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Cadeira de
PATRIMÓNIO MUNDIAL E TURISMO CULTURAL
Artur Filipe dos Santos
1
Dos Pauliteiros de
Miranda à Dança dos
Ferreiros de Penafiel
O património cultural das
Danças Guerreiras Portuguesas
Artur Filipe dos Santos
https://bit.ly/3IhOVnI (página pessoal)
• Artur Filipe dos Santos
• Doutorado em Comunicação, Publicidade, Relações Públicas e Protocolo pela Faculdade de
Ciências Sociais e da Comunicação da Universidade de Vigo, é atualmente professor adjunto
no ISLA Instituto Politécnico de Gestão e Tecnologia, coordenador da licenciatura de
Comunicação e Tecnologia Digital e do CTesP de Comunicação Digital, e docente na
Universidade Lusófona do Porto. Atua como docente e investigador nas área(s de Ciências
Sociais com ênfase em Ciências da Comunicação, Comunicação e Divulgação do Património.
Perito em Protocolo (de Estado, Universitário, Multicultural e Empresarial) é membro da
Associação Portuguesa de Estudos de Protocolo (APOREP), membro da Sociedad de Estudios
Institucionales, UNED, Espanha, investigador e membro da Direção do Observatório
Iberoamericano de Investigação e Desenvolvimento em Comunicação (OIDECOM-
Iberoamérica), Espanha, membro do Centro de Investigação em Comunicação (ICOM-X1) da
Universidade de Vigo, Espanha, membro da Associação Portuguesa de Ciências da
Comunicação (SOPCOM). É ainda divulgador dos Caminhos Portugueses a Santiago de
Compostela. É membro do ICOMOS (INTERNATIONAL COUNCIL OF MONUMENTS AND SITES),
organismo pertencente à UNESCO, responsável pela avaliação das candidaturas dos bens
culturais universais a Património Mundial Como jornalista fez parte da TV Galiza, jornal A Bola,
Rádio Sim (grupo Renascença), O Primeiro de Janeiro, Matosinhos Hoje, Jornal da Maia.
2
Artur Filipe dos Santos – artursantos.com.pt@gmail.com
•https://omeucaminhodesantiago.wordpress.com/ (Blogue)
•https://politicsandflags.wordpress.com/about/ (Blogue)
•https://arturfilipesantos.wixsite.com/arturfilipesantos (Académico)
•https://comunicacionpatrimoniomundial.blogia.com/ (Académico)
•Email: artursantos.com.pt@gmail.com
3
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• As danças guerreiras
portuguesas são uma
das mais antigas
manifestações da
cultura ancestral do
nosso país.
4
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Desde a Idade do Ferro
até aos nossos dias,
foram muitos os povos
que passaram pelo
nosso território e
fizeram das danças
guerreiras parte da sua
cultura, num misto de
crenças, superstições e
necessidade de defesa.
5
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• As mais conhecidas,
como a dos Pauliteiros de
Miranda, o Jogo do Pau
de Cabeceiras de Basto
ou o Baile dos Ferreiros,
das Festas do Corpo de
Deus em Penafiel,
conservam ainda muito
da sua autenticidade,
plasmada nos
movimentos e nos trajes.
6
7
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• As danças tradicionais
populares entraram nos
hábitos do povo devido
aos mais variados
contactos e influências,
enraizando-se pela via
das aculturações,
recebendo dele o cunho
do meio ambiente da sua
personalidade em
conformidade com o local
onde estava inserido.
Jogo do Pau, Cabeceiras de Basto
8
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Normalmente, quando
falamos de danças
populares, lembramo-nos
das que eram usadas nas
romarias, a caminho e no
regresso das mesmas, nos
terrenos aos domingos de
tarde, nas noites de
– escapadelas,
– esfolhadas ou estonadas,
– espadeladas,
– esfarrapadas,
– malhadas
9
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• E outras manifestações de
divisão ou de trabalho
rural, relegando-se para o
esquecimento sectores
sociais mais recuados ou
mais recentes que fizeram
época, tendo os primeiros
fornecidos bases muito
valiosas de que se serviam
as gentes das aldeias para a
sua encantadora, mas
simples e involuntária
criatividade, que
designamos por
aculturações.
10
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• As pessoas dos nossos
meios rurais
sustentavam,
transformavam,
divulgavam e projetavam
os usos e costumes dos
seus antepassados, no
sector das danças e dos
cantares, sem saberem
que o faziam. Eram as
suas principais diversões
e ocupavam uma larga
parcela da sua maneira
de estar, de ser e de viver.
11
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• E quanto mais isolados
fossem os meios, mais
necessidade havia
desse tipo de
exteriorização e mais
continuidade tinham os
hábitos tradicionais
ligados de geração em
geração vindos muitas
vezes do mundo
incógnito da
ancestralidade.
12
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Quando falamos em
danças tradicionais
populares, associamos
o seu uso a um extrato
social menos
favorecido, o que é
discutível e até um
tanto polémico.
13
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Há danças tradicionais
que se popularizam,
sendo utilizadas por
diferentes escalões
sociais. Neste contexto,
podendo cada uma
delas ser tratada
especificamente, temos
danças religiosas,
guerreiras, de sedução,
de simples diversão e
de trabalho.
14
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• As Danças Guerreiras
• São muitas as teses à
volta deste género de
dança tradicional.
15
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Há autores como Pirro,
estratega militar da
Macedónia, que viveu
no séc. III A.c, que
alude a estas danças à
tradição guerreira dos
povos do centro da
Europa, com destaque
para os Celtas.
16
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• A celticidade desta
tradição é defendida
pelo historiador e
geógrafo grego,
Estrabão, no séc. I A.C
17
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Outros advogam que
estas danças surgem na
Idade Média, a partir
do séc. XIII, em
contexto religioso,
designadamente para
abrilhantarem as
procissões do Corpo de
Deus, em junho.
Baile dos Pedreiros, Penafiel
18
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Assim acontece com as
danças dos Pauliteiros,
do Jogo do Pau ou
mesmo da Dança dos
Ferreiros.
19
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• As primeiras, defendem
os etnólogos, poderão ter
surgido no centro da
Europa, mais
precisamente na
Transilvânia, na segunda
Idade do Ferro, na altura
como uma dança de
espadas. Depois
espalhou-se pela Europa
Central, Alemanha,
Escandinávia e Ilhas
Britânicas, até chegar à
Península Ibérica.
Dança de espadas, Redondela, Galiza, Espanha
20
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Plínio, historiador
romano do século I, já
falava deste tipo de
danças. No século III o
geógrafo latino Estrabão
refere que os celtiberos
instalados junto ao Rio
Douro se preparavam
para os combates com
danças guerreiras, onde
substituíam as espadas
por paus.
21
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Posteriormente, e ainda
na Península Ibérica,
romanos, suevos e
visigodos conservaram
estas danças nas suas
festas agrárias de
fertilidade.
Dança de Espadas, Escócia
22
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Já no século X, a Igreja
Católica adotou as
danças para as festas
dos santos
correspondentes às
épocas do solstício e
das colheitas.
Traunstein Sword Dance (Alemanha, Baviera)
23
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Por exemplo, os
Pauliteiros de Miranda
percorriam as
povoações na época
das festas religiosas
para recolher esmolas,
participando nas
procissões para, no
final, fazerem uma
exibição.
24
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Outros estudiosos,
como o Abade de Baçal
(Francisco Manuel
Alves) defendem que a
origem, desta feita, da
dança dos Pauliteiros
de Miranda está nas
danças pírricas, ou seja,
militares, dos gregos,
com a difusão a ser
feita pelos romanos.
25
26
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Pirro (318 a.C. — 272
a.C.) (em grego – Πυρρος
— "cor de fogo", "ruivo"
— em latim, Pyrrhus) foi
rei do Epiro e da
Macedónia, tendo ficado
famoso por ter sido um
dos principais opositores
a Roma. Era filho de
Eácida do Epiro, e pai de
Alexandre II do Epiro.
É a Pirro que se atribui a expressão
“Vitória de Pirro”
27
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Pirro era mais conhecido entre as danças militares,
fazia parte da educação militar básica tanto em Atenas
quanto em Esparta. Acredita-se que o nome "pyrriha"
(Pyrrihic) venha da palavra "pyra", que significa fogo,
em torno do qual Aquiles supostamente dançou no
funeral de Pátroclo.
28
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Os trajes dos pauliteiros
parecem ter também
inspiração militar e,
segundo alguns
estudiosos, poderão ser
sucessores do trajo
militar greco-romano.
29
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
Pauliteiros de Miranda
• Os Pauliteiros de Miranda
é um grupo de oito
dançadores (quatro guias
e quatro piões), três
tocadores músicos e um
dançador suplente que
executa uma dança
folclórica das terras de
Miranda, em Portugal,
que simula uma luta com
paus.
30
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Os dançadores atuam
guiados por gaita de
foles, que é
acompanhada por caixa
de guerra e bombo ou
por flauta pastoril, que
é monotubular com
três buracos e que é
tocada com três dedos.
31
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Há cerca de
cinquenta
conjuntos de
danças e bailados
diferentes.
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Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Na Terra de Miranda e
em todo o Planalto
Mirandês ainda hoje se
celebram com bastante
pureza no seu ritualismo
original, as festas
solsticiais de Inverno. São
rituais de profundo
significado mitológico,
ritos de iniciação, “mitos
do eterno retorno” cuja
origem teremos que
procurar muito longe no
tempo.
33
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Quem são os pauliteiros?
• Ao contrário do que poderá
parecer, os Pauliteiros de
Miranda não são um grupo
originário da cidade de
Miranda, mas vários grupos
de aldeias circundantes,
pertencentes ao concelho
de Miranda Do Douro
(apesar de atualmente, já
existir um Grupo de
Pauliteiros na Cidade de
Miranda do Douro).
Pauliteiros de Sanhoane
34
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Os mais conhecidos
sãos de Miranda,
Palaçoulo e Urrós,
contudo há 10 grupos
de Pauliteiros de
Miranda “oficiais”
citados no folheto
“Grupos Culturais,
Concelho de Miranda
do Douro” da Câmara
Municipal de Miranda
do Douro de 2003:
35
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Pauliteiros de
Palaçoulo, Sendim,
Duas Igrejas,
Malhadas, Fonte de
Aldeia, Cércio, São
Martinho de
Angueira, Granja,
Picote e os
Pauliteiros da
Associação dos
Professores do
Planalto Mirandês.
36
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Assim, tradicionalmente, os
Pauliteiros: São um grupo
constituído exclusivamente
de 8 rapazes e três músicos
(gaita de foles, caixa e
bombo). Executam o
peditório da forma antiga,
começando às 6.00 da
manhã, após a alvorada dos
gaiteiros dançando alguns
lhaços em frente às igrejas
e capelas, rezam em frente
às casas que estão de luto,
etc.
https://www.youtube.com/watch?v=czo2bkDKOhk
37
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Ver dançar os
Pauliteiros é sempre
um espetáculo a não
perder, quer seja em
frente à Igreja depois
da missa da festa
religiosa local, quer seja
fora. Assim os
principais elementos
deste espetáculo são:
https://www.youtube.com/watch?v=gz_AnwgAE-M
38
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Exibição do repertório
segundo um crescimento
do espetáculo
começando com o
“lhaço” 25 (lhaço para
partir os paus), a Bicha
(em que se utilizam
exclusivamente as
castanholas) e o Salto do
Castelo (na qual um
pauliteiro salta por cima
de uma torre humana).
Lhaço é o nome dado em língua
mirandesa para designar cada uma das
melodias, texto e coreografia que fazem
parte da dança dos pauliteiros. Ao
bailarino atribui-se o nome de dançador
e não de pauliteiro.
39
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Música
• Os instrumentos
musicais tiveram e têm
ainda um lugar muito
importante na tradição
da Terra de Miranda,
como focos irradiadores
de animação e fonte de
prazer para quem os
escuta e executa.
As letras dos Lhaços são na sua grande maioria
em mirandês, havendo algumas em castelhano e
em português. Um Lhaço divide-se em quatro
partes:
https://www.youtube.com/watch?v=OK-
Es0RXBnk&feature=youtu.be
40
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Os instrumentos que
mais rapidamente
identificam a tradição
musical mirandesa são
a gaita de foles, caixa e
bombo pelo
acompanhamento que
fazem à dança dos
pauliteiros, no entanto
não se esgotam aqui os
instrumentos musicais
mirandeses.
1. Entrada: o gaiteiro toca a melodia da
introdução a solo, servindo para afinar a gaita
e preparar o início da dança, é igual em todos
os Lhaços. 2. Anunciar o Lhaço: ainda a solo, o
gaiteiro toca alguns compassos da melodia do
Lhaço que se vai executar, para que os
dançadores a identifiquem. 3. Lhaço: cada
lhaço tem a sua melodia, baseado no texto ou
numa linha melódica que lhe é particular. Cada
Lhaço é repetido quatro vezes. 4. Bicha: trata-
se da dança que serve para terminar o Lhaço.
https://www.youtube.com/watch?v=bjSnFYX
Pjhs&feature=youtu.be
41
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• A flauta pastoril que faz
conjunto com o tamboril,
está hoje um pouco
afastada do
acompanhamento aos
pauliteiros, usa-se mais no
acompanhamento vocal e
às danças mistas. O seu
aspeto simples com três
orifícios esconde a
complexidade de
interpretação desse
instrumento em que o
músico faz a melodia com
uma mão e toca no
tamboril com a outra.
42
43
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Para o acompanhamento
vocal eram muitas vezes
usados os pandeiros,
pandeiretas, conchas de
Santiago, triângulos,
castanholas e pequenos
objetos que as pessoas
usavam no dia-a-dia, como
garrafas, testos de panelas,
tachos...
44
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• A “Dança dos Paulitos”
• Constitui, sem dúvida, uma
das mais castiças
expressões do nosso
folclore, a “dança dos
paulitos“, que, nos
recatados confins de Terras
de Miranda do Douro, é
ainda executada pelos
naturais no festival a Nossa
Senhora do Naso
(conhecida como a “Rainha
dos Mirandeses”, celebrada
a 8 de setembro)
45
46
47
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Lenda do Naso
• A Capela Santuário de
Nossa Senhora do Nazo
é um polo de atração
principalmente em dia
de romaria.
48
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Embora à volta desta
capela se tenham,
recentemente
construído algumas
outras capelas, reza a
lenda que ela foi
edificada por um casal
mirandês.
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Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Estando o homem
pastoreando o seu
rebanho, apareceu-lhe
uma Senhora que pediu
para lhe construir
naquele local uma capela,
indicando-lhe, nessa
mesma noite, na Serra do
Naso, por meio de uma
procissão com luzes, o
local exato onde a capela
deveria ser erigida.
50
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• O homem recusou-se,
temendo a mulher, mas
Nossa Senhora insistiu
no pedido. Muito a
medo, o homem fez
saber à mulher do
desejo da Senhora.
51
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Mas a mirandesa não
esteve pelos ajustes e
começou a refilar:
nesse momento ficou
tolheita, diz-se que por
castigo de Nossa
Senhora.
52
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Quando se viu aleijada,
a mulher prometeu que
faria a capela e, no
mesmo momento,
voltou ao seu estado
normal, pelo que
imediatamente se
iniciaram as obras.
53
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Consta ainda que, ao
serem colocadas as
pedras no carro, os bois
o “tangiam” sozinhos,
sem mostrarem o
esforço pelo peso da
carrada e sem
precisarem de boieiro,
regressando a casa dos
donos para novo
carregamento de pedra.
54
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Assim se construiu a
capela desejada por
Nossa Senhora, cuja
administração é feita,
ainda hoje, por alguém
contratado pelos
descendentes daquela
família.
55
Vir ao Naso é renascer. Cada um de
nós é um santuário aberto, onde Nossa
Senhora quer repousar. E como é
bonito ver este mar de gente vir ao
Naso visitar Nossa Senhora”.
56
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• A dança do paulitos
dança é uma expressão
quase imemorial, que
no séc. XV se exibia nas
festas do Corpus
Christi.
57
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Os atores do bailado –
em número de 16, na
dança completa, ou de 8,
na meia dança –
manejam com agilidade
uns pequenos bastões
com cerca de 35
centímetros, “palotes” ou
“paulito“, com os quais
marcam o compasso,
batendo com eles
reciprocamente.
58
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Os dançantes, “peões” e
“guias” em mangas de
camisa, tendo nas costas,
ao pendurão, lenços
floridos de seda, dançam
numa exaltação febril,
saltitando, volteando,
cruzando-se e
contorcionando-se com
simplória graça, num
estilo que perturba e
entontece, ao mesmo
tempo que os bastões se
entrechocam
ritmicamente.
59
Danças guerreiras portuguesas
• Os Trajes
• Constam de um largo
chapéu braguês, preto,
engalanado de
lantejoulas, penas de
pavão e flores, tendo
pendentes da aba duas
longas fitas.
60
61
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Colete guarnecido
caprichosamente e no
qual se distingue um
losango de tecido
branco, na parte
posterior que se ajusta
às costas.
62
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Estes coletes são de
grosseiro burel escuro,
a que chamam “pardo“,
espreitando no bolso
dos mesmos, lenços
brancos, matizados a
cores berrantes;
63
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Saias brancas, rodadas,
de grandes folhos,
tendo na barra
guarnições bordadas,
garrido saiote de baeta
(tecido espesso, de lã
pesada e grossa)
vermelha.
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65
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Meias de lã branca,
ensilveiradas a preto e
sapatos de baqueta
branca, ornamentados
a cores.
66
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Estilos e variantes da
dança
• Tão característica dança,
presa a uma sólida
tradição, é por vezes
acompanhada por
canções populares, num
cerrado dialecto quási
incompreensível, misto
de português e de
castelhano.
67
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Tem diversos estilos e
variantes – “laços” –
contando-se entre os
principais: a lebre, o
mirondum, a erva as
pombas, os ofícios, a a
carmelita, D. Rodrigo, o
perdigão, o vinte e
cinco, o ato de
contrição, o cavalheiro,
a pimenta, o touro, o
canário e o maridito.
68
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Teve a prioridade nestas investigações o erudito
folclorista José Leite de Vasconcelos que, nos
Estudos de Filologia Mirandesa, abordou o tema de
forma profunda.
69
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Baile dos Ferreiros
• Em Penafiel, nos festivais
do Corpo de Deus,
exibem-se algumas
danças originais tais
como a dos ferreiros,
sapateiros, pedreiros e
outras em que há
animação e ingenuidade.
70
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Origem das festas do
Corpus Christi
• A celebração de Corpus
Christi é uma
celebração solene da
Igreja Católica, que
celebra a presença
permanente de Jesus
Cristo no sacramento
da Eucaristia.
71
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• A Festa de Corpus
Christi surgiu em Liége,
Bélgica, no seculo XII:
um Movimento
Eucarístico na Abadia
de Cornillon fundada
em 1124 pelo Bispo
Albero de Liege.
72
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Desde o ano 1264, a
Igreja Católica tem
celebrado a Solenidade
do Corpo e Sangue de
Cristo, com uma solene
procissão.
73
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• A comemoração de
Corpus Christi acontece
sessenta dias após o
domingo de Páscoa
(ressurreição de Jesus
Cristo) ou na quinta-
feira seguinte ao
domingo da Santíssima
Trindade (um só Deus
na forma do Pai, Filho e
Espírito Santo).
74
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• A festa secular do
Corpo de Deus, em
Penafiel, é detentora de
um vasto e riquíssimo
património histórico e
natural. Estas
comemorações reúnem
o sagrado e o profano,
desde 1540.
75
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Em Penafiel sabe-se que a
celebração do Corpo de
Deus deverá ser bastante
anterior ao séc. XVII e à
elevação do lugar de
Arrifana de Sousa à
categoria de Vila, dizendo-
se já em 1657, data do mais
antigo Tombo das Festas do
Corpo de Deus que se
fazem por “el-Rey nosso
senhor neste lugar de
Rifana de Souza, que aqui
se realizavam estas festas
por immemorial costum”.
76
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• A persistência de elementos arcaicos que compõem a
parte profana da procissão do Corpo de Deus em
Penafiel, como a Bicha Serpe, o Estado de S. Jorge, o
boi bento, o carro triunfal, a Figura da Cidade ou os
Bailes, dão na atualidade uma dimensão única e
profundamente identitária ao Corpus Christi
penafidelense, reforçada pelas animações que
ocorrem na véspera, o Carneirinho e a Cavalhada.
77
78
Estado de S. Jorge
79
80
Boi Bento
81
Carro Triunfal e a Figura da Cidade
• O Carro Triunfal (ou Carro dos
Anjos) é um elemento único
da procissão do Corpo de
Deus de Penafiel, que está
presente desde, pelo menos,
o séc. XIX. Encimado pela
Figura da Cidade, o delegado
do povo que personifica a
urbe, transporta um conjunto
de crianças que pretendem
simbolizar figuras de anjos,
sendo normalmente um grupo
de meninas que traja os
vestidos da sua comunhão e
vai atirando flores sobre a
multidão que assiste.
82
Este carro é puxado por uma junta de bois,
engalada com rico jugo decorado, conduzida
por uma lavradeira com traje minhoto, e
antecede a parte religiosa do cortejo,
dividindo-o da parte profana da procissão.
83
84
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Das festas do “Corpus”, em
Penafiel, faz parte a
tradicional “Cavalhada”. A
Cavalhada é o ponto alto de
abertura das Festas do
Corpo de Deus, com
provável origem nas
determinações do Tombo
das Festas do Corpo de
Deus, documento de 1657
reformulado em 1705, que
obrigavam à prévia
fiscalização das danças por
parte do Ouvidor e do
Escrivão da Câmara.
85
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• A organização destas
festas estava a cargo das
câmaras municipais, mas
toda a sociedade civil e
religiosa se fazia
representar na procissão,
cabendo aos vários
grupos profissionais do
concelho um conjunto de
contribuições
obrigatórias.
86
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Danças guerreiras portuguesas
• No entanto, por
determinação régia de
1724, as danças foram
banidas das procissões,
não podendo mais os
grupos atuar durante o
cortejo religioso,
integrando apenas o
conjunto de figurantes
passivos do desfile.
87
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Vários concelhos não
cumpriram durante
décadas esta postura
régia, e em Penafiel
apenas no séc. XIX se
verificou o definitivo
afastamento dos Bailes
da procissão, passando
estes a atuar de
véspera, na cerimónia
da Cavalhada.
88
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Danças guerreiras portuguesas
• A Cavalhada integra
atualmente os habituais
cavaleiros, a Bicha
Serpe, os Bailes e a
Figura da Cidade,
apresentando-se frente
à Câmara, perante o
Executivo Municipal.
https://www.youtube.com/watch?v=6MKoNMfI
b44&feature=emb_imp_woyt
89
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Danças guerreiras portuguesas
• Com a extinção das
Corporações dos Ofícios
decorrente do Liberalismo,
esta prática manteve-se
como ritual e costume
tradicional da véspera do
Corpo de Deus, elogiando-
se e engrandecendo-se o
poder municipal com a
introdução, no séc. XIX, da
Figura da Cidade, o
delegado do povo
transportado em charrete
que profere um elaborado
discurso dirigido à
Edilidade.
90
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Os Bailes ou Danças nas
Festas do Corpo de Deus em
Penafiel
• Os Bailes do Corpo de Deus
constituem hoje um forte
elemento identitário das
festas do Corpus Christi de
Penafiel. Estas danças
populares apresentam-se
frente à Câmara Municipal na
véspera do Corpo de Deus,
durante a Cavalhada, e atuam
também no próprio dia,
animando vários pontos da
cidade e desfilando depois na
majestosa procissão.
Baile dos Ferreiros
91
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• Estes Bailes, ou
invenções, como também
eram designados,
constituíam uma
contribuição obrigatória
dos vários ofícios para a
celebração do Corpo de
Deus, cuja participação
estava bem definida e
decretada no Tombo das
Festas do Corpo de Deus,
documento de 1657.
92
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Danças guerreiras portuguesas
• Vêm já referidas no
documento seiscentista a
Dança da Mourisca
(representada pelos
alfaiates, albardeiros e
vendeiros), a Dança da
Retorta (apresentada
pelos sapateiros e
tosadores), a Dança dos
Moleiros (dada pelos
moleiros do Cavalúm e do
rio Sousa), a Dança das
Espadas (pelos ferreiros e
serralheiros), entre
outras.
93
94
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Danças guerreiras portuguesas
• Ao longo da segunda
metade do séc. XX a
maior parte destes
Bailes deixaram de se
realizar, à exceção do
Baile dos Ferreiros que
sempre se manteve
ativo, tendo o
Município de Penafiel
conseguido recuperar
entre 2008 e 2011
outros cinco Bailes.
95
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Danças guerreiras portuguesas
• De todas as danças
destaca-se o Baile dos
Ferreiros, formado por
um grupo de homens
que dançam uma
rápida e difícil dança de
espadas.
96
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• O Baile dos Ferreiros foi o
único dos Bailes das
Festas do Corpo de Deus
de Penafiel, únicos no
País, que nunca deixou de
se realizar. Este baile,
também chamado dança
das espadas, devido à sua
coreografia espectacular,
é o mais importante e faz
guarda de honra ao
Santíssimo Sacramento.
https://www.youtube.com/watch?v=Q_SHjMoK1fI
97
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Danças guerreiras portuguesas
• O Baile dos Ferreiros é a
única dança de Espadas
que ainda hoje se
mantém em Portugal
Continental, fiel às suas
origens
• Na Ilha Terceira, pelo
Carnaval, sai à rua a
Dança de Espada
Tradicional da Casa do
Povo de Porto Judeu e
das Tronqueiras de Santa
Cruz, uma criação do séc.
XIX
98
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Danças guerreiras portuguesas
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Bibliografia
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Artur Filipe dos Santos - Património Cultural - Danças Guerreiras Portuguesas.pdf

  • 1. Cadeira de PATRIMÓNIO MUNDIAL E TURISMO CULTURAL Artur Filipe dos Santos 1 Dos Pauliteiros de Miranda à Dança dos Ferreiros de Penafiel O património cultural das Danças Guerreiras Portuguesas Artur Filipe dos Santos https://bit.ly/3IhOVnI (página pessoal)
  • 2. • Artur Filipe dos Santos • Doutorado em Comunicação, Publicidade, Relações Públicas e Protocolo pela Faculdade de Ciências Sociais e da Comunicação da Universidade de Vigo, é atualmente professor adjunto no ISLA Instituto Politécnico de Gestão e Tecnologia, coordenador da licenciatura de Comunicação e Tecnologia Digital e do CTesP de Comunicação Digital, e docente na Universidade Lusófona do Porto. Atua como docente e investigador nas área(s de Ciências Sociais com ênfase em Ciências da Comunicação, Comunicação e Divulgação do Património. Perito em Protocolo (de Estado, Universitário, Multicultural e Empresarial) é membro da Associação Portuguesa de Estudos de Protocolo (APOREP), membro da Sociedad de Estudios Institucionales, UNED, Espanha, investigador e membro da Direção do Observatório Iberoamericano de Investigação e Desenvolvimento em Comunicação (OIDECOM- Iberoamérica), Espanha, membro do Centro de Investigação em Comunicação (ICOM-X1) da Universidade de Vigo, Espanha, membro da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação (SOPCOM). É ainda divulgador dos Caminhos Portugueses a Santiago de Compostela. É membro do ICOMOS (INTERNATIONAL COUNCIL OF MONUMENTS AND SITES), organismo pertencente à UNESCO, responsável pela avaliação das candidaturas dos bens culturais universais a Património Mundial Como jornalista fez parte da TV Galiza, jornal A Bola, Rádio Sim (grupo Renascença), O Primeiro de Janeiro, Matosinhos Hoje, Jornal da Maia. 2 Artur Filipe dos Santos – artursantos.com.pt@gmail.com •https://omeucaminhodesantiago.wordpress.com/ (Blogue) •https://politicsandflags.wordpress.com/about/ (Blogue) •https://arturfilipesantos.wixsite.com/arturfilipesantos (Académico) •https://comunicacionpatrimoniomundial.blogia.com/ (Académico) •Email: artursantos.com.pt@gmail.com
  • 3. 3 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • As danças guerreiras portuguesas são uma das mais antigas manifestações da cultura ancestral do nosso país.
  • 4. 4 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Desde a Idade do Ferro até aos nossos dias, foram muitos os povos que passaram pelo nosso território e fizeram das danças guerreiras parte da sua cultura, num misto de crenças, superstições e necessidade de defesa.
  • 5. 5 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • As mais conhecidas, como a dos Pauliteiros de Miranda, o Jogo do Pau de Cabeceiras de Basto ou o Baile dos Ferreiros, das Festas do Corpo de Deus em Penafiel, conservam ainda muito da sua autenticidade, plasmada nos movimentos e nos trajes.
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  • 7. 7 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • As danças tradicionais populares entraram nos hábitos do povo devido aos mais variados contactos e influências, enraizando-se pela via das aculturações, recebendo dele o cunho do meio ambiente da sua personalidade em conformidade com o local onde estava inserido. Jogo do Pau, Cabeceiras de Basto
  • 8. 8 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Normalmente, quando falamos de danças populares, lembramo-nos das que eram usadas nas romarias, a caminho e no regresso das mesmas, nos terrenos aos domingos de tarde, nas noites de – escapadelas, – esfolhadas ou estonadas, – espadeladas, – esfarrapadas, – malhadas
  • 9. 9 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • E outras manifestações de divisão ou de trabalho rural, relegando-se para o esquecimento sectores sociais mais recuados ou mais recentes que fizeram época, tendo os primeiros fornecidos bases muito valiosas de que se serviam as gentes das aldeias para a sua encantadora, mas simples e involuntária criatividade, que designamos por aculturações.
  • 10. 10 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • As pessoas dos nossos meios rurais sustentavam, transformavam, divulgavam e projetavam os usos e costumes dos seus antepassados, no sector das danças e dos cantares, sem saberem que o faziam. Eram as suas principais diversões e ocupavam uma larga parcela da sua maneira de estar, de ser e de viver.
  • 11. 11 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • E quanto mais isolados fossem os meios, mais necessidade havia desse tipo de exteriorização e mais continuidade tinham os hábitos tradicionais ligados de geração em geração vindos muitas vezes do mundo incógnito da ancestralidade.
  • 12. 12 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Quando falamos em danças tradicionais populares, associamos o seu uso a um extrato social menos favorecido, o que é discutível e até um tanto polémico.
  • 13. 13 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Há danças tradicionais que se popularizam, sendo utilizadas por diferentes escalões sociais. Neste contexto, podendo cada uma delas ser tratada especificamente, temos danças religiosas, guerreiras, de sedução, de simples diversão e de trabalho.
  • 14. 14 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • As Danças Guerreiras • São muitas as teses à volta deste género de dança tradicional.
  • 15. 15 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Há autores como Pirro, estratega militar da Macedónia, que viveu no séc. III A.c, que alude a estas danças à tradição guerreira dos povos do centro da Europa, com destaque para os Celtas.
  • 16. 16 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • A celticidade desta tradição é defendida pelo historiador e geógrafo grego, Estrabão, no séc. I A.C
  • 17. 17 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Outros advogam que estas danças surgem na Idade Média, a partir do séc. XIII, em contexto religioso, designadamente para abrilhantarem as procissões do Corpo de Deus, em junho. Baile dos Pedreiros, Penafiel
  • 18. 18 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Assim acontece com as danças dos Pauliteiros, do Jogo do Pau ou mesmo da Dança dos Ferreiros.
  • 19. 19 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • As primeiras, defendem os etnólogos, poderão ter surgido no centro da Europa, mais precisamente na Transilvânia, na segunda Idade do Ferro, na altura como uma dança de espadas. Depois espalhou-se pela Europa Central, Alemanha, Escandinávia e Ilhas Britânicas, até chegar à Península Ibérica. Dança de espadas, Redondela, Galiza, Espanha
  • 20. 20 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Plínio, historiador romano do século I, já falava deste tipo de danças. No século III o geógrafo latino Estrabão refere que os celtiberos instalados junto ao Rio Douro se preparavam para os combates com danças guerreiras, onde substituíam as espadas por paus.
  • 21. 21 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Posteriormente, e ainda na Península Ibérica, romanos, suevos e visigodos conservaram estas danças nas suas festas agrárias de fertilidade. Dança de Espadas, Escócia
  • 22. 22 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Já no século X, a Igreja Católica adotou as danças para as festas dos santos correspondentes às épocas do solstício e das colheitas. Traunstein Sword Dance (Alemanha, Baviera)
  • 23. 23 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Por exemplo, os Pauliteiros de Miranda percorriam as povoações na época das festas religiosas para recolher esmolas, participando nas procissões para, no final, fazerem uma exibição.
  • 24. 24 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Outros estudiosos, como o Abade de Baçal (Francisco Manuel Alves) defendem que a origem, desta feita, da dança dos Pauliteiros de Miranda está nas danças pírricas, ou seja, militares, dos gregos, com a difusão a ser feita pelos romanos.
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  • 26. 26 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Pirro (318 a.C. — 272 a.C.) (em grego – Πυρρος — "cor de fogo", "ruivo" — em latim, Pyrrhus) foi rei do Epiro e da Macedónia, tendo ficado famoso por ter sido um dos principais opositores a Roma. Era filho de Eácida do Epiro, e pai de Alexandre II do Epiro. É a Pirro que se atribui a expressão “Vitória de Pirro”
  • 27. 27 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Pirro era mais conhecido entre as danças militares, fazia parte da educação militar básica tanto em Atenas quanto em Esparta. Acredita-se que o nome "pyrriha" (Pyrrihic) venha da palavra "pyra", que significa fogo, em torno do qual Aquiles supostamente dançou no funeral de Pátroclo.
  • 28. 28 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Os trajes dos pauliteiros parecem ter também inspiração militar e, segundo alguns estudiosos, poderão ser sucessores do trajo militar greco-romano.
  • 29. 29 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas Pauliteiros de Miranda • Os Pauliteiros de Miranda é um grupo de oito dançadores (quatro guias e quatro piões), três tocadores músicos e um dançador suplente que executa uma dança folclórica das terras de Miranda, em Portugal, que simula uma luta com paus.
  • 30. 30 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Os dançadores atuam guiados por gaita de foles, que é acompanhada por caixa de guerra e bombo ou por flauta pastoril, que é monotubular com três buracos e que é tocada com três dedos.
  • 31. 31 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Há cerca de cinquenta conjuntos de danças e bailados diferentes.
  • 32. 32 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Na Terra de Miranda e em todo o Planalto Mirandês ainda hoje se celebram com bastante pureza no seu ritualismo original, as festas solsticiais de Inverno. São rituais de profundo significado mitológico, ritos de iniciação, “mitos do eterno retorno” cuja origem teremos que procurar muito longe no tempo.
  • 33. 33 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Quem são os pauliteiros? • Ao contrário do que poderá parecer, os Pauliteiros de Miranda não são um grupo originário da cidade de Miranda, mas vários grupos de aldeias circundantes, pertencentes ao concelho de Miranda Do Douro (apesar de atualmente, já existir um Grupo de Pauliteiros na Cidade de Miranda do Douro). Pauliteiros de Sanhoane
  • 34. 34 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Os mais conhecidos sãos de Miranda, Palaçoulo e Urrós, contudo há 10 grupos de Pauliteiros de Miranda “oficiais” citados no folheto “Grupos Culturais, Concelho de Miranda do Douro” da Câmara Municipal de Miranda do Douro de 2003:
  • 35. 35 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Pauliteiros de Palaçoulo, Sendim, Duas Igrejas, Malhadas, Fonte de Aldeia, Cércio, São Martinho de Angueira, Granja, Picote e os Pauliteiros da Associação dos Professores do Planalto Mirandês.
  • 36. 36 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Assim, tradicionalmente, os Pauliteiros: São um grupo constituído exclusivamente de 8 rapazes e três músicos (gaita de foles, caixa e bombo). Executam o peditório da forma antiga, começando às 6.00 da manhã, após a alvorada dos gaiteiros dançando alguns lhaços em frente às igrejas e capelas, rezam em frente às casas que estão de luto, etc. https://www.youtube.com/watch?v=czo2bkDKOhk
  • 37. 37 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Ver dançar os Pauliteiros é sempre um espetáculo a não perder, quer seja em frente à Igreja depois da missa da festa religiosa local, quer seja fora. Assim os principais elementos deste espetáculo são: https://www.youtube.com/watch?v=gz_AnwgAE-M
  • 38. 38 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Exibição do repertório segundo um crescimento do espetáculo começando com o “lhaço” 25 (lhaço para partir os paus), a Bicha (em que se utilizam exclusivamente as castanholas) e o Salto do Castelo (na qual um pauliteiro salta por cima de uma torre humana). Lhaço é o nome dado em língua mirandesa para designar cada uma das melodias, texto e coreografia que fazem parte da dança dos pauliteiros. Ao bailarino atribui-se o nome de dançador e não de pauliteiro.
  • 39. 39 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Música • Os instrumentos musicais tiveram e têm ainda um lugar muito importante na tradição da Terra de Miranda, como focos irradiadores de animação e fonte de prazer para quem os escuta e executa. As letras dos Lhaços são na sua grande maioria em mirandês, havendo algumas em castelhano e em português. Um Lhaço divide-se em quatro partes: https://www.youtube.com/watch?v=OK- Es0RXBnk&feature=youtu.be
  • 40. 40 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Os instrumentos que mais rapidamente identificam a tradição musical mirandesa são a gaita de foles, caixa e bombo pelo acompanhamento que fazem à dança dos pauliteiros, no entanto não se esgotam aqui os instrumentos musicais mirandeses. 1. Entrada: o gaiteiro toca a melodia da introdução a solo, servindo para afinar a gaita e preparar o início da dança, é igual em todos os Lhaços. 2. Anunciar o Lhaço: ainda a solo, o gaiteiro toca alguns compassos da melodia do Lhaço que se vai executar, para que os dançadores a identifiquem. 3. Lhaço: cada lhaço tem a sua melodia, baseado no texto ou numa linha melódica que lhe é particular. Cada Lhaço é repetido quatro vezes. 4. Bicha: trata- se da dança que serve para terminar o Lhaço. https://www.youtube.com/watch?v=bjSnFYX Pjhs&feature=youtu.be
  • 41. 41 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • A flauta pastoril que faz conjunto com o tamboril, está hoje um pouco afastada do acompanhamento aos pauliteiros, usa-se mais no acompanhamento vocal e às danças mistas. O seu aspeto simples com três orifícios esconde a complexidade de interpretação desse instrumento em que o músico faz a melodia com uma mão e toca no tamboril com a outra.
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  • 43. 43 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Para o acompanhamento vocal eram muitas vezes usados os pandeiros, pandeiretas, conchas de Santiago, triângulos, castanholas e pequenos objetos que as pessoas usavam no dia-a-dia, como garrafas, testos de panelas, tachos...
  • 44. 44 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • A “Dança dos Paulitos” • Constitui, sem dúvida, uma das mais castiças expressões do nosso folclore, a “dança dos paulitos“, que, nos recatados confins de Terras de Miranda do Douro, é ainda executada pelos naturais no festival a Nossa Senhora do Naso (conhecida como a “Rainha dos Mirandeses”, celebrada a 8 de setembro)
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  • 47. 47 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Lenda do Naso • A Capela Santuário de Nossa Senhora do Nazo é um polo de atração principalmente em dia de romaria.
  • 48. 48 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Embora à volta desta capela se tenham, recentemente construído algumas outras capelas, reza a lenda que ela foi edificada por um casal mirandês.
  • 49. 49 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Estando o homem pastoreando o seu rebanho, apareceu-lhe uma Senhora que pediu para lhe construir naquele local uma capela, indicando-lhe, nessa mesma noite, na Serra do Naso, por meio de uma procissão com luzes, o local exato onde a capela deveria ser erigida.
  • 50. 50 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • O homem recusou-se, temendo a mulher, mas Nossa Senhora insistiu no pedido. Muito a medo, o homem fez saber à mulher do desejo da Senhora.
  • 51. 51 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Mas a mirandesa não esteve pelos ajustes e começou a refilar: nesse momento ficou tolheita, diz-se que por castigo de Nossa Senhora.
  • 52. 52 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Quando se viu aleijada, a mulher prometeu que faria a capela e, no mesmo momento, voltou ao seu estado normal, pelo que imediatamente se iniciaram as obras.
  • 53. 53 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Consta ainda que, ao serem colocadas as pedras no carro, os bois o “tangiam” sozinhos, sem mostrarem o esforço pelo peso da carrada e sem precisarem de boieiro, regressando a casa dos donos para novo carregamento de pedra.
  • 54. 54 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Assim se construiu a capela desejada por Nossa Senhora, cuja administração é feita, ainda hoje, por alguém contratado pelos descendentes daquela família.
  • 55. 55 Vir ao Naso é renascer. Cada um de nós é um santuário aberto, onde Nossa Senhora quer repousar. E como é bonito ver este mar de gente vir ao Naso visitar Nossa Senhora”.
  • 56. 56 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • A dança do paulitos dança é uma expressão quase imemorial, que no séc. XV se exibia nas festas do Corpus Christi.
  • 57. 57 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Os atores do bailado – em número de 16, na dança completa, ou de 8, na meia dança – manejam com agilidade uns pequenos bastões com cerca de 35 centímetros, “palotes” ou “paulito“, com os quais marcam o compasso, batendo com eles reciprocamente.
  • 58. 58 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Os dançantes, “peões” e “guias” em mangas de camisa, tendo nas costas, ao pendurão, lenços floridos de seda, dançam numa exaltação febril, saltitando, volteando, cruzando-se e contorcionando-se com simplória graça, num estilo que perturba e entontece, ao mesmo tempo que os bastões se entrechocam ritmicamente.
  • 59. 59 Danças guerreiras portuguesas • Os Trajes • Constam de um largo chapéu braguês, preto, engalanado de lantejoulas, penas de pavão e flores, tendo pendentes da aba duas longas fitas.
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  • 61. 61 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Colete guarnecido caprichosamente e no qual se distingue um losango de tecido branco, na parte posterior que se ajusta às costas.
  • 62. 62 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Estes coletes são de grosseiro burel escuro, a que chamam “pardo“, espreitando no bolso dos mesmos, lenços brancos, matizados a cores berrantes;
  • 63. 63 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Saias brancas, rodadas, de grandes folhos, tendo na barra guarnições bordadas, garrido saiote de baeta (tecido espesso, de lã pesada e grossa) vermelha.
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  • 65. 65 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Meias de lã branca, ensilveiradas a preto e sapatos de baqueta branca, ornamentados a cores.
  • 66. 66 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Estilos e variantes da dança • Tão característica dança, presa a uma sólida tradição, é por vezes acompanhada por canções populares, num cerrado dialecto quási incompreensível, misto de português e de castelhano.
  • 67. 67 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Tem diversos estilos e variantes – “laços” – contando-se entre os principais: a lebre, o mirondum, a erva as pombas, os ofícios, a a carmelita, D. Rodrigo, o perdigão, o vinte e cinco, o ato de contrição, o cavalheiro, a pimenta, o touro, o canário e o maridito.
  • 68. 68 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Teve a prioridade nestas investigações o erudito folclorista José Leite de Vasconcelos que, nos Estudos de Filologia Mirandesa, abordou o tema de forma profunda.
  • 69. 69 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Baile dos Ferreiros • Em Penafiel, nos festivais do Corpo de Deus, exibem-se algumas danças originais tais como a dos ferreiros, sapateiros, pedreiros e outras em que há animação e ingenuidade.
  • 70. 70 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Origem das festas do Corpus Christi • A celebração de Corpus Christi é uma celebração solene da Igreja Católica, que celebra a presença permanente de Jesus Cristo no sacramento da Eucaristia.
  • 71. 71 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • A Festa de Corpus Christi surgiu em Liége, Bélgica, no seculo XII: um Movimento Eucarístico na Abadia de Cornillon fundada em 1124 pelo Bispo Albero de Liege.
  • 72. 72 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Desde o ano 1264, a Igreja Católica tem celebrado a Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, com uma solene procissão.
  • 73. 73 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • A comemoração de Corpus Christi acontece sessenta dias após o domingo de Páscoa (ressurreição de Jesus Cristo) ou na quinta- feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade (um só Deus na forma do Pai, Filho e Espírito Santo).
  • 74. 74 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • A festa secular do Corpo de Deus, em Penafiel, é detentora de um vasto e riquíssimo património histórico e natural. Estas comemorações reúnem o sagrado e o profano, desde 1540.
  • 75. 75 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Em Penafiel sabe-se que a celebração do Corpo de Deus deverá ser bastante anterior ao séc. XVII e à elevação do lugar de Arrifana de Sousa à categoria de Vila, dizendo- se já em 1657, data do mais antigo Tombo das Festas do Corpo de Deus que se fazem por “el-Rey nosso senhor neste lugar de Rifana de Souza, que aqui se realizavam estas festas por immemorial costum”.
  • 76. 76 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • A persistência de elementos arcaicos que compõem a parte profana da procissão do Corpo de Deus em Penafiel, como a Bicha Serpe, o Estado de S. Jorge, o boi bento, o carro triunfal, a Figura da Cidade ou os Bailes, dão na atualidade uma dimensão única e profundamente identitária ao Corpus Christi penafidelense, reforçada pelas animações que ocorrem na véspera, o Carneirinho e a Cavalhada.
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  • 79. Estado de S. Jorge 79
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  • 82. Carro Triunfal e a Figura da Cidade • O Carro Triunfal (ou Carro dos Anjos) é um elemento único da procissão do Corpo de Deus de Penafiel, que está presente desde, pelo menos, o séc. XIX. Encimado pela Figura da Cidade, o delegado do povo que personifica a urbe, transporta um conjunto de crianças que pretendem simbolizar figuras de anjos, sendo normalmente um grupo de meninas que traja os vestidos da sua comunhão e vai atirando flores sobre a multidão que assiste. 82 Este carro é puxado por uma junta de bois, engalada com rico jugo decorado, conduzida por uma lavradeira com traje minhoto, e antecede a parte religiosa do cortejo, dividindo-o da parte profana da procissão.
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  • 84. 84 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Das festas do “Corpus”, em Penafiel, faz parte a tradicional “Cavalhada”. A Cavalhada é o ponto alto de abertura das Festas do Corpo de Deus, com provável origem nas determinações do Tombo das Festas do Corpo de Deus, documento de 1657 reformulado em 1705, que obrigavam à prévia fiscalização das danças por parte do Ouvidor e do Escrivão da Câmara.
  • 85. 85 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • A organização destas festas estava a cargo das câmaras municipais, mas toda a sociedade civil e religiosa se fazia representar na procissão, cabendo aos vários grupos profissionais do concelho um conjunto de contribuições obrigatórias.
  • 86. 86 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • No entanto, por determinação régia de 1724, as danças foram banidas das procissões, não podendo mais os grupos atuar durante o cortejo religioso, integrando apenas o conjunto de figurantes passivos do desfile.
  • 87. 87 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Vários concelhos não cumpriram durante décadas esta postura régia, e em Penafiel apenas no séc. XIX se verificou o definitivo afastamento dos Bailes da procissão, passando estes a atuar de véspera, na cerimónia da Cavalhada.
  • 88. 88 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • A Cavalhada integra atualmente os habituais cavaleiros, a Bicha Serpe, os Bailes e a Figura da Cidade, apresentando-se frente à Câmara, perante o Executivo Municipal. https://www.youtube.com/watch?v=6MKoNMfI b44&feature=emb_imp_woyt
  • 89. 89 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Com a extinção das Corporações dos Ofícios decorrente do Liberalismo, esta prática manteve-se como ritual e costume tradicional da véspera do Corpo de Deus, elogiando- se e engrandecendo-se o poder municipal com a introdução, no séc. XIX, da Figura da Cidade, o delegado do povo transportado em charrete que profere um elaborado discurso dirigido à Edilidade.
  • 90. 90 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Os Bailes ou Danças nas Festas do Corpo de Deus em Penafiel • Os Bailes do Corpo de Deus constituem hoje um forte elemento identitário das festas do Corpus Christi de Penafiel. Estas danças populares apresentam-se frente à Câmara Municipal na véspera do Corpo de Deus, durante a Cavalhada, e atuam também no próprio dia, animando vários pontos da cidade e desfilando depois na majestosa procissão. Baile dos Ferreiros
  • 91. 91 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Estes Bailes, ou invenções, como também eram designados, constituíam uma contribuição obrigatória dos vários ofícios para a celebração do Corpo de Deus, cuja participação estava bem definida e decretada no Tombo das Festas do Corpo de Deus, documento de 1657.
  • 92. 92 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Vêm já referidas no documento seiscentista a Dança da Mourisca (representada pelos alfaiates, albardeiros e vendeiros), a Dança da Retorta (apresentada pelos sapateiros e tosadores), a Dança dos Moleiros (dada pelos moleiros do Cavalúm e do rio Sousa), a Dança das Espadas (pelos ferreiros e serralheiros), entre outras.
  • 93. 93
  • 94. 94 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • Ao longo da segunda metade do séc. XX a maior parte destes Bailes deixaram de se realizar, à exceção do Baile dos Ferreiros que sempre se manteve ativo, tendo o Município de Penafiel conseguido recuperar entre 2008 e 2011 outros cinco Bailes.
  • 95. 95 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • De todas as danças destaca-se o Baile dos Ferreiros, formado por um grupo de homens que dançam uma rápida e difícil dança de espadas.
  • 96. 96 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • O Baile dos Ferreiros foi o único dos Bailes das Festas do Corpo de Deus de Penafiel, únicos no País, que nunca deixou de se realizar. Este baile, também chamado dança das espadas, devido à sua coreografia espectacular, é o mais importante e faz guarda de honra ao Santíssimo Sacramento. https://www.youtube.com/watch?v=Q_SHjMoK1fI
  • 97. 97 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas • O Baile dos Ferreiros é a única dança de Espadas que ainda hoje se mantém em Portugal Continental, fiel às suas origens • Na Ilha Terceira, pelo Carnaval, sai à rua a Dança de Espada Tradicional da Casa do Povo de Porto Judeu e das Tronqueiras de Santa Cruz, uma criação do séc. XIX
  • 98. 98 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português Danças guerreiras portuguesas http://adancaportuguesaagostardelapropria.ped exumbo.com/?pag=vid&ID=30
  • 99. Bibliografia 99 Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português https://folclore.pt/dancas-cantares/ https://portugaldeantigamente.blogs.sapo.pt/pauliteiros-de-miranda-29948 https://www.tsf.pt/portugal/cultura/pauliteiros-dancas-entre-rituais-guerreiros-e- de-fertilidade-12299446.html https://folclore.pt/a-danca-dos-paulitos-de-miranda-do-douro/ https://folclore.pt/dancas-tradicionais-populares/ https://folclore.pt/a-danca-dos-paulitos-de-miranda-do-douro/ https://www.vortexmag.net/dancas-tradicionais-portuguesas/ https://folclore.pt/a-danca-dos-paulitos-de-miranda-do-douro/ https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2021-06/historia-da-solenidade-de- corpus-christi.html http://adancaportuguesaagostardelapropria.pedexumbo.com/?pag=vid&ID=30 http://riquezasetradicoesdepenafiel.blogspot.com/2019/06/baile-tradicionais- animaram-as-festas.html
  • 100. Bibliografia • https://www.igeoe.pt/index.php?id=5 100 Cadeira de Património Mundial e Turismo Cultural Património Mundial Natural de África