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Cadeira de
PATRIMÓNIO MUNDIAL E TURISMO CULTURAL
Artur Filipe dos Santos
MARIANTES DO RIO DOURO
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A Gaita de Fole
Património Cultural
Musical Português
Artur Filipe dos Santos
• Artur Filipe dos Santos
• Doutorado em Comunicação, Publicidade, Relações Públicas e Protocolo pela Faculdade de
Ciências Sociais e da Comunicação da Universidade de Vigo, é atualmente professor adjunto
no ISLA Instituto Politécnico de Gestão e Tecnologia, coordenador da licenciatura de
Comunicação e Tecnologia Digital e do CTesP de Comunicação Digital, e docente na
Universidade Lusófona do Porto. Atua como docente e investigador nas área(s de Ciências
Sociais com ênfase em Ciências da Comunicação, Comunicação e Divulgação do Património.
Perito em Protocolo (de Estado, Universitário, Multicultural e Empresarial) é membro da
Associação Portuguesa de Estudos de Protocolo (APOREP), membro da Sociedad de Estudios
Institucionales, UNED, Espanha, investigador e membro da Direção do Observatório
Iberoamericano de Investigação e Desenvolvimento em Comunicação (OIDECOM-
Iberoamérica), Espanha, membro do Centro de Investigação em Comunicação (ICOM-X1) da
Universidade de Vigo, Espanha, membro da Associação Portuguesa de Ciências da
Comunicação (SOPCOM). É ainda divulgador dos Caminhos Portugueses a Santiago de
Compostela. É membro do ICOMOS (INTERNATIONAL COUNCIL OF MONUMENTS AND SITES),
organismo pertencente à UNESCO, responsável pela avaliação das candidaturas dos bens
culturais universais a Património Mundial Como jornalista fez parte da TV Galiza, jornal A Bola,
Rádio Sim (grupo Renascença), O Primeiro de Janeiro, Matosinhos Hoje, Jornal da Maia.
2
Artur Filipe dos Santos – artursantos.com.pt@gmail.com
•https://omeucaminhodesantiago.wordpress.com/ (Blogue)
•https://politicsandflags.wordpress.com/about/ (Blogue)
•https://arturfilipesantos.wixsite.com/arturfilipesantos (Académico)
•https://comunicacionpatrimoniomundial.blogia.com/ (Académico)
•Email: artursantos.com.pt@gmail.com
• São muitos os
instrumentos musicais
tradicionais que a
história e a cultura
portuguesa conservam.
3
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
A Gaita de Foles
4
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
A Gaita de Foles
• Mas poucos são os
instrumentos que
conseguem retratar a
marca cultural dos
povos como a gaita de
fole.
• Associada muitas vezes
às Terras Altas da
Escócia, encontramos
gaitas de foles um
pouco por toda a
Europa mas também,
no Médio Oriente e nas
Américas.
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A Gaita de Foles
6
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
A Gaita de Foles
• Em Portugal a história
da gaita de fole está
intimamente ligada à
nossa relação com a
Galiza, com as Astúrias
e com Leão e Castela.
• Caracterização da Gaita de
Fole
• A gaita-de-fole é um
instrumento da família dos
aerofones, composto de pelo
menos um tubo melódico
chamado ponteiro ou
cantadeira pelo qual se digita
a música) e dum insuflador
mediado por uma válvula
(chamado soprete ou
assoprete), ambos ligados a
um reservatório de ar
(chamado fole ou bolsa).
7
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
A Gaita de Foles
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9
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A Gaita de Foles
• Na maioria dos casos
há pelo menos mais um
tubo melódico, pelo
qual se emite uma nota
pedal constante em
harmonia com o tubo
melódico (chamado
bordão ou roncão).
• Na Escócia, as Great
Highland bagpipes têm
mais do que um bordão
(os drones, enquanto
que na Galiza e nas
Astúrias, por exemplo,
têm um ou mais drone
pequenos chamadas
ronquillas que se
destacam da bolsa e
toca uma oitava acima
do ronco.
10
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A Gaita de Foles
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A Gaita de Foles
• Mas o que faz o som
vibrante da gaita são a
palheta (que se
encontra no topo do
ponteiro e o palhão
(que se encontra no
bordão).
12
13
• Outra peculiaridade das
gaitas-de-fole é o facto
de integrarem o restrito
grupo de instrumentos
de ar que tocam
contínua e
mecanicamente, sem
necessidade de pausa
para o músico respirar.
14
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A Gaita de Foles
Pablo Carpintero, gaiteiro e construtor,
é um dos maiores investigadores da
gaita galega.
• Não há certeza sobre a
origem do termo gaita.
De acordo com Joan
Corominas, viria do
gótico gaits (goat, cabra),
mas muitos outros
filólogos discordam dessa
teoria, inclusive
defendendo a hipótese
de ser uma palavra de
origem árabe, já que em
árabe “ ‫أ‬
‫ﻟ‬
‫ﻐ‬
‫ﯾ‬
ْ
‫ط‬
‫ﮫ‬
”
) al-ghaytah)
significa “palheta”.
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A Gaita de Foles
• História da Gaita de Fole
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A Gaita de Foles
• Já fole viria do
latim follis (bolsa,
almofada de vento). Em
última análise,
podemos “traduzir” o
termo «gaita-de-
foles» como bolsa de
cabra, referência direta
ao fole do instrumento.
Gaiteiro medieval no mosteiro
cisterciense de Santes Creus,
catalunha
• Em muitas regiões distintas, o
instrumento foi batizado
simplesmente com o termo que
designa o animal do qual se
extrai o couro para sua bolsa:
ghaida, gaida, gajdy, cabra etc.
• Em português, registram-se
oficialmente outros termos que
definem gaita, todos galicismos a
referir, originalmente, modelos
franceses de gaita-de-fole:
• cornamusa;
• museta
• musette.
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A Gaita de Foles
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Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
A Gaita de Foles
• Também, é curioso notar
que a palavra gaiteiro no
idioma português
significa, diretamente,
pessoa festeira, o que
denuncia a associação do
instrumentista aos
eventos populares. Termo
esse que distingue o
instrumentista de gaita-
de-foles daquele que toca
harmônica, chamado
gaitista.
Anjo tocando gaita de foles na Thistle Chapel,
Catedral de Saint Giles, Edimburgo
• As palavras folegar e
fôlego compartilham da
mesma raiz da palavra
fole.
19
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
A Gaita de Foles
Representação de um gaiteiro numa
escultura do Séc. XVI (Igreja Matriz
de Estômbar, Lagoa, Algarve).
20
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
A Gaita de Foles
• É extremamente
polémica a discussão
sobre as origens do
instrumento, pautada por
diferentes teorias.
Contudo, é aceite por
muitos que terá surgido
na bacia do Mediterrâneo
ou no Próximo Oriente,
onde havia matéria-
prima suficiente e onde o
instrumento proliferou
em múltiplas versões.
Anjo tocando gaita de Foles, capela
da Música, Catedral de Pamplona
21
Escultura do palácio assírio, cerca de 800
a.C
• Em especial, questiona-
se muito hoje se a
civilização egípcia
realmente cultivou o
instrumento de forma
relevante, visto não
haverem quaisquer
registros, contrariando
o hábito de observarem
aspectos quotidianos
do seu povo.
22
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
A Gaita de Foles
23
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
A Gaita de Foles
• As dúvidas prendem-se ainda
com a difusão deste
instrumento. Alguns creem
que o Império Romano a
tenha disseminado pela
Europa, visto os registros
escritos do historiador
romano Gaio Suetônio
Tranqüilo e do filósofo grego
Dião Crisóstomo (ambos do
século I a II) sobre um
aerofone semelhante a uma
gaita-de-foles, utilizada por
soldados durante marchas e
momentos de lazer, chamada
aulo (ou tíbia).
• Os primeiros registros
sólidos de diferentes
modelos do instrumento
datam a partir de meados
da Idade Média, por meio
de esculturas, pinturas,
gravuras e textos. As suas
propriedades sonoras
agradaram desde sempre
ass populações mais
modestas, pastoris, entre
as quais o instrumento
gozou de maior
admiração.
24
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
A Gaita de Foles
25
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
A Gaita de Foles
• A partir da Renascença e
principalmente a partir do período
Barroco é que se desenvolveram
modelos de gaita-de-foles mais
“sofisticados”, com fole mecânico e
inúmeras chaves e reguladores,
capazes de soarem mais de uma
oitava numa escala cromática – são
as musetas, que apesar do nome,
proliferam inicialmente não só na
França como na Alemanha também,
dois importantes centros de novas
ideias para a música, com o
desenvolvimento exponencial da
lutheria. Esses modelos chegaram
posteriormente à Inglaterra e
finalmente à Irlanda, sendo
adaptados à estética local.
• Infelizmente, foi
justamente nesse período
que as gaitas-de-foles
começaram a sofrer seu
declínio, especialmente
as de ar quente. A
estética musical
começava a se
transformar, novos
instrumentos como os
metais passam
a competir com as gaitas
e as possibilidades
sonoras de apelam ao
gosto das pessoas.
26
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
A Gaita de Foles
Uma gárgula / escultura na Abadia
de Melrose, Inglaterra
27
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
A Gaita de Foles
• As gaitas-de-fole
passam a ser cada vez
menos preservadas e,
pouco a pouco,
retornam às suas
origens: populações
pastoris, isoladas em
pontos ermos, são
preservadas em suas
tradições.
Museu Nacional do Azulejo - O Tocador da
Gaita de Foles
28
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
A Gaita de Foles
• Uma das raras exceções a
essa trajetória é a gaita das
Highlands (as Great
Highland Bagpipes), a essa
altura tratada pelo povo
britânico como um
instrumento de guerra,
utilizada nos conflitos entre
clãs, criando-se marchas e
lamentos, e mantido entre
os batalhões reais,
preservando-se e
desenvolvendo-se as suas
características e repertório.
Angus MacKay (10 de setembro de
1813 - 21 de março de 1859) foi um
tocador de gaita de foles escocês e o
primeiro Piper to the Sovereign
• Também, graças ao
Império Britânico é que
a gaita das Highlands
disseminou-se pelo
globo, sendo difundida
entre os povos outrora
colonizados e dentro os
quais até hoje se toca o
instrumento.
29
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
A Gaita de Foles
30
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
A Gaita de Foles
• As Great Highland
Bagpipes
acompanharam
inúmeros batalhões
britânicos na I Guerra
Mundial
31
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
A Gaita de Foles
• A Gaita-de-fole encontra-se
distribuída por uma imensa
quantidade de países. Na
Europa estende-se desde a
Escandinávia e Ucrânia até à
Península Ibérica, em Portugal
e em Espanha (encontram-se
modelos diferentes nas
Astúrias, Catalunha, Aragão,
Galiza, Leão e Castela e
Maiorca), passando pela
Península Balcânica,
Alemanha, Itália, França (com
vários modelos diferentes, em
várias regiões), Bulgária e
Ilhas Britânicas.
Fonte: https://www.gaitadefoles.net/
• Está também presente
no Norte de África – em
países como a Líbia,
Argélia e Tunísia – e na
Ásia, em especial na
Índia, Paquistão e
Turquia.
32
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
A Gaita de Foles
• Em Portugal podemos
encontrar pelo menos três
tipos principais de gaitas:
a Gaita-de-fole da costa oeste,
que se convencionou chamar
de "Gaita", "Gaita-de-fole" ou
no Minho, "Gaita Galega"; a
de Trás-os-Montes e Alto
Douro, chamada "Gaita-de-
fole", "Gaita Transmontana"
ou "Gaita Mirandesa" (aqui, as
denominações variam,
embora se refiram ao mesmo
instrumento) e ainda a Gaita-
de-fole da Beira Litoral, que
possui características
ligeiramente diferentes das
duas últimas.
33
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
A Gaita de Foles
• Gaitas de Foles em Portugal
34
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
A Gaita de Foles
• Embora todas estas
gaitas possam ser
chamadas pelo mesmo
nome ("Gaita-de-fole"),
são instrumentos com
diferenças claras entre
si, embora pertençam
ao mesmo ramo de
instrumentos musicais,
do ponto de vista
organológico.
Paulo Tato Marinho foi um dos fundadores dos
“Gaiteiros de Lisboa”. Em 1999 foi um dos
obreiros da “APEDGF – Associação Portuguesa
para o Estudo e Divulgação da Gaita de Foles”
35
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
A Gaita de Foles
• Minho
• A formação mais
habitual encontrada é o
grupo de Zés-Pereiras:
grupos de percussão,
de caixas e bombos em
grande número,
presença habitual das
festas populares.
36
Gaiteiros da Ponte Velha: Escola de Música Tradicional da Ponte Velha Santo Tirso
• É possível também
encontrar formações
que incluem três ou
mais gaiteiros, muitas
vezes acompanhados
de clarinete.
37
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
A Gaita de Foles
38
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
A Gaita de Foles
• Os géneros musicais
incluem Chulas,
Corridinhos, Viras e
também, por exemplo,
temas de danças de
espadas, como o Baile
dos Ferreiros de
Penafiel.
• Trás-os-Montes
• Em Trás-os-Montes
existe um tipo de gaita,
de construção
artesanal, semelhante
morfologicamente à
gaita sanabresa ou
alistana, (de Sanabria e
Aliste, comarcas
espanholas
fronteiriças).
39
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
A Gaita de Foles
Da esquerda para a direita:
Galandum Galundaina, Gaitafolia e
Lenga-lenga, exemplos de novos
grupos que procuram recuperar as
gaitas transmontanas.
Fonte: gaitadefoles.net
40
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
A Gaita de Foles
• Possui um ponteiro de
furação larga, de
digitação aberta, preso
no pescoço de um fole
de cabrito, com um
ronco, maciço, pesado,
preso na pata direita e
o soprete preso na pata
esquerda.
• A Gaita-de-fole de Trás-
os-Montes (também
chamada de "Gaita
Transmontana" ou "Gaita
Mirandesa") é
tradicionalmente de
construção artesanal e
partilha semelhanças
morfológicas com as
gaitas-de-fole de
Sanabria, Aliste ou
Zamora, comarcas
espanholas fronteiriças.
41
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
A Gaita de Foles
25 Aberto (Póvoa, Miranda do Douro), Gaita-de-fole:
Paulino Pereira João - Caixa: Paulino José Raposo - Bombo:
Domingos Alfredo Falcão. Gravação de Domingos Morais,
1985.
Carvalhesa (Moimenta de Vinhais). Gaita-de-fole: Carlos
Gonçalves - Pandeiro: Carmo Garcia - Ferranholas: Iria dos
Anjos. Gravação de Ernesto Veiga de Oliveira, 1963.
Alvorada de Rio de Onor (Rio de Onor, Bragança). Gaita-
de-fole: João Prieto Ximeno - Percussão: João Manuel
Fernandes. Gravação de Ernesto Veiga de Oliveira, 1963.
42
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
A Gaita de Foles
• As práticas musicais e os
próprios materiais de
construção dos instrumentos
estão profundamente
envolvidos no contexto agro-
pastoril desta região.
As técnicas de construção
deste instrumento eram, até
há bem pouco
tempo, artesanais, com os
artesãos (eles próprios
gaiteiros, por vezes) a tornear
as peças em tornos de pedal,
perfurando-as com brocas e
ferros fabricados para o efeito
por ferreiros, ou adaptando
para essa função material já
existente
Fonte: https://www.gaitadefoles.net/
43
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
A Gaita de Foles
• Os géneros musicais
frequentemente associados a
esta gaita são as danças como
o Baile Agarrado, Baile Picado,
Jotas, Murinheiras,
Carvalhesas, mas também os
Lhaços que acompanham as
danças dos pauliteiros, nas
aldeias do concelho de
Miranda do Douro.
Para além da música de
dança, também é frequente
que o gaiteiro seja chamado a
acompanhar funções rituais,
como as alvoradas,
passacalhos, rondas e
procissões.
Gaiteiro Mirandês: Manuel
Francisco Aires, o "Tiu Pascoal"
• Algumas gaitas da zona de
Coimbra (das aldeias em
redor), exibem formatos e
torneados peculiares e
características únicas,
marcadamente coimbrãs,
no formato dos
instrumentos e nos
intervalos entre tons;
possuem algo parecido com
uma escala quase diatónica
maior, com algumas
disparidades regionais e os
temas tocados revelam um
repertório característico da
região.
44
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
A Gaita de Foles
• Beira-Litoral
45
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
A Gaita de Foles
• É comum encontrar em
documentos
iconográficos (fotografias
e ilustrações) do princípio
do século XX, numerosas
referências a gaiteiros de
Coimbra, com exemplares
muito interessantes e
ainda hoje se podem
encontrar alguns
tocadores da região que
continuam a tocá-los com
grande vitalidade.
• Investigações recentes levadas a
cabo pela Associação Gaita de
Foles vieram revelar
instrumentos de grande
antiguidade muito bem
preservados, o que confirma
também as observações que fez
a este respeito o etnógrafo
Ernesto Veiga de Oliveira, no
livro "Instrumentos Musicais
Populares Portugueses", sobre
a presença de artesãos e
músicos locais de gaita-de-fole
em Coimbra, já na década de
60.
46
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
A Gaita de Foles
• Curiosamente, ao
contrário do que se pensa
habitualmente, a gaita
tem uma implantação e
tradição muito forte a sul
do Tejo e na
Estremadura, a norte de
Lisboa, contrariando o
estereótipo comum de
que o instrumento só
existiria exclusivamente
no norte do país.
47
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
A Gaita de Foles
• Estremadura e Península
de Setúbal
Joaquim Roque, o
último tocador de
gaita-de-fole vivo do
concelho de Torres
Vedras
48
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
A Gaita de Foles
• A formação mais
habitual encontrada na
península de Setúbal é
o grupo de gaiteiro
individual,
acompanhado de caixa
e bombo.
• Esta parece ter sido em
tempos a formação
mais usual também na
Estremadura cistagana,
contudo já na década
de sessenta, o mais
comum era encontrar o
gaiteiro tocando
sozinho, sem
acompanhamento das
percussões.
49
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
A Gaita de Foles
O gaiteiro Joaquim das Eiras, da Freiria,
Torres Vedras, c. 1960. Foto: Manuel
Mucharreira. Fonte: gaitadefoles.net
50
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
A Gaita de Foles
• Outro aspecto que
distingue a
estremadura cistagana
da transtagana, pelo
menos a partir da
segunda metade do
século vinte, é o
acompanhamento da
gaita, caixa e bombo
pelo clarinete.
Cistagana: Aquém do Tejo
Transtagana: Que fica além do rio Tejo,
Alentejano
• Os instrumentos que se
tem observado nesta
região são de fabrico
galego, não havendo
noticia da existência de
construtores
garantidamente desde
a década de sessenta
do século XX.
51
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
A Gaita de Foles
52
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
A Gaita de Foles
• Havia no entanto
torneiros que faziam
peças por cópia, a pedido
de um gaiteiro. Os foles
que ainda eram de pele
até meados do século XX
foram totalmente
substituídos pelos de
borracha, sendo que
recentemente se observa
o processo inverso.
• A formação mais
habitual encontrada é o
grupo de gaiteiro
individual,
acompanhado de caixa
e bombo (em toda a
costa ocidental e região
de Coimbra).
53
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
A Gaita de Foles
Jorge Lira, gaiteiro, investigador e
construtor de gaitas de fole
• Aula prática: prof. Artur Filipe dos Santos tocando a
gaita de fole em plena aula de Património Cultural
(foto de Avelina Almeida)
54
Bibliografia
55
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico português
O Paço das Escolas – Universidade de Coimbra
• http://www.hotpipes.com/history2.html
• https://www.gaitadefoles.net/
• https://www.fundacaogda.pt/artistas/paulo-tato-marinho/
• https://www.facebook.com/Escola-de-M%C3%BAsica-
Tradicional-da-Ponte-Velha-1684243388523673/
• https://casadaguitarra.pt/ultimos-eventos/oficina-de-gaita-
de-fole/
• http://www.akronpiper.com/bagpipes.htm
Bibliografia
• https://www.igeoe.pt/index.php?id=5
56
Cadeira de Património Mundial e Turismo Cultural
Património Mundial Natural de África

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A Gaita de Fole - Artur Filipe dos Santos - Património Cultural

  • 1. A parte da imagem com o ID de relação rId2 não foi encontrada no ficheiro. 1 Cadeira de PATRIMÓNIO MUNDIAL E TURISMO CULTURAL Artur Filipe dos Santos MARIANTES DO RIO DOURO A parte da imagem com o ID de relação rId2 não foi encontrada no ficheiro. A Gaita de Fole Património Cultural Musical Português Artur Filipe dos Santos
  • 2. • Artur Filipe dos Santos • Doutorado em Comunicação, Publicidade, Relações Públicas e Protocolo pela Faculdade de Ciências Sociais e da Comunicação da Universidade de Vigo, é atualmente professor adjunto no ISLA Instituto Politécnico de Gestão e Tecnologia, coordenador da licenciatura de Comunicação e Tecnologia Digital e do CTesP de Comunicação Digital, e docente na Universidade Lusófona do Porto. Atua como docente e investigador nas área(s de Ciências Sociais com ênfase em Ciências da Comunicação, Comunicação e Divulgação do Património. Perito em Protocolo (de Estado, Universitário, Multicultural e Empresarial) é membro da Associação Portuguesa de Estudos de Protocolo (APOREP), membro da Sociedad de Estudios Institucionales, UNED, Espanha, investigador e membro da Direção do Observatório Iberoamericano de Investigação e Desenvolvimento em Comunicação (OIDECOM- Iberoamérica), Espanha, membro do Centro de Investigação em Comunicação (ICOM-X1) da Universidade de Vigo, Espanha, membro da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação (SOPCOM). É ainda divulgador dos Caminhos Portugueses a Santiago de Compostela. É membro do ICOMOS (INTERNATIONAL COUNCIL OF MONUMENTS AND SITES), organismo pertencente à UNESCO, responsável pela avaliação das candidaturas dos bens culturais universais a Património Mundial Como jornalista fez parte da TV Galiza, jornal A Bola, Rádio Sim (grupo Renascença), O Primeiro de Janeiro, Matosinhos Hoje, Jornal da Maia. 2 Artur Filipe dos Santos – artursantos.com.pt@gmail.com •https://omeucaminhodesantiago.wordpress.com/ (Blogue) •https://politicsandflags.wordpress.com/about/ (Blogue) •https://arturfilipesantos.wixsite.com/arturfilipesantos (Académico) •https://comunicacionpatrimoniomundial.blogia.com/ (Académico) •Email: artursantos.com.pt@gmail.com
  • 3. • São muitos os instrumentos musicais tradicionais que a história e a cultura portuguesa conservam. 3 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles
  • 4. 4 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles • Mas poucos são os instrumentos que conseguem retratar a marca cultural dos povos como a gaita de fole.
  • 5. • Associada muitas vezes às Terras Altas da Escócia, encontramos gaitas de foles um pouco por toda a Europa mas também, no Médio Oriente e nas Américas. 5 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles
  • 6. 6 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles • Em Portugal a história da gaita de fole está intimamente ligada à nossa relação com a Galiza, com as Astúrias e com Leão e Castela.
  • 7. • Caracterização da Gaita de Fole • A gaita-de-fole é um instrumento da família dos aerofones, composto de pelo menos um tubo melódico chamado ponteiro ou cantadeira pelo qual se digita a música) e dum insuflador mediado por uma válvula (chamado soprete ou assoprete), ambos ligados a um reservatório de ar (chamado fole ou bolsa). 7 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles
  • 8. 8
  • 9. 9 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles • Na maioria dos casos há pelo menos mais um tubo melódico, pelo qual se emite uma nota pedal constante em harmonia com o tubo melódico (chamado bordão ou roncão).
  • 10. • Na Escócia, as Great Highland bagpipes têm mais do que um bordão (os drones, enquanto que na Galiza e nas Astúrias, por exemplo, têm um ou mais drone pequenos chamadas ronquillas que se destacam da bolsa e toca uma oitava acima do ronco. 10 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles
  • 11. 11 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles • Mas o que faz o som vibrante da gaita são a palheta (que se encontra no topo do ponteiro e o palhão (que se encontra no bordão).
  • 12. 12
  • 13. 13
  • 14. • Outra peculiaridade das gaitas-de-fole é o facto de integrarem o restrito grupo de instrumentos de ar que tocam contínua e mecanicamente, sem necessidade de pausa para o músico respirar. 14 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles Pablo Carpintero, gaiteiro e construtor, é um dos maiores investigadores da gaita galega.
  • 15. • Não há certeza sobre a origem do termo gaita. De acordo com Joan Corominas, viria do gótico gaits (goat, cabra), mas muitos outros filólogos discordam dessa teoria, inclusive defendendo a hipótese de ser uma palavra de origem árabe, já que em árabe “ ‫أ‬ ‫ﻟ‬ ‫ﻐ‬ ‫ﯾ‬ ْ ‫ط‬ ‫ﮫ‬ ” ) al-ghaytah) significa “palheta”. 15 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles • História da Gaita de Fole
  • 16. 16 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles • Já fole viria do latim follis (bolsa, almofada de vento). Em última análise, podemos “traduzir” o termo «gaita-de- foles» como bolsa de cabra, referência direta ao fole do instrumento. Gaiteiro medieval no mosteiro cisterciense de Santes Creus, catalunha
  • 17. • Em muitas regiões distintas, o instrumento foi batizado simplesmente com o termo que designa o animal do qual se extrai o couro para sua bolsa: ghaida, gaida, gajdy, cabra etc. • Em português, registram-se oficialmente outros termos que definem gaita, todos galicismos a referir, originalmente, modelos franceses de gaita-de-fole: • cornamusa; • museta • musette. 17 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles
  • 18. 18 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles • Também, é curioso notar que a palavra gaiteiro no idioma português significa, diretamente, pessoa festeira, o que denuncia a associação do instrumentista aos eventos populares. Termo esse que distingue o instrumentista de gaita- de-foles daquele que toca harmônica, chamado gaitista. Anjo tocando gaita de foles na Thistle Chapel, Catedral de Saint Giles, Edimburgo
  • 19. • As palavras folegar e fôlego compartilham da mesma raiz da palavra fole. 19 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles Representação de um gaiteiro numa escultura do Séc. XVI (Igreja Matriz de Estômbar, Lagoa, Algarve).
  • 20. 20 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles • É extremamente polémica a discussão sobre as origens do instrumento, pautada por diferentes teorias. Contudo, é aceite por muitos que terá surgido na bacia do Mediterrâneo ou no Próximo Oriente, onde havia matéria- prima suficiente e onde o instrumento proliferou em múltiplas versões. Anjo tocando gaita de Foles, capela da Música, Catedral de Pamplona
  • 21. 21 Escultura do palácio assírio, cerca de 800 a.C
  • 22. • Em especial, questiona- se muito hoje se a civilização egípcia realmente cultivou o instrumento de forma relevante, visto não haverem quaisquer registros, contrariando o hábito de observarem aspectos quotidianos do seu povo. 22 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles
  • 23. 23 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles • As dúvidas prendem-se ainda com a difusão deste instrumento. Alguns creem que o Império Romano a tenha disseminado pela Europa, visto os registros escritos do historiador romano Gaio Suetônio Tranqüilo e do filósofo grego Dião Crisóstomo (ambos do século I a II) sobre um aerofone semelhante a uma gaita-de-foles, utilizada por soldados durante marchas e momentos de lazer, chamada aulo (ou tíbia).
  • 24. • Os primeiros registros sólidos de diferentes modelos do instrumento datam a partir de meados da Idade Média, por meio de esculturas, pinturas, gravuras e textos. As suas propriedades sonoras agradaram desde sempre ass populações mais modestas, pastoris, entre as quais o instrumento gozou de maior admiração. 24 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles
  • 25. 25 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles • A partir da Renascença e principalmente a partir do período Barroco é que se desenvolveram modelos de gaita-de-foles mais “sofisticados”, com fole mecânico e inúmeras chaves e reguladores, capazes de soarem mais de uma oitava numa escala cromática – são as musetas, que apesar do nome, proliferam inicialmente não só na França como na Alemanha também, dois importantes centros de novas ideias para a música, com o desenvolvimento exponencial da lutheria. Esses modelos chegaram posteriormente à Inglaterra e finalmente à Irlanda, sendo adaptados à estética local.
  • 26. • Infelizmente, foi justamente nesse período que as gaitas-de-foles começaram a sofrer seu declínio, especialmente as de ar quente. A estética musical começava a se transformar, novos instrumentos como os metais passam a competir com as gaitas e as possibilidades sonoras de apelam ao gosto das pessoas. 26 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles Uma gárgula / escultura na Abadia de Melrose, Inglaterra
  • 27. 27 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles • As gaitas-de-fole passam a ser cada vez menos preservadas e, pouco a pouco, retornam às suas origens: populações pastoris, isoladas em pontos ermos, são preservadas em suas tradições. Museu Nacional do Azulejo - O Tocador da Gaita de Foles
  • 28. 28 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles • Uma das raras exceções a essa trajetória é a gaita das Highlands (as Great Highland Bagpipes), a essa altura tratada pelo povo britânico como um instrumento de guerra, utilizada nos conflitos entre clãs, criando-se marchas e lamentos, e mantido entre os batalhões reais, preservando-se e desenvolvendo-se as suas características e repertório. Angus MacKay (10 de setembro de 1813 - 21 de março de 1859) foi um tocador de gaita de foles escocês e o primeiro Piper to the Sovereign
  • 29. • Também, graças ao Império Britânico é que a gaita das Highlands disseminou-se pelo globo, sendo difundida entre os povos outrora colonizados e dentro os quais até hoje se toca o instrumento. 29 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles
  • 30. 30 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles • As Great Highland Bagpipes acompanharam inúmeros batalhões britânicos na I Guerra Mundial
  • 31. 31 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles • A Gaita-de-fole encontra-se distribuída por uma imensa quantidade de países. Na Europa estende-se desde a Escandinávia e Ucrânia até à Península Ibérica, em Portugal e em Espanha (encontram-se modelos diferentes nas Astúrias, Catalunha, Aragão, Galiza, Leão e Castela e Maiorca), passando pela Península Balcânica, Alemanha, Itália, França (com vários modelos diferentes, em várias regiões), Bulgária e Ilhas Britânicas. Fonte: https://www.gaitadefoles.net/
  • 32. • Está também presente no Norte de África – em países como a Líbia, Argélia e Tunísia – e na Ásia, em especial na Índia, Paquistão e Turquia. 32 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles
  • 33. • Em Portugal podemos encontrar pelo menos três tipos principais de gaitas: a Gaita-de-fole da costa oeste, que se convencionou chamar de "Gaita", "Gaita-de-fole" ou no Minho, "Gaita Galega"; a de Trás-os-Montes e Alto Douro, chamada "Gaita-de- fole", "Gaita Transmontana" ou "Gaita Mirandesa" (aqui, as denominações variam, embora se refiram ao mesmo instrumento) e ainda a Gaita- de-fole da Beira Litoral, que possui características ligeiramente diferentes das duas últimas. 33 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles • Gaitas de Foles em Portugal
  • 34. 34 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles • Embora todas estas gaitas possam ser chamadas pelo mesmo nome ("Gaita-de-fole"), são instrumentos com diferenças claras entre si, embora pertençam ao mesmo ramo de instrumentos musicais, do ponto de vista organológico. Paulo Tato Marinho foi um dos fundadores dos “Gaiteiros de Lisboa”. Em 1999 foi um dos obreiros da “APEDGF – Associação Portuguesa para o Estudo e Divulgação da Gaita de Foles”
  • 35. 35 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles • Minho • A formação mais habitual encontrada é o grupo de Zés-Pereiras: grupos de percussão, de caixas e bombos em grande número, presença habitual das festas populares.
  • 36. 36 Gaiteiros da Ponte Velha: Escola de Música Tradicional da Ponte Velha Santo Tirso
  • 37. • É possível também encontrar formações que incluem três ou mais gaiteiros, muitas vezes acompanhados de clarinete. 37 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles
  • 38. 38 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles • Os géneros musicais incluem Chulas, Corridinhos, Viras e também, por exemplo, temas de danças de espadas, como o Baile dos Ferreiros de Penafiel.
  • 39. • Trás-os-Montes • Em Trás-os-Montes existe um tipo de gaita, de construção artesanal, semelhante morfologicamente à gaita sanabresa ou alistana, (de Sanabria e Aliste, comarcas espanholas fronteiriças). 39 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles Da esquerda para a direita: Galandum Galundaina, Gaitafolia e Lenga-lenga, exemplos de novos grupos que procuram recuperar as gaitas transmontanas. Fonte: gaitadefoles.net
  • 40. 40 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles • Possui um ponteiro de furação larga, de digitação aberta, preso no pescoço de um fole de cabrito, com um ronco, maciço, pesado, preso na pata direita e o soprete preso na pata esquerda.
  • 41. • A Gaita-de-fole de Trás- os-Montes (também chamada de "Gaita Transmontana" ou "Gaita Mirandesa") é tradicionalmente de construção artesanal e partilha semelhanças morfológicas com as gaitas-de-fole de Sanabria, Aliste ou Zamora, comarcas espanholas fronteiriças. 41 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles
  • 42. 25 Aberto (Póvoa, Miranda do Douro), Gaita-de-fole: Paulino Pereira João - Caixa: Paulino José Raposo - Bombo: Domingos Alfredo Falcão. Gravação de Domingos Morais, 1985. Carvalhesa (Moimenta de Vinhais). Gaita-de-fole: Carlos Gonçalves - Pandeiro: Carmo Garcia - Ferranholas: Iria dos Anjos. Gravação de Ernesto Veiga de Oliveira, 1963. Alvorada de Rio de Onor (Rio de Onor, Bragança). Gaita- de-fole: João Prieto Ximeno - Percussão: João Manuel Fernandes. Gravação de Ernesto Veiga de Oliveira, 1963. 42 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles • As práticas musicais e os próprios materiais de construção dos instrumentos estão profundamente envolvidos no contexto agro- pastoril desta região. As técnicas de construção deste instrumento eram, até há bem pouco tempo, artesanais, com os artesãos (eles próprios gaiteiros, por vezes) a tornear as peças em tornos de pedal, perfurando-as com brocas e ferros fabricados para o efeito por ferreiros, ou adaptando para essa função material já existente Fonte: https://www.gaitadefoles.net/
  • 43. 43 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles • Os géneros musicais frequentemente associados a esta gaita são as danças como o Baile Agarrado, Baile Picado, Jotas, Murinheiras, Carvalhesas, mas também os Lhaços que acompanham as danças dos pauliteiros, nas aldeias do concelho de Miranda do Douro. Para além da música de dança, também é frequente que o gaiteiro seja chamado a acompanhar funções rituais, como as alvoradas, passacalhos, rondas e procissões. Gaiteiro Mirandês: Manuel Francisco Aires, o "Tiu Pascoal"
  • 44. • Algumas gaitas da zona de Coimbra (das aldeias em redor), exibem formatos e torneados peculiares e características únicas, marcadamente coimbrãs, no formato dos instrumentos e nos intervalos entre tons; possuem algo parecido com uma escala quase diatónica maior, com algumas disparidades regionais e os temas tocados revelam um repertório característico da região. 44 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles • Beira-Litoral
  • 45. 45 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles • É comum encontrar em documentos iconográficos (fotografias e ilustrações) do princípio do século XX, numerosas referências a gaiteiros de Coimbra, com exemplares muito interessantes e ainda hoje se podem encontrar alguns tocadores da região que continuam a tocá-los com grande vitalidade.
  • 46. • Investigações recentes levadas a cabo pela Associação Gaita de Foles vieram revelar instrumentos de grande antiguidade muito bem preservados, o que confirma também as observações que fez a este respeito o etnógrafo Ernesto Veiga de Oliveira, no livro "Instrumentos Musicais Populares Portugueses", sobre a presença de artesãos e músicos locais de gaita-de-fole em Coimbra, já na década de 60. 46 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles
  • 47. • Curiosamente, ao contrário do que se pensa habitualmente, a gaita tem uma implantação e tradição muito forte a sul do Tejo e na Estremadura, a norte de Lisboa, contrariando o estereótipo comum de que o instrumento só existiria exclusivamente no norte do país. 47 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles • Estremadura e Península de Setúbal Joaquim Roque, o último tocador de gaita-de-fole vivo do concelho de Torres Vedras
  • 48. 48 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles • A formação mais habitual encontrada na península de Setúbal é o grupo de gaiteiro individual, acompanhado de caixa e bombo.
  • 49. • Esta parece ter sido em tempos a formação mais usual também na Estremadura cistagana, contudo já na década de sessenta, o mais comum era encontrar o gaiteiro tocando sozinho, sem acompanhamento das percussões. 49 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles O gaiteiro Joaquim das Eiras, da Freiria, Torres Vedras, c. 1960. Foto: Manuel Mucharreira. Fonte: gaitadefoles.net
  • 50. 50 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles • Outro aspecto que distingue a estremadura cistagana da transtagana, pelo menos a partir da segunda metade do século vinte, é o acompanhamento da gaita, caixa e bombo pelo clarinete. Cistagana: Aquém do Tejo Transtagana: Que fica além do rio Tejo, Alentejano
  • 51. • Os instrumentos que se tem observado nesta região são de fabrico galego, não havendo noticia da existência de construtores garantidamente desde a década de sessenta do século XX. 51 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles
  • 52. 52 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles • Havia no entanto torneiros que faziam peças por cópia, a pedido de um gaiteiro. Os foles que ainda eram de pele até meados do século XX foram totalmente substituídos pelos de borracha, sendo que recentemente se observa o processo inverso.
  • 53. • A formação mais habitual encontrada é o grupo de gaiteiro individual, acompanhado de caixa e bombo (em toda a costa ocidental e região de Coimbra). 53 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português A Gaita de Foles Jorge Lira, gaiteiro, investigador e construtor de gaitas de fole
  • 54. • Aula prática: prof. Artur Filipe dos Santos tocando a gaita de fole em plena aula de Património Cultural (foto de Avelina Almeida) 54
  • 55. Bibliografia 55 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico português O Paço das Escolas – Universidade de Coimbra • http://www.hotpipes.com/history2.html • https://www.gaitadefoles.net/ • https://www.fundacaogda.pt/artistas/paulo-tato-marinho/ • https://www.facebook.com/Escola-de-M%C3%BAsica- Tradicional-da-Ponte-Velha-1684243388523673/ • https://casadaguitarra.pt/ultimos-eventos/oficina-de-gaita- de-fole/ • http://www.akronpiper.com/bagpipes.htm
  • 56. Bibliografia • https://www.igeoe.pt/index.php?id=5 56 Cadeira de Património Mundial e Turismo Cultural Património Mundial Natural de África