SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 22
Jean-Jacques Rousseau (Nasceu em Genebra em 28 de Junho de 1712 -- e
morreu em Ermenonville em 2 de Julho de 1778) foi um importante
filósofo, teórico político, escritor e compositor autodidata suíço. É considerado um
dos principais filósofos do iluminismo e um precursor do romantismo.



                   Discurso Sobre as Ciências e as Artes
                    Discurso Sobre a Origem da
                   Desigualdade Entre os Homens
                    Do Contrato Social
                    Da Educação
                    Os Devaneios de um Caminhante Solitário
Nesta obra, Rousseau expõe a sua noção de Contrato Social, que difere muito
das de Hobbes e Locke: para Rousseau, o homem é naturalmente bom, sendo
a sociedade, instituição regida pela política, a culpada pela "degeneração" do
mesmo.
A obra Do Contrato Social, publicada em 1762, propõe que todos os
homens façam um novo contrato social onde se defenda a liberdade do
homem baseado na experiência política das antigas civilizações onde
predomina o consenso, garantindo os direitos de todos os cidadãos.
Indica uma classe abrangente de teorias que tentam explicar os caminhos que
levam as pessoas a formar Estados ou manter a ordem social. Essa noção de
contrato traz implícito que as pessoas abrem mão de certos direitos para um
governo ou outra autoridade a fim de obter as vantagens da ordem social. Nesse
prisma, o contrato social seria um acordo entre os membros da sociedade, pelo
qual reconhecem a autoridade, igualmente sobre todos, de um conjunto de
regras, de um regime político ou de um governante.
                           O ponto inicial da maior parte dessas teorias é o exame da condição
                           humana na ausência de qualquer ordem social
                           estruturada, normalmente chamada de "estado de natureza". Nesse
                           estado, as ações dos indivíduos estariam limitadas apenas por seu
                           poder e sua consciência. Desse ponto em comum, os proponentes das
                           teorias do contrato social tentam explicar, cada um a seu modo, como
                           foi do interesse racional do indivíduo abdicar da liberdade que possuiria
                           no estado de natureza para obter os benefícios da ordem política.
No primeiro livro da obra, e Jean-Jacques
                    Rousseau passa em exame as principais
                    questões da vida política. Sua principal
                    preocupação já se expõe na primeira frase do
                    primeiro capítulo deste livro: O homem nasce
                    livre, e por toda a parte encontra-se
                    acorrentado.
Nesse sentido, Rousseau começa Do contrato social questionando o
motivo de os homens viverem sob os grilhões da vida em sociedade, do
porquê de os homens abandonarem o estado de natureza, uma vez que
todos nascem homens e livres.
À questão do direito do mais forte, Rousseau
responde que: ceder à força constitui ato de
necessidade, não de vontade; quando muito, ato de
prudência. Em que sentido poderá representar um
dever?, ou seja, a força difere do direito porque
pode se impor, mas não obrigar. Assim, para
Rousseau, Força é diferente de Direito - o último é
um conceito moral, fundado na razão, enquanto a
força é um fato. Por isso não há direito (nem
Contrato) na submissão de um homem pela força.
Nenhum homem aliena sua liberdade gratuitamente
a um outro - tampouco um povo a um indivíduo.
A Escravidão não tem sentido para Rousseau, porque para o
autor, o homem depende da liberdade: a liberdade é
condição necessária da condição humana. Por isso, ele
afirma que renunciar à liberdade é renunciar à qualidade de
homem, aos direitos da humanidade, e até aos próprios
deveres.
Neste capítulo, o autor fornece uma introdução sobre o assunto
mencionado no livro que é a relação entre o direito de vida ou
morte e a escravidão. Rousseau indaga porque um homem nascido
livre se torna um escravo.


 O Homem nasce livre
Das primeiras sociedades


 a mais antiga de todas as sociedades e a
únicanatural , é a família.
se continuam unidos, já não é de maneira
natural.
É a família o primeiro modelo das sociedades
políticas.
Rousseau discorre sobre o poder do mais forte. Rousseau descreve então
as falhas e os buracos desse modo de pensamento. O mais comum é que o
senhor tenha o direito de governar e os súditos tenham o dever
inquestionável de obedecer. Mas que direito é esse que depende da força?
A partir do momento em que se cessa a força, a obediência também cessa.
Conclui-se que “a força não faz o direito e que só se é obrigado a obedecer
aos poderes legítimos”.
O mais forte nunca é bastante forte para
ser sempre o senhor.
A força é um ato de necessidade, e não
de vontade.
Neste capítulo, o assunto tratado é a escravidão. Se a força de um homem sobre
outro não é legítima, sobra somente o poder legítimo. A escravidão seria
legítima, pois foi com razão que o escravo se tornou um escravo? Não. A
escravidão não pode ser legítima, pelo menos não para uma população inteira. Se
uma pessoa pode se tornar escravo por vontade própria, porque populações não
o podem também? Porque uma pessoa se torna escrava em troca de
subsistência. Já uma população, quando se torna escrava, perdendo sua
liberdade, também perde seus bens que passas para o imperador. Nenhuma
população aceitaria isso o que torna a escravidão de uma população ilegítima.
 Um particular pode alienar sua liberdade
e converter-se em escravo de um senhor.
Renunciar à liberdade é renunciar à qualidade
de homem.
A guerra não é,pois,uma relação de homem
para homem, mas uma relação de Estado
para Estado.
Só se tem o direito de matar o inimigo quando não
se pode escravizá-lo.
As palavras escravidão e direito são
contraditórias; excluem-se mutuamente.
De como sempre é preciso remontar a uma
               primeira convenção.
Aqui o autor separa uma agregação de um senhor e seus escravos e uma
população e seu imperador. Aqui ele remete à lei do mais forte. Para um povo se
entregar a um rei, é necessário que ele seja aprovado. No caso de não
unanimidade, como seria definida a votação? Poderia ser maioria de votos? Ou
número de votos, sendo que alguns votos contam mais que outros. Para essas
escolhas é necessária uma convenção anterior, que é a base deste capítulo.
Sempre haverá grande diferença entre submeter uma multidão
e reger uma sociedade.
Antes de examinar o ato pelo qual um povo
ele um rei, seria bom examinar o ato pelo
qual um povo é um povo.
Do pacto social

Neste capítulo, o autor mostra como se formou um primeiro pacto social.
Quando os homens não tinham mais a capacidade de subsistência
individual, precisaram se unir e agregar-se. Formou-se assim o primeiro
pacto social. A partir desse momento o homem passou do estado natural
para o estado civil.

Encontrar uma forma de associação que
defenda e proteja com toda a força comum a
pessoa e os bens de cada associado , e pela
qual cada um, unindo-se a todos, só obedeça
, contudo, a si mesmo e permaneã tão livre
quanto antes.
Pessoa pública, assim formada pela união de todas
as demais , recebe o nome de cidade.

 Aos associados , eles recebem coletivamente
o nome de povo.
 Cidadãos,são súditos, enquanto submetidos
às leis do estado.
Do soberano


Quando se elege um soberano, que pode tanto ser um indivíduo como um
corpo político, estabelece-se uma relação entre os povos e o soberano. Cada
um deve ajudar ao outro.


 Associação encerra um compromisso
recíproco do público com os particulares.
Do estado civil


Quando o homem passa do estado natural para o civil, várias mudanças
ocorrem. Ele substitui o instinto pela justiça e adiciona moral à sua conduta.
O homem perde sua liberdade natural e o direito a tudo que puder alcançar. E
ganha a liberdade civil, que é limitada pela vontade geral, e impossibilidade de
passar sobre os direitos de outro indivíduo.

O que o homem perde pelo contrato social
é a liberdade natural.
O que com ele ganha é a liberdade civil e a
propriedade de tudo o que possui.
Do domínio real


  Cada indivíduo de uma comunidade entrega-se a ela com todas as forças.
 A posse não muda de mãos, mas na verdade é a força da comunidade que
 aumenta.
 Todo homem tem direito ao que lhe é necessário, mas o ato positivo, que o
torna proprietário de qualquer bem, o exclui de tudo o mais. Não deve se
preocupar com nada além de sua parte.

 O pacto fundamental substitui, ao contrário, por uma igualdade moral e
legítima aqui que a natureza traria de desigualdade física entre os homens.
Os homens, depois de terem perdido sua liberdade natural (quando o coração
ainda não havia corrompido, existindo uma piedade natural),necessitariam
ganhar em troca a liberdade civil, sendo tal contrato um mecanismo para isso.
O povo seria ao mesmo tempo parte ativa e passiva deste contrato, isto
é, agente do processo de elaboração das leis e de cumprimento
destas, compreendendo que obedecer a lei que se escreve para si mesmo
seria um ato de liberdade.
Jean-Jacques Rousseau e o Contrato Social

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Pensamento político de Montesquieu
Pensamento político de MontesquieuPensamento político de Montesquieu
Pensamento político de MontesquieuRogerio Terra
 
Apresentação1 - Seminário - Rousseau
Apresentação1 - Seminário - RousseauApresentação1 - Seminário - Rousseau
Apresentação1 - Seminário - Rousseauslidesdetrabalho
 
Os contratualistas: Hobbes e Locke
Os contratualistas: Hobbes e LockeOs contratualistas: Hobbes e Locke
Os contratualistas: Hobbes e LockeRogerio Terra
 
Capítulo 8 Filosofando - Aprender a morrer
Capítulo 8 Filosofando - Aprender a morrerCapítulo 8 Filosofando - Aprender a morrer
Capítulo 8 Filosofando - Aprender a morrerAthirson Downloadz
 
Os contratualistas
Os contratualistasOs contratualistas
Os contratualistasConrado_p_m
 
Estado sociedade e poder
Estado sociedade e poderEstado sociedade e poder
Estado sociedade e poderArlindo Picoli
 
Aula - O que é PODER - Michel Foucault
Aula - O que é PODER - Michel FoucaultAula - O que é PODER - Michel Foucault
Aula - O que é PODER - Michel FoucaultProf. Noe Assunção
 
Conhecimento, Ética e Justiça em Rousseau
Conhecimento, Ética e Justiça em RousseauConhecimento, Ética e Justiça em Rousseau
Conhecimento, Ética e Justiça em RousseauFelipe de Luca
 
O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08
O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08
O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08Rodrigo Cisco
 

Mais procurados (20)

Jean Jacques Rousseau
Jean Jacques RousseauJean Jacques Rousseau
Jean Jacques Rousseau
 
Pensamento político de Montesquieu
Pensamento político de MontesquieuPensamento político de Montesquieu
Pensamento político de Montesquieu
 
Apresentação1 - Seminário - Rousseau
Apresentação1 - Seminário - RousseauApresentação1 - Seminário - Rousseau
Apresentação1 - Seminário - Rousseau
 
Rousseau
RousseauRousseau
Rousseau
 
Os contratualistas: Hobbes e Locke
Os contratualistas: Hobbes e LockeOs contratualistas: Hobbes e Locke
Os contratualistas: Hobbes e Locke
 
Capítulo 8 Filosofando - Aprender a morrer
Capítulo 8 Filosofando - Aprender a morrerCapítulo 8 Filosofando - Aprender a morrer
Capítulo 8 Filosofando - Aprender a morrer
 
Os contratualistas
Os contratualistasOs contratualistas
Os contratualistas
 
Filosofia Hegel
Filosofia HegelFilosofia Hegel
Filosofia Hegel
 
Aula 19 - O Contratualismo - Thomas Hobbes
Aula 19 - O Contratualismo - Thomas HobbesAula 19 - O Contratualismo - Thomas Hobbes
Aula 19 - O Contratualismo - Thomas Hobbes
 
Jean jacques rousseau
Jean jacques rousseauJean jacques rousseau
Jean jacques rousseau
 
Thomas hobbes
Thomas hobbesThomas hobbes
Thomas hobbes
 
Estado sociedade e poder
Estado sociedade e poderEstado sociedade e poder
Estado sociedade e poder
 
Aula 14 Liberdade e política - Karl Marx
Aula 14   Liberdade e política - Karl MarxAula 14   Liberdade e política - Karl Marx
Aula 14 Liberdade e política - Karl Marx
 
Aula - O que é PODER - Michel Foucault
Aula - O que é PODER - Michel FoucaultAula - O que é PODER - Michel Foucault
Aula - O que é PODER - Michel Foucault
 
Conhecimento, Ética e Justiça em Rousseau
Conhecimento, Ética e Justiça em RousseauConhecimento, Ética e Justiça em Rousseau
Conhecimento, Ética e Justiça em Rousseau
 
Rosseau
RosseauRosseau
Rosseau
 
Jean paul sartre
Jean paul sartreJean paul sartre
Jean paul sartre
 
Thommas Hobbes
Thommas HobbesThommas Hobbes
Thommas Hobbes
 
O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08
O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08
O contratualismo hobbes, locke e rouseau aula 08
 
INDIVÍDUO E SOCIEDADE
INDIVÍDUO E SOCIEDADEINDIVÍDUO E SOCIEDADE
INDIVÍDUO E SOCIEDADE
 

Destaque

Formação do Estado segundo Rousseau
Formação do Estado segundo RousseauFormação do Estado segundo Rousseau
Formação do Estado segundo Rousseauespacoaberto
 
TEORIA CONTRATUALISTA SEGUNDO Rosseau,Hobbes, Locke.
TEORIA CONTRATUALISTA SEGUNDO Rosseau,Hobbes, Locke.TEORIA CONTRATUALISTA SEGUNDO Rosseau,Hobbes, Locke.
TEORIA CONTRATUALISTA SEGUNDO Rosseau,Hobbes, Locke.Nábila Quennet
 
06. contrato social john locke
06. contrato social   john locke06. contrato social   john locke
06. contrato social john lockeHernando Professor
 
Jean jacques rousseau
Jean jacques rousseauJean jacques rousseau
Jean jacques rousseauMiriam Berry
 
emilio-ou-da-educacao-rousseau
 emilio-ou-da-educacao-rousseau emilio-ou-da-educacao-rousseau
emilio-ou-da-educacao-rousseauLiana Vale
 
Jean-Jacques Rousseau Project
Jean-Jacques Rousseau ProjectJean-Jacques Rousseau Project
Jean-Jacques Rousseau Projectjjrousseau
 
O símbolo perdido - Dan Brown
O símbolo perdido - Dan Brown O símbolo perdido - Dan Brown
O símbolo perdido - Dan Brown ThaisRocha05
 
Lentes & defeitos da visão.
Lentes & defeitos da visão.Lentes & defeitos da visão.
Lentes & defeitos da visão.ThaisRocha05
 
Aula filosofia contrato&governo
Aula filosofia contrato&governoAula filosofia contrato&governo
Aula filosofia contrato&governoGuilherme Marin
 

Destaque (16)

Formação do Estado segundo Rousseau
Formação do Estado segundo RousseauFormação do Estado segundo Rousseau
Formação do Estado segundo Rousseau
 
Contrato social 2
Contrato social 2Contrato social 2
Contrato social 2
 
Jean Jacques Rousseau
Jean Jacques RousseauJean Jacques Rousseau
Jean Jacques Rousseau
 
Emílio, ou da educação
Emílio, ou da educaçãoEmílio, ou da educação
Emílio, ou da educação
 
TEORIA CONTRATUALISTA SEGUNDO Rosseau,Hobbes, Locke.
TEORIA CONTRATUALISTA SEGUNDO Rosseau,Hobbes, Locke.TEORIA CONTRATUALISTA SEGUNDO Rosseau,Hobbes, Locke.
TEORIA CONTRATUALISTA SEGUNDO Rosseau,Hobbes, Locke.
 
06. contrato social john locke
06. contrato social   john locke06. contrato social   john locke
06. contrato social john locke
 
Jean jacques rousseau
Jean jacques rousseauJean jacques rousseau
Jean jacques rousseau
 
Música no japão
Música no japãoMúsica no japão
Música no japão
 
Rousseau
RousseauRousseau
Rousseau
 
emilio-ou-da-educacao-rousseau
 emilio-ou-da-educacao-rousseau emilio-ou-da-educacao-rousseau
emilio-ou-da-educacao-rousseau
 
Jean-Jacques Rousseau Project
Jean-Jacques Rousseau ProjectJean-Jacques Rousseau Project
Jean-Jacques Rousseau Project
 
Jean-Jacques Rousseau
Jean-Jacques RousseauJean-Jacques Rousseau
Jean-Jacques Rousseau
 
Jean Jacques Rousseau
Jean Jacques RousseauJean Jacques Rousseau
Jean Jacques Rousseau
 
O símbolo perdido - Dan Brown
O símbolo perdido - Dan Brown O símbolo perdido - Dan Brown
O símbolo perdido - Dan Brown
 
Lentes & defeitos da visão.
Lentes & defeitos da visão.Lentes & defeitos da visão.
Lentes & defeitos da visão.
 
Aula filosofia contrato&governo
Aula filosofia contrato&governoAula filosofia contrato&governo
Aula filosofia contrato&governo
 

Semelhante a Jean-Jacques Rousseau e o Contrato Social

Contrato social – wikipédia, a enciclopédia livre
Contrato social – wikipédia, a enciclopédia livreContrato social – wikipédia, a enciclopédia livre
Contrato social – wikipédia, a enciclopédia livreAdilsonivp
 
Os contratualistas
Os contratualistasOs contratualistas
Os contratualistasConrado_p_m
 
Aulla iv john locke 15042014
Aulla iv   john locke 15042014Aulla iv   john locke 15042014
Aulla iv john locke 15042014Bruno Uchôas
 
Teoria Geral do Estado - Aula 2
Teoria Geral do Estado - Aula 2Teoria Geral do Estado - Aula 2
Teoria Geral do Estado - Aula 2Carlagi Gi
 
Teoria Geral do Estado - Aula 2
Teoria Geral do Estado - Aula 2Teoria Geral do Estado - Aula 2
Teoria Geral do Estado - Aula 2Carlagi Gi
 
Teoria Geral do Estado - Aula 2
Teoria Geral do Estado - Aula 2Teoria Geral do Estado - Aula 2
Teoria Geral do Estado - Aula 2Carlagi Gi
 
Jean-Jacques Rousseau
Jean-Jacques RousseauJean-Jacques Rousseau
Jean-Jacques RousseauDanyellaL
 
Interesse Nacional e Sistema de Partidos - Legitimidade Eleitoral, Legitimida...
Interesse Nacional e Sistema de Partidos - Legitimidade Eleitoral, Legitimida...Interesse Nacional e Sistema de Partidos - Legitimidade Eleitoral, Legitimida...
Interesse Nacional e Sistema de Partidos - Legitimidade Eleitoral, Legitimida...A. Rui Teixeira Santos
 
SEMINÁRIO - ROUSSEAU - 14-04 - maria clara.pptx
SEMINÁRIO - ROUSSEAU - 14-04 - maria clara.pptxSEMINÁRIO - ROUSSEAU - 14-04 - maria clara.pptx
SEMINÁRIO - ROUSSEAU - 14-04 - maria clara.pptxMariaClaraBatista16
 
Aula 2 [1-2022-filo] - Contratualistas
Aula 2 [1-2022-filo] - ContratualistasAula 2 [1-2022-filo] - Contratualistas
Aula 2 [1-2022-filo] - ContratualistasGerson Coppes
 
cidania e democracia.pdf
cidania e democracia.pdfcidania e democracia.pdf
cidania e democracia.pdfFernanda Bastos
 
Jusnaturalismo 3
Jusnaturalismo 3Jusnaturalismo 3
Jusnaturalismo 3Allan Jacks
 
Paper de ética jurídica
Paper de ética jurídicaPaper de ética jurídica
Paper de ética jurídicaNelson Sena
 

Semelhante a Jean-Jacques Rousseau e o Contrato Social (20)

Contrato social – wikipédia, a enciclopédia livre
Contrato social – wikipédia, a enciclopédia livreContrato social – wikipédia, a enciclopédia livre
Contrato social – wikipédia, a enciclopédia livre
 
Os contratualistas
Os contratualistasOs contratualistas
Os contratualistas
 
Liberdade vs. Igualdade
Liberdade vs. IgualdadeLiberdade vs. Igualdade
Liberdade vs. Igualdade
 
Aulla iv john locke 15042014
Aulla iv   john locke 15042014Aulla iv   john locke 15042014
Aulla iv john locke 15042014
 
Rousseau
RousseauRousseau
Rousseau
 
FILOSOFIA POLÍTICA - 3 ANO
FILOSOFIA  POLÍTICA - 3 ANOFILOSOFIA  POLÍTICA - 3 ANO
FILOSOFIA POLÍTICA - 3 ANO
 
Teoria Geral do Estado - Aula 2
Teoria Geral do Estado - Aula 2Teoria Geral do Estado - Aula 2
Teoria Geral do Estado - Aula 2
 
Teoria Geral do Estado - Aula 2
Teoria Geral do Estado - Aula 2Teoria Geral do Estado - Aula 2
Teoria Geral do Estado - Aula 2
 
Teoria Geral do Estado - Aula 2
Teoria Geral do Estado - Aula 2Teoria Geral do Estado - Aula 2
Teoria Geral do Estado - Aula 2
 
Jean-Jacques Rousseau
Jean-Jacques RousseauJean-Jacques Rousseau
Jean-Jacques Rousseau
 
Nicolau Maquiavel
Nicolau MaquiavelNicolau Maquiavel
Nicolau Maquiavel
 
Interesse Nacional e Sistema de Partidos - Legitimidade Eleitoral, Legitimida...
Interesse Nacional e Sistema de Partidos - Legitimidade Eleitoral, Legitimida...Interesse Nacional e Sistema de Partidos - Legitimidade Eleitoral, Legitimida...
Interesse Nacional e Sistema de Partidos - Legitimidade Eleitoral, Legitimida...
 
Teoria do Estado... Introdução...
Teoria do Estado... Introdução...Teoria do Estado... Introdução...
Teoria do Estado... Introdução...
 
SEMINÁRIO - ROUSSEAU - 14-04 - maria clara.pptx
SEMINÁRIO - ROUSSEAU - 14-04 - maria clara.pptxSEMINÁRIO - ROUSSEAU - 14-04 - maria clara.pptx
SEMINÁRIO - ROUSSEAU - 14-04 - maria clara.pptx
 
Aula 2 [1-2022-filo] - Contratualistas
Aula 2 [1-2022-filo] - ContratualistasAula 2 [1-2022-filo] - Contratualistas
Aula 2 [1-2022-filo] - Contratualistas
 
cidania e democracia.pdf
cidania e democracia.pdfcidania e democracia.pdf
cidania e democracia.pdf
 
Jusnaturalismo 3
Jusnaturalismo 3Jusnaturalismo 3
Jusnaturalismo 3
 
Paper de ética jurídica
Paper de ética jurídicaPaper de ética jurídica
Paper de ética jurídica
 
Concepções de Estado 02
Concepções  de Estado 02Concepções  de Estado 02
Concepções de Estado 02
 
Concepções do Estado....
Concepções do Estado.... Concepções do Estado....
Concepções do Estado....
 

Último

UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...ArianeLima50
 
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxOrações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxKtiaOliveira68
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxRonys4
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumUniversidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumPatrícia de Sá Freire, PhD. Eng.
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERDeiciane Chaves
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasCasa Ciências
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasillucasp132400
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.keislayyovera123
 

Último (20)

UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...
 
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxOrações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comumUniversidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
Universidade Empreendedora como uma Plataforma para o Bem comum
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
 

Jean-Jacques Rousseau e o Contrato Social

  • 1.
  • 2. Jean-Jacques Rousseau (Nasceu em Genebra em 28 de Junho de 1712 -- e morreu em Ermenonville em 2 de Julho de 1778) foi um importante filósofo, teórico político, escritor e compositor autodidata suíço. É considerado um dos principais filósofos do iluminismo e um precursor do romantismo.  Discurso Sobre as Ciências e as Artes  Discurso Sobre a Origem da Desigualdade Entre os Homens  Do Contrato Social  Da Educação  Os Devaneios de um Caminhante Solitário
  • 3.
  • 4. Nesta obra, Rousseau expõe a sua noção de Contrato Social, que difere muito das de Hobbes e Locke: para Rousseau, o homem é naturalmente bom, sendo a sociedade, instituição regida pela política, a culpada pela "degeneração" do mesmo. A obra Do Contrato Social, publicada em 1762, propõe que todos os homens façam um novo contrato social onde se defenda a liberdade do homem baseado na experiência política das antigas civilizações onde predomina o consenso, garantindo os direitos de todos os cidadãos.
  • 5. Indica uma classe abrangente de teorias que tentam explicar os caminhos que levam as pessoas a formar Estados ou manter a ordem social. Essa noção de contrato traz implícito que as pessoas abrem mão de certos direitos para um governo ou outra autoridade a fim de obter as vantagens da ordem social. Nesse prisma, o contrato social seria um acordo entre os membros da sociedade, pelo qual reconhecem a autoridade, igualmente sobre todos, de um conjunto de regras, de um regime político ou de um governante. O ponto inicial da maior parte dessas teorias é o exame da condição humana na ausência de qualquer ordem social estruturada, normalmente chamada de "estado de natureza". Nesse estado, as ações dos indivíduos estariam limitadas apenas por seu poder e sua consciência. Desse ponto em comum, os proponentes das teorias do contrato social tentam explicar, cada um a seu modo, como foi do interesse racional do indivíduo abdicar da liberdade que possuiria no estado de natureza para obter os benefícios da ordem política.
  • 6.
  • 7. No primeiro livro da obra, e Jean-Jacques Rousseau passa em exame as principais questões da vida política. Sua principal preocupação já se expõe na primeira frase do primeiro capítulo deste livro: O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se acorrentado. Nesse sentido, Rousseau começa Do contrato social questionando o motivo de os homens viverem sob os grilhões da vida em sociedade, do porquê de os homens abandonarem o estado de natureza, uma vez que todos nascem homens e livres.
  • 8. À questão do direito do mais forte, Rousseau responde que: ceder à força constitui ato de necessidade, não de vontade; quando muito, ato de prudência. Em que sentido poderá representar um dever?, ou seja, a força difere do direito porque pode se impor, mas não obrigar. Assim, para Rousseau, Força é diferente de Direito - o último é um conceito moral, fundado na razão, enquanto a força é um fato. Por isso não há direito (nem Contrato) na submissão de um homem pela força. Nenhum homem aliena sua liberdade gratuitamente a um outro - tampouco um povo a um indivíduo.
  • 9. A Escravidão não tem sentido para Rousseau, porque para o autor, o homem depende da liberdade: a liberdade é condição necessária da condição humana. Por isso, ele afirma que renunciar à liberdade é renunciar à qualidade de homem, aos direitos da humanidade, e até aos próprios deveres.
  • 10. Neste capítulo, o autor fornece uma introdução sobre o assunto mencionado no livro que é a relação entre o direito de vida ou morte e a escravidão. Rousseau indaga porque um homem nascido livre se torna um escravo.  O Homem nasce livre
  • 11. Das primeiras sociedades  a mais antiga de todas as sociedades e a únicanatural , é a família. se continuam unidos, já não é de maneira natural. É a família o primeiro modelo das sociedades políticas.
  • 12. Rousseau discorre sobre o poder do mais forte. Rousseau descreve então as falhas e os buracos desse modo de pensamento. O mais comum é que o senhor tenha o direito de governar e os súditos tenham o dever inquestionável de obedecer. Mas que direito é esse que depende da força? A partir do momento em que se cessa a força, a obediência também cessa. Conclui-se que “a força não faz o direito e que só se é obrigado a obedecer aos poderes legítimos”. O mais forte nunca é bastante forte para ser sempre o senhor. A força é um ato de necessidade, e não de vontade.
  • 13. Neste capítulo, o assunto tratado é a escravidão. Se a força de um homem sobre outro não é legítima, sobra somente o poder legítimo. A escravidão seria legítima, pois foi com razão que o escravo se tornou um escravo? Não. A escravidão não pode ser legítima, pelo menos não para uma população inteira. Se uma pessoa pode se tornar escravo por vontade própria, porque populações não o podem também? Porque uma pessoa se torna escrava em troca de subsistência. Já uma população, quando se torna escrava, perdendo sua liberdade, também perde seus bens que passas para o imperador. Nenhuma população aceitaria isso o que torna a escravidão de uma população ilegítima.
  • 14.  Um particular pode alienar sua liberdade e converter-se em escravo de um senhor. Renunciar à liberdade é renunciar à qualidade de homem. A guerra não é,pois,uma relação de homem para homem, mas uma relação de Estado para Estado. Só se tem o direito de matar o inimigo quando não se pode escravizá-lo. As palavras escravidão e direito são contraditórias; excluem-se mutuamente.
  • 15. De como sempre é preciso remontar a uma primeira convenção. Aqui o autor separa uma agregação de um senhor e seus escravos e uma população e seu imperador. Aqui ele remete à lei do mais forte. Para um povo se entregar a um rei, é necessário que ele seja aprovado. No caso de não unanimidade, como seria definida a votação? Poderia ser maioria de votos? Ou número de votos, sendo que alguns votos contam mais que outros. Para essas escolhas é necessária uma convenção anterior, que é a base deste capítulo. Sempre haverá grande diferença entre submeter uma multidão e reger uma sociedade. Antes de examinar o ato pelo qual um povo ele um rei, seria bom examinar o ato pelo qual um povo é um povo.
  • 16. Do pacto social Neste capítulo, o autor mostra como se formou um primeiro pacto social. Quando os homens não tinham mais a capacidade de subsistência individual, precisaram se unir e agregar-se. Formou-se assim o primeiro pacto social. A partir desse momento o homem passou do estado natural para o estado civil. Encontrar uma forma de associação que defenda e proteja com toda a força comum a pessoa e os bens de cada associado , e pela qual cada um, unindo-se a todos, só obedeça , contudo, a si mesmo e permaneã tão livre quanto antes.
  • 17. Pessoa pública, assim formada pela união de todas as demais , recebe o nome de cidade.  Aos associados , eles recebem coletivamente o nome de povo.  Cidadãos,são súditos, enquanto submetidos às leis do estado.
  • 18. Do soberano Quando se elege um soberano, que pode tanto ser um indivíduo como um corpo político, estabelece-se uma relação entre os povos e o soberano. Cada um deve ajudar ao outro.  Associação encerra um compromisso recíproco do público com os particulares.
  • 19. Do estado civil Quando o homem passa do estado natural para o civil, várias mudanças ocorrem. Ele substitui o instinto pela justiça e adiciona moral à sua conduta. O homem perde sua liberdade natural e o direito a tudo que puder alcançar. E ganha a liberdade civil, que é limitada pela vontade geral, e impossibilidade de passar sobre os direitos de outro indivíduo. O que o homem perde pelo contrato social é a liberdade natural. O que com ele ganha é a liberdade civil e a propriedade de tudo o que possui.
  • 20. Do domínio real  Cada indivíduo de uma comunidade entrega-se a ela com todas as forças. A posse não muda de mãos, mas na verdade é a força da comunidade que aumenta.  Todo homem tem direito ao que lhe é necessário, mas o ato positivo, que o torna proprietário de qualquer bem, o exclui de tudo o mais. Não deve se preocupar com nada além de sua parte.  O pacto fundamental substitui, ao contrário, por uma igualdade moral e legítima aqui que a natureza traria de desigualdade física entre os homens.
  • 21. Os homens, depois de terem perdido sua liberdade natural (quando o coração ainda não havia corrompido, existindo uma piedade natural),necessitariam ganhar em troca a liberdade civil, sendo tal contrato um mecanismo para isso. O povo seria ao mesmo tempo parte ativa e passiva deste contrato, isto é, agente do processo de elaboração das leis e de cumprimento destas, compreendendo que obedecer a lei que se escreve para si mesmo seria um ato de liberdade.