O documento apresenta um resumo de uma análise arqueológica das comunidades que habitaram a região da Serra da Arrábida em Portugal durante o período do Bronze Final. Recente pesquisa revelou novos sítios de povoamento, culto e atividade que sugerem a existência de um complexo populacional estruturado com diferentes assentamentos especializados e conectados por rotas de comunicação.
Arrábida no Bronze Final - leituras e narrativas Presentationarqueomike
O documento discute o povoamento da região da Serra da Arrábida durante o período do Bronze Final, com base em novos dados arqueológicos. Identificou vários sítios de habitat, necrópoles e "santuários naturais" que sugerem uma rede de povoamento organizada e articulada com rotas de comunicação por terra, rio e mar. A Arrábida parece ter tido um papel culturalmente diferenciado como ponto de troca e difusão de influências para o interior.
O documento descreve os resultados preliminares das escavações arqueológicas realizadas no sítio da Eira Velha, perto de Conimbriga. Os trabalhos puseram em evidência um entroncamento de estradas calcetadas romanas e vários edifícios associados a elas, datados entre o século I e IV d.C. Foram identificadas duas fases construtivas principais: a primeira compreendia um edifício do século I-II d.C. e a segunda um grande edifício residencial dos séculos II-III d.C.
Este documento resume as principais conclusões de um programa de pesquisa em patrimônio cultural e arqueológico conduzido no terreno onde será construído um empreendimento imobiliário na zona portuária do Rio de Janeiro.
1) As pesquisas identificaram vestígios arqueológicos como estruturas ferroviárias e artefatos associados às atividades portuárias passadas na região.
2) A análise de mapas históricos mostrou a evolução da paisagem e das ocupações urbanas ao longo
1) A Feira do ISED ocorrerá no dia 28 de novembro para apresentar trabalhos interdisciplinares de alunos da FUNEDI/UEMG e estreitar laços entre a academia e a sociedade.
2) Alunos do curso de História visitaram Paraty entre os dias 6 e 8 de novembro para conhecer a importante cidade histórica litorânea.
3) O boletim informativo apresenta eventos e cursos relacionados à História, como seminários em São José do Rio Preto e Campina Grande, e
O relatório descreve as atividades realizadas pela equipe técnica em dezembro de 2012 no âmbito do convênio com a CHESF, incluindo a elaboração de diagnósticos socioeconômicos, planos de comercialização e relatórios de acompanhamento de projetos sociais. Anexos fornecem detalhes adicionais sobre dados demográficos e socioeconômicos do município de Casa Nova.
O documento descreve a arte pré-histórica, dividida em três períodos: Paleolítico, com caça, coleta e instrumentos de pedra; Neolítico, com agricultura e cerâmica; e Idade dos Metais, com metalurgia e invenções. Detalha pinturas rupestres realistas em cavernas como Altamira e Lascaux, com animais da caça.
Encontros arte como arqueologia, arqueologia como arte (sara navarro, 2013)arqueomike
O documento discute o diálogo entre arte e arqueologia, propondo que a arte contemporânea pode oferecer novas perspectivas para a arqueologia. A autora sugere que sua própria prática artística, que se inspira em técnicas cerâmicas antigas, ilustra como a arte pode ser vista como arqueologia e vice-versa. Ela argumenta que os artistas podem contribuir para métodos arqueológicos menos positivistas e mais estéticos.
Arrábida no Bronze Final - leituras e narrativas Presentationarqueomike
O documento discute o povoamento da região da Serra da Arrábida durante o período do Bronze Final, com base em novos dados arqueológicos. Identificou vários sítios de habitat, necrópoles e "santuários naturais" que sugerem uma rede de povoamento organizada e articulada com rotas de comunicação por terra, rio e mar. A Arrábida parece ter tido um papel culturalmente diferenciado como ponto de troca e difusão de influências para o interior.
O documento descreve os resultados preliminares das escavações arqueológicas realizadas no sítio da Eira Velha, perto de Conimbriga. Os trabalhos puseram em evidência um entroncamento de estradas calcetadas romanas e vários edifícios associados a elas, datados entre o século I e IV d.C. Foram identificadas duas fases construtivas principais: a primeira compreendia um edifício do século I-II d.C. e a segunda um grande edifício residencial dos séculos II-III d.C.
Este documento resume as principais conclusões de um programa de pesquisa em patrimônio cultural e arqueológico conduzido no terreno onde será construído um empreendimento imobiliário na zona portuária do Rio de Janeiro.
1) As pesquisas identificaram vestígios arqueológicos como estruturas ferroviárias e artefatos associados às atividades portuárias passadas na região.
2) A análise de mapas históricos mostrou a evolução da paisagem e das ocupações urbanas ao longo
1) A Feira do ISED ocorrerá no dia 28 de novembro para apresentar trabalhos interdisciplinares de alunos da FUNEDI/UEMG e estreitar laços entre a academia e a sociedade.
2) Alunos do curso de História visitaram Paraty entre os dias 6 e 8 de novembro para conhecer a importante cidade histórica litorânea.
3) O boletim informativo apresenta eventos e cursos relacionados à História, como seminários em São José do Rio Preto e Campina Grande, e
O relatório descreve as atividades realizadas pela equipe técnica em dezembro de 2012 no âmbito do convênio com a CHESF, incluindo a elaboração de diagnósticos socioeconômicos, planos de comercialização e relatórios de acompanhamento de projetos sociais. Anexos fornecem detalhes adicionais sobre dados demográficos e socioeconômicos do município de Casa Nova.
O documento descreve a arte pré-histórica, dividida em três períodos: Paleolítico, com caça, coleta e instrumentos de pedra; Neolítico, com agricultura e cerâmica; e Idade dos Metais, com metalurgia e invenções. Detalha pinturas rupestres realistas em cavernas como Altamira e Lascaux, com animais da caça.
Encontros arte como arqueologia, arqueologia como arte (sara navarro, 2013)arqueomike
O documento discute o diálogo entre arte e arqueologia, propondo que a arte contemporânea pode oferecer novas perspectivas para a arqueologia. A autora sugere que sua própria prática artística, que se inspira em técnicas cerâmicas antigas, ilustra como a arte pode ser vista como arqueologia e vice-versa. Ela argumenta que os artistas podem contribuir para métodos arqueológicos menos positivistas e mais estéticos.
A Arrábida no Bronze Final - a Paisagem e o Homem | Presentationarqueomike
O documento descreve a paisagem e o povoamento humano na região da Serra da Arrábida durante o período do Bronze Final. Vários sítios arqueológicos são identificados, incluindo povoados, grutas que serviam como santuários e necrópoles. A análise sugere que a região era habitada por uma comunidade organizada que se articulava com as vias fluviais e marítimas.
Este documento descreve a arte do período do Bronze Final e Idade do Ferro na Península Ibérica, com foco na cultura castreja do noroeste peninsular. Detalha aspectos da ourivesaria, escultura, arquitetura e influências mediterrânicas nesta região entre os séculos IX a.C. a I d.C., apresentando diversos exemplos arqueológicos.
Roteiro histórico da pré-história à romanidadesilvartes
1) O documento descreve dois monumentos pré-históricos no concelho de Sintra - o Tholos da Praia das Maçãs e o Monumento Chamado do Monge.
2) O Tholos da Praia das Maçãs consiste em várias câmaras e corredores construídos em diferentes períodos, entre 3800-2700 a.C., e revela vários horizontes culturais.
3) O Monumento Chamado do Monge é um tholos com paredes de pedra e entrada delimitada, datado do período
As manifestações artísticas pré-cabralianas no Brasil incluem pinturas rupestres datadas de mais de 10.000 anos atrás, objetos de osso, chifre e pedra produzidos por diversas culturas, e cerâmica elaboradamente decorada de culturas como os Marajoaras e Santarens. A cerâmica dos Marajoaras apresentava vasos com formas antropomórficas e decoração pictórica, enquanto a dos Santarens se destacava por figuras em relevo. Diversas tradições regionais são identificadas
O documento descreve a arte das sociedades pré-históricas, desde o Paleolítico até a Idade dos Metais, abordando suas principais características e evoluções ao longo do tempo. Ele apresenta exemplos de pinturas rupestres, esculturas, arquitetura e outros artefatos produzidos nesses períodos, mostrando como a arte serviu para registrar atividades cotidianas e rituais dessas populações. Finalmente, aponta influências dessa arte ancestral em manifestações culturais contemporâneas.
Este documento discute a romanização tardia e peculiar do Noroeste de Portugal entre os séculos I a.C. e V d.C. A romanização foi um processo lento devido ao caráter conservador da região. No século IV havia uma população dispersa de pequenos agricultores vivendo em todas as planícies e vales, em contraste com as grandes explorações agrícolas encontradas em outras regiões. Braga e Chaves eram as maiores cidades, mas ainda pequenas em comparação com alguns castros.
O documento discute a arte no Paleolítico, mencionando:
1) As primeiras descobertas de arte rupestre no Paleolítico Superior na gruta de Altamira em 1879.
2) A recusa inicial dos especialistas em atribuir as pinturas de Altamira ao homem do Paleolítico.
3) Outros importantes sítios de arte rupestre no Paleolítico Superior incluem as grutas de Lascaux e o Vale do Côa em Portugal.
1. O documento descreve o roteiro medieval da vila de Sintra, Portugal, destacando locais históricos como o castelo, igrejas, e ruas.
2. Os muçulmanos estabeleceram-se na região de Sintra por causa da fertilidade da terra e paisagens naturais. Eles fundaram a vila de Sintra e deixaram sua marca na toponímia e traçado das ruas.
3. O castelo de Sintra provavelmente tem origens muçulmanas, como evidenciado pela cisterna dentro dos muro
O documento descreve as descobertas arqueológicas realizadas no Projeto Arqueológico Palmares na Serra da Barriga, local considerado parte do antigo quilombo de Palmares. Foram identificados 14 sítios arqueológicos datados do século XVII, contendo principalmente cerâmica vidrada e fragmentos. Um achado importante foi um grande vaso enterrado contendo dois machados de pedra e cerâmica no interior, possivelmente um depósito ritual.
O documento descreve a arte rupestre da Pré-História, desde o Paleolítico até a Idade dos Metais, incluindo exemplos de pinturas e construções em diferentes regiões do mundo e no Brasil. As principais informações são: a arte rupestre do Paleolítico Superior se caracterizava pelo naturalismo nas pinturas de animais; no Neolítico surgiram a cerâmica ornamentada e as primeiras construções de pedra; e exemplos de arte rupestre brasileira incluem sítios datados de 32 mil a 2 mil anos atrás na região
Trabalho Sobre Quinta Das Fráguas Carla CampanelaMonteiroPaula
O documento descreve uma inscrição rupestre pré-romana encontrada no Cabeço das Fráguas em Portugal. Detalha as divindades mencionadas na inscrição - Trebopala, Laebo, Iccona Loiminna, Trebaruna e Reva - e as oferendas sacrificiais associadas a cada uma: uma ovelha para Trebopala e Trebaruna, um porco para Laebo, possivelmente uma vaca para Iccona Loiminna, e um touro para Reva. A análise sugere que as oferendas divergem dos rit
O documento descreve a longa história arqueológica do território de Vila do Bispo, com evidências de ocupação humana datando de há 33 mil anos no abrigo rochoso de Vale de Boi. Detalha achados de diferentes períodos como o Mesolítico, Neolítico, Idade do Bronze e Idade do Ferro, incluindo sítios como a Cabranosa e a Ingrina. Também menciona registos históricos desde a época romana até à Idade Média, destacando Vila do Bispo como
Este capítulo discute a arqueologia dos Campos Gerais do Paraná. A região foi inicialmente ocupada por povos caçadores-coletores das tradições Paleoíndios e Umbu há cerca de 10.000 anos. Posteriormente, entre 4.000 e 2.000 anos atrás, surgem os primeiros vestígios de agricultores e ceramistas das tradições Itararé-Taquara e Tupiguarani. O capítulo descreve os achados arqueológicos destes diferentes grupos e as leis de proteção
Este documento discute evidências arqueológicas de uma tradição cerâmica chamada Pocó-Açutuba datada do primeiro milênio a.C. na bacia amazônica. A tradição é marcada por cerâmicas decoradas encontradas em sítios ao longo de rios principais e seus tributários. Estudos de caso mostram ocupações associadas à formação inicial de solos férteis conhecidos como terras pretas. A dispersão desta tradição sugere que grupos humanos estavam modificando a pais
O documento discute a arte pré-histórica no Brasil, incluindo arte rupestre, objetos, instrumentos decorados, esculturas e cerâmicas. Apresenta exemplos de arte rupestre, zoólitos, ídolos, muirakitãs e as tradições cerâmicas Marajoara, Santarém, Maracá e Tupiguarani.
O documento discute a arte rupestre, fósseis e sítios arqueológicos na Bahia, descrevendo exemplos de pinturas nas cavernas, achados de fósseis humanos e animais, e locais como museus e parques que preservam o patrimônio histórico do estado.
UFCD - STC6 - Modelo Urbanismo e MobilidadeNome Sobrenome
O documento descreve o Concelho de Mafra em Portugal, destacando suas características geográficas, históricas e culturais. Mafra está localizada entre Lisboa e a Região Oeste e possui vales encaixados, costa atlântica com pequenas praias e patrimônio cultural e natural significativos, como o Palácio Nacional de Mafra e a Tapada Nacional. O documento também menciona os principais assentamentos humanos, a gastronomia local e eventos culturais do Concelho.
A colecção “Cadernos do Património” pretende promover e dar a conhecer o património cultural de assinalável valor histórico, arquitectónico, arqueológico e artístico dos Vales do Côa e Águeda e da Raia, numa perspectiva de divulgação, juntando fotografia e textos que contribuam para a valorização desse território de valor único.
Este é o seu primeiro número, construído na sequência do "Encontro Transfronteiriço de Património e Poesia" organizado pela RIBACVDANA em 2020. Este Encontro teve como propósito alertar para o foco humanista no uso da cultura, dar relevo aos valores sociais do património e novas formas de pensar e trabalhar que respeitem e apoiem os novos paradigmas culturais e patrimoniais. E, ao mesmo tempo, reflectir sobre a própria natureza e o papel da cultura e do património na sociedade contemporânea.
O projecto “Fotografar a Lenda” integrou o Encontro. Desafiou um grupo de fotógrafos a virem ao Bizarril, uma pequena aldeia do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, para fotografarem as suas lendas e contarem histórias com a fotografia.
O primeiro número de "Cadernos do Património" é, pois, dedicado ao Bizarril, à Capela de Nossa Senhora de Monforte e ao Castelo de Monforte. Conta com os contributos dos fotógrafos: Adelino Marques; António J. Gonçalves; António Martins Teixeira; Augusto Lemos; Conceição Magalhães; Filipe Carneiro; Jorge Pedra; Jorge Velhote; Renato Roque; Rui Campos e Sofia Aroso, dos historiadores Carlos Caetano, Filomena Barata e Tiago Ramos e do poeta Jorge Velhote.
O documento discute a chegada dos primeiros humanos na América, datas de pinturas rupestres no Brasil, técnicas de fabricação de tintas para pinturas, tipos de motivos nas pinturas (naturalistas e geométricos), arquitetura dos primeiros assentamentos humanos, utensílios, religiões e vários sítios arqueológicos brasileiros contendo arte rupestre e seus achados.
Este documento descreve a riqueza arqueológica do concelho de Vila do Bispo no Algarve, que possui mais de 200 novos sítios arqueológicos identificados. O arqueólogo municipal Ricardo Soares está desenvolvendo um mapeamento de todos os sítios para contar a história do território. Vila do Bispo tem a maior concentração de monumentos megalíticos da Península Ibérica e sítios importantes como Vale Boi e Boca do Rio, mas há muito mais para descobrir.
Escavações arqueológicas na jazida de Vale Boi, no Algarve, estão perto do fim após duas décadas, tendo encontrado artefatos que datam de há mais de 30 mil anos. Os arqueólogos encontraram milhares de ossos e ferramentas de pedra que fornecem informações sobre as primeiras comunidades humanas na região. Embora as escavações devem terminar em breve, os pesquisadores ainda têm material suficiente para estudar por mais 20 anos.
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Este documento descreve a arte do período do Bronze Final e Idade do Ferro na Península Ibérica, com foco na cultura castreja do noroeste peninsular. Detalha aspectos da ourivesaria, escultura, arquitetura e influências mediterrânicas nesta região entre os séculos IX a.C. a I d.C., apresentando diversos exemplos arqueológicos.
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1) O documento descreve dois monumentos pré-históricos no concelho de Sintra - o Tholos da Praia das Maçãs e o Monumento Chamado do Monge.
2) O Tholos da Praia das Maçãs consiste em várias câmaras e corredores construídos em diferentes períodos, entre 3800-2700 a.C., e revela vários horizontes culturais.
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O documento descreve a arte das sociedades pré-históricas, desde o Paleolítico até a Idade dos Metais, abordando suas principais características e evoluções ao longo do tempo. Ele apresenta exemplos de pinturas rupestres, esculturas, arquitetura e outros artefatos produzidos nesses períodos, mostrando como a arte serviu para registrar atividades cotidianas e rituais dessas populações. Finalmente, aponta influências dessa arte ancestral em manifestações culturais contemporâneas.
Este documento discute a romanização tardia e peculiar do Noroeste de Portugal entre os séculos I a.C. e V d.C. A romanização foi um processo lento devido ao caráter conservador da região. No século IV havia uma população dispersa de pequenos agricultores vivendo em todas as planícies e vales, em contraste com as grandes explorações agrícolas encontradas em outras regiões. Braga e Chaves eram as maiores cidades, mas ainda pequenas em comparação com alguns castros.
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1) As primeiras descobertas de arte rupestre no Paleolítico Superior na gruta de Altamira em 1879.
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3) Outros importantes sítios de arte rupestre no Paleolítico Superior incluem as grutas de Lascaux e o Vale do Côa em Portugal.
1. O documento descreve o roteiro medieval da vila de Sintra, Portugal, destacando locais históricos como o castelo, igrejas, e ruas.
2. Os muçulmanos estabeleceram-se na região de Sintra por causa da fertilidade da terra e paisagens naturais. Eles fundaram a vila de Sintra e deixaram sua marca na toponímia e traçado das ruas.
3. O castelo de Sintra provavelmente tem origens muçulmanas, como evidenciado pela cisterna dentro dos muro
O documento descreve as descobertas arqueológicas realizadas no Projeto Arqueológico Palmares na Serra da Barriga, local considerado parte do antigo quilombo de Palmares. Foram identificados 14 sítios arqueológicos datados do século XVII, contendo principalmente cerâmica vidrada e fragmentos. Um achado importante foi um grande vaso enterrado contendo dois machados de pedra e cerâmica no interior, possivelmente um depósito ritual.
O documento descreve a arte rupestre da Pré-História, desde o Paleolítico até a Idade dos Metais, incluindo exemplos de pinturas e construções em diferentes regiões do mundo e no Brasil. As principais informações são: a arte rupestre do Paleolítico Superior se caracterizava pelo naturalismo nas pinturas de animais; no Neolítico surgiram a cerâmica ornamentada e as primeiras construções de pedra; e exemplos de arte rupestre brasileira incluem sítios datados de 32 mil a 2 mil anos atrás na região
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O documento descreve uma inscrição rupestre pré-romana encontrada no Cabeço das Fráguas em Portugal. Detalha as divindades mencionadas na inscrição - Trebopala, Laebo, Iccona Loiminna, Trebaruna e Reva - e as oferendas sacrificiais associadas a cada uma: uma ovelha para Trebopala e Trebaruna, um porco para Laebo, possivelmente uma vaca para Iccona Loiminna, e um touro para Reva. A análise sugere que as oferendas divergem dos rit
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Este capítulo discute a arqueologia dos Campos Gerais do Paraná. A região foi inicialmente ocupada por povos caçadores-coletores das tradições Paleoíndios e Umbu há cerca de 10.000 anos. Posteriormente, entre 4.000 e 2.000 anos atrás, surgem os primeiros vestígios de agricultores e ceramistas das tradições Itararé-Taquara e Tupiguarani. O capítulo descreve os achados arqueológicos destes diferentes grupos e as leis de proteção
Este documento discute evidências arqueológicas de uma tradição cerâmica chamada Pocó-Açutuba datada do primeiro milênio a.C. na bacia amazônica. A tradição é marcada por cerâmicas decoradas encontradas em sítios ao longo de rios principais e seus tributários. Estudos de caso mostram ocupações associadas à formação inicial de solos férteis conhecidos como terras pretas. A dispersão desta tradição sugere que grupos humanos estavam modificando a pais
O documento discute a arte pré-histórica no Brasil, incluindo arte rupestre, objetos, instrumentos decorados, esculturas e cerâmicas. Apresenta exemplos de arte rupestre, zoólitos, ídolos, muirakitãs e as tradições cerâmicas Marajoara, Santarém, Maracá e Tupiguarani.
O documento discute a arte rupestre, fósseis e sítios arqueológicos na Bahia, descrevendo exemplos de pinturas nas cavernas, achados de fósseis humanos e animais, e locais como museus e parques que preservam o patrimônio histórico do estado.
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Este é o seu primeiro número, construído na sequência do "Encontro Transfronteiriço de Património e Poesia" organizado pela RIBACVDANA em 2020. Este Encontro teve como propósito alertar para o foco humanista no uso da cultura, dar relevo aos valores sociais do património e novas formas de pensar e trabalhar que respeitem e apoiem os novos paradigmas culturais e patrimoniais. E, ao mesmo tempo, reflectir sobre a própria natureza e o papel da cultura e do património na sociedade contemporânea.
O projecto “Fotografar a Lenda” integrou o Encontro. Desafiou um grupo de fotógrafos a virem ao Bizarril, uma pequena aldeia do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, para fotografarem as suas lendas e contarem histórias com a fotografia.
O primeiro número de "Cadernos do Património" é, pois, dedicado ao Bizarril, à Capela de Nossa Senhora de Monforte e ao Castelo de Monforte. Conta com os contributos dos fotógrafos: Adelino Marques; António J. Gonçalves; António Martins Teixeira; Augusto Lemos; Conceição Magalhães; Filipe Carneiro; Jorge Pedra; Jorge Velhote; Renato Roque; Rui Campos e Sofia Aroso, dos historiadores Carlos Caetano, Filomena Barata e Tiago Ramos e do poeta Jorge Velhote.
O documento discute a chegada dos primeiros humanos na América, datas de pinturas rupestres no Brasil, técnicas de fabricação de tintas para pinturas, tipos de motivos nas pinturas (naturalistas e geométricos), arquitetura dos primeiros assentamentos humanos, utensílios, religiões e vários sítios arqueológicos brasileiros contendo arte rupestre e seus achados.
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Escavações arqueológicas na jazida de Vale Boi, no Algarve, estão perto do fim após duas décadas, tendo encontrado artefatos que datam de há mais de 30 mil anos. Os arqueólogos encontraram milhares de ossos e ferramentas de pedra que fornecem informações sobre as primeiras comunidades humanas na região. Embora as escavações devem terminar em breve, os pesquisadores ainda têm material suficiente para estudar por mais 20 anos.
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PALAVRAS CHAVE: promontório, sacralização, monumentalização, Megalitismo, Sagres.
ABSTRACT: The territory of Promontory Sagres (Sagres, Vila do Bispo, Portugal) expresses a remote, continuous and intense magical-religious vocation and exploration, operating since the beginning of its human occupation until nowadays, reality we intend to emerge throw a shared and complementary speech, between archaeological research and historical interpretation, among our menhirs and the cult of Saint Vincent...
KEYWORDS: promontory, sacralization, monumentalization, Megalithism, Sagres.
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Notícia explicativa da Carta Geológica de Vila do Bispo (1979)arqueomike
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2. a arrábida no bronze final –
leituras e narrativas
Ricardo Soares / FLUL / arqueo.mike@gmail.com
Resumo
Análise de questões relacionadas com as estratégias de povoamento, opções de culto, exploração de recursos
disponíveis e vias de trânsito trilhadas pelas comunidades que habitaram o território da Serra da Arrábida no
decorrer do Bronze Final. Tratando se de um tema escassamente estudado, mas onde já afloravam contextos
‑
particularmente sugestivos, entendeu se oportuno avançar com um inédito trabalho de síntese dos dados
‑
disponíveis. A hora ainda não permite obter uma perspectiva sincrónica e de “curta duração”, ainda assim,
a informação produzida sugere um coerente complexo demográfico, instalado num território específico e
individualizado, com algum grau de diferenciação e de ordenamento político‑administrativo, insinuando uma
forte articulação com as vias de comunicação, muito em especial as fluvio marítimas.
‑
Abstract
Analysis of issues related to settlement strategies, cult options, exploration of available resources and transit
routes threshed by the communities that inhabited the territory of the Arrábida range (Setúbal/Portugal) dur‑
ing the Late Bronze Age. This is a poorly studied subject, but particularly suggestive contexts have arisen, and
it seemed appropriate to bring forward an unprecedented summary of available data. Time does not provide a
synchronic and “short time” perspective. Still, the information produced suggests a coherent complex demo‑
‑
graphic, installed in a specific and individualized territory, with some degree of political administrative differ‑
‑
entiation, suggesting a strong connection with the communication routes, most markedly the fluvial marine.
‑
Notas introdutórias
Genericamente, o trabalho aqui apresentado pretende
contribuir para a construção de um modelo relativo
às estratégias de povoamento das comunidades que
habitaram o território da região da Arrábida, no de
correr do período histórico convencionalmente de
‑
si nado de “Bronze Final” (entenda se em lato sen
g
‑
su). Trata‑se do resumo possível da investigação pro
duzida pelo signatário ao longo dos últimos cinco
anos, apresentada na fórmula de Dissertação de Mes‑
trado à Faculdade de Letras da Universidade de
Lisboa, sob o título A Arrábida no Bronze Final – a
Paisagem e o Homem (Soares, 2013).
A investigação focou se nas áreas da Serra da Ar
‑
rábida, propriamente dita, e da Serra do Risco, es
tendendo se para poente até às serras dos Pi hei
‑
n
rinhos e da Azóia, na plataforma de abrasão do Cabo
Espichel, e para nascente até à “PréArrábida” de
‑
São Luís, dominante sobre a foz do Sado.
Para o efeito, a Arrábida, cordilheira que coroa a
601
Arqueologia em Portugal – 150 Anos
Pe ínsula de Setúbal, foi entendida como um ter
n
riório “entre águas”, definido e circunscrito pelo
t
Tejo, pelo Sado e pelo Oceano, um território de
char ei a entre o Atlântico e o Mediterrâneo, en‑
n r
tre o litoral e o interior, um excepcional ponto de
convergência de linhas naturais de acessibilidade e
transitabilidade (terrestres, fluviais e marítimas).
Um território que, sendo favorecido por um con‑
junto de particularidades geográficas, designada‑
mente as suas excelentes condições de defesa e abri‑
go de costa, disponibilidade de recursos hídricos,
marinhos e ci egéticos e fertilidade dos seus vales,
n
proporcionou um oportuno quadro, em termos de
fixação humana e ao longo da história, particular‑
mente no decurso do Bronze Final.
Neste quadro também foram considerados os lo
cais de culto, ou seja, as necrópoles e os prováveis
“santuários naturais”, e a dimensão estética das pai
sagens, aspecto que talvez não tenha sido indife
rente às comunidades que por lá se instalaram.
Tratando se de um tema e de uma região deficita
‑
3. riamente estudados, mas onde já afloravam con‑
textos arqueológicos particularmente sugestivos,
nomeadamente o povoado do Castelo dos Mouros, a
Lapa do Fumo e o monumento funerário da Roça do
Casal do Meio, entendeu‑se (pois) oportuno avançar
com uma tentativa de síntese, complementada pe
‑
las novidades emergentes das campanhas de pros
pecção arqueológica e espeleológica enquadra as
d
pelas cartas arqueológicas de Sesimbra (Calado &
alii, 2009) e de Setúbal Arrábida (Calado, no pre
‑
lo), projectos coordenados por Manuel Calado e
integrados pelo signatário na qualidade de arqueó
logo, espeleólogo e fotógrafo, e que têm permitido
ampliar significativamente a base de dados relativa a
algumas facetas da questão.
Assumese, é claro, como um exercício parcial
‑
mente especulativo, tendo em conta o facto de os
disponíveis dados de povoamento resultarem uni‑
camente de recolhas de superfície, com carências
em termos de sincronias e diacronias. Recorde se,
‑
aliás, que as únicas escavações realizadas em con
textos da Idade do Bronze da Arrábida se re ortam
p
exclusivamente a sítios de vocação ritual/funerária,
levadas a cabo na Lapa do Fumo, na Roça do Casal
do Meio e na Lapa da Furada.
Ainda assim, facto é que a Arrábida se afigura hoje
como um interessante “iceberg de Bronze”, no qual
se pode descortinar uma florescente e vigorosa cota
emersa no horizonte cultural da última fase da
Idade do Bronze do Sul da Estremadura.
“Prequela” – os indícios conhecidos
(1897‑2007)
Até 2007, a informação relativa aos achados en
quadráveis na Idade do Bronze identificados na re
gião da Arrábida resumiamse aos seguintes con
‑
textos e artefactos: os dois machados de alvado em
bronze supostamente referenciados em “Alfarim”,
Sesimbra (Serrão, 1967, 1973, 1975, 1994); os bron
zes de Pedreiras, em Sesimbra, concretamente um
machado de alvado de duplo anel lateral e uma foi
ce de talão (ob. cit.); o povoado de altura do Cas elo
t
dos Mouros, na vertente norte da Serra da Arrá
bida, em Setúbal (Rasteiro, 1897; Silva & Soaes,
r
1986; Ferreira & alii, 1993); o monumento e espólio
funerário da Roça do Casal do Meio, em Se imbra
s
(Spindler & alii, 197374; Vilaça & Cunha, 2005;
‑
Harrison, 2007); o espólio cerâmico da Lapa do
Fumo, na Serra dos Pinheirinhos (Sesimbra), com
destaque para a primeira aparição publicada no
nosso país dos chamados “ornatos brunidos” (Ser
‑
rão, 1958, 1959, 1973, 1975, 1994); o conjunto ar
queológico exumado na Lapa da Furada, na Serra da
Azóia, em Sesimbra (Serrão, 1973, 1994; Cardoso,
1993, 1997; Cardoso & Cunha, 1995). De acrescen‑
tar, ainda, o Castro de Chibanes, na Serra do Louro
em Palmela, e a já desaparecida Lapa da Rotura, na
Serra de São Luís em Setúbal, arqueossítios onde
foram referidas cerâmicas de “ornatos brunidos”
(Silva & Soares, 1986, cf. Spindler & alii, 1973‑74).
“Sequela” – os novos dados (2007‑2012)
A estes dispersos vestígios, no conjunto bem in
si uantes, uma mais recente investigação (incor‑
n
porada pelo signatário) tem vindo a averbar novas
evidências de ocupação humana enquadráveis em
cronologias do Bronze Final e da 1.ª Idade do Ferro:
Carta Arueológica de Sesimbra (2007
q
‑2009 –
Calado & alii, 2009); Carta Arqueológica de Setúbal
‑Arrábida (2010 2013 – Calado, no prelo); escavação
‑
da Lapa da Cova, na Serra do Risco, Sesimbra (2010
‑2011 – Soares, 2013); prospecções espeleológicas do
Centro de Estudos e Actividades Especiais da Liga
para a Protecção da Natureza (2008 2010 – Soares,
‑
2013); e investigação pessoal do autor (20072012
‑
– Soares, 2009, 2013). Nestes trabalhos, os antigos
sítios foram revisitados à luz de perspectivas mais
panorâmicas e actualizadas, havendo mesmo casos
de redefinição de cronologias de ocupação anterior‑
mente publicadas.
O “mundo quotidiano” – sítios
de habitat
Chegados aqui, torna‑se possível propor um esboço
para um emergente complexo populacional, mani
festado por diversos sítios de habitat aparentemen‑
te inter relacionáveis e com funções distintas, mas
‑
com lementares: o povoado de altura do Castelo
p
dos Mouros – o povoado central? (Soares, 2013);
o povoamento aberto das Terras do Risco – a base
agro‑pastoril? (Calado & alii, 2009; Soares, 2013);
o povoado de altura da Serra da Cela, anterior‑
mente classificado como “Neolítico/Calcolítico”
(Costa, 1907; Ferreira & alii, 1993), redefinindo se
‑
agora a sua cronologia para “Bronze Final”– a “por‑
ta do mar”, a base portuária? (Soares, 2009, 2013);
o povoado de cumeada de Valongo – o “vértice de
602
4. atalaia”? (Soares, 2013); e o sítio da Quinta do Pi
cheleiro – um “casal agrícola”? (ob. cit.).
O “universo do sagrado” –
necrópoles e “santuários naturais”
Entre os conhecidos sítios de vocação mágico reli
‑
giosa, individualizase, pela sua muito discutida
‑
ex ep ionalidade, o monumento funerário da Roça
c c
do Casal do Meio, a única estrutura destinada ao
culto dos mortos até ao momento identificada na
Arrábida do Bronze – um tholos calcolítico recons‑
truído e reocupado no Bronze Final (Harrison,
2007; Calado & alii, 2009; Soares, 2013). No hori‑
zonte poente, na “rota do cabo”, a “finisterra sagra‑
da” das lapas do Fumo (uma “gruta santuário”?) e
‑
da Furada (outra “gruta santuário”?), espaços pro‑
‑
duzidos por acção da Natureza e posteriormente ex‑
plorados pelo Ho em, enquadrando se no âmbito
m
‑
dos eventuais “san uários naturais”. No epicentro
t
da presumível área de povoamento do Bronze, em
pleno Portinho da Arrábida, destaque, ainda, para
um possível “san uário natural” na Fenda (Soares,
t
2013) e para a Gruta do Médico, cavidade onde re‑
centemente foram do u entados restos antropo‑
c m
lógicos associados a ceâmica manual brunida –
r
“gruta‑santuário”/necrópole (Soares, 2013).
A rede de povoamento – leituras
e narrativas
Feito o ponto da situação no estado da investiga‑
ção, mesmo descontando a falta de escavações e de
in mações cronométricas que permitam atestar
for
diacronias e confirmar presumíveis sincronias, tor
na se possível, a partir dos dados coligidos, tecer um
‑
conjunto de observações que permitem considerar
um complexo demográfico, durante os finais da Ida
de do Bronze (entenda se em sentido muito amplo)
‑
e num território específico e individualizado, com
algum grau de diferenciação e de ordenamento po
líticoadministrativo, sugerindo, desde logo, uma
‑
forte articulação com as vias de comunicação, muito
em especial as fluvio marítimas. A leitura do terre‑
‑
no permite, ainda, uma certa distinção entre duas
diferenciadas áreas geológicas e de ocupação: a “Pré
‑Arrábida” (serras de São Luís, do Louro e de São
Francisco) como preferencial território calcolítico;
e as serras da Arrábida e do Rico como território de
eleição para a Idade do Bronze.
603
Arqueologia em Portugal – 150 Anos
À partida destaca se, na história da investigação e
‑
pea própria invulgaridade, o monumento funerá‑
l
rio da Roça do Casal do Meio, a que faltava, contu‑
do, uma efectiva compreensão fundacional, ou seja,
um povoado (ou povoados) que tenham justificado
es e empreendimento dos vivos, dedicado aos seus
t
mortos. Com as recentes e já referidas campanhas
de prospecção, foi finalmente revelado este lacunar
mundo quotidiano: o povoado do Neolítico Final/
Calcolítico dos Ouriços, identificado nas Terras do
Risco, à vista da Roça do Casal do Meio e onde te‑
rão habitado os presumíveis construtores do tholos
original (Calado & alii, 2009; Soares, 2013); e a ex‑
tensa malha de povoamento do Bronze Final, assi‑
nalada ao longo de todo o perímetro prospectável
das Terras do Risco, onde aparentemente terão ha
bitado alguns dos indígenas reconstrutores do mo
numento (ob. cit.).
Mas qual seria o papel do monumento funerário da
Roça do Casal do Meio, reerguido entre as Terras do
Risco e o Castelo dos Mouros? Quem seriam aqueles
homens notavelmente diferenciados na mor e, se‑
t
pultados a meio caminho entre o seu “Cas
telo” e as
suas “Terras”, dominando‑as mesmo além morte?
É de admitir que esta extensa área de povoamento
aberto nas Terras do Risco se encontraria associada
a um vasto complexo geoestratégico de ocupação, do
qual fariam parte outros sítios atribuíveis ao Bronze
Final: os “clássicos” povoados de altura e de cumeada
(o Castelo dos Mouros, a Serra da Cela e Valongo) e
os respectivos “santuários”/ne ró oles (a Roça do
c p
Casal do Meio e as grutas). Nesta conjuntura, ainda
devem ser considerados o pequeno “casal agrícola” da
Quinta do Picheleiro e, eventualmente, o mal conhe‑
cido (tendo em conta os crónicos condicionalismos
da arqueologia urbana) povoamento de Caetobriga,
instalado na foz do Sa o, na actual cidade de Setúbal
d
(Silva & Soares, 1986; Silva, 1990; Soares, 2000a;
Arruda, 19992000). Todos estes indícios podem
‑
ser ponderados numa coerente rede de povoamento,
na qual os ele entos mais destacados são, evidente‑
m
mente, o Castelo dos Mouros, pelo seu investimento
consrutivo e inexpugnável defensabilidade; a área
t
de po oamento das Terras do Risco, ocupando uma
v
área excepcionalmente ampla; e a Serra da Cela, con
troladora da “porta do mar” do Portinho.
Por um lado, os dados tendem a favorecer a cen
tralidade regional do povoamento do Risco, aten
dendo à sua dimensão, à evidente relação com a
Roça do Casal do Meio e à sugestiva proximidade
5. com outros povoados de altura, destacandose a
‑
franca intervisibilidade com o Castelo dos Mouros.
Todavia, o Castelo dos Mouros também revela ca
ra terísticas únicas para se impor como justo can
c
didato à centralidade da rede de povoamento.
As suas muralhas não têm rival no contexto regi
o
nal. Apru a amente erguidas em “aparelho cicló
m d
pico”, doumentam um ímpar investimento, só
c
jus i ável por um carácter muito especial na rede
t fic
de povoamento.
Por seu turno, a Serra da Cela, tendo em conta a sua
implantação, relativamente ao mar e ao fundeadouro
natural do Portinho, também poderá ter assu ido
m
um papel de povoado central. Mais! Se tomarmos
em conta o seu perímetro naturalmente fortificado,
com uma maior área de implantação em compara‑
ção com o Castelo dos Mouros, o povoado da Cela
poderia albergar um maior número de habitantes,
confrontação que pode ser tida em conta na hierar‑
quização dos povoados conhecidos. Porém, a Cela
perde alguns pontos no “ranking” da centralidade,
por se encontrar mais distante e sem intervisibilida‑
de relativamente à Roça do Casal do Meio e às Terras
do Risco. Assim, parece mais razoável atribuir lhe
‑
apenas um exclusivo des
taque funcional, enquanto
estabelecimento conrolador do presumível porto.
t
No “coração” da Arrábida, em pleno Portinho, este
povoado encontra‑se intimamente relacionável com
sítios de vocação eminentemente ritual, destacando
‑se a sua “umbilical” ligação com a Fenda (“santuário
natural”?) e a proximidade relativamente à Gruta do
Médico (“gruta‑santuário”?/necrópole).
Quanto à lógica de centralidade das Terras do Ris
co, além da defesa proporcionada pela serra e pelo
Castelo dos Mouros, salta à vista a aparente des
protecção dos seus flancos poente e norte, não tendo
sido iden ificados, até ao momento e apesar de “tei‑
t
mosas” prospecções, quaisquer sinais de dispositivos
defensivos ou de associáveis povoamentos de altura.
Nesta conjectural conjuntura, e justificando a sua
inaudita área, mesmo descontando o actual des o
c
nhe imento do seu substrato cronológico e dos res‑
c
pectivos timings de ocupação (sincronias e diacro‑
nias), o povoamento do Risco, implantado ao longo
de toda a orla do mais fértil vale (polje) da região, po‑
derá ter sido formado por uma solidária rede de pe‑
quenos “casais agrícolas”, todos regidos por uma su‑
bordinação imposta pela eventual sede de chefatura
no Castelo dos Mouros, constituindo a base agro
‑pastoril da referida macroestrutura de povoamento.
Posto isto, torna se bastante razoável considerar o
‑
povoado do Castelo dos Mouros como a podero‑
sa capital desta presumível rede de povoamento, a
mo
rada das suas dominantes elites – os “proto lati
‑
fundiários” controladores das subsidiárias paisagens
adjacentes, designadamente do “celeiro” do Risco.
Mais acima, no topo da Arrábida, de assinalar o am‑
plo domínio visual, a partir do “vértice de atalaia”
aparentemente instalado no povoado de cumea‑
da de Valongo, sobre o litoral, Portinho e Serra da
Cela, e o interior, Castelo dos Mouros, Terras do
Risco e Quinta do Picheleiro, sítios que parecem
ocupar posições aparentemente distintas e com‑
plementares. O esporão do Castelo dos Mouros do‑
mina por inteiro o fértil vale paralelo e a norte da
Serra que, vindo da “Pré Arrábida”, desemboca no
‑
polje do Risco. A Serra da Cela, um esporão que se
destaca na vertente oposta, sobre o mar, assume se
‑
claramente como o guardião da excelente enseada
do Portinho. Por fim, o discreto arqueossítio da
Quinta do Picheleiro, de eminente vocação rural
(documentada pela ocorrência de elementos de foi‑
ce em sílex, de gume denticulado), permite antever
outros suspeitáveis “casais agrícolas” naquelas fér‑
teis imediações.
À imagem do monumento funerário da Roça do
Casal do Meio, também as muralhas do Castelo dos
Mouros revestem-se de uma poderosa carga simbó‑
lica, marcando a paisagem envolvente. Se do alto do
Castelo dos Mouros é possível controlar visualmente
toda a área das Terras do Risco, a partir deste exten‑
so povoamento, aberto nas terras baixas, a silhueta
do monte em crista do Castelo dos Mouros surge no
horizonte como uma incontornável marca de po‑
der. A sua elevada defensabilidade, além de símbolo
paisagístico, constituiria, seguramente, um baluar‑
te para as elites governantes, um recinto defensivo
contra ataques exteriores e, sobretudo, contra o pró‑
prio campesinato subsidiário – “um ar
quitectónico
discurso de poder”. A implantação dos principais
povoados, “eriçados” nas mais dest acadas elevações
(para verem e serem vistos) e junto de importantes
cruzamentos de caminhos na
turais, permitia lhes
‑
controlar e portajar os cir uitos de transitabilidade,
c
possibilitando um desenolvimento regional em
v
boa parte assente na gestão da circulação de pessoas
e bens.
604
6. Recursos, vias e trânsito – a “Rota
do Sal” e A “Síndrome do Marinheiro”
Desenhado um possível esboço para a rede de po
vomento, tornase possível tecer alguns consi e
a
‑
d
randos relativamente ao acesso e exploração dos re
cursos disponíveis e das vias de circulação trilhadas
por estas gentes.
Relativamente aos seus recursos, é importante real
çar o facto de a Arrábida não apresentar qualquer
poencial mineiro. Mesmo descontando a falta de
t
escavações nos arqueossítios conhecidos, incluindo
o Calcolítico, período em que a investigação atingiu
um conhecimento mais aprofundado, a região não
parece evidenciar uma significativa actividade me‑
talúrgica, sendo residuais as manifestações desta
tecnologia, resumidas a contextos familiares e de
autoconsumo.
Ora, se admitirmos o metal como uma das prin‑
cipais fontes do poder das emergentes elites do
Bronze, resta para a Arrábida um papel de importa‑
dor, de consumidor e, sobretudo, de intermediário
nesta cadeia, usufruindo da sua dominante situação
face a importantes vias de comunicação.
Mas será que os dividendos obtidos com a circu‑
lação de matériasprimas de mineração e de bens
‑
me á icos foram suficientes para justificar o grau de
t l
deenvolvimento atingido pelas comunidades da
s
Arrábida? Não será de considerar outras “moedas
de troca”, designadamente a expedição de algum
excedente cerealífero – “talvez os únicos bens sus
ceptíveis de serem produzidos excedentariamente na
Baixa Estremadura” (Cardoso, 2000, p. 67). Pouco
credível! Os férteis vales da Serra apenas poderiam
satisfazer as necessidades locais, sem áreas sufi i
c
entemente capazes de produzir excedentes para
trocas. Posto isto, resta nos admitir um ex‑líbris re
‑
gional, produzido em quantidade remanescente e
de valor suficiente para ser trocado por outros bens
lacunares – o sal!
Ainda que de forma indirecta, o Sado e a própria
Arrábida têm vindo a revelar abundantes e signifi
cativos indícios que remetem para a exploração de
sal, pelo menos desde a Época Romana, não sendo
de excluir uma produção, mais rudimentar e de me
nor escala, em épocas anteriores, tendo em conta
a sua excelente qualidade e facilidade de extracção
nestas paragens.
A este propósito, recorde se que, relativamente ao
‑
vizinho estuário do Tejo, a salicultura encontra se
‑
605
Arqueologia em Portugal – 150 Anos
documentada pela técnica da briquetage desde o
Neolítico Final, designadamente no povoado da
Ponta da Passadeira, no esteiro da Moita (Soares,
2000b, 2001, 2008), no povoado do Monte da Foz 1
e 9, em Benavente (Coelho, 2005), e no povoado do
Monte da Quinta 2, na margem esquerda do vale do
Sorraia (Valera & alii, 2006).
Se seguirmos uma lógica históricoevolutiva, con
‑
si erando a importância e expressão da produção de
d
preparados piscícolas na viragem para a nossa Era,
contando que se tratava de uma indústria neces a
s
riamente dependente de grandes quantidades de sal,
e mesmo na total ausência de suporte arqueográfico
da sua extracção, será de admitir que a salicultura já
constituiria uma efectiva realidade sadina nos finais
da Idade do Bronze, desenvolvendo se com a com‑
‑
plexificação das sociedades indígenas e dos seus
esquemas produtivos, atraindo, mais tarde, ouros
t
reconhecidos investidores – “como é óbvio, só um
conhecimento prévio da região e contactos anteriores
com a população indígena pode justificar esta pre
sença de fenícios do «Círculo do Estreito» no estuário
do Sado” (Arruda, 19992000, p. 98). Ainda rela‑
‑
tivamente à Idade do Ferro e à produção de ânforas
pré‑romanas, “para o actual território português,
só temos indícios, ainda pouco claros e de incerta da
tação, do fabrico de ânforas e, consequentemente, da
exportação de um qualquer produto, em Alcácer do
Sal” (Fabião, 1993, p. 126).
Também neste particular, a Arrábida parece cons‑
tituir uma realidade periférica relativamente aos
grandes centros de produção agro pecuária e sali‑
‑
neira do estuário do Sado. Ainda assim, usufruiria
da sua efe tiva proximidade, beneficiando do con‑
c
trolo das grandes vias de circulação, designadamen‑
te a entrada e saída do Sado e o acesso ao Atlântico.
Nesta ordem de ideias, além dos tradicionais cami
nhos terrestres e fluviais, há que considerar em defi
nitivo, para este período e região em particular, os
caminhos do mar e os marinheiros – os principais
inter
locutores destas empresas e promotores de
uma actividade altamente especializada. Mesmo
na e ando em “mares de conjecturas”, tendo em
v g
conta a difícil detecção no registo arqueológico de
indícios associáveis a antigas navegações, estes,
ain a que indirectamente, podem contribuir para a
d
construção dos nossos discursos e narrativas.
Considerando a incontornável observação de Orlan
do Ribeiro, de que “a Arrábida é a maior quebra de
direcção do litoral ocidental português” (Ribeiro,
7. 2004), qualquer embarcação proveniente de sul,
depois de dobrar o Cabo de São Vicente, incorre na
inevitabilidade de “esbarrar” no litoral da Arrábida
– acidente orógeno que conduz naturalmente os
ma inheiros para a convidativa placidez das águas
r
do Sado. À margem desta intemporal observação, e
por ora, ainda não existem dados arqueológicos rela‑
tivos a antigas embarcações ou estruturas de apoio à
navegação na costa da Arrábida. Contudo, a sua apa‑
rente ausência não deverá implicar uma total inexis‑
tência. A actual invisibilidade arqueográfica de erá
v
prender se com a falta de uma investigação dirigida
‑
que, por muito aprofundada que seja, nunca poderá
garantir sucesso nestas submersas matérias.
Ainda assim, tudo parece indicar que o Sado e o
Portinho da Arrábida se terão afigurado, desde cedo
e muito naturalmente, como privilegiados pontos
de contacto com o Oceano, a meio caminho entre
o “mundo mediterrâneo” e o “mundo atlântico”.
O Portinho surge (assim) como o melhor can‑
didato a um porto do Bronze Final, assumindo
‑se, não só, como um privilegiado “caminho do
peixe” (Gonçalves, 1966, p. 9), mas também, e
sobretudo, como a “porta do Sado” e uma “ja‑
nela sobre o Atlântico” para a principal zona de
povoamento coevo identificada na região. A pre‑
sumível rede de povoamento no seu hinterland
deverá ter sido beneficiada por contactos a que
a relativa marginalidade das suas gentes douro
t
modo dificilmente aspiraria. Papel análogo e com‑
plementar, mas já para a Idade do Ferro, poderá
ter sido desempenhado pela baía de Sesimbra, em
cujo hinterland aparentemente se desenvolveu o
principal povoamento atribuível a este período. Por‑
tanto, os bem documentados contactos orienali
t
zantes, direccionados prioritariamente ao es uário
t
do Sado, podem bem ter começado pelo lioral da
t
Arrábida, ainda que de forma silenciosa em termos
de registo arqueológico.
Em suma, a região da Arrábida pode ser estimada
como uma dependente “ocidental praia alentejana”,
um desaguadouro de influências provenientes do
montante interior, a partir dos grandes pólos domi‑
nantes do Alentejo Central. Noutra pers eti a, a
p c v
Arrábida pode ser entendida como um território cul‑
turalmente livre e emancipado, um pon de a or
to
p
tagem de novos estímulos materiais, tecnoógicos,
l
soiais e culturais, integrados e retransmitidos ao
c
hinterland pelas vias de penetração.
A Arrábida também poderá ser apercebida como a
derradeira manifestação, a ocidente, dos cânones
paisagísticos do Mediterrâneo, significando uma cé‑
nica finisterra, uma verdadeira muralha natural en‑
tre o “mundo mediterrâneo” e o “mundo atlântico”.
É de presumir que este quadro não tenha pas ado
s
indiferente aos primeiros visitantes orienais, que
t
naturalmente se terão identificado com esta pai
sagem de referência – “estranhos numa terra (quase)
estranha” (Arruda, 2008).
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9. Figura 1 – A Península da Arrábida na transição Bronze Final /1.ª Idade do Ferro (base cartográfica – Google Earth 2013).
O vermelho refere se aos sítios do Bronze Final, o verde refere se aos sítios da 1.ª Idade do Ferro: 1 – povoamento do
‑
‑
Risco (base agro‑pastoril); 2 – povoado do Castelo dos Mouros (povoado central); 3 – povoado da Serra da Cela/Portinho
da Arrábida (povoado portuário); 4 – povoado de Valongo (I); 5 – atalaia de Valongo (II); 6 – casal agrícola da Quinta
do Picheleiro; 7 – Bico dos Agulhões (Bronze Final?/1.ª Idade do Ferro? – atalaia de costa?); 8 – núcleo artefactual de
Pedreiras (integrável nas Terras do Risco); 9 – monumento funerário da Roça do Casal do Meio; 10 – Lapa do Fumo
(gruta santuário?); 11 – Lapa da Furada (gruta santuário?); 12 – Gruta do Médico (gruta santuário?/gruta necrópole);
‑
‑
‑
‑
13 – Lapa da Cova (gruta‑santuário); 14 – Fenda (santuário natural?); 15 – povoado da Casa Nova (Bronze Final?/1.ª Idade
do Ferro); 16 – povoado da Meia Velha (Bronze Final?/1.ª Idade do Ferro); 17 – Necrópole do Casalão (Bronze Final?/1.ª
Idade do Ferro); 18 – Bronzes de Alfarim?
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