2. Embora muitos idosos façam questão de manter a sua
independência, as pessoas com idade avançada precisam de
alguns cuidados específicos. A atenção em alguns detalhes do
cotidiano e da convivência pode tornar os dias dos idosos ainda
mais agradáveis, física e emocionalmente.
O que é autonomia,
dependência e
independência
3. Os conceitos de autonomia, independência e dependência
envolvem uma relação dinâmica que pode ser expressa de
diferentes formas durante todo curso de vida. A autonomia está
associada à noção de exercício do autogoverno, associado ao da
liberdade individual, privacidade, livre escolha, autorregulação e
independência moral, que, em resumo, é a manutenção da
vontade própria do indivíduo (LEMOS; MEDEIROS, 2017).
Já os conceitos de independência e dependência estão
relacionados à capacidade funcional do indivíduo, ou seja, a
manutenção dessas funções pode significar sobreviver sem
ajuda para as atividades do dia a dia (LEMOS; MEDEIROS,
2017).
O que é autonomia,
dependência e
independência
4. Os conceitos de autonomia, independência e dependência
envolvem uma relação dinâmica que pode ser expressa de
diferentes formas durante todo curso de vida. A autonomia está
associada à noção de exercício do autogoverno, associado ao da
liberdade individual, privacidade, livre escolha, autorregulação e
independência moral, que, em resumo, é a manutenção da
vontade própria do indivíduo (LEMOS; MEDEIROS, 2017).
Já os conceitos de independência e dependência estão
relacionados à capacidade funcional do indivíduo, ou seja, a
manutenção dessas funções pode significar sobreviver sem
ajuda para as atividades do dia a dia (LEMOS; MEDEIROS,
2017).
O que é autonomia,
dependência e
independência
5. O desafio para nossa
sociedade é maximizar a
independência e a
autonomia das pessoas
idosas, a fim de elas
poderem cuidar de si
mesmas e realizar
atividades consideradas
importantes para a
sobrevivência
6. O que é cuidado e quem cuida?
O ato de cuidar e ser cuidado faz parte do ser humano. No
entanto, é preciso um “cuidar integral”, que integre a pessoa
e o contexto em que ela vive (QUEIRÓS et al., 2016).
O cuidador da pessoa idosa é quem assumirá a
responsabilidade de cuidar e oferecer suporte e auxílio
durante as atividades cotidianas.
Existem vários tipos e denominações para o cuidador, que
estão relacionados com a formação da pessoa que cuida, e
essa pessoa pode ser um cuidador familiar ou uma pessoa
contratada especificamente para cuidar.
O que é cuidado e quem
cuida?
7. No País, atualmente, há uma categoria ocupacional na
Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) que descreve o
cuidador, sob o código 5162.
Trata- -se de alguém que cuida “a partir dos objetivos
estabelecidos por instituições especializadas ou
responsáveis diretos, zelando pelo bem-estar, saúde,
alimentação, higiene pessoal, educação, cultura, recreação
e lazer da pessoa assistida” (CBO, 2002)
O que é cuidado e quem
cuida?
8. De acordo com a literatura, os cuidadores de idosos são, na
maioria dos casos, familiares, do sexo feminino (esposa ou
filha), de meia idade (45 a 50 anos), que residem com o
idoso, realizam o cuidado diário por mais de dez horas, sem
ter feito cursos de formação específicos para essa função, e
não recebem salário para cuidar (OLIVEIRA; D’ELBOUX,
2012).
Entre as características presentes, uma em especial tem se
destacado: a idade apresentada pelos cuidadores. Há uma
parcela significativa de cuidadores que também é idosa, ou
seja, são as pessoas idosas que estão cuidando de outros
idosos em contextos urbanos e em contextos rurais
(BRIGOLA et al., 2017; PAVARINI et al., 2017
O que é cuidado e quem
cuida?
9.
10. Cuidado com a higiene corporal
A higiene corporal constitui um fator importante para a
recuperação, conforto e bem estar do paciente.
Neste momento observa-se a integridade da pele,
cabelos, unhas e da higiene oral.
A avaliação das características da pele como cor,
temperatura, hidratação, edema e vermelhidão, podem
ser os primeiros sinais indicativos para o aparecimento
de escaras.
12. Alguns cuidados são necessários
para realizar a higiene do
paciente, tais como:
Observar a recusa ao banho,
pois, muitas vezes o pacientes
está com medo de caminhar, ficar
sozinho, ser tímido diante do
sexo oposto;
Fechar portas e janelas evitando
a existência de correntes de ar;
Adequar a temperatura da água;
Caso o idoso utilize o banheiro
sozinho, observar se as trancas da
porta são para o lado de dentro,
neste caso, as mesmas devem ser
removidas ou inutilizadas devido
situações de emergências
(quedas);
Se o paciente for obeso, solicite
ajuda de outra pessoa;
Em caso de banho no leito,
informar o procedimento ao
paciente e manter a privacidade do
mesmo com biombos ou fechando
a porta do quarto/enfermaria;
13. Os banhos em cadeiras higiênicas devem ser
sempre acompanhados, mantendo o cuidado de
observar se o objeto está limpo;
Estimular sempre o paciente a manter o máximo
de independência possível desde que o
procedimento lhe dê segurança em realizá-lo como
lavar os cabelos, braços,
escovar os dentes, etc.;
Observar se há presença de lesões no couro
cabeludo sempre que o mesmo lavar a cabeça.
Deve ocorrer pelo menos 3 vezes na semana;;
Observar a necessidade de
cortar
as unhas das mãos e dos pés,
mantendo o cuidado para não
ocasionar lesões, principalmente
se o paciente for diabético,
observar higiene do pavilhão
auricular e realizá-la se
necessário;
Após o banho secar bem as
dobras dos joelhos, cotovelos,
axilas e entre os dedos das
mãos e dos pés.
CADEIRA HIGIÊNICA
14. Higiene íntima:
É feita após o ato de urinar ou evacuar.
Para isso é colocada sob as nádegas do
paciente um urinol ou papagaio para
homens ou comadre para mulheres, em
seguida ensaboar a região genital no
sentido do púbis para o ânus, jogar a água e
enxaguar com um pano.
Caso os pelos estejam grandes e volumosos
devem ser aparados com tesoura para
facilitar a limpeza. Secar cuidadosamente
evitando o aparecimento de lesões e
assaduras. Observar sempre o aspecto das
eliminações
16. É fundamental conhecermos as principais alterações que podem aparecer na
pele da pessoa idosa.
São elas: lesões por atrito (skin tears), úlceras venosas, lesões por
pressão, pé diabético e dermatite na área de fraldas (COELHO et al.,
2017).
Destacamos que a maior parte dessas lesões podem ser prevenidas,
desde que estejamos atentos para que, precocemente, elas sejam
identificadas e o tratamento adequado, prescrito pela equipe de
saúde, principalmente pelo enfermeiro especialista em cuidados
com a pele, seja iniciado. É muito importante que não sejam
utilizados ou testados receitas caseiras ou medicamentos sem
recomendação médica
LESÕES NA PELE DO IDOSO
17. LESÕES NA PELE DO IDOSO
LESÃO POR PRESSÃO ( LPP)
Elas surgem quando o corpo, ou parte
dele, está paralisado e o paciente não
consegue se mexer, provocando a falta
de circulação do sangue e a formação
de feridas (escaras)
Pacientes com alterações como
esclerose, demência ou de
comportamento, podem ter dificuldade
de mudar de posição e assim,
permanecerem horas sob parte do
corpo principalmente em locais com
proeminências ósseas.
19. COMO PREVENIR LESÕES DE PELE EM
PESSOAS IDOSAS?
• Aplicar diariamente na pele, principalmente após o banho,
um creme hidratante à base de água.
Secar suavemente a pele do corpo após o banho, com
toalha macia, e sempre secar as dobras de pele, os pés
e a região entre
os dedos.
Utilizar sabonetes hidratantes, em vez de sabonetes
secativos ou que não tenham hidratantes ou óleos em
sua composição.
Evitar uso de talcos em qualquer parte do corpo, pois ressecam
e podem favorecer a fragilização da pele, facilitando a ruptura e o
aparecimento de lesões.
20. Evite que o paciente durma o dia inteiro em uma mesma
posição;
Mude a posição do paciente a cada 2 a 3 horas no máximo;
Realize massagem de conforto proporcionando ativação
circulatória;
No momento do banho não esfregar a pele do paciente
evitando ressecamento;
21. Se o paciente tiver poltrona
confortável estimule-o a revezar
com a cama/leito;
Manusear o paciente com cuidado
evitar esfregá-lo nos lençóis;
Evitar dobras nos lençóis da cama;
Proteger as saliências ósseas
com travesseiros, pequenas
almofadas, lençóis dobrados em
forma de rolo.
22. CUIDADOS COM A ALIMENTAÇÃO E HIDRATAÇÃO
A qualidade de vida está diretamente relacionada aos cuidados com a
alimentação. O uso de diversos medicamentos em excesso aumenta o
risco de má nutrição; eles podem atrapalhar a ingestão, a digestão e
a absorção de nutrientes, comprometendo, assim, o estado de saúde
e as necessidades nutricionais.
A situação econômica de uma pessoa
idosa pode, muitas vezes, dificultar o
acesso à alimentação saudável, pois
espera-se uma alimentação rica e
variada, a fim de proporcionar maior
longevidade associada à melhor
qualidade de vida.
23.
24.
25.
26. Nem sempre alimentar o paciente é tarefa fácil. Horários regulares,
ambientes tranquilos, especialmente paciência do cuidador são
estratégias para que o paciente aceite bem a dieta. Algumas
situações são importantes:
O paciente deve estar sentado, confortavelmente, para
receber a alimentação, jamais fornecer água, medicamentos
ou alimentos quando ele estiver deitado;
O paciente que ainda conserva a independência pode
alimentar-se sozinho, não importando o tempo que levem;
Oferecer ao paciente: alimentos de sua preferência
incluindo mingaus de aveia, papas, vitaminas e cereais
integrais, todos de acordo com as necessidades diárias
orientadas pelo médico e nutricionista;
27. Evitar consumo exagerado de sal, açúcar e
gorduras; caso o idoso apresente
constipação, evitar oferecer alimentos como
banana, goiaba, caju, maçã, etc.;
Tentar organizar os alimentos de forma
harmoniosa, combinando cores e sabores,
estimulando o apetite;
Oferecer os talheres adaptáveis ao paciente
se ele utilizar.
28. As pessoas idosas, em geral, apresentam
comprometimento do equilíbrio da água corporal.
Assim, elas têm menos sede e maior risco de perder
água.
LEMBRE-SE DE TOMAR ÁGUA!
Existem condições de saúde que dificultam o processo
de beber água e a hidratação, como demências,
fragilidade e imobilidade, diminuição da função renal,
uso de medicamentos que dificultam a filtragem do
sangue pelos rins e retenção de líquidos
HIDRATAÇÃO DO IDOSO
30. Cuidados com a locomoção
A mobilidade, que tem grande declínio com a idade, tem sido
identificada como um dos dez itens que merecem maiores
atenções dos pesquisadores na área de saúde do idoso e
envelhecimento, já que a redução da locomoção reduz a
qualidade de vida de pessoas mais velhas.
O aparelho locomotor é formado por ossos, articulações e
músculos, sendo responsável pela sustentação e pela
movimentação do corpo. Divide-se em: tronco; pernas e pés
(membros inferiores); braços e mãos (membros superiores).
31. A locomoção é fundamental para a saúde de todo ser humano,
e principalmente para o paciente geriátrico. A falta de
locomoção pode causar:
Aumento da osteoporose;
úlceras de pressão prisão de ventre;
problemas urinários e respiratórios;
redução da força e do tônus muscular;
aumento do risco de infecções e embolias.
A prevenção de problemas no aparelho locomotor deve garantir
a movimentação apropriada e manter a postura sempre correta,
evitando assim danos à coluna vertebral.
32. Como orientar a movimentação do idoso:
Os idosos em repouso tendem a se movimentar pouco na cama,
mas é recomendável que sejam incentivados a fazer rotações e
mudar de posição, para evitar sérios problemas de saúde. O
processo de rotação é bastante simples de ser orientado, mas,
para facilitá-lo, o cuidador deve colocar uma tábua por baixo
caso o colchão seja muito mole. Siga as instruções para cada
movimento específico:
33. Mover-se na cama - Os pacientes que ainda se movem sozinhos
podem fazer estes movimentos sem auxílio: flexionar os
joelhos, apoiando os pés sobre a cama e virando as pernas para
o lado que se pretende girar; entrelaçar as mãos e levantá-las,
esticando os cotovelos simultaneamente. Finalmente, rodar a
cabeça para este mesmo lado.
Se o paciente for incapaz de realizar este exercício sozinho, o
profissional ou o cuidador deve ajudá-lo, ficando ao seu lado e
seguindo as instruções do item acima.
34. Sentar -
A maioria dos idosos, mesmo tendo boa saúde e
independência para locomover-se, sofre de problemas nas
articulações e no sistema circulatório, de falta de vigor
muscular e coordenação motora, principalmente para a
sustentação do tronco.
Os apoios para os braços são essenciais, para a maior
comodidade e para facilitar os movimentos de levantar e
sentar;
O encosto deve proporcionar um bom apoio para as costas,
os ombros e a cabeça, deixando o idoso realmente
confortável;
O material do estofado do assento deve ser firme, para
facilitar a movimentação do idoso, e de fácil lavagem.
35. Levantar - Em muitos casos, os idosos necessitam usar bengalas ou se apoiar
em qualquer outro objeto para se levantarem do assento. Isto pode ser muito
perigoso, além de difícil e incômodo. Neste caso, saiba como ajudar o idoso:
O idoso deve ir até a beirada da cama, inclinar a cabeça e o tronco para frente
com os pés apoiados no chão e ligeiramente separados, segurar os braços de
apoio do assento com as mãos e dar impulso;
Caso o idoso não seja capaz de se levantar sozinho, o cuidador deve segurá-lo
pelas costas, usar seus próprios joelhos e pés para firmar os do paciente e
colocar uma das pernas entre as dele, com o mesmo intuito;
Quando o idoso tiver alguma deficiência em um dos braços, é recomendável
que apoie o braço saudável no braço do assento, e dê um impulso sobre a
perna mais hábil;
Não é aconselhável superproteger o idoso quando for auxiliá-lo, tanto no sentar
como no levantar. O cuidador deve prestar a ajuda mínima necessária para
motivá-lo a fazer por si próprio.
36. Levantar da cama -
Auxiliando o idoso com
dificuldade, porém
com movimentação
independente:
Colocar as pernas para a
beirada da cama;
Apoiar os cotovelos e as
mãos, e erguer a cabeça;
Baixar os pés ao chão,
sentando na cama.
Ficar de pé - A maioria dos idosos tendem a
ficar curvados quando estão em pé. Por isso,
deve-se sempre policiá-los e conscientizá-los
da importância de manter a postura ereta.
Ou seja: colocar os pés afastados, com um
ligeiramente à frente do outro; posicionar os
quadris paralelos ao tronco ereto, ainda que
com uma ligeira flexão, e os pés apoiados no
chão.
Andar - O andar nos idosos pode ser dificultado
por diversos fatores, como doenças físicas ou
psíquicas e o próprio envelhecimento, entre
outros.
37. Os meios auxiliares mais usados pelos idosos são:
Tripé e bengala de quatro pés: São recomendados para pessoas com
idade mais avançada e com muita instabilidade, e são considerados muito
estáveis;
Muletas: São consideradas de uso simples, mas em muitos casos não
oferecem a estabilidade necessária, e por isso alguns idosos não se
adaptam a elas. É fundamental que se faça o uso correto das muletas: o
idoso deve colocar o braço na braçadeira de apoio e a mão no punho;
38. Bengala: é o meio mais utilizado. Deve ser usada do lado
oposto ao lado lesado, e funciona como uma extensão do
braço: deve-se posicioná-la pouco à frente do corpo e
paralela a ele, a fim de melhorar a sustentação. É necessário
atentar para o peso e a altura do paciente, além de conferir
se a bengala possui uma ponteira com borracha
antiderrapante;
Andadores: podem ou não possuir rodas. Para o uso seja
correto, é necessário fazer pressão com as mãos, segurar
nos punhos e posicionar o aparelho próximo ao corpo. Em
muitos casos, o idoso fica longe do andador, o que favorece
o risco de quedas e acidentes. Os andadores são
recomendados em situações mais graves, quando o grau de
instabilidade é alto.
39.
40. Em muitos casos, o idoso fica longe do andador, o que
favorece o risco de quedas e acidentes. Os andadores são
recomendados em situações mais graves, quando o grau de
instabilidade é alto.
41. Quais são os direitos das pessoas idosas dependentes de cuidados?
Alguns indivíduos se mantêm ativos e cientes de seus direitos, porém outras
pessoas dependem de cuidados e de auxílio em suas atividades de vida diária.
No entanto, todos esses idosos também devem ter acesso aos seus direitos.
Destacamos aqueles mais relevantes. Esses são alguns dos direitos garantidos
aos idosos. Recomendamos fortemente que tanto o cuidador quanto o idoso
tenham conhecimento de seus direitos e de como ter acesso a eles.
São direitos fundamentais do idoso: o direito à vida, à liberdade, ao
respeito e à dignidade e o acesso aos alimentos, à saúde, à educação,
ao esporte, à cultura, ao lazer, à profissionalização e ao trabalho, à
assistência social, à previdência social, à habitação e ao transporte.