SlideShare uma empresa Scribd logo
DIREITO CIVIL III

Prof. Guido Cavalcanti. Aula 2
• A boa-fé tradicionalmente figura como elemento dos
estudos jurídicos quando se deve investigar se o
indivíduo possui ou não ciência sobre uma determinada
condição.
• por exemplo, se o individuo conhece, ou não, um vício
que macula a sua posse sobre determinado terreno.
Essa perspectiva da boa-fé convencionou-se denominar
boa-fé subjetiva.
• Existe, todavia, uma outra forma de atuação da boa-fé
no direito brasileiro, denominada boa-fé objetiva, a qual
foge de qualquer ilação sobre um estado de espírito do
agente para se fixar em uma análise voltada para
critérios estritamente objetivos.
As três funções da boa-fé objetiva
• É comum delimitar-se três funções típicas
desempenhadas pela boa-fé objetiva no direito brasileiro.
Sendo assim, pode-se definir a função tríplice da boa-fé
objetiva da seguinte forma:
• A boa-fé objetiva desempenha inicialmente um papel de
critério para a interpretação da declaração da vontade
nos negócios jurídicos.
•

Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos
do lugar de sua celebração.
• Esse dispositivo ganha relevo ao indicar que a primeira
função da boa-fé objetiva é dirigir a interpretação do juiz
ou árbitro relativamente ao negócio celebrado.
• Impedindo que o contrato seja interpretado de forma a
atingir finalidade oposta àquela que se deveria
licitamente esperar.
• A boa-fé objetiva atua ainda como forma de valorar o
abuso no exercício dos direitos subjetivos, conforme
consta do art. 187 do Código Civil:
•

Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede
manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou
pelos bons costumes.
• E, por fim, a boa-fé objetiva é, ainda, norma de conduta
imposta aos contratantes, segundo o disposto no art.
422 do Código Civil:
•

Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato,
como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.

• A função desempenhada pela boa-fé objetiva a partir do
dispositivo no art. 422 é, sem dúvida, a sua atuação
mais comentada pela doutrina e da qual mais se vale a
jurisprudência dos tribunais nacionais.
Os deveres anexos de conduta
• O motivo pelo qual a terceira função da boa-fé objetiva
recebeu tamanho destaque deriva justamente do seu
próprio conteúdo: impor às partes contratantes deveres
objetivos de conduta.
• não necessariamente precisam constar do instrumento
contratual para que possam ser cobrados e cumpridos
• Tratam-se dos chamados deveres secundários, ou
anexos, aos quais todas as partes de um negócio devem
manter estrita observância.
• Essa caracterização da boa-fé objetiva como a
disposição de deveres de conduta que as partes devem
guardar difere frontalmente daquela concepção clássica
de boa-fé subjetiva, ligada a um estado psicológico do
agente.
• Os deveres secundários impostos pelo art. 422 foram
gradativamente sendo construídos pela doutrina e pela
jurisprudência, podendo-se mesmo falar em quatro
deveres básicos:
•
•
•
•

(i) dever de informação e esclarecimento;
(ii) dever de cooperação e lealdade;
(iii) deveres de proteção e cuidado;
(iv) dever de segredo ou sigilo.
• Exemplos:
• os deveres de cuidado, previdência e segurança, como o
dever do depositário de não apenas guardar a coisa,
mas também de bem acondicionar o objeto deixado em
depósito
• os deveres de aviso e esclarecimento, como o do
advogado, de aconselhar o seu cliente acerca das
melhores possibilidades de cada via judicial passível de
escolha para a satisfação de seu desideratum.
• os deveres de informação, de exponencial relevância no
âmbito das relações jurídicas de consumo, seja por
expressa disposição legal (CDC, arts. 12, in fine, 14, 18,
20, 30 e 31, entre outros), seja em atenção ao
mandamento da boa-fé objetiva;
• O enquadramento legal da boa-fé objetiva sempre se
mostrará atrelada à tutela da confiança, sobretudo no
que diz respeito à aplicação desse princípio aos casos
de responsabilidade pré-contratual.
• Antonio Junqueira de Azevedo afirma que a redação do
art. 422 se mostra insuficiente, deficiente e
desatualizada perante às exigências da prática
contratual moderna.
• Segundo o autor, o artigo seria insuficiente em sua
redação pois não deixa claro se os seus dispositivos
constituem norma cogente ou meramente dispositiva.
• além de não mencionar as fases pré e pós-contratuais
para fins de responsabilização.
• O artigo seria ainda deficiente por não prever de forma
explícita quais são os chamados deveres anexos.
• o dispositivo seria desatualizado pois confere poderes
desmesurados ao juiz para interferir nas relações
contratuais, abrindo possibilidade para se incrementar a
sobrecarga de processos que impede o regular
funcionamento do Poder Judiciário

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Teoria geral dos recursos dpc aplicado - 2015 (ATUALIZADO)
Teoria geral dos recursos   dpc aplicado - 2015 (ATUALIZADO)Teoria geral dos recursos   dpc aplicado - 2015 (ATUALIZADO)
Teoria geral dos recursos dpc aplicado - 2015 (ATUALIZADO)
Ricardo Damião
 
Civil apresentação 1
Civil apresentação 1Civil apresentação 1
Civil apresentação 1
Lucas Guerreiro
 
Lei 8.429 92 - Atos de Improbidade
Lei 8.429 92 - Atos de ImprobidadeLei 8.429 92 - Atos de Improbidade
Lei 8.429 92 - Atos de ImprobidadeMagno Júnior
 
Direito Administrativo - Aula 1 - Princípios
Direito Administrativo - Aula 1 - PrincípiosDireito Administrativo - Aula 1 - Princípios
Direito Administrativo - Aula 1 - Princípios
Daniel Oliveira
 
Teoria Geral do Direito Civil - Defeitos dos Negócios Jurídicos
Teoria Geral do Direito Civil - Defeitos dos Negócios JurídicosTeoria Geral do Direito Civil - Defeitos dos Negócios Jurídicos
Teoria Geral do Direito Civil - Defeitos dos Negócios Jurídicos
Dayane Barros
 
2012.1 semana 9 negocio juridico
2012.1 semana 9   negocio juridico2012.1 semana 9   negocio juridico
2012.1 semana 9 negocio juridico
Nilo Tavares
 
Principios direito administrativo
Principios direito administrativoPrincipios direito administrativo
Principios direito administrativo
André Laubenstein Pereira
 
Vício redibitório - CIVIL 3
Vício redibitório - CIVIL 3Vício redibitório - CIVIL 3
Vício redibitório - CIVIL 3tuliomedeiross
 
Nulidades no processo penal
Nulidades no processo penalNulidades no processo penal
Nulidades no processo penal
Dimensson Costa Santos
 
Direito Constitucional: Nacionalidade
Direito Constitucional: NacionalidadeDireito Constitucional: Nacionalidade
Direito Constitucional: Nacionalidade
Matheus Augusto
 
Direito administrativo apostila-resumo bom para concursos
Direito administrativo  apostila-resumo bom para concursosDireito administrativo  apostila-resumo bom para concursos
Direito administrativo apostila-resumo bom para concursosleticia_sa
 
Advogado 4.0
Advogado 4.0Advogado 4.0
Hábeas corpus
Hábeas corpusHábeas corpus
Hábeas corpus
iei192lucy
 
Direito Civil Contratos
Direito Civil ContratosDireito Civil Contratos
Direito Civil Contratos
Tércio De Santana
 
Direito Civil Parte Geral Aula 01
Direito Civil Parte Geral Aula 01Direito Civil Parte Geral Aula 01
Direito Civil Parte Geral Aula 01
Tércio De Santana
 
Direito real de laje
Direito real de lajeDireito real de laje
Direito real de laje
IRIB
 
Classificação dos contratos - CIVIL 3
Classificação dos contratos  - CIVIL 3Classificação dos contratos  - CIVIL 3
Classificação dos contratos - CIVIL 3tuliomedeiross
 

Mais procurados (20)

Teoria geral dos recursos dpc aplicado - 2015 (ATUALIZADO)
Teoria geral dos recursos   dpc aplicado - 2015 (ATUALIZADO)Teoria geral dos recursos   dpc aplicado - 2015 (ATUALIZADO)
Teoria geral dos recursos dpc aplicado - 2015 (ATUALIZADO)
 
Civil apresentação 1
Civil apresentação 1Civil apresentação 1
Civil apresentação 1
 
Lei 8.429 92 - Atos de Improbidade
Lei 8.429 92 - Atos de ImprobidadeLei 8.429 92 - Atos de Improbidade
Lei 8.429 92 - Atos de Improbidade
 
Civil - Aulas contratos
Civil - Aulas contratosCivil - Aulas contratos
Civil - Aulas contratos
 
Direito Administrativo - Aula 1 - Princípios
Direito Administrativo - Aula 1 - PrincípiosDireito Administrativo - Aula 1 - Princípios
Direito Administrativo - Aula 1 - Princípios
 
Teoria Geral do Direito Civil - Defeitos dos Negócios Jurídicos
Teoria Geral do Direito Civil - Defeitos dos Negócios JurídicosTeoria Geral do Direito Civil - Defeitos dos Negócios Jurídicos
Teoria Geral do Direito Civil - Defeitos dos Negócios Jurídicos
 
2012.1 semana 9 negocio juridico
2012.1 semana 9   negocio juridico2012.1 semana 9   negocio juridico
2012.1 semana 9 negocio juridico
 
Principios direito administrativo
Principios direito administrativoPrincipios direito administrativo
Principios direito administrativo
 
Vício redibitório - CIVIL 3
Vício redibitório - CIVIL 3Vício redibitório - CIVIL 3
Vício redibitório - CIVIL 3
 
Aula 15
Aula 15Aula 15
Aula 15
 
Nulidades no processo penal
Nulidades no processo penalNulidades no processo penal
Nulidades no processo penal
 
Direito Constitucional: Nacionalidade
Direito Constitucional: NacionalidadeDireito Constitucional: Nacionalidade
Direito Constitucional: Nacionalidade
 
Direito administrativo apostila-resumo bom para concursos
Direito administrativo  apostila-resumo bom para concursosDireito administrativo  apostila-resumo bom para concursos
Direito administrativo apostila-resumo bom para concursos
 
Advogado 4.0
Advogado 4.0Advogado 4.0
Advogado 4.0
 
Aula 9
Aula 9Aula 9
Aula 9
 
Hábeas corpus
Hábeas corpusHábeas corpus
Hábeas corpus
 
Direito Civil Contratos
Direito Civil ContratosDireito Civil Contratos
Direito Civil Contratos
 
Direito Civil Parte Geral Aula 01
Direito Civil Parte Geral Aula 01Direito Civil Parte Geral Aula 01
Direito Civil Parte Geral Aula 01
 
Direito real de laje
Direito real de lajeDireito real de laje
Direito real de laje
 
Classificação dos contratos - CIVIL 3
Classificação dos contratos  - CIVIL 3Classificação dos contratos  - CIVIL 3
Classificação dos contratos - CIVIL 3
 

Semelhante a Direito Civil - Contratos - Boa Fé Objetiva

Direito civil material
Direito civil material Direito civil material
Direito civil material wleiteas
 
AULA 01_DIREITOS DO CONSUMIDOR.pptx
AULA 01_DIREITOS DO CONSUMIDOR.pptxAULA 01_DIREITOS DO CONSUMIDOR.pptx
AULA 01_DIREITOS DO CONSUMIDOR.pptx
ThiagoDias80251
 
As modalidades das obrigacoes
As modalidades das obrigacoesAs modalidades das obrigacoes
As modalidades das obrigacoes
Universidade Pedagogica
 
Contratos vol 1
Contratos vol 1Contratos vol 1
Contratos vol 1
Daniele Ribeiro
 
Cláusulas contratuais os prazos de carência para a entrega das unidades imobi...
Cláusulas contratuais os prazos de carência para a entrega das unidades imobi...Cláusulas contratuais os prazos de carência para a entrega das unidades imobi...
Cláusulas contratuais os prazos de carência para a entrega das unidades imobi...
Olinda Caetano
 
Trabalho de Civil
Trabalho de CivilTrabalho de Civil
Trabalho de Civil
Advogadassqn
 
Modalidades das obrigacoes
Modalidades das obrigacoesModalidades das obrigacoes
Modalidades das obrigacoes
Universidade Pedagogica
 
#Direito do consumidor oab xxii (2017) - cristiano sobral
#Direito do consumidor   oab xxii (2017) - cristiano sobral#Direito do consumidor   oab xxii (2017) - cristiano sobral
#Direito do consumidor oab xxii (2017) - cristiano sobral
ale braga
 
Papel do administrador judicial na lre
Papel do administrador judicial na lrePapel do administrador judicial na lre
Papel do administrador judicial na lre
Ronaldo Santos
 
Doscontratosemgeral 121217165559-phpapp01
Doscontratosemgeral 121217165559-phpapp01Doscontratosemgeral 121217165559-phpapp01
Doscontratosemgeral 121217165559-phpapp01Jori de Pinho
 
Princípios constitucionais do Direito Civil
Princípios constitucionais do Direito CivilPrincípios constitucionais do Direito Civil
Princípios constitucionais do Direito Civil
Advogadassqn
 
Direito Civil IV - Contratos - Mackenzie - 4º Semestre - luis fernando do val...
Direito Civil IV - Contratos - Mackenzie - 4º Semestre - luis fernando do val...Direito Civil IV - Contratos - Mackenzie - 4º Semestre - luis fernando do val...
Direito Civil IV - Contratos - Mackenzie - 4º Semestre - luis fernando do val...Fábio Peres
 
AULA OAB XX ESTRATÉGIA DIREITO CIVIL 04
AULA OAB XX ESTRATÉGIA DIREITO CIVIL 04AULA OAB XX ESTRATÉGIA DIREITO CIVIL 04
AULA OAB XX ESTRATÉGIA DIREITO CIVIL 04
Esdras Arthur Lopes Pessoa
 
NormasLegis - (6) Contrato
NormasLegis - (6) ContratoNormasLegis - (6) Contrato
NormasLegis - (6) Contrato
profealbattaiola
 
A (juris) prudência do registrador intérprete - Marcelo
A (juris) prudência do registrador intérprete - MarceloA (juris) prudência do registrador intérprete - Marcelo
A (juris) prudência do registrador intérprete - MarceloIRIB
 
Resumo livro - Noronha
Resumo livro -  NoronhaResumo livro -  Noronha
Resumo livro - Noronha
Pedro Cechet
 
Direito civil obrigações
Direito civil obrigaçõesDireito civil obrigações
Direito civil obrigações
Junior Xavier
 
AULA 02 - CONTRATOS - Interpretação e classificação.ppt
AULA 02 - CONTRATOS - Interpretação e classificação.pptAULA 02 - CONTRATOS - Interpretação e classificação.ppt
AULA 02 - CONTRATOS - Interpretação e classificação.ppt
LviaMiranda13
 

Semelhante a Direito Civil - Contratos - Boa Fé Objetiva (20)

Direito civil material
Direito civil material Direito civil material
Direito civil material
 
AULA 01_DIREITOS DO CONSUMIDOR.pptx
AULA 01_DIREITOS DO CONSUMIDOR.pptxAULA 01_DIREITOS DO CONSUMIDOR.pptx
AULA 01_DIREITOS DO CONSUMIDOR.pptx
 
As modalidades das obrigacoes
As modalidades das obrigacoesAs modalidades das obrigacoes
As modalidades das obrigacoes
 
Contratos vol 1
Contratos vol 1Contratos vol 1
Contratos vol 1
 
Cláusulas contratuais os prazos de carência para a entrega das unidades imobi...
Cláusulas contratuais os prazos de carência para a entrega das unidades imobi...Cláusulas contratuais os prazos de carência para a entrega das unidades imobi...
Cláusulas contratuais os prazos de carência para a entrega das unidades imobi...
 
Trabalho de Civil
Trabalho de CivilTrabalho de Civil
Trabalho de Civil
 
Modalidades das obrigacoes
Modalidades das obrigacoesModalidades das obrigacoes
Modalidades das obrigacoes
 
#Direito do consumidor oab xxii (2017) - cristiano sobral
#Direito do consumidor   oab xxii (2017) - cristiano sobral#Direito do consumidor   oab xxii (2017) - cristiano sobral
#Direito do consumidor oab xxii (2017) - cristiano sobral
 
Papel do administrador judicial na lre
Papel do administrador judicial na lrePapel do administrador judicial na lre
Papel do administrador judicial na lre
 
Doscontratosemgeral 121217165559-phpapp01
Doscontratosemgeral 121217165559-phpapp01Doscontratosemgeral 121217165559-phpapp01
Doscontratosemgeral 121217165559-phpapp01
 
Empresarial 19
Empresarial 19Empresarial 19
Empresarial 19
 
Princípios constitucionais do Direito Civil
Princípios constitucionais do Direito CivilPrincípios constitucionais do Direito Civil
Princípios constitucionais do Direito Civil
 
Direito Civil IV - Contratos - Mackenzie - 4º Semestre - luis fernando do val...
Direito Civil IV - Contratos - Mackenzie - 4º Semestre - luis fernando do val...Direito Civil IV - Contratos - Mackenzie - 4º Semestre - luis fernando do val...
Direito Civil IV - Contratos - Mackenzie - 4º Semestre - luis fernando do val...
 
AULA OAB XX ESTRATÉGIA DIREITO CIVIL 04
AULA OAB XX ESTRATÉGIA DIREITO CIVIL 04AULA OAB XX ESTRATÉGIA DIREITO CIVIL 04
AULA OAB XX ESTRATÉGIA DIREITO CIVIL 04
 
NormasLegis - (6) Contrato
NormasLegis - (6) ContratoNormasLegis - (6) Contrato
NormasLegis - (6) Contrato
 
Empresarial 16
Empresarial 16Empresarial 16
Empresarial 16
 
A (juris) prudência do registrador intérprete - Marcelo
A (juris) prudência do registrador intérprete - MarceloA (juris) prudência do registrador intérprete - Marcelo
A (juris) prudência do registrador intérprete - Marcelo
 
Resumo livro - Noronha
Resumo livro -  NoronhaResumo livro -  Noronha
Resumo livro - Noronha
 
Direito civil obrigações
Direito civil obrigaçõesDireito civil obrigações
Direito civil obrigações
 
AULA 02 - CONTRATOS - Interpretação e classificação.ppt
AULA 02 - CONTRATOS - Interpretação e classificação.pptAULA 02 - CONTRATOS - Interpretação e classificação.ppt
AULA 02 - CONTRATOS - Interpretação e classificação.ppt
 

Mais de Guido Cavalcanti

Propriedade e internet
Propriedade e internetPropriedade e internet
Propriedade e internet
Guido Cavalcanti
 
Aula 5 Obrigações de Meio, Resultado, Alternativa e Facultativa
Aula 5  Obrigações de Meio, Resultado, Alternativa e FacultativaAula 5  Obrigações de Meio, Resultado, Alternativa e Facultativa
Aula 5 Obrigações de Meio, Resultado, Alternativa e Facultativa
Guido Cavalcanti
 
Direito do Consumidor - Relação de Consumo (consumidor, produto, serviço)
Direito do Consumidor - Relação de Consumo (consumidor, produto, serviço)Direito do Consumidor - Relação de Consumo (consumidor, produto, serviço)
Direito do Consumidor - Relação de Consumo (consumidor, produto, serviço)
Guido Cavalcanti
 
Responsabilidade Civil e Nexo de Causalidade
Responsabilidade Civil e Nexo de CausalidadeResponsabilidade Civil e Nexo de Causalidade
Responsabilidade Civil e Nexo de Causalidade
Guido Cavalcanti
 
Aula 3 Obrigações
Aula 3   Obrigações Aula 3   Obrigações
Aula 3 Obrigações
Guido Cavalcanti
 
Direito das Obrigações - aula 2 - elementos e classificação
Direito das Obrigações - aula 2 - elementos e classificaçãoDireito das Obrigações - aula 2 - elementos e classificação
Direito das Obrigações - aula 2 - elementos e classificação
Guido Cavalcanti
 
Aula 01 Direito do Consumidor
Aula 01   Direito do ConsumidorAula 01   Direito do Consumidor
Aula 01 Direito do Consumidor
Guido Cavalcanti
 
Direito das Obrigações - aula 1
Direito das Obrigações - aula 1Direito das Obrigações - aula 1
Direito das Obrigações - aula 1
Guido Cavalcanti
 
Direitos Reais. aquisição da propriedade. usucapião
Direitos Reais. aquisição da propriedade. usucapiãoDireitos Reais. aquisição da propriedade. usucapião
Direitos Reais. aquisição da propriedade. usucapião
Guido Cavalcanti
 
Direitos Reais. Propriedade
Direitos Reais. PropriedadeDireitos Reais. Propriedade
Direitos Reais. Propriedade
Guido Cavalcanti
 
Direitos Reais. aquisição da propriedade. usucapião
Direitos Reais. aquisição da propriedade. usucapiãoDireitos Reais. aquisição da propriedade. usucapião
Direitos Reais. aquisição da propriedade. usucapião
Guido Cavalcanti
 
Direitos Reais, efeitos da posse
Direitos Reais, efeitos da posseDireitos Reais, efeitos da posse
Direitos Reais, efeitos da posse
Guido Cavalcanti
 
Direitos Reais. aquisição posse
Direitos Reais. aquisição posseDireitos Reais. aquisição posse
Direitos Reais. aquisição posse
Guido Cavalcanti
 
Direitos Reais. Posse
Direitos Reais. PosseDireitos Reais. Posse
Direitos Reais. Posse
Guido Cavalcanti
 
Direitos Reais - Posse
Direitos Reais - PosseDireitos Reais - Posse
Direitos Reais - Posse
Guido Cavalcanti
 
Direitos Reais. Direito de vizinhança, superfícies e servidão
Direitos Reais. Direito de vizinhança, superfícies e servidãoDireitos Reais. Direito de vizinhança, superfícies e servidão
Direitos Reais. Direito de vizinhança, superfícies e servidão
Guido Cavalcanti
 

Mais de Guido Cavalcanti (17)

Propriedade e internet
Propriedade e internetPropriedade e internet
Propriedade e internet
 
Aula 5 Obrigações de Meio, Resultado, Alternativa e Facultativa
Aula 5  Obrigações de Meio, Resultado, Alternativa e FacultativaAula 5  Obrigações de Meio, Resultado, Alternativa e Facultativa
Aula 5 Obrigações de Meio, Resultado, Alternativa e Facultativa
 
Direito do Consumidor - Relação de Consumo (consumidor, produto, serviço)
Direito do Consumidor - Relação de Consumo (consumidor, produto, serviço)Direito do Consumidor - Relação de Consumo (consumidor, produto, serviço)
Direito do Consumidor - Relação de Consumo (consumidor, produto, serviço)
 
Responsabilidade Civil e Nexo de Causalidade
Responsabilidade Civil e Nexo de CausalidadeResponsabilidade Civil e Nexo de Causalidade
Responsabilidade Civil e Nexo de Causalidade
 
Aula 3 Obrigações
Aula 3   Obrigações Aula 3   Obrigações
Aula 3 Obrigações
 
Direito das Obrigações - aula 2 - elementos e classificação
Direito das Obrigações - aula 2 - elementos e classificaçãoDireito das Obrigações - aula 2 - elementos e classificação
Direito das Obrigações - aula 2 - elementos e classificação
 
Aula 01 Direito do Consumidor
Aula 01   Direito do ConsumidorAula 01   Direito do Consumidor
Aula 01 Direito do Consumidor
 
Direito das Obrigações - aula 1
Direito das Obrigações - aula 1Direito das Obrigações - aula 1
Direito das Obrigações - aula 1
 
Direito civiliii aula2
Direito civiliii aula2Direito civiliii aula2
Direito civiliii aula2
 
Direitos Reais. aquisição da propriedade. usucapião
Direitos Reais. aquisição da propriedade. usucapiãoDireitos Reais. aquisição da propriedade. usucapião
Direitos Reais. aquisição da propriedade. usucapião
 
Direitos Reais. Propriedade
Direitos Reais. PropriedadeDireitos Reais. Propriedade
Direitos Reais. Propriedade
 
Direitos Reais. aquisição da propriedade. usucapião
Direitos Reais. aquisição da propriedade. usucapiãoDireitos Reais. aquisição da propriedade. usucapião
Direitos Reais. aquisição da propriedade. usucapião
 
Direitos Reais, efeitos da posse
Direitos Reais, efeitos da posseDireitos Reais, efeitos da posse
Direitos Reais, efeitos da posse
 
Direitos Reais. aquisição posse
Direitos Reais. aquisição posseDireitos Reais. aquisição posse
Direitos Reais. aquisição posse
 
Direitos Reais. Posse
Direitos Reais. PosseDireitos Reais. Posse
Direitos Reais. Posse
 
Direitos Reais - Posse
Direitos Reais - PosseDireitos Reais - Posse
Direitos Reais - Posse
 
Direitos Reais. Direito de vizinhança, superfícies e servidão
Direitos Reais. Direito de vizinhança, superfícies e servidãoDireitos Reais. Direito de vizinhança, superfícies e servidão
Direitos Reais. Direito de vizinhança, superfícies e servidão
 

Último

Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Biblioteca UCS
 
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e Mateus
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir"  - Jorge e MateusAtividade - Letra da música "Tem Que Sorrir"  - Jorge e Mateus
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e Mateus
Mary Alvarenga
 
os-lusiadas-resumo-os-lusiadas-10-ano.pdf
os-lusiadas-resumo-os-lusiadas-10-ano.pdfos-lusiadas-resumo-os-lusiadas-10-ano.pdf
os-lusiadas-resumo-os-lusiadas-10-ano.pdf
GiselaAlves15
 
Caça-palavras ortografia M antes de P e B.
Caça-palavras    ortografia M antes de P e B.Caça-palavras    ortografia M antes de P e B.
Caça-palavras ortografia M antes de P e B.
Mary Alvarenga
 
A dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptx
A dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptxA dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptx
A dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptx
ReinaldoSouza57
 
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptxApresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
JulianeMelo17
 
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdfAPOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
RenanSilva991968
 
O sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de Carvalho
O sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de CarvalhoO sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de Carvalho
O sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de Carvalho
analuisasesso
 
“A classe operária vai ao paraíso os modos de produzir e trabalhar ao longo ...
“A classe operária vai ao paraíso  os modos de produzir e trabalhar ao longo ...“A classe operária vai ao paraíso  os modos de produzir e trabalhar ao longo ...
“A classe operária vai ao paraíso os modos de produzir e trabalhar ao longo ...
AdrianoMontagna1
 
CADERNO DE CONCEITOS E ORIENTAÇÕES DO CENSO ESCOLAR 2024.pdf
CADERNO DE CONCEITOS E ORIENTAÇÕES DO CENSO ESCOLAR 2024.pdfCADERNO DE CONCEITOS E ORIENTAÇÕES DO CENSO ESCOLAR 2024.pdf
CADERNO DE CONCEITOS E ORIENTAÇÕES DO CENSO ESCOLAR 2024.pdf
NatySousa3
 
the_story_garden_5_SB_with_activities.pdf
the_story_garden_5_SB_with_activities.pdfthe_story_garden_5_SB_with_activities.pdf
the_story_garden_5_SB_with_activities.pdf
CarinaSoto12
 
Caderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdf
Caderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdfCaderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdf
Caderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdf
carlaslr1
 
Aula01 - ensino médio - (Filosofia).pptx
Aula01 - ensino médio - (Filosofia).pptxAula01 - ensino médio - (Filosofia).pptx
Aula01 - ensino médio - (Filosofia).pptx
kdn15710
 
Fato X Opinião (Língua Portuguesa 9º Ano).pptx
Fato X Opinião (Língua Portuguesa 9º Ano).pptxFato X Opinião (Língua Portuguesa 9º Ano).pptx
Fato X Opinião (Língua Portuguesa 9º Ano).pptx
MariaFatima425285
 
Aula 3- 6º HIS - As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos ...
Aula 3- 6º HIS - As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos ...Aula 3- 6º HIS - As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos ...
Aula 3- 6º HIS - As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos ...
Luana Neres
 
Sócrates e os sofistas - apresentação de slides
Sócrates e os sofistas - apresentação de slidesSócrates e os sofistas - apresentação de slides
Sócrates e os sofistas - apresentação de slides
jbellas2
 
PlanejamentoAnual_GEO_2024_EMPFG_FRCPA1MA_26-05-2024_09h47min.docx
PlanejamentoAnual_GEO_2024_EMPFG_FRCPA1MA_26-05-2024_09h47min.docxPlanejamentoAnual_GEO_2024_EMPFG_FRCPA1MA_26-05-2024_09h47min.docx
PlanejamentoAnual_GEO_2024_EMPFG_FRCPA1MA_26-05-2024_09h47min.docx
MatildesBraga1
 
Sinais de pontuação
Sinais de pontuaçãoSinais de pontuação
Sinais de pontuação
Mary Alvarenga
 
Aula 2 - 6º HIS - Formas de registro da história e da produção do conheciment...
Aula 2 - 6º HIS - Formas de registro da história e da produção do conheciment...Aula 2 - 6º HIS - Formas de registro da história e da produção do conheciment...
Aula 2 - 6º HIS - Formas de registro da história e da produção do conheciment...
Luana Neres
 
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoAtividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
MateusTavares54
 

Último (20)

Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
 
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e Mateus
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir"  - Jorge e MateusAtividade - Letra da música "Tem Que Sorrir"  - Jorge e Mateus
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e Mateus
 
os-lusiadas-resumo-os-lusiadas-10-ano.pdf
os-lusiadas-resumo-os-lusiadas-10-ano.pdfos-lusiadas-resumo-os-lusiadas-10-ano.pdf
os-lusiadas-resumo-os-lusiadas-10-ano.pdf
 
Caça-palavras ortografia M antes de P e B.
Caça-palavras    ortografia M antes de P e B.Caça-palavras    ortografia M antes de P e B.
Caça-palavras ortografia M antes de P e B.
 
A dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptx
A dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptxA dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptx
A dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptx
 
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptxApresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
 
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdfAPOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
 
O sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de Carvalho
O sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de CarvalhoO sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de Carvalho
O sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de Carvalho
 
“A classe operária vai ao paraíso os modos de produzir e trabalhar ao longo ...
“A classe operária vai ao paraíso  os modos de produzir e trabalhar ao longo ...“A classe operária vai ao paraíso  os modos de produzir e trabalhar ao longo ...
“A classe operária vai ao paraíso os modos de produzir e trabalhar ao longo ...
 
CADERNO DE CONCEITOS E ORIENTAÇÕES DO CENSO ESCOLAR 2024.pdf
CADERNO DE CONCEITOS E ORIENTAÇÕES DO CENSO ESCOLAR 2024.pdfCADERNO DE CONCEITOS E ORIENTAÇÕES DO CENSO ESCOLAR 2024.pdf
CADERNO DE CONCEITOS E ORIENTAÇÕES DO CENSO ESCOLAR 2024.pdf
 
the_story_garden_5_SB_with_activities.pdf
the_story_garden_5_SB_with_activities.pdfthe_story_garden_5_SB_with_activities.pdf
the_story_garden_5_SB_with_activities.pdf
 
Caderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdf
Caderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdfCaderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdf
Caderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdf
 
Aula01 - ensino médio - (Filosofia).pptx
Aula01 - ensino médio - (Filosofia).pptxAula01 - ensino médio - (Filosofia).pptx
Aula01 - ensino médio - (Filosofia).pptx
 
Fato X Opinião (Língua Portuguesa 9º Ano).pptx
Fato X Opinião (Língua Portuguesa 9º Ano).pptxFato X Opinião (Língua Portuguesa 9º Ano).pptx
Fato X Opinião (Língua Portuguesa 9º Ano).pptx
 
Aula 3- 6º HIS - As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos ...
Aula 3- 6º HIS - As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos ...Aula 3- 6º HIS - As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos ...
Aula 3- 6º HIS - As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos ...
 
Sócrates e os sofistas - apresentação de slides
Sócrates e os sofistas - apresentação de slidesSócrates e os sofistas - apresentação de slides
Sócrates e os sofistas - apresentação de slides
 
PlanejamentoAnual_GEO_2024_EMPFG_FRCPA1MA_26-05-2024_09h47min.docx
PlanejamentoAnual_GEO_2024_EMPFG_FRCPA1MA_26-05-2024_09h47min.docxPlanejamentoAnual_GEO_2024_EMPFG_FRCPA1MA_26-05-2024_09h47min.docx
PlanejamentoAnual_GEO_2024_EMPFG_FRCPA1MA_26-05-2024_09h47min.docx
 
Sinais de pontuação
Sinais de pontuaçãoSinais de pontuação
Sinais de pontuação
 
Aula 2 - 6º HIS - Formas de registro da história e da produção do conheciment...
Aula 2 - 6º HIS - Formas de registro da história e da produção do conheciment...Aula 2 - 6º HIS - Formas de registro da história e da produção do conheciment...
Aula 2 - 6º HIS - Formas de registro da história e da produção do conheciment...
 
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoAtividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
 

Direito Civil - Contratos - Boa Fé Objetiva

  • 1. DIREITO CIVIL III Prof. Guido Cavalcanti. Aula 2
  • 2. • A boa-fé tradicionalmente figura como elemento dos estudos jurídicos quando se deve investigar se o indivíduo possui ou não ciência sobre uma determinada condição. • por exemplo, se o individuo conhece, ou não, um vício que macula a sua posse sobre determinado terreno. Essa perspectiva da boa-fé convencionou-se denominar boa-fé subjetiva.
  • 3. • Existe, todavia, uma outra forma de atuação da boa-fé no direito brasileiro, denominada boa-fé objetiva, a qual foge de qualquer ilação sobre um estado de espírito do agente para se fixar em uma análise voltada para critérios estritamente objetivos.
  • 4. As três funções da boa-fé objetiva • É comum delimitar-se três funções típicas desempenhadas pela boa-fé objetiva no direito brasileiro. Sendo assim, pode-se definir a função tríplice da boa-fé objetiva da seguinte forma: • A boa-fé objetiva desempenha inicialmente um papel de critério para a interpretação da declaração da vontade nos negócios jurídicos. • Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.
  • 5. • Esse dispositivo ganha relevo ao indicar que a primeira função da boa-fé objetiva é dirigir a interpretação do juiz ou árbitro relativamente ao negócio celebrado. • Impedindo que o contrato seja interpretado de forma a atingir finalidade oposta àquela que se deveria licitamente esperar.
  • 6. • A boa-fé objetiva atua ainda como forma de valorar o abuso no exercício dos direitos subjetivos, conforme consta do art. 187 do Código Civil: • Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
  • 7. • E, por fim, a boa-fé objetiva é, ainda, norma de conduta imposta aos contratantes, segundo o disposto no art. 422 do Código Civil: • Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé. • A função desempenhada pela boa-fé objetiva a partir do dispositivo no art. 422 é, sem dúvida, a sua atuação mais comentada pela doutrina e da qual mais se vale a jurisprudência dos tribunais nacionais.
  • 8. Os deveres anexos de conduta • O motivo pelo qual a terceira função da boa-fé objetiva recebeu tamanho destaque deriva justamente do seu próprio conteúdo: impor às partes contratantes deveres objetivos de conduta. • não necessariamente precisam constar do instrumento contratual para que possam ser cobrados e cumpridos • Tratam-se dos chamados deveres secundários, ou anexos, aos quais todas as partes de um negócio devem manter estrita observância.
  • 9. • Essa caracterização da boa-fé objetiva como a disposição de deveres de conduta que as partes devem guardar difere frontalmente daquela concepção clássica de boa-fé subjetiva, ligada a um estado psicológico do agente.
  • 10. • Os deveres secundários impostos pelo art. 422 foram gradativamente sendo construídos pela doutrina e pela jurisprudência, podendo-se mesmo falar em quatro deveres básicos: • • • • (i) dever de informação e esclarecimento; (ii) dever de cooperação e lealdade; (iii) deveres de proteção e cuidado; (iv) dever de segredo ou sigilo.
  • 11. • Exemplos: • os deveres de cuidado, previdência e segurança, como o dever do depositário de não apenas guardar a coisa, mas também de bem acondicionar o objeto deixado em depósito • os deveres de aviso e esclarecimento, como o do advogado, de aconselhar o seu cliente acerca das melhores possibilidades de cada via judicial passível de escolha para a satisfação de seu desideratum. • os deveres de informação, de exponencial relevância no âmbito das relações jurídicas de consumo, seja por expressa disposição legal (CDC, arts. 12, in fine, 14, 18, 20, 30 e 31, entre outros), seja em atenção ao mandamento da boa-fé objetiva;
  • 12. • O enquadramento legal da boa-fé objetiva sempre se mostrará atrelada à tutela da confiança, sobretudo no que diz respeito à aplicação desse princípio aos casos de responsabilidade pré-contratual.
  • 13. • Antonio Junqueira de Azevedo afirma que a redação do art. 422 se mostra insuficiente, deficiente e desatualizada perante às exigências da prática contratual moderna. • Segundo o autor, o artigo seria insuficiente em sua redação pois não deixa claro se os seus dispositivos constituem norma cogente ou meramente dispositiva. • além de não mencionar as fases pré e pós-contratuais para fins de responsabilização.
  • 14. • O artigo seria ainda deficiente por não prever de forma explícita quais são os chamados deveres anexos. • o dispositivo seria desatualizado pois confere poderes desmesurados ao juiz para interferir nas relações contratuais, abrindo possibilidade para se incrementar a sobrecarga de processos que impede o regular funcionamento do Poder Judiciário