3. Vida
Nasceu na República de Genebra, atual Suíça
28 de junho de 1712 – 02 de julho de 1772 (66 anos)
É considerado um dos principais filósofos do iluminismo e um precursor
do romantismo
Tinha como principal rival o também iluminista Voltaire*
Tornou-se famoso como escritor, filósofo e compositor (escreveu sete
óperas)
Três anos após o lançamento de sua obra mais famosa (Do Contrato
Social), ele se exilou na Inglaterra*
Voltou para a França dois anos depois, isolando-se até seu último dia
4. Ideais e Valores
ESTADO DE NATUREZA,
CONTRATO SOCIAL,
LIBERDADE (NATURAL E CIVIL)
ETC
5. Ideais e valores
Estado de natureza
Segundo Rousseau, o estado de natureza seria composto por indivíduos que não pensam,
ou seja, não tomam atitudes que não sejam baseadas no corpo, pois são amorais e não
sabem o que é bom ou ruim. Não são hostis, tampouco inclinados a formar uma
sociedade; são animais.
O estado de natureza só seria abandonado quando os indivíduos percebessem a
importância da cooperação, onde todos precisassem de todos e, devido a tal fato,
formariam uma sociedade dependente.
Rousseau ganha uma interpretação equivocada em relação ao seu mais famoso termo
do “bom selvagem”, já que a expressão é apenas uma idealização teórica. Para ele, não
há diferença entre bom e ruim no estado de natureza, visto que os homens são animais
irracionais.
6. Ideais e valores
Contrato social
Uma semelhança entre Rousseau e os demais filósofos políticos foi a divisão entre o estado
de natureza e o estado cívico, visto que o estado de natureza seria abandonado quando
os indivíduos observassem o benefício da cooperação.*
Rousseau acreditava que a necessidade de dependência causaria a ruína de uma
sociedade falha, pois a competição excessiva ameaçaria a sobrevivência.*
A primeira manifestação de sociedade segundo este filósofo foi a família, porque apenas
ela causaria empatia instintiva em seus membros. Ainda sim, uma vez que os filhos
atingissem a maioridade, agiriam por si e não mais por outros.
De acordo com Rousseau, quando os homens se unem na sociedade civil por meio do
contrato social e abandonam as reivindicações do direito natural, eles podem obter a
auto-preservação e a liberdade. Isto só seria possível através da submissão à Vontade
Geral, que não significa que fossem submetidos à vontade de outros, mas sim à vontade
de si mesmos, pois seriam coletivamente autores da lei. *
7. “
”
O homem nasce livre, e em toda
parte é posto a ferros. Quem se
julga o senhor dos outros não
deixa de ser tão escravo quanto
eles.
LIVRO “DO CONTRATO SOCIAL”, ABRIL DE 1762
Jean-Jacques Rousseau
8. Ideais e valores
Vontade Geral
Funda o pacto social, garantindo a liberdade dos indivíduos
Baseia-se em algo que se sobrepõe às vontades individuais (o bem ou interesse
comum)
A vontade geral não é somatória dos interesses particulares, pois baseia-se no
consenso da maioria (consenso, não unanimidade)
Onde imperam vontades individuais ocorre o fim do contrato social
9. Ideais e valores
Soberania
O povo é detentor da soberania. Portanto, as leis emanam da vontade geral deste
A soberania é indivisível, pois ou a vontade é geral, ou não existe
As leis emanam da vontade geral do povo
A soberania é infalível, pois sempre refletirá o bem em prol público
10. Ideais e valores
Liberdade natural
Para Rousseau, a liberdade natural
caracteriza-se por ações tomadas
pelo indivíduo com o objetivo de
satisfazer seus instintos, isto é, com o
objetivo de satisfazer suas
necessidades. O homem neste estado
de natureza desconsidera as
consequências de suas ações para
com os demais, ou seja, não tem a
vontade e nem a obrigação de
manter o vínculo das relações sociais.
Liberdade civil
As leis estabelecidas no contrato
social asseguram a liberdade civil
através dos direitos e deveres de
cada cidadão no corpo político da
sociedade. Mas para isso, cada
cidadão deve “doar-se”
completamente, submetendo-se ao
padrão coletivo.
12. Rousseau por Weffort
Os Clássicos da Política, vol. 1. Foi escrito pelo cientista político brasileiro Francisco
Weffort em 1989
Weffort expande a interpretação da expressão “povo soberano”, desenvolvida
por Rousseau, afirmando que “mesmo sob um regime monárquico, o povo pode
manter-se como soberano, desde que o monarca se caracterize como
funcionário do povo” (p. 99)
Weffort relata também que, segundo Rousseau, o primeiro sentimento do homem
foi o de sua existência; seu primeiro cuidado, o de sua conservação
À medida que a natureza passava a exigir mais da capacidade de sobrevivência,
o gênero humano se expandiu, forçando-os a incluir diferentes hábitos em seu
cotidiano
13. Obras e
citações
PRINCIPAIS
OBRAS/CITAÇÕES E BREVE
RESUMO TEMPORAL E
CONTEXTUAL
14. Do Contrato Social
Publicado em 1762
Foi retirado da obra “Instituições Políticas”, que mais tarde veio a ser
parcialmente destruída por Rousseau e as partes “menos indignas” deram
origem à obra “Do Contrato Social”.
Quando lançado, o livro foi proibido pela Igreja e Rousseau fugiu para exilar-se
na Inglaterra à pedido do também filósofo David Hume.
Estabeleceu uma comunidade política em face dos problemas da sociedade
comercial, já citado anteriormente em outra obra de Rousseau, “Discurso
sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens”.
Nesta obra, Rousseau desenvolve teorias para explicar o abandono do estado
de natureza (versão bem diferente do modelo de Hobbes).
15. Emilio, ou Da Educação
Publicado em maio 1762, um mês depois de “Do Contrato Social”
Mostra a forma que Rousseau acha adequada para educar as crianças,
o que é no mínimo contraditório, visto que anos antes deixara seus cinco
filhos num orfanato
O que escreve como peça mestra do Emílio, a "Profissão de Fé do Vigário
Saboiano", acarretar-lhe-á perseguições e retaliações tanto em Paris
como em Genebra. Chega a ter obras queimadas. Rousseau rejeita
a religião revelada e é fortemente censurado. Era adepto de
uma religião natural, em que o ser humano poderia encontrar Deus em
seu próprio coração
16. A Nova Heloísa
Publicado em 1758
Por meio de um romance bem traçado entre um jovem professor e sua
aluna, esposa de um aristocrata, no século XVIII, Rousseau expressa suas
considerações filosóficas sobre os conflitos entre o comportamento e os
preconceitos sociais de sua época
17. Os Devaneios de um Caminhante
Solitário
Desenvolvido já perto do fim da vida do autor, que iniciou a obra em
1776 e a terminou em 1778, quando veio a falecer
Nesta época, dedica-se à natureza, que sempre foi uma de suas paixões.
Seu grande interesse por botânica o leva a recolher espécies e montar
um herbário. Seus relatos desta época estão nesse mesmo livro
18. “
”
O homem é bom por natureza. É
a sociedade que o corrompe.
Jean-Jacques Rousseau
21. Paralelos
Rousseau
Defende que no estado de
natureza o homem é
animalesco e possui traços
primitivos; desejos corporais.
Para Rousseau, todos os
homens devem se submeter à
Vontade Geral.
Hobbes
Afirma que no estado de
natureza os homens já são
hostis e racionais, possuidores
de moralidade individual.
Para Hobbes, os homens
deveriam abrir mão de sua
liberdade natural para que
pudessem se unir através do
contrato e assim, garantir sua
segurança.
Locke
Para Locke, o estado de
natureza é onde todos
possuem sua própria razão e
podem julgar o infrator (ao
contrário de Hobbes que
imagina uma guerra
generalizada)
Diferentemente de Rousseau,
Locke não menciona uma
vontade geral, pois acredita
que o homem é livre para
fazer o que quiser.