1) O documento discute a população indígena brasileira, classificando-a em categorias de acordo com o grau de contato com a sociedade nacional: isolados, contato intermitente, contato permanente e integrados.
2) Apresenta dados demográficos estimados dessas populações em 1957, distribuídos por região e categoria.
3) Discute a avaliação dos resultados da integração das populações indígenas ao longo do século XX, mostrando altas taxas de extinção de grup
Trab. socio miscigenação cultural brasileiraMinguimingui
A cultura brasileira surgiu da miscigenação entre as culturas indígena, europeia e africana durante a colonização. Os portugueses trouxeram a língua, religião e instituições, enquanto os africanos contribuíram com a culinária, danças e religiões. Os indígenas contribuíram com vocabulário, folclore e utensílios. Ao longo do tempo, essas culturas se misturaram, criando a cultura diversificada e única do Brasil de hoje.
Identidade, diferença e desigualdades no brasilferaps
O documento discute a formação étnica e cultural do povo brasileiro através da miscigenação entre indígenas, europeus e africanos ao longo dos séculos XVI-XVIII. Apesar disso, grupos como descendentes de negros e indígenas sofreram exploração e marginalização histórica. A ideologia do branqueamento promoveu a supremacia branca e dificultou o avanço social de negros. A cidadania plena deve assegurar direitos civis, políticos e sociais para toda a população brasile
O documento descreve a formação do povo brasileiro a partir da miscigenação entre portugueses, indígenas e africanos escravizados. Detalha as características e o processo de assimilação dos brasilíndios, descendentes de pais portugueses e mães indígenas, e dos afro-brasileiros, trazidos da África como escravos e submetidos a um processo desumanizante de trabalho forçado e violência física. Apesar da destruição de suas culturas originais, essas popula
O documento descreve a formação do povo brasileiro através da miscigenação entre os povos indígenas, colonos portugueses, africanos escravizados e imigrantes. A mestiçagem ocorreu desde os primeiros contatos e deu origem a uma população "ninguém" que acabaria por se tornar o povo brasileiro atual.
O documento descreve a formação do povo brasileiro através da miscigenação entre os principais grupos que habitaram o Brasil: os indígenas, os africanos trazidos como escravos, os europeus que colonizaram o país e os asiáticos que imigraram posteriormente. A miscigenação entre essas etnias resultou na diversidade cultural do Brasil de hoje.
O Povo Brasileiro – a formação e o sentido do BrasilLuci Bonini
O documento discute a obra de Darcy Ribeiro "O povo brasileiro" e a diversidade social, étnica e cultural do Brasil. Darcy Ribeiro foi um antropólogo, escritor e político brasileiro que estudou os índios e defendeu suas causas. Seu livro analisa a formação do povo brasileiro a partir da miscigenação entre índios, europeus e africanos escravizados.
No séculos XVI e XIX, milhões de africanos foram trazidos à força para o Brasil como escravos, onde trabalharam principalmente no cultivo da cana-de-açúcar e do café sob condições desumanas.
Ao longo do tempo, vários grupos se misturaram, incluindo índios, europeus, africanos e asiáticos, resultando na população miscigenada do Brasil de hoje, com manifestações culturais diversas em todo o país.
Darcy
1. The book discusses the formation and identity of the Brazilian people through a historical and anthropological analysis of how Brazilians developed over centuries of encounters between indigenous peoples, Europeans, and Africans.
2. It covers major topics like the ethnic matrices that influenced Brazilian identity, the clash of worldviews between indigenous and European civilizations, and the processes of ethnogenesis that resulted from colonial policies and practices.
3. The introduction and conclusion aim to make comprehensible how Brazilians became who they are today through an exploration of their mixed indigenous, European and African heritage and the often violent interactions that shaped the country's development.
Trab. socio miscigenação cultural brasileiraMinguimingui
A cultura brasileira surgiu da miscigenação entre as culturas indígena, europeia e africana durante a colonização. Os portugueses trouxeram a língua, religião e instituições, enquanto os africanos contribuíram com a culinária, danças e religiões. Os indígenas contribuíram com vocabulário, folclore e utensílios. Ao longo do tempo, essas culturas se misturaram, criando a cultura diversificada e única do Brasil de hoje.
Identidade, diferença e desigualdades no brasilferaps
O documento discute a formação étnica e cultural do povo brasileiro através da miscigenação entre indígenas, europeus e africanos ao longo dos séculos XVI-XVIII. Apesar disso, grupos como descendentes de negros e indígenas sofreram exploração e marginalização histórica. A ideologia do branqueamento promoveu a supremacia branca e dificultou o avanço social de negros. A cidadania plena deve assegurar direitos civis, políticos e sociais para toda a população brasile
O documento descreve a formação do povo brasileiro a partir da miscigenação entre portugueses, indígenas e africanos escravizados. Detalha as características e o processo de assimilação dos brasilíndios, descendentes de pais portugueses e mães indígenas, e dos afro-brasileiros, trazidos da África como escravos e submetidos a um processo desumanizante de trabalho forçado e violência física. Apesar da destruição de suas culturas originais, essas popula
O documento descreve a formação do povo brasileiro através da miscigenação entre os povos indígenas, colonos portugueses, africanos escravizados e imigrantes. A mestiçagem ocorreu desde os primeiros contatos e deu origem a uma população "ninguém" que acabaria por se tornar o povo brasileiro atual.
O documento descreve a formação do povo brasileiro através da miscigenação entre os principais grupos que habitaram o Brasil: os indígenas, os africanos trazidos como escravos, os europeus que colonizaram o país e os asiáticos que imigraram posteriormente. A miscigenação entre essas etnias resultou na diversidade cultural do Brasil de hoje.
O Povo Brasileiro – a formação e o sentido do BrasilLuci Bonini
O documento discute a obra de Darcy Ribeiro "O povo brasileiro" e a diversidade social, étnica e cultural do Brasil. Darcy Ribeiro foi um antropólogo, escritor e político brasileiro que estudou os índios e defendeu suas causas. Seu livro analisa a formação do povo brasileiro a partir da miscigenação entre índios, europeus e africanos escravizados.
No séculos XVI e XIX, milhões de africanos foram trazidos à força para o Brasil como escravos, onde trabalharam principalmente no cultivo da cana-de-açúcar e do café sob condições desumanas.
Ao longo do tempo, vários grupos se misturaram, incluindo índios, europeus, africanos e asiáticos, resultando na população miscigenada do Brasil de hoje, com manifestações culturais diversas em todo o país.
Darcy
1. The book discusses the formation and identity of the Brazilian people through a historical and anthropological analysis of how Brazilians developed over centuries of encounters between indigenous peoples, Europeans, and Africans.
2. It covers major topics like the ethnic matrices that influenced Brazilian identity, the clash of worldviews between indigenous and European civilizations, and the processes of ethnogenesis that resulted from colonial policies and practices.
3. The introduction and conclusion aim to make comprehensible how Brazilians became who they are today through an exploration of their mixed indigenous, European and African heritage and the often violent interactions that shaped the country's development.
O documento descreve a história dos povos indígenas e africanos na América portuguesa, com ênfase nos seguintes pontos:
1) Os povos indígenas eram os verdadeiros descobridores das terras, mas sofreram alterações culturais e violência com a chegada dos portugueses;
2) Os africanos eram trazidos em grande número para o trabalho escravo, sofrendo privações culturais e físicas durante a travessia e no Brasil;
3) Ambos os grup
A formação do povo brasileiro envolveu a miscigenação de diversos grupos, incluindo povos indígenas, africanos trazidos como escravos, e imigrantes europeus e asiáticos. Os principais povos indígenas originais eram os Karajá, Bororó e Yanomami. Milhões de africanos foram forçados a trabalhar como escravos nas lavouras de cana-de-açúcar e café. Imigrantes europeus como portugueses, italianos e alemães também contribuí
O documento descreve a formação étnica da população brasileira através da mistura de povos indígenas, portugueses e africanos ao longo dos séculos XVI-XIX. Milhões de indígenas viviam no Brasil antes da chegada dos colonizadores europeus, mas a maioria foi dizimada por doenças e violência durante o processo de colonização. O país também recebeu imigrantes de diversas etnias da Europa e Ásia a partir do século XIX.
O documento descreve a formação do povo brasileiro através da miscigenação entre diversos grupos ao longo da história: 1) Povos indígenas viviam no Brasil antes do descobrimento e ainda existem diversos grupos hoje; 2) Milhões de africanos foram trazidos como escravos entre os séculos XVI e XIX; 3) Imigrantes europeus e asiáticos, principalmente portugueses, italianos e japoneses, também contribuíram para a formação do povo brasileiro.
O documento descreve a composição étnica do povo brasileiro, resultante da miscigenação de três grupos principais ao longo de 500 anos: os índios nativos, os brancos portugueses e outros europeus, e os negros africanos escravizados. A diversidade cultural do Brasil é o resultado desta mistura de culturas e etnias diferentes ao longo da história.
O documento descreve a formação do povo brasileiro através da miscigenação entre os povos indígenas, negros e brancos europeus trazidos pelos colonizadores portugueses. Detalha a influência cultural desses três grupos, incluindo suas tradições, costumes e línguas, e como eles contribuíram para a sociedade mestiça brasileira de hoje.
A formação da população brasileira (3 ano B 2016)Geová da Silva
A formação da população brasileira foi resultado da miscigenação entre indígenas, africanos e europeus ao longo dos séculos XVI-XVIII; a população é formada principalmente por caboclos, mulatos e cafuzos devido ao cruzamento entre brancos, índios e negros; e os principais grupos de imigrantes posteriores foram portugueses, italianos, espanhóis, alemães e japoneses.
O documento descreve a origem do povo brasileiro resultante do cruzamento entre índios, africanos e portugueses, bem como a imigração histórica a partir do século XIX para suprir a necessidade de mão-de-obra após a abolição da escravatura. A população brasileira é majoritariamente parda devido às misturas, variando as porcentagens entre brancos, pardos e negros nas diferentes regiões.
1) O documento discute a formação do povo brasileiro através da miscigenação entre indígenas, europeus e africanos e as origens culturais destes grupos.
2) Aborda a colonização portuguesa no Brasil no século XVI e a introdução da escravidão de negros africanos.
3) Descreve os primeiros contatos entre indígenas e portugueses e a visão eurocêntrica dos colonizadores sobre as culturas indígenas.
O documento descreve a diversidade étnica e cultural do Brasil, mencionando suas principais etnias: indígenas, portugueses, africanos, italianos, alemães e suíços. Detalha a distribuição geográfica e o impacto cultural de cada grupo no país.
O documento discute a origem dos grupos étnicos africanos trazidos como escravos para o Brasil, principalmente os sudaneses e bantos da África Ocidental. Também aborda a mão-de-obra escrava africana nas lavouras de cana-de-açúcar no Nordeste e como isso contribuiu para a formação do território e identidade nacionais. Por fim, analisa a situação dos negros após a abolição da escravatura, incluindo a segregação e desigualdade social enfrentadas.
1) A escravidão indígena no Brasil começou com a chegada dos portugueses em 1500 e envolveu a captura e exploração forçada de indígenas.
2) Os jesuítas estabeleceram aldeamentos para converter e controlar os indígenas, porém a demanda por mão-de-obra levou ao surgimento de bandeiras para captura de mais indígenas.
3) Ao longo dos séculos, a legislação portuguesa oscilou entre a proteção e exploração dos indígen
A escravidão no Brasil durou de 1570 a 1888. Milhões de africanos foram trazidos à força para trabalhar como escravos, sofrendo maus tratos e exploração. Eles resistiram de muitas formas, incluindo fugas e a formação de quilombos como Palmares. Sua cultura, no entanto, influenciou profundamente a cultura brasileira através da música, dança, religião e culinária.
O documento discute a formação cultural do Brasil através da miscigenação entre povos indígenas, portugueses e africanos. Também aborda a influência de imigrantes no século XX, a construção da identidade nacional brasileira e as contribuições culturais dos negros e afrodescendentes, apesar da história de escravidão.
O negro na formação da sociedade brasileiraDandara Lima
O documento descreve a história do povo negro na África e sua escravização pelos europeus. Detalha as condições desumanas no tráfico transatlântico de escravos e a resistência dos negros na formação da sociedade brasileira, incluindo comunidades quilombolas como Palmares.
A composição étnica brasileira é altamente diversa, formada principalmente por indígenas, africanos e europeus. Ao longo dos séculos, a miscigenação entre esses grupos originou novos povos como mulatos, mamelucos e cafuzos. Atualmente, o IBGE classifica a população em brancos, negros, pardos, amarelos e indígenas.
O documento discute as matrizes culturais do Brasil, abordando as origens dos indígenas, negros e brancos no país e como cada um influenciou a formação cultural brasileira através da miscigenação. Também apresenta exemplos de obras que representam essas origens, como o Monumento às Nações Indígenas e o quadro "Navio de Emigrantes".
Este documento discute a constituição étnica da população brasileira, formada principalmente por indígenas, brancos e negros africanos. Além disso, fala sobre a grande contribuição dos imigrantes que chegaram ao Brasil ao longo dos séculos XIX e XX na formação da população, especialmente portugueses, asiáticos e outros grupos. Por fim, aborda a miscigenação e o mito da "democracia racial" no Brasil.
O documento discute as matrizes culturais do Brasil e conceitos relacionados como:
1) A formação do território brasileiro e a diversidade cultural resultante dos contatos entre culturas diferentes;
2) O conceito de etnocentrismo e como ele surge do choque entre culturas;
3) A ideia de relativismo cultural que defende o estudo das culturas em seus próprios contextos sem julgamentos.
Hábitos indígenas que influenciaram os nossos costumesKau Dubiella
O documento discute três hábitos indígenas que influenciaram os costumes brasileiros: o uso de plantas medicinais, o banho diário em rios e o hábito de dormir em redes. Os índios desenvolveram conhecimento sobre as propriedades curativas de plantas e transmitiram esse costume para os brasileiros. Eles também tomavam banho diariamente nos rios, ao contrário dos europeus, influenciando este hábito. Os índios dormiam em redes, passando este costume para os brasileiros.
O documento discute a origem do termo "índio" usado para se referir aos povos indígenas do Brasil. Os portugueses chamavam esses povos de índios porque acreditavam inicialmente ter chegado às Índias ao descobrirem o Brasil. O documento também aborda a presença da cultura indígena no dia a dia brasileiro e a importância de conhecer suas tradições. Por fim, resume várias lendas indígenas sobre animais e fenômenos naturais.
O documento descreve a história dos povos indígenas e africanos na América portuguesa, com ênfase nos seguintes pontos:
1) Os povos indígenas eram os verdadeiros descobridores das terras, mas sofreram alterações culturais e violência com a chegada dos portugueses;
2) Os africanos eram trazidos em grande número para o trabalho escravo, sofrendo privações culturais e físicas durante a travessia e no Brasil;
3) Ambos os grup
A formação do povo brasileiro envolveu a miscigenação de diversos grupos, incluindo povos indígenas, africanos trazidos como escravos, e imigrantes europeus e asiáticos. Os principais povos indígenas originais eram os Karajá, Bororó e Yanomami. Milhões de africanos foram forçados a trabalhar como escravos nas lavouras de cana-de-açúcar e café. Imigrantes europeus como portugueses, italianos e alemães também contribuí
O documento descreve a formação étnica da população brasileira através da mistura de povos indígenas, portugueses e africanos ao longo dos séculos XVI-XIX. Milhões de indígenas viviam no Brasil antes da chegada dos colonizadores europeus, mas a maioria foi dizimada por doenças e violência durante o processo de colonização. O país também recebeu imigrantes de diversas etnias da Europa e Ásia a partir do século XIX.
O documento descreve a formação do povo brasileiro através da miscigenação entre diversos grupos ao longo da história: 1) Povos indígenas viviam no Brasil antes do descobrimento e ainda existem diversos grupos hoje; 2) Milhões de africanos foram trazidos como escravos entre os séculos XVI e XIX; 3) Imigrantes europeus e asiáticos, principalmente portugueses, italianos e japoneses, também contribuíram para a formação do povo brasileiro.
O documento descreve a composição étnica do povo brasileiro, resultante da miscigenação de três grupos principais ao longo de 500 anos: os índios nativos, os brancos portugueses e outros europeus, e os negros africanos escravizados. A diversidade cultural do Brasil é o resultado desta mistura de culturas e etnias diferentes ao longo da história.
O documento descreve a formação do povo brasileiro através da miscigenação entre os povos indígenas, negros e brancos europeus trazidos pelos colonizadores portugueses. Detalha a influência cultural desses três grupos, incluindo suas tradições, costumes e línguas, e como eles contribuíram para a sociedade mestiça brasileira de hoje.
A formação da população brasileira (3 ano B 2016)Geová da Silva
A formação da população brasileira foi resultado da miscigenação entre indígenas, africanos e europeus ao longo dos séculos XVI-XVIII; a população é formada principalmente por caboclos, mulatos e cafuzos devido ao cruzamento entre brancos, índios e negros; e os principais grupos de imigrantes posteriores foram portugueses, italianos, espanhóis, alemães e japoneses.
O documento descreve a origem do povo brasileiro resultante do cruzamento entre índios, africanos e portugueses, bem como a imigração histórica a partir do século XIX para suprir a necessidade de mão-de-obra após a abolição da escravatura. A população brasileira é majoritariamente parda devido às misturas, variando as porcentagens entre brancos, pardos e negros nas diferentes regiões.
1) O documento discute a formação do povo brasileiro através da miscigenação entre indígenas, europeus e africanos e as origens culturais destes grupos.
2) Aborda a colonização portuguesa no Brasil no século XVI e a introdução da escravidão de negros africanos.
3) Descreve os primeiros contatos entre indígenas e portugueses e a visão eurocêntrica dos colonizadores sobre as culturas indígenas.
O documento descreve a diversidade étnica e cultural do Brasil, mencionando suas principais etnias: indígenas, portugueses, africanos, italianos, alemães e suíços. Detalha a distribuição geográfica e o impacto cultural de cada grupo no país.
O documento discute a origem dos grupos étnicos africanos trazidos como escravos para o Brasil, principalmente os sudaneses e bantos da África Ocidental. Também aborda a mão-de-obra escrava africana nas lavouras de cana-de-açúcar no Nordeste e como isso contribuiu para a formação do território e identidade nacionais. Por fim, analisa a situação dos negros após a abolição da escravatura, incluindo a segregação e desigualdade social enfrentadas.
1) A escravidão indígena no Brasil começou com a chegada dos portugueses em 1500 e envolveu a captura e exploração forçada de indígenas.
2) Os jesuítas estabeleceram aldeamentos para converter e controlar os indígenas, porém a demanda por mão-de-obra levou ao surgimento de bandeiras para captura de mais indígenas.
3) Ao longo dos séculos, a legislação portuguesa oscilou entre a proteção e exploração dos indígen
A escravidão no Brasil durou de 1570 a 1888. Milhões de africanos foram trazidos à força para trabalhar como escravos, sofrendo maus tratos e exploração. Eles resistiram de muitas formas, incluindo fugas e a formação de quilombos como Palmares. Sua cultura, no entanto, influenciou profundamente a cultura brasileira através da música, dança, religião e culinária.
O documento discute a formação cultural do Brasil através da miscigenação entre povos indígenas, portugueses e africanos. Também aborda a influência de imigrantes no século XX, a construção da identidade nacional brasileira e as contribuições culturais dos negros e afrodescendentes, apesar da história de escravidão.
O negro na formação da sociedade brasileiraDandara Lima
O documento descreve a história do povo negro na África e sua escravização pelos europeus. Detalha as condições desumanas no tráfico transatlântico de escravos e a resistência dos negros na formação da sociedade brasileira, incluindo comunidades quilombolas como Palmares.
A composição étnica brasileira é altamente diversa, formada principalmente por indígenas, africanos e europeus. Ao longo dos séculos, a miscigenação entre esses grupos originou novos povos como mulatos, mamelucos e cafuzos. Atualmente, o IBGE classifica a população em brancos, negros, pardos, amarelos e indígenas.
O documento discute as matrizes culturais do Brasil, abordando as origens dos indígenas, negros e brancos no país e como cada um influenciou a formação cultural brasileira através da miscigenação. Também apresenta exemplos de obras que representam essas origens, como o Monumento às Nações Indígenas e o quadro "Navio de Emigrantes".
Este documento discute a constituição étnica da população brasileira, formada principalmente por indígenas, brancos e negros africanos. Além disso, fala sobre a grande contribuição dos imigrantes que chegaram ao Brasil ao longo dos séculos XIX e XX na formação da população, especialmente portugueses, asiáticos e outros grupos. Por fim, aborda a miscigenação e o mito da "democracia racial" no Brasil.
O documento discute as matrizes culturais do Brasil e conceitos relacionados como:
1) A formação do território brasileiro e a diversidade cultural resultante dos contatos entre culturas diferentes;
2) O conceito de etnocentrismo e como ele surge do choque entre culturas;
3) A ideia de relativismo cultural que defende o estudo das culturas em seus próprios contextos sem julgamentos.
Hábitos indígenas que influenciaram os nossos costumesKau Dubiella
O documento discute três hábitos indígenas que influenciaram os costumes brasileiros: o uso de plantas medicinais, o banho diário em rios e o hábito de dormir em redes. Os índios desenvolveram conhecimento sobre as propriedades curativas de plantas e transmitiram esse costume para os brasileiros. Eles também tomavam banho diariamente nos rios, ao contrário dos europeus, influenciando este hábito. Os índios dormiam em redes, passando este costume para os brasileiros.
O documento discute a origem do termo "índio" usado para se referir aos povos indígenas do Brasil. Os portugueses chamavam esses povos de índios porque acreditavam inicialmente ter chegado às Índias ao descobrirem o Brasil. O documento também aborda a presença da cultura indígena no dia a dia brasileiro e a importância de conhecer suas tradições. Por fim, resume várias lendas indígenas sobre animais e fenômenos naturais.
A colonização inicial do Brasil se concentrou na região litorânea no século XVI. No século XVII, a interiorização da colonização ocorreu principalmente através da pecuária, missões jesuíticas e bandeirismo, em busca de território contínuo. As expedições bandeirantes incluíam entradas e bandeiras para apresamento, contratos e pesquisas minerais, expandindo os limites do Brasil colonial para o norte e sul.
Este documento discute a contribuição dos povos indígenas para a cultura brasileira, destacando como elementos de sua cultura como alimentos, remédios, lendas e hábitos fazem parte do dia a dia dos brasileiros. Também ressalta valores indígenas como o respeito às crianças, idosos, natureza e ausência de classes sociais.
O documento descreve a pré-história do Brasil, começando com a arqueologia no país no século XIX. Fala sobre os primeiros habitantes, como os caçadores-coletores que viviam de forma nômade há mais de 11 mil anos, e grupos posteriores como os construtores de sambaquis e ceramistas. Também lista diversas tribos indígenas originais e características comuns entre elas.
O documento discute a importância da observação e do registro na formação de educadores. A observação requer silêncio, escuta atenta, olhar cuidadoso e participação diferenciada. O registro permite reflexão sobre a prática, distanciamento para análise e fundamentação teórica, além de avaliação para melhoria contínua. O registro e sua socialização constroem consciência coletiva e conhecimento, tornando o educador um pesquisador da própria prática.
1. O documento apresenta um prefácio escrito por Darcy Ribeiro sobre seu livro "O Povo Brasileiro: A formação e o sentido do Brasil". Nela, ele descreve sua longa jornada de mais de 30 anos escrevendo e reescrevendo o livro.
2. Darcy Ribeiro explica que o livro é resultado de estudos antropológicos que realizou ao longo de sua carreira sobre a formação do povo brasileiro. No entanto, ele nunca ficou satisfeito com as versões anteriores e continu
O documento discute a obra do antropólogo Darcy Ribeiro "O Povo Brasileiro" que investiga a formação do povo brasileiro e identifica cinco tipos de mestiços no Brasil. Também aborda a cultura popular brasileira, incluindo a Semana de Arte Moderna de 1922 que apresentou novas tendências artísticas e não foi bem compreendida pela elite da época.
0 livro - cimi 40 anos - final (1)povos indigenasAlcilene Alves
O documento é um manifesto contra os decretos de extermínio dos povos indígenas no Brasil lançado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi). O manifesto denuncia que durante a ditadura militar na década de 1970, o governo brasileiro implementou políticas e projetos de desenvolvimento que visavam o desaparecimento dos povos indígenas. A violência imposta pela colonização quase conseguiu seu objetivo no início do século XXI. No entanto, a resistência indígena impediu que fossem totalmente exterminados.
Marcondes, danilo. textos básicos de ética de platão a foucaultAlcilene Alves
La Unión Europea ha acordado un embargo petrolero contra Rusia en respuesta a su invasión de Ucrania. El embargo prohibirá la mayoría de las importaciones de petróleo ruso a la UE y se implementará de manera gradual durante los próximos seis meses. Esta medida tiene como objetivo aumentar la presión económica sobre Rusia y privarla de una fuente clave de ingresos.
Este documento fornece um resumo conciso sobre os povos indígenas no Brasil de hoje em três frases:
1) Apresenta uma série de livros sobre os povos indígenas brasileiros e sua cultura, história e situações atuais.
2) Discutem temas como a identidade, organização social e cultural, movimento político, direitos territoriais, educação e saúde dos povos indígenas.
3) Tem como objetivo aprofundar o conhecimento e debate sobre os povos indígenas brasileiros e
Mineração e interiorização no brasil colôniaMARIANO C7S
O documento discute o bandeirantismo e a mineração no Brasil colonial. O bandeirantismo se expandiu para o interior em busca de ouro e escravos indígenas. Isso resultou no etnocídio indígena e no desenvolvimento de novas fronteiras. A corrida pelo ouro nas Minas Gerais levou a conflitos e ao controle da metrópole portuguesa. A mineração estimulou o comércio e a economia brasileira no século XVIII.
O documento descreve a evolução histórica da Rede Federal de Educação Profissional no Brasil em 4 períodos: 1) Primórdios (1500-1889), quando a educação profissional não existia; 2) Ensino profissionalizante para "desvalidos" (1890-1955), quando era vista como caridade; 3) Expansão com base na teoria do capital humano (1956-1984), quando empresas demandavam mais mão de obra qualificada; 4) Atual expansão, iniciada nos governos Lula.
O documento discute a ocupação do território brasileiro durante o período colonial, mencionando: 1) O início da ocupação pela bacia amazônica e a expansão seguindo os cursos fluviais; 2) A importância da pecuária, da busca por metais preciosos e drogas na penetração do interior; 3) A criação de vilas e cidades no Planalto Central.
001 2º ano história rafael - américa portuguesa até mineração 2015Rafael Noronha
O documento descreve a história da América Portuguesa entre 1500-1800, com foco no período colonial brasileiro. Resume os principais aspectos da economia colonial baseada na escravidão e produção de cana-de-açúcar, a expansão para o interior impulsionada pelas bandeiras no século XVII, e os movimentos de resistência aos abusos portugueses, como a Inconfidência Mineira de 1789.
O documento descreve a história econômica e a organização do espaço no Nordeste brasileiro. A região foi dominada pela economia açucareira desde o século XVI, resultando em grandes latifúndios e desigualdade social. Atualmente, o Nordeste ainda sofre com alta concentração de renda e propriedade da terra, embora tenha havido esforços para diversificar a economia com indústrias e turismo.
O documento descreve a ocupação e desenvolvimento econômico do Nordeste brasileiro ao longo dos séculos XVI a XIX. Inicialmente, a ocupação se concentrou no litoral e a economia girava em torno da produção de cana-de-açúcar para exportação. Posteriormente, a criação de gado permitiu a ocupação do interior nordestino. Entretanto, no final do século XVII, a economia açucareira entrou em crise devido à concorrência das Antilhas. No século XIX, o cultivo de
O documento descreve a história da conquista da Paraíba por Portugal no século XVI. Detalha as cinco expedições falhadas para conquistar a região, dominada na época por franceses e índios. A conquista finalmente ocorreu na quinta expedição, liderada por Martim Leitão, que fundou a cidade de Nossa Senhora das Neves com a ajuda do chefe indígena Piragibe. Posteriormente surgiram as primeiras vilas da Paraíba, como Pilar, Sousa e Campina Grande.
Culturas e Histórias dos Povos IndígenasMarinaMarcos
Este capítulo discute a visão dos povos indígenas na história e na literatura brasileiras. Apresenta como esses povos foram retratados de forma etnocêntrica ao longo do tempo, ora como dóceis e passivos, ora como selvagens. Argumenta que os indígenas raramente foram vistos como sujeitos ativos na construção da história e identidade brasileiras, geralmente aparecendo como figurantes em suas próprias narrativas. Busca desconstruir esses discursos preconceituosos
O documento discute a Lei no 11.645 que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena nas escolas. A lei visa combater mitos e estereótipos sobre esses grupos, apresentando a diversidade de seus povos, culturas, línguas e contribuições para a sociedade brasileira. O documento fornece diretrizes pedagógicas e fontes para trabalhar esses conteúdos de forma respeitosa e inclusiva.
1) O documento discute a situação dos povos indígenas no Brasil e na Bolívia, comparando os processos de colonização e formação dos estados-nação.
2) Existem mais de 200 povos indígenas no Brasil, com diferentes línguas e culturas, que lutam pelo reconhecimento de direitos sobre suas terras tradicionais.
3) A homologação da terra indígena Raposa Serra do Sol em área contínua é um exemplo dessa luta, enfrentando invasores e políticos que apoiam a homologação fra
O documento discute a formação da sociedade e do Estado brasileiro. Aborda os processos de colonização e mestiçagem, resultando em uma população majoritariamente parda. Também analisa a violência sofrida pelos indígenas e o legado da escravidão na construção da nação.
Princípios que balizam a inclusão da temática indígenanatielemesquita
O documento discute princípios para incluir a temática indígena no ensino de educadores, destacando a diversidade de 240 etnias indígenas no Brasil, suas culturas, línguas e histórias. Também ressalta que os povos indígenas participam ativamente da história e sociedade brasileira contemporânea e mantêm tradições e saberes ancestrais, apesar das transformações, apresentando concepções complexas sobre o mundo.
O documento resume informações sobre os povos indígenas no Brasil, incluindo que eles povoaram o território há mais de 10 mil anos, formaram aldeias e desenvolveram agricultura e cerâmica. Também discute a diversidade linguística e cultural entre os diferentes povos, incluindo aspectos como crenças espirituais, mitologia e arte.
Os principais representantes da sociologia no Brasil.
Geração de 30: Gilberto Freyre, Caio Prado Júnior e Sérgio Buarque de Holanda.
Segunda Geração: Darcy Ribeiro, Florestan Fernandes e Paulo Freire.
O documento discute diversos aspectos relacionados aos povos indígenas no Brasil, incluindo quem são e quantos são, o movimento indígena e sua luta por direitos, a educação e cultura indígenas. Aborda a importância das terras e línguas indígenas e os desafios enfrentados na busca por autonomia cultural dentro da sociedade brasileira.
Arte dos indígenas e sua história no BrasilJohnnyAlfh1
Os povos indígenas originários do Brasil estavam localizados por todo o território brasileiro. Grande parte dos povos do litoral falava línguas Tupi, como os Tupiniquins. Embora não existisse uma única forma de sociedade, havia divisão similar de tarefas por sexo e idade.
As identidades culturais indiginas na pós modernidadeHérika Diniz
- O documento discute as identidades culturais indígenas na pós-modernidade e inclui seções sobre quem são os índios hoje, heranças culturais indígenas, desafios enfrentados e situação política das terras indígenas.
DE PERI A MUNDURUKU: A INSERÇÃO DO INDÍGENA NO CONTEXTO LITERÁRIO BRASILEIROInstituto Uka
O documento discute a inserção do indígena no contexto literário brasileiro. Ele descreve como os nativos brasileiros foram desconsiderados e maltratados por séculos e como a Constituição de 1988 deu início a um processo de resgate cultural, abrindo caminho para a produção de literatura indígena. A literatura indígena vem conquistando espaço e servindo como porta-voz desse grupo, tendo um caráter emocional, filosófico e político.
O documento discute a discriminação racial no Brasil, enfatizando a importância de reconhecer as contribuições dos povos indígenas, negros e brancos para a formação da sociedade brasileira. Também destaca a evolução das leis que aboliram a escravidão e protegem os direitos dos grupos étnicos, e a necessidade de educação contra o racismo.
O documento discute a discriminação racial no Brasil, enfatizando a importância de reconhecer as contribuições dos povos indígenas, negros e brancos para a formação da sociedade brasileira. Também destaca a evolução das leis que aboliram a escravidão e protegem os direitos dos grupos étnicos, e a necessidade de educação contra o racismo.
Os povos indígenas originaram-se na América do Sul vindos da América do Norte há milhares de anos. A presença humana no Brasil data entre 11 e 12 mil anos atrás. A colonização portuguesa levou à extinção de muitas sociedades indígenas. Hoje, cerca de 460 mil índios compõem 225 sociedades indígenas, representando 0,25% da população brasileira.
O documento discute a arte indígena brasileira, abordando suas principais manifestações como pintura corporal, arte plumária e cerâmica. Também destaca que a arte indígena é representativa da comunidade e tem funções sociais e culturais, não se restringindo a aspectos estéticos isolados.
O documento descreve o encontro entre os povos indígenas e os portugueses no Brasil no século XVI. Os portugueses inicialmente trataram os nativos como parceiros comerciais, mas com o tempo passaram a escravizá-los. As sociedades indígenas eram formadas por diferentes tribos com suas próprias línguas e culturas. Os jesuítas aprenderam a língua tupi para converter os nativos, enfraquecendo suas identidades culturais.
O documento discute vários conceitos relacionados à cultura, incluindo o que é cultura, seus pilares, etnocentrismo, contracultura, popular versus erudito, o Manifesto da Poesia Pau-Brasil, o Caso Dreyfus, o conceito de intelectual, os discursos fundadores da nação brasileira, e as visões de Silvio Romero, Euclides da Cunha e três intérpretes do Brasil no século XX.
O documento discute vários conceitos relacionados à cultura, incluindo o que é cultura, seus pilares, etnocentrismo, contracultura, popular versus erudito, o Manifesto da Poesia Pau-Brasil, o Caso Dreyfus, o conceito de intelectual, os discursos fundadores da nação brasileira, as visões de Silvio Romero e Euclides da Cunha sobre a identidade brasileira, e os intérpretes do Brasil no século XX como Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda e
Seminário Tópicos Especiais em Brasil V.pptxCaelen1
O documento discute a demografia indígena no Brasil no passado e presente. Apresenta as estimativas populacionais de pesquisadores como Steward, Denevan e Hemming para o período de 1500, variando de 1,1 milhão a 4,2 milhões de indígenas. Também discute os estudos de Darcy Ribeiro e mostra que atualmente a população indígena está em crescimento, chegando a 817.963 mil indígenas segundo o Censo de 2010. A Constituição de 1988 reconheceu os
O documento discute minorias e diversidade cultural no Brasil. Aborda a situação de grupos marginalizados como indígenas, negros e mulheres e como eles lutam por respeito e reconhecimento de suas identidades culturais. Também descreve a prevalência do racismo na sociedade brasileira e exemplos históricos de discriminação racial em Nova Friburgo.
Semelhante a Darcy Ribeiro: Os Índios e a Civilização - Conclusão (20)
Egito antigo resumo - aula de história.pdfsthefanydesr
O Egito Antigo foi formado a partir da mistura de diversos povos, a população era dividida em vários clãs, que se organizavam em comunidades chamadas nomos. Estes funcionavam como se fossem pequenos Estados independentes.
Por volta de 3500 a.C., os nomos se uniram formando dois reinos: o Baixo Egito, ao Norte e o Alto Egito, ao Sul. Posteriormente, em 3200 a.C., os dois reinos foram unificados por Menés, rei do alto Egito, que tornou-se o primeiro faraó, criando a primeira dinastia que deu origem ao Estado egípcio.
Começava um longo período de esplendor da civilização egípcia, também conhecida como a era dos grandes faraós.
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Biblioteca UCS
A biblioteca abriga, em seu acervo de coleções especiais o terceiro volume da obra editada em Lisboa, em 1843. Sua exibe
detalhes dourados e vermelhos. A obra narra um romance de cavalaria, relatando a
vida e façanhas do cavaleiro Clarimundo,
que se torna Rei da Hungria e Imperador
de Constantinopla.
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Darcy Ribeiro: Os Índios e a Civilização - Conclusão
1.
2. Darcy Ribeiro
~
Os Indios e a Civiliza~ao
A Integra<;ao das Popula<;6es
Indigenasno Brasil Moderno
4~ edi~ao
FICHA CATALOGRAFICA
CIP-Brasil_ Caf,alogat;iio-na-tonte
Sindieato Nacional dos Editores de Livros, RJ.
Ribeiro, Darei, 1922-
R368i Os indios e a civiliza9iiO: a integra9ao das
popula90es indigenas no Brasil moderno / Darcy
Ribeiro. - 3_ ed. - Petr6polis: Vozes, 1982_
iii ~~.
512 p.
Bibliografia.
I. Civiliza9iio de indios da America do Sui ',I A,r)o
';'t>"r r::.,y
Brasil. 2. indios da America do Sui - Brasil.
1. Titulo. II. Titulo: A Integra9ao das popula90es
indigenas no Brasil moderno.
_____y
CDD - 980.41
301.451981
Petr6polis
Editora Vozes Ltda.
J
79-0056 CDU - 301.162.1(81=97)
1982
3. XII
Conclusoes
I - POPULA<;AO INDIGENA BRASILEIRA
A popula9ao indigena do Brasil, cujo montante se encontrava
em 1957 entre om minimo de .sessenta e oito mil e cem e um ma-
xim; de noven.!a ~.l!.Qve mil e set~eiitos, Ii"ao alcan9a, mesmo na
hip6tese mais otimista, RJ,,2%, da popula9ao nacional. Distribuidos
pelas diversas regi6es do Pais, os valores medios destas avalia96es
nos dao um montante provavel de cinqtienta e dois mil quinhentos
e cinqtienta indios (612i) para a .A.ma4onia; de dezoito mil cento
e vinte e cinco (21, %) para 0 B sil Central; de sete mil e sete-
centos (9%) para~'o Brasil. Oriental, e de cinco mil quinhentos e
vinte e cinco (6,)_%) par~ re?iao SuI.
431
4. Distribuidas por categorias correspondentes aos graus de conta- do necessidades novas cuja satisfa«ao so e possivel atraves de re-
to, estas medias nos dao os seguintes numeros: quarenta e sete mil la?~_s _~o~omicas com agentes da civiliza«ao. Freqiientemente tern
setecentos e cinqiienta indios para os grupos isolados (57%); dez atItudes de arnbivalencia motivadas, por urn lado, pelo temor ao
mil duzentos e setenta e cinco para os que estao em conta!~in homem branco; e, por outro lado, pelo fascinio que exerce sobre
termitente (12%); dezoito mil e setenta e cinco para os que vivem eles urn equipamento infinitamente superior de a«ao sobre a nature-
em contat ps~nente (21,4%); e trinta e urn mil qUinhentos e za. Suas at~vidades produtivas come«am a sofrer uma diversifica«ao
vinte e cinco para os gfUpOS _integrados na sociedade nacional pel~ necessldade de, alem das tarefas habituais, serem obrigados a
(36,7%). A discrimina«ao dos-gruposlingtiisticos com mais de dedlcar urn tempo crescente a produ«ao de artigos para troca ou a
c~mil pessoas indicam a existencia proviivel de treze mil oito- se aluga~:m co~o !Qr~a de trabalho. Sua cultura e sua lingua co-
centos e vinte e cinco indios do tronco lingiiistico Aruak; doze mil me~am Ja a refletir essas novas experiencias ~atraves de certas mo-
setecentos e setenta e cinco de lingua Ie; doze mil e quatrocentos difica'tOes que a acercam das caracteristicas da sociedade nacional.
Tupi e doze mil e duzentos Karib, em territorio brasileiro.
~; Contato permanepte. Incluimbs nesta categoria os grupos
que Ja perderam spa autonomia socio-cultural, pois se encontrarn
em co~pleta de end 'ncia da economia regional para 0 suprimento
de artIgos -tornados indispensiiveis. No entanto, ainda conservam
2 - GRADS DE INTEGRA<;AO os costu~s tradicionais cOI.Dpativeis com sua nova· condi~ao, em-
bora profundamente modificados pelos efeitos curnulativos das com-
As popula«Oes indigenas do Brasil moderno sao classificiiveis p~ls6es ecol~gi~as, economicas e culturais que experimentaram. 0
em quatro categorias referentes aos graus de contato com a socie- nurnero de mdlOS capazes de exprimir-se em ortugues aumenta,
dade nacional, a saber: isolados, contato [;ttermitente, contato per- alargando assim os meios de comunica~ao com a sociedade nacio-
manente e integrados. Estas categorias represent~m etapas sucessivas n~l. A ~o~ula~~o ~n~igena tende a diminuir, chegando algumas
e necessiirias da integra«ao das popula«oes indigenas na sociedade t,:bos a. mdlces tao balXos que tornam inoperante a antiga organiza-
«ao socIal.
nacional. Alguns grupos desaparecem, porem, antes de percorrer
todas elas e cada grupo permanece mais ou menos tempo numa
etapa, conforme as vicissitudes de suas rela«oes com os civilizados,
certas caracteristicas culturais proprias e as variantes economicas da 4. lntegrad~s. Estao incluidos nesta classe aqueles grupos
sociedade nacional com que se defrontam. que, tendo. expenmentado todas as compulsoes referidas, consegui-
ra~ sobrevlve~, ch,egando a, n~ssos dias ilhad01. em meio a popula«ao
1. lsolados. Sao os grupos que vivem em zonas nao alcan- naclOnal, a cUJa vIda economIca se van incorporando como reserva
~adas pela-SOCiedade brasileira, so tendo experimentado contatos de mao-de-obra.. ou como produtores especializados em certos ar-
acidentais e raros com "civilizados". Apresentam-se como simples- tigos para .0 come:c~o: Em geral vivem confinados em parcelas
mente arredio.s ou como hastis. Nesta categoria se encontram as de seus antlgos terntonos, ou, despojados de suas terras, perambu-
tribos mais populosas e de maior vigor fisico e, tambem, as linicas lam de. ~m lugar a outro. Alguns desses grupos perderam sua lin-
que mantern completa autonomia cultural. gua 0,Dgma.l e, ap~rentemente, nada_os distingue da popula«ao ru-
ral com que ,:onvlVem. 19ualmen~~§.!!«ados, vestindo a mesma
2. Contato inte~mitente. Corresponde aqueles grupos cujos r0J.l,P,3, comendo os mesmos alimentos, poderiam ser~ ·confundidos
territorios come«am a ser alcan«ados e ocupados pela sociedade com. seus vizinhl?Lneobrasileiros, se eles proprios nao estivessem
nacional. Ainda mantern certa auton.QYlia cultural, mas van surgin- certos de que constituem urn povo a_parte, nao guardassem uma ~
432 433
5. especie de lealdade a essa identidade etnica e se nao fossem defini- respondia, em 1967, tao-somente uma popula<;ao de tre '1
dos, vistose- discriminados como indios" pela popula<;:ao cir- zetos e vm te. A propor<;ao do exterminio no periodo ~Zeml tre-
n . - 'd d
cundante. -- foi, portanto, de 73,4%. '-- onsl era 0
5. A et~a de integrat;iio na corresponde a fus!o dos gru- 3. A propo~<;.a? d~ tribos desaparecidas nos primeir(Js embates
pos indigeri-aS' na sociedaCle nacional como parte in~guivel dela, com a clwlhza<;ao, nesse· meio seculo, indica que h
pois essa seria-a- assimiTa<;ao grupal que nao ocorreu em nenhum de b . , ' . as c.!Jjl.tlC.es
so revlvens..a para os ISOlados foram pouco superior
dos casos examillados. Aquilo com que nos defrontamos e que foi uma vez que t rmta e tres deles desapareceram enquant -t"':- 0'
. , es a 50C;::
designado como estado de integra<;ao ou como condi<;ao de fndt£- nove consegUlram' sobrevlver, passando a outras condi<;- nnta' e
. ' a d
Qes
generico representa uma forma de _l.!...CQ..mo_da~iio que concilia uma tera<;:ao. Foram algo maiores, de cerca de 82.% as chan. de m-
identifica<;:ao etn1ca espedfica com uma crescente participa<;:ao na b ., . d ' ces e so-
t reVlVenCla . os grupos em contato intermitente pois do S- clUquen-
' . _.., ,- ..
vid'!.p.Bmomica e nas esferas de comportamento institucionalizado a e tres eXlstentes em 1900 desapareceram quatorze Os . . .
da sociedade nacional. fatores de extin<;ao que operam- nessas primeiras e'tapa prdmc~PaIs
- - . S e lUte-
gra<;ao sao a morte em confhtos com os civilizados e sOb d
d - ".. ' retu 0 a
epqpula<;ao provoc;.a~a por ep l£ie.J!1las de gripe, sarampo, co ~e-
luche e outras enfermldades desconhecidas. q
3 - AVALIA<;AO DOS RESULTADOS DA 4. Os grupos indigenas que alcanc;aram, no periodo e~ . d
INTEGRA<;AO a etap a de conVlVlO .e.ermavente, sobre os quais se amma o.
' .
ram , a demalS d as compulsoes de ordem ecologica e biati acumula-
. . -
processo de aculturac;ao, tiveram suas chance~ de sOb~a,. a,s ~o
Vma aprecia<;ao numenca dos efeitos do impacto da civiliza- reduzidas a 33%, conforme se comprova pelo fato' de te-eVlVedncla
<;:ao sobre as popula<;6es tribais no curso do seculo XX, mostra que pareCI'd 0 VIn t e OltO das tnnta e nove tribos nestas cone!' _ esa-
. e " 'em
., l<;:oes Os
grupos que Ja se encontravam integrados em 1900 suport .
Iho r as VICISSI't ud es d 0 contato, sobrevivendo na proporrao aram me-
. . ~
d
1. no trftnsito da condi<;ao de isolamento a de integra<;ao, oiten- uma vez que dVInte e nove grupos desapareceram doze. N--% ,
e ' '" e 60
ta e sete 'grupos indigenas foram leVados a exterminio e qua- desapareceram quatro de cada dez tribos existentes em 19 0 0 !2.!.~1,
se todos eles sofreram grandes redu<;6es demogrcificas e profundas de se prever que, a preva I " as mesmas condil'6es _ 0 , sendo
ecerem cit-. ..
transforma<;6es nos seus modos de vida. Enquanto na rela<;ao de t d . '" , "quenta e
se e os atuals cento e quarenta e tres grupos hoje exist
tribos indigenas existentes em 1900 sobressai a coluna correspon- saparecerao a t' 0 f' d0 seculo.
- e 1m ' entes de- l
dente aos grupos isol'i9,Qs, com .4:i,§% do total, na rela<;ao de } .....',....
.'?/ 1 ·s:. '>
~ " r
1957 sobressai a ultima, dos grupo.s e.xtintos, com .32,8% do total.
2. 0 vulto do exterminio em numero de pessoas foi muito mais
ponderavel. Aos cento e cinco grupos isolados de 1900, cor- 4. - AS FACES DA CIVILIZA<;AO
respondia, segundo uma avaIia<;ao grosseira, uma popula<;:ao de
cinqiienta mil indios. Aos seus sobreviventes, cIassificaveis nas di- A sociedade nacional apresenta caracteristicas tao di
ferentes categorias de integra<;ao (exceto os ainda isolados) cor- tao relevantes para 0 processo de integrac;ao das POPUlal'()~ers~sd:
'" es lU 1-
434
435
6. genas, conforme assuma a forma de economia extrativa, agrIcola
ser medidas pela propor9ao de 60% de extin9ao dos grupos que se
ou pastoril, que nao podemos trata-Ia como lima constante. Estas
defrontam com frentes de economia agricola; 45,7% dos que sao
difer~s se explicam pela forma especifica de a9ao de cada frente
atingidos por ecollomias extrativas e 30,2% dos que foram alcanc;a-
de expansao sobre os grupos indigenas, decorrente de seu carMer
dos pel as frentes pastoris. Estas diferen9as exprimem, essencial-
de empr~ ~apitalistas especializadas na utiliza9ao de certos ~e
mente, 0 carater de fronteiras novas de expansao civilizatoria da
cursos-do territorio e, em conseqliencia, integradas por popula90es
frente extrativista e de algumas frentes agricolas, em contraste
diferenciadas em suas caracterlsticas socio-culturais.
com as pastoris que constituem, em geral, areas de antiga ocupa9ao.
A proponrao de grupos indigenas nas areas de economia extrativa
(48,9%), pastoril (20,9%) e agrIcola (2,8%) confirma essa asser-
1. A econamia extrativa imp6e a dissolu9ao dos grupos tribais
c;ao, refletindo 0 .grau de penetra9ao e dominio da sociedade nacio-
mais densos e sua dispersao pela mata atraves do engajamen-
nal em cada uma delas. Esta anaIise impoe a conclusao de que 0
to dos homens como remeiros e tarefeiros e das mulheres como
determinante fund(!mental do destino dos gropos - indigenas e a
amasias e produtoras de mantimentos. 0 baixo grau de o"ganiza-
.p.dinamica da sociedade nacignal. Esta, avanc;ando inexoravelmente
9ao da vida social e de imposi9ao das institui90es nacionais que
sobre as poucas faixas inexplcrradas do territorio brasileiro onde
prevalecem nessas areas coloca os indios diante de grupos instaveis
ainda sobrevivem grupos isolados, atua dizimadoram<nte sabre eles
extremamente agressivos e de formas particularmente arcaicas e
e, a medida que consolida a ocupa9ao e ascende a maiores concen-
des_~_oticas de engajamento da .rp.ao-de-obra para a produ9ao.
tra96es demograticas, envolve a todos os grupos, fazendo baixar 0
numero de tribos e seu montante populacional.
2. A .e.£ollo_mia agricola ja nao se interessa pelo indio como mao-
de-obra ecoffio produtor, mas simplesmente dispu!a asj.erras
que ele ocupa para estender as la,.vouras. Suas variantes principais
- a grande lavoura comerciaI; a economia granjeira - operam
de forma distinta sobre os indios. Ambas 0 fazem, porem, de modo
menos agressivo que evitativo em face dos indios com que se 5 - REA<;;OES ETNICAS DIFERENCIAIS
defrontam.
o rumo e 0 ritmo do processo de transfigura9ao itnica podem
3. A economia pastoril age diante do indio movida pela neces- ser alterados de acordo com certas variant~s correspondentes a c~
sidade de limpar os campos de seus ocupantes humanos para racterlsticas das popula96es tribais, dentre as quais ressaltam:
entrega-Ios ao gado e evitar que 0 indigena, desprovido de ca9a, a
substitua pelos rebanhos que tomaram seu lugar., Aqui, como no
caso da frente agricola, 0 que mais afeta os indios e a tendencia ao 1. a magnitude das po .ula90es em confronto, ou em outras pa-
monopolio da terLa para sua convers~o em past~ens. A defesa lavras, 0 vulto demografico da sociedade nacional em relac;ao
do gado contra os indios, torna as frentes pastgris particularmente ao diminuto volume das' populac;6es tribais. Essa despropor9 ao
agressivas, levando-as a promover chacinas t~o devastadoras quan- decorre das respectivas etapas evolutivas que, no caso das etnias
to as das frentes extrativistas. tribais apenas permite aglutinar nucleos de popula9ao limitada e
tendente a desdobrar-se em novos grupos a medida que crescem;
mas no caso das sociedades nacionais possibilita urn crescimento
4. As diferen9as entre 0 impacto que cada uma dessas frentes
quase i1imitado. Este se processa tanto pelo incremento vegetativo
de expansao desencadeia sobre os grupos tribais nao podem
quanta pelo poder de desenraizar, deculturar e aculturar individuos
436
437
7. tomados d.as etnias tribais e engajados num sistema socio-economico vamente flexiveis e maleaveis ou como rigidas e conservativas. , . .
~ .--- . , . . . . . . En- ..•
global, cUJos descendentes se fundem na etnia nacional. tretanto, uma postma aberta tanto pode acnitar as aiteras:oes ne-
o efeito crucial dessas disparidades foi impossibilitar os indi- cess arias ao enfrentamento da nova situas:ao e a conquista de um
genas de enfren a unifica.P'lll1,en.te aos brasileiros como duas enti- novo equilibrio, como pode acelerar 0 processo de transfiguras:ao,
da~es de magnitude equivalente. Ao contrario, compeliu cada micro- acumulando compulsoes que, em certos casos, Ievam os grupos indi-
etma a o. Q - e, sozinha, aos agentes locais de uin~ e~or;n~- 'socie- genas a um colapso. Por outro lado, uma atitude conservadora, tan-
dade ~aclOnal em expansao. 0 resultado foi 0 des,q,arecimento to pode conduzir a u~ condma evitativa que preserve 0 grupo,
da mal?r part.e _dos gru~os indfgenas e a condena~ao dos sobrevi- como a uma incapacidade, igualmente fatal, de mudans:a, em con-
ventes a cond.Hrao de ~~croetni~s incapazes de alcans:ar um mon- sonancia com as exigencias da nova situas:ao de existencia.
tante populaclOnal suflclente para poder aspirar a independencia
como estados nacionais autonomos.
4. A distancia relativa entre a cultura tribal, sobretudo seu sis-
2. A ~titude das populas:oes indfgenas para com os agentes da tema adaptativo e a da sociedade nacional. Com efeito 0 sis-
socieda e nacional. tema adaptativo das populas:oes rurais "brasileiras e, em grande
parte, uma heran~a dos metodos de luta pela subsistencia das tri-
bos agricolas da flo resta tropical que foram encontradas na costa
a) uma atitude agul}.rrida de defesa energica contra a in- pelos primeiros colonizadores, especialmente os grupos Tupi. Em
vasao de seus territorios e de agressividade contra as fren- conseqiiencia, esses grupos encontram maior facilidade de acultura-
tes pioneiras, explica a preserva~ao de alguns grupos indf- s:ao e integra<;:ao porque tem, de partida, uma serie de elementos
genas que, assim, puderam manter sua autonomia, embora comuns que permitem maior grau de compreensao reciproca e fa-
sofrendo pesadas perdas e profundas transformas:oes em cilitam 0 escambo e, depois, 0 comercio. Ja as tribos de filias:ao
seus modos de vida. Entretanto, em virtude da disparidade cultural diversa enfrentam obstaculos muito maiores ao se defron-
das massas em confronto, os indios so podem deter as fren- tarem com a sociedade nacional, porque tudo para elas e diferente,
tes pioneiras por algum tempo, a custa de um tremendo desde os habitos alimentares e os metodos de produs:ao, ate a con-
desgast~ ~a ~ropria popula~ao e ate que provoquem, com cepc;ao do mundo. Pode-se afirmar, portanto, que urn dos fatores )
SUa reslstencla, uma concentra~ao dessas frentes que as que 3.9vam_ ou entr~am 0 processo de integras:ao e a diU#.. cia
~orn~ ~apazes de avancar sobre eles como uma avalanche
ureSlstlvel.
--, . cultuwl, tanto abso1nta - entre 0 nivel'de desenvolvimento tecno-
~
logico dos indios (agricolas e pre-agricolas) e 0 da sociedade na-
b! uma .~titude d<!sil e de receptividade por parte dos ill- cional - quanta r~iillva, vale dizer, entre as diversas variedades
d:o~, faclhtando os contatos e criando condi~oes para uma de culturas indigenas 'e a sociedade rural brasileira com sua pre-
raplda sucessao de etapas de integras:ao, provoca uma ponderante heranc;a Tupi. Essa ativac;ao tern como conseqiiencia
acumulas:ao dos efeitos dissociativos de cada uma delas principal a rapida dissocias:ao e a pronta extinc;ao dos grupos mais
que os condena a um pronto desaparecimento. habilitados para 0 convivio com a civilizac;ao. Vma confirmac;ao
do peso deste fator nos e dada pelo fato de que os grup6s Tupi
foram os mais vulneraveis as compulsoes a que todos' se viram sub-
3. A ~redisp.?sis:ao d?s grup?S indfgenas a ac~tas;ao ovejeis:ao metidos, uma vez que perderam umaproporc;ao muito maior de
de 100vas:oes permlte classlficar as culturas tribais como relati- seus representantes registrados em 1900,
~---
438 439
8. 6 - A INTERVENCJO PROTECIONISTA todos estes casos, a competi9ao entre mlSSlOnanos cat6licos e pro-
testantes provocaram ruptura da solidariedade tribal.
Urn dos condicionantes fundamentais do curso do processo
de transfigur aD e.tnica e a intera9ao intervencionista conduzida
seja com 0 objetivo de simples prote~ao, seja com propositos d~
catequese. -.-
7 - FAToRES CAUSAIS DA TRANSFIGURACJO
f:TNICA
1. A pr'?te~ao oficial aos indios so prestou servi90s efetivamente
relevantes na pacifica9ao das tribos hostis, em que dava so-
II IU9ao aos problemas da ex ansao CIa sociedade nacional e nao aos As diversas eta as de inte ra9ao correspondem a passos do
(l pr.oblemas ind'igenas que the competia amparar. As form as mais processo de trans igurat;iio etnico-cultural que, operando atraves de
eflcazes de amparo da interven9ao protecionista, consistem: compulsoes de natureza ec010gicri; bio!li:a, de coer90es de natureza
a) na cria9~0 de condi90e~r..!i!!ciais de intera9ao que, atrasando tecnologico-cultural, socio-economica e ideologica, conduzem os in-
a sucessao de etapas 'ae integra9ao, assegura aos indios mais digenas da (;ondi9ao de indios-tribais a de-indios-g~.nfu:.icos. J
tempo e maior liberdade de resistencia as diversas compulsoes a Cada uma dessas compulsoes corresponde ·a urn fator causal
que sao submetidos. especifico que produz efeitos tambem especificos, embora e1es se
b) na ~~r~~a2Ji grupos indigenas da posse indisputada de urn somem ns~outros, acarretando as popula90es indigenas condi-
terntono onde possam manter uma economia comunitaria. 90es cada vez mais precarias de sobrevivencia biologica e de exis-
G.ra9as a estas formas de interven9ao, puderam sobreviver muitas tencia como etnias autonomas.
tnbos ,que teriam desaparecido se estabelecessem rela90es livres e
espontaneas com agentes da sociedade nacional, perdendo suas ter-
ras ~ ~endo engajadas na for9a de trabalho regional nas precarias 1. As r:ompulsoes ecol6gicas afetam os grupos indigenas em duas
condl90es que lhes sao oferecidas. Lamentavelmente, ela nao pode formas basicas. PrimelW, como uma competi9ao entre popula-
operar - ou operou deficientemente - em todo 0 Pais fazendo 90es que disputam recursO"s diferentes de urn mesmo territorio e
sentir sua aus~ncia em areas como 0 Jurwi-Purus, 0 Guap~re e ou- culmina com a dizima9ao intencional dos indios ou a transforma9ao
tras, por maIS altas propor90es de grupos desaparecidos no se- do seu habitat de forma tao drlistica que torna inoperante seu anti-
culo XX. go sistema adaptativo, amea9ando-os, tambem por isso, de extin9aO.
... Se@ndg, como urn mecanismo de miscigena9ao que, assegurando ...
aos nao-indios 0 papel de' reprodutores, mediante a tomada de
2. A a9 ao missionaria, sendo conduzida com propositos de incor- mulheres iridigenas, resultam na identifica9ao da prole com a etnia
, p ora9ao a? indigena a cristandade e, por esta via, a sociedade paterna e contribuem para reduzir 0 substrato humano indispensa: '.
(f e a cultura nacI~.nal, ?~erou, fre. iientemente, de forma mais !1~gati
va que a prote9ao oflclal. Para IStO contribuiram tanto a intoleran-
vel para a preserva9ao da etnia tribal.
H~/I.:
'_
"- '.: 0'
cia d~s mission~ri~s diante da cultura indfgena, como a despreo-
c~~~9ao da~ mlssoes em garantir aos indios a posse do seu ter- 2. As compulsoes bi6ticas de maior relevancia consistem na in-
ntono; e,. amda, ~s pratic~s de desmembramento da familia indige- corpora9ao dos indios indenes nos circuitos de S9~~io de
na pela mterna9ao dos fllhos nas escolas missiomirias a fim de molestias de que sao portadores os agentes da civiliza9ao e tern [-.
receberem educa9ao orienJada no sentido de destribaliza-Ios. Em como efeito a depopula9ao e 0 debilitamento dos sobreviventes a
440 441
1 .f
9. niveis tais que, muitas vezes, importam na sua compIextlll~ao
eta '
flsica. do retorno real ou compensat6rio a formas tradicionais de existen-
cia, sempre quando isto ainda e possivel; seja mediante altera<;oes
sucessivas nas institui<;:oes tribais que tornem menos deleteria a
3. ~s coerfoes tec~ol~gico-culturais resultam da ado<;:ao de novos intera<;:ao com a sociedade nacional. Esta rea<;ao nao e, obviamente,
I~strum,e!lt0s e .tecll1~ag de rodu<;:ao que, apesar de mais efica- urn prop6sito lucidamente perseguido, mas antes uma conseqiien-
zes, :em efeHos nOCIVOS porque impoem a dependencia da tribo em cia necessaria de sua natureza de entidade etnica. As uniformidades
rela<;:ao aos rovedor~s. desses b~ns q~e n~o podeln produzir,e por- mais gerais do processo de transfial:!ra<;ao etnica PS.dem;;:- assim
que provocam uma sene de efeitos dissoclativos sobre a vida tribal. sumariadas:' . .. ~ --
4. As, coerfoes s6ci2:~c!.?n8micas consistem essencialmente no en- 1. ao primeiro contato padfico com a sociedade nacional, 0 indI-
. gaJamento dos Indios em urn sistema rodutivo de caniter_eapi- gena the empresta urn eriorme prestigio em virtude de sua imen-
tahsta-mertantil ~ue, possibilitando a apropria ao JriYada d; ;u'as sa superioridade tecnica e, geralmente, se faz receptivo aos ele-
t~s e a conscn<;:~o dos individuos na for<;:~..je t abal~g_r~giQnal, mentos culturais que Ihe sao apresentados defonruCindiscriminada,
anuI~m a autonomia cultural e provocam profundos desequiHbrios adotando tanto os que possam ser de utilidade imediata como ou-
-~._.
na vIda social dos indigenas.
--
tros, superfluos e ate inconvenientes;
....
5. As coerfoes ideol6gicas consistem, principalmente, na trauma- 2. ap6s essa primeira fase, vern outra em que se definem prefe-
tiza~ao _cu.Itural e em frustra~oes ~lc.o&sicas resultantes-da rencias e idiossincrasias, se estabilizam habitos novos e se fi-
desmorahza<;:ao do ethos tribal e a compulsao de redefinir, passo xam necessidades economicas cOhmicentes-i' uri'1'onv~io cada vez
a ~asso, todos os corpos de cren<;:as e valores, assim como as pr6- mais intense;' c~m os agentes locais da sociedade nacional.
pnas. c,?nscienci. s !r:~iduais de acordo com a altera9ao das suas
condl<;oes de eXlstenCla.
3. Quando a mortalidade e a desorganiza<;:ao interna do grupo,
conseqiiente das compuls5el-~col£gicas ~.Qticas, come<;:a a
alerta-Ios para 0 pre<;o que estao pagando pelo convivio padfico
com os civilizados, sobrevem, em geral, fases de violenta contra-
acultura ao, Quase sempre ja e tarde para voltar atras:-;eJa poique
8 - SEQO:f:NCIA T1PICA DA TRANSFIGURA<;AO a fuga se torna impraticavel, seja porque a pr6pria cultura tribal
ETNICA ja esta traumatizada pelas duvidas, contradi<;oes e interesses em
conflito. Alguns grupos encontram expressao para 0 seu desengano
em movime!,ltos m~"siAl1~l;(.OS que se reiteram periodicamente; ou-
II As rela<;:oes da sociedade nacional com as tribos indigenas se tros, na exacerba<;j.o da condu1.~giosa, como uma rea<;ao com-
processam c~mo urn enfrentamento entre entidades etnicas mutua- pensat6ria. A--rnaioria, porenl,Cal numa atitude de resigna<;:ao e
mente, exclusivas: Dada a despropor<;:ao demognlfica e a de nivel de amarga reserva para com a sociedade nacional. .- - . ,,-
-~ .... ~.
evolutIvo que eXlste. entre elas, a 4Ua'l~ao repr~senta 1ma amea<;a
per~a~e de deslllt~greS:~o das Jl nias tribais. A rea<;:ao estas
consiste, ess~ncialmente, num esfor<;o p;;a-manter ou ..u>c!Jtl rar 4. Em todos os casos - se 0 grupo sobrevive - prossegue 0
sua ~~t.?~o~a e para pre~r sua identidad~ica, seja atraves procea~~ acultura~ao e de transfigl;!.QwigJtnica.Jegido, ago-
ra, pelas compulsoes decorrentes da satisfa<;ao de necessidades
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10. adquiridas que exigem u~a interac;ao cada vez mais intensa com
1. Preve-se uma re~1.!~1iQ. p~gr~ssiya da populac;ao indlgena, a
o c~texto !egional e a mcorI!Q['!c;ao_progressiva dos indios na medida em que os diversos grupos passem da condil;ao de iso-
for~3~!~~!~0, como a camada mais ~~ dela. lamento a de integrac;ao. Esta reduc;ao nao condenani a parcela
--'-------
indigena da populac;ao ao desaparecimento como contingente huma-
no, porque os grupos indigenas, ao alcanc;arem a integrac;ao, tendem
5 . q~sti!1o de cada grupo dependeni, fundamentalmente, do a experimentar certo grau de incremento demognifico. Este incre-
. ~m2.1:m que opera ~nsfigurac;ao etnica. Quando e muito mento que, presentemente, permite a alguns grupos refazer parte
co -~~'
Intenso, acumulam-se tensoes que -nd-enam a t fl'b 0 ao extermmlO
~
' . do seu montante original, podeni levar muitos outros grupos a au-
pela perda, d.e seu substrato populacional e pelo colapso de s~a mentar sua populac;ao, desde que Ihes sejam asseguradas condic;oes
de vida adequadas.
estrutur~ ~o~lO-culturaI. Quando e ~l!!S!L.. enseja redefinic;oes
do patfl~omo cultural, recuperac;ao dos desgastes biol6gicos e 0
estabelecimento de formas de acomodarao entre a trl·bo e seu con-
t. <'~ '"'-"'~".
2. As lingtias indl~nas, emb()ra modificadas em seu vocabulario
:xto reglOn~1 Ade .conviVlo que possibiIl1am prolongar a sobreviven_
CIa e a pefSlstenCIa da identificac;ao etnica. para exprimir as novas experiencias do grupo e em sua estru-
--------- tura pela coexistencia com outra lingua, devida ao El.!?gjJistD0,
continuarao sendo faladas, exceto nos casos de dispersao dos gru-
pos falantes ou de sua fusao com outras tribos.
6. Vma vez fixados os vinculos de dependencia economica para
c~m 0 CO~~glonal, a tribo s6 pod~s elementos
d~ a~tIga cultura que sejam compativeis com sua condic;ao de in- 3. Contudo, as culturas indfgepas, somente podendo .,.so_breviver
dlO~"~~t~rados, .emb,or~" ?ao_ass~ilados. 1sso importi n-;'ma-~Itu auton.QUl.i!S.. nas areasr;e;£i~radas ou~& penetr';c;ao r~cente e
~ac;~lO_ que culmmara por configura-los como indjos generic~ue fraca OU nas condi<;.oesartrficiais da interve~c;ao~Ptq!ecionista,
qu~s: nada cons~rv~m do. patrimonio original, Iiias Pt;rmanecem constituem obsolescencias destinadas a se descaracterizarem na me-
deflmd~s ~omo m~lOs e Identifi~ndo.::S"e__como tais. 0 convivio dida em que a sociedade nacional crescra e ganhe homogeneidade I
desses md~0s.-~eneflcos com a pOlmlac;ao'"bra"sile1ra e mediatizado de desenvolvimento.
por urn corpo de repres,:~t~ac;oes recfproca~ que, figurando uns aos
olhos dos. outros da forma mais preconceituosa, antes as isola que
os comumca, perpetuando sua con<!l9"aocl-e-;lternos em oposic;ao. 4. Qualquer previsao sobre ° destino dos grupos indfgenas bra-
sileiros deve levar em conta que, entre as varias formas de
compulsao merce das quais a sociedade nacional os afeta, sobres-
sae as de ~~teF s0ci,g;e~~omico. Estas nao sao, porem, intrinse-
cas a sociedade nacional, mas decorrentes de sua forma de ordena-
crao institucionaI. Com efeito, e como uma formacrao capitalista
9 - PERSPECTIVAS FUTURAS de carater neocololli I que a sociedade brasileira mais-rfe a os gro-
pos indigenas, pela apropriac;ao de suas terras para a explorac;ao
extr~sta ou para formar novas faZe~B <jgricolas e asJoris e
pelo seu aliciamento como mao-de- b" ;ira1a para ser desgas-
o presente. estudo do pr?~.esw_de tr~nsfigural;ao etnica permi- tada na producrao de mercadorias. 0 cadter hist6rico e circunstan-
t: f~z~r as segullltes pr~soes com respeito as popti~es indigenas cial dessas instituil;oes abre aos gropos tribais que consigam sobre-
b. asrlelras.
viver a elas, certas perspectivas de assimilacrao ou de persistencia
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11. como etnias minoritarias dentro de urn novo contexto etnico na-
cional multi-etnico, mais capacitado· a assegurar liberdade e bern
estar a seus componentes.
10 - SUMARIO
o copioso material examinado neste estudo demonstra que os
grupos indfgenas que c1assificamos como integrados percorreram
todo 0 caminho da acultura<;:ao no curso do qua suas peculiaridades
cultur-ais se-aiteraramel'iiiiformizaram tanto que ja nao sao subs-
tancialmente maiores que as as outras variantes da sociedade na-
cional, em sua fei<;:ao rustica. Apesar disso, permanecem Indios
~ porque sua acultura<;:ao nao desembocou l1i'ima assiml a<;:ao, mas no
estabeleclmen:rnae urn modus vivendi (ill de uma forma_d~ acomo-
da<;:i!2. Isto significa que 0 gradient da transfigura<;:ao Hnlc; vai d·o
Observa90es sabre a
J'i1(fio-tribal ao mdio-genericO"'e na do indf ~na ao brasileiro. Signi- Bibliagrafia
fida, tambem, que as entidades e icas sao· muito mais resistentes
do que se sup6e geralmenfe, porque s6 exigem condi<;:6es mfnimas
para perpetuar-se; e porque sobrevive 'tot~L transforma<;:ao do t
seu patrimonio cultur~ racial. Significa, ainda, que a Ifqgy,a, os
costumes, as creJl9as, sao atributos ext§:p.os a etgia,'suscetlveis
de profundas alteras:6es, sem que esta sofra colapso ou muta9ao.
A copiosidade das fontes citadas na bibliografia que segue
) Si~ifica, por fim, que as etnia~ sao categoria~~ciona~ entre J
aconselha discriminar aqui os nossos debitos para com os autores
agrupamentos humanos, compostas antes de representa96es recipro-
cujas obras foram mais utilizadas na elabora~ao deste trabalho.
cas e de lealdades morais do que de especificidades culturais e
Jaciais. - ---
As conclus6es a que chegamos no exame da intera9ao entre 1. FONTES TEORICAS GERAIS
os mdios e a civiliza9ao no seculo XX sao provavelmente validas
pa:a os per!~dos anteriores. Sua generaliza9ao exige, porem, pes-
qUIsas especlflcas em que esta· hip6tese seja acuradamente analisada. Na elabora9ao do presente trabalho apelamos amplamente para
os estudos antropol6gicos dos fenomenos de mudan9a eultur~1.
Dentre estes merecem destaque, 0 Memorandum sabre acultura9ao
de R. Redfield, M. Linton e M. J. Herskovitz (1936) e a "formula-
~ao explorat6ria" de A. G. Barnett, B. Siegel e ou~ros (1954),. bern
como as analises do processo de aculturas:ao devldas a R. Lmton
(Ed.) 1940, Fernando Ortiz (1940), J. Steward (1943 e 1951);
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