Este documento fornece orientações para gestores municipais sobre a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) em creches e pré-escolas. Apresenta as especificidades da BNCC para a Educação Infantil, como a concepção de criança, os direitos de aprendizagem, os campos de experiências e a intencionalidade educativa. Também discute o papel dos municípios na elaboração de currículos alinhados e na revisão dos Projetos Político Pedagógicos. Por fim, aborda a importância
O documento descreve a história da educação infantil no Brasil, desde os povos indígenas até os dias atuais. Aborda como as crianças eram educadas pelos indígenas, jesuítas e durante a escravidão, e como a visão sobre a infância mudou ao longo dos séculos XVII-XIX com o surgimento dos jardins de infância e das leis que regulamentaram a educação infantil no país. Também destaca princípios e diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil.
1) O documento discute a história e conceitos da educação infantil no Brasil, destacando marcos legais e mudanças de perspectiva ao longo do tempo, como o reconhecimento legal da educação infantil pela Constituição de 1988.
2) São apresentados os eixos norteadores dos saberes e práticas essenciais na educação infantil, como interações sociais, linguagem, expressão artística e brincadeiras.
3) Por fim, ressalta-se a importância de a educação infantil propiciar um ambiente de desc
O documento discute a educação infantil no Brasil. Em três frases:
1) A educação infantil tem como objetivo o desenvolvimento integral da criança em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social.
2) O papel da educação infantil é cuidar e educar a criança, respeitando o caráter lúdico das atividades e estimulando sua curiosidade.
3) A ênfase da educação infantil é estimular as diferentes áreas de desenvolvimento da criança para que ela esteja feliz no ambiente escolar.
O documento discute a gestão democrática na escola, definindo-a como um processo no qual todas as pessoas da comunidade escolar participam da discussão, planejamento e avaliação das ações da escola. A gestão democrática amplia a participação e estabelece relações menos autoritárias, permitindo aprendizado mútuo entre a escola e a comunidade. No entanto, existem desafios como a resistência ao compartilhamento do poder e visões patrimonialistas.
O documento discute as principais mudanças da implementação do FUNDEB em relação ao FUNDEF, incluindo a ampliação da cobertura para toda a educação básica, a distribuição de recursos com base no número de alunos matriculados e a complementação da União para estados com menos recursos próprios.
O documento discute a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e como elaborar um planejamento pedagógico alinhado a ela. A BNCC define competências e habilidades que os estudantes devem desenvolver, sem ser um currículo em si. O documento explica os principais elementos da BNCC como áreas de conhecimento, competências, habilidades e como usá-los para planejar aulas e o ano letivo de forma estruturada.
[1] A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é garantida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação como parte da Educação Básica, porém enfrenta desafios como falta de professores qualificados e recursos adequados. [2] O documento discute os desafios históricos e atuais da EJA no Brasil, incluindo a necessidade de formação de professores sensíveis às necessidades deste público específico. [3] A EJA tem o potencial de promover a inclusão social ao possibilitar
O documento descreve a história da educação especial no Brasil e no mundo, desde a exclusão e segregação de pessoas com deficiência até os movimentos atuais de inclusão. Inicialmente, a deficiência era vista como castigo divino ou doença a ser tratada, levando à segregação. Posteriormente, passou-se a enxergar a deficiência sob uma perspectiva científica e médica, surgindo instituições de ensino especial. Mais recentemente, com os movimentos de direitos humanos, passou-se a defender a integração e incl
O documento descreve a história da educação infantil no Brasil, desde os povos indígenas até os dias atuais. Aborda como as crianças eram educadas pelos indígenas, jesuítas e durante a escravidão, e como a visão sobre a infância mudou ao longo dos séculos XVII-XIX com o surgimento dos jardins de infância e das leis que regulamentaram a educação infantil no país. Também destaca princípios e diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil.
1) O documento discute a história e conceitos da educação infantil no Brasil, destacando marcos legais e mudanças de perspectiva ao longo do tempo, como o reconhecimento legal da educação infantil pela Constituição de 1988.
2) São apresentados os eixos norteadores dos saberes e práticas essenciais na educação infantil, como interações sociais, linguagem, expressão artística e brincadeiras.
3) Por fim, ressalta-se a importância de a educação infantil propiciar um ambiente de desc
O documento discute a educação infantil no Brasil. Em três frases:
1) A educação infantil tem como objetivo o desenvolvimento integral da criança em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social.
2) O papel da educação infantil é cuidar e educar a criança, respeitando o caráter lúdico das atividades e estimulando sua curiosidade.
3) A ênfase da educação infantil é estimular as diferentes áreas de desenvolvimento da criança para que ela esteja feliz no ambiente escolar.
O documento discute a gestão democrática na escola, definindo-a como um processo no qual todas as pessoas da comunidade escolar participam da discussão, planejamento e avaliação das ações da escola. A gestão democrática amplia a participação e estabelece relações menos autoritárias, permitindo aprendizado mútuo entre a escola e a comunidade. No entanto, existem desafios como a resistência ao compartilhamento do poder e visões patrimonialistas.
O documento discute as principais mudanças da implementação do FUNDEB em relação ao FUNDEF, incluindo a ampliação da cobertura para toda a educação básica, a distribuição de recursos com base no número de alunos matriculados e a complementação da União para estados com menos recursos próprios.
O documento discute a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e como elaborar um planejamento pedagógico alinhado a ela. A BNCC define competências e habilidades que os estudantes devem desenvolver, sem ser um currículo em si. O documento explica os principais elementos da BNCC como áreas de conhecimento, competências, habilidades e como usá-los para planejar aulas e o ano letivo de forma estruturada.
[1] A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é garantida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação como parte da Educação Básica, porém enfrenta desafios como falta de professores qualificados e recursos adequados. [2] O documento discute os desafios históricos e atuais da EJA no Brasil, incluindo a necessidade de formação de professores sensíveis às necessidades deste público específico. [3] A EJA tem o potencial de promover a inclusão social ao possibilitar
O documento descreve a história da educação especial no Brasil e no mundo, desde a exclusão e segregação de pessoas com deficiência até os movimentos atuais de inclusão. Inicialmente, a deficiência era vista como castigo divino ou doença a ser tratada, levando à segregação. Posteriormente, passou-se a enxergar a deficiência sob uma perspectiva científica e médica, surgindo instituições de ensino especial. Mais recentemente, com os movimentos de direitos humanos, passou-se a defender a integração e incl
A educação infantil atende crianças de 0 a 5 anos 11 meses através de atividades lúdicas e jogos para estimular seu desenvolvimento. Ela é dividida em creche (0 a 3 anos) e pré-escola (4 a 5 anos) e é regulada por diretrizes nacionais que enfatizam a importância do brincar, da diversidade e do cuidado integral das crianças.
FORMAÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O SER PROFESSOR DE CRECHEProfessorPrincipiante
Este documento discute a formação de professores e auxiliares em creches no Brasil com base em uma pesquisa realizada em João Pessoa, Paraíba. A pesquisa mostrou que a maioria dos auxiliares tinha apenas ensino fundamental ou médio, ao invés do nível exigido de curso normal. Muitos professores também não tinham a formação superior completa em pedagogia. Isso revela que as políticas de formação inicial para a educação infantil no Brasil não estão sendo totalmente implementadas.
Este documento discute a educação inclusiva no Brasil. Ele resume a legislação brasileira sobre educação inclusiva, como a LDB de 1996, e analisa a evolução histórica do tratamento de pessoas com necessidades educacionais especiais, da segregação no passado para a inclusão promovida hoje. O documento também discute os desafios de implementar educação inclusiva na prática.
O documento discute a formação inicial e continuada de professores no Brasil. A formação inicial é baseada no modelo da racionalidade técnica, que separa teoria e prática e prioriza o conteúdo em vez da formação prática. Já a formação continuada é importante para acompanhar as reformas educacionais e melhorar as condições de trabalho dos professores. Existem diferentes tipos de cursos como extensão, aperfeiçoamento e pós-graduação.
O documento discute os conceitos de alfabetização e letramento. A alfabetização refere-se ao aprendizado da leitura e escrita, enquanto o letramento engloba o uso social e cultural da linguagem escrita. O texto também descreve as quatro facetas da aprendizagem da leitura e escrita: fônica, fluente, compreensiva e de identificação das funções da escrita.
O documento discute o ensino e aprendizagem da linguagem escrita no 1o ano do ensino fundamental. Apresenta que as crianças chegam na escola com conhecimentos linguísticos que devem ser aprimorados pelo professor, mediador do processo de alfabetização, no qual os alunos desenvolvem-se da língua materna para a escrita convencional.
O documento descreve uma prática de alfabetização numa perspectiva letrada realizada nas séries iniciais do ensino fundamental, enfatizando aspectos da linguagem escrita como um processo dinâmico e ativo nas práticas sociais da criança. A prática valoriza atividades contextualizadas, o brincar, a produção da criança e o desenvolvimento de competências para o uso da leitura e escrita no cotidiano.
O documento apresenta um plano de aula para a Educação de Jovens e Adultos que tem como objetivo comparar preços de itens de uma cesta básica em diferentes supermercados utilizando tabelas e cálculos. O plano propõe atividades como pesquisar preços de mercado, preencher tabelas comparativas, calcular o total gasto em cada estabelecimento e refletir sobre estratégias de cálculo.
O documento discute conceitos de democracia participativa e gestão democrática na escola, propondo a participação de todos os membros da comunidade escolar na tomada de decisões e construção coletiva do Projeto Político Pedagógico. Também apresenta instâncias colegiadas como conselhos escolares e grêmios estudantis como instrumentos para a gestão democrática.
Política e Organização da Educação BrasileiraEdneide Lima
- O documento discute a legislação educacional brasileira desde a primeira constituição de 1824 até a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996. Aborda temas como a educação básica, modalidades de ensino, educação especial e formação de professores.
O documento discute a organização do tempo e espaço na educação infantil. Ele lista as principais atividades diárias como acolhida, roda de conversa, hora da história e hora da brincadeira. Também discute a importância de considerar fatores como odores, sons, mobiliário e regras de uso do espaço. Finalmente, destaca a importância de prover diferentes espaços para tipos variados de brincadeiras e de promover o desenvolvimento pessoal e social das crianças.
O documento apresenta as diretrizes e objetivos da Política Nacional de Educação Infantil no Brasil, que tem como metas integrar as instituições de educação infantil aos sistemas de ensino, garantir o acesso à educação para crianças de 0 a 6 anos e assegurar a qualidade do atendimento nas instituições.
O documento descreve o processo de implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) em Minas Gerais, incluindo: (1) a elaboração do Currículo Referência de MG com base na BNCC; (2) as próximas etapas como a revisão dos projetos pedagógicos e a formação de professores; e (3) como a BNCC e o currículo serão materializados nas escolas por meio de decisões curriculares.
Fundamentos epistemológicos da psicopedagogiaVanessa Casaro
(1) O documento discute os fundamentos epistemológicos da psicopedagogia, incluindo sua história e objetos de estudo. (2) A psicopedagogia surgiu na Europa no século XX para estudar o processo de aprendizagem e suas dificuldades, integrando conhecimentos de psicologia, pedagogia e outras áreas. (3) No Brasil, a psicopedagogia chegou na década de 1970 e tem como objetos centrais de estudo o processo de aprendizagem
O documento discute a Educação de Jovens e Adultos no Brasil, identificando sua função de reparar, equalizar e qualificar a educação daqueles que não tiveram acesso regular à escola.
Apresenta o perfil típico do aluno da EJA, que geralmente trabalha, tem conhecimento de mundo, mas baixa autoestima, e as principais causas de evasão, como horários incompatíveis e violência.
Propõe três etapas para um projeto de permanência
Pedagogia Histórico-Crítica de Dermeval SavianiNatalia Ribeiro
Este documento resume:
1) A pedagogia histórico-crítica teve suas primeiras discussões em 1979 quando Saviani ministrou uma disciplina sobre a tendência.
2) Saviani defende que a educação deve levar ao conhecimento da prática social e à transformação da sociedade.
3) A tendência histórico-crítica busca a emancipação humana através do conhecimento e das relações sociais.
O documento discute a inclusão versus exclusão de alunos com necessidades especiais nas escolas. Apontam-se os desafios da educação inclusiva, como falta de estrutura física e professores capacitados. Embora haja legislação apoiando a inclusão, na prática ainda há exclusão desses alunos do ensino regular. Defende-se que escolas inclusivas devem oferecer condições adequadas de aprendizagem para todos.
O documento descreve o FUNDEB, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica. O FUNDEB tem como objetivos universalizar a educação básica, promover a equidade e melhorar a qualidade do ensino. Pelo menos 60% dos recursos do FUNDEB devem ser utilizados na remuneração de profissionais do magistério em efetivo exercício na educação básica pública.
Este documento estabelece diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil no Brasil. Ele define orientações para o planejamento e avaliação de propostas pedagógicas na educação infantil, garantindo o acesso das crianças à educação, proteção, saúde e desenvolvimento por meio de experiências de brincadeira e interação.
Este documento apresenta a proposta curricular da educação infantil do município de Miguel Pereira. Ele descreve como a secretaria municipal de educação realizou formações continuadas com professores em 2009-2010 para consolidar esta proposta curricular, abordando temas como rotina, projetos, avaliação e as diferentes linguagens nas crianças. A proposta visa garantir às crianças acesso a processos de aprendizagem por meio de experiências que consideram a inter-relação entre linguagens.
1) O documento discute o currículo da educação infantil na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). 2) Apresenta os campos de experiências como uma proposta para organizar o trabalho pedagógico valorizando as expressões e capacidades das crianças pequenas. 3) Discutem princípios como a ludicidade, a continuidade e a significatividade para a organização do currículo na educação infantil.
A educação infantil atende crianças de 0 a 5 anos 11 meses através de atividades lúdicas e jogos para estimular seu desenvolvimento. Ela é dividida em creche (0 a 3 anos) e pré-escola (4 a 5 anos) e é regulada por diretrizes nacionais que enfatizam a importância do brincar, da diversidade e do cuidado integral das crianças.
FORMAÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O SER PROFESSOR DE CRECHEProfessorPrincipiante
Este documento discute a formação de professores e auxiliares em creches no Brasil com base em uma pesquisa realizada em João Pessoa, Paraíba. A pesquisa mostrou que a maioria dos auxiliares tinha apenas ensino fundamental ou médio, ao invés do nível exigido de curso normal. Muitos professores também não tinham a formação superior completa em pedagogia. Isso revela que as políticas de formação inicial para a educação infantil no Brasil não estão sendo totalmente implementadas.
Este documento discute a educação inclusiva no Brasil. Ele resume a legislação brasileira sobre educação inclusiva, como a LDB de 1996, e analisa a evolução histórica do tratamento de pessoas com necessidades educacionais especiais, da segregação no passado para a inclusão promovida hoje. O documento também discute os desafios de implementar educação inclusiva na prática.
O documento discute a formação inicial e continuada de professores no Brasil. A formação inicial é baseada no modelo da racionalidade técnica, que separa teoria e prática e prioriza o conteúdo em vez da formação prática. Já a formação continuada é importante para acompanhar as reformas educacionais e melhorar as condições de trabalho dos professores. Existem diferentes tipos de cursos como extensão, aperfeiçoamento e pós-graduação.
O documento discute os conceitos de alfabetização e letramento. A alfabetização refere-se ao aprendizado da leitura e escrita, enquanto o letramento engloba o uso social e cultural da linguagem escrita. O texto também descreve as quatro facetas da aprendizagem da leitura e escrita: fônica, fluente, compreensiva e de identificação das funções da escrita.
O documento discute o ensino e aprendizagem da linguagem escrita no 1o ano do ensino fundamental. Apresenta que as crianças chegam na escola com conhecimentos linguísticos que devem ser aprimorados pelo professor, mediador do processo de alfabetização, no qual os alunos desenvolvem-se da língua materna para a escrita convencional.
O documento descreve uma prática de alfabetização numa perspectiva letrada realizada nas séries iniciais do ensino fundamental, enfatizando aspectos da linguagem escrita como um processo dinâmico e ativo nas práticas sociais da criança. A prática valoriza atividades contextualizadas, o brincar, a produção da criança e o desenvolvimento de competências para o uso da leitura e escrita no cotidiano.
O documento apresenta um plano de aula para a Educação de Jovens e Adultos que tem como objetivo comparar preços de itens de uma cesta básica em diferentes supermercados utilizando tabelas e cálculos. O plano propõe atividades como pesquisar preços de mercado, preencher tabelas comparativas, calcular o total gasto em cada estabelecimento e refletir sobre estratégias de cálculo.
O documento discute conceitos de democracia participativa e gestão democrática na escola, propondo a participação de todos os membros da comunidade escolar na tomada de decisões e construção coletiva do Projeto Político Pedagógico. Também apresenta instâncias colegiadas como conselhos escolares e grêmios estudantis como instrumentos para a gestão democrática.
Política e Organização da Educação BrasileiraEdneide Lima
- O documento discute a legislação educacional brasileira desde a primeira constituição de 1824 até a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996. Aborda temas como a educação básica, modalidades de ensino, educação especial e formação de professores.
O documento discute a organização do tempo e espaço na educação infantil. Ele lista as principais atividades diárias como acolhida, roda de conversa, hora da história e hora da brincadeira. Também discute a importância de considerar fatores como odores, sons, mobiliário e regras de uso do espaço. Finalmente, destaca a importância de prover diferentes espaços para tipos variados de brincadeiras e de promover o desenvolvimento pessoal e social das crianças.
O documento apresenta as diretrizes e objetivos da Política Nacional de Educação Infantil no Brasil, que tem como metas integrar as instituições de educação infantil aos sistemas de ensino, garantir o acesso à educação para crianças de 0 a 6 anos e assegurar a qualidade do atendimento nas instituições.
O documento descreve o processo de implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) em Minas Gerais, incluindo: (1) a elaboração do Currículo Referência de MG com base na BNCC; (2) as próximas etapas como a revisão dos projetos pedagógicos e a formação de professores; e (3) como a BNCC e o currículo serão materializados nas escolas por meio de decisões curriculares.
Fundamentos epistemológicos da psicopedagogiaVanessa Casaro
(1) O documento discute os fundamentos epistemológicos da psicopedagogia, incluindo sua história e objetos de estudo. (2) A psicopedagogia surgiu na Europa no século XX para estudar o processo de aprendizagem e suas dificuldades, integrando conhecimentos de psicologia, pedagogia e outras áreas. (3) No Brasil, a psicopedagogia chegou na década de 1970 e tem como objetos centrais de estudo o processo de aprendizagem
O documento discute a Educação de Jovens e Adultos no Brasil, identificando sua função de reparar, equalizar e qualificar a educação daqueles que não tiveram acesso regular à escola.
Apresenta o perfil típico do aluno da EJA, que geralmente trabalha, tem conhecimento de mundo, mas baixa autoestima, e as principais causas de evasão, como horários incompatíveis e violência.
Propõe três etapas para um projeto de permanência
Pedagogia Histórico-Crítica de Dermeval SavianiNatalia Ribeiro
Este documento resume:
1) A pedagogia histórico-crítica teve suas primeiras discussões em 1979 quando Saviani ministrou uma disciplina sobre a tendência.
2) Saviani defende que a educação deve levar ao conhecimento da prática social e à transformação da sociedade.
3) A tendência histórico-crítica busca a emancipação humana através do conhecimento e das relações sociais.
O documento discute a inclusão versus exclusão de alunos com necessidades especiais nas escolas. Apontam-se os desafios da educação inclusiva, como falta de estrutura física e professores capacitados. Embora haja legislação apoiando a inclusão, na prática ainda há exclusão desses alunos do ensino regular. Defende-se que escolas inclusivas devem oferecer condições adequadas de aprendizagem para todos.
O documento descreve o FUNDEB, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica. O FUNDEB tem como objetivos universalizar a educação básica, promover a equidade e melhorar a qualidade do ensino. Pelo menos 60% dos recursos do FUNDEB devem ser utilizados na remuneração de profissionais do magistério em efetivo exercício na educação básica pública.
Este documento estabelece diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil no Brasil. Ele define orientações para o planejamento e avaliação de propostas pedagógicas na educação infantil, garantindo o acesso das crianças à educação, proteção, saúde e desenvolvimento por meio de experiências de brincadeira e interação.
Este documento apresenta a proposta curricular da educação infantil do município de Miguel Pereira. Ele descreve como a secretaria municipal de educação realizou formações continuadas com professores em 2009-2010 para consolidar esta proposta curricular, abordando temas como rotina, projetos, avaliação e as diferentes linguagens nas crianças. A proposta visa garantir às crianças acesso a processos de aprendizagem por meio de experiências que consideram a inter-relação entre linguagens.
1) O documento discute o currículo da educação infantil na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). 2) Apresenta os campos de experiências como uma proposta para organizar o trabalho pedagógico valorizando as expressões e capacidades das crianças pequenas. 3) Discutem princípios como a ludicidade, a continuidade e a significatividade para a organização do currículo na educação infantil.
O documento discute a Educação Infantil na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Ele explica que a Educação Infantil passou a ser reconhecida como parte integrante da Educação Básica e obrigatória para crianças de 4 e 5 anos. A BNCC organiza a Educação Infantil em torno de cinco campos de experiências que asseguram os direitos das crianças de brincar, conviver, explorar e se expressar.
Este documento estabelece diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil no Brasil. Ele define objetivos, conceitos e princípios para orientar as políticas públicas e propostas pedagógicas nas creches e pré-escolas. As diretrizes enfatizam a importância de garantir o acesso, o cuidado, a aprendizagem integral e o respeito à diversidade das crianças de 0 a 5 anos.
Este documento apresenta as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil no Brasil. Ele define os objetivos, conceitos, princípios e orientações para a organização de propostas pedagógicas nas creches e pré-escolas, visando garantir a educação integral das crianças de 0 a 5 anos. O documento também aborda temas como diversidade, crianças indígenas e organização de espaços, tempos e materiais na Educação Infantil.
Diretrizes Curriculares Nacionais para a EIProinfanciaES
Este documento apresenta as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil no Brasil. Ele define os objetivos, conceitos, princípios e orientações para a organização de propostas pedagógicas nas creches e pré-escolas, visando garantir a educação integral das crianças de 0 a 5 anos. As diretrizes abordam temas como concepção da educação infantil, organização do espaço, tempo e materiais, diversidade, crianças indígenas e articulação com o ensino fundamental.
O documento discute as diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil, definindo sua função sociopolítica e pedagógica de promover igualdade de oportunidades e construção de identidades coletivas. Também aborda os princípios, objetivos e organização do currículo, enfatizando a criança como sujeito do processo educativo e a importância da parceria com as famílias.
Este artigo discute a importância das múltiplas linguagens - como gestos, brincadeiras, desenho, dança e música - na educação infantil. Ele analisa documentos como os Referenciais Curriculares para a Educação Infantil de 1998 e os Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil de 2006, que enfatizam o uso das múltiplas linguagens para proporcionar o desenvolvimento integral das crianças. O artigo também discute como a organização do espaço e do tempo nas escolas de educação infantil deve apo
Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil Vol 3Clarisse Bueno
Este documento é um volume do Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil e contém seis seções sobre diferentes eixos de trabalho relacionados ao âmbito de experiência "Conhecimento de Mundo": Movimento, Música, Artes Visuais, Linguagem Oral e Escrita, Natureza e Sociedade e Matemática. Cada seção apresenta introdução, objetivos, conteúdos e orientações para os professores sobre os respectivos temas.
Referencial curricular nacional para ed. infantil vol 3Maria Galdino
Este documento apresenta o eixo de trabalho "Movimento" do Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Ele discute a importância do movimento no desenvolvimento infantil, definindo objetivos e conteúdos a serem trabalhados com crianças de zero a seis anos de idade. O documento é dividido em seções sobre a criança e o movimento, objetivos, e conteúdos relacionados à expressividade corporal e ao equilíbrio e coordenação.
Este documento é um volume do Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil e contém seis seções sobre diferentes eixos de trabalho relacionados ao âmbito do Conhecimento de Mundo: Movimento, Música, Artes Visuais, Linguagem Oral e Escrita, Natureza e Sociedade e Matemática. Cada seção apresenta introdução, objetivos, conteúdos, orientações para o professor e avaliação formativa relacionados ao respectivo eixo temático.
Este documento apresenta o eixo de trabalho "Movimento" do Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Ele discute a importância do movimento no desenvolvimento infantil, definindo objetivos e conteúdos a serem trabalhados com crianças de zero a seis anos de idade. O documento é dividido em seções sobre a criança e o movimento, objetivos, e conteúdos relacionados à expressividade corporal e ao equilíbrio e coordenação.
Este documento estabelece diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil no Brasil. Ele define conceitos-chave, princípios e objetivos para propostas pedagógicas nas creches e pré-escolas, visando garantir o desenvolvimento integral das crianças entre 0 e 5 anos. Além disso, orienta sobre a organização de espaços, tempos, materiais e práticas pedagógicas, de modo a assegurar a diversidade e a especificidade das crianças indígenas.
Este documento estabelece diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil no Brasil. Ele define conceitos-chave como educação infantil, criança e currículo, e estabelece princípios como a ética, política e estética. Também descreve os objetivos da proposta pedagógica para garantir acesso às crianças, e a organização de espaços, tempos e materiais de acordo com as especificidades de desenvolvimento infantil.
Este documento estabelece diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil no Brasil. Ele define conceitos-chave, princípios e objetivos para propostas pedagógicas nas creches e pré-escolas, visando o desenvolvimento integral das crianças de 0 a 5 anos. Além disso, fornece orientações sobre organização de espaços, tempos, materiais e sobre a inclusão de diversidade e culturas indígenas.
Este documento estabelece diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil no Brasil. Ele define conceitos-chave, princípios e objetivos para propostas pedagógicas nas creches e pré-escolas, visando garantir o desenvolvimento integral das crianças entre 0 e 5 anos. Além disso, orienta sobre a organização de espaços, tempos, materiais e práticas pedagógicas, de modo a assegurar a diversidade e a especificidade das crianças indígenas.
Este documento estabelece diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil no Brasil. Ele define conceitos-chave, princípios e objetivos para propostas pedagógicas nas creches e pré-escolas, visando garantir o desenvolvimento integral das crianças entre 0 e 5 anos. Além disso, orienta sobre a organização de espaços, tempos, materiais e práticas pedagógicas de forma a respeitar a diversidade e as especificidades de cada faixa etária.
Este documento estabelece diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil no Brasil. Ele define conceitos-chave, princípios e objetivos para propostas pedagógicas nas creches e pré-escolas, visando garantir o desenvolvimento integral das crianças entre 0 e 5 anos. Além disso, orienta sobre a organização de espaços, tempos, materiais e práticas pedagógicas, de modo a assegurar a diversidade e a especificidade das crianças indígenas.
Este documento estabelece diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil no Brasil. Ele define conceitos-chave, princípios e objetivos para propostas pedagógicas nas creches e pré-escolas, visando garantir o desenvolvimento integral das crianças entre 0 e 5 anos. Além disso, orienta sobre a organização de espaços, tempos, materiais e práticas pedagógicas, de modo a assegurar a diversidade e a especificidade das crianças indígenas.
Este documento estabelece diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil no Brasil. Ele define conceitos-chave, princípios e orientações para a organização de propostas pedagógicas nas creches e pré-escolas, visando garantir o desenvolvimento integral das crianças de 0 a 5 anos.
Semelhante a BNCC-educacao-infantil-interativo.pdf (20)
REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...Eró Cunha
XIV Concurso de Desenhos Afro/24
TEMA: Racismo Ambiental e Direitos Humanos
PARTICIPANTES/PÚBLICO: Estudantes regularmente matriculados em escolas públicas estaduais, municipais, IEMA e IFMA (Ensino Fundamental, Médio e EJA).
CATEGORIAS: O Concurso de Desenhos Afro acontecerá em 4 categorias:
- CATEGORIA I: Ensino Fundamental I (4º e 5º ano)
- CATEGORIA II: Ensino Fundamental II (do 6º ao 9º ano)
- CATEGORIA III: Ensino Médio (1º, 2º e 3º séries)
- CATEGORIA IV: Estudantes com Deficiência (do Ensino Fundamental e Médio)
Realização: Unidade Regional de Educação de Imperatriz/MA (UREI), através da Coordenação da Educação da Igualdade Racial de Imperatriz (CEIRI) e parceiros
OBJETIVO:
- Realizar a 14ª edição do Concurso e Exposição de Desenhos Afro/24, produzidos por estudantes de escolas públicas de Imperatriz e região tocantina. Os trabalhos deverão ser produzidos a partir de estudo, pesquisas e produção, sob orientação da equipe docente das escolas. As obras devem retratar de forma crítica, criativa e positivada a população negra e os povos originários.
- Intensificar o trabalho com as Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, buscando, através das artes visuais, a concretização das práticas pedagógicas antirracistas.
- Instigar o reconhecimento da história, ciência, tecnologia, personalidades e cultura, ressaltando a presença e contribuição da população negra e indígena na reafirmação dos Direitos Humanos, conservação e preservação do Meio Ambiente.
Imperatriz/MA, 15 de fevereiro de 2024.
Produtora Executiva e Coordenadora Geral: Eronilde dos Santos Cunha (Eró Cunha)
Slides Lição 12, Central Gospel, O Milênio, 1Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 12, Central Gospel, O Milênio, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, Revista ano 11, nº 1, Revista Estudo Bíblico Jovens E Adultos, Central Gospel, 2º Trimestre de 2024, Professor, Tema, Os Grandes Temas Do Fim, Comentarista, Pr. Joá Caitano, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique, https://ebdnatv.blogspot.com/
Telepsiquismo Utilize seu poder extrassensorial para atrair prosperidade (Jos...fran0410
Joseph Murphy ensina como re-apropriar do pode da mente.
Cada ser humano é fruto dos pensamentos e sentimentos que cria, cultiva e coloca em pratica todos os dias.
Ótima leitura!
UFCD_7211_Os sistemas do corpo humano_ imunitário, circulatório, respiratório...Manuais Formação
Manual da UFCD_7211_Os sistemas do corpo humano_ imunitário, circulatório, respiratório, nervoso e músculo-esquelético_pronto para envio, via email e formato editável.
Email: formacaomanuaisplus@gmail.com
1. Orientações para gestores municipais sobre a implementação
dos currículos baseados na Base em creches e pré-escolas
NA EDUCAÇÃO INFANTIL
NCC
BEfetivando direitos e aprendizage
na Educação Infantil
Efetivando direito
na Educação Infa
2. Este documento foi elaborado com o intuito
de apoiar as redes municipais de educação
na implementação da parte da Educação Infantil
da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Aprovada em dezembro de 2017, a BNCC deve ser colocada em
prática em todos os espaços e salas de aula da Educação Infantil
e do Ensino Fundamental a partir de 2020.
Para isso, municípios e estados trabalham em regime de
colaboração em ações de implementação. Em 2018, novos
referenciais curriculares, alinhados à BNCC, foram elaborados
em todos os territórios do país.
Chegou o momento, em 2019, de fazer chegar esses
currículos nas escolas e creches, com a revisão dos Projetos
Político Pedagógicos (PPP’s) e com a formação continuada
dos professores.
Os municípios têm papel protagonista nesse processo,
especialmente na etapa da Educação Infantil. Reunimos aqui
apresentação
informações, orientações e sugestões de caminhos que podem
contribuir para que os novos currículos cheguem de forma
efetiva à creches e pré-escolas, garantindo os direitos de
aprendizagem e desenvolvimento de todos os bebês e crianças.
Dirigida a gestores municipais, esta publicação pode ser
considerada um complemento ao Guia de Implementação da
Base Nacional Comum Curricular e irá apresentar, no âmbito da
Educação Infantil, estratégias para apoiar:
/
/ A compreensão das propostas da BNCC para
a Educação Infantil
/
/ A re(elaboração) curricular nos municípios
/
/ As unidades de Educação Infantil na revisão e construção
de Projetos Políticos Pedagógicos alinhados à BNCC e aos
novos currículos
/
/
O planejamento e a execução da formação continuada
dos professores, para garantir o alinhamento da prática
pedagógica à BNCC e aos novos currículos.
BNCC para
Educação
Infantil
Adaptação,
complementação
ou elaboração
do currículo
municipal
(Re)elaboração
do currículo
do estado/DF
Formação
continuada:
Planejamento
do professor/
intencionalidade
educativa
Acompanhamento
da aprendizagem
e desenvolvimento
PPP da
Instituição
de Educação
Infantil
3. Este material é uma realização do Movimento pela Base Nacional Comum Curricular*,
em parceria com o Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais (CEIPE), da Fundação
Getúlio Vargas, a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME) e a Fundação
Maria Cecilia Souto Vidigal.
*FICHA TÉCNICA:
O Movimento Pela Base Nacional Comum Curricular apoiou a elaboração do material por meio
do GT de Educação Infantil, que é composto pelo Instituto Singularidades, Instituto Avisa Lá, Fundação Maria Cecília Souto
Vidigal, Ceipe e a consultora Beatriz Ferraz.
realização
Projeto gráfico e diagramação Estúdio Labirin.to
4. sumário
BNCC NA ESCOLA:
A REVISÃO DOS
PROJETOS POLÍTICO
PEDAGÓGICOS
p. 25
3.1 Como apoiar creches
e pré-escolas na revisão
de seus PPP’s
3.2 Indicadores de qualidade
do PPP na Educação Infantil
3.3 Materiais de apoio
para o professor
3
ESPECIFICIDADES
DA BNCC PARA
EDUCAÇÃO
INFANTIL
p. 05
1.1 Concepção de Criança
1.2 Interações e Brincadeiras
1.3 Direitos de Aprendizagem
e Desenvolvimento
1.4 Campos de Experiências
1.5 Intencionalidade educativa
1.6 Acompanhar o processo
de aprendizagem e
desenvolvimento
1 CURRÍCULOS
ALINHADOS À
BNCC: O PAPEL DOS
MUNICÍPIOS
p. 15
2.1 BNCC, currículo e a
autonomia dos municípios
2.2 Diagnóstico: como
os documentos curriculares
atuais se relacionam com
a BNCC
2 FORMAÇÃO
CONTINUADA: COMO
PLANEJAR E O QUE
ABORDAR
p. 35
4.1 Planejamento de uma
formação continuada de qualidade
4.2 O que abordar nas formações?
Sete sugestões de temas
4
5. CAPÍTULO 1
ESPECIFICIDADES
DA BNCC PARA A
EDUCAÇÃO INFANTIL
A parte de Educação Infantil da BNCC define os
objetivos de aprendizagem e desenvolvimento
essenciais das crianças de 0 a 5 anos e 11 meses.
Esse capítulo vai aprofundar o que a BNCC propõe
como concepção de criança, eixos estruturantes
da prática pedagógica, os direitos de aprendizagem
e desenvolvimento, o arranjo curricular por Campos
de Experiências, entre outras especificidades.
6. “Sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que
vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende,
observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade,
produzindo cultura”. (DCNEI/2010)
As crianças são sujeitos ativos, que constroem
seus saberes interagindo com as pessoas e culturas do
seu tempo histórico. Nessas relações, elas exercem seu
protagonismo e, assim, desenvolvem sua autonomia -
fundamentos importantes para um trabalho pedagógico
que respeita suas potências e singularidades. Nas interações
com culturas e saberes, elas constroem suas identidades,
suas preferências e seus modos de ver o mundo. A BNCC
reafirma a concepção de criança trazida pelas Diretrizes
Curriculares Nacionais de Educação Infantil:
Concepção de
criança
1.1
6
1 _ B N C C N A E D U CAÇÃO I N FA N T I L 2 _ C U R R Í C U L O S 3 _ R E V I SÃO D O S P P P ’ S 4 _ F O R M AÇ ÃO C O N T I N UA DA
7. São os eixos de sustentação de toda
a prática pedagógica:
• As interações com pessoas (seus pares e com os adultos)
e objetos em diferentes contextos e situações, que
favorecem a ampliação do repertório cultural das crianças,
potencializando as aprendizagens e o desenvolvimento.
• As brincadeiras, pois é brincando que as crianças
representam o mundo e simulam as relações
existentes imitando, repetindo, transformando
e ampliando suas experiências.
Interações
e brincadeiras
1.2
7
1 _ B N C C N A E D U CAÇÃO I N FA N T I L 2 _ C U R R Í C U L O S 3 _ R E V I SÃO D O S P P P ’ S 4 _ F O R M AÇ ÃO C O N T I N UA DA
8. A BNCC define seis direitos de
aprendizagem e desenvolvimento, essenciais
para garantir o respeito ao modo como as crianças aprendem
e se desenvolvem. São eles:
• Conviver
• Brincar
• Participar
• Explorar
• Expressar
• Conhecer-se
Direitos de
Aprendizagem e
Desenvolvimento
1.3
SAIBA MAIS
Para conhecer em detalhes o teor de cada
direito de aprendizagem e desenvolvimento,
acesse esta apresentação sobre o
documento “Campos de Experiências:
efetivando direitos de aprendizagem
na educação infantil”.
8
1 _ B N C C N A E D U CAÇÃO I N FA N T I L 2 _ C U R R Í C U L O S 3 _ R E V I SÃO D O S P P P ’ S 4 _ F O R M AÇ ÃO C O N T I N UA DA
9. Tomando como referência as Diretrizes Curriculares
Nacionais da Educação Infantil, a BNCC propõe uma
organização curricular que leva em consideração a maneira
como bebês, crianças bem pequenas e crianças pequenas
aprendem e se desenvolvem a partir de experiências
cotidianas. São cinco Campos de Experiências:
• O eu, o outro e o nós
• Corpo, gestos e movimentos
• Traços, sons, cores e formas
• Escuta, fala, pensamento e imaginação
• Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações
Campos de
Experiências
1.4
SAIBA MAIS
SAIBA MAIS
Para conhecer em detalhes o teor
de cada campo de experiências,
acesse esta apresentação sobre o
documento “Campos de Experiências:
efetivando direitos de aprendizagem
na educação infantil” ou assista aos
vídeos produzidos pelo Movimento
Pela Base Nacional Curricular.
9
1 _ B N C C N A E D U CAÇÃO I N FA N T I L 2 _ C U R R Í C U L O S 3 _ R E V I SÃO D O S P P P ’ S 4 _ F O R M AÇ ÃO C O N T I N UA DA
10. SAIBA MAIS
Para conhecer todos os objetivos de
aprendizagem e desenvolvimento
para cada grupo de faixa etária,
acesse esta apresentação sobre o
documento “Campos de Experiências:
efetivando direitos de aprendizagem
na educação infantil” ou veja o item
3.2 Os objetivos de aprendizagem
e desenvolvimento para a Educação
Infantil do texto na íntegra da Base
Nacional Comum Curricular.
Veja um exemplo:
Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento no campo
de experiências “Eu, o outro e o nós”
• Bebês: Perceber que suas ações têm efeitos nas
outras crianças e nos adultos.
• Crianças bem pequenas: Demonstrar atitudes
de cuidado e solidariedade na interação com crianças
e adultos.
• Crianças pequenas: Demonstrar empatia pelos
outros, percebendo que as pessoas têm diferentes
sentimentos, necessidades e maneiras de pensar e agir.
Cada campo de experiências propõe objetivos de
aprendizagem e desenvolvimento específicos para três
diferentes grupos etários: bebês (de 0 a 1 ano e seis meses),
crianças bem pequenas (de 1 ano e sete meses a 3 anos e 11
meses) e crianças pequenas (de 4 anos a 5 anos e 11 meses).
1 0
1 _ B N C C N A E D U CAÇÃO I N FA N T I L 2 _ C U R R Í C U L O S 3 _ R E V I SÃO D O S P P P ’ S 4 _ F O R M AÇ ÃO C O N T I N UA DA
11. Intencionalidade
educativa
1.5
É trabalho do professor refletir, selecionar, organizar,
planejar, mediar e monitorar as práticas e interações que vão
promover o aprendizado e desenvolvimento das crianças. Por
isso, ao pensarem na organização dos tempos e espaços das
creches e pré-escolas é fundamental que:
• planejem atividades com significado, nas quais as crianças
possam experimentar possibilidades e ser protagonistas da
ação educativa;
• aproveitem os momentos de cuidado (banho, troca de fralda,
alimentação) para interagir com as crianças e possibilitar a
participação, a expressão e o conhecimento de si mesmos.
1 1
1 _ B N C C N A E D U CAÇÃO I N FA N T I L 2 _ C U R R Í C U L O S 3 _ R E V I SÃO D O S P P P ’ S 4 _ F O R M AÇ ÃO C O N T I N UA DA
12. A definição de intencionalidade na BNCC é: “organização e proposição, pelo educador,
de experiências que permitam às crianças conhecer a si e ao outro e de conhecer e
compreender as relações com a natureza, com a cultura e com a produção científica,
que se traduzem nas práticas de cuidados pessoais (alimentar-se, vestir-se,
higienizar-se), nas brincadeiras, nas experimentações com materiais variados,
na aproximação com a literatura e no encontro com as pessoas”.
atenção
1 2
1 _ B N C C N A E D U CAÇÃO I N FA N T I L 2 _ C U R R Í C U L O S 3 _ R E V I SÃO D O S P P P ’ S 4 _ F O R M AÇ ÃO C O N T I N UA DA
13. Momentos de pequeno grupo
Momentos de área externa
Momentos de conversa
Hora da história
Festividades e encontros com as famílias
A intencionalidade educativa deve estar presente em todos
os momentos da jornada na Educação Infantil, que incluem:
Acolhimento e despedida
Rotinas de cuidados
Atividades de livre escolha
Experiências propostas pelos professores
Momentos de grande grupo
1 3
1 _ B N C C N A E D U CAÇÃO I N FA N T I L 2 _ C U R R Í C U L O S 3 _ R E V I SÃO D O S P P P ’ S 4 _ F O R M AÇ ÃO C O N T I N UA DA
14. Acompanhar
o processo de
aprendizagem e
desenvolvimento
1.6
Avaliar é uma ação pertinente aos fazeres
pedagógicos, que inclui duas tarefas:
• acompanhar o desenvolvimento das crianças
• acompanhar o trabalho pedagógico realizado
A BNCC ressalta a importância de observar e registrar
a trajetória de aprendizagem e desenvolvimento de cada
criança e do grupo enquanto participam das experiências
propostas. Os registros podem incluir materiais produzidos
pelos professores e pelas crianças (relatórios, desenhos,
fotos e textos) e ajudam a mostrar às famílias a história
das experiências vividas pelas crianças ao mesmo tempo
em que permitem às crianças revisitar essas experiências.
DOCUMENTAÇÃO PEDAGÓGICA: Relatórios de professores e textos e desenhos infantis, acrescidos
ao registro do planejamentos e de projetos, são fundamentais para organizar o trabalho do professor,
dar clareza à intencionalidade educativa, além de permitirem o acompanhamento do aprendizado e
desenvolvimento das crianças.
1 4
1 _ B N C C N A E D U CAÇÃO I N FA N T I L 2 _ C U R R Í C U L O S 3 _ R E V I SÃO D O S P P P ’ S 4 _ F O R M AÇ ÃO C O N T I N UA DA
15. Em 2018, os estados reelaboraram seus currículos
à luz da BNCC, em regime de colaboração entre
estados e municípios. Esse capítulo apresenta
os caminhos possíveis para que os municípios
se apropriem dos documentos estaduais,
adaptando-os à realidade local, ou ainda para
que elaborem seus próprios currículos, com base
no documento estadual ou na própria BNCC.
CAPÍTULO 2
CURRÍCULOS ALINHADOS
À BNCC: O PAPEL DOS
MUNICÍPIOS
16. BNCC, currículo
e a autonomia
dos municípios
2.1
Desde que seu texto foi aprovado,
em dezembro de 2017, a BNCC é adotada como referência
para (re)elaboração dos currículos estaduais*, construídos
em regime de colaboração com os municípios.
Os documentos elaborados trazem uma organização
alinhada aos princípios da BNCC para a Educação Infantil,
mas é papel das redes municipais ampliar e ressignificar
esse documento de acordo com suas necessidades
locais e particularidades.
*os currículos também podem ter sido organizados por um consórcio de
municípios, com abrangência regional. Para saber mais sobre o processo
de implementação da BNCC, baixe o Guia de Implementação da Base
Nacional Curricular
A BNCC determina o que deve ser desenvolvido e o currículo deve ir além e trazer o como,
além de agregar especificidades locais. As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil
definem currículo como “conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes
das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental,
científico e tecnológico, de modo a promover o desenvolvimento integral das crianças”
1 6
1 _ B N C C N A E D U C AÇ ÃO I N FA N T I L 2 _ C U R R Í C U L O S 3 _ R E V I SÃO D O S P P P ’ S 4 _ F O R M AÇ ÃO C O N T I N UA DA
17. DICAS
• É desejável envolver técnicos, gestores escolares,
professores no processo de escolha, para que os objetivos
fiquem claros e alinhados.
• Não importa qual modelo seja o escolhido, o fundamental é
que a rede municipal traga sua identidade para o currículo
que irá implementar, considerando as riquezas materiais,
naturais e culturais do município.
1 7
1 _ B N C C N A E D U C AÇ ÃO I N FA N T I L 2 _ C U R R Í C U L O S 3 _ R E V I SÃO D O S P P P ’ S 4 _ F O R M AÇ ÃO C O N T I N UA DA
Essa decisão precisa ser tomada após avaliação coletiva do
documento curricular estadual. É importante analisar se o
documento, entre outras possibilidades:
• Atende às necessidades locais (observe vocabulário,
especificidades regionais, elementos socioculturais).
• Contempla os desejos e necessidades da Secretaria
Municipal de Educação, articulando-se com propostas
do município para Educação Infantil.
• Dialoga com a identidade do município.
A autonomia das redes municipais é um princípio
fundamental no processo de re(elaboração) dos novos
currículos da Educação Infantil. A partir do documento
curricular do regime de colaboração, os municípios podem
escolher entre:
A
Adotar o referencial estadual e adaptá-lo
à sua realidade local
b
Adotar o referencial estadual e complementá-lo
com outros materiais adicionais
C
Criar um novo currículo, baseado no referencial
estadual ou na própria BNCC
18. Adotar o referencial estadual e
adaptá-lo à sua realidade local
Algumas adaptações, que traduzam as especificidades
e necessidades locais, podem ser sugeridas a fim
de enriquecer o documento, como criar exemplos
aproximados de sua realidade ou ainda explicitar itens
do documento. Além disso, o município pode aproveitar
o momento para estabelecer períodos de estudo e
reflexão para aprofundar os conhecimentos na área da
Educação Infantil.
É importante discutir sobre rotina, intencionalidade
educativa, brincadeira, brinquedos, livros, materiais,
tempos e ritmos das crianças (momentos calmos
e ativos), atividades e experiências individuais ou
coletivas, autonomia infantil etc.
DICA
Os municípios podem fazer um processo de consulta pública
durante a adaptação do documento curricular estadual. Convidar
toda a comunidade escolar para conhecer o documento antes
que ele seja finalizado valida a construção. A participação e o
engajamento da população local fazem com que o currículo
ganhe cada vez mais a identidade do município.
A
1 8
1 _ B N C C N A E D U C AÇ ÃO I N FA N T I L 2 _ C U R R Í C U L O S 3 _ R E V I SÃO D O S P P P ’ S 4 _ F O R M AÇ ÃO C O N T I N UA DA
19. Adotar o referencial estadual
e complementá-lo com outros
materiais adicionais
Ao analisar o currículo estadual, as secretarias de
educação podem sentir necessidade de complementá-
lo para aproximá-lo da realidade sociocultural. Podem
também ser necessárias ampliações na organização
do documento, como o aprofundamento de questões
pertinentes ao universo da educação Infantil.
Algumas sugestões:
• Formar uma equipe para gerenciar o processo de
complementação curricular.
• Selecionar os temas que precisam ser ampliados e
outros que precisem ser criados.
• Aprofundar os conhecimentos sobre as
especificidades da educação infantil.
• Ouvir gestores escolares e professores, convidando-os a
contribuir nessa complementação.
• Ouvir as crianças: o que mais gostam de fazer e o que
gostariam de experimentar? Elas podem contribuir com
desenhos ou sugestões.
• Observar os materiais e documentos existentes nos
municípios: já possuem currículo? Como são feitas os
planos de atividade dos professores atualmente e como
eles se assemelham e se diferem do novo currículo?
B
1 9
1 _ B N C C N A E D U C AÇ ÃO I N FA N T I L 2 _ C U R R Í C U L O S 3 _ R E V I SÃO D O S P P P ’ S 4 _ F O R M AÇ ÃO C O N T I N UA DA
20. C Criar um novo currículo
baseado no referencial curricular
e na própria BNCC
As secretarias de educação ao analisar/estudar
o currículo estadual podem considerar que o modelo
não é ideal/suficiente para o município. Isso pode
acontecer, tendo em vista a grande diversidade étnica,
social e cultural presentes em todo o Brasil. Criar objetivos
e orientações próprias para a sua rede pode culminar com
o desejo do município de criar seu próprio currículo.
Para isso, é importante:
• Formar uma equipe para gerenciar o processo de
reestruturação curricular.
• Avaliar o documento curricular estadual e a BNCC
para Educação Infantil, coletivamente, pensando nos
aspectos a serem evidenciados e escritos. Estruturar
os tópicos do novo documento é essencial.
• Convidar diretores de unidades e formar comissão de
professores para a discussão e elaboração do documento.
• Convidar responsáveis das crianças para participar,
ouvindo suas ideias e considerando suas sugestões.
• Estabelecer períodos de estudo e reflexão para
aprofundar os conhecimentos na área da Educação
Infantil. Conceitos como direitos de aprendizagem e
desenvolvimento e Campos de Experiências precisam ser
incorporados por todos. Questões próprias da etapa, como
a rotina, o planejamento, a intencionalidade educativa e
metodologias de trabalho pedagógico são fundamentais
para pautar as decisões.
• Ouvir as crianças: o que mais gostam de fazer e o que
gostariam de experimentar? Elas podem contribuir com
desenhos ou sugestões.
• Agendar encontros para organizar a escrita e concretizar
o processo.
2 0
1 _ B N C C N A E D U C AÇ ÃO I N FA N T I L 2 _ C U R R Í C U L O S 3 _ R E V I SÃO D O S P P P ’ S 4 _ F O R M AÇ ÃO C O N T I N UA DA
21. A construção de um currículo pelos municípios requer foco, estudo, criatividade e planejamento.
Você pode se inspirar em boas práticas de outros municípios. Saiba mais no documento de
orientações curriculares para a Educação Infantil da Rede Municipal de Maceió.
DICA
A proposta da BNCC traz a ideia de uma formação e
desenvolvimento humano global nas dimensões física,
intelectual, social, emocional, cultural. O objetivo é a construção
de uma sociedade mais justa, ética, democrática, responsável,
inclusiva, sustentável e solidária. Por isso, também é
imprescindível que o município, ao elaborar o currículo, pense na
educação inclusiva. O Movimento Pela Base e o Instituto Rodrigo
Mendes produziram este material com orientações específicas
para a elaboração de um currículo inclusivo.
2 1
1 _ B N C C N A E D U C AÇ ÃO I N FA N T I L 2 _ C U R R Í C U L O S 3 _ R E V I SÃO D O S P P P ’ S 4 _ F O R M AÇ ÃO C O N T I N UA DA
22. Diagnóstico: como
os documentos
curriculares atuais
se relacionam
com a BNCC
2.2
Independentemente do caminho a ser seguido,
algumas ações podem ajudar a rede municipal no processo
de re(elaboração) curricular. Um primeiro passo pode ser
entender os atuais documentos curriculares adotados e
fazer conexões com as propostas da BNCC e do referencial
curricular do estado.
Veja algumas perguntas orientadoras
para esse diagnóstico:
• Entre as propostas apresentadas no documento
estadual/BNCC, existe alguma já praticada no município?
Quais mudanças ainda precisam ser implementadas?
• Qual é a organização curricular adotada pelo município
atualmente? Como essa organização pode se aproximar
de uma arranjo curricular por Campos de Experiências?
• No trabalho já realizado pelo município, as crianças são
colocadas como o centro do processo de planejamento?
Elas têm sido as protagonistas das ações ou estão sempre
respondendo a propostas feitas pelos professores?
2 2
1 _ B N C C N A E D U C AÇ ÃO I N FA N T I L 2 _ C U R R Í C U L O S 3 _ R E V I SÃO D O S P P P ’ S 4 _ F O R M AÇ ÃO C O N T I N UA DA
23. • Como a questão da cultura escrita é trabalhada
no município? Ela é apresentada e oportunizada
à criança desde a creche? As experiências das
crianças permitem que elas utilizem a língua escrita
livremente? Há livros de literatura à disposição das
crianças? Rodas de conversa/histórias acontecem
regularmente?
• São disponibilizados materiais, brinquedos e livros
para o uso cotidiano das crianças?
• Como são incentivadas/disponibilizadas as interações
criança-criança, criança-adulto e criança-materiais no
currículo atual? Quais os espaços e tempos destinados
à brincadeira? O que precisa mudar/ser ampliado?
• De que forma os direitos de aprendizagem e
desenvolvimento podem ser garantidos?
Como assegurar que eles sejam articulados com
os Campos de Experiências?
2 3
1 _ B N C C N A E D U C AÇ ÃO I N FA N T I L 2 _ C U R R Í C U L O S 3 _ R E V I SÃO D O S P P P ’ S 4 _ F O R M AÇ ÃO C O N T I N UA DA
24. OS MOMENTOS DE TRANSIÇÃO VIVIDOS PELAS
CRIANÇAS AO LONGO DA EDUCAÇÃO INFANTIL
• Da casa para a creche, da creche para a pré-escola
e da Educação Infantil para o Ensino Fundamental,
as crianças passam por mudanças importantes que
envolvem aspectos emocionais, cognitivos, sociais,
entre outros. É preciso prever na construção curricular
formas de planejamento conjunto entre os segmentos da
Educação Infantil e entre a Educação infantil e o Ensino
Fundamental, com sintonia entre os currículos, garantindo
a continuidade das aprendizagens. A experiência
educativa da criança precisa ser considerada como o elo
para pensar na trajetória escolar integralmente.
Veja algumas sugestões de boas práticas no capítulo 4 deste material.
O que deve ser considerado, na (re)elaboração de
currículos de Educação Infantil alinhados à BNCC:
AS ESPECIFICIDADES DA BNCC
PARA EDUCAÇÃO INFANTIL
• A concepção de criança trazida pela BNCC
• Interações e brincadeiras como eixos estruturantes
das práticas pedagógicas
• Os direitos de aprendizagem e desenvolvimento
• Arranjo por Campos de Experiências, respeitando
as faixas etárias
• Intencionalidade educativa em todas as práticas
pedagógicas
• Documentação pedagógica para acompanhar a
progressão das aprendizagens e desenvolvimento
2 4
1 _ B N C C N A E D U C AÇ ÃO I N FA N T I L 2 _ C U R R Í C U L O S 3 _ R E V I SÃO D O S P P P ’ S 4 _ F O R M AÇ ÃO C O N T I N UA DA
25. CAPÍTULO 3
BNCC NA ESCOLA:
A REVISÃO DOS
PROJETOS POLÍTICO
PEDAGÓGICOS
Este capítulo sugere estratégias de apoio a creches
e pré-escolas no que diz respeito à revisão
de seus PPP’s, fundamentais para a concretização,
na unidade escolar, da proposta curricular.
26. Como apoiar
creches e pré-
escolas na revisão
de seus PPP’s
3.1
Na hora de convidar as unidades de Educação
Infantil a revisitarem seus projetos pedagógicos, com
foco na mudança curricular, algumas ideias podem
aumentar o nível de engajamento, como:
• Organizar um evento de lançamento do currículo.
• Criar um “Dia D” para discussão dos Projetos Político
Pedagógicos em todas as escolas da rede municipal.
• Ressaltar que o PPP é o documento que dá
identidade à instituição, tornando-a única, ainda
que, fisicamente, possa ser idêntica às demais
unidades da rede. Pode ser interessante trazer
exemplos de creches e pré-escolas do município que
já tenham uma identidade bem definida e valorizada,
a partir de seus PPP’s.
2 6
1 _ B N C C N A E D U C AÇ ÃO I N FA N T I L 2 _ C U R R Í C U L O S 3 _ R E V I SÃO D O S P P P ’ S 4 _ F O R M AÇ ÃO C O N T I N UA DA
27. • Valorizar a importância da etapa da Educação
Infantil no desenvolvimento dos indivíduos, ao longo
de sua vida escolar. O PPP de uma instituição de
Educação Infantil precisa contemplar a especificidade
da etapa, seus temas centrais, o vocabulário da área,
bem como marcar a centralidade da crianças nas
escolhas feitas pela instituição.
• Propor a revisão dos PPP’s como uma oportunidade
de formação para toda a comunidade escolar
(professores, funcionários, família) sobre o novo
currículo e sobre a identidade da Educação Infantil.
2 7
1 _ B N C C N A E D U C AÇ ÃO I N FA N T I L 2 _ C U R R Í C U L O S 3 _ R E V I SÃO D O S P P P ’ S 4 _ F O R M AÇ ÃO C O N T I N UA DA
SAIBA MAIS
O Guia de Implementação prevê um
capítulo sobre elaboração dos PPP’s.
Fiquem atentos e acompanhem no site
www.implementacaobncc.com.br
28. Oferecer apoio técnico e financeiro
• É interessante que a secretaria de educação do município
ofereça orientações do que é importante conter em um
PPP. Assim, ao mesmo tempo que amplia a formação de
sua equipe, reafirma o compromisso com as instituições,
criando caminhos que integram ajuda, cooperação e
acompanhamento da execução dos projetos.
• Envolver a comunidade escolar na reelaboração dos PPP’s
confere a esse documento potência para ser considerado o
marco para as mudanças que serão implementadas pelas
instituições de Educação Infantil.
• Não há um padrão a ser seguido, mas alguns subsídios
sobre a estrutura do documento podem ajudar.
O PPP, EM GERAL,
É COMPOSTO DE TRÊS MARCOS:
1
Marco contextual
Descreve a região onde a instituição está situada, o perfil
demográfico e socioeconômico das famílias que atende e
as características da cultura local, por exemplo.
2
Marco conceitual
Traz o embasamento teórico que serve de sustentação
ao trabalho pedagógico realizado na instituição
– ex: os conceitos de infância, criança, Educação e
Educação Infantil ali adotados. É também neste marco
que são apresentados os documentos que dão suporte
às práticas educacionais – ex: DCN, BNCC e currículo do
estado/município.
2
Marco operacional
Apresenta o diagnóstico da creche ou pré-escola –
onde está, neste momento, com base em indicadores
de qualidade da Educação Infantil –, onde quer chegar
e que ações irá realizar para atingir seus objetivos –
metodologias, espaços, equipamentos e materiais que
adotará, projetos que quer realizar por faixa etária,
parcerias que estabelecerá.
SAIBA MAIS
Material elaborado pela Comunidade Educativa (CEDAC)
traz outras informações sobre como compreender, revisar e
criar um Projeto Pedagógico.
2 8
1 _ B N C C N A E D U C AÇ ÃO I N FA N T I L 2 _ C U R R Í C U L O S 3 _ R E V I SÃO D O S P P P ’ S 4 _ F O R M AÇ ÃO C O N T I N UA DA
29. • Reafirmar as concepções presentes nas Diretrizes
Curriculares Nacionais para Educação Infantil, assim
como colocar à disposição materiais que abordem
as especificidades técnico-pedagógicas da
Educação Infantil.
• Ajudar as instituições a avaliar: dentro do que é
proposto no currículo adotado pelo município, o que
já temos/fazemos em nossa unidade de Educação
Infantil e o que precisamos buscar? Quais principais
mudanças serão necessárias?
• Incentivar as unidades de Educação Infantil a
promover encontros com toda a comunidade escolar
(professores, funcionários, famílias) para refletir
sobre questões como: qual a finalidade do Projeto
Pedagógico? Considerando a Educação Infantil,
o que é essencial estar no PPP? O que desejamos
que as crianças aprendam? Quais caminhos a
instituição deve tomar para alcançar seus objetivos?
• Incentivar a discussão do PPP no horário de planejamento
dos professores e nas reuniões do Conselho Escolar,
tornando o processo realmente participativo.
• Refletir com as instituições sobre os principais desafios
a serem enfrentados, propondo parcerias e buscando
metas a curto, médio e longo prazo.
• Valorizar a participação das crianças, que podem
ser ouvidas neste processo.
• Reafirmar que as mudanças propostas no PPP se
concretizam no cotidiano. A transformação não pode
ser apenas teórica, mas fundamentalmente prática.
SAIBA MAIS
https:/
/ocupacaocrianca.avisala.org/
blogs/post/Pequenos-conselheiros-
grandes-ideias/
2 9
1 _ B N C C N A E D U C AÇ ÃO I N FA N T I L 2 _ C U R R Í C U L O S 3 _ R E V I SÃO D O S P P P ’ S 4 _ F O R M AÇ ÃO C O N T I N UA DA
30. Acompanhar o trabalho de revisão
do PPP até o final
• É importante oferecer espaços e momentos da secretaria
para, periodicamente, tirar dúvidas e auxiliar as creches
e pré-escolas na revisão de seus PPP’s. As estratégias
para isso podem variar, dependendo da extensão e
estrutura de cada rede.
• Estabelecer um cronograma para a revisão dos PPP’s
também pode ser interessante. O ideal é que o processo
de discussão se inicie no primeiro semestre de 2019,
em paralelo aos processos de formação sobre o novo
currículo. A secretaria pode definir um prazo para que
todas as unidades entreguem a ela seus PPP’s, com ajuda
de cronogramas construídos em parceria. O MEC sugere
que essa revisão seja concluída até novembro de 2019.
• Vale lembrar que o PPP é muito importante para facilitar
o trabalho de acompanhamento e monitoramento das
secretarias de educação às unidades de Educação Infantil.
SUGESTÕES:
Agendar visitas presenciais às escolas, marcar
encontros periódicos entre equipe técnica da
secretaria e representantes de todas as unidades
de Educação Infantil para acompanhar o processo,
proporcionando a troca de experiências, apoios ou
ainda criar um canal digital para tirar dúvidas.
SAIBA MAIS
O Guia de Implementação da BNCC traz,
na parte de Recursos, um documento
com orientações sobre a estrutura e a
revisão dos PPP’s:
https:/
/implementacaobncc.com.br/
anexo-ppp/
3 0
1 _ B N C C N A E D U C AÇ ÃO I N FA N T I L 2 _ C U R R Í C U L O S 3 _ R E V I SÃO D O S P P P ’ S 4 _ F O R M AÇ ÃO C O N T I N UA DA
31. Indicadores
de qualidade
do PPP na
Educação Infantil
3.2
O Projeto Político Pedagógico é o documento
que condensa a identidade da escola, esclarece a forma
como a instituição está organizada, determina quais são
os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento para os
alunos e, sobretudo, qual é o caminho para atingi-los.
• Articula-se com os documentos e deliberações
nacionais e municipais, entre eles, o documento
curricular.
• É elaborado por toda comunidade escolar, conferindo
legitimidade para mudanças.
• Garante as especificidades da área, assim como
reafirma a concepção de criança como sujeito ativo,
protagonista das ações.
• Assegura a organização curricular proposta nos
documentos nacionais, otimizando questões como
espaço, ambiente, planejamento e avaliação.
31
1 _ B N C C N A E D U C AÇ ÃO I N FA N T I L 2 _ C U R R Í C U L O S 3 _ R E V I SÃO D O S P P P ’ S 4 _ F O R M AÇ ÃO C O N T I N UA DA
32. • Planeja situações e contextos que atendam
a crianças, famílias e professores da unidade
educativa.
• Traz propostas concretas, possíveis de serem
realizadas pela equipe da instituição, considerando
os objetivos que se quer atingir e em qual prazo.
• Não é necessariamente um documento longo,
contém somente o que é essencial para a
instituição, respeitando as especificidades
da Educação Infantil.
• Feito com uma linguagem clara, objetiva e acessível,
para que todos possam compreender facilmente
o conteúdo do documento.
• Acessível para toda a comunidade (professores,
funcionários, famílias) para ser consultado e colocado
em prática, tornando-se o norteador das ações
da instituição.
3 2
1 _ B N C C N A E D U C AÇ ÃO I N FA N T I L 2 _ C U R R Í C U L O S 3 _ R E V I SÃO D O S P P P ’ S 4 _ F O R M AÇ ÃO C O N T I N UA DA
33. Materiais de
apoio para
o professor
3.3
Documentos com orientações em
relação a organização do ambiente,
rotina, planejamento e avaliação/
documentação pedagógica são fundamentais
para nortear e apoiar o trabalhos dos professores.
Antes de iniciar a produção de novos materiais, vale
avaliar os materiais que a rede já possui. Documentos
orientadores para o planejamento e a avaliação, por
exemplo, podem ser adaptados para contemplar os novos
conceitos trazidos pela BNCC e pelo currículo.
Ao pensar a elaboração de novos materiais, considere
uma concepção que ajude o professor a planejar suas
práticas pedagógicas dentro da perspectiva dos Campos
de Experiências, apresentando modelos/sugestões de
experiências que integrem os campos (veja exemplos de
práticas no capítulo 4 deste material).
3 3
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34. Cada município pode criar suas próprias maneiras
de oferecer esse apoio, que pode ser construído
coletivamente. Sugestão: Criar um grupo de trabalho/
estudos que reúna especialistas, professores de
Educação Infantil e gestores locais para pensar
coletivamente nos materiais necessários para a
realidade do município, partindo do repertório de
materiais do MEC e de outras instituições que trabalham
com Educação Infantil, como Instituto Avisa Lá, Instituto
Alana e Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal.
É importante que as secretarias de educação incentivem sua rede a acessar o texto original
da BNCC e os materiais complementares, como o Guia de Implementação, além de outros
exemplos de boas práticas documentadas.
3 4
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35. CAPÍTULO 4
FORMAÇÃO CONTINUADA:
COMO PLANEJAR E
O QUE ABORDAR
Este capítulo oferece dicas e orientações para a
criação de um ambiente educacional favorável à
aprendizagem e ao desenvolvimento de bebês e
crianças. O conhecimento de práticas pedagógicas
é fundamental para ajudar gestores municipais
na elaboração de estratégias para ações, como
formação continuada de professores e formação
de equipes de trabalho.
36. Planejamento de
uma formação
continuada de
qualidade
4.1
Além de apoiar creches e pré-escolas na revisão
de seus PPP’s e produzir materiais de apoio, promover
a formação continuada de professores é uma ação
fundamental das secretarias municipais no processo
de implementação dos novos currículos.
Ao planejar os eventos de formação continuada, o foco
deve ser pensar e elaborar experiências e atividades que
favoreçam a aprendizagem e o desenvolvimento dos bebês
e crianças, os protagonistas de todo o trabalho pedagógico
da Educação Infantil.
A formação dos professores nunca se esgota, precisa ser
constantemente atualizada e ampliada, em função das
transformações culturais pelas quais as sociedades passam.
Os momentos de revisão curricular também são ocasiões
que suscitam novas demandas formativas.
SAIBA MAIS
Outras orientações quanto à metodologia das
formações de professores podem ser obtidas
à página 23 do Guia de Implementação da
BNCC. Recomendações quanto às modalidades
de formação e aos recursos necessários são
apresentados às págs. 28 e 29 do mesmo material.
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3 6
37. • USO DE EVIDÊNCIAS: a formação continuada deve
ser constantemente revisada e aprimorada a partir de
evidências sobre o desenvolvimento dos educadores, como
os resultados educacionais dos estudantes e as devolutivas
das escolas e dos professores sobre a eficácia das ações
formativas.
• COERÊNCIA: a formação deve contemplar o contexto
em que cada professor está inserido. Para isso, devem
considerar os PPP’s, os materiais didáticos utilizados pelas
escolas, entre outras políticas das redes.
Algumas premissas, em termos de planejamento e
execução das formações de professores, alinhadas aos
novos currículos, são sugeridas pelo Guia de Implementação
da BNCC, entre elas:
• CONTINUIDADE: o processo de aprendizado não é
linear e depende de reflexão, mudança e aprimoramento
contínuo da prática. Nesse sentido, as formações não
devem ser apenas atividades pontuais.
• FORMAÇÃO NO DIA A DIA DA ESCOLA: as formações
devem acontecer não apenas em momentos formativos
da secretaria,mas também nas reuniões pedagógicas e
em momentos de acompanhamento entre equipe gestora
e professores.
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3 7
38. Veja um exemplo de oficina:
O formador leva aos professores objetos com diferentes texturas,
como argila, massinha, geleca e sucata. De olhos vendados, pede
que eles toquem nos objetos e tentem identificá-los. Alguns
caminhos podem ser tomados pelo formador para explorar essa
situação provocativa, entre eles:
1
O formador apresenta, de antemão:
• O CAMPO DE EXPERIÊNCIAS de onde partiu: Espaço, tempo,
quantidades, relações e transformações.
• O OBJETIVO DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO
que buscou trabalhar: estabelecer relações de comparação
entre objetos, observando suas propriedades.
Então, pede que os educadores estabeleçam interconectividades
com outros Campos de Experiências acionados pela atividade,
ressaltando em suas respostas os elementos de conexão e
permitindo que os professores entendam quais os campos de
experiências estão relacionados na ação do indivíduo.
Ex: Escuta, fala, pensamento e imaginação.
2
O formador propõe a experiência sem apresentar os
Campos de Experiências e objetivos dos quais partiu. E, após a
vivência, solicita que os educadores identifiquem os Campos de
Experiências acionados e busquem, no currículo, os objetivos
trabalhados, refletindo e discutindo suas escolhas.
Ao planejar as formações, é importante lembrar:
• Em relação à metodologia, as abordagens práticas
e a troca de experiências estão entre as mais
valorizadas pelos professores nos cursos de formação.
• No caso dos novos currículos estruturados em torno dos
Campos de Experiências, uma estratégia interessante
pode ser a organização de oficinas em que os
educadores tenham a oportunidade de vivenciar
experiências. Assim, poderão entender na prática
o que precisarão proporcionar às crianças, evidenciando
a intencionalidade pedagógica.
• Envolver professores da própria rede para apresentar aos
colegas práticas pedagógicas que se inserem na proposta
curricular pode ajudar a tornar mais factível
o currículo. Essa estratégia permite que os professores
construam redes de troca e apoiem-se mutuamente
na elaboração de seus planejamentos. Além disso,
valoriza a produção profissional, possibilitando maior
engajamento e conferindo pertencimento ao currículo.
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39. • A tematização da prática – reflexão teórica sobre a
prática docente, feita com a mediação do formador -
ajuda muito. Pode ser feita com a ajuda de materiais
- vídeos, descrições ou planejamentos - produzidos
em situações concretas vividas em salas de Educação
Infantil. A secretaria pode pedir que os próprios
professores da rede gravem experiências nas creches/
pré-escolas do município, valorizando o contexto local;
ou utilizar vídeos dessa natureza, tais como os do
instituto Avisa Lá, disponíveis na internet; ou ainda,
valer-se de acervos de vídeos e experiências práticas
observadas pelos formadores.
SAIBA MAIS
Outras orientações quanto à governança das
formações, a composição da equipe, o perfil dos
profissionais envolvidos e a ação coordenada entre
eles estão disponíveis nas págs. 24, 27, 31, 32 e 33
do Guia de Implementação.
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3 9
40. ASPECTOS ESTRUTURAIS
• O número de profissionais a serem formados.
• O oferecimento de modalidade à distância ou
interativa, se possível, especialmente para redes com
grande número de profissionais ou aquelas onde as
distâncias possam se tornar empecilhos.
• Local, carga horária total e quantidade de
encontros previstos.
• Organização do horário dos professores, de forma
que eles possam participar dos encontros sem afetar
o trabalho desenvolvido nas escolas.
• Custos da formação (locação de espaço, pagamento
de palestrantes, materiais e recursos utilizados).
Ao elaborar um plano de formação continuada para professores,
as secretarias municipais estarão, acima de tudo, investindo na
qualidade da educação oferecida. Portanto, além das questões
envolvendo a BNCC para a Educação Infantil e o currículo a ser
implementado, é preciso considerar:
ASPECTOS PEDAGÓGICOS
• Formação dos professores na rede - o que tem sido
discutido e as lacunas a serem preenchidas.
• Escuta dos professores e gestores para identificar
os principais desafios.
• Seleção de temáticas, abordando prioritariamente
aspectos práticos.
• Seleção de formadores que possam contribuir
com o fortalecimento da rede.
• Planejamento dos encontros, pensando em
metodologias, objetivos e avaliação - boas práticas
em Educação Infantil.
• Seleção de materiais e textos para os professores.
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4 0
41. O que abordar
nas formações?
Sete sugestões
de temas
4.2
Ao pensar nos temas que serão abordados nas
formações da Educação Infantil, é importante considerar
as necessidades locais e reafirmar alguns tópicos que são
essenciais para a compreensão das especificidades trazidas
pela BNCC. Estão entre eles:
1 Planejamento do professor x intencionalidade pedagógica
2 Cultura escrita
3 Campos de Experiências e objetivos de aprendizagem
e desenvolvimento
4 Currículo e rotina
5 Organização do ambiente e materiais utilizados
pelas crianças
6 Documentação pedagógica e acompanhamento
da aprendizagem e desenvolvimento
7 Boas experiências de transição: casa-creche; creche-
pré-escola; Educação Infantil-Ensino Fundamental
(Mais dicas de como fazer esse diagnóstico das demandas locais estão
disponíveis às págs. 25 e 28 do Guia de Implementação da BNCC).
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41
42. Para garantir que a intencionalidade pedagógica esteja
presente no planejamento dos professores, cabe às
secretarias de educação, ao longo das formações:
• Assegurar o planejamento como
ação essencial que preenche a rotina.
• Evidenciar a importância da temática, que abrange
os demais tópicos a serem discutidos.
• Orientar e construir modelos de planejamento que
contemplem as novas nomenclaturas (Direitos de
aprendizagem e desenvolvimento e Campos de
Experiências) e que garantam o protagonismo das
crianças. Definir a periodicidade desse documento
é essencial.
1 Planejamento do professor
x intencionalidade pedagógica
• Chamar atenção para os objetivos e a interconexão entre
os Campos de Experiências, expressos no planejamento e
no cotidiano.
• Associar a temática do planejamento com a
documentação pedagógica e o acompanhamento das
crianças, entendendo que são processos articulados.
Isso ajuda o professor a entender que os objetivos
traduzem as metas pensadas para as crianças e que,
a partir deles, é possível acompanhar as aprendizagens
e o desenvolvimento de cada criança.
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4 2
43. Ter intencionalidade educativa na escola é pensar em todos esses aspectos de maneira
estruturada e com objetivos e propostas claras de desenvolvimento dos bebês, crianças bem
pequenas e crianças pequenas. Envolve mais do que pensar as experiências que serão oferecidas às
crianças. Inclui também pensar nos materiais, ambientes, tempos, espaços e tudo mais que compõe
o contexto dessas experiências.
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4 3
44. A polêmica existente sobre alfabetizar ou não na Educação
Infantil é assunto importante para ser abordado nas
formações, para que os professores se sintam mais seguros
para planejar sua prática pedagógica e para orientar os pais.
Se, por um lado, há muitas expectativas, inclusive por parte
das famílias, de que as crianças se alfabetizem cada vez mais
cedo, os estudos, documentos e legislações que orientam o
trabalho na Educação Infantil - incluindo a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação, a DCNEI e a BNCC - não apresentam a
alfabetização como responsabilidade dessa etapa.
No entanto, é tarefa da Educação Infantil garantir às
crianças o acesso à cultura escrita e leitora, para que
elas percebam os usos e funções sociais da leitura e da
2 Cultura escrita
escrita e criem o desejo de fazer parte dessa cultura. Esse é
um trabalho no campo do letramento, que irá potencializar
o trabalho futuro, de sistematização de alfabetização, que
acontecerá no Ensino Fundamental.
Cabe ao gestor municipal entender esse processo e fomentar
a compra e o acesso a livros de diferentes gêneros, além de
promover projetos que envolvam leitura e escrita, discutir essa
temática com os gestores locais e formar professores para
que entendam o processo e construam possibilidades que
contemplem as crianças.
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4 4
45. O contato com livros é essencial para as crianças desde bebês. A leitura ajuda a criar uma relação
positiva com os livros e as histórias. Além do contato com textos prontos, por meio dos livros
infantis, é importante apresentar textos em processo de escrita, como letras das músicas, o
próprio nome da criança, entre outros.
Quando o professor escreve textos curtos para as crianças falarem, ainda que não saibam ler, está
ajudando na compreensão de que aquilo que se diz pode se transformar em palavra escrita. O
contrário também é válido: fornecer às crianças livros para que elas contem suas próprias versões
das histórias mostra a palavra escrita se transformando em fala. Para crianças pequenas, o nome
escrito começa a ganhar significado quando acompanhado de uma imagem. Assim, elas começam
a construir a relação entre o escrito e o falado.
Quando elas são incentivadas a usar lápis, papéis, pincéis e outros materiais, tendem a se sentir
incentivadas a fazer registros de sua criação. À medida que vão se desenvolvendo, entendem que
há símbolos específicos para a escrita e passam a se arriscar a escrever. Por meio dessa escrita
espontânea, experimentam a produção escrita sem medo de errar, usando suas próprias
hipóteses. Por isso, na Educação Infantil não cabem correções nem imposições nem repetições.
O professor só oferece ajuda quando a criança demanda.
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46. BEBÊS
Partindo do campo de experiências Espaço, tempos,
quantidades, relações e transformações, o professor pode
oferecer objetos para serem explorados por bebês, como cubos
e bolas coloridas, com o objetivo de explorar e descobrir as
propriedades das peças e materiais. Os bebês exploram os
objetos com as mãos, colocam na boca, batem no chão, largam
e pegam outros.
Enquanto isso, o professor conversa com os bebês – nomeia os
objetos e chama atenção para suas características (ex: amarelo,
macio). Os bebês podem tentar balbuciar, imitando o professor.
Dessa forma, a atividade também engloba experiências de
outros campos – Escuta, fala, pensamento e imaginação e
Traços, sons, cores e formas.
Campos de Experiências e objetivos
de aprendizagens e desenvolvimento
3
Na prática, os Campos de Experiências e objetivos de
aprendizagem e desenvolvimento não são trabalhados
isoladamente e de forma fechada - eles se interconectam
e se complementam. As equipes das secretarias de
educação podem reforçar essa ideia junto aos gestores
escolares. Veja alguns exemplos divididos por faixa etária:
SAIBA MAIS
Para conhecer em detalhes o teor de cada campo
de experiência, acesse esta apresentação sobre o
documento “Campos de Experiências: efetivando
direitos de aprendizagem na educação infantil”
ou assista aos vídeos produzidos pelo Movimento
Pela Base Nacional Curricular.
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4 6
47. CRIANÇAS PEQUENAS
Partindo do campo Escuta, fala, pensamento e imaginação, o
professor faz uma roda com as crianças para apresentar alguns
livros e dá a elas oportunidade para escolher qual história
será contada. O professor coloca os livros em círculos e as
crianças se posicionam dentro do espaço onde está a história
que querem escutar, explorando quantidades e checando
com seus pares qual livro será lido naquele momento. Isso
dialoga com o campo Espaço, tempos, quantidades, relações e
transformações.
Ao contar a história, o professor usa o corpo, faz gestos,
incentiva as crianças a fazerem o mesmo. Isso traz experiências
do campo Corpo, gestos e movimentos.
CRIANÇAS BEM PEQUENAS
Partindo do campo Corpo, gestos e movimentos, o professor
propõe uma atividade com dança, para que as crianças
conheçam os movimentos que têm condições de fazer. Ele
utiliza músicas de ritmos diferentes e traz elementos das
culturas representadas, como objetos e instrumentos musicais.
Com isso, trabalha aspectos dos campos Traços, sons, cores
e formas e O Eu, o outro e nós.
Nas situações descritas, a intencionalidade educativa do professor foi fundamental para promover
diferentes experiências para as crianças.
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48. 4 Currículo e rotina
A importância da rotina deve ser compreendida a partir de uma
nova construção curricular, significada pelas possibilidades
estruturais de cada município, com discussões que
contemplem as seguintes questões:
• A ROTINA DA INSTITUIÇÃO NÃO DEVE SE SOBREPOR
ÀS NECESSIDADES DAS CRIANÇAS
O horário das refeições deve ser condizente com os
momentos em que as crianças sentem fome. No caso das
creches, deve-se evitar fazer a troca de fralda com hora
marcada, e sim, quando for necessária - a prática, inclusive
faz com que a criança aprenda a pedir pela troca e facilite o
processo de desfralde.
• O GRUPO NÃO PRECISA FAZER TUDO JUNTO SEMPRE
Valorizar as singularidades é permitir que as crianças
formem pequenos grupos, a partir de seus interesses.
Enquanto algumas folheiam livros, outras brincam com
massinha, por exemplo. Em outros momentos, como ao
A rotina é que traduzirá em atividades práticas tudo o que
está previsto no currículo alinhado à BNCC para Educação
Infantil. A tradição traz a ideia de que é preciso ter um
horário fixo para tudo. No entanto, na Educação Infantil, a
flexibilidade e o respeito às singularidades e aos ritmos
das crianças são fundamentais.
Conhecer o cotidiano da instituição faz com que a criança
entenda o que vai acontecer com ela e isso lhe traz muita
segurança. A rotina, no entanto, não deve ser rígida nem
pensada sob a perspectiva do adulto, mas, sim, construída
com a contribuição das crianças. Entre alguns marcos
fixos (horário de alimentação, por exemplo), a rotina poderá
incorporar as sugestões das crianças. Construir com elas
a programação do dia, utilizando cartazes em sequência,
por exemplo, contribui para a construção das noções de
temporalidade (antes e depois) e a compreensão da passagem
do tempo. O diálogo com as crianças pode acontecer
semanalmente, ocasião em que elas participam da definição
de algumas das experiências que serão vivenciadas.
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4 8
49. apresentar alguma novidade, as experiências poderão ser
partilhadas no grande grupo. Se houver a hora do sono,
é importante que as crianças que não queiram dormir
possam realizar outras atividades.
• ÁREAS AO AR LIVRE E VARIAÇÃO DO ESPAÇO
SÃO MUITO IMPORTANTES
Ficar 4 ou 7 horas no mesmo espaço pode ser muito
estressante para as crianças. Por isso, é fundamental que
a rotina preveja mudanças de ambiente (pátio, outras
salas) e, se possível, usar áreas externas e com contato
com a natureza.
• AS ATIVIDADES PROPOSTAS DEVEM ACOMPANHAR
O RITMO DAS CRIANÇAS
Geralmente, as crianças acordam meio sonolentas e têm
alguns picos de energia ao longo do dia. Quando a energia
do grupo estiver mais baixa, o professor pode propor
atividades como contação de histórias, jogos de tabuleiro.
Já nos momentos de mais energia, jogos no pátio, dança
e percursos podem ser boas opções.
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50. Implementar uma proposta curricular que contemple os
direitos de aprendizagem e desenvolvimento e os Campos
de Experiências implica repensar o ambiente e os materiais
disponíveis para as crianças. O gestor municipal deve estar
ciente de sua importância na aquisição de materiais adequados
e necessários para essa implementação. É preciso garantir que
os espaços onde as atividades acontecem sejam pensados
cuidadosamente, pois é a partir deles que a criança aprende e se
desenvolve. Na Educação Infantil, é muito comum dividir a sala
em setores - um lugar onde acontecem as conversas, o cantinho
da arte/desenho/pintura, canto dos jogos etc. A divisão otimiza o
espaço, mas é importante que ela esteja alinhada com a rotina e
com os interesses das crianças*.
Organização do ambiente e materiais
utilizados pelas crianças
USO DE IMAGENS E DECORAÇÃO
Um currículo que valoriza as culturas locais expressa-as
em suas instituições. Cabe às equipes das secretarias de
educação estarem atentas e estabelecerem canais de diálogos
para que a diversidade étnico-racial, assim como personagens
significativos para as crianças, tenham prevalência como
imagens decorativas das salas e instituições.
• Imagens reais, como fotografias das crianças e de suas
famílias, são boas opções na decoração e permitem
que a criança identifique aquele espaço como seu. É
fundamental que o ambiente traga elementos que
façam parte do repertório e da cultura das crianças.
• Desenhos e pinturas produzidos por elas podem - e
devem - ficar expostos na sala. Toda produção infantil é
esteticamente perfeita e tem significado para as crianças.
5
*Em espaços muito pequenos, é possível trabalhar com caixas, utilizadas de acordo com o interesse e a necessidade das crianças, que guardem materiais
para cada tipo de atividade. Exemplo: caixa de desenho/pintura, caixa de livros, caixa de bonecos etc.
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5 0
51. É fundamental que os objetos que serão explorados, como brinquedos e livros, fiquem em
locais acessíveis. As estantes baixas podem ser muito úteis, pois além de deixar os objetos ao alcance
dos pequenos, permitem que o professor tenha uma ampla visão de todo o espaço.
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5 1
52. • Crianças bem pequenas: Quebra-cabeças simples,
bambolês, túneis de pano, tintas, lápis, papéis.
Instrumentos musicais. Fantasias de super heróis e outros
personagens, além de roupas, sapatos, acessórios e
objetos usados no cotidiano, como telefone, teclado de
computador, óculos, conchas e outros, para favorecerem as
brincadeiras de faz de conta. Brinquedos que representam
objetos do cotidiano como fogão, panelinhas, carros e legos
ou similares para construir. Livros com animais, em pop up,
com som e textura também são importantes.
• Crianças pequenas: além dos indicados para crianças
bem pequenas, pode-se incluir quebra-cabeça com mais
peças, jogos com regras simples - como jogo da memória
e dominó -, livros que tragam situações representativas do
cotidiano infantil e explorem curiosidades infantis, assim
como diferentes gêneros textuais. Papéis de diferentes
tipos e cores, lápis e canetas hidrocores, argila para
modelar e massinha são itens essenciais.
MATERIAIS UTILIZADOS PELAS CRIANÇAS
É fundamental prever no orçamento anual a compra de
brinquedos, livros e objetos que serão oferecidos às crianças
nas instituições de Educação Infantil. Veja abaixo algumas
sugestões de materiais indicados para os três grupos de faixa
etária que podem contribuir para a implementação curricular,
considerando os Campos de Experiências. E lembre-se de
valorizar as culturas locais, trazendo objetos típicos da região.
Por exemplo, objetos indígenas ou artesanato local, caso faça
parte do repertório do município.
• Bebês: Bonecos, de preferência de pano, que
representem a diversidade humana (brancos, negros,
indígenas, pessoas com deficiência etc). Jogos de
encaixe, bolas de diferentes tamanhos e cores, assim
como objetos com diferentes texturas. Cubos leves
e macios para montar e desmontar - podem ser de
borracha ou papelão higienizado. Animais feitos de pano,
carrinhos e livros com diferentes texturas. É fundamental
que os materiais disponíveis para os bebês sejam macios.
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53. Fique de olho! Os brinquedos e materiais oferecidos às crianças não devem conter peças pequenas
soltas, que possam ser ingeridas. Para mais informações sobre tipos de brinquedos e materiais seguros
para cada faixa etária, acesse o manual de orientação pedagógica “Brinquedos e Brincadeiras de
Creche”, produzido pelo MEC com apoio da Unicef.
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54. Os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento propostos
na BNCC para a Educação Infantil devem ser ampliados
na elaboração dos currículos e buscados na prática de
brincadeiras e atividades propostas na rotina escolar. E como
acompanhar a evolução de bebês, crianças bem pequenas
e crianças pequenas nesta nova proposta? As equipes
das secretarias de educação devem orientar/elaborar
documentos próprios para esse propósito, apresentando ou
ampliando a discussão sobre a Documentação Pedagógica e
sugerindo modelos.
Sabemos que é papel do professor observar, acompanhar
e documentar o processo de aprendizagem e
desenvolvimento das crianças. Não para saber se elas
alcançaram ou não um objetivo, mas para indicar como cada
uma (e o grupo) evoluiu em relação ao que foi proposto.
Documentação pedagógica e
acompanhamento da aprendizagem
e desenvolvimento
O QUE AVALIAMOS?
O processo de aprendizagem e desenvolvimento de cada
criança a partir das propostas realizadas, tendo como
parâmetro a própria criança. Não cabem comparações.
PARA QUÊ?
Para acompanhar as necessidades e desejos das crianças
e pensar em estratégias para atendê-las e, assim, ampliar o
processo de aprendizagem e desenvolvimento.
COMO?
Planejando experiências significativas para as crianças,
respeitadas e entendidas como o sujeito da ação, observando-
as atentamente - o que falam, como pensam, o que escolhem,
o que evitam -, ouvindo suas ideias e proposições, dialogando
sobre assuntos e situações de interesse delas e registrando os
avanços e estratégias criativas utilizadas por elas cotidianamente.
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55. Dentro do campo Corpo, gestos
e movimentos, para as crianças
pequenas, é proposta uma atividade
com o objetivo de demonstrar controle
e adequação do uso do corpo em
jogos, contação de história, atividades
artísticas e brincadeiras. Em suas
observações, o professor pode se
perguntar, entre outras questões:
• A criança já reconhece o próprio
corpo? Nomeia?
• Se apropria dos seus movimentos?
• Já se envolve com as propostas de
movimento? Como isso acontece?
Partindo do campo Traços,
sons, cores e formas com crianças
bem pequenas, o professor propõe
que elas misturem as tintas para
descobrir novas cores. Muito além
do resultado da mistura, o professor
pode observar como cada uma lida
com a transformação das cores.
• O que elas associam com as cores?
• Quais cores foram mais usadas?
• O que a criança pretende fazer
com a mistura? Deixar que a
criança surpreenda e crie novos
tons de cores.
• Demonstra alguma preferência?
Professor distribui blocos
e as crianças brincam de
montar. Ao se aproximar e
observar, ele pode buscar dialogar
com a criança para compreender
a sua lógica na brincadeira, fazendo
perguntas como ‘o que você está
construindo?’, ‘por que isso tem
esse formato?’. A observação não
se restringe a perguntas mais
diretas como ‘será que essa peça
vai encaixar na outra?’ ou ‘que
cor tem esse bloco?’.
As equipes das secretarias de educação orientam os gestores escolares no entendimento
da avaliação. Alguns exemplos podem ser discutidos com a finalidade de evidenciar a ação
avaliativa, a partir de objetivos propostos no currículo:
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56. • envolvimento - aquilo em que participa ativamente por
vontade própria; como se envolve, o que demanda
maior incentivo por parte dos profissionais.
Ao registrar as observações, é possível ter mais clareza
daquilo que cada criança precisa e, assim, refletir e planejar
intervenções para que suas experiências se ampliem, se
aprofundem e ganhem um sentido maior.
Nas formações, as equipes das secretarias de educação
podem elencar alguns critérios para auxiliar as observações a
serem feitas pelos professores nos relatórios, tais como:
• gestos e atitudes em situações de conflito, em situações
novas, em momentos coletivos, na área externa etc.
• narrativas - como são feitas, quais as principais
temáticas, uso do vocabulário.
• interesses e necessidades - jogos e brincadeiras
preferidas, resolução de problemas nas brincadeiras,
colegas mais próximos, temáticas que chamam atenção etc.
A documentação pedagógica é fundamental não só para mostrar o trabalho realizado para as
famílias, mas, principalmente, para que o professor conheça melhor as crianças e, assim, possa
aperfeiçoar o planejamento das atividades. Ela deve ser usada para valorizar, discutir e dar
visibilidade ao aprendizado. Os registros podem incluir fotos, relatórios, vídeos e qualquer material
produzido pelas crianças. E podem ser apresentados no formato de livro, pasta, mural ou em outro
formato proposto pelo professor.
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57. Dentre os diferentes cuidados necessários na elaboração
de um novo currículo para Educação Infantil, as transições
ocupam um lugar de destaque. As equipes das secretarias de
educação devem abordar essa temática de forma cuidadosa,
valorizando a necessária ação de acolher as crianças e suas
famílias a cada etapa na Educação Infantil, preocupando-se
também com a entrada das crianças no Ensino Fundamental.
Boas experiências de transição:
casa-creche; creche-pré-escola;
Educação Infantil-Ensino Fundamental
As secretarias de educação podem construir espaços de
diálogos entre equipes da Educação Infantil e do Ensino
Fundamental, que permitam a construção de um olhar
atencioso e de propostas que poderão ser utilizadas como
uma política de transição, a serem observadas por todas as
instituições.
SÃO 3 MOMENTOS DE TRANSIÇÃO:
• De casa para creche (0-3 anos)
• Da creche para pré-escola (4 anos)
• Da Pré-escola para o Ensino Fundamental (6 anos)
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É preciso garantir a continuidade e alinhar objetivos das duas etapas, considerando sempre a criança
como a protagonista do processo educativo.
58. Veja algumas sugestões de boas práticas que poderão fazer
parte das formações com as equipes das instituições:
DA CASA PARA A CRECHE (0-3 anos)
A criança, pela primeira vez, sai do ambiente
familiar e vai para o ambiente institucional.
É fundamental que ela se sinta segura para conseguir
construir novos vínculos e, então, possa se desenvolver.
A relação entre afeto e cognição está comprovada
cientificamente. É interessante que a entrada na creche
seja vista como inserção de novas crianças e famílias,
num espaço onde já existem algumas regras; não
como simples adaptação a uma situação já existente.
Acolhimento é uma palavra-chave neste momento.
É importante que esse processo de inserção seja
gradativo. A criança fica algumas horas na instituição nos
primeiros dias, acompanhada dos pais ou responsáveis,
e esse tempo vai aumentando gradativamente até que
ela se sinta segura e possa permanecer na instituição
com os professores e funcionários.
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59. DA CRECHE PARA A PRÉ-ESCOLA (4 anos)
Se as duas etapas forem na mesma instituição, os
currículos devem estar em sintonia: o que se pensou para
os bebês e crianças bem pequenas deve ser continuado
para as crianças pequenas. Se houver mudança de
instituição nesta fase, é importante que haja novamente
um processo de acolhimento e que a criança e a família
conheçam o local e o ambiente que ela frequentará na
próxima etapa.
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Na pré-escola, passa a haver uma pressão maior para que as crianças se alfabetizem. É
importante não perder de vista o que a legislação prevê: a Educação Infantil está comprometida com o
desenvolvimento integral das crianças (LDB/96). Como já vimos no início deste capítulo, na Educação
Infantil, o professor deve proporcionar acesso à cultura escrita, criando situações nas quais as
crianças possam ter contato com materiais impressos e sejam incentivados à escrita espontânea,
sem a obrigação de sistematizar processos de alfabetização.
60. DA PRÉ-ESCOLA PARA
O ENSINO FUNDAMENTAL (6 anos)
Este é um momento que tende a ser delicado, pois
se não houver planejamento, pode trazer uma
experiência de ruptura brusca, com mudança de
instituição, espaço físico, relações e vínculos.
É importante que os professores do Ensino Fundamental
conheçam o currículo da Educação Infantil e a forma
como as crianças aprendem para criar um ambiente
acolhedor. Valorizar atividades da rotina da pré-escola,
como uso de massinhas e contação de histórias, pode
ajudar muito. E garantir o direito da criança de brincar
também nesta etapa é fundamental.
Nesta transição, quase sempre há uma mudança de
instituição. E os cuidados de levar a criança para conhecer
o espaço que ela vai frequentar, o ambiente e, se possível,
os professores, ajudam muito. O diálogo entre as duas
instituições (Pré-escola e Ensino Fundamental)
é fundamental para que não haja rupturas bruscas.
As equipes podem agendar visitas e promover atividades
para que crianças e professores das duas etapas se
conheçam e dialoguem.
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61. Efetivando direitos e aprendizage
na Educação Infantil
Efetivando direito
na Educação Infa