Este documento resume as principais conclusões de um programa de pesquisa em patrimônio cultural e arqueológico conduzido no terreno onde será construído um empreendimento imobiliário na zona portuária do Rio de Janeiro. 1) As pesquisas identificaram vestígios arqueológicos como estruturas ferroviárias e artefatos associados às atividades portuárias passadas na região. 2) A análise de mapas históricos mostrou a evolução da paisagem e das ocupações urbanas ao longo

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Índice
Apresentação..........................................................................................4
Entendendo o Projeto..............................................................................5
As pesquisas............................................................................................7
O Meio Ambiente Cultural.....................................................................11
Paisagens Culturais................................................................................13
A pesquisa arqueológica na Área do Empreendimento....................... 17
Patrimônio Cultural................................................................................22
Patrimônio Arqueológico.......................................................................30
Ficha Técnica..........................................................................................39

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Apresentação
Olá, concluímos mais um programa de pesquisa em Meio Ambiente Cultural no estado do Rio
de Janeiro.
Estas pesquisas foram desenvolvidas pelo Grupo DOCUMENTO no terreno onde a Tishman
Speyer desenvolve um empreendimento corporativo. Localizado na zona portuária da cidade
do Rio de Janeiro. Para entender melhor, a empresa Tishman Speyer é uma empresa líder como
proprietária, desenvolvedora, operadora e administradora de fundos do mercado imobiliário
de primeira classe no mundo inteiro.
A Tishman Speyer atua no ramo imobiliário, com o desenvolvimento de prédios residenciais e
comerciais por toda a América do Norte, Europa, América Latina, Índia e China.
Com os resultados identificados nas etapas de pesquisa deste programa, organizamos esta cartilha
para apresentar a toda comunidade parte da história e do patrimônio cultural da região, contribuindo
assim para o seu reconhecimento, valorização e preservação.
Colaborar para a prática da sustentabilidade e gestão do conhecimento através do diálogo aberto
com a comunidade é uma das propostas do Grupo DOCUMENTO e Tishman Speyer neste programa
de pesquisa.
As pesquisas neste terreno tiveram início em 2013 através do Programa de Gestão do Patrimônio
Arqueológico Histórico e Cultural do terreno da AQWA, na fase de licenciamento ambiental da obra
onde serão construídos edifícios comerciais.
Este programa foi legalizado no IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) através
da PORTARIA N° 46/2013 com o objetivo de produzir conhecimento científico sobre a área de estudo,
contribuir para um melhor conhecimento da história regional, bem como a valorização da herança cultural
deixada pelas diferentes ocupações humanas que se desenvolveram na área, ao longo do tempo.

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Entendendo o Projeto
O terreno da AQWA está localizado na zona portuária da cidade do Rio de Janeiro em uma área total de 19,325 m², delimitado
pela Avenida Rodrigues Alves ao norte, com aproximadamente 410 m de frente, ao sul pela Rua Arlindo Rodrigues, com
aproximadamente 375 m de frente, a leste pela Rua Rivadávia Corrêa, com aproximadamente 61 m e a oeste pela Rua da
Gamboa, com aproximadamente 15 m de frente.

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As pesquisas buscaram estabelecer uma base comparativa entre os terrenos ocupados ao longo do século XVII, XVIII, XIX
e XX com o cenário atual, identificando vários momentos de evolução urbana no Rio de Janeiro, a partir dos resultados e
vestígios identificados nos estudos arqueológicos sobre a área.

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As pesquisas
Para entender um pouco mais sobre as pesquisas do Programa de Gestão do
Patrimônio Arqueológico Histórico e Cultural do terreno do Pátio da Marítima,
vamos compreender como iniciaram os estudos como Arqueologia, a definição sobre
MeioAmbienteCulturalqueenvolvetodososelementosparacompreenderoPatrimônio
Histórico Cultural da região.
Os estudos Arqueológicos iniciam com uma pesquisa sobre as informações históricas
da área onde pretende trabalhar, que define o chamado de Zoneamento Arqueológico
regional. Esta etapa é desenvolvida com auxílio de mapas históricos, informações históricas
e geográficas que demonstra como era a ocupação da região em tempos passados. Junto
é feito um estudo que apresenta as ocupações atuais.
Neste programa de pesquisa, foi feito o levantamento de três mapas históricos que mostram
como era as ocupações urbanas na área central e zona portuária do Rio de Janeiro. São
elas:
- Planta da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, de 1758
- Plano da Cidade do Rio de Janeiro elevado em 1791
- Plan of the City of Rio de Janeiro
Os mapas a seguir mostram a evolução urbana da região portuária do Rio de Janeiro,
desde o século XVII.

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As pesquisas e seu passado
Planta da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro Plano da Cidade do Rio de Janeiro elevado em 1791
Plan of the City of Rio de Janeiro

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As pesquisas e o hoje!
Veja como utilizamos
os mapas para fazer o
Zoneamento Arqueológico
Preditivo
Acima: Sobreposição de Cartografias
Históricas (Mapas Antigos) para o
entendimento da evolução da paisagem.
Ao lado: Definição do Zoneamento
Arqueológico (é indicado locais com maior
potencial arqueológico) à partir de dados
históricos.

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As pesquisas e a história da região
Durante o período colonial, o litoral entre os Morros do Castelo e de São Bento
assumiu as principais funções portuárias da cidade, sendo conhecido como vertente
marítima central. No entanto, com a chegada da família real portuguesa e a abertura
dos portos em 1808, o litoral entre a Prainha e a Praia Formosa passou a experimentar
grande desenvolvimento.
Contexto Histórico - Ao longo do século, a Gamboa
assistiu à multimplicação dos estabelecimentos
relacionados às atividades marítimas e à construção
naval. Diante das necessidades comerciais e portuárias
da cidade, em 1879 era inaugurada a Estação Marítima
da Gamboa, ligada à Estrada de Ferro D. Pedro II (atual
Central do Brasil) por um ramal ferroviário.
A construção do atual porto do Rio de Janeiro de 1904 a
1911 implicou no aterro local do Saco da Gaboa. Mesmo
afastada do mar, a antiga Estação Marítima manteve suas
atividades ferroviárias, fazendo a ligação entre o porto
e a linha-tronco da Central do Brasil. Manteve-se assim
conectada à malha férrea criada para servir ao porto,
permancendo em atividades até os anos 1990.

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O Meio Ambiente Cultural
O Meio Ambiente Cultural constitui a soma do ambiente físico - (a geológica, a fauna, a flora,
entre outros) e do ambiente culturalmente construídas pelos diferentes grupos humanos que
se desenvolveram na região, ao longo do tempo. Deste ponto de vista, cultura e ambiente são
indissociáveis e integram processos sócios naturais formados pelo conjunto de manifestações físicas
e culturais de uma paisagem. Remete, por exemplo, a sítios arqueológicos, edificações históricas,
conhecimentos e práticas tradicionais de manejo do meio ambiente, entre outros tantos.
É a partir dessa abordagem que é possível elaborar projetos para a Gestão do Patrimônio Cultural
que integrem Cultura e Meio Ambiente, otimizando iniciativas que correspondam aos valores
culturais das comunidades, dando possibilidade para investigação de Paisagens Culturais.
Foto Histórica da Região Portuária
Fonte: Facebook - Porto Maravilha

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Modos de Vida e Ocupações
Durante o período colonial, ao lado das chácaras que existiam na região da
Gamboa, desenvollvia-se ali também a atividade pesqueira. A multiplicação
dos estabelecimentos ligados às atividades comerciais e marítimas ao
longo do século XIX atraiu muitos trabalhadores para a região. Assim em
princípios do século XX, havia na região da Gamboa diversos cortiços e
deficitárias condições de saúde e higiene.

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Paisagens Culturais
De acordo com a Carta de Bagé, conhecida também por Carta da Paisagem Cultural (2007), Paisagem
Cultural é o meio natural ao qual o ser humano imprimiu as marcas de suas ações e formas de expressão,
resultando em uma soma de todos os testemunhos resultantes da interação do homem com a natureza
e, reciprocamente, da natureza com homem.
As pesquisas realizadas na área partiram deste princípio de Meio Ambiente Cultural, buscando entender
o desenvolvimento da região da Gamboa ao longo do tempo, como veremos nas páginas que seguem.
[1865c.] LEUZINGER, Georges. Panorama da Gamboa, Rio de Janeiro c. 1865

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História e Desenvolvimento
Apesar dos excelentes ancoradouros na Gamboa, Saúde e Valongo, as condições geográficas
que dificultavam o acesso e o trânsito de mercadorias do litoral à cidade, aliados à questão da
insalubridade da região, garantiam a manutenção da Alfândega como principal centro portuário
da região. Contudo, não impediu a existência de demais de trapiches e armazéns voltados às
atividades portuárias de outras regiões. No caso do Sacco da Gamboa, a cartografia histórica
revela diversos imóveis no litoral adentrando a marina, onde se destaca o Trapiche da Gamboa.
Trecho de GOTTO, Edward Plan of the city of Rio de
Janeiro (1871), onde é possível ver o Saco da Gamboa
e diversos trapiches, em especial, o Trapiche da
Gamboa (círculo vermelho).
Malta, A. Vista do Morro da Gamboa tomada do morro
da Providência (1866). Em destaque o Trapiche da
Gamboa e da posterior localização do Estação Marítima
(círculo vermelho).

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Algumas Imagens históricas...
Destaque do molhe da Estação Marítima. FERREZ, Marc. Terminal
marítimo da Gamboa visto no morro da Providência (1880).
KFOURI, Jorge. Vista Aérea do Pátio da
Marítima na Gamboa, década de 1920.
RIBEIRO, Emygdio. Vista da Rua Dez [atual Rua Rivadavia Correia], com
pessoas e construções. Entre 1904 e 1911. Fonte: APERJ

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... cartografias históricas...
BULHÕES, José. Plano da Cidade do Rio de Janeiro com a parte essencial
do seu porto e todos os lugares fortificados, (1796). Em destaque, o curtume
localizado no Saco da Gamboa
Excerto de MASCHEK, E. de. Planta da cidade
do Rio de Janeiro e subúrbios (1885 - 1905).
LEÃO, Manuel. Plano da cidade do Rio de Janeiro (1770).

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A PESQUISA ARQUEOLÓGICA NA ÁREA DO EMPREENDIMENTO PÁTIO DA
MARÍTIMA
As pesquisas arqueológicas no terreno específico das obras do Pátio da Marítima abrangeram
3 etapas.
A primeira etapa compreendeu um levantamento arqueológico do terreno (diagnóstico), com o objetivo de verificar se
ali existia algum vestígio de ocupação histórica. Para tanto, foram realizados levantamentos documentais e, também,
foram abertas diversas sondagens no terreno.
Como resultado deste trabalho foi identificada a presença de estruturas ferroviárias compostas por trilhos, dormentes e
sistema de fixação, conforme demonstram as fotos abaixo. Estas estruturas estão associadas aos antigos equipamentos
portuários que transportavam as mercadorias para embarque e desembarque de produtos no Porto.

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A PESQUISA ARQUEOLÓGICA NA ÁREA DO EMPREENDIMENTO PÁTIO DA
MARÍTIMA
Foram realizadas as escavações arqueológicas da área, que compreenderam a
evidenciação e o registro de todo os vestígios arqueológicos presentes no terreno.
Para preservar a lembrança deste patrimônio, foi feito seu registro com uso de
aparelhos Laser Scanner, que fornecem reconstituições em 3D do patrimônio
arqueológico, como mostra a imagem abaixo.
Com isto, podemos até mesmo reproduzir réplicas deste patrimônio com uso de
impressoras laser, permitindo a reprodução do conhecimento agora e no futuro!
Imagem ilustrativa do resultado do trabalho com laser scanner.

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A PESQUISA ARQUEOLÓGICA NA ÁREA DO EMPREENDIMENTO PÁTIO DA
MARÍTIMA
Junto com a estrutura ferroviária foram encontradas peças arqueológicas que
demonstram os objetos utilizados pelas comunidades que usaram e habitaram
aquela região, incluindo peças em faiança, vidro, metal e cerâmica. Veja algumas
imagens abaixo.
À esquerda, cravo de metal utilizado na fixação dos trilhos. Ao centro, fragmento de green edged, de coloração esverdeada, louça produzida
entre 1800 e 1830. A à direita, Fragmentos de louça branca (iron stone).
À esquerda, fragmentos de faiança portuguesa e cerâmica vidrada. Ao centro, fragmento de shell edged, artefato produzido entre 1800 e 1830. E
à direita, fragmento de faiança do tipo Borrão Azul, cuja produção refere-se aos meados do século XIX.

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...nossa linha do tempo...
Percebemos que a integração do homem e da natureza
ocorre constantemente.
Para entendemos melhor vamos à prática!?
A figura ao lado representa a árvore da sua vida. Preencha-a, indicando o
nome dos seus familiares e pensando em tudo o que você aprendeu com
eles.
Ao longo dos tempos as
sociedades, os lugares e
regiões vão se desenvolvendo.
O processo natural da vida é
nascer, crescer, reproduzir e
morrer, e é nesse processo de
evolução que as identidades
e tradições culturais são
construídas. Por exemplo,
aprendemos modos de
vida com nossos pais que
aprenderem com nossos avós
e que iremos repassar para
nossos filhos e netos - isso é a
nossa herança cultural familiar.

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...nos conhecendo melhor Nossa herança cultural...
Agora que você já montou a sua árvore, utilize as informações recolhidas e construa um texto sobre a
sua história e a da sua família.
Agora é a sua vez...
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Patrimônio Cultural
Já falamos sobre Meio Ambiente Cultural e um pouco sobre a nossa História. Agora vamos
entender melhor sobre o Patrimônio Cultural. Você sabe o que é?
O Patrimônio Cultural é constituído pelos bens materiais e imateriais que se referem à nossa
identidade, nossas ações, costumes, crenças e memórias.
Vista Aérea da Cinelândia, destaque para o Teatro Municipal - Exemplar de Patrimônio Edificado

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Definições de Patrimônio Cultural
Integram o Patrimônio Cultural as formas de expressão; os modos de criar, fazer,
viver; as criações científicas, artísticas e tecnológicas; as obras, objetos, documentos,
edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; os
conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico,
paleontológico, ecológico e científico.
Todos estes itens fazem parte de nossa herança cultural. A preservação deste Patrimônio
é de interesse geral, tanto do poder público como de toda a sociedade.
O Patrimônio Cultural pode ser divido em duas categorias: O Patrimônio Material e o
Patrimônio Imaterial.
O Patrimônio Material é composto pelos elementos físicos que fazem parte do
cotidiano das comunidades como prédios históricos, imagens religiosas, acervo
bibliográfico, estradas de ferro, sítios arqueológicos, entre outros remanescentes
físicos que compõem a história e a tradição de uma determinada comunidade.
O Patrimônio Imaterial é composto por histórias, expressões artísticas, técnicas
artesanais tradicionais, lendas, festas tradicionais que tenham importância e
representatividade para alguma comunidade. Este tipo de patrimônio cultural é
transmitido de geração em geração.

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Tipos de Patrimônio Cultural
Todos os tipos de Patrimônio Cultural correspondem àquilo que foi deixado para nós pelos mais velhos
e faz parte da nossa identidade. Portanto, deve ser cuidado, preservado por todos, pois é um patrimônio
individual e coletivo ao mesmo tempo.
Você Sabia?
No Brasil, após ser identificado e reconhecido, o Patrimônio Histórico e Cultural é fiscalizado, protegido, restaurado
e preservado por diferentes órgãos na esfera da Federação, do Estado e do Município. Para garantir a proteção e
salvaguarda do patrimônio cultural pode se aplicar medidas como TOMBAMENTO.
Patrimônio Imaterial – Funk Carioca
Saiba mais em: http://mapadecultura.rj.gov.br/manchete/funk
Patrimônio Material – Arcos da Lapa
Saiba mais em: http://mapadecultura.rj.gov.br/manchete/arcos-
-da-lapa

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Medidas de Proteção
O que é o
tombamento?
O tombamento é um ato administrativo realizado pelo Poder Público
(federal/estadual/municipal) com o objetivo de preservar bens de valor
histórico, cultural, arquitetônico, ambiental e também de valor afetivo
para a população, impedindo a destruição e/ou descaracterização de
tais bens.
FONTE: http://portal.iphan.gov.br/portal/
montarPaginaSecao.o?id=10852&retorno=paginaIphan
Igreja São Francisco da Prainha Exemplar de Patrimônio Material Edificado

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EXEMPLOS DE BENS TOMBADOS NA REGIÃO PORTUÁRIA
Na região do porto do Rio de Janeiro existem vários bens tombados e, desta
forma, protegidos por legislação específica. Estes bens constituem exemplares
de eventos históricos importantes para a memória do povo brasileiro. Veja aqui
alguns exemplos. Você os conhece?
Hospital Nossa Senhora da Saúde e
Capela
Fonte: http://www.hnss.org.br/
hnss/wp-content/uploads/2015/05/
DSCN0053-e1432228613997.jpg
Aqueduto da Carioca
(Arcos da Lapa)
Fonte: https://portodososlados.files.
wordpress.com/2011/07/arcos-da-lapa-2.
jpg
Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Fonte: https://upload.wikimedia.org/
wikipedia/commons/f/ff/Aleia_Barbosa_
Rodrigues,_no_Jardim_Bot%C3%A2nico_
do_Rio_de_Janeiro_-_Brasil.jpg

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Contribuições...
Você pode contribuir para a identificação e preservação do Patrimônio Material e Imaterial de
sua comunidade:
Aqui seguem algumas dicas de
como contribuir com o Patrimônio
Cultural de sua comunidade:
* Informar, divulgar e agir frente
à proteção e conservação deste
patrimônio;
* Preservar os bens tombados de
seu município;
* Transmitir as manifestações,
expressões e tradições culturais
aos mais jovens;
* Fiscalizar a ação dos
órgãos normativos e dos
empreendimentos envolvidos
no que diz respeito à proteção
patrimonial.

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Agora que você já sabe
o que é Patrimônio
Cultural,
contribua!
Escolha um patrimônio material ou imaterial do Rio de
Janeiro e descreva aqui.
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Contextualizando...
A cidade do Rio de Janeiro foi considerada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO na
categoria Paisagem Cultural Urbana.
Patrimônio Paisagístico
As paisagens também são um patrimônio, que podem estar em constante transformação, sejam elas em decorrência
de eventos naturais ou da ação do homem. Isto porque, o Patrimônio Paisagístico compreende lugares que de alguma
forma trazem marcas da interação entre o homem e meio natural, resultado do conjunto de ações que integram o
Meio Ambiente Cultural.
Fonte: http://brasileiros.com.br/2012/07/rio-e-declarado-patrimonio-cultural-da-humanidade/

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Patrimônio Arqueológico...
O Patrimônio Arqueológico compreende todos os vestígios materiais da existência
humana, permitindo ao pesquisador compreender os Modos De Vida de uam região, no
passado, e pensá-los para o futuro.
Para entender melhor sobre essa relação homem e objeto a
ARQUEOLOGIA é a ciência que busca, por meio de estudos rigorosos,
reconstruir e interpretar os objetos, aqui chamados de vestígios
materiais, deixados pelo homem ao longo do tempo, seja em períodos
Pré-históricos ou históricos.
Arqueologia vem do grego que significa: Arkhaios (antigo) e logos
(conhecimento, estudo). Portanto, arqueologia é o estudo do que é
antigo.

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Pesquisas Arqueológicas...
A arqueologia está dividida em duas áreas de pesquisa:
Arqueologia Pré-histórica e Histórica
A Arqueologia Pré-Histórica estuda as culturas anteriores ao aparecimento e uso da escrita,
o que abarca quase toda a existência humana sobre a Terra, desde o início. No Brasil,
corresponde ao período anterior à chegada dos colonizadores europeus, compreendendo
a história indígena.
A Arqueologia Histórica junta o trabalho do Arqueólogo (estudo do registro arqueológico)
com o trabalho do Historiador (estudo dos textos de época e relatos orais). No Brasil a
Arqueologia Histórica se volta ao estudo dos objetos relacionados às ocupações humanas
que ocorreram a partir da chegada do colonizador europeu, no século XVI.
Estudando os objetos associados ao meio ambiente os arqueólogos (profissional que estuda
arqueologia) podem entender uma sucessão de informações sobre os grupos humanos que
os produziram, como por exemplo: as formas, os usos, as tecnologias e sua evolução, os
costumes e hábitos de quem viveu em um determinado território.
Vamos entender como é o trabalho do arqueólogo? A pesquisa arqueológica em campo é
dividida em quatro etapas:
• Diagnóstico
• Prospecção
• Resgate (Escavação)
• Monitoramento

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Etapas das pesquisas arqueológicas...
Diagnóstico: Durante essa etapa é realizado o reconhecimento da área em estudo, para isso
são desenvolvidos estudos bibliográficos, análises prévias em campo, análise de mapas e
objetos, entre outras coisas.
Prospecção: Essa etapa é quando o arqueólogo percorre a área analisando a superfície e
fazendo aberturas de sondagens, quando necessário, para encontrar vestígios que estejam
enterrados.
Resgate: Já nessa etapa, os sítios identificados e suas respectivas peças e vestígios são
recuperadas.
Monitoramento arqueológico: É o acompanhamento constante na fase de implantação
do empreendimento. O Arqueólogo deverá realizar o acompanhamento das ações do
empreendimento que inclui:
• Retirada de vegetação;
• Trabalho de terraplanagem;
• Implantação de canteiros de obras;
• Drenagem;
• E ainda qualquer outra atividade potencialmente causadora de danos ao patrimônio
arqueológico.

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Os resultados da pesquisa...
Os arqueólogos também necessitam de laboratórios para completar os estudos de
suas escavações. No caso da Arqueologia, o laboratório é o lugar para onde são
enviados os vestígios materiais coletados. Ali todos os materiais são separados, de
acordo com o local em que foram encontrados e recebem uma ficha de identificação,
para facilitar a pesquisa.
Os materiais passam então por um processo de limpeza, identificação, catalogação e
análise. A partir de todo esse trabalho é possível fazer comparações e interpretações
sobre as ocupações humanas que estão sendo pesquisadas.
Triagem dos vestígios Análise dos vestígios Catalogação dos Vestígios
Vestígio – Frag. De Faiança Vestígio Metal - Ferradura Vestígio – Fragmento de
Faiança

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Vestígios arqueológicos...
Entre os objetos feitos pela mão do homem, encontramos instrumentos e ferramentas em pedras
lascadas e polidas, potes, vasilhas de cerâmica, fogueiras, restos de alimentos, cachimbos,
garrafas de vidro, ossos, antigas habitações, abrigos com arte rupestre (pinturas e gravuras nas
rochas), louças e tantos outros encontrados durante as pesquisas
Exemplo de Gravura Rupestre
Rondônia
Exemplo de artefato lítico
São Paulo
Exemplo de Artafeatos Cerâmicos
Rondônia
Artefato em Porcelana
Pátio da Marítima, RJ
Arteafato em Porcelana
Pátio da Marítima, RJ
Artefato em Metal
Pátio da Marítima, RJ

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Verificando os conhecimentos...
Depois de tudo que aprendemos até aqui, vamos fazer uma atividade de
arqueólogo? Tente reconhecer os objetos das figuras e classificá-los em Pré-
Históricos e Históricos.
Escreva “P.H.” para os materiais Pré-Históricos e “H” para os materiais Históricos:
1
2
3
4
5
6

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Analise dos conhecimentos...
ComonaatividadeanteriorvocêjáconseguiuidentificarosvestígiosemPré-históricoseHistóricos,
vamos agora para a etapa laboratório. Analise as peças por meio das figuras e preencha a ficha
de análise.
Qual o nome do Objeto? De que material era feito?
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Quais são suas funções?
______________________________________________________________________________
Está inteiro ou fragmentado?
______________________________________________________________________________
Qual a sua coloração?
______________________________________________________________________________
É um material de origem pré-histórica ou histórica?
______________________________________________________________________________
Quais os cuidados que devemos ter com esse material?
______________________________________________________________________________
Qual o nome do Objeto? De que material era feito?
______________________________________________________________________________
Quais são suas funções?
______________________________________________________________________________
Está inteiro ou fragmentado?
______________________________________________________________________________
Qual a sua coloração?
______________________________________________________________________________
É um material de origem pré-histórica ou histórica?
______________________________________________________________________________
Quais os cuidados que devemos ter com esse material?
______________________________________________________________________________

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Atentos a Preservação...
Todos os sítios arqueológicos são protegidos por lei e é proibido destruí-los ou retirar seus
objetos, o que é considerado um crime contra o Patrimônio Nacional. Caso um dia você
encontre um sítio arqueológico, pode, e muito, ajudar na sua preservação.
Você pode ajudar!!!
• Em primeiro lugar, é muito importante
não recolher e nem retirar os objetos,
pois para a pesquisa arqueológica é
fundamental conhecer o local em que
eles foram encontrados;
• Em segundo lugar, não cave, remova a
terra ou retire a vegetação, não escreva
ou desenhe sobre a arte rupestre e não
jogue lixo na região;
• Por fim, conte a um adulto sobre sua
descoberta, para que ele possa avisar
o órgão responsável pela preservação
do sítio arqueológico. Existem órgãos
responsáveis na Prefeitura Municipal, no
Estado e na Federação.

38. 38
Preservação do Patrimônio Cultural...
Como vimos ao longo desta Cartilha, destruir ou perder o Patrimônio é apagar da
memória uma parte de nossa história e de nossas raízes. Todos estes testemunhos
constituem a herança cultural que nossos antepassados deixaram e que continua
viva em nossas vidas.
Ajude na preservação do Patrimônio Cultural brasileiro, que é de cada um de
nós.
Seja um Cientista Cidadão e participe também pelas Mídias Sociais do Programa:
Blog: http://www.documentoculturalaqwacorporate.com/
Museu Virtual: http://www.documentocultural.net/aqwacorporate/
Ou acesse lendo os QR Codes:

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Ficha Técnica
Coordenação Geral
L.D. Dra. Erika M. Robrahn-González – Arqueóloga, Antropóloga e Historiadora
Chief Culture Officer
Me. Gerson Levi Lazzaris, MA– Antropólogo e Arqueólogo
Gestor de Meio Ambiente Cultural
Me. Dagoberto Lopes
Coordenação de Educação Patrimonial
Dra. Marian Helen da S. G. Rodrigues - Arqueóloga, Literata e Psicopedagoga
Desenvolvimento de Conteúdo
Lucas Bernalli F. Rocha – Geografo / Arqueólogo Jr.
Jorlan S Oliveira - Arqueólogo e Pesquisador
Diagramação e Editoração
Eduardo Staudt de Oliveira - Gestor de Marketing, Especialista em Mídias Sociais e Arte Educador.
Revisão Institucional
Pedro Diniz Coelho de Souza - MSc International Public Policy - UCL
A equipe de desenvolvimento do Programa está especificada nos relatórios encaminhados ao IPHAN, de acordo com a
Portaria de Pesquisa publicada no D.O.U.

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