Ame como se nunca tivesse ferido.pdf

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ISBN 978-1-4934-1351-5
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“Aqueles que amamos têm a capacidade de nos machucar mais. Esta é a realidade em que
vivemos, mas o pastor Jentezen, em sua maneira envolvente, nos deu as ferramentas para amar
através de nossa dor. Meu amigo tem uma palavra inspirada de Deus que vai enriquecer sua
vida. Pegue uma cópia de seu novo livro hoje.”
Mark Batterson, pastor; Autor best-seller do New York Times, The Circle Maker
“Love Like You've Never Been Hurt é uma mensagem profunda sobre o poder do amor incondicional.
Uma leitura obrigatória para aqueles que estão prontos para se livrar das feridas do passado e correr
com força total para a vida plena e abundante que Deus planejou. Nas palavras de Jentezen, 'se
machucar faz parte da vida. É inevitável. Mas este não é o fim da história.' É hora de começar de
novo, curar e aprender a amar sem limites.”
Lisa Bevere, autora best-seller do New York Times; cofundador, Messenger
International
“Este pode ser o livro mais poderoso que você leu. O novo livro do pastor Jentezen
Franklin, Love Like You've Never Been Hurt, nos mostra o amor extravagante de Cristo e
nos inspira a amar como Deus nos amou. Se você foi ferido, traído, desapontado ou
esmagado, este livro fortalecerá sua fé e renovará sua esperança de que você pode
amar novamente.”
Craig Groeschel, pastor sênior, Life.Church; autor, Daily Power: 365 dias
de combustível para sua alma

Aos nossos netos, Amelia e Luca, para que possam viver um
legado de misericórdia e amor.

CONTEÚDO
Cobrir1
Folha de
rosto 3
Página de
direitos
autorais 4
Endossos 5
Dedicação 7
Agradecimentos 11
Introdução 13
1.
O amor
importa 19
2.
Amor nunca
falha 29
3. Nunca é errado amar 43
4.
Pare de manter a pontuação e comece a
perder a contagem 61
5.
O amor começa
aqui 81
6.
Gentileza
adorável 97
7.
Combatentes, Iniciadores de Incêndio e
Pacificadores113
8. E Nós Fomos Um 127
9.
Lute pelo seu
casamento 137
10. Uma base que dura 151
11. Lute por sua família167

12. Ame a Deus como você nunca foi
ferido 183
13. Continue
subindo 203
14. O Rei Tem Mais Um Movimento215

Notas 231
Sobre o autor 235
Voltar Anúncio 237
Contracapa 238

AGRADECIMENTOS
Tobrigado:
À minha incrível esposa, Cherise, que caminhou comigo em cada
passo deste livro. Que as lições desses capítulos deixem um legado
de graça, amor e perdão para nossos cinco filhos maravilhosos:
Courteney, Caressa, Caroline, Connar e Drake.
Para AJ Gregory. Este livro não teria sido possível sem sua
tremenda contribuição. Você é o melhor, e foi uma honra trabalhar
com você.
A Esther Fedorkevich e à maravilhosa equipe da The Fedd
Agency por acompanhar este projeto do início ao fim.
À família Free Chapel e aos indivíduos que trabalharam para
tornar este trabalho possível.
A Kim Bangs e à equipe dedicada da Chosen por acreditar
neste livro.

INTRODUÇÃO
MArk Twain disse: “Se você pegar um cachorro faminto e
próspero, ele não vai morder você. Esta é a principal diferença
entre um cão e um homem.”1
Twain estava certo.
Você pode cuidar de um cão que foi maltratado. Você pode amá-lo.
Você pode cultivá-lo. Você pode alimentá-lo. Você pode chamá-lo de
seu. Apesar da dor que este animal suportou e por causa do seu amor
por ele, este cão se tornará seu melhor amigo. Ele irá recebê-lo na porta
todos os dias. Ele virá quando você chamar. E ele será leal a você até o
dia de sua morte.
Por mais verdadeiro que seja esse relacionamento de sacrifício
mútuo para os cães, nem sempre é verdade para os seres
humanos. Na verdade, acredito que as mesmas pessoas que mais
amamos nos machucarão mais.
Temos que aprender a amar como se nunca tivéssemos sido
feridos.
Isso é fundamental porque, tão certo quanto você está lendo este
livro, alguém vai partir seu coração. Alguém vai abandoná-lo ou deixá-
lo. Alguém vai dizer algo doloroso para você. Alguém vai te
decepcionar. Alguém vai te decepcionar, mentir pra você, te apunhalar
pelas costas. Alguém vai te rejeitar.
As chances são de que alguém já tenha. Ao ler essas palavras,
você pode estar imaginando o rosto da pessoa que lhe causou dor. O
pai que saiu de casa quando você tinha cinco anos. O cônjuge que te
traiu. O irmão que se recusa a falar com você. A criança que escolheu
se rebelar. O amigo que traiu um segredo sagrado.
Seja o que for, você amou muito e foi ferido. Este alguém
cortou seu suprimento de amor. E você não está vivendo
plenamente, da maneira que Deus pretendia, porque você não

sabe como, ou se é mesmo possível, amar como se nunca
tivesse sido ferido.
É fácil amar os outros quando não temos conflito com eles. Ou quando
compartilhamos os mesmos pontos de vista. Ou a mesma teologia. Ou o
mesmo padrão. Isso é

é fácil amar quando o casamento está em fase de lua de mel, quando
nossos filhos agem bem o tempo todo, quando temos nossa saúde e
nossa felicidade.
Mas ninguém vive nesse tipo de estado o tempo todo.
Jesus nos disse que neste mundo teríamos problemas (João
16:33). Em Mateus 18:7 (NKJV), Ele ainda diz: “As ofensas devem vir”.
Se machucar faz parte da vida. É inevitável. Mas este não é o
fim da história.
Deus não quer que sejamos feridos ambulantes. Ele pretendia que
fôssemos curados e íntegros. Ele nos criou para amar como nunca
fomos feridos porque é isso que Ele faz, e somos feitos à Sua imagem.
James Garfield era o vigésimo presidente dos Estados Unidos há
apenas quatro meses quando foi baleado nas costas em 2 de julho de
1881, por um pretenso assassino. Ele viveu pouco menos de três
meses mais.
Você pensaria que foi o tiro que o matou. Não era.
Veja, a bala não penetrou em nenhum órgão vital. Ficou preso atrás do
pâncreas, mas não foi uma lesão fatal. Mas naquela época, os médicos
não estavam preocupados com germes; eles nem acreditavam que
existiam porque não podiam vê-los. Então, minutos depois que o presidente
Garfield foi baleado, os médicos o pressionaram para enfiar os dedos e
empurrar instrumentos não esterilizados em sua ferida. Eles cutucaram e
cutucaram o máximo que puderam em seu corpo, esperando encontrar a
bala e removê-la. Eles continuaram fazendo isso por oitenta dias enquanto
o presidente Garfield definhava no hospital. Como seria de esperar hoje,
essa escavação regular e não esterilizada piorou a condição do presidente.
Ele desenvolveu infecções e acabou morrendo.
Acho fascinante que o presidente Garfield não tenha sucumbido
à morte por causa do ferimento de bala. Ele morreu de infecções
causadas por médicos que continuaram sondando a ferida.
Engraçado – tendemos a fazer isso com nossas próprias feridas. Nós
repetimos as memórias ruins de novo e de novo. Falamos sobre eles
repetidamente para quem quiser ouvir. Pensamos em maneiras de nos
vingarmos. Nós cutucamos e cutucamos nossas feridas abertas. No
processo, nos tornamos amargos. Endurecido. E, muitas vezes,
negamos nosso amor a quem mais precisa.

Mas não é assim que Deus quer que vivamos. Ele quer nos dar
um novo começo. Uma nova história. Um novo começo. Ele quer
curar o que foi quebrado. Ele quer reconciliar o que foi dilacerado.
Trata-se de entender o perdão e a reconciliação bíblicos e estabelecer limites
saudáveis, como explicarei neste livro. Amor sem

limites não se trata de codependência ou pensamento
irracional, e não é um convite para ser usado como capacho
ou poste.
A linha inferior é que nós precisamos colocar nossos relacionamentos
juntos novamente. O Corpo de Cristo está cheio de pais que estão
distantes de seus próprios filhos. Alguns de nós não falam com
familiares há anos, embora morem a poucos quilômetros de distância.
Alguns netos nunca conheceram seus avós. Alguns cristãos que foram
abusados ao crescer ainda abrigam a injustiça, dificultando a busca de
relacionamentos saudáveis em suas próprias famílias. Alguns perderam
entes queridos e estão muito magoados para descobrir como amar os
que restaram.
Esta doença só pode ser curada pelo Amor.
Se falo as línguas dos homens e dos anjos, mas não tenho amor, sou apenas um
gongo que ressoa ou um címbalo que retine. Se eu tiver o dom da profecia e puder
sondar todos os mistérios e todo o conhecimento, e se tiver uma fé capaz de
mover montanhas, mas não tiver amor, nada serei. Se dou tudo o que possuo aos
pobres e entrego meu corpo às chamas, mas não tenho amor, não ganho nada.
O amor é paciente, o amor é gentil. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.
Não é rude, não é egoísta, não se irrita facilmente, não guarda nenhum registro de
erros. O amor não se deleita com o mal, mas se alegra com a verdade. Sempre
protege, sempre confia, sempre espera, sempre persevera.
1 Coríntios 13:1–8
Amor nunca falha.
O amor é uma força poderosa. Nesta passagem, Paulo observa que
nosso problema na Igreja é que colocamos os dons de poder acima do
amor. Mas a boa pregação, cultos de avivamento e palavras proféticas,
sem amor, falharão. Você não pode ganhar os perdidos com nenhuma
outra linguagem que não seja a linguagem do amor.
Quando buscamos amar a Deus, amar a nós mesmos e amar os outros,
podemos aprender a amar apesar do que aconteceu no passado. Podemos
consertar o quebrantamento que atormenta nossas famílias há gerações.
De fato, Paulo escreveu em 2 Coríntios 5 que devemos ter um ministério de
reconciliação (ver versículo 18). Se você é um crente em Jesus Cristo, você
é chamado para se reconciliar.
Nunca é errado amar.
Nunca está fora de ordem amar.
Você não se compromete quando ama.
Você nunca abaixa seus padrões quando ama.

Eu sei que essas são verdades carregadas para alguns de vocês
digerirem, e vou destrinchar o que elas significam ao longo deste livro.
Muitos de nós não percebem que o que mais importa na vida são os
relacionamentos. Uma vida abundante não consiste

da abundância de coisas. O mundo não dá muito valor aos
relacionamentos. Diz-nos que o dinheiro é importante. Os títulos
são importantes. O código postal certo é importante. A aparência é
importante. Carros rápidos e casas grandes são importantes.
Você se lembra quando Jesus foi questionado sobre qual era o
maior mandamento? Ele respondeu: "'Você deve amar o LORDteu
Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu
entendimento.' Este é o primeiro e grande mandamento. E a
segunda é assim: 'Amarás o teu próximo como a ti mesmo'” (Mateus
22:37–39NKJV).
Aqui Jesus enfatizou em grande estilo a importância dos
relacionamentos. É disso que se trata a vida – amar a Deus, amar a nós
mesmos e amar os outros.
Eu entendo o que é ser ferido. Não estou lhe dizendo para fazer
algo que eu mesmo não fiz — e até cometi erros ao longo do caminho
tentando. Conheço a tentação de não querer deixar de lado a mágoa
ou a decepção.
Meu casamento passou por duras provas e lutas, assim como minha
família. Ao escrever este livro, minha esposa e eu decidimos
compartilhar algumas coisas que nunca compartilhamos antes.
Determinamos que não precisamos manter uma frente ministerial. A vida
fica real! Às vezes eu me sentia desqualificado para pregar aos outros
porque meu próprio casamento e minha família estavam passando por
um inferno.
O que eu aprendi foi que se você está passando pelo inferno,
não pare por aí. Continue até chegar ao outro lado.
Descobri que o problema é um dos grandes servos de Deus porque
nos lembra o quanto precisamos dele continuamente. Deus não se deixa
levar por nossas lutas. Ele diz, eu vou ajudá-lo. Eu realmente vou.
Quando você chega o mais longe que pode, acaba de parar na entrada
de Deus. Quando você estiver pronto para levantar suas mãos, jogue-as
para Ele.
Alguns momentos mudam tudo sobre você e sua família para o resto
de sua vida. Seja uma perda, uma traição, um vício, uma infidelidade —
sem dúvida, essas coisas afetam a dinâmica de nossos
relacionamentos.
Mas Deus cria todas as coisas novas.

É hora de deixar que Ele lhe dê um novo começo. É hora de
deixar Deus curar suas feridas e curar suas feridas.
Adoro estas palavras escritas pelo antigo profeta:
Além disso, a luz da lua será como a luz do sol, e a luz do sol será sete vezes maior,
como a luz de sete dias, no dia em que o Senhor ligar a ferida do seu povo e curar o
golpe de sua ferida.
Isaías 30:26 NTLH

Se você deixar Deus curar seus lugares feridos, suas noites se
tornarão como dias e seus dias brilharão sete vezes mais.
Pense nisso por um momento.
Você quer estar certo ou reconciliado?
Você quer ser ferido ou curado?
Você quer continuar sendo a vítima ou começar a se tornar inteiro?
Desde que você começou a ler este livro, estou bastante confiante de
que sei
o que você responderia. E a única maneira de ser reconciliado,
curado e completo é amar como você nunca foi ferido.

CAPÍTULO UM
MATÉRIAS DE AMOR
Osua filha olhou para minha esposa, Cherise, e para mim. Seus
olhos brilharam com raiva.
Se você já criou um adolescente, sabe do que estou falando.
Não sei o que é, mas a maioria das crianças nessa idade parece
enlouquecer por cerca de seis anos.
“Você não pode me dizer o que fazer!” minha filha gritou.
Olhei para ela bem no rosto. “Nós vamos resolver isso.”
"Ugh," ela gemeu. "De jeito nenhum! Estou fora daqui."
"Oh não! Você não vai a lugar nenhum até nos sentarmos e
conversarmos!” Eu disse com os dentes cerrados.
No segundo em que nossa filha se virou para a porta do nosso quarto,
eu pulei para a posição. Posição de zagueiro. Estendendo cada braço,
bloqueei seu caminho.
“Você não pode me prender aqui!” nossa filha gritou.
"Ah, sim, nós podemos", eu atirei de volta, meus braços acenando
descontroladamente.
Minha frustração aumentou, mas meu coração se partiu.
Argumentos como este aconteceram muitas vezes, ao que parecia,
não apenas com essa filha, mas com outras também.
Durante esse episódio em particular, estávamos bem no meio de uma
crise familiar. Cada dia trazia outra luta. Alguns confrontos foram mais
perturbadores do que outros. Alguns despertaram profunda tristeza.
Outras palavras duras.
Tudo começou quando nossa filha mais velha foi para a faculdade.
Crescendo, ela era uma criança modelo. Mas durante as primeiras
semanas de escola, longe de casa, ela começou a se perder. Ela

queria ver como era do outro lado da vida da igreja. Ela se envolveu
com a turma errada. E ela fez algumas das piores escolhas que uma
jovem poderia fazer.

À medida que a situação se agravava, minha esposa e eu
sabíamos que precisávamos fazer alguma coisa.
Jamais esquecerei o dia em que estava dando os toques finais
em um sermão que estava prestes a pregar em trinta minutos.
Cherise voou para a sala, em uma missão. O olhar em seu rosto
dizia tudo.
“Jentezen, vou buscar nossa filha. Você vai escolher a igreja e
ficar e pregar, ou vai escolher sua filha e vir comigo?”
A resposta era óbvia. Larguei o que estava fazendo para cuidar
da minha família.
Cherise e eu não conversamos muito na viagem de três horas até a
universidade. Nossa filha não sabia que estávamos vindo, muito menos
para tirá-la da escola e trazê-la para casa. Não sabíamos o que esperar.
Assim que chegamos, Cherise ligou para ela. Minha esposa
perguntou o que ela estava fazendo, mas não mencionou que
estávamos lá. Esperei no carro enquanto Cherise entrava no prédio
onde nossa filha estava. De repente, minha esposa a viu andando
em direção ao saguão onde ela estava. No minuto em que nossa
filha viu Cherise, ela desmoronou. Caindo de joelhos, ela começou
a soluçar incontrolavelmente.
"Nós estamos levando você para casa", disse Cherise,
gentilmente. "Agora mesmo."
E com essas palavras, nós três saímos do campus. Nenhum de
nós olhou para trás. Nós nem mesmo fomos ao dormitório da
nossa filha e levamos alguma coisa conosco; deixamos o quarto
dela como está. O material não importava. Queríamos nossa
menininha em casa.
Uma vez que ela se acomodou conosco, as coisas ficaram ainda
piores em alguns aspectos. Nós imploramos e imploramos com
ela. Discutimos e gritamos com ela. Tentamos controlá-la com
dinheiro. Nós levamos o carro dela. Nós a proibimos de festejar e
sair com amigos que eram más influências. Nada funcionou. Ela
apenas endureceu mais e mais.
Essa contenda constante começou a afetar a atmosfera de nossa
casa. Estávamos sempre discutindo, enfrentando mentiras e enganos.
Esta crise sugou a vida de minha esposa e de mim. Nossos corações
estavam partidos. Sentimos pouca alegria. Éramos pessoas diferentes,
envelhecidas e emocionalmente exaustas.

Às vezes, Cherise e eu discordávamos sobre como
deveríamos disciplinar. Isso trouxe um atrito em nosso
casamento que foi esmagador. A estratégia de Satanás nunca
mudou: dividir para conquistar. Uma casa dividida não pode
ficar.

Meus outros filhos estavam resistindo a vida nesta zona de
guerra. Eles notaram rapidamente a mudança que ocorreu em
Cherise e em mim. E eles não gostaram. Três de nossos filhos
eram adolescentes na época e tinham suas próprias coisas para
lidar. Parecia que todos os dias estávamos lutando contra uma
crise de algum tipo com pelo menos um de nossos filhos.
Um desses momentos foi o incidente sobre o qual escrevi no
início deste capítulo. Vamos voltar a isso por um momento.
Quando eu estava impedindo minha filha de sair do quarto, não
pude deixar de me perguntar: Quando tudo isso vai acabar?
A discussão aumentou. Percebi minha voz ficando mais alta e
tentei domar minha língua. Nao foi facil. Nossa filha tentou fazer
outro movimento em direção à porta fechada do quarto, mas
Cherise e eu estávamos determinados. Ficamos rápidos,
bloqueando-a a cada curva.
Exasperada, ela finalmente gritou: “Se você não me deixar fazer o
que eu quero fazer, eu vou...” Enquanto ela lançava uma ameaça
desesperada e cheia de emoção para se machucar, eu retruquei com
minhas próprias palavras. . Claro, não havia nenhuma verdade
legítima no que ela disse – minha esposa e eu sabíamos que era uma
típica teatralidade adolescente – mas foi um ponto de inflexão que
trouxe a troca dramática ao máximo. Nós três estávamos gritando
naquele momento. A conversa não estava indo a lugar nenhum, mas o
conflito estava crescendo.
Ficou assim por um tempo. Em algum momento, Cherise saiu da
sala. Quando ela saiu para o corredor, ela praticamente tropeçou em
nossos dois filhos mais novos. Nossa filha mais nova tinha dez anos,
e nosso filho mais novo e único tinha nove. Não consigo lembrar qual
deles estava fazendo o quê, mas um deles estava orando
fervorosamente e o outro implorando o sangue de Jesus
repetidamente. Foi um momento de ternura.
Como nossa filha conta, ao ouvir a discussão acalorada, ela se
encarregou de fazer a interferência espiritual. Ela agarrou seu
irmão do que quer que ele estivesse fazendo e disse: “Você
precisa vir comigo para o quarto de mamãe e papai rápido. O diabo
está na casa. Temos que descer lá e orar!”

Nosso filho acenou com a cabeça e seguiu o exemplo. “Ei,” ele
falou, enquanto eles desciam as escadas para o primeiro andar,
“pegue a Bíblia. Precisamos levar uma Bíblia conosco.”
No meio do caminho, nossa filha balançou a cabeça concordando e
correu de volta para seu quarto. Quando nosso filho a viu correndo escada
abaixo com sua Bíblia rosa de menina, seus olhos se arregalaram. "Não
não não!" disse ele, sacudindo o

cabeça. “Uma Bíblia rosa não vai funcionar. O diabo está mesmo
nesta casa! Você tem que pegar uma Bíblia preta!”
Cherise e eu começamos a rir quando nossa filha nos contou
essa história. Ajudou a tirar a borda, brevemente.
Mas mesmo uma história fofa não pode mascarar uma realidade
desesperada.
As constantes discussões e disputas em nossa casa fragmentaram
nossa dinâmica familiar outrora pacífica. Estranhamente, enquanto
nossa família lutava para se manter na água e se manter à tona,
nossa igreja cresceu exponencialmente. Portas incríveis começaram a
se abrir para o ministério. Novos edifícios multimilionários foram
construídos. Meus livros se tornaram best-sellers do New York Times.
As redes de TV cristãs começaram a transmitir nossos sermões
semanais em todo o mundo. Tudo isso estava acontecendo enquanto
eu passava pelo que parecia ser o vale da sombra da morte em minha
própria casa.
Olhando para trás em como Cherise e eu continuamos funcionando,
só posso dizer que foi pela graça de Deus. Alguns domingos, antes de
pregar, eu me ajoelhava em meu escritório e chorava. “Deus”, eu dizia,
“não sei como vou fazer isso. Estou com medo. Estou quebrado. Eu
estou sofrendo. Sinto vontade de fugir e nunca mais voltar. Mas não
vou em meu nome ou em meu próprio poder. Eu vou em Teu nome e
no poder do Teu Espírito. Não vou desistir de lutar pela minha família.
Ajude-me. Eu pertenço a você. Sou seu." E quando eu me levantava e
pregava, a graça de Deus vinha e os cultos eram poderosos.
Descobri uma verdade surpreendente: Deus é atraído pela
fraqueza. Ele não pode resistir quando humilde e honestamente
admitimos o quão desesperadamente precisamos Dele. Quando
somos vasos vazios, Ele deseja nos encher com Sua graça, amor e
bondade. Esta é a lei da atração de Deus.
Lembro-me de inúmeros domingos em que nossos filhos nos
acompanharam à igreja, mas deixaram claro que era o último lugar que eles
queriam estar. Nunca subestime o poder de apenas estar lá. Quando
parece que a Palavra não está funcionando, está. Se você trabalhar a
Palavra, a Palavra funcionará. Não retornará vazio. Qualquer que fosse a
má notícia que recebíamos sobre nossas adolescentes, continuávamos
intercedendo, continuávamos trazendo-as para a igreja, continuávamos
marchando para a primeira fila. E eu continuei pregando a Palavra.

Um fim de semana, minha esposa me ligou. Nossa filha mais velha tinha
saído de casa. Tínhamos acabado de voltar de uma viagem a Orange
County, Califórnia, com um bilhete de que ela havia partido para sempre.
Dizia algo como: “Não posso viver de acordo com essas regras. Eu vou
fazer o que eu quero fazer. Eu não posso continuar causando essa dor.”
Cherise

lembra de pensar que pelo menos nossa filha foi cortês o
suficiente para deixar um bilhete antes de partir pela última vez.
Minha esposa e eu estávamos com o coração partido. Nós não
sabíamos onde ela estava por cerca de uma semana. Cherise entrou no
que só poderia ser descrito como um processo de luto. Fizemos tudo o que
podíamos para encontrar nossa filha, e não conseguimos. Ficamos de luto
por dias e noites, sem saber onde estava nosso filho.
Finalmente, depois de cerca de uma semana, ela ligou. Ela nos garantiu
que estava bem e que estava trabalhando como babá para uma família
local. Nos meses seguintes, ela apareceu em nossa casa apenas de vez
em quando. Nosso contato com ela era muito limitado. Um dia, ela nos
disse que se apaixonou. Meses depois, ela se casou por um juiz de paz.
Descobrimos através de um texto.
Foi um golpe esmagador para uma família que já foi muito
próxima. Cherise se sentiu roubada do sonho de se preparar e ver
nossa primeira filha se casar. Lembro-me, uma semana depois, de
oficializar o casamento de uma de suas amigas. Quando vi a noiva
e seu pai caminharem pelo corredor, meu coração se partiu. Eu
estava devastado. Levou tudo em mim para não mostrar minha
emoção. Eu nunca teria essa oportunidade de fazer o mesmo com
minha própria filha.
A verdade é que algumas coisas se quebram e nunca podem
ser colocadas de volta exatamente da mesma forma. No entanto,
Deus pode fazer todas as coisas novas.
Foi nessa época que ouvi pela primeira vez a frase Ame como se
você nunca tivesse se machucado. As pessoas especulam sobre
quem disse isso originalmente, mas as palavras ganharam vida em
meu coração quando as ouvi.
Se você estiver disposto a amar como nunca foi ferido, Deus
pode curar todos os relacionamentos quebrados em sua vida.
Neemias 4:2 fala sobre os israelitas reconstruindo os muros de
Jerusalém com pó e pedras queimadas. “Eles realmente acham
que podem fazer alguma coisa com pedras de um monte de lixo –
e carbonizadas?”
Não jogue fora as pedras que foram queimadas. Deus pode e
vai usá-los para reconstruir sua família.
Reconectar e reconstruir as paredes quebradas em nossa família
não foi um processo fácil ou rápido, admito. Ainda temos desafios

que temos que superar e superar. Mas estamos determinados a
amar como se nunca tivéssemos sido feridos. É uma escolha que
temos que fazer uma e outra vez.
Agora, nem sempre fizemos certo, mas Cherise e eu assumimos esse
compromisso com nossa família. Fomos encorajados pelo antigo
provérbio

que diz que quando você educar seus filhos no caminho que eles
devem andar, quando eles crescerem, eles não se desviarão dele
(veja Provérbios 22:6).
Nossa filha mais velha hoje ama Jesus com todo o seu
coração. Ela é a diretora de mídia de uma grande igreja na área
de Atlanta. Seu marido trabalha lá também como artista gráfico.
Eles nos abençoaram com nossa primeira linda neta, Amelia.
Outra filha é casada e, junto com seu marido, pastoreia nossa igreja
em Orange County e tem um filho precioso, Luca. Minha terceira filha foi
para a Oral Roberts University, graduou-se na Vanguard University na
Califórnia e está envolvida no ministério. Minha filha mais nova está no
segundo ano da faculdade em Los Angeles. Ela é uma modelo
profissional e ela ama Jesus supremamente. Nosso filho é um estudante
da Liberty University e está buscando um grande chamado em sua vida.
Este foi o fruto de nos recusarmos a permitir que a mágoa ditasse como
amamos nossos filhos.
———
Enquanto escrevia este capítulo, lembrei-me do primeiro
sermão que preguei. Eu tinha vinte anos. Parei em uma
pequena igreja do interior onde eu falaria na frente de cinquenta
pessoas. Quando me aproximei do púlpito, os nervos deram um
nó em meu estômago.
Eu falei de Filipenses 3:13-14 (NKJV),
Não me considero apreendido; mas uma coisa faço, esquecendo as coisas que
ficam para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, pelo
prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.
Eu tropecei nessa mensagem nervosamente. Mas quando
concluí, Deus havia tocado vidas e os altares estavam cheios.
O ponto mais importante daquele primeiro sermão foi este: “Você
não precisa apenas de uma boa memória. Às vezes você precisa de
um bom esquecimento.” Para seguir em frente, você tem que deixar
o passado para trás. Você tem que liberar o que está atrás de você
e alcançar o que está diante de você. Se você alcançar um novo
dia, Deus começará, pouco a pouco, a libertá-lo do passado.

Engraçado, 34 anos depois, estou escrevendo este livro com um
forte mandato de Deus para dizer a mesma coisa.
A vida é uma aventura no perdão. É tudo sobre liberar e alcançar.
Liberte o passado e alcance o futuro. A única maneira de fazer isso é amar

como se você nunca tivesse se machucado. Isso significa amar tão
intensamente que anula todos os seus instintos naturais de
amargura e vingança.
Você nunca vai chegar à frente tentando se vingar. Quando
você foi injustiçado, uma memória fraca é sua melhor resposta.
Um bom esquecimento é o que todos nós precisamos.
Você já reparou como um joalheiro mostra seus melhores
diamantes? Ele os coloca contra um pano de fundo de veludo preto.
O contraste das joias contra o fundo escuro acentua seu brilho.
Da mesma forma, Deus faz Sua obra mais impressionante onde as
coisas parecem sem esperança. Onde quer que haja dor, sofrimento e
desespero, Jesus está lá. Não há lugar melhor para o brilho de Cristo
brilhar.
Eu não sei o que está acontecendo em sua vida enquanto você lê
este livro. Mas eu sei disso: a dor que você sente hoje é a dor que
você pode curar.
Nunca senti a dor do vício. Nunca senti a dor de perder um filho.
Nunca senti a dor do divórcio. Eu só posso oferecer às pessoas o
conselho da Palavra de Deus e oração. Mas as pessoas que passaram
por esses vales e sentiram aquela dor estão mais qualificadas para
ajudar a curar alguém que passa pela mesma crise. O que é importante
lembrar, no entanto, é que, independentemente da fonte de sua dor,
Deus pode curá-lo.
Já foi dito que a família nos proporciona as maiores alegrias da vida e,
às vezes, as tristezas mais profundas da vida. Quando penso em como é
difícil fazer a família funcionar, os desafios que surgem e as complicações
envolvidas, é realmente outra coisa. Os membros da família sabem como
nos irritar. Eles podem nos dar nos nervos. As pessoas que mais amamos
são aquelas que potencialmente, através de ofensas, podem nos infectar
se não reagirmos corretamente. Mas aprendi que com os desafios vem a
oportunidade. E a família também oferece a maior oportunidade para
aprendermos a amar como nunca fomos feridos.
AGRANDEIDÉIA

A dor que você sente hoje é a dor que você pode curar.

CAPÍTULO DOIS
AMOR NUNCA FALHA
Mnenhum cristão hoje em dia não sabe como fazer suas famílias
funcionarem.
O Corpo de Cristo está cheio de pais afastados de seus próprios filhos.
Alguns deles nunca viram seus netos. Algumas pessoas não pegam o
telefone e falam com seus entes queridos há anos por causa de brigas
mesquinhas. Alguns cristãos descartaram membros da família apenas
porque escolheram viver de acordo com um padrão diferente.
Algo não está certo sobre isso!
Simplesmente não sabemos amar — o tempo todo. Oh, podemos amar
quando concordamos um com o outro. Podemos amar quando
compartilhamos os mesmos pontos de vista. Podemos amar quando
compartilhamos o mesmo estilo de vida. Podemos até amar estranhos ou
aqueles que não nos conhecem bem. Mas com certeza é mais difícil amar
aqueles que estão mais próximos de nós. Por quê? Porque eles podem nos
machucar mais.
O amor vence — o tempo todo
Como crentes, somos chamados a viver de forma diferente. Não
amamos como o mundo ama, que é condicionalmente, apenas
quando as expectativas são atendidas ou quando nos sentimos
bem. Nós amamos o caminho de Deus.
Existem apenas dois assuntos na Bíblia que Deus pensa serem
importantes o suficiente para atribuir um capítulo inteiro a eles: um, fé
(veja Hebreus 11), e dois, amor (veja 1 Coríntios 13). Evidentemente,

Deus sente que o amor e a fé são tão importantes que devem ser
verdades fundamentais em nossas vidas.
Deus sabe que o amor é uma arma poderosa. Quando Ele olha para o
nosso mundo cativo do inimigo, Ele sabe que a maneira de lutar não é
com anjos, palavras proféticas ou adoração poderosa. Sua maior arma é o
amor.

O amor é gentil. O amor não pensa mal. O amor é permanente.
O amor resiste. O amor não desiste. Você não pode andar em
amor até que ande em perdão. Podemos não concordar em tudo,
mas se nos concentrarmos no sangue e no perdão de Jesus
Cristo, podemos ter unidade! Podemos amar uns aos outros
como Deus nos ama.
Depois que Jesus ressuscitou dos mortos, Ele procurou e encontrou
Seu discípulo Simão Pedro. Então Ele lhe fez uma pergunta três vezes:
“Simão, você me ama?” (João 21:15-17). Em inglês, temos apenas uma
palavra para amor. Na língua grega, no entanto, existem três. Eros
significa “sexual”. Phileo diz: “Estou atraído por você. Eu sinto algo por
você.” Mas o nível mais alto de amor é ágape, que é o “amor divino”.
Quando Jesus perguntou a Simão: “Você me agape?” Ele estava
perguntando: “Você tem o mais alto nível de amor por Mim?” Simon
respondeu: “I phileo You” (“Sinto algo por você”). Em outras
palavras, ele não estava no mesmo nível de amor que Jesus estava
pedindo.
Jesus lhe perguntou novamente: “Você me ágape? Você tem
amor divino por Mim?” Simão Pedro ficou um pouco irritado com
Jesus, e ele disse de volta para Ele: “Sim, Senhor! Eu phileo você!”
A terceira vez é a mais interessante. Jesus perguntou: “Simão,
você me phileo?”
Em outras palavras, Jesus lhe ofereceu o mais alto nível de amor,
e quando percebeu que Simão Pedro não poderia igualá-lo, Ele o
reduziu um pouco. Eu me pergunto, quantas coisas Deus faria por
nós se subíssemos um nível em nosso amor por Ele? Se tivéssemos
mais do que um relacionamento casual com Ele? Se Lhe demos
rédea solta em nossos corações?
Acredito que Deus está nos chamando para um novo nível de
amor.
O amor é a resposta para o lar desfeito. O amor é a resposta para
o viciado. O amor é a resposta para relacionamentos fraturados. O
amor é a resposta para ser ofendido. O amor é a resposta para o
coração partido. O amor é uma arma que pode quebrar a divisão e
reconstruir o que foi quebrado.
O que está acontecendo em sua vida agora que o testa da maneira
que você ama? Você acabou de descobrir que seu cônjuge está traindo

você? Você quer se reconectar com a filha com quem não fala há
meses? Seu filho acabou de dizer que a namorada dele está grávida?
Seu filho adolescente está sofrendo de um vício que está
sobrecarregando não apenas sua vida, mas todas as pessoas de sua
família? Sua filha adulta declarou que é lésbica e acabou com todo o
negócio de Deus?

Diferentes dinâmicas e complexidades caracterizam cada
uma dessas situações. Mas eles são reais. Eles são difíceis.
E eles machucam.
Eu me pergunto o que aconteceria se decidíssemos que, com a
ajuda de Deus e em Sua força, vamos amar como nunca fomos
feridos. Em vez de reter afeto, ficar amargo ou buscar vingança, nós
amamos.
E, uma vez que decidimos fazê-lo, como? Por meio de algumas
escolhas importantes que nos ajudarão a chegar lá:
1.Escolha o amor sobre a mágoa.
2.Escolha amar os outros — sempre.
3.Escolha pressionar para a frente.
4.Escolha curar suas feridas.
5.Escolha continuar dirigindo.
Escolha o amor sobre a dor
A Bíblia nos dá muitos exemplos de pessoas que escolheram o amor
ao invés da dor.
Essas pessoas sabiam que o amor nunca falha.
Penso no jovem Joseph. O segundo mais novo de doze irmãos
nascidos de Jacó, ele era o favorito de seu pai, e todos na família
sabiam disso. O ciúme levou o melhor dos irmãos. Eles odiavam José
e não podiam dirigir uma palavra gentil a ele (ver Gênesis 37:4).
José também tinha um dom: a capacidade de interpretar sonhos.
Quando ele teve um sonho que sua família se curvava a ele, ele deixou
escapar para seus irmãos, e o ódio deles por ele aumentou. Eles ficaram
tão ciumentos que elaboraram um plano para matá-lo. Mas um dos
irmãos, Judá, sugeriu que, em vez de matar José, era melhor vendê-lo
como escravo. Mais tarde, eles enganaram seu pai para acreditar que o
pobre menino havia sido morto por um animal selvagem.
Pense nisso: José não foi abandonado por estranhos. Ele foi
traído pela família. Sua própria carne e sangue o vendiam como
um pedaço de lixo imundo e inútil.
Talvez você conheça bem a dor do ódio ou do ressentimento.
Talvez um amigo próximo tenha abandonado você porque estava

com ciúmes. Em vez de te encorajar, de acreditar em você, essa
pessoa te cortou. Quero lembrá-los de que quando o mundo de
Joseph virou de cabeça para baixo, quando toda a esperança
parecia ter secado, ele resistiu.

Levado para longe de casa, José foi vendido a um oficial egípcio no
palácio de Faraó. Em seguida, ele foi falsamente acusado de estupro
e jogado na prisão. Enquanto estava na prisão, ele interpretou
corretamente os sonhos de alguns companheiros de prisão e,
eventualmente, foi convocado pelo faraó para interpretar um de seus
sonhos. Não foi uma boa. O sonho significava que o Egito
experimentaria sete anos de prosperidade seguidos por sete anos de
fome. José também deu alguns bons conselhos para o líder egípcio,
sugerindo que Faraó colocasse alguém no comando de toda a nação
que ajudaria a coletar alimentos produzidos nos bons anos e
armazená-los (Gênesis 41:33-36). Faraó ficou tão comovido que
designou José para ser o segundo em comando sobre o Egito.
Durante a fome, os irmãos mais velhos de José foram ao Egito
para comprar comida. Pararam na frente do irmão que haviam
vendido, mas não conseguiram reconhecê-lo. José era um homem
poderoso. Ele detinha as chaves para o suprimento de alimentos do
mundo. E diante dele estavam os próprios familiares que o
maltrataram e permitiram que ele servisse treze anos como escravo
e fosse preso por um crime que não cometeu.
José tinha uma escolha.
Ele poderia dar a eles tanto quanto eles lhe deram, ou ele poderia
amar como se nunca tivesse sido ferido.
Foi dito que a profundidade de sua mágoa determina a amplitude
de sua resposta. Quando você foi ferido, é provável que seu
instinto queira ferir de volta. Já esteve em uma situação em que
você detinha o poder de se vingar de alguém? Talvez você tenha,
talvez não. Pense no que você teria feito na situação de Joseph.
Através de uma série de reviravoltas, Joseph acabou revelando
sua verdadeira identidade para seus irmãos. Em um momento
poderoso, ele escolheu perdoá-los. Suas palavras para eles são
pungentes: “Vocês pretendiam o mal contra mim; mas Deus o fez
para o bem” (Gênesis 50:20NKJV).
José não apenas se curou internamente, mas também curou e
salvou toda a sua família.
Você tem que amar como se nunca tivesse se machucado.
David tinha um pai que não acreditava nele. O profeta Samuel havia
chegado em sua casa para ungir o próximo rei de Israel, por ordem de
Deus; Samuel disse ao pai de David, Jesse: “Traga todos os seus

filhos. Um deles vai ser rei.” O pai de David desfilou sete deles diante
de Samuel. Ele nem se incomodou em adicionar David à programação.

Era como se Jesse estivesse dizendo: “Não há necessidade de
trazer David para fora. Ele é um perdedor. Ele é um fracasso. Ele
nunca chegará a nada.” Você pode estar familiarizado com essas
palavras. Talvez você até tenha ouvido de um pai. A dor ainda
persiste? Essa ruptura afeta seus relacionamentos atuais?
David poderia ter tido problemas com seu pai. Ele poderia ter
usado a dor como forragem quando foi ferido por outros mais tarde -
incluindo sua amarga esposa Mical, que zombou dele, e seu filho
Absalão, que planejou matá-lo. Isso é muita mágoa causada por
pessoas que deveriam te amar mais.
Enquanto David poderia ter ficado bravo ou até mesmo, ele não
ficou. A Bíblia nos diz que Davi era um homem segundo o coração
de Deus. Ele continuou amando como se nunca tivesse sido ferido.
Você tem que amar como se nunca tivesse se machucado. Você
tem que se recusar a ser amargo. Você tem que se recusar a ficar
com raiva. Você tem que se recusar a se vingar. Quando você ama
dessa maneira, Deus o levantará e usará até o pior que foi feito a
você para Sua glória.
Jesus foi traído por um de seus próprios discípulos. Ele foi
abandonado por outros. Soldados romanos o espancaram. Eles O
pregaram em uma cruz. Eles O esfaquearam em Seu lado. Eles
colocaram uma coroa de espinhos em Sua cabeça. Eles pegaram
aquela cruz e a jogaram no chão com um baque. O corpo de Jesus
tremeu quando a dor foi liberada através dele. E Ele levantou Sua voz e
disse: “Perdoa-os; porque não sabem o que fazem” (Lucas 23:34KJV).
Jesus amou como se nunca tivesse sido ferido. Ele nos ama
como nunca O machucamos. Ele nos ama como nunca falhamos.
Ele nos ama como nunca mentimos para Ele. Ele nos ama como se
nunca tivéssemos feito o que dissemos que nunca mais faríamos.
O amor de Cristo não era cauteloso, era extravagante.
Ao imitar a Jesus, podemos amar da mesma maneira, mesmo
quando somos feridos.
Escolha amar os outros — sempre

Em algum lugar da sua cidade está um jovem que acabou de dizer à sua
família cristã que ele é gay. Em algum lugar, uma jovem admitiu a seus pais
que ela

é ateu. Em algum lugar, um adolescente acabou de ter
problemas com a lei ou desenterrou para seus entes queridos
sua batalha contra as drogas.
Como pais, o que devemos fazer nessas situações? Punir nossos
filhos? Parar de falar com eles? Afastá-los? Desistir deles?
Isto é o que devemos fazer: amá-los como se nunca tivéssemos
sido feridos. Coma com eles. Chame-os. Envie um e-mail para eles.
Estenda a mão para eles. Esteja lá para eles. Diga a eles: “Eu
quero ter um relacionamento com você porque eu te amo”.
Quando você ama alguém, nunca falhará. Quando você ama
alguém, esse amor chegará até eles.
Às vezes pensamos que estamos fazendo uma coisa boa
quando nos recusamos a ter qualquer contato com entes queridos
que não estão vivendo de acordo com nosso padrão. Isso não é
verdade. Falarei mais sobre isso no próximo capítulo, mas saiba
disso: o amor nunca falha.
Deus nos chamou para amar como nunca fomos feridos.
Escolha Pressionar Avançar
Se você foi ferido por alguém – se você foi traído, abusado, abandonado,
fofocado, o que quer que seja – chega um momento em que você precisa
se livrar da dor dessa situação e dizer: “Basta”.
Ficar amargo, reviver a memória ou abrigar a dor não leva a
lugar algum. É contraproducente. Você tem que escolher parar o
ciclo. Deixa para lá. Deixe isso pra lá. Paulo nos encorajou a
“prosseguir para chegar ao fim da corrida e receber o prêmio
celestial para o qual Deus, por meio de Cristo Jesus, nos chama”
(Filipenses 3:14).
É hora de deixar Deus curar você. É hora de deixar Deus
restaurar você. É hora de deixar Deus fazer uma obra poderosa.
Mas, Pastor Jentezen, não posso. Dói demais. É tão difícil.
Entendo. Eu realmente quero.
Escolha curar suas feridas

João 10:10 nos diz que o propósito do inimigo “é roubar, matar e destruir”.
O diabo não luta justo. E ele não vai desistir até que você esteja ferido

morrer.
Você pode estar lidando com um grande conflito em sua família.
Você pode lutar em seu casamento. Você pode ter perdido um filho
para o câncer. Quando seu coração está partido a tal ponto que
parece irreparável, as feridas se tornam mais profundas. E embora
nem todas as feridas sejam fatais, se não cicatrizarem, podem
matá-lo.
O dicionário define uma ferida como “uma lesão no corpo (como
violência, acidente ou cirurgia) que normalmente envolve laceração ou
ruptura de uma membrana (como a pele) e geralmente danos aos
tecidos subjacentes”. Uma ferida é mais do que um corte superficial.
Uma ferida é tão profunda que rompe e penetra na alma e no coração
de uma pessoa.
Você pode saber como é ser ferido pelo divórcio, pelo abandono,
pela falência, por ver seus filhos todo fim de semana ou não ver
seus filhos ou por um vício que assola sua família. Todos nós
temos feridas que parecem não poder ser curadas. Mas há boas
notícias: nunca é a vontade de Deus que a ferida nos mate.
Jesus foi “transpassado por nossa rebelião, esmagado por nossos
pecados. Ele foi espancado
para que pudéssemos ser inteiros. Ele foi açoitado para que
pudéssemos ser curados” (Isaías
53:5). Jesus recebeu feridas mortais no Calvário, mas três dias depois Ele
ressuscitou
dos mortos. E quando Suas feridas mortais foram curadas, uma Igreja foi
nasceu e um mundo foi mudado.
Acho que muitos de nós lutamos com a tentação de querer
esconder nossas lutas. Já passamos por coisas, mas não queremos
que ninguém saiba. Em vez disso, colocamos uma fachada. Nós
fingimos um sorriso, dizemos as coisas certas e escondemos a
bagagem. Queremos que as pessoas ao nosso redor pensem que
temos a vida perfeita, o casamento perfeito, a família perfeita.
Preferimos fingir que somos tão espirituais que somos imunes a
crises.
Eu sei como é querer esconder as coisas ruins e ignorar a
realidade de uma família em conflito. Mas, ei, eu seria um tolo em
dizer que nunca tive problemas de casamento ou família.
Deus quer curá-lo de suas feridas, mas primeiro você tem que deixá-lo.

E antes de deixá-lo, você tem que admitir seu quebrantamento.
Agora, você não precisa contar a todos os seguidores do Facebook
ou do Twitter todos os detalhes de sua luta, mas é importante
entregá-los primeiro a Deus. Peça a Ele para transformá-lo, para
curá-lo, para libertá-lo da amargura, raiva, medo, depressão ou
desesperança.
Feche os olhos e respire.

Você ouvirá Jesus sussurrar: “Vinde a mim, todos os que estais
cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mateus 11:28).
Não estou dizendo que vai ser fácil. É um processo, às vezes
longo. Como cristãos, queremos o instantâneo. Somos uma
geração de micro-ondas que anseia por soluções para problemas
em trinta segundos. Novidades: Embora Deus certamente realize
uma libertação instantânea, essa é a exceção, não a norma.
Então ore e continue orando. Acredite e continue acreditando.
Perdoe e continue perdoando. Converse com um terapeuta se isso
ajudar. Trabalhe através de um programa de doze passos. Leia
livros. Obtenha sabedoria do conselho divino. Faça o que for
preciso para curar a ferida.
Ah, e aqui está a coisa sobre feridas: elas curam, mas
deixam algo para trás – cicatrizes.
Quando Jesus apareceu aos discípulos após a ressurreição, Ele lhes
mostrou Suas cicatrizes duas vezes. Parece que Ele foi intencional em
apontá-los.
As cicatrizes não são nada para se envergonhar. Eles são um
testemunho da capacidade de Deus de curar feridas mortais.
Cicatrizes são lembretes de quão ruim foi uma vez e como
por meio de Cristo você superou.
As cicatrizes são a prova de que, embora o inimigo tenha
tentado tanto quanto ele tentou destruir você ou sua família, as
armas formadas contra você não prosperaram (ver Isaías 54:17).
Cicatrizes dizem, eu consegui.
Eu saí do outro lado.
estou curado.
estou inteiro.
Aprender a amar como você nunca foi ferido requer querer curar e
tomar medidas para que isso aconteça. Falarei sobre esse processo
ao longo deste livro.
Embora possa levar tempo, a cura pode vir; o que foi quebrado
pode ser restaurado. Mencionei esta passagem na introdução, mas
vale a pena repetir. Leve as seguintes palavras a sério: “A lua será
tão brilhante quanto o sol, e o sol será sete vezes mais brilhante –
como a luz de sete dias em um! Assim será quando o LORDcomeça a
curar o seu povo e a curar as feridas que ele fez” (Isaías 30:26).

Deus promete a você dias melhores pela frente.

Escolha continuar dirigindo
O filme Black Hawk Down é baseado na Batalha de Mogadíscio, o mais
longo tiroteio sustentado envolvendo tropas americanas desde a Guerra
do Vietnã. Em um ataque em outubro de 1993, agentes das Forças
Especiais foram encarregados de capturar dois conselheiros de alto
escalão de um implacável senhor da guerra. A missão foi um sucesso.
Depois de capturar os dois tenentes, as tropas americanas começaram
seu retorno à base. Então o impensável aconteceu.
Um dos capangas do senhor da guerra lançou uma granada
propelida por foguete (RPG) e derrubou um helicóptero Black
Hawk. Dois soldados morreram e cinco ficaram feridos no
acidente que se seguiu, um dos quais morreu mais tarde. Então
um segundo Black Hawk foi abatido. Três tripulantes morreram e
um foi feito refém.
O ataque rapidamente se transformou em uma missão de
resgate para proteger e recuperar as tripulações de ambos os
helicópteros. Por horas, tiros choveram nas ruas. Mais e mais
soldados americanos foram mortos.
Em uma cena do filme, logo após o segundo helicóptero Black Hawk ser
abatido, o tenente-coronel do Exército Ranger (hoje aposentado coronel)
Danny R. McKnight, interpretado pelo ator Tom Sizemore, é acusado de
tentar obter um pequeno comboio de Humvees de volta à base. Enquanto
os soldados dirigem pelas ruas estreitas e sinuosas da cidade, são
atacados por tiros pesados. Em um ponto, o tenente-coronel.
McKnight pára o comboio para recolher os feridos e mortos ao longo do
caminho. Ele se aproxima de um veículo que acaba de ser atingido por um
RPG. Ele e outros soldados próximos removem cuidadosamente o
motorista morto. Então o tenente-coronel se vira para um soldado próximo
que tem sangue escorrendo pelo rosto.
“Entre no caminhão e dirija”, McKnight grita para o soldado
obviamente ferido.
“Mas estou baleado, coronel”, protesta o jovem.
“Todo mundo foi baleado! Vamos lá."
Amigo, você não é a única pessoa para quem mentiu. Você não é
a única pessoa que foi traída. Você não é a única pessoa que foi
abandonada. Você não é a única pessoa a ser deixada para trás. E
você não é o único que está tentando não desistir.

Não digo isso para minimizar sua dor. Digo isso para incentivá-lo
a seguir em frente.
Às vezes, as pessoas que mais amamos podem nos machucar
mais. Mas você ainda tem que entrar no caminhão e dirigir.

——–
Amar como se nunca tivéssemos sido feridos não é algo que
possamos fazer com nossas próprias forças. Precisamos da graça de
Deus para nos ajudar a fazer aquele telefonema ou enviar aquela
mensagem. Precisamos da graça de Deus para dizer à criança rebelde
com quem não falamos há meses: “Quero comer com você. Eu quero
passar tempo com você. Eu quero me reconectar com você.”
Precisamos da graça de Deus para passar por uma crise em nosso
casamento e estarmos dispostos a tentar novamente.
Não estou prometendo a você um caminho fácil, mas prometo que
Deus pode capacitá-lo a amar os outros da maneira que você deve. Ele
irá ajudá-lo a parar de lutar e começar a falar. Ele irá ajudá-lo a parar de
gritar e começar a se aproximar. Ele vai reconciliar seus
relacionamentos. Ele vai fazer sua família inteira novamente.
Deus começará, pouco a pouco, a libertá-lo do passado se
você alcançar um novo dia.
É preciso muito amor e perdão para manter uma família unida.
Amor nunca falha. Continue perdoando. Continue amando.
Continue alcançando. Continue falando.
Uma vida frutífera não é um acidente; é resultado de escolhas certas.
Escolha para
ame como se você nunca tivesse se machucado. Se você escolher
perdoar, o perdão pode
reescreva seu
futuro!
Amor nunca
falha.
AGRANDEIDÉIA
Aqueles a quem você mais ama podem machucá-lo mais.
Ame-os de qualquer maneira.

CAPÍTULO TRÊS
NUNCA É ERRADO
AMOR
Cuando o único filho do meu amigo Mac, Malcolm, estava no último ano
do ensino médio,
disse ao pai que era gay. Mac sentiu como se um caminhão de
dezoito rodas o tivesse pego de surpresa. Ele não tinha ideia. Ele
não sabia o que pensar. Ele não sabia o que dizer. Na época, a
mente de Mac disparou. Como eu poderia não saber? Como eu
poderia ter perdido os sinais?
Lágrimas escorriam pelo rosto de Malcolm enquanto ele
compartilhava vislumbres de um mundo que Mac nunca soube
que existia para seu filho. Malcolm disse ao pai que, desde que
estava na quinta série, sofria bullying por causa de sua orientação
sexual. Ele era constantemente espancado, xingado de nomes
terríveis e até cuspido.
Mac não podia acreditar no que estava ouvindo. Todos os dias Malcolm
entrava pela porta da frente com um sorriso radiante, como se tudo
estivesse bem em seu mundo. Ele sempre parecia feliz e despreocupado.
A realidade do mundo de Malcolm nos sete anos anteriores, no entanto,
era tudo menos isso.
No verão anterior à confissão de Malcolm, pai e filho compareceram à
Forward, uma conferência anual de jovens em nossa igreja. Meu amigo
se lembra de como, após um culto, Malcolm foi tocado por Deus de
maneira poderosa. Ele estava deitado no chão durante uma chamada ao
altar, quebrado e clamando por seu Pai celestial. “Por que você me fez
assim?” ele implorou em lágrimas. Mac ficou comovido com o espírito

vulnerável de seu filho diante de Deus, mas não sabia exatamente o que
as palavras significavam. Agora eles faziam sentido.
Depois que seu filho revelou que era gay, Mac inicialmente se sentiu
magoado, ele admite. Então sentiu raiva. Ele se culpou. “Senti que não
tinha tempo para ver os sinais. Se eu tivesse, embora eu saiba que não
teria sido capaz de mudar

ele, eu poderia pelo menos estar lá para ele. Eu teria sido capaz de
segurar sua mão e dar apoio enquanto ele passava pelo que deveria
ser o momento mais difícil de sua vida. Ser rejeitado por seus colegas
e colegas de escola deve ser insuportável, não apenas na idade dele,
mas em qualquer idade.”
Eventualmente, Mac aprendeu que a melhor coisa que podia
fazer como pai era amar seu filho.
O maior medo de Mac era a possibilidade de Malcolm se
machucar. O suicídio é a segunda principal causa de morte entre
jovens de 10 a 24 anos.1
Para gays e lésbicas, a taxa de tentativas
de suicídio é mais de 20% maior.2
“De jeito nenhum eu queria que meu filho recorresse ao suicídio”, Mac
me disse. “Eu sabia que não poderia afastá-lo ou empurrar minhas
crenças para ele. Tudo o que eu precisava fazer era entregar meu filho a
Deus, orar por ele e amá-lo. Eu não o condeno por seu estilo de vida.
Não é meu lugar. Eu simplesmente o amo.”
Mac aprendeu muito sobre o que significa amar alguém que está
vivendo uma vida contrária ao que lhe foi ensinado, ao contrário do
que Deus diz que é certo. Aqui está o que esse homem incrível me
ensinou.
Primeiro, ame seu filho porque ele é seu. Não somos chamados para julgar as
pessoas, nem mesmo nossos próprios filhos. Somos chamados a amá-los. Se não
posso dizer nada que não resulte em uma discussão, apenas digo: “Eu te amo”.
Malcolm e eu estamos muito ocupados e, embora não nos falemos todos os dias,
garanto que ele saiba que eu o amo. Há momentos em que não sei o que dizer a ele
quando conversamos, então apenas digo a ele que o amo.
Em segundo lugar, encontre um terreno comum. Meu filho e eu temos visões
políticas e sociais diferentes, mas lutamos muito para encontrar coisas que ambos
temos em comum ou gostamos de fazer.
Por fim, faça os ajustes. Isso parece diferente para todos. Para mim, me recuso a seguir
Malcolm em muitas de suas plataformas de mídia social. Quanto mais vejo o que ele está
fazendo, mais me preocupo. Ao mesmo tempo, quando o visito em Nova York, onde ele
mora, sigo o que ele planejou. Só estou grato por fazer parte do mundo dele.
Recentemente, Mac e seu filho fizeram uma peregrinação de dez
dias a Israel, patrocinada por nossa igreja. Uma das coisas legais que
oferecemos é a oportunidade de ser batizado no rio Jordão, o mesmo
lugar onde Jesus foi batizado. Nunca esquecerei de ver Mac e seu
filho entrando naquele rio frio. Enquanto os hinos eram cantados, eles
deram os braços, prontos para serem batizados em equipe. Era um

sinal de um pai dizendo: “Eu amo meu filho”. Foi tomada a decisão de
que nada vai separar o amor entre pai e filho, nem mesmo a religião.
Mac não tem um relacionamento perfeito com o filho, mas acredita, em
suas palavras, que “o amor fará com que funcione de alguma forma”. Meu
amigo e sua esposa

orar diariamente por seu filho. Eles o amam sem condições. Eles
não têm vergonha dele. E eles o colocaram nas mãos de Deus.
Amor - não julgue
O que fazemos quando alguém não está vivendo da maneira que
deveria? Deixe-me ser claro: pecado é pecado. Isto e verdade. Não
está em negociação.
Mas aqui está outra verdade: Deus nunca nos ordenou a
rejeitar as pessoas porque elas não estão vivendo de acordo com
um certo padrão espiritual. Infelizmente, isso é o que acontece
muitas vezes.
Se aqueles que amamos estão fazendo algo errado, muitas vezes
nosso julgamento fica sobrecarregado. A desaprovação rapidamente
supera o amor. Nós nos recusamos a ter qualquer coisa a ver com
essas pessoas. Anunciamos a eles e ao mundo que o
relacionamento acabou. E fazemos isso em nome da fé, batendo em
nossas Bíblias com intolerância auto-justificada.
Você se lembra do que Paulo escreveu sobre o amor em 1
Coríntios?
Se eu pudesse falar todas as línguas da terra e dos anjos, mas não amasse os
outros, seria apenas um gongo barulhento ou um címbalo retininte. Se eu tivesse o
dom da profecia, e se eu entendesse todos os planos secretos de Deus e possuísse
todo o conhecimento, e se eu tivesse tanta fé que pudesse mover montanhas, mas
não amasse os outros, eu não seria nada.
1 Coríntios 13:1–2
Poderíamos ter todos os dons espirituais do mundo, mas sem
amor eles não teriam sentido. Poderíamos citar versículos bíblicos
sobre condenação até nossa garganta ficar rouca, mas sem amor
não tem sentido. Poderíamos dizer a uma pessoa amada que o que
ela está fazendo é errado, mas sem amor, nossas palavras não têm
sentido.
Você pode estar balançando a cabeça agora. Talvez você esteja
pensando: Mas precisamos nos separar daqueles que estão
pecando deliberadamente. Mais adiante neste capítulo, falarei
sobre o que o amor significa no contexto de estabelecer regras e

limites significativos. Por enquanto, porém, quero me concentrar no
que o amor significa quando alguém não está vivendo da maneira
que deveria.
Aqui está o que eu aprendi. O amor não diz:
“Você fez sua cama, agora deite nela.”

“Eu não criei você para fazer isso, então estou
farto de você.” "Você fez o que? Você é um
idiota!”
Amor diz:
“Eu nunca vou concordar com seu estilo de vida, mas eu ainda te
amo.”
“Eu nunca vou ajudar ou encorajar o que você está fazendo,
mas você ainda é e sempre será minha.”
“Não há nada que você possa fazer que fará com que você
não seja minha, porque eu te amo.”
O amor não exige seu próprio caminho. Nunca perde a fé. É
sempre esperançoso. Ela perdura em todas as circunstâncias.
Nunca está fora de ordem amar.
Você não compromete sua fé quando ama.
Isso é o que significa amar como se você nunca tivesse se
machucado.
Amar não significa diminuir seus padrões
Todos nós temos que lutar com a luta sempre presente entre não
querer endossar o comportamento ou as ações de alguém e amar
essa pessoa através disso. Então como você faz isso?
Imagine uma mãe que acabou de descobrir que sua filha de
dezessete anos está grávida. O pai é o namorado da adolescente,
um namorado que a mãe não gosta porque não tem emprego, ou
talvez porque seja de outra raça.
Quando a filha conta a notícia para a mãe, a mãe fica magoada.
Decepcionado. Envergonhado. Talvez até com vergonha. E ela não
entende. Afinal, ela criou sua filhinha com valores, padrões e crenças
cristãs. A família ia juntos à igreja todos os domingos.
A menina sabe melhor, mas aqui está ela, uma adolescente prestes a ter
um bebê. Esta filha carece de sabedoria e experiência para saber como
criar uma

criança bem. Ela pode nem saber como trocar uma fralda ou fazer um bebê
arrotar. Seu namorado provavelmente também não. A mãe faz um chá de
bebê para a filha, mas em vez de comemorar, ela só consegue pensar

como sua filhinha partiu seu coração com sua decisão tola, que colheu
uma consequência irrevogável que não pode ser varrida para debaixo
do tapete.
Agora imagine a cena no hospital quando o bebê nasce. A mãe
está na sala de parto, segurando a mão da filha? Ou ela está em
casa, chateada, ofendida pelo pecado da filha ou ofendida pelo
namorado que ela não aprova?
O que haveria de tão errado em dizer: “Não concordo com o que
você fez, mas estou aqui para você”? Com dizer: “Eu te amo e
quero ajudá-lo”? Isso tornaria a mãe menos cristã do que nunca
mais falar com a filha?
Billy Graham é frequentemente citado por ter dito: “É o trabalho do
Espírito Santo convencer, o trabalho de Deus julgar e meu trabalho de
amar”. Quantos de nós trocamos de papéis sempre que é conveniente
ou quando nos sentimos super santos?
Veja, há um tempo e um lugar para dizer a verdade no amor. Às
vezes, devemos abordar questões que não estão certas.
Precisamos advertir nossos filhos e aqueles de quem estamos mais
próximos quando estão fazendo algo que não está alinhado com as
Escrituras. Mas devemos fazê-lo de uma forma sincera e
fundamentada no amor.
Se um amigo parou de ir à igreja e parou de frequentar seu pequeno
grupo, e você encontra evidências de que ele está tendo um caso, não
espero que você fique em silêncio, ignorando o óbvio. O livro de
Provérbios nos oferece uma grande visão: “A repreensão aberta é melhor
do que o amor oculto!” (Provérbios 27:5).
E, no entanto, muitas vezes tenho visto essa “repreensão aberta”
levar ao julgamento e, inevitavelmente, à vergonha. Em vez de
entrar em contato com o amigo, saímos do quadro. Em vez de ligar
e dizer: “Ei, cara, eu não concordo com o que você está fazendo,
mas eu te amo. E estou orando por você”, tendemos a cortar os
laços e nos recusamos a nos associar com essa pessoa.
Algo não está certo sobre isso.
Nenhum de nós faz o que deve fazer o tempo todo. Todos nós
ficamos aquém. Todos nós pecamos. Erramos o alvo com
frequência.

Há um Pródigo em todos nós. Pense nisso: como seria sua vida
se Deus não respondesse às suas fraquezas, seus pecados, seus
vícios ou seus fracassos com graça e amor? E se Ele desistisse de
você? E se Ele fechasse a porta para o relacionamento? E se Ele
dissesse: “Basta. Terminei!"?
Fale sobre um mundo sem esperança!

Você pode não ter criado seu filho para mentir, enganar, roubar,
ser egoísta, ganancioso, beber, usar drogas ou fazer sexo antes do
casamento, mas se eles estão fazendo isso, e daí? Isso exige que
você retenha o amor?
Resposta curta: não.
Mas isso não significa que tudo o que acontece sob o
seu teto seja aceitável ou mesmo permitido.
Moisés transmitiu limites ao povo de Israel. Deus estabeleceu
limites e disse para não ultrapassá-los, ou isso custaria suas vidas
(ver Êxodo 19:10–13). Como pais, vocês devem estabelecer limites
que sabem que são seguros para sua família. Você tem que
estabelecer limites para si mesmo.
Eu gostaria de oferecer cinco verdades sobre o que significa
amar como você nunca foi ferido no contexto de estabelecer limites
em sua família.
Verdade nº 1: os padrões são importantes
Foi dito que a primeira geração gera. A segunda geração motiva.
A terceira geração especula. E a quarta geração se dissipa.
É possível perder algo de geração em geração na
transferência da fé.
Mesmo que seus pais ou avós fossem cristãos devotos, você pode
descobrir que seus filhos hoje estão recebendo uma religião diluída,
uma fé que carece de substância, diferente da fé das gerações
passadas.
Fala-se muito sobre valores familiares no mundo de hoje. Mas o
que isto significa realmente? Como se relaciona com o amor?
Como isso beneficia a família?
O dicionário define valores como “os princípios ou padrões de
comportamento de uma pessoa; julgamento do que é importante na
vida.” Os valores têm a ver com nossas atitudes e nossas crenças — o
que é importante para nós. Eles refletem nosso caráter e nossa
identidade. Estabelecer e manter valores claros nos ajuda a tomar boas
decisões e define nossas prioridades nas coisas certas.

Gosto de definir três tipos de valores que podem ajudar a
governar não apenas sua vida, mas a vida de seus filhos: valores
pessoais, valores tradicionais e valores centrais.

1. Os valores pessoais giram em torno de
seu relacionamento pessoal com Deus.
Os valores pessoais são compromissos e escolhas que você faz
que não são necessariamente ordenados por Deus, mas trazem
grandes benefícios espiritualmente. Os valores pessoais não são
necessariamente preto e branco.
Por exemplo, não posso dizer às pessoas que, se beberem um copo de
vinho, vão para o inferno. Mas minha família e eu fomos abençoados
porque nossos pais, avós e bisavós colocaram uma barreira e disseram:
“Essas casas vão ficar sem álcool”. Agora, gerações depois, muitos de
minha família e eu estamos no ministério. Nenhum de nós já esteve em
reabilitação. Essa barreira funcionou. Antes de remover uma cerca, é
melhor perguntar por que ela está lá. Guardrails alinham estradas
sinuosas nas montanhas por um motivo.
Eu também jejuo na maioria dos sábados. Alguns dias eu jejuo metade
do dia, outras vezes o dia inteiro. Você não precisa jejuar para ser salvo.
Nem faz de você um cristão superstar. É uma disciplina. Sinto fortemente
que Deus me orientou a fazer isso regularmente. Posso sugerir essa
disciplina a outros — e faço —, mas não posso impor essa convicção e
obrigar você a fazê-lo.
Jesus disse: “Se alguém quer ser meu seguidor, renuncie a si
mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mateus 16:24).NRSV). As
palavras discípulo e disciplina têm a mesma origem. Eles andam de
mãos dadas. Ser um seguidor de Cristo significa ser disciplinado.
Se nada em você sacrifica alguma coisa por Deus, algo está errado.
Quando você tem um relacionamento com Jesus Cristo, torna-se
uma coisa pessoal entre você e Deus. E você estabelece valores e
disciplinas pessoais para aprofundar seu relacionamento com Ele.
Isso inclui disciplinas como ir à igreja regularmente, servir aos
outros dentro e fora da igreja, orar e ler a Bíblia todos os dias e
escolher manter seu corpo físico como um templo de Deus, não
fumando, abusando de substâncias ou comendo uma dieta pouco
saudável.
2. Os valores tradicionais são valores pessoais que
foram transmitidos de uma geração para outra.

Os valores tradicionais fornecem uma estrutura para sua família
fazer a coisa certa. “A terra que você me deu é uma terra agradável.
Que herança maravilhosa!” (Salmo 16:6).

Meus pais se abstiveram de álcool e transferiram esse valor pessoal
para mim, que transferi para minha própria família. Embora os anos
tenham se passado, esse valor tradicional permaneceu inalterado.
Agora, algumas pessoas podem ficar legalistas sobre esses princípios.
Crescendo, eu nunca tinha permissão para ir ao cinema. Também não
podia ir ao boliche ou à feira do condado. Muitos valores tradicionais
são simplesmente bobos, então não enlouqueça com isso.
Ore e leia a Bíblia para obter uma base para o que é certo para
você - e use o bom senso. O mais importante é estabelecer valores
tradicionais em sua casa. Obtenha suas prioridades em linha reta.
Você ama seus filhos dando-lhes uma base nas coisas certas.
Tanto os valores pessoais quanto os tradicionais são
salvaguardas que protegem seus valores fundamentais.
3. Os valores centrais são padrões bíblicos
intransigentes.
Os valores fundamentais nunca mudam, nem mesmo se a
sociedade ou a cultura mudarem. Jesus disse: “O céu e a terra
não durarão para sempre, mas as minhas palavras sim” (Mateus
24:35CEV).
Os valores centrais são mais do que convicções pessoais; eles
são sólidos como rocha. Tome os Dez Mandamentos: Não sirva a
ídolos. Não minta. Não mate. Não traia seu cônjuge. (Veja Êxodo
20.)
Você deve ter barreiras criadas para manter o núcleo de sua família
intacto. Isso inclui barreiras em torno de seu casamento, em torno de
sua caminhada com Deus, em torno de sua unção e assim por diante.
Se não assistirmos, continuaremos a ultrapassar as barreiras. Uma vez
que você começa a passar por cima deles, fica mais fácil, e antes que
você perceba, você não acredita mais em nada.
Amar nossos filhos significa estabelecer padrões. Isso não
significa que eles sempre os seguirão. Mas significa que você dá o
exemplo do que é aceitável e do que não é.
Mais uma coisa: Pratique o que você prega. Seja pessoalmente
responsável pelos valores que você põe em prática em sua casa.
Modele suas expectativas. Se mentir não é aceitável para seus
filhos, não minta sobre a idade deles no cinema para conseguir um

ingresso mais barato ou no jantar para economizar alguns dólares.
A consistência é fundamental. Não se trata de ser perfeito. Não
existem pais perfeitos porque ninguém é perfeito.
A atmosfera, como a temperatura, pode ter um efeito real na casa. De
acordo com as Escrituras, como pai, você ajuda a criar a atmosfera em
seu

casa com base nos valores que você escolheu como base. Em
que tipo de valores você está construindo sua casa?
Deixe-me fazer outra pergunta desafiadora: quando foi a
última vez que você adicionou algo à sua lista de valores
pessoais em vez de subtrair algo?
Verdade #2: Você precisa desenhar linhas
Amar nossos filhos, mesmo quando eles partem nossos corações,
não significa que os deixamos fazer tudo o que querem para mantê-
los felizes. Nosso objetivo não é ser o pai “mais legal” do quarteirão
ou ser o melhor amigo deles. Nosso objetivo é protegê-los.
Todos os anos, quando as férias de primavera chegavam, nossos
filhos pediam para ir embora com seus amigos. Minha esposa e eu
conhecíamos alguns pais que davam a seus filhos um punhado de
dinheiro, ditando a quantia que eles poderiam gastar em álcool, e até
lhes davam preservativos. O raciocínio deles era: “As crianças vão ser
crianças. Gostemos ou não, eles vão beber e dormir de qualquer
maneira, então podemos definir parâmetros em torno da bebida e
equipá-los para fazer sexo seguro.”
Eu não entendo essa lógica.
Amar significa estabelecer regras, aplicá-las e recusar-se a
aceitar comportamentos ruins ou pecaminosos. Cherise e eu temos
sido bastante rigorosos com nossos filhos. Estabelecemos regras e
disciplinamos nossos filhos por quebrá-las. Nem todos gostaram ou
concordaram com as linhas que traçamos. Ao longo dos anos,
vimos muitos reviravoltas, correrias e reclamações quando
dissemos aos nossos filhos que fazer isso ou aquilo não seria
tolerado em nossa casa. Mas regras são regras.
Além disso, as regras que Cherise e eu aplicamos se aplicam a
todos os nossos filhos; não estabelecemos um padrão para uma
criança e outro para as outras. Temos uma responsabilidade para
com a nossa família como um todo.
Lemos em 1 Coríntios 16:13: “Estejam atentos. Fique firme na fé. Seja
corajoso. Seja forte." Como pais, devemos estar atentos e prestar atenção.
Nos tempos antigos, muitas cidades tinham uma torre de vigia em uma
colina. Alguém da comunidade estava estacionado o tempo todo no

interior para observar as áreas ao redor e alertar sobre o perigo iminente.
Esta pessoa estava à procura de animais se infiltrando e destruindo suas
colheitas e inimigos vindo para

ataque. Se ele avistasse algo suspeito, o vigia soaria um aviso para
a comunidade. Era fácil dormir bem à noite sabendo que alguém
estava sempre cuidando de você e de sua família.
Você pode estar enfrentando uma situação difícil em casa. Você pode
ter um pressentimento de que seu filho está fazendo algo que ele sabe
que não deveria. Você pode ter um pressentimento de que sua filha está
envolvida em um comportamento prejudicial. Talvez seu filho já tenha
abandonado você ou sua filha fugiu com algum cara de más notícias.
Você pode se sentir tão sobrecarregado e frustrado que quer desistir. É
tentador ceder à pressão e fechar os olhos, reter o amor ou até mesmo
romper os laços em situações extremas. É mais difícil estar presente,
levantar-se em seus negócios.
Quero encorajá-lo a não desistir. Esteja atento. Suba naquela torre.
Preste atenção à sua família. Fique atento ao que está acontecendo
nas redes sociais. Envolva-se na vida dos seus filhos. Verifique suas
contas do Facebook, Instagram e Snapchat. Bloqueie determinados
sites do seu computador. Descubra quem são seus amigos. Confirme
o paradeiro deles.
Eli era sumo sacerdote e juiz no antigo Israel, mas a Bíblia diz
que seus filhos eram ímpios. Algumas traduções chamam os filhos
de Eli de “inúteis”. Eli e toda a sua casa foram julgados porque ele
não os restringiu (ver 1 Samuel 3:13NKJV).
Você pode imaginar Deus chamando seus filhos de inúteis? Mas
este versículo nos diz o porquê. Eli não os “restringiu”, o que
significa que ele não fez nenhum esforço para resistir até mesmo à
maldade de seus filhos. Uau!
Quer mostrar contenção? Dê a seus valores pessoais, seus
valores tradicionais e seus valores fundamentais um lugar em sua
casa. Você não precisa esconder seus filhos em seus quartos pelo
resto da vida e proibi-los de assistir TV, ir ao cinema, sair com os
amigos ou ouvir música. Defina diretrizes.
Amigo, não desista. Existe uma maneira de construir e lutar por
sua família. (Falarei mais sobre isso nos capítulos 10 e 11.) Espero
que isso o encoraje: quando o conflito irromper em sua casa, quando
seu filho estiver fazendo algo que não deveria estar fazendo, lembre-
se dessas dicas para ajudá-lo a trabalhar durante o processo.

1.Ataque o problema, não a pessoa.Vocês estão todos no
mesmo time, então não desconte suas frustrações em seus
entes queridos.

2. Obtenha todos os fatos antes de oferecer conselhos ou
soluções.Pense antes de falar. Nada é mais prejudicial do que tirar
conclusões precipitadas.
3.Procure por pontos positivos.Não importa o quão ruim as
coisas fiquem, em todas as situações, você sempre pode
encontrar algo positivo. Procure.
4. Nunca retenha seu amor, não importa o quão difícil seja.Não
há problema em dizer aos seus entes queridos como você se
sente, mas certifique-se de que eles saibam que você os ama
incondicionalmente. Quando as pessoas se sentem amadas e
apoiadas, elas podem enfrentar praticamente qualquer crise.
5. Verifique suas palavras.Suas palavras são como nitroglicerina.
Eles podem explodir pontes ou curar corações. Você ficará
surpreso com os resultados quando se abster de palavras
ofensivas. Fale palavras que edificam os outros. Se você não
sabe o que dizer, não diga nada.
Embora tivéssemos muitos momentos desafiadores quando nossos
filhos eram adolescentes, alguns anos depois - alguns demoraram mais
do que outros - todos nos agradeceram por não deixá-los ir a essa festa
ou namorar essa pessoa ou participar de uma certa viagem de férias de
primavera com seus amigos . Claro, em certos momentos em que
Cherise e eu estávamos aplicando essas regras, parecia que
estávamos no meio de um campo de batalha. Mas no final, valeu a
pena.
Verdade nº 3: Ame sem parar
Olha, às vezes as pessoas podem fazer coisas estúpidas. Isso inclui
nossos próprios adolescentes e outros que amamos. Mas gritar com as
pessoas com palavras de julgamento severo não conquistará seus
corações. A Bíblia ensina que “a ira humana não produz a justiça que
Deus deseja” (Tiago 1:20).
Não fale com o tolo dos outros; falar com o rei neles.
Quando seus filhos não fazem o que você quer que eles façam,
resista ao impulso de ligar o botão de ataque. Isso geralmente
envolve muitos gritos e berros. Às vezes, em um acesso de raiva ou

outra emoção vulcânica que achamos que não podemos controlar,
xingamos nossos filhos. Nós os criticamos. Nós os rebaixamos com
acusações como “Você não serve para nada” e “Você deveria ter
vergonha de si mesmo”.
Se você falar com o tolo em seu filho, o tolo se levantará. Se você falar
ao rei em seu filho, o rei se levantará. O profeta Miquéias pede
tal rei em Miquéias 4:9: “Mas por que agora você está gritando de terror?
Tenho

você não é rei para liderá-lo? Todos os seus sábios morreram? A
dor tomou conta de você como uma mulher no parto.” A versão
King James expressa parte do versículo assim: “Não há rei em ti?”
Acredito que dentro de cada um de nós existe um rei. Eu comparo
isso ao nosso potencial para sermos as pessoas que Deus nos criou
para sermos por meio de Cristo Jesus. Podemos lutar. Mas há um rei
dentro de nós. Podemos falhar. Mas há um rei dentro de nós.
Podemos não ser quem podemos ser. Mas há um rei dentro de nós.
Muitas vezes, não é fácil ver o rei ou a rainha em nossa própria casa.
Então, o que vai produzir justiça? A Bíblia oferece uma solução:
“Amar sem parar” (1 Coríntios 16:14,MENSAGEM).
Seus filhos podem partir seu coração. Ame sem parar.
Eles podem dizer que odeiam você e nunca mais verão ou falarão com
você.
Ame sem parar.
As pessoas que amamos podem fazer escolhas terríveis. Ame
sem parar. Você pode não gostar ou concordar com o que eles
estão fazendo. Amor sem
parando.
Verdade #4: Às vezes você precisa amar à distância
Você pode estar se perguntando como amar alguém que é tóxico.
Essa pessoa pode sofrer de dependência de drogas ou álcool, pode
ser verbal ou fisicamente abusiva ou pode ter tendências violentas.
Você pode amar em seu coração, desejando e orando pelo bem da
pessoa — à distância. Ser cristão não significa ser um saco de pancadas,
um capacho ou um boneco de teste de colisão. Sim, Deus nos chama a
fazer sacrifícios, a dar a outra face e a perdoar todas as ofensas. Mas Ele
não nos chama para ter relacionamentos profundos e significativos com
aqueles que nos feriram profundamente. Nesses casos, pode ser
necessário criar um espaço intencional.
O pai biológico de minha esposa não apareceu por opção até ela
completar treze anos. Um viciado diagnosticado com transtorno bipolar, ele
não era o garoto-propaganda de uma figura paterna saudável. Quando
adulta, Cherise estendeu a mão para ele várias vezes. Ele entrava e voltava
em um ciclo que continuava por anos. Este homem foi salvo depois que

minha esposa e eu nos casamos, mas mesmo sendo um crente nascido de
novo, ele nunca conseguia sair da montanha-russa interminável de vícios e
problemas de saúde mental. Durante esse tempo, Cherise ainda tentou se
conectar com ele. Ela o convidaria para o

casa, até mesmo ajudá-lo com o que ele precisasse. Embora ela
tenha apresentado nossos dois filhos mais velhos ao avô, ela não
queria que ele fizesse com eles o que ele tinha feito com ela.
Sempre que ele aparecia, eu podia sentir uma discussão entre
Cherise e eu. Já que eu era a única outra figura masculina na casa,
eu receberia o peso de sua frustração com suas inconsistências e
comportamento tóxico. Finalmente, o ciclo de ficar e partir teve um
preço.
Cherise o havia perdoado muito tempo antes, mas depois de um
tempo, ela percebeu por sua própria sanidade e pela sanidade de
nossa família que precisava amá-lo à distância. Não porque ela era
melhor do que ele. Não porque ele agiu como um caloteiro. Não
porque ele estava longe demais para Jesus mudá-lo. Como o
relacionamento era tóxico para nossa dinâmica familiar, Cherise teve
que estabelecer limites fortes. Isso significava determinar o que era
aceitável e o que não era, quando ele poderia vir, quanto tempo
poderia ficar e assim por diante.
Existem certas pessoas que você simplesmente não pode
continuar trazendo em sua vida. Você não pode renegá-los se eles
são da família, é claro, mas você pode amá-los à distância. Quanto
menos você se associar com algumas pessoas, mais sua vida
melhorará.
Seja gentil e firme na criação desse espaço. Você não tem que ser um
idiota sobre isso. Pense em maneiras de se conectar sem o tempo diário de
rosto. Talvez isso signifique se comprometer com um telefonema semanal
ou uma mensagem de texto para verificar. Talvez você possa escrever
cartas. Talvez você concorde em encontrar a pessoa para jantar em outro
lugar que não seja sua casa e estabeleça limites, por exemplo, pedindo-lhe
para sair se aparecer carregado. Você pode abrir espaço para esses entes
queridos em seu coração, mas é igualmente importante estabelecer limites
físicos.
Verdade nº 5: Podemos aprender a ver através dos olhos
de Jesus
Quando escolhemos amar mesmo tendo sido magoados, mesmo
que outros tenham cometido erros, mesmo que sintamos que

alguém não merece, começamos a amar como Deus ama. Sem
condição. Sem expectativa. Sem condições.
Escolha ver as pessoas através dos olhos de Jesus. Ame os
outros como Deus te ama. Então você encontrará um amor tão
amplo, tão alto, tão profundo, tão longo, que você nunca mais será
o mesmo.

AGRANDEIDÉIA
Ame as pessoas que erraram.

CAPÍTULO QUATRO
PARAR DE MANTER A
PONTUAÇÃO E COMEÇAR
A PERDER CONTAGEM
Mminha esposa e eu nunca planejamos fazer tatuagens.
Algumas tatuagens ficam bem em outras pessoas, mas nunca
fomos realmente tatuados. De vez em quando, nossas filhas os
mencionavam enquanto cresciam, e nossa regra era: “Depois de
fazer dezoito anos, você pode colocar o que quiser no corpo”. Não
que alguma vez tenhamos imaginado que algum de nossos filhos
realmente conseguiria um.
Algumas semanas antes de eu terminar de escrever este livro, dois
deles tinham um anúncio a fazer quando chamaram minha esposa para
um bate-papo por vídeo. Você pode imaginar a surpresa dela quando eles
ergueram as laterais de seus antebraços e exibiram suas novas (e
felizmente pequenas) tatuagens que diziam “70 × 7”.
O queixo de Cherise caiu no chão. "É melhor que sejam
falsos", disse ela, tentando manter a calma.
As meninas riram e disseram: “A culpa é do papai! Ele está nos
ensinando a amar como se nunca tivéssemos sido feridos.”
Bem, não posso dizer que os fiz fazer tatuagens, mas alguns dias
antes desse grande evento eu estava investigando alguns princípios
de perdão com eles.
A história por trás: Alguém havia feito mal às nossas duas filhas. Eles
perdoaram a pessoa e seguiram em frente. Algum tempo depois, essa

mesma pessoa machucou minhas filhas novamente. Foi um pouco mais
difícil perdoar a mesma pessoa pela mesma coisa na segunda vez.
Compartilhei com eles o que vou compartilhar com você neste capítulo,
como Jesus nos ordenou a perdoar — sempre.
Quando as garotas detalharam sua aventura de tatuagem comigo,
uma delas – não me lembro qual – disse: “Lembrei-me da matemática
de Deus de

perdão e como Jesus nos disse para perdoar setenta vezes sete. Percebi que
precisava de um lembrete diário para continuar perdoando. Então fizemos
tatuagens para nos ajudar!”
Nossas meninas postaram suas aventuras de tatuagem no
Instagram e receberam milhares de comentários, alguns de pessoas
que admitiram que precisavam do mesmo lembrete diário, o que
justificava uma ida ao estúdio de tatuagem. E, bem, eu nunca
pensei que diria isso, mas Cherise e eu estamos pensando em fazer
a mesma tatuagem em breve!
Problemas de matemática
Uma das lições mais poderosas que Jesus ensinou foi sobre o perdão. Ele a
deu porque Pedro se aproximou de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas
vezes
devo perdoar alguém que peca contra mim? Sete vezes?"
“Não, não sete vezes”, Jesus respondeu, “mas setenta vezes
sete” (ver Mateus 18:21–22).
Tenho uma suspeita sorrateira de que Peter tinha alguém em
mente que já havia perdoado seis vezes. Ele só poderia estar
pronto para descartar essa pessoa. Quer ou não, ele estava
procurando uma fórmula.
Tenho dificuldades com matemática desde criança. Eu nunca fui bom
nisso. Ainda hoje, se estou pagando uma refeição em um restaurante e
tenho a tarefa de descobrir a gorjeta, quem estiver comigo é melhor ir em
frente e pedir sobremesa e café, porque vamos ficar lá por um tempo.
Talvez você sinta minha dor. Não conheço seu conjunto de
habilidades, mas sei que, não importa o quão ruim sejamos em
matemática, a maioria de nós é boa em marcar pontos quando se
trata de pessoas que nos prejudicaram.
Alguns de nós até têm memórias fotográficas quando se trata de
guardar rancor. Sabemos exatamente o ano, o mês e a hora exata
do dia de cada ofensa que surgiu em nosso caminho. Criamos
planilhas mentais para cada pessoa que nos feriu e começamos a
somar notas para cada ofensa.
“Minha esposa criticou minha aparência.” Verificar. “Então ele
(ela) esqueceu meu aniversário.” Verificar. “Então ele (ela) se

recusou a fazer sexo comigo, culpando uma dor de cabeça que eu
sei que ele (ela) não teve.” Verificar. “Meu colega de trabalho levou
o crédito pelo meu projeto.” Verificar. “Então ela levou o crédito pelo
meu trabalho.” Verificar. “Então ela fez um comentário sarcástico
sobre o meu desempenho no trabalho.” Verificar. E assim por
diante.

Muitos de nós têm problemas para perdoar. Em vez de liberar
ofensas, nós nos apegamos a elas por nossa preciosa vida. Nós os
transformamos em absolutos matemáticos. Alguns de nós carregamos
conceitos errados sobre o perdão que nos impedem de perdoar.
Espero esclarecer algumas delas para você no final deste capítulo e,
se precisar, ajudar a guiá-lo em direção ao perdão.
Não importa quantas vezes tenhamos sido feridos, a Bíblia é
clara em uma coisa: devemos perdoar.
Quer aprender a amar como nunca se machucou? Comece a
perdoar.
Quando Peter deixou escapar “sete vezes”, ele pensou que estava sendo
generoso. Você pode pensar que o número está no lado baixo. Quantas
vezes um amigo consegue te esfaquear pelas costas antes de você
terminar com ela? Quantas vezes um pai pode criticar você antes que você
nunca mais fale com ele ou ela? (Observe, porém, que nem todos que você
perdoa e ama precisam fazer parte de sua vida. Falarei sobre isso no final
do capítulo.)
Jesus tinha a resposta perfeita.
Manter a pontuação versus perder a contagem
Jesus diz: “Não, não sete vezes. Setenta vezes sete.”
Você sabe que eu não sou bom em matemática, mas eu posso
descobrir essa equação. A resposta é 490. Do jeito que eu li, isso
significa que devemos perdoar a mesma pessoa 490 vezes por
dia. Isso é muito perdão para fazer. A uma taxa de um ato de
perdão a cada três minutos, você poderia passar um dia inteiro
apenas perdoando alguém!
Mas não se trata de números. Jesus estava nos dando uma nova
fórmula matemática, um novo conjunto de verdades para andarmos
no perdão. A primeira verdade é esta: o perdão não é sobre marcar
pontos. É perder a conta.
Todos nós vamos nos machucar de alguma forma. Seu cônjuge
vai decepcioná-lo. Alguém pode fofocar sobre seu casamento.
Alguém pode roubar seu dinheiro. Alguém pode roubar seu marido.

Alguém pode ter abusado de você. Alguém pode ter prejudicado
seu filho.
Enquanto se machucar é a realidade, ficar e ficar amargo é uma reação.
Devemos viver um estilo de vida de perdão constante. Não se trata de
satisfazer os requisitos de uma equação matemática. Devemos perdoar. O
tempo todo.

Não perdoar é imperdoável
CS Lewis escreveu: “Todo mundo diz que o perdão é uma ideia
adorável até que tenham algo para perdoar”.1
O perdão é como o
dinheiro. Queremos receber, não dar.
Um pecado imperdoável, encontrado em Mateus 12:31-32, é a
blasfêmia contra o Espírito Santo. Durante anos acreditei que
este era o único pecado que não podia ser perdoado. Mas eu
estava errado.
Jesus também disse: “Pois, se perdoardes aos homens as suas
ofensas, vosso Pai celestial também vos perdoará. Mas, se não
perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai não perdoará
vossas ofensas” (Mateus 6:14).NKJV).
A segunda verdade do perdão é que é imperdoável não perdoar.
Se você se recusar a perdoar os outros, Deus não o perdoará.
Você precisa que Deus o perdoe por alguma coisa? Se você é
humano, claro que sim. Bem, então, perdoe aqueles que o
prejudicaram, o traíram, o amaldiçoaram, o maltrataram, o
prejudicaram, o abandonaram, o roubaram ou foram infiéis a você.
Todos nós carregamos dívidas que não podemos pagar.
Depois que Jesus ofereceu a Pedro a equação matemática para
o perdão, Ele ilustrou Seu ponto com uma parábola. “Portanto, o
reino dos céus é semelhante a um certo rei que queria acertar as
contas com seus servos” (Mateus 18:23NKJV). Você pode ler a
história inteira em Mateus 18, mas aqui está o meu resumo.
Este rei deve ter tido uma reunião com seu CFO, ou talvez ele fosse um
homem muito inteligente e fez a contabilidade sozinho. Enquanto ele
percorre os registros financeiros, ele percebe que um servo lhe deve dez
mil talentos.
Segundo os estudiosos, um talento naquela época equivalia a mil
dólares hoje. Portanto, este servo está no buraco por dez milhões de
dólares. Eu amo o que o versículo 25 diz sobre esse cara – “Ele não podia
pagar”. Bem, isso é óbvio. Ninguém que eu conheça tem dez milhões de
dólares extras por aí.
Mas o significado mais profundo disso é que é uma referência
direta à nossa dívida pelo pecado. Jesus é nosso rei. Ele sabe que

devemos a Ele. Ele sabe que não pagamos. Ele conhece nossas
dívidas pendentes.
Então, o que o rei faz? Ele envia uma equipe de capangas altos e fortes
armados para encontrar o cara, arrastá-lo para o palácio e fazê-lo tossir a
grana, ou então? Bem, isso é mais ou menos o que aconteceu, menos a
aparência assustadora

capangas. Quando o servo aparece diante do rei, ele se joga no
chão e implora por misericórdia.
"Eu sinto muito. Por favor, mostre-me alguma graça. Tenho
mulher e filhos! Dê-me algum tempo, e eu vou te pagar de volta.
Eu prometo!"
O rei está tão comovido de compaixão que concorda em perdoar a
dívida e deixa o cara ir. Assim como a mais alta autoridade do reino
perdoou um servo, Jesus, por meio da cruz, perdoa nossa dívida.
O Rei dos reis perdoa todos os votos que fazemos e quebramos. Ele
perdoa todas as mentiras, trapaças e roubos que fazemos. Ele perdoa
nossas atitudes desagradáveis. Ele perdoa nossos apetites gulosos. Ele
perdoa nossa idolatria. Ele perdoa as coisas que vemos no computador.
Ele perdoa nossos vícios, nossos comportamentos tóxicos, nossas
queixas, nosso ódio, nossos preconceitos, nossos preconceitos.
Jesus nos perdoa. Período.
Imagino que o criado deixa o palácio em alta. Eu teria. Sua lousa
é limpa. Ele não está mais sobrecarregado por um fardo financeiro
impressionante. Ele pode finalmente ter uma boa noite de sono.
A caminho de casa, o cara encontra um homem que lhe deve
dinheiro — cem denários, para ser exato. Nos tempos modernos, a
dívida desse amigo seria o equivalente a dez a quinze mil dólares.
Você pode esperar que o servo pague a misericórdia que recebeu há
uma hora ou mais.
Ele não.
O homem recém-livre de dívidas corre em direção ao outro servo, coloca
as mãos em volta da garganta e começa a sufocá-lo. “Pague-me o que
você deve!” ele brada.
É como um déjà vu. O conservo escapa das garras da morte,
desaba no chão como uma boneca de pano e implora por perdão.
"Eu sinto muito. Por favor, mostre-me alguma graça. Tenho mulher
e filhos! Dê-me algum tempo, e eu vou te pagar de volta. Eu
prometo!"
O primeiro servo se recusa até a dar ao cara um período de
carência, quanto mais perdoar a dívida. Em vez disso, ele o joga na
prisão. Outros servos ao redor assistem à troca brutal e ficam
horrorizados. Uma tradução os descreve como “entristecidos”.
Essas testemunhas oculares correm para contar ao rei o que
aconteceu.

O rei está furioso. Ele convoca seus capangas e exige que eles
cacem o servo e o arrastem de volta ao palácio. Quando os dois
estão cara a cara, o rei diz: “Seu servo mau! Eu te perdoei aquela
dívida tremenda porque você me implorou. Você não deveria ter
misericórdia de seu conservo, assim como eu tive misericórdia de
você?”

O rei fica tão furioso que entrega o cara aos torturadores do
palácio para fazerem o que quiserem até que ele possa pagar cada
centavo da dívida original de dez milhões de dólares.
Jesus encerrou esta poderosa parábola dizendo: “Isso é o que
meu Pai celestial fará com você se você se recusar a perdoar seus
irmãos e irmãs de coração” (versículo 35).
Se você não liberar o perdão, você não receberá o perdão.
O melhor trazido pelo pior
Um terceiro princípio do perdão é que o melhor em nós só pode ser
trazido à tona pelo pior que nos foi feito.
Não gostamos do que aconteceu conosco. Isso machuca. Partiu
nossos corações. Mas a verdade é que às vezes o melhor em você
nunca será liberado até que o pior tenha sido feito a você. E
geralmente será feito por pessoas que você mais amou, confiou e
ajudou. Deus não pretende que as experiências dolorosas em sua
vida o destruam.
Os aviões decolam com vento contrário porque isso os tira do chão
rapidamente. A resistência lhes dá sustentação. A oposição pode
fazer a mesma coisa com você. Alguém te machucando, te traindo ou
falando mal de você pode trazer algo de bom. Pode levá-lo mais alto.
Logo antes de Deus levar Elias para o céu, Ele enviou um
redemoinho. Não veio para derrubar o profeta, mas para levantá-lo.
Os fortes ventos da adversidade o levantarão, não o destruirão.
Eles usarão as piores coisas feitas a você para trazer o melhor de
você.
Continue tocando
Às vezes pensamos que perdoamos alguém, mas não perdoamos.
Aqui está uma pista: se você ainda se sente amargurado ao
ouvir o nome dessa pessoa ou simplesmente não consegue
parar de pensar no que aconteceu, você tem mais trabalho a
fazer.

Eu sei como é difícil perdoar. A dor é real. Senta-se.
Apodrece. Ele constrói. Como diabos vamos deixá-lo ir?

A empresa Heinz costumava vender ketchup em garrafas de
vidro. Hoje, você só vai encontrá-los em restaurantes; recipientes
espremíveis tomaram conta das prateleiras dos supermercados.
Eles não parecem tão bonitos, mas a embalagem plástica facilita a
retirada do ketchup.
Quer saber o que ketchup tem a ver com perdão? Fique comigo
por um minuto.
As garrafas de vidro são um pouco complicadas. Você pode se
lembrar de ter que virar a garrafa e bater no fundo do copo com a
palma da mão. Muitas vezes, quase nenhum ketchup saía. Talvez
você tenha tentado bater o lado da garrafa em uma mesa. Ou,
como eu, você tentou raspar o ketchup com uma faca. Esses
truques não funcionaram bem na maioria das vezes. (Não é à toa
que eles inventaram as garrafas squeeze!)
Quero te contar um segredo que, segundo a empresa Heinz,
pouquíssimos consumidores sabem2
: O truque para tirar o ketchup de
uma garrafa de vidro é quebrar a bolha de ar, um subproduto comum
da embalagem de alimentos sob pressão. Você tem que bater no
vidro onde está o 57 e continuar batendo. O ketchup começará a
derramar, embora lentamente. Você tem que esperar; não vai cair
rápido. Pode demorar um minuto.
É assim que funciona o perdão. Você tem que acertar o ponto
certo. Às vezes, o conteúdo do perdão é liberado lentamente. Isso é
especialmente verdadeiro logo depois que alguém te machuca. Mas
você tem que continuar tocando. Você tem que orar e continuar
orando. Você tem que perdoar e continuar perdoando. Você tem
que amar e continuar amando.
Apontei que esta geração quer as coisas rápido. Talvez não seja
apenas uma coisa geracional. Talvez seja a pressão da nossa
cultura. Se não conseguirmos servir a comida ou resolver os
problemas neste instante, se não conseguirmos o corpo perfeito ou
o casamento perfeito até o final do mês, bem, isso não é bom o
suficiente.
Jesus disse,
Continue pedindo, e você receberá o que pede. Continue procurando e você encontrará.
Continue batendo, e a porta será aberta para você. Para todos que pedem, recebem.
Todo aquele que procura, encontra. E a todos que baterem, a porta será aberta.

Mateus 7:7–8
Se você está tendo problemas para perdoar alguém, seja encorajado.
Você precisa continuar orando.
Continue perguntando.

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