SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 5
Baixar para ler offline
FATOR HUMANO: MOTIVAÇÃO: UMA VIAGEM AO CENTRO DO CONCEITO 
FATOR HUMANO 
Motivação: uma 
viagem ao centro 
©RAE executivo • 63 
do conceito 
uitos executivos ainda acreditam que é possível gerar 
motivação condicionando os comportamentos por meio 
de prêmios e punições. Mas a verdadeira motivação nasce 
M 
das necessidades interiores e não de fatores externos. Não há fórmulas 
que ofereçam soluções fáceis para motivar quem quer que seja. O líder 
não pode motivar seus liderados. Sua eficácia depende de sua compe-tência 
em liberar a motivação que os liderados já trazem dentro de si. 
por Cecília W. Bergamini FGV-EAESP 
Não há nada mais desmotivador do que tentar motivar 
alguém. Mesmo assim, é fácil cair na tentação de abraçar 
a idéia de que uma das principais responsabilidades dos 
gerentes é motivar seu pessoal. Por anos a fio, os admi-nistradores 
vêm tentando alcançar o sucesso nesse tipo 
de empreitada. E, mesmo que praticamente nada tenham 
conseguido, os conselhos continuam a brotar de todos os 
lados. As mais variadas receitas são oferecidas para que 
se obtenha aquilo que um grande número de publicações 
em Psicologia considera um verdadeiro milagre. 
Um primeiro ponto a considerar é se todos aqueles que 
descrevem a atividade gerencial como geradora de motiva-ção 
estão realmente falando do mesmo assunto. De fato, cus-ta 
acreditar que, apesar de muito utilizada e discutida nas 
organizações, a motivação seja objeto de considerações tão 
diferentes entre si. Essa discrepância indica que há, pelo 
FOTOS TW
FATOR HUMANO: MOTIVAÇÃO: UMA VIAGEM AO CENTRO DO CONCEITO 
menos, um interesse considerável pelo assunto. Trata-se de 
um tema que há mais de uma década está em grande evidên-cia. 
No entanto, há um ponto em comum entre muitas das 
interpretações que as pessoas, no geral, oferecem quando fa-lam 
do assunto: raramente as opiniões, crenças e mitos ba-seiam- 
se em informações oferecidas por pesquisas científicas. 
Ninguém motiva ninguém. O potencial 
motivacional já existe dentro de cada 
um. O importante é não desperdiçá-lo. 
A dificuldade básica deve-se a um fato simples: nem sem-pre 
dois indivíduos que agem da mesma maneira o fazem 
pelas mesmas razões. Pesquisas científicas realizadas sobre o 
comportamento motivacional revelam que não somente as 
pessoas têm objetivos diferentes, como as fontes de energia 
que determinam seu comportamento são extremamente va-riadas. 
Assim, o estudo da motivação humana consiste na 
pesquisa dos motivos pelos quais as pessoas fazem o que 
fazem e se encaminham em direção a seus objetivos – objeti-vos 
que são, em última análise, escolhas de ordem interior 
ou intrínsecas à personalidade de cada um. 
Motivação em tempos turbulentos. O mundo em-presarial 
vive um período em que o grande desafio é conse-guir 
dominar a mudança. No entanto, as condições em que 
as mudanças estão ocorrendo são claramente adversas, ou, 
como propõem alguns autores, mais turbulentas, caóticas e 
desafiadoras do que nunca. Assim, pessoas e organizações 
vêem-se ao mesmo tempo atônitas e constrangidas ao viver 
sob a pressão da procura de alguma estratégia que lhes per-mita 
dominar os novos desafios. 
O fim do conceito clássico de emprego já é uma realida-de: 
após anos de previsões otimistas e alarmes falsos, as no-vas 
tecnologias de informação e comunicação fazem sentir 
seus violentos impactos. Sempre a reboque dos eventos, pa-rece 
que as pessoas custaram a entender que não lidavam 
mais com inocentes exercícios de futurologia, mas com uma 
realidade a ser vivida aqui e agora. 
Em meio a mudanças, as pessoas parecem movimentar-se 
64 • VOL.1 • Nº2 • NOV 2002 A JAN 2003 
desordenadamente, invalidando qualquer tentativa de con-trole. 
Os administradores, inquietos, perguntam-se constan-temente: 
como é possível conseguir que as pessoas produ-zam 
sob condições em que normalmente não estariam moti-vadas 
para trabalhar? 
Ação interior. Parte da resposta a esse tipo 
de indagação está ligada à psicodinâmica do 
comportamento motivacional, que representa 
a fonte de energia instalada dentro de cada um, 
praticamente em estado de ebulição. Quando 
falamos em motivação, portanto, estamos nos 
referindo a um tipo de ação que vem dos pró-prios 
indivíduos – um tipo de ação qualitativa-mente 
diferente daquela determinada por prêmios ou puni-ções 
oriundos do meio ambiente. Trata-se, mais precisamen-te, 
de uma fonte autônoma de energia cuja origem se situa 
no mundo interior de cada um, e que não responde a qual-quer 
tipo de controle do mundo exterior. 
É importante ressaltar que estar motivado não é o mes-mo 
que experimentar momentos de alegria, entusiasmo, bem-estar 
ou euforia. Esses estados podem, até certo ponto, ser 
considerados efeitos posteriores do processo motivacional, 
mas nada explicam sobre sua origem nem sobre o caminho 
percorrido até que sejam alcançados. Sabe-se que a motiva-ção 
é muito mais ampla do que os comportamentos ou esta-dos 
que porventura tenha a capacidade de provocar. A sim-ples 
e imediata observação do comportamento motivado não 
responde à pergunta de como conhecer o verdadeiro porquê 
de sua existência. 
Em 1978, o pesquisador Ernest Archer desmistificou 
muitas das falsas interpretações do comportamento motiva-do. 
Seu trabalho enfatizava que a motivação nasce somente 
das necessidades humanas e não das coisas que satisfazem 
essas necessidades. Tal posição é fortalecida por um signifi-cativo 
número de descobertas feitas por pesquisas da Psico-logia 
Social. A maioria dessas investigações atribui grande 
peso à valorização da predisposição motivacional gerada por 
necessidades que brotam do interior de cada um. O ser hu-mano 
possuiria, portanto, necessidades interiores que repre-sentam 
a fonte de energia de seu comportamento. Ele agiria 
em busca de fatores de satisfação capazes de evitar a sujeição 
a graus desagradáveis e ameaçadores de tensão.
FATOR HUMANO: MOTIVAÇÃO: UMA VIAGEM AO CENTRO DO CONCEITO 
©RAE executivo • 65 
Considerando a motivação um processo, o enfoque atual 
procura descobrir como ela ocorre. Parte-se do princípio de 
que se trata de um desencadeamento de momentos interior-mente 
experimentados, que levam o indivíduo a mobilizar a 
sinergia ou as forças já existentes em seu interior. Essa é a 
abordagem mais recente dos estudos da motivação humana, 
que não se atêm simplesmente à análise do conteúdo e à 
descrição dos objetivos motivacionais, como fizeram muitas 
das teorias dos anos 1950, como a conhecida hierarquia dos 
objetivos motivacionais de Maslow. 
O que não é motivação. O entusiasmo a respeito da 
teoria do condicionamento operante de Skinner, psicólogo 
de Harvard, fez com que se passasse a chamar de motivação
FATOR HUMANO: MOTIVAÇÃO: UMA VIAGEM AO CENTRO DO CONCEITO 
aquilo que a Psicologia já consagrara com o nome de condi-cionamento. 
Essa perspectiva partiu das descobertas de Pavlov, 
Prêmio Nobel de Medicina em 1904, sobre o reflexo condi-cionado. 
A principal conseqüência das teorias daí derivadas, 
conhecidas como de enfoque comportamentalista, foi o en-tendimento 
de que é sempre possível conseguir que as pes-soas 
se comportem de acordo com padrões de conduta pre-viamente 
estabelecidos. 
Preocupados em modelar o comportamento, os es-tudiosos 
do behaviorismo, como são conhecidos, recomen-davam 
gratificar os comportamentos supostamente ade-quados 
(reforço positivo) e punir os inadequados (reforço 
negativo). Como Skinner, os administradores que adota-ram 
essa postura acreditavam que, com prêmios ou casti-gos, 
seria possível fazer com que seus funcionários seguis-sem 
qualquer tipo de conduta por eles planejada. Dessa 
forma, um bom administrador deveria desenvolver suas 
habilidades de manipulador das variáveis do ambiente or-ganizacional, 
servindo-se delas como reforços positivos 
ou negativos. 
As diretrizes administrativas em muitos países toma-ram 
como ponto de partida o enfoque behaviorista de Pavlov 
e Skinner. Os administradores adotaram definitivamente o 
caráter de controladores do comportamento humano, de 
O processo motivacional é sempre 
íntimo e pessoal. É essencial entender 
o sentido que cada um atribui ao 
trabalho que realiza. 
acordo com os pressupostos que também sustentavam a 
escola da Administração Científica de Taylor. Essa perspec-tiva 
previa que o administrador poderia e deveria mudar o 
comportamento dos liderados de forma a conseguir a har-monia 
com as diretrizes organizacionais. Os trabalhadores, 
nesse caso, sofreriam passivamente o efeito da ação das va-riáveis 
condicionantes existentes no ambiente de trabalho. 
Em última análise, administrar se resumiria em punir ou 
premiar os funcionários. 
66 • VOL.1 • Nº2 • NOV 2002 A JAN 2003 
As diferentes faces da motivação. No decorrer da 
década de 1970, Herzberg, outro professor de Harvard, abriu 
novas perspectivas a partir de suas pesquisas sobre o assun-to. 
Seu trabalho culminou com a proposição de que existem 
dois tipos de objetivos motivacionais, considerados qualita-tivamente 
diferentes. Segundo essa teoria, há certos objeti-vos 
motivacionais cujo papel é simplesmente o de manter a 
insatisfação das pessoas no nível mais baixo possível. Esses 
fatores, denominados de “higiene”, acham-se ligados ao am-biente 
periférico ou extrínseco ao indivíduo. Existem outros 
fatores, no entanto, que dizem respeito à busca de um máxi-mo 
de satisfação motivacional. Estes últimos estão ligados ao 
próprio indivíduo e ao tipo de trabalho que ele desenvolve, 
configurando-se caracteristicamente como os verdadeiros 
fatores responsáveis pela motivação intrínseca. Dentre os fa-tores 
de higiene incluem-se amizade com os pares e superio-res, 
condições físicas do ambiente de trabalho, recompensa 
salarial e segurança em não perder o emprego. Dentre os 
fatores de motivação estão, por exemplo, a realização pessoal, 
a responsabilidade, o trabalho em si e o reconhecimento do 
esforço pessoal. 
Ao caracterizar a diferença entre esses dois tipos de fato-res, 
Herzberg procurou demonstrar que não basta oferecer 
fatores de higiene para ter pessoas motivadas dentro das or-ganizações. 
Ao atendermos esses fatores 
extrínsecos ao indivíduo, só estamos lhe garan-tindo 
o bem-estar físico. É necessário ir além des-sa 
instância e oferecer aos liderados as oportuni-dades 
para que cheguem aos objetivos de satis-fação 
interior, aqueles situados no mais alto ní-vel 
de prioridade para o indivíduo. 
O sentido do trabalho. Sendo o desenrolar 
do processo motivacional uma dinâmica de cará-ter 
interior, o aspecto mais importante, neste caso, é entender 
o sentido que as pessoas atribuem àquilo que fazem. Referencial 
que conecta cada indivíduo a seu “mundo real”, o trabalho 
tem a propriedade de oferecer parâmetros para as expectativas 
e os ideais de cada ser humano. Quando se tem conhecimento 
desses parâmetros, torna-se possível entender que tipo de im-pulso 
está em jogo e aguardar, a partir desse marco inicial, o 
momento mais conveniente para oferecer os fatores que per-mitem 
chegar à recompensadora satisfação motivacional.
FATOR HUMANO: MOTIVAÇÃO: UMA VIAGEM AO CENTRO DO CONCEITO 
©RAE executivo • 67 
Um indivíduo engajado em uma ativi-dade 
que para ele faz sentido espera ser re-compensado 
quando percebe que está fazen-do 
jus ao prazer de uma reputação positiva. 
Isso significa reconhecimento, independên-cia 
e acesso a um mundo melhor. Diretamente 
ligado ao potencial criativo, esse tipo de ne-cessidade 
possui vida própria no interior de 
cada um. O desejo de trabalhar passa a re-presentar 
uma necessidade de ordem afetiva 
continuamente alimentada pelo imperativo 
daqueles valores representados pelo objeti-vo 
almejado. A partir de uma perspectiva de 
tal profundidade, podemos reconhecer o 
papel crucial que as necessidades interiores 
desempenham no processo motivacional. 
Não são os fatores existentes no meio 
ambiente que criam necessidades interiores, 
mas essas necessidades que destacam do meio 
aqueles fatores que lhes são complementa-res. 
Por isso, ninguém consegue motivar nin-guém. 
O administrador é tão-somente capaz 
de satisfazer as necessidades presentes. Por 
outro lado, ele pode contra satisfazê-las quan-do 
não percebe o tipo de necessidade em 
jogo, ou quando não tem recursos para 
atendê-las. Como ressalta Herzberg, “se você 
tiver alguém ocupando um cargo, use-o. Se 
não puder usá-lo, livre-se dele, quer pela 
automação quer pela escolha de outra pes-soa 
com menor capacidade. Se você não puder usá-lo nem 
puder livrar-se dele, está enfrentando um problema de moti-vação”. 
Entenda-se aqui “usar” como aproveitar o potencial 
da energia motivacional de cada um. 
A administração desse potencial interior é bastante pro-blemática, 
uma vez que as necessidades podem estar dor-mentes 
dentro do indivíduo – ou seja, é possível que nem ele 
mesmo as conheça. Outro aspecto relevante acerca da difi-culdade 
desse tipo de ação é que os administradores freqüen-temente 
podem projetar em seus liderados as motivações que 
são suas. Para trabalhar a favor do potencial de motivação 
que existe dentro de cada um, é necessário abordar o com-portamento 
humano a partir de uma perspectiva mais pro-funda, 
uma perspectiva baseada em pesquisas desenvolvidas 
segundo parâmetros científicos. 
Como decorrência lógica do fato de aceitarmos a com-plexidade 
do comportamento motivacional, acabamos 
compreendendo que seria difícil, senão impossível, encon-trar 
a fórmula ideal para motivar pessoas. Aqueles que perse-guem 
esse tipo de resultado em curto prazo devem ser con-siderados 
fortes candidatos ao desapontamento. Como to-dos 
os outros assuntos relativos ao comportamento huma-no, 
o da motivação guarda sutilezas e complexidades que 
não podem ser menosprezadas. Esse parece constituir o prin-cipal 
desafio ao qual poucos líderes têm conseguido respon-der 
adequadamente.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Trabalho sobre motivação
Trabalho sobre  motivaçãoTrabalho sobre  motivação
Trabalho sobre motivaçãoTiago Campos
 
24701432 motivacao-nas-organizacoes
24701432 motivacao-nas-organizacoes24701432 motivacao-nas-organizacoes
24701432 motivacao-nas-organizacoespintcruz
 
Motivação intrínseca e motivação extrínseca
Motivação intrínseca e motivação extrínsecaMotivação intrínseca e motivação extrínseca
Motivação intrínseca e motivação extrínsecaRonne Seles
 
Teorias Da Motivação
Teorias Da MotivaçãoTeorias Da Motivação
Teorias Da Motivaçãoa1971
 
Teorias da motivação
Teorias da motivaçãoTeorias da motivação
Teorias da motivaçãoJorge Fantinel
 
Teorias da motivação
Teorias da motivaçãoTeorias da motivação
Teorias da motivaçãoPUC Minas
 
TEORIAS DA MOTIVAÇÃO
TEORIAS DA MOTIVAÇÃOTEORIAS DA MOTIVAÇÃO
TEORIAS DA MOTIVAÇÃOLudmila Moura
 
5a aula comportamento organizacional mba rh 2014-1
5a aula comportamento organizacional   mba rh 2014-15a aula comportamento organizacional   mba rh 2014-1
5a aula comportamento organizacional mba rh 2014-1Ana Gabriela Ribeiro Dezan
 
Psicologia e Motivação
 Psicologia e Motivação Psicologia e Motivação
Psicologia e Motivaçãoweronicasdj
 
A importância da Motivação no âmbito organizacional
A importância da Motivação no âmbito organizacionalA importância da Motivação no âmbito organizacional
A importância da Motivação no âmbito organizacionalMaryanne Monteiro
 
Motivação do trabalho no contexto hoteleiro e desempenho profissional dos emp...
Motivação do trabalho no contexto hoteleiro e desempenho profissional dos emp...Motivação do trabalho no contexto hoteleiro e desempenho profissional dos emp...
Motivação do trabalho no contexto hoteleiro e desempenho profissional dos emp...Anatolie Pirgaru
 
Motivação – O que é De onde vem?
Motivação – O que é De onde vem?Motivação – O que é De onde vem?
Motivação – O que é De onde vem?Adm. Daniel Paulino
 
Conflitos liderança e motivação
Conflitos liderança e motivaçãoConflitos liderança e motivação
Conflitos liderança e motivaçãoLiliane Ennes
 
Aula 16 Motivação
Aula 16  MotivaçãoAula 16  Motivação
Aula 16 MotivaçãoLuiz Siles
 
Motivação Empresarial
Motivação EmpresarialMotivação Empresarial
Motivação EmpresarialEymard Silva
 
Teoria da Atribuição
Teoria da AtribuiçãoTeoria da Atribuição
Teoria da AtribuiçãoAdm Unime
 

Mais procurados (20)

Trabalho sobre motivação
Trabalho sobre  motivaçãoTrabalho sobre  motivação
Trabalho sobre motivação
 
24701432 motivacao-nas-organizacoes
24701432 motivacao-nas-organizacoes24701432 motivacao-nas-organizacoes
24701432 motivacao-nas-organizacoes
 
Motivação
MotivaçãoMotivação
Motivação
 
Teorias contemporaneas de motivação
Teorias contemporaneas de motivaçãoTeorias contemporaneas de motivação
Teorias contemporaneas de motivação
 
Motivação intrínseca e motivação extrínseca
Motivação intrínseca e motivação extrínsecaMotivação intrínseca e motivação extrínseca
Motivação intrínseca e motivação extrínseca
 
Teorias Da Motivação
Teorias Da MotivaçãoTeorias Da Motivação
Teorias Da Motivação
 
Teorias da motivação
Teorias da motivaçãoTeorias da motivação
Teorias da motivação
 
Teorias da motivação
Teorias da motivaçãoTeorias da motivação
Teorias da motivação
 
TEORIAS DA MOTIVAÇÃO
TEORIAS DA MOTIVAÇÃOTEORIAS DA MOTIVAÇÃO
TEORIAS DA MOTIVAÇÃO
 
5a aula comportamento organizacional mba rh 2014-1
5a aula comportamento organizacional   mba rh 2014-15a aula comportamento organizacional   mba rh 2014-1
5a aula comportamento organizacional mba rh 2014-1
 
Psicologia e Motivação
 Psicologia e Motivação Psicologia e Motivação
Psicologia e Motivação
 
A importância da Motivação no âmbito organizacional
A importância da Motivação no âmbito organizacionalA importância da Motivação no âmbito organizacional
A importância da Motivação no âmbito organizacional
 
Motivação do trabalho no contexto hoteleiro e desempenho profissional dos emp...
Motivação do trabalho no contexto hoteleiro e desempenho profissional dos emp...Motivação do trabalho no contexto hoteleiro e desempenho profissional dos emp...
Motivação do trabalho no contexto hoteleiro e desempenho profissional dos emp...
 
Motivação – O que é De onde vem?
Motivação – O que é De onde vem?Motivação – O que é De onde vem?
Motivação – O que é De onde vem?
 
Conflitos liderança e motivação
Conflitos liderança e motivaçãoConflitos liderança e motivação
Conflitos liderança e motivação
 
Cipa curso motivação ao cipeiro
Cipa curso motivação ao cipeiroCipa curso motivação ao cipeiro
Cipa curso motivação ao cipeiro
 
Aula 16 Motivação
Aula 16  MotivaçãoAula 16  Motivação
Aula 16 Motivação
 
Motivação Empresarial
Motivação EmpresarialMotivação Empresarial
Motivação Empresarial
 
Motivação..
Motivação..Motivação..
Motivação..
 
Teoria da Atribuição
Teoria da AtribuiçãoTeoria da Atribuição
Teoria da Atribuição
 

Destaque

Características de Comportamento Empreendedor
Características de Comportamento EmpreendedorCaracterísticas de Comportamento Empreendedor
Características de Comportamento EmpreendedorLeandro Liberio
 
Características do comportamento empreendedor
Características do comportamento empreendedorCaracterísticas do comportamento empreendedor
Características do comportamento empreendedorDiego Andreasi
 
O ciclo pdca em enfermagem
O ciclo pdca em enfermagemO ciclo pdca em enfermagem
O ciclo pdca em enfermagemUNIME
 
Gestão de Pessoas e Motivação Humana e sua relação com a Delação Premiada e o...
Gestão de Pessoas e Motivação Humana e sua relação com a Delação Premiada e o...Gestão de Pessoas e Motivação Humana e sua relação com a Delação Premiada e o...
Gestão de Pessoas e Motivação Humana e sua relação com a Delação Premiada e o...Aline Cavalcante
 
Desconcentração espacial da indústria
Desconcentração espacial da indústriaDesconcentração espacial da indústria
Desconcentração espacial da indústriaAntonio Carlos da Silva
 
Distribuição das indústrias
Distribuição das indústriasDistribuição das indústrias
Distribuição das indústriasFabrício Colombo
 
02. Dinâmica das Relações Interpessoais: Motivação
02. Dinâmica das Relações Interpessoais: Motivação02. Dinâmica das Relações Interpessoais: Motivação
02. Dinâmica das Relações Interpessoais: MotivaçãoDebora Miceli
 
Atividade industrial
Atividade industrialAtividade industrial
Atividade industrialflaviocosac
 
Portfólio motivação
Portfólio motivaçãoPortfólio motivação
Portfólio motivaçãoPaulo Monteiro
 
Estrutura das demonstrações Cont. modelo da dre - 2015.1
Estrutura das demonstrações Cont.   modelo da dre - 2015.1Estrutura das demonstrações Cont.   modelo da dre - 2015.1
Estrutura das demonstrações Cont. modelo da dre - 2015.1Eduardo Baroni
 
Conceitos Basicos de Gerenciamento de Portfolio
Conceitos Basicos de Gerenciamento de PortfolioConceitos Basicos de Gerenciamento de Portfolio
Conceitos Basicos de Gerenciamento de PortfolioRicardo Viana Vargas
 

Destaque (20)

Características de Comportamento Empreendedor
Características de Comportamento EmpreendedorCaracterísticas de Comportamento Empreendedor
Características de Comportamento Empreendedor
 
Características do comportamento empreendedor
Características do comportamento empreendedorCaracterísticas do comportamento empreendedor
Características do comportamento empreendedor
 
O ciclo pdca em enfermagem
O ciclo pdca em enfermagemO ciclo pdca em enfermagem
O ciclo pdca em enfermagem
 
Fordismo taylorismo
Fordismo taylorismoFordismo taylorismo
Fordismo taylorismo
 
Industria
IndustriaIndustria
Industria
 
Gestão de Pessoas e Motivação Humana e sua relação com a Delação Premiada e o...
Gestão de Pessoas e Motivação Humana e sua relação com a Delação Premiada e o...Gestão de Pessoas e Motivação Humana e sua relação com a Delação Premiada e o...
Gestão de Pessoas e Motivação Humana e sua relação com a Delação Premiada e o...
 
Como Gerenciar e Motivar Vendedores
Como Gerenciar e Motivar VendedoresComo Gerenciar e Motivar Vendedores
Como Gerenciar e Motivar Vendedores
 
Desconcentração espacial da indústria
Desconcentração espacial da indústriaDesconcentração espacial da indústria
Desconcentração espacial da indústria
 
Distribuição das indústrias
Distribuição das indústriasDistribuição das indústrias
Distribuição das indústrias
 
aprendizagem
aprendizagemaprendizagem
aprendizagem
 
02. Dinâmica das Relações Interpessoais: Motivação
02. Dinâmica das Relações Interpessoais: Motivação02. Dinâmica das Relações Interpessoais: Motivação
02. Dinâmica das Relações Interpessoais: Motivação
 
Atividade industrial
Atividade industrialAtividade industrial
Atividade industrial
 
Indústria
IndústriaIndústria
Indústria
 
A Industria
A IndustriaA Industria
A Industria
 
Portfólio motivação
Portfólio motivaçãoPortfólio motivação
Portfólio motivação
 
Gestão da Aprendizagem
Gestão da AprendizagemGestão da Aprendizagem
Gestão da Aprendizagem
 
Indústria
IndústriaIndústria
Indústria
 
Estrutura das demonstrações Cont. modelo da dre - 2015.1
Estrutura das demonstrações Cont.   modelo da dre - 2015.1Estrutura das demonstrações Cont.   modelo da dre - 2015.1
Estrutura das demonstrações Cont. modelo da dre - 2015.1
 
Conceitos Basicos de Gerenciamento de Portfolio
Conceitos Basicos de Gerenciamento de PortfolioConceitos Basicos de Gerenciamento de Portfolio
Conceitos Basicos de Gerenciamento de Portfolio
 
Gestão de pessoas
Gestão de pessoasGestão de pessoas
Gestão de pessoas
 

Semelhante a Motivação

Semelhante a Motivação (20)

Gesto1.pdf
Gesto1.pdfGesto1.pdf
Gesto1.pdf
 
Motivação - SOCIOLOGIA APLICADA A ADMINISTRAÇÃO.
Motivação - SOCIOLOGIA APLICADA A ADMINISTRAÇÃO. Motivação - SOCIOLOGIA APLICADA A ADMINISTRAÇÃO.
Motivação - SOCIOLOGIA APLICADA A ADMINISTRAÇÃO.
 
MotivaçãO
MotivaçãOMotivaçãO
MotivaçãO
 
Motivacao
MotivacaoMotivacao
Motivacao
 
Motivacao
MotivacaoMotivacao
Motivacao
 
Processos motivacionais
Processos motivacionaisProcessos motivacionais
Processos motivacionais
 
Motivação Pessoal
Motivação PessoalMotivação Pessoal
Motivação Pessoal
 
Motivação teorias clássicas e contemporâneas
Motivação teorias clássicas e contemporâneasMotivação teorias clássicas e contemporâneas
Motivação teorias clássicas e contemporâneas
 
Fatores motivacionais.pdf
Fatores motivacionais.pdfFatores motivacionais.pdf
Fatores motivacionais.pdf
 
Motivação
MotivaçãoMotivação
Motivação
 
MOTIVATION
MOTIVATION MOTIVATION
MOTIVATION
 
Aula_-_Cap_6_e_7.pdf
Aula_-_Cap_6_e_7.pdfAula_-_Cap_6_e_7.pdf
Aula_-_Cap_6_e_7.pdf
 
Administração do Conhecimento nas Organizações
Administração do Conhecimento nas OrganizaçõesAdministração do Conhecimento nas Organizações
Administração do Conhecimento nas Organizações
 
Teorias motivacionais pontifícia universidade católica de …
Teorias motivacionais pontifícia universidade católica de …Teorias motivacionais pontifícia universidade católica de …
Teorias motivacionais pontifícia universidade católica de …
 
Teorias Da Motivao774
Teorias Da Motivao774Teorias Da Motivao774
Teorias Da Motivao774
 
18 motivacao
18 motivacao18 motivacao
18 motivacao
 
Os segredos da_motivacao
Os segredos da_motivacaoOs segredos da_motivacao
Os segredos da_motivacao
 
Teoria comportamentaldaadministração
Teoria comportamentaldaadministraçãoTeoria comportamentaldaadministração
Teoria comportamentaldaadministração
 
Teorias motivacionais
Teorias motivacionaisTeorias motivacionais
Teorias motivacionais
 
Motivação fénix
Motivação fénixMotivação fénix
Motivação fénix
 

Mais de Felipe Pouchucq

Mais de Felipe Pouchucq (12)

Liberia
LiberiaLiberia
Liberia
 
A indústria cinematográfica
A indústria cinematográficaA indústria cinematográfica
A indústria cinematográfica
 
O impacto da música pop na lingua, cultura e sexo
O impacto da música pop na lingua, cultura e sexoO impacto da música pop na lingua, cultura e sexo
O impacto da música pop na lingua, cultura e sexo
 
História da música: Romantismo
História da música: RomantismoHistória da música: Romantismo
História da música: Romantismo
 
Tsahal: Israel Defence Forces
Tsahal: Israel Defence ForcesTsahal: Israel Defence Forces
Tsahal: Israel Defence Forces
 
Aprendizagem
AprendizagemAprendizagem
Aprendizagem
 
Marx: teoria da alienação
Marx: teoria da alienaçãoMarx: teoria da alienação
Marx: teoria da alienação
 
Catar - História e conjuntura
Catar - História e conjunturaCatar - História e conjuntura
Catar - História e conjuntura
 
Curdistão
CurdistãoCurdistão
Curdistão
 
Mozart
MozartMozart
Mozart
 
Historia da musica
Historia da musicaHistoria da musica
Historia da musica
 
Malásia
MalásiaMalásia
Malásia
 

Último

Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfMárcio Azevedo
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - DissertaçãoMaiteFerreira4
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamentalAntônia marta Silvestre da Silva
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreElianeElika
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfElianeElika
 

Último (20)

Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertação
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
 

Motivação

  • 1. FATOR HUMANO: MOTIVAÇÃO: UMA VIAGEM AO CENTRO DO CONCEITO FATOR HUMANO Motivação: uma viagem ao centro ©RAE executivo • 63 do conceito uitos executivos ainda acreditam que é possível gerar motivação condicionando os comportamentos por meio de prêmios e punições. Mas a verdadeira motivação nasce M das necessidades interiores e não de fatores externos. Não há fórmulas que ofereçam soluções fáceis para motivar quem quer que seja. O líder não pode motivar seus liderados. Sua eficácia depende de sua compe-tência em liberar a motivação que os liderados já trazem dentro de si. por Cecília W. Bergamini FGV-EAESP Não há nada mais desmotivador do que tentar motivar alguém. Mesmo assim, é fácil cair na tentação de abraçar a idéia de que uma das principais responsabilidades dos gerentes é motivar seu pessoal. Por anos a fio, os admi-nistradores vêm tentando alcançar o sucesso nesse tipo de empreitada. E, mesmo que praticamente nada tenham conseguido, os conselhos continuam a brotar de todos os lados. As mais variadas receitas são oferecidas para que se obtenha aquilo que um grande número de publicações em Psicologia considera um verdadeiro milagre. Um primeiro ponto a considerar é se todos aqueles que descrevem a atividade gerencial como geradora de motiva-ção estão realmente falando do mesmo assunto. De fato, cus-ta acreditar que, apesar de muito utilizada e discutida nas organizações, a motivação seja objeto de considerações tão diferentes entre si. Essa discrepância indica que há, pelo FOTOS TW
  • 2. FATOR HUMANO: MOTIVAÇÃO: UMA VIAGEM AO CENTRO DO CONCEITO menos, um interesse considerável pelo assunto. Trata-se de um tema que há mais de uma década está em grande evidên-cia. No entanto, há um ponto em comum entre muitas das interpretações que as pessoas, no geral, oferecem quando fa-lam do assunto: raramente as opiniões, crenças e mitos ba-seiam- se em informações oferecidas por pesquisas científicas. Ninguém motiva ninguém. O potencial motivacional já existe dentro de cada um. O importante é não desperdiçá-lo. A dificuldade básica deve-se a um fato simples: nem sem-pre dois indivíduos que agem da mesma maneira o fazem pelas mesmas razões. Pesquisas científicas realizadas sobre o comportamento motivacional revelam que não somente as pessoas têm objetivos diferentes, como as fontes de energia que determinam seu comportamento são extremamente va-riadas. Assim, o estudo da motivação humana consiste na pesquisa dos motivos pelos quais as pessoas fazem o que fazem e se encaminham em direção a seus objetivos – objeti-vos que são, em última análise, escolhas de ordem interior ou intrínsecas à personalidade de cada um. Motivação em tempos turbulentos. O mundo em-presarial vive um período em que o grande desafio é conse-guir dominar a mudança. No entanto, as condições em que as mudanças estão ocorrendo são claramente adversas, ou, como propõem alguns autores, mais turbulentas, caóticas e desafiadoras do que nunca. Assim, pessoas e organizações vêem-se ao mesmo tempo atônitas e constrangidas ao viver sob a pressão da procura de alguma estratégia que lhes per-mita dominar os novos desafios. O fim do conceito clássico de emprego já é uma realida-de: após anos de previsões otimistas e alarmes falsos, as no-vas tecnologias de informação e comunicação fazem sentir seus violentos impactos. Sempre a reboque dos eventos, pa-rece que as pessoas custaram a entender que não lidavam mais com inocentes exercícios de futurologia, mas com uma realidade a ser vivida aqui e agora. Em meio a mudanças, as pessoas parecem movimentar-se 64 • VOL.1 • Nº2 • NOV 2002 A JAN 2003 desordenadamente, invalidando qualquer tentativa de con-trole. Os administradores, inquietos, perguntam-se constan-temente: como é possível conseguir que as pessoas produ-zam sob condições em que normalmente não estariam moti-vadas para trabalhar? Ação interior. Parte da resposta a esse tipo de indagação está ligada à psicodinâmica do comportamento motivacional, que representa a fonte de energia instalada dentro de cada um, praticamente em estado de ebulição. Quando falamos em motivação, portanto, estamos nos referindo a um tipo de ação que vem dos pró-prios indivíduos – um tipo de ação qualitativa-mente diferente daquela determinada por prêmios ou puni-ções oriundos do meio ambiente. Trata-se, mais precisamen-te, de uma fonte autônoma de energia cuja origem se situa no mundo interior de cada um, e que não responde a qual-quer tipo de controle do mundo exterior. É importante ressaltar que estar motivado não é o mes-mo que experimentar momentos de alegria, entusiasmo, bem-estar ou euforia. Esses estados podem, até certo ponto, ser considerados efeitos posteriores do processo motivacional, mas nada explicam sobre sua origem nem sobre o caminho percorrido até que sejam alcançados. Sabe-se que a motiva-ção é muito mais ampla do que os comportamentos ou esta-dos que porventura tenha a capacidade de provocar. A sim-ples e imediata observação do comportamento motivado não responde à pergunta de como conhecer o verdadeiro porquê de sua existência. Em 1978, o pesquisador Ernest Archer desmistificou muitas das falsas interpretações do comportamento motiva-do. Seu trabalho enfatizava que a motivação nasce somente das necessidades humanas e não das coisas que satisfazem essas necessidades. Tal posição é fortalecida por um signifi-cativo número de descobertas feitas por pesquisas da Psico-logia Social. A maioria dessas investigações atribui grande peso à valorização da predisposição motivacional gerada por necessidades que brotam do interior de cada um. O ser hu-mano possuiria, portanto, necessidades interiores que repre-sentam a fonte de energia de seu comportamento. Ele agiria em busca de fatores de satisfação capazes de evitar a sujeição a graus desagradáveis e ameaçadores de tensão.
  • 3. FATOR HUMANO: MOTIVAÇÃO: UMA VIAGEM AO CENTRO DO CONCEITO ©RAE executivo • 65 Considerando a motivação um processo, o enfoque atual procura descobrir como ela ocorre. Parte-se do princípio de que se trata de um desencadeamento de momentos interior-mente experimentados, que levam o indivíduo a mobilizar a sinergia ou as forças já existentes em seu interior. Essa é a abordagem mais recente dos estudos da motivação humana, que não se atêm simplesmente à análise do conteúdo e à descrição dos objetivos motivacionais, como fizeram muitas das teorias dos anos 1950, como a conhecida hierarquia dos objetivos motivacionais de Maslow. O que não é motivação. O entusiasmo a respeito da teoria do condicionamento operante de Skinner, psicólogo de Harvard, fez com que se passasse a chamar de motivação
  • 4. FATOR HUMANO: MOTIVAÇÃO: UMA VIAGEM AO CENTRO DO CONCEITO aquilo que a Psicologia já consagrara com o nome de condi-cionamento. Essa perspectiva partiu das descobertas de Pavlov, Prêmio Nobel de Medicina em 1904, sobre o reflexo condi-cionado. A principal conseqüência das teorias daí derivadas, conhecidas como de enfoque comportamentalista, foi o en-tendimento de que é sempre possível conseguir que as pes-soas se comportem de acordo com padrões de conduta pre-viamente estabelecidos. Preocupados em modelar o comportamento, os es-tudiosos do behaviorismo, como são conhecidos, recomen-davam gratificar os comportamentos supostamente ade-quados (reforço positivo) e punir os inadequados (reforço negativo). Como Skinner, os administradores que adota-ram essa postura acreditavam que, com prêmios ou casti-gos, seria possível fazer com que seus funcionários seguis-sem qualquer tipo de conduta por eles planejada. Dessa forma, um bom administrador deveria desenvolver suas habilidades de manipulador das variáveis do ambiente or-ganizacional, servindo-se delas como reforços positivos ou negativos. As diretrizes administrativas em muitos países toma-ram como ponto de partida o enfoque behaviorista de Pavlov e Skinner. Os administradores adotaram definitivamente o caráter de controladores do comportamento humano, de O processo motivacional é sempre íntimo e pessoal. É essencial entender o sentido que cada um atribui ao trabalho que realiza. acordo com os pressupostos que também sustentavam a escola da Administração Científica de Taylor. Essa perspec-tiva previa que o administrador poderia e deveria mudar o comportamento dos liderados de forma a conseguir a har-monia com as diretrizes organizacionais. Os trabalhadores, nesse caso, sofreriam passivamente o efeito da ação das va-riáveis condicionantes existentes no ambiente de trabalho. Em última análise, administrar se resumiria em punir ou premiar os funcionários. 66 • VOL.1 • Nº2 • NOV 2002 A JAN 2003 As diferentes faces da motivação. No decorrer da década de 1970, Herzberg, outro professor de Harvard, abriu novas perspectivas a partir de suas pesquisas sobre o assun-to. Seu trabalho culminou com a proposição de que existem dois tipos de objetivos motivacionais, considerados qualita-tivamente diferentes. Segundo essa teoria, há certos objeti-vos motivacionais cujo papel é simplesmente o de manter a insatisfação das pessoas no nível mais baixo possível. Esses fatores, denominados de “higiene”, acham-se ligados ao am-biente periférico ou extrínseco ao indivíduo. Existem outros fatores, no entanto, que dizem respeito à busca de um máxi-mo de satisfação motivacional. Estes últimos estão ligados ao próprio indivíduo e ao tipo de trabalho que ele desenvolve, configurando-se caracteristicamente como os verdadeiros fatores responsáveis pela motivação intrínseca. Dentre os fa-tores de higiene incluem-se amizade com os pares e superio-res, condições físicas do ambiente de trabalho, recompensa salarial e segurança em não perder o emprego. Dentre os fatores de motivação estão, por exemplo, a realização pessoal, a responsabilidade, o trabalho em si e o reconhecimento do esforço pessoal. Ao caracterizar a diferença entre esses dois tipos de fato-res, Herzberg procurou demonstrar que não basta oferecer fatores de higiene para ter pessoas motivadas dentro das or-ganizações. Ao atendermos esses fatores extrínsecos ao indivíduo, só estamos lhe garan-tindo o bem-estar físico. É necessário ir além des-sa instância e oferecer aos liderados as oportuni-dades para que cheguem aos objetivos de satis-fação interior, aqueles situados no mais alto ní-vel de prioridade para o indivíduo. O sentido do trabalho. Sendo o desenrolar do processo motivacional uma dinâmica de cará-ter interior, o aspecto mais importante, neste caso, é entender o sentido que as pessoas atribuem àquilo que fazem. Referencial que conecta cada indivíduo a seu “mundo real”, o trabalho tem a propriedade de oferecer parâmetros para as expectativas e os ideais de cada ser humano. Quando se tem conhecimento desses parâmetros, torna-se possível entender que tipo de im-pulso está em jogo e aguardar, a partir desse marco inicial, o momento mais conveniente para oferecer os fatores que per-mitem chegar à recompensadora satisfação motivacional.
  • 5. FATOR HUMANO: MOTIVAÇÃO: UMA VIAGEM AO CENTRO DO CONCEITO ©RAE executivo • 67 Um indivíduo engajado em uma ativi-dade que para ele faz sentido espera ser re-compensado quando percebe que está fazen-do jus ao prazer de uma reputação positiva. Isso significa reconhecimento, independên-cia e acesso a um mundo melhor. Diretamente ligado ao potencial criativo, esse tipo de ne-cessidade possui vida própria no interior de cada um. O desejo de trabalhar passa a re-presentar uma necessidade de ordem afetiva continuamente alimentada pelo imperativo daqueles valores representados pelo objeti-vo almejado. A partir de uma perspectiva de tal profundidade, podemos reconhecer o papel crucial que as necessidades interiores desempenham no processo motivacional. Não são os fatores existentes no meio ambiente que criam necessidades interiores, mas essas necessidades que destacam do meio aqueles fatores que lhes são complementa-res. Por isso, ninguém consegue motivar nin-guém. O administrador é tão-somente capaz de satisfazer as necessidades presentes. Por outro lado, ele pode contra satisfazê-las quan-do não percebe o tipo de necessidade em jogo, ou quando não tem recursos para atendê-las. Como ressalta Herzberg, “se você tiver alguém ocupando um cargo, use-o. Se não puder usá-lo, livre-se dele, quer pela automação quer pela escolha de outra pes-soa com menor capacidade. Se você não puder usá-lo nem puder livrar-se dele, está enfrentando um problema de moti-vação”. Entenda-se aqui “usar” como aproveitar o potencial da energia motivacional de cada um. A administração desse potencial interior é bastante pro-blemática, uma vez que as necessidades podem estar dor-mentes dentro do indivíduo – ou seja, é possível que nem ele mesmo as conheça. Outro aspecto relevante acerca da difi-culdade desse tipo de ação é que os administradores freqüen-temente podem projetar em seus liderados as motivações que são suas. Para trabalhar a favor do potencial de motivação que existe dentro de cada um, é necessário abordar o com-portamento humano a partir de uma perspectiva mais pro-funda, uma perspectiva baseada em pesquisas desenvolvidas segundo parâmetros científicos. Como decorrência lógica do fato de aceitarmos a com-plexidade do comportamento motivacional, acabamos compreendendo que seria difícil, senão impossível, encon-trar a fórmula ideal para motivar pessoas. Aqueles que perse-guem esse tipo de resultado em curto prazo devem ser con-siderados fortes candidatos ao desapontamento. Como to-dos os outros assuntos relativos ao comportamento huma-no, o da motivação guarda sutilezas e complexidades que não podem ser menosprezadas. Esse parece constituir o prin-cipal desafio ao qual poucos líderes têm conseguido respon-der adequadamente.