) O documento descreve um presépio napolitano do século XVIII localizado no Museu Paroquial de Moncarapacho. 2) Os presépios napolitanos eram obras de arte altamente detalhadas que representavam cenas da vida cotidiana de Nápoles. 3) O presépio foi adquirido e restaurado pelo Padre Isidoro Domingos da Silva para o museu da sua paróquia.
Este documento é um projeto de 1825 para construir um canal no rio Séqua em Tavira, desviando seu curso diretamente para o mar. Isso abriria uma nova barra e evitaria assoreamento, revitalizando o porto da cidade. O projeto parece simples e eficiente, aproveitando a topografia para poupar custos e preservar o meio ambiente. Infelizmente, sem o orçamento completo, não se pode avaliar sua viabilidade.
O património religioso da vila de Pedrógão Grande é de notável notoriedade, mas a Capela de Nossa Senhora da Confiança assume particular relevância pelo facto de associar a riqueza ambiental ao contexto histórico em que se acha inserida.
O Caimbo, não é mais do que a designação que no Algarve se atribui à vara com que se procede à varejadura do figo. Como hoje já não se vareja o figo, e inclusivamente já poucos agricultores o colhem porque as indústrias de outrora já não existem, ocorreu-me lembrar este simples artefacto a que os homens do campo davam grande importância, porque deveria ser moldado num ramo de zambujeiro, que alguns também designam por oliveira-da-rocha, e que mais não é do que uma oliveira brava.
Se o que caracteriza o género poético é a harmoniosa beleza da palavra esculpida nos interstícios do poema, capaz de despertar no leitor sentimentos e emoções, de agitar sensibilidades e inspirar comoções, então sim, podemos afirmar que este Miradouro do Tempo é verdadeiramente um livro de poesia, cuja leitura nos elevará até aos sagrados altares da arte e da estética literária. Porque, na verdade, um poema é uma espécie de tela pintada com palavras, em cuja têmpera o poeta terá de selecionar as mais finas cores. Mas se quisermos ser mais abrangentes então podemos afirmar que toda a Arte é Poesia, porque ambas personificam o Belo e a Verdade
Aqui deixo à leitura dos possíveis interessados um pequeno artigo de divulgação sobre a vida do industrial João António Júdice Fialho, um dos maiores industriais conserveiros de Portimão, figura tutelar da arte e da cultura farense. A sua residência, conhecida como Palácio Fialho, é hoje o Colégio do Alto, designação essa derivada da Quinta do Alto, enorme propriedade agrícola que a família Fialho adquiriu para nela implantada o seu imponente châteux em estilo clássico afrancesado. Em sua memória e em lembrança da história conserveira do Algarve, aqui fica o meu apontamento à consideração de quem por ele se interessar.
Trata-se de um ensaio sobre as relações político governativas do ditador Oliveira Salazar com o seu Ministro das Obras Públicas, Engº Duarte Pacheco, acerca da construção de um dispendioso Palácio da Música
Este documento discute a origem do órgão da Sé de Faro e apresenta três teorias principais:
1) O órgão foi construído pelo mestre organeiro alemão Arp Schnitger em 1701 e enviado para Portugal.
2) Foi encomendado pelo Cabido da Sé de Faro em 1715 ao organeiro João Henriques de Lisboa, que o instalou em 1716.
3) Permanecem dúvidas sobre a origem do órgão, uma vez que não foram encontrados documentos conclusivos como contratos.
1) O incêndio da Casa de Camilo em 1915 foi acidental, causado por uma criança que guardou brasas ainda quentes em uma arrecadação próxima à cozinha.
2) A casa estava sendo alugada a Teotónio Ferreira, antigo carpinteiro de Camilo.
3) Muitos rumores surgiram sobre o incêndio ter sido criminoso, mas a verdade só veio à tona décadas depois por um relato do verdadeiro responsável, então com 12 anos.
Trata-se de um assunto pouco conhecido sobre uma jovem algarvia, originária da distinta família dos Barretos, que pontificou na corte portuguesa nos finais do século XVI, no período de transição da perda da nacionalidade para a dominação filipina, cuja descendência foi também eminente na vizinha Espanha.
Sendo considerada uma das mais belas mulheres do seu tempo, não admira que por ela se tenha apaixonado o poeta Luís de Camões, que terá glosado, a seu pedido, uma frase com diferentes sentidos, não só amorosos como também sociais.
Estudo relativo às comemorações do I Centenário do Marquês de Pombal, realizadas em 1882, as quais tiveram no Algarve forte repercussão em Vila Real de Santo António, cuja fundação no séc. XVIII se deve inteiramente à política de fomento das Pescas implementada por aquele grande estadista.
Este estudo sobre a vida e obra do célebre escritor Silvio Pellico, foi publicado em 13/04/1982, no suplemento de «Cultura e Arte» do vespertino portuense «Comércio do Porto», por solicitação do meu saudoso amigo Prof. Doutor Augusto Seabra, que no ano seguinte seria nomeado Ministro da Educação no IX Governo Constitucional, formado pelo então designado por Bloco Central, o qual vigorou entre 1983-1985.
A figura de Silvio Pellico é ainda hoje pouco conhecida em Portugal, sendo que é na Itália uma das figuras cimeiras do Romantismo oitocentista.
O estudo que agora se coloca ao dispor dum público mais vasto é apenas uma visão de síntese de toda a problemática histórica que envolveu a vida daquele notável escritor italiano.
Este documento discute a especialização crescente das ciências e seus efeitos. [1] As ciências estão se tornando cada vez mais especializadas em disciplinas e subdisciplinas. [2] Embora a especialização seja necessária para o progresso do conhecimento, também altera a natureza da atividade científica, reduzindo-a a aspectos instrumentais em vez de tentar explicar o mundo de forma abrangente. [3] Novas formas de arranjos disciplinares, como disciplinas híbridas e interdisciplinares, assim como apelos à interdiscipl
Microsoft Power Point Cosmogonias E Filosofia, Do Mito Para O LogosJ. C. Vilhena Mesquita
1) O documento discute as cosmogonias (mitos da origem do universo) e a transição para o pensamento filosófico e racional;
2) Inicialmente, os fenômenos naturais eram personificados em deuses e heróis, mas os primeiros filósofos começaram a procurar explicações lógicas;
3) Não houve uma ruptura entre mito e razão, mas uma progressiva racionalização dos mitos na busca pelos princípios fundamentais da natureza.
A pesca e os seus avultados rendimentos marcaram decisivamente toda a História do Algarve, desde os tempos mais remotos até ao presente, com particular acento no início da política pombalina, que fez do sotavento e da foz do Guadiana o seu principal centro de polarização económica. A concentração demográfica na faixa litoral explica-se, quase exclusivamente pela riqueza e afabilidade destas águas, em cujos portos fundeavam embarcações oriundas dos mais variados quadrantes do globo.
Da Extinção à Restauração Do Concelho De Aljezur Nos Finais Do SécJ. C. Vilhena Mesquita
1) O documento discute o desenvolvimento desigual do Algarve no século XIX, com o litoral prosperando enquanto o interior ficava estagnado devido à falta de estradas.
2) Especificamente, analisa como a falta de estradas ligando Aljezur ao litoral levou ao seu desenvolvimento econômico enquistado em comparação aos concelhos costeiros.
3) Discute como o poder central ignorou o problema das comunicações em Aljezur, aprofundando suas carências socioeconômicas ao longo do tempo.
O documento discute a figura histórica de José Joaquim de Sousa Reis, conhecido como "Remexido", um guerrilheiro miguelista que resistiu à implantação do liberalismo no Algarve após 1834. Primeiro, distingue guerrilheiros de bandidos sociais e analisa como o Remexido se encaixa na categoria de guerrilheiro. Segundo, reflete sobre as origens e formação do Remexido para entender como isso influenciou seu caráter ideológico como defensor do Antigo Regime
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Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)Centro Jacques Delors
Estrutura de apresentação:
- Apresentação do Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD);
- Documentação;
- Informação;
- Atividade editorial;
- Atividades pedagógicas, formativas e conteúdos;
- O CIEJD Digital;
- Contactos.
Para mais informações, consulte o portal Eurocid:
- https://eurocid.mne.gov.pt/quem-somos
Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9267
Versão em inglês [EN] também disponível em:
https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9266
Data de conceção: setembro/2019.
Data de atualização: maio-junho 2024.
1. Lembrando o poeta Santos Stockler
por: José Carlos Vilhena Mesquita
Costuma dizer-se, com algum fundo de verdade, que somos um país de maus
políticos, mas de bons poetas. Se no passado não era possível asseverar a veracidade
dessa asserção, devido ao inamovismo da ditadura salazarista, hoje, após vários
governos inoperantes e centenas de políticos incompetentes, ficamos claramente com
a ideia de que mais valia sermos um país de maus poetas. Não o somos, felizmente
para a cultura. Aliás, à semelhança do que acontecia no passado, a produção
intelectual e a Cultura continua a ser sempre um baluarte de resistência contra a
imbecilidade dos que nos governam.
Os inimigos da cultura são os que a deviam proteger e incentivar, mas os políticos
desde o fascismo que continuam a tentar controlar os intelectuais, os literatos e os
artistas, para fazerem da Cultura um aparelho ideológico de Estado. Infelizmente
têm-no conseguido, através da subsidiarização dos amigos, ou seja, do apoio
financeiro aos intelectuais militantes do partido ou dos literatos medíocres que, sem
carácter nem elevação mental para resistirem ao status quo, deixam-se facilmente
corromper. E o pior de tudo isso é que esses medíocres escritores e deficientes poetas,
que aliás abundam na nossa actual literatura, passaram com o decorrer dos anos a
serem considerados como talentosos criativos, e autores de obra de tomo, recebendo
prémios sem submissão a concurso, e granjeando elogios dos camaradas de profissão.
Como não existem hoje críticos conceituados, como o foram João Gaspar Simões ou
Jacinto Prado Coelho, e como os nossos jornais já não editam suplementos literários
(de foram exemplo os suplementos de Artes e Letras do «Diário Popular», e do
«Diário de Notícias»), é lógico que alguns autores tentem promover-se uns aos outros
numa entreajuda mais política do que literária, a fazer lembrar os antigos tempos da
“velha senhora”.
Não foi esse o exemplo legado por José dos Santos Stockler, um homem simples e
humilde, que fez da poesia e das colunas da imprensa uma tribuna de resistência
contra a iniquidade, o autocracismo e a corrupção mental. Lembrar a sua vida e a sua
obra é, aqui e agora, um acto de justiça e uma
obrigação moral.
José os Santos, foi um poeta e jornalista, que usava
o apelido de Stockler apenas como pseudónimo;
nasceu a 22-5-1910 na aldeia de Porches, concelho de
Lagoa; e faleceu em Faro nos princípios de Junho de
1989, com 79 anos de idade.
Filho de humildes lavradores, com apenas dois anos
de idade veio para Faro onde fez a instrução primária,
não prosseguindo nos estudos por dificuldades
financeiras. Começou desde muito novo a escrever nos
jornais e a mostrar-se um acérrimo adversário do
regime salazarista, sendo por isso várias vezes detido
2. pela PIDE em cujas prisões, do Aljube e de Caxias, cumpriu muitos meses, valendo-
lhe, contudo, a glória de se haver relacionado com algumas das personalidades mais
proeminentes do mundo das letras e da política portuguesa. Não querendo acentuar
esta tecla da sua vida, não posso deixar de lembrar o seu relacionamento político com
algumas figuras da resistência republicano, de entre as quais destaco o pedagogo e
emérito jornalista Carvalhão Duarte e o poeta Alfredo Guisado, emérito fundador do
movimento do «Orfeu», que enquanto director-adjunto do jornal «República» lhe
franqueou aquelas prestigiadas colunas à sua esclarecida colaboração.
Refira-se que Santos Stockler criara fortes laços de amizade com imensos homens
de letras, irmanados numa autêntica cruzada cultural contra o regime fascista, de
entre os quais impõe-se destacar nomes notáveis, como os dos poetas José Régio,
Jorge de Sena, José Gomes Ferreira, João José Cochofel, Egipto Gonçalves, Joaquim
Namorado, Eugénio de Andrade, Mário Dionísio e Alexandre O’Neil; ou dos
escritores Alves Redol, Adolfo Casais Monteiro, Ferreira de Castro, Fernando
Namora, Carlos de Oliveira, Antunes da Silva e Manuel da Fonseca, sendo estes
últimos os grandes expoentes da literatura de cenário alentejano, que Santos Stockler
tanto admirava. A este valioso naipe de literatos nacionais devemos ainda acrescentar
algumas figuras da literatura latino-americana, com quem igualmente estabeleceu
fortes laços de amizade, nomeadamente com os poetas João Cabral de Melo Neto,
Cecília Meireles, Rocha Filho, Manuel Bandeira, Pablo Neruda, ou com os escritores
Jorge Amado, Dr. Pessoa de Morais (sociólogo brasileiro), Salvador Espriu, Félix
Cucurrull, José Ledesma Criado, Juan Ruiz Peña, etc. Com alguns deles manteve
acesa correspondência epistolar, de que cheguei a comprovar testemunho nalguns
papéis autógrafos, nos quais divisei palavras fraternas e muito elogiosas para a obra
poética de Santos Stockler. De entre os algarvios, que se distinguiram nas letras
pátrias, tinha especial predilecção por António Ramos Rosa e fraterna amizade pelo
poeta e escritor António Vicente Campinas, que, tal como ele, fora um indefectível
apoiante das ideias veiculadas pelo Partido Comunista Português. Curiosamente
acabaram ambos as suas vidas com uma profunda desilusão em relação ao PCP, que
após o «25 de Abril» não teve para com eles a deferência e o amparo que justamente
mereciam.
Dispersou a sua prestigiosa colaboração, como poeta e prosador, por vários órgãos
de comunicação social, de entre os quais destacamos «O Diabo», «Diário de
Notícias», «Diário de Lisboa», «Diário Popular», «República», «Jornal de Letras e
Artes», nas revistas «Cultura» e «Voga», todos de Lisboa. Na província colaborou em
«O Comércio do Porto», «Diário de Coimbra», «Notícias de Chaves», «Notícias de
Guimarães», «Gazeta do Sul», «Gazeta do Montijo», «O Setubalense», «Foz do
Guadiana», «Notícias do Algarve», «Jornal do Algarve» (todos Vila Real de Santo
António), «Povo Algarvio» de Tavira, «Correio do Sul» e «O Algarve» ambos de
Faro, «Barlavento», «Comércio de Portimão», «A Voz de Loulé», e muitos outros
jornais de várias localidades, do Minho ao Alentejo, cuja citação tornaria demasiado
longa esta simples nota biográfica.
Nos últimos anos de vida fundou e dirigiu, em 1-12-1984, o semanário farense
«Terra Algarvia», que teve uma periodicidade difícil e algo irregular, mercê das
dificuldades financeiras com que teve de se debater. Em todo o caso foi uma tribuna
3. irreverente e combativa que se manteve sempre num plano bastante crítico em
relação à partidocracia e ao clientelismo político que caracterizava, então, a nossa
jovem democracia. Apesar de ser considerado um homem de esquerda, José dos
Santos Stockler evidenciou ao leme da «Terra Algarvia» um forte desencanto político
com o rumo tomado pelo novo regime, mostrando-se ao público algarvio como um
alguém ressabiado com a vida, tomando inclusivamente posições muito próximas da
direita reaccionária. Creio que se sentia injustiçado, ostracizado e até mesmo excluído
pelos seus camaradas da esquerda republicana, porque depois de tudo o que fez pela
democracia era inadmissível que não se tivessem lembrado dele para um cargo
público ou para uma actividade oficial de carácter cultural. Julgo que não se filiou em
nenhum partido político do pós-25 de Abril, razão pela qual ficou absolutamente
impedido de ser convidado para exercer qualquer cargo público.
Morreu triste, ressentido com a ingratidão que grassava à sua volta. O eco da sua
própria sina de poeta, sensível e sofredor, fazia-se agora ouvir como o pio de uma ave
agoirenta, traçando-lhe o destino. Como Sísifo, todo o seu esforço tornara-se inglório.
Conheci pessoalmente o poeta Santos Stockler, e do primeiro contacto que tive
com ele fiquei com a ideia de que era um homem em sofrimento. Apesar da avançada
idade em que o conheci e do estado alquebrado em que se encontrava – sempre com
dores nas costas, curvado e queixoso – fiquei deveras impressionado com a sua
estampa física. Era alto e possante, tinha o aspecto de um boxeur retirado dos ringues.
Mas a sua enorme cabeça, o seu rosto muito branco e comprido, os avantajados
óculos, quadrados como se fossem janelas, as suas mãos enormes e esqueléticas
falando em altos gestos, davam-lhe o semblante de revolucionário falhado, de um
pregador condenado ao silêncio do convento, em suma, de um mago que perdeu os
seus poderes e a quem ninguém prestava já atenção.
Pode parecer um exagero, mas era mais ou menos isto, porque o poeta Santos
Stockler vivia numa casa grande mas pouco ensolarada, sentado à mesa de trabalho
junto a uma janela, sempre aberta, que dava para a rua, deixando-se ver ou mesmo
debruçando-se sobre ela para observar e falar a quem passava. Porém raramente saía,
o que o tornava quase num eremita. Talvez fosse um feitio próprio da idade e da sua
geração, porque vi o Dr. Mário Lyster Franco a ter um procedimento muito idêntico,
refugiando-se no lar como se tivesse medo da sociedade que o rodeava.
Outra das coisas que me lembro dele é que falava alto, talvez porque fosse duro de
ouvido, gesticulava muito e criticava tudo e todos, apontando falhas e deficiências em
tudo o que se movia. Dos poetas de quem era amigo, tinha sempre palavras de
admiração e reverência, sobretudo de profunda saudade para os que já tinham
falecido. Aos vivos não poupava censuras, sobretudo aos poetas da nova vaga,
zurzindo nas incorrecções estilísticas das suas obras, e revoltando-se contra os
críticos ignorantes e incompetentes que as louvavam. Em boa verdade, conheceu e
conviveu com a maioria dos nossos homens de letras, uns mais consagrados do que
outros, louvando sempre aqueles que ao seu lado lutaram contra o regime salazarista.
Esse seu feitio muito crítico e bastante exigente tornou-o num alvo a abater pelos
poetas que se haviam consagrado através da protecção política do PCP, ao qual aliás
o Stockler também aderira na sua juventude, mas que depressa percebeu tratar-se de
uma organização de carácter internacionalista, inspirada em objectivos imperialistas
4. ainda mais perigosos do que aqueles que os americanos preconizavam. Além disso
sentia um profundo horror e uma total adversidade aos regimes e sistemas totalitários,
comprovado pela invasão da Checoslováquia e pelo fim da chamada “Primavera de
Praga”, razão pela qual se afastou definitivamente do partido.
É claro que a partir desse momento foi completamente marginalizado pelos seus
camaradas de letras, e os seus livros deixaram de ser alvo da crítica favorável e das
elogiosas notícias nos órgãos de imprensa, nomeadamente nos suplementos culturais
e nas revistas literárias.
Desiludido e desgastado pela idade, ocupou os derradeiros anos de vida – que bem
poderiam ter sido os mais felizes, pela satisfação de ver o «25 de Abril» restaurar a
Liberdade – a fazer, praticamente sozinho, o seu jornal, «Terra Algarvia», no qual
desbaratou as últimas poupanças, que estariam reservadas para acudir às agruras da
velhice e da doença. Tudo naquelas páginas dependia do seu esforço criativo, desde a
mais simples notícia até ao mais elaborado artigo, tudo lhe saía das mãos e do génio,
que em abundância possuía. Escrevia com facilidade e desenvoltura, cuidando de dar
às notícias mais frias e inócuas uma certa beleza literária. Todavia é também verdade
que raramente conseguia isentar as suas palavras do espírito cáustico, agressivo e
polemista, que sempre o caracterizou. O seu talento de publicista era notório e até
bastante temido, pois que ninguém o impedia de tecer duras críticas aos políticos de
fresca têmpera, nem aos falsos democratas, aos oportunistas e corruptos, que à custa
dos partidos adulteravam as expectativas e as esperanças da Democracia.
Por causa do seu espírito insubmisso e controverso é que Santos Stockler foi mal
reconhecido e até algo desvalorizado no seio da imprensa regional algarvia. Para a
maioria dos que o conheceram, era um poeta e um sonhador que desejou tornar-se
num conceituado produtor de opinião, mas a que poucos deram crédito. E o certo é
que na edição da «Terra Algarvia» estafou as últimas economias numa cruzada de
ilusões que lhe devem ter causado grandes desgostos. Sei que sofreu muito com a
doença que o vitimou, e que por isso deve ter vivido os derradeiros dias com algumas
dificuldades financeiras.
Enfim, conheci-o no último patamar da vida, e admirava-o pela forma como
sempre viveu... lutando quixotescamente contra a ingratidão dos homens e dos
tempos, que lhe entorpeceram a alma e lhe desinquietaram o
espírito.
Da sua lista de obra fazem parte os seguintes livros: A
Viagem Adiada (poemas), 1963; Poemas do Meu Tempo,
1967; Diálogo com a Noite (poemas), 1968; Jardins de
Outono (poemas), 1971; Poesia Mutilada (poemas), 1975;
Nas Caves da Memória (poemas), 1982; Aquário do tempo
(poemas), 1984. Neste último livro enunciava, na sua lista de
obras, um vasto conjunto de títulos inéditos distribuídos
pelos géneros da Poesia e da Prosa, que infelizmente nunca
vieram a público. Também aí anunciava, como próximos do
prelo, um romance intitulado Ladeira Íngreme, com prefácio
de Jorge Amado, e um livro de contos, que nunca chegaram a ver a luz da estampa.
5. Resta acrescentar que José dos Santos Stockler era casado com D. Maria de Lurdes
Martins Santos e era pai de José Manuel Santos, contabilista, que foi Chefe de
Redacção do jornal «Terra Algarvia».
A título de curiosidade transcrevo dois poemas da sua autoria:
Radiografia
Na ânsia de calar a voz do grito
Rebelde que desdenha a minha dor,
Na luz do meu olhar só anda escrito,
Em letra luminosas, Paz e Amor!...
Nos lábios trago a húmida expressão
Apenas da linguagem da Verdade,
Essa voz que alimenta a mãe Razão,
Nascente aonde bebe a Fel’cidade!...
O rosto, espelho vivo do meu ser,
A pele que transpira o bem-fazer,
Retrata, fielmente, o meu sentir,
Reflecte, tão-somente, esse viver
Que fora, toda a vida, o meu querer,
Ou seja, o Mundo Novo que há-de vir!...
A Criança
Criança! Oh! Mas que som melodioso,
Que melodiosa musicalidade!
Que cântico sublime, esperançoso,
Embala a nossa alma a tenra idade!
Que belo era voltar a ser Criança,
Fazer feliz de novo minha mãe,
Eu dar-lhe, novamente, a terna esp’rança
De ser de novo o seu menino-Bem!...
Que belo era esse mundo imaginado,
Só brincar com Crianças, que alegria
Apenas ver Crianças a meu lado!...
– Que belo ser pureza, ingenuidade,
Só embalar o Sonho noite e dia!
Tão-só viver no mundo da Verdade!