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Instituto de Estudos Superiores Financeiros e Fiscais
Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do
IESF face às necessidades das empresas
Manuel Augusto Marques Barroso
Artigo Científico (Paper) no âmbito do trabalho de projeto do Mestrado de Gestão e
Negócios, ministrado pelo IESF
Orientador: Professor Doutor João Paulo Sequeira Seara do Vale Peixoto
Vila Nova de Gaia, 2014
Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às
necessidades das empresas
2
Sumário
Abstract..................................................................................................3
Resumo..................................................................................................3
Capítulo 1 – Introdução ............................................................................5
Capítulo 2 – Revisão Teórica .....................................................................7
Capítulo 3 – Análise Empírica ..................................................................15
Capítulo 4 – Resultados ..........................................................................16
Capítulo 5 – Conclusões..........................................................................27
Capítulo 6 – Limitações e Investigação Futura ...........................................30
Capítulo 7 – Implicações na Gestão Empresarial ........................................32
Agradecimentos.....................................................................................33
Referências ...........................................................................................34
Anexos .................................................................................................37
Índice de Figuras ...................................................................................40
Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às
necessidades das empresas
3
Abstract
In this article we intend to evaluate the suitability of IESF’S (Instituto de Estudos
Superiores Financeiros e Fiscais) educational offer in what concerns graduation and
post-graduation education facing the needs of the business environment. It is also our
intention to collect tips to improve the creation of new courses or in the ways to provide
that formation, and improve the cooperation between both. It was made a theoretical
revision about the ways to make the Polytechnic Institutions interact with companies
and what is being made in this area in some countries, mainly in Portugal. Therefore, a
survey was sent to 1700 companies of different areas to evaluate the suitability of
IESF’S educational offer to companies’ formation needs, how is that knowledge made
available to companies and the identification of new formation areas. The surveys’
statistical analysis allowed us to conclude that companies evaluate in a positive way the
education offer that IESF’s provides to companies and also that companies value in a
very positive way the “Cases of Business Strategy” course as a way to make the
Polytechnic Institutions interact with companies in the production of knowledge and its
implementation in real context in companies.
Keywords: Cooperation; Synergies; Companies; Polytechnic Institutes; Education
Resumo
Neste artigo pretendemos avaliar a adequação da oferta formativa do IESF-
Instituto de Estudos Superiores Financeiros e Fiscais no âmbito da formação graduada
e pós-graduada face às necessidades do meio empresarial e recolher sugestões de
melhoria para a criação de novos cursos ou no modo de disponibilizar essa formação e
melhorar a cooperação entre ambos. Efectuamos uma revisão teórica sobre as formas
de fazer interagir as Instituições de Ensino Superior Politécnico e as empresas e o que
está a ser feito nalguns Países neste domínio com especial ênfase em Portugal. Para
esse fim, foi elaborado um inquérito submetido a cerca de 1700 empresas de distintos
ramos de actividade para se avaliar a adequação da oferta formativa do IESF às
necessidades de formação das empresas, a forma como esse conhecimento é colocado
à disposição das empresas e identificação de novas áreas de formação. O tratamento
Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às
necessidades das empresas
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estatístico dos questionários permitiu-nos concluir que as empresas avaliam de forma
positiva os conteúdos da oferta formativa que o IESF disponibiliza às empresas e
valorizam de forma muito positiva a disciplina de casos de estratégia empresarial como
forma de fazer interagir as Instituições de Ensino Superior Politécnico e as empresas na
produção de conhecimento e a sua aplicação em contexto real nas empresas.
Palavras-chave: Cooperação; sinergias; Empresas; Institutos Superiores Politécnicos;
Formação
Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às
necessidades das empresas
5
Capítulo 1 – Introdução
Atenta à importância deste tema, a União Europeia estabeleceu como objectivo,
no âmbito do programa Horizonte 2020, alocar cerca de 2% do PIB para a Educação no
período de 2014-2020. Esta meta tem como objectivo modernizar o ensino superior no
espaço Europeu e garantir desta forma a qualidade da formação profissional e da
aprendizagem ao longo da vida. As instituições de Ensino Superior Politécnico, pela sua
vocação e ligação ao meio empresarial são um vector fundamental para o reforço da
sociedade do conhecimento pois reúnem educação, investigação, inovação e uma
especial vocação para fazer a ponte entre o conhecimento produzido e adquirido no
ensino superior e as necessidades das empresas.
Empresas e Ensino Politécnico são atores de diferentes sistemas, divergentes
nalguns aspectos mas necessariamente envolvidos e comprometidos com o novo
paradigma da cooperação e interacção. É por isso cada vez mais reconhecida a
importância da aquisição de competências numa cada vez maior proximidade entre
Ensino Superior Politécnico e as Empresas, numa lógica de formação constante com
adequação dos conteúdos programáticos e produção de conhecimento adequada às
necessidades das empresas.
Contudo esta interacção, até porque nestes cenários interagem atores oriundos
de diferentes contextos, nem sempre se faz de forma tranquila. O que se pretende com
este trabalho é avaliar a forma como esta cooperação tem ocorrido, a nível internacional
e especialmente em Portugal e apresentar sugestões de melhoria de modo a criar
sinergias que se traduzam em economias de recursos, maior aplicabilidade do
conhecimento produzido e mais eficácia na aplicação desse conhecimento no contexto
empresarial, convertendo deste modo o investimento feito na educação em gerador de
valor para a sociedade.
Jacques Marcovitch, reitor da universidade de São Paulo, num artigo publicado
na revista de Administração da Universidade de São Paulo sobre a cooperação da
Universidade moderna com o sector empresarial afirma que há dois mitos a destruir. O
primeiro, cultivado pelos empresários, de que o pesquisador académico é um ser etéreo,
Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às
necessidades das empresas
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deslocado da realidade. O segundo, corrente na área da pesquisa de que o empresário
despreza a ciência. Esta será, sem dúvida, a primeira barreira a derrubar para se
melhorar a cooperação entre as Instituições de Ensino Superior e as empresas.
Neste mesmo artigo, o seu autor enfatiza o facto de que da mesma forma que a
Universidade precisa de encontrar a forma certa de se relacionar com o sector produtivo
este também deve saber como solicitar a colaboração da universidade.
A capacidade de produzir conhecimento por si só não cria valor para a sociedade
se não estiver ao seu dispor, ela deve ser vista como um meio ao seu dispor para
melhorar o bem-estar social e riqueza e não um fim em si mesmo. Em suma, temos
que produzir e disseminar o conhecimento. Aliás, a produção de conhecimento sem
aplicação prática tem que ser entendida como uma utilização de recursos com custos
para sociedade e não como o investimento reprodutivo virtuoso que deve ser. Não
interiorizarmos esta premissa é ficarmos inebriados à sombra do trabalho desenvolvido
convencidos que este é útil ao desenvolvimento económico-social e ficarmos
irremediavelmente atrasados no mundo competitivo em que vivemos.
Vários estudos demonstram que o atraso na aplicação por parte das empresas
do conhecimento produzido nas universidades resulta numa diminuição da
competitividade desses países face aos seus concorrentes, onde a produção e aplicação
de conhecimento tende a ser simultânea.
A cooperação entre o meio académico e o empresarial pode ser feita de várias
formas, devendo ser ajustada àquilo que em cada momento forem as disponibilidades
de recursos existentes e os objectivos que se pretendem alcançar, procurando sempre
alcançar a máxima eficiência entre a alocação dos recursos sempre escassos o os
resultados obtidos.
Não se trata de levar os Institutos Politécnicos às empresas ou trazer as empresas
aos Politécnicos, trata-se isso sim de em conjunto construirmos uma auto-estrada do
conhecimento percorrida por ambos e nos dois sentidos, comprometendo ambas as
partes nesta viagem pela descoberta do conhecimento.
Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às
necessidades das empresas
7
Capítulo 2 – Revisão Teórica
Segundo (MELO, 2002) as instituições que hoje conhecemos como Universidade
surgiram em Itália, nas cidades de Bolonha e Salermo e também em França na cidade
de Paris. Não sendo contudo possível precisar as datas, as Universidades de Bolonha,
Paris e Oxford são contemporâneas e, por volta de 1230, já tinham um prestígio
considerável
Foi no entanto na Alemanha no Sec. XIX que se deu a transformação das
instituições em Universidades com as atribuições que lhe são reconhecidas actualmente,
ensino, pesquisa e extensão. Até esta altura a ciência estava estreitamente vinculada
ora à igreja, ora ao Estado, dependendo esta ligação do País e da situação política.
A adopção da pesquisa como qualificação necessária para a carreira docente,
implementada pela Universidade de Berlim, contribuiu não só para o aumento da
independência das universidades em relação aos regimes políticos vigentes, mas
também para o aumento do status das suas funções e o consequente aumento do
interesse do sector produtivo pelas suas actividades (VELHO, 1996; RAPPEL, 1999;
MELO, 2002).
Antes da incorporação da pesquisa como actividade regular dos docentes,
predominava o modelo francês de universidade, “[...] preocupado essencialmente com
o ensino, dedicado à formação de professores e profissionais liberais” (RAPPEL, 1999),
controlado e fiscalizado pelo poder do governo central. O modelo alemão integrado de
ensino e pesquisa foi paulatinamente adoptado por outros países, com destaque, nos
Estados Unidos, para o Massachusetts Institute of Technology (MIT) e pela Universidade
de Stanford.
Etzkowitz & Leydesdorff (2000) apelidaram de “segunda revolução académica”
ao processo de transferência do conhecimento das universidades para as empresas.
Este processo teve início após a Segunda Guerra Mundial mas foi a partir do fim da
Guerra Fria que teve maior implantação. Na década de setenta, as principais indústrias
dos Estados Unidos da América foram seriamente afectadas pelo atraso que se
verificava entre a descoberta de novos conhecimentos na universidade e a sua utilização
pelas empresas, entre os sectores estratégicos mais afectados estavam a indústria do
Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às
necessidades das empresas
8
aço, automóvel, televisores e semicondutores. Este atraso prejudicou seriamente a
competitividade global da indústria Americana.
Na década seguinte, para fazer face ao aumento da competitividade económica
e do processo de globalização, a investigação científica e académica assumiu um papel
de relevo, verificando-se mudanças muito significativas. Foi também a partir dessa
altura que muitos países procuraram fortalecer a competitividade económica através de
uma economia do conhecimento por intermédio da ligação das universidades ao tecido
empresarial proporcionando desta forma a troca de conhecimento.
Uma das formas mais comuns de cooperação entre universidades e empresas
verifica-se na área da consultoria. Nesta modalidade existe uma interacção entre o meio
académico e o meio empresarial a fim de se encontrar a melhor e mais adequada
solução para cada problema. O envolvimento dos académicos no processo de consulta
pode proporcionar um conhecimento mais aprofundado do problema que está a ser
estudado (WRIGHT, 2008) e este trabalho é de inestimável valor para transformar as
ideias para a pesquisa (LAM, 2010).
Segundo (JACOBSON, 2005) a necessidade de consultoria está ligada a três tipos
de factores:
 Mudanças sectoriais requerem observações muito especializadas e
periciais;
 Limitações orçamentais obrigam a optar por formas mais eficazes de
obter esse conhecimento;
 O recurso a consultores externos aumenta a legitimidade das
conclusões.
SEGATTO-MENDES, Andrea Paula e SBRAGIA, Roberto, num artigo publicado na
Revista de Administração da Universidade de São Paulo (V.37 nº. 4 p. 58-71, OUT/DEZ
2002) sobre “O processo de cooperação Universidade-Empresa em Universidades
Brasileiras identificaram várias motivações para as Universidades e Empresas
resultantes dos processos de cooperação e transferência de conhecimento. Para as
Universidades identificaram as seguintes motivações:
 Obtenção de recursos financeiros adicionais;
Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às
necessidades das empresas
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 A realização da função social da Universidade;
 O prestígio que será obtido pelo investigador;
 A divulgação da imagem da Universidade;
 A obtenção de conhecimentos práticos sobre os problemas existentes;
 A incorporação de novas informações aos processos de ensino e
pesquisa universitária.
Para as empresas as principais motivações identificadas no estudo foram:
 Acesso a Recursos Humanos altamente qualificados da universidade;
 Redução dos custos e/ou riscos envolvidos nos projetos de pesquisa e
desenvolvimento;
 Acesso aos mais recentes conhecimentos desenvolvidos nos meios
académicos;
 Identificação de alunos da Instituição de ensino para recrutamento
futuro;
 Resolução dos problemas técnicos que geraram a necessidade da
pesquisa em cooperação.
Neste mesmo artigo os autores identificaram várias dificuldades que importa
remover para tornar mais fácil a cooperação entre empresas e universidades. As
principais barreiras que identificaram foram:
 Burocracia universitária;
 Duração muito longa do projecto;
 Diferenças de nível de conhecimento entre as pessoas da Universidade e
da empresa envolvidas na cooperação.
Como facilitador do processo de cooperação foi apontado o factor fundos do
Estado de apoio à pesquisa e cooperação entre Universidade e Empresas.
ALVIM (1998) citado por RODRIGUES (2004) identifica várias actividades que
podem resultar das parcerias entre universidade e empresas:
Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às
necessidades das empresas
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 Apoio técnico (assistência ou consultoria) pela universidade;
 Prestação de serviços pela universidade (serviços técnicos repetitivos,
análises de laboratório, ensaios, etc.) e serviços especializados específicos
e encomendados;
 Oferta de informação especializada;
 Programas de capacitação de recursos humanos (cursos e eventos de
actualização);
 Programas de formação de recursos humanos;
 Bolsas para estudantes que investiguem sobre temas de interesse das
empresas;
 Programas de educação continuada;
 Financiamento de disciplinas por empresas;
 Intercâmbio de pessoal;
 Estágios de estudantes (programas de graduação);
 Divulgação de oportunidades de trabalho para alunos;
 Organização de seminários e reuniões conjuntas;
 Contactos pessoais;
 Participação em conselhos de assessoria;
 Participação de representantes do sector produtivo nos conselhos das
universidades;
 Participação de representantes de empresas em comissões de docência e
de pesquisa;
 Intercâmbio de publicações;
 Consultoria especializada;
 Programas de contratação de recém-formados;
 Apoio à implantação de disciplinas especiais;
 Apoio a concursos e prémios;
 Acesso a equipamentos e instalações especiais;
 Partilha de equipamentos;
 Apoio à pesquisa básica;
 Grupos de interacção tecnológica;
 Desenvolvimento de centros de inovação tecnológica;
 Escritórios de interacção universidade-empresa;
 Criação de empresas mistas para explorar desenvolvimento e inovação
tecnológica;
Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às
necessidades das empresas
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 Incubadoras de empresas;
 Parques científicos;
 Parques tecnológicos;
 Sistemas nacionais de uso da tecnologia gerada na universidade;
 Pesquisa cooperativa;
 Redes cooperativas;
 Desenvolvimento tecnológico conjunto (pesquisa e inovação);
 Transferência de tecnologia.
Martín, Sánchez e Valentín (2003), agrupam as modalidades de cooperação entre
empresas e universidades em três grandes áreas:
Área de Consultoria:
 As empresas solicitam informações sobre um caso concreto, em
contrapartida a universidade recebe pagamento monetário. A duração da
cooperação depende do tipo de problema a ser resolvido;
Área de Formação:
 Investigador da indústria trabalha a tempo parcial na universidade ou na
instituição de pesquisa;
 Intercâmbio de especialistas entre a indústria e o instituto de pesquisa;
 Estágio de estudantes nas empresas;
 Recrutamento de alunos, facilitado através de currículo adequado às
necessidades da empresa;
 Conferências e cursos especiais para as empresas, desde palestras sobre
os últimos desenvolvimentos da área até aos cursos com certificação
formal;
Área de Pesquisa e investigação:
 Cooperativa – quando os interesses da empresa e da universidade/instituto
de pesquisa são os mesmos;
Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às
necessidades das empresas
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 Contratos de pesquisa e desenvolvimento – quando a universidade ou
instituto de pesquisa atendem uma procura concreta da empresa, pela qual
são remunerados;
 Transferência de tecnologia – onde uma empresa produz e/ou comercializa
tecnologia desenvolvida pela universidade ou instituto de pesquisa, é uma
operação complexa com diversas implicações jurídicas;
 Spin-off académicos – quando os próprios pesquisadores decidem criar
empresas para patentear e explorar comercialmente os resultados das
pesquisas.
A diversidade de possibilidades de cooperação implica envolver diferentes
sectores e departamentos das universidades e das empresas. Para analisar a
organização das actividades, é necessário identificar os agentes responsáveis pela
elaboração e pela execução dos projectos, e pela organização dos processos.
Em Portugal alguns trabalhos e artigos têm sido realizados neste domínio. Carlos
Fernandes Roque de Almeida realizou em DEZ/2010 uma tese para obtenção do Grau
de Mestre no Instituto Politécnico da Guarda – Escola Superior de Tecnologia e Gestão
sob o tema “O Papel das Instituições de Ensino Superior na Inovação e no
Desenvolvimento das Regiões – A perspectiva das empresas dos Distritos de Castelo
Branco, Guarda e Viseu.”. Neste trabalho o autor retirou as seguintes conclusões:
 A maioria das empresas (90%) aposta em inovação sem a cooperação das
IES - Instituições de Ensino Superior.
 As Empresas consideram as Instituições de Ensino Superior indicadas para
remover barreiras e obstáculos devido à facilidade de interactividade.
 É necessário sensibilizar os empresários e informá-los das mais-valias que
podem obter com a aposta em novação e na cooperação com as IES.
 Foram identificados como principais condicionantes, a falta de
financiamento, a reduzida dimensão do mercado e a falta de pessoal
qualificado.
 As empresas que mais inovam são as que têm mais idade, também pelos
factores económicos e pela estrutura financeira de que dispõem, o que
revela um sinal positivo, de que só inovando podem manter-se vivas
perante os desafios concorrenciais
Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às
necessidades das empresas
13
 Conclui-se também que o tipo de inovação mais seleccionado pelas
empresas foi a introdução de sistemas de informação, seguido de novos
produtos, da melhoria de processos, da reorganização do trabalho, da
reorganização da gestão, inovação ecológica e finalmente marketing,
 As Instituições de Ensino Superior parecem estar cimentadas na sua forma
de actuar, investindo principalmente no ensino e na investigação, não
procuram tomar a iniciativa e dinamizar o processo de investigação e
interligação com as empresas, e isso é bem visível nos apenas 10% das
empresas que responderam positivamente à introdução de inovação com
apoio das IES.
 O facto de as empresas não optarem pelo patrocínio e reestruturação de
cursos parece ser indicador da separação de filosofias não convergentes
tanto para a cooperação em inovação, como estratégico numa política de
emprego. É sinal da existência de uma conduta histórico-normativa de
políticas centrais e aparentemente pouco regionais.
SOUSA, António João e NOVAS, Jorge Luís Casas elaboraram um artigo com o título
de “Cooperação Universidade - Empresa: Algumas evidências empíricas”. Neste artigo
os autores procuram analisar o fenómeno de cooperação entre uma Instituição de
Ensino Superior (IPB – Instituto Politécnico de Bragança) e o tecido empresarial desta
região de Portugal. Uma das conclusões do estudo diz-nos que a cooperação vivida
pelos docentes desta Instituição de ensino limita-se à transmissão de conhecimento de
forma pouco empresarial, ou seja, não existe um envolvimento de um considerável
número de docentes nas empresas. Concluíram os autores do estudo que os docentes
do IPB são classificados como “híbridos tradicionais” (LAM, 2010), valorizando mais a
carreira académica do que a carreira profissional. As evidências empíricas obtidas não
evidenciaram claramente um efeito positivo de cooperação universidade-empresa.
Como investigação futura os autores deixaram as seguintes questões:
 Que tipo de investigador é o docente do IPB?
 Quais as razões para os docentes não manifestarem vontade de cooperar mais
com as empresas?
 Será que os empresários têm conhecimento da existência dos serviços prestados
pelo IPB?
Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às
necessidades das empresas
14
 Que políticas contribuem mais para incentivar a cooperação universidade-
empresa?
Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às
necessidades das empresas
15
Capítulo 3 – Análise Empírica
O objectivo deste artigo é o de avaliar se a oferta formativa graduada e pós-
graduada e respectivos conteúdos do IESF-Instituto de Estudos Superiores Financeiros
e Fiscais é a adequada às reais necessidades das empresas e avaliar o grau de
importância que as empresas atribuem aos cursos que estão a ser leccionados, procurar
saber também se a forma como o IESF interage com o meio empresarial e a forma
como disponibiliza essa formação são adequados.
Para esse efeito foi elaborado um questionário com recurso ao Google Forms
composto por 20 questões e enviado por mail para 1738 empresas dos Distritos de
Aveiro, Coimbra e Porto. De modo a personalizar o envio de mails em “massa” foi usado
o recurso “mail merge”, o que terá contribuído para o volume elevado de respostas
recebidas para este tipo de estudo. Aquando do primeiro envio, foram recepcionadas
43 respostas e ao segundo pedido foram obtidas mais 80, pelo que o tratamento
estatístico incidirá sobre 123 questionários validados.
Da base de dados usada não se conseguiu entregar aos destinatários 156
questionários pelo facto do endereço de e-mail estar errado ou quota de mail excedida.
Atendendo a que o recurso usado Google forms utiliza um ficheiro compatível
com o Excel para recolha das respostas, foi usado o programa Excel versão 2013 para
o tratamento estatístico dos dados.
Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às
necessidades das empresas
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Capítulo 4 – Resultados
Os dados abaixo dizem respeito aos 123 inquéritos recebidos e validados. As 123
empresas que responderam ao inquérito empregam 10449 colaboradores, o que dá
uma média de 85 colaboradores por empresa e um total de 3623 colaboradores com
formação superior, o que significa que 35% dos colaboradores das empresas que
responderam ao inquérito têm pelo menos o grau de licenciatura.
Fig.1 – Gráfico Distribuição dos colaboradores por grau de formação
Considerando que existe uma empresa com mais de 6.000 colaboradores
susceptível de interferir na análise no que se refere ao número médio de colaboradores
por empresa e percentagem de colaboradores com formação superior, efectuamos nova
análise excluindo esta grande empresa.
Verifica-se assim que as outras 122 empresas empregam 4249 colaboradores, o
que dá uma média de 35 colaboradores por empresa e um total de 623 colaboradores
com formação superior, o que significa que 15% dos colaboradores das empresas que
responderam ao inquérito têm pelo menos o grau de licenciatura.
Número de
colaboradores
com formação
superior.
35%
Número de
colaboradores
sem formação
superior.
65%
DISTRIBUIÇÃO COLABORADORES POR
GRAU DE FORMAÇÃO
Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às
necessidades das empresas
17
Fig.2 – Gráfico Distribuição dos colaboradores por grau de formação excluindo uma grande
empresa
Na segunda questão perguntava-se se a empresa era exportadora. Pretendia-se
verificar se as empresas exportadoras eram potenciais utilizadoras de formação
vocacionada para a Internacionalização.
Verificou-se que 49 empresas são exportadoras e 74 empresas não exportam.
Fig.3 – Gráfico percentagem de empresas exportadoras
Número de
colaboradores
com formação
superior.
15%
Número de
colaboradores
sem formação
superior.
85%
DISTRIBUIÇÃO COLABORADORES POR GRAU
DE FORMAÇÃO EXCLUINDO GRANDE
EMPRESA
SIM
40%
NÃO
60%
A EMPRESA É EXPORTADORA?
Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às
necessidades das empresas
18
Quisemos também saber se as empresas têm ou prevêem vir a ter nos próximos
dois anos colaboradores a trabalhar mais de 12 meses no estrangeiro. Com a resposta
a esta questão pretendia-se verificar a importância da existência e aceitação de
formação em regime de e-learning acessível aos colaboradores colocados no
estrangeiro.
Fig.4 – Gráfico Percentagem de empresas com colaboradores a trabalhar no estrangeiro
Colocámos a possibilidade das empresas poderem receber uma cópia deste
artigo. Para isso teriam que indicar essa pretensão e um endereço de email para o
respectivo envio.
Das respostas totais a percentagem de empresas que quiseram receber uma
cópia deste estudo é de 51% e 49% não manifestaram esta intensão.
Tem
colaboradores
colocados no
Estrangeiro.
6%
Espera vir a ter
colaboradores
colocados no
Estrangeiro nos
próximos 2
anos.
10%
Não tem nem
espera vir a ter.
84%
TEM COLABORADORES COLOCADOS NO
ESTRANGEIRO?
Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às
necessidades das empresas
19
Fig.5 – Gráfico Percentagem de empresas que manifestaram interesse em receber cópia do artigo
No tratamento desta questão quisemos verificar se a colocação desta
possibilidade teria influência no aumento de respostas e de colaboração das empresas
no preenchimento do questionário. Assim, consideramos dois momentos. Num primeiro
momento identificamos as empresas que responderam de imediato ao primeiro pedido
e que manifestaram a intenção de receber essa cópia. E depois a percentagem de
empresas que manifestaram essa pretensão após a nossa segunda insistência na
resposta do questionário.
Verificámos que na primeira vaga em que as empresas responderam de formam
mais ou menos voluntária, a percentagem de empresas que indicaram pretender
receber cópia do artigo é de 63%, após a nossa insistência na segunda vaga de
inquéritos a percentagem de sim baixou para 45%. É, por isso, legítimo inferir que
incluir esta opção nos questionários é factor de motivação para o envio e preenchimento
de questionários e desta forma proporcionar um aumento do numero de respostas.
SIM
51%
NÃO
49%
QUER RECEBER COPIA DESTE ARTIGO?
Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às
necessidades das empresas
20
Fig.6 – Gráfico Percentagem de empresas que manifestaram interesse em receber cópia do artigo
ao primeiro pedido
Fig.7 – Gráfico Percentagem de empresas que manifestaram interesse em receber cópia do artigo
após segundo pedido
Qual a importância que atribui à oferta de formação Graduada e Pós-Graduada
(Licenciaturas, Mestrados e MBAs) aos seus colaboradores como forma de premiar o
desempenho e melhorar as suas qualificações.
SIM
63%
NÃO
37%
PRIMEIRO PEDIDO
SIM
45%
NÃO
55%
SEGUNDO PEDIDO
Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às
necessidades das empresas
21
Fig.8 – Gráfico Importância atribuída pelas empresas à oferta de formação aos seus
colaboradores como forma de os premiar
Nos últimos 3 anos a empresa disponibilizou formação Graduada e Pós-Graduada
(Licenciaturas, Mestrados e MBAs) aos seus colaboradores?
Fig.9 – Gráfico Percentagem de empresas que disponibilizou formação graduada e pós-graduada
aos seus colaboradores nos últimos 2 anos
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
MÉDIA MODA MINIMO MAXIMO
6,54
5
1
10
SIM
15%
NÃO
85%
Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às
necessidades das empresas
22
A empresa pensa “oferecer” formação graduada e/ou pós-graduada
(Licenciaturas, Mestrados e MBAs) aos seus colaboradores no próximos 3 anos?
Fig.10 – Gráfico Percentagem de empresas que pensa oferecer formação graduada e pós-
graduada aos seus colaboradores nos próximos 3 anos
Importância que atribui à localização/proximidade das Instituições de Ensino
Superior com a dos seus utilizadores na hora de optar pela instituição de Ensino.
Fig.11 – Gráfico Importância atribuída pelos candidatos à localização/proximidade geográfica das
IES
SIM
5%
NÃO
54%
TALVEZ
41%
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
MÉDIA MODA MINIMO MAXIMO
6,78
8
1
10
Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às
necessidades das empresas
23
Considera que a existência de formação graduada e pós-graduada em regime não
presencial (e-learning) é um ponto forte na oferta formativa das Instituições de Ensino
Superior?
Fig.12 – Gráfico Importância atribuída à existência de formação não presencial (e-learning)
“No âmbito do MBA em Gestão de Empresas do IESF – Instituto de Estudos Superiores
Financeiros e Fiscais, na disciplina “Casos de Estratégia Empresarial”, um grupo de alunos
apoiados por docentes do IESF é desafiado a resolver um Caso, em conjunto com uma empresa.
Os alunos têm de detectar um Caso (um Problema que a empresa tenha ou uma Oportunidade
que queira aproveitar), ajudar a empresa a resolver esse caso (propor soluções para o Problema
ou vias para transformar a Oportunidade em ganhos efetivos) e apoiar na sua implementação.
Pretende-se desta forma fortalecer a ligação do ensino superior com o meio empresarial.”
Considera que a existência de disciplinas que reforçam a ligação entre as
Instituições de Ensino Superior e as empresas, como o exemplo descrito acima, é
importante?
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
MÉDIA MODA MINIMO MAXIMO
6,45
5
1
10
Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às
necessidades das empresas
24
Fig.13 – Gráfico Importância atribuída à existência de disciplinas como Casos de Estratégia
Empresarial
No portfólio da oferta formativa das Instituições de Ensino Superior, considera
importante a existência de um MBA-Executivo para não licenciados?
Fig.14 – Gráfico Importância atribuída à existência de um MBA-Executivo para não licenciados
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
MÉDIA MODA MINIMO MAXIMO
7,88
9
3
10
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
MÉDIA MODA MINIMO MAXIMO
6,54
8
1
10
Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às
necessidades das empresas
25
Considerando as necessidades de formação da sua empresa qual a importância
que atribui a MBAs nas seguintes áreas de especialização?
Fig.15 – Gráfico Importância atribuída aos MBAs do IESF face às necessidades de formação das
empresas
Nesta questão as empresas foram também desafiadas a indicaram outras áreas
de formação que consideravam importantes que o IESF incluísse no seu portfólio de
cursos. Foram obtidas as seguintes sugestões:
 Fiscalidade
 Contabilidade e auditoria
 Qualidade
 Engenharia e gestão de projectos (com 3 menções);
 Comunicação e Relações Publicas (com 2 menções);
 Fusões e aquisições
 Métodos e tempos;
 Ambiente e responsabilidade social;
 Liderança com sucesso sem lobbies;
 Área da Cultura;
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Estratégias e Práticas de Internacionalização.
Finanças Empresariais.
Marketing e e-Business.
Gestão de Empresas.
Recursos Humanos.
Higiene e Segurança no Trabalho.
5,71
6,97
6,97
7,58
6,85
6,34
Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às
necessidades das empresas
26
 Gestão florestal.
Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às
necessidades das empresas
27
Capítulo 5 – Conclusões
Das 1738 empresas constantes da base de dados utilizada para este
trabalho cerca de 156 não tinham o seu endereço de email actualizado pelo que não
puderam ser incluídas neste estudo. Ao primeiro pedido responderam 43 empresas.
Nesta resposta que poderemos considerar de espontânea, 63% das empresas
manifestaram vontade em receber uma cópia do trabalho, poder-se-á concluir que a
possibilidade de envio de cópia do trabalho é facilitador na obtenção de questionários,
facto que deve ser tido em conta na elaboração deste tipo de estudos. Esta conclusão
é também validada pelo facto de no segundo pedido haver mais empresas a responder
pela nossa insistência e não tanto pelo interesse na partilha do trabalho uma vez que
das 80 respostas recebidas na segunda vaga apenas 45% manifestaram vontade em
receber uma cópia do artigo.
As 123 empresas que participaram neste estudo empregavam 10449
colaboradores dos quais 3623 tinham formação superior. Destas empresas 49 empresas
são exportadoras (40%) e 74 não exportam neste momento (60%).
Uma questão importante deste inquérito era avaliar até que ponto as
empresas usavam a “oferta” de formação graduada e pós-graduada como forma de
recompensa pelo bom desempenho dos seus colaboradores. Verificamos que numa
escala de 0 a 10 onde o 0 era pouco importante e o 10 extremamente importante a
média das respostas obtidas foi de 6,54 e a moda (valor mais vezes seleccionado) foi
de 5, valor que se situa no centro do intervalo. Estes valores permitem-nos concluir que
as empresas atribuem alguma importância à possibilidade de oferecer formação
profissional como forma de recompensar o desempenho dos seus colaboradores.
Da análise dos dados também foi possível verificar que 15% das empresas
disponibilizou formação graduada e pós-graduada (Licenciaturas, Mestrados e MBAs)
aos seus colaboradores nos últimos 3 anos. No futuro e num horizonte temporal de 3
anos, 5% das empresas afirma que oferecerá formação graduada e pós-graduada
(Licenciaturas, Mestrados e MBAs) aos seus colaboradores, 41% talvez o faça e 54%
não tem intenção de o fazer.
Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às
necessidades das empresas
28
Relativamente à importância atribuída à localização/proximidade das
Instituições de Ensino Superior na hora de optar por uma Instituição de ensino, numa
escala de 0 a 10 onde o 0 era pouco importante e o 10 extremamente importante a
média das respostas obtidas foi de 6,78 e a moda (Valor mais vezes seleccionado) foi
de 8, pelo que se verifica que é atribuída alguma importância à localização/proximidade
da Instituição de Ensino na hora do candidato ter que optar. Como forma de ultrapassar
esta dificuldade as Instituições de ensino têm apostado na formação não presencial sob
a forma de e-learning. Decidimos por isso incluir uma questão para se avaliar se as
empresas consideram que a existência desta alternativa é um ponto forte na oferta
formativa das Instituições de Ensino Superior. Verificamos que é considerado
moderadamente importante com uma média de 6,45 numa escala de 0 a 10 onde o 0
era pouco importante e o 10 extremamente importante e a moda (valor mais vezes
seleccionado) foi de 5.
As questões centrais deste inquérito pretendiam avaliar a forma que o IESF
encontrou para interagir com o meio empresarial e avaliar a adequação dos cursos
actualmente ministrados no IESF às necessidades formativas das empresas. Para
conhecer a resposta à primeira questão foi feita uma breve apresentação da disciplina
de Casos de Estratégia Empresarial1
e foi perguntado às empresas a importância que
atribuem à existência de disciplinas que reforçam a ligação entre as Instituições de
Ensino Superior e as empresas, como é o caso da disciplina de Casos de Estratégia
Empresarial. Numa escala de 0 a 10 onde o 0 era pouco importante e o 10
extremamente importante foi obtida uma média de 7,88 e uma moda de 9. Verifica-se
de forma inequívoca que as empresas valorizam muito positivamente esta forma de
interacção com as Instituições de Ensino Superior.
Nas questões relacionadas com a adequação da oferta formativa do IESF e as
necessidades das empresas introduzimos duas questões. A primeira com o objectivo de
se saber a importância que atribuem à existência de um MBA-Executivo para não
licenciados. Nesta questão e numa escala de 0 a 10 onde o 0 era pouco importante e o
10 extremamente importante foi obtida uma média de 6,54 e uma moda de 8, o que
1
“No âmbito do MBA em Gestão de Empresas do IESF – Instituto de Estudos Superiores Financeiros e Fiscais, na
disciplina “Casos de Estratégia Empresarial”, um grupo de alunos apoiados por docentes do IESF é desafiado a resolver
um Caso, em conjunto com uma empresa. Os alunos têm de detetar um Caso (um Problema que a empresa tenha ou
uma Oportunidade que queira aproveitar), ajudar a empresa a resolver esse caso (propor soluções para o Problema ou
vias para transformar a Oportunidade em ganhos efetivos) e apoiar na sua implementação. Pretende-se desta forma
fortalecer a ligação do ensino superior com o meio empresarial.”
Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às
necessidades das empresas
29
significa que a maioria dos inquiridos optou por atribuir uma pontuação de 8, logo
consideram muito importante a existência deste tipo de formação. Por fim foi pedido
que, considerando as necessidades de formação das empresas indicassem a
importância atribuída aos MBAs lecionados no IESF. Considerando a mesma escala de
valores de 0 a 10 onde o 0 era pouco importante e o 10 extremamente importante
foram obtidas as seguintes médias por ordem decrescente: Gestão de Empresas (7,58),
Marketing e e-Business (6,97), Finanças Empresariais (6,97), Recursos Humanos
(6,85), Higiene e Segurança no Trabalho (6,34) e finalmente Estratégias e Práticas de
Internacionalização (5,71). Pelos valores obtidos verifica-se que a avaliação feita pelas
empresas à oferta Pós-graduada do IESF é globalmente positiva. De referir que outras
áreas de formação foram identificadas como importantes pelas empresas, tendo
sugerido a criação de cursos nas seguintes áreas: Fiscalidade, Contabilidade e auditoria,
Qualidade Engenharia e gestão de projetos (com 3 menções), Comunicação e Relações
Publicas (com 2 menções), Fusões e aquisições, Métodos e tempos, Ambiente e
responsabilidade social, Liderança com sucesso sem lobbies, Área da Cultura e Gestão
florestal.
Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às
necessidades das empresas
30
Capítulo 6 – Limitações e Investigação Futura
Apesar da importância do tema o mesmo não tem sido alvo de muitos estudos,
e as referências bibliográficas não abundam. Deste modo e no sentido de permitir uma
maior recolha de informação sugere-se o seguinte:
 Complementar a recolha de questionários com a realização de entrevistas de
modo a dar mais liberdade de respostas e recolher outras sugestões de melhoria
no processo de criação de sinergias entre as empresas e as Instituições de Ensino
Superior Politécnico;
 Alargar os meios de realização da entrevista, podendo ser presencial, telefónica
ou videoconferência;
 Apesar do número significativo de respostas recolhidas (123) em termos
percentuais este valor é baixo face ao número de empresas inquiridas, pelo que
no futuro este tipo de estudo deverá contar com uma base de empresas ainda
mais alargada.
 Este questionário deverá ser alargado a empresas localizadas no estrangeiro de
modo a adequar a oferta dos cursos de e-leaning às necessidades dessas
empresas.
 Se possível em cada empresa deverão ser realizadas pelo menos duas
entrevistas, uma ao responsável pela área de formação e outra ao destinatário
da formação, verificando-se deste modo se existem assimetrias entre o que a
empresa pensa serem as necessidades de formação do colaborador face aos
novos desafios que a empresa enfrenta e a auto-avaliação que o colaborador faz
sobre o mesmo tema.
 Previamente ao processo de entrevistas as empresas deverão ter acesso aos
conteúdos programáticos dos cursos do IESF de modo a assegurar que possuem
um maior conhecimento sobre o tema objecto da entrevista e assim obter uma
maior assertividades nas respostas.
 Efectuar este tipo de inquéritos periodicamente de modo a avaliar as tendências
e alteração de necessidades sentidas pelas empresas, adaptando a oferta do IESF
às necessidades sentidas pelas empresas em cada momento.
Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às
necessidades das empresas
31
 Atribuir ponderações diferentes às empresas que recorrem à formação Graduada
e Pós-Graduada das outras, atribuindo ponderações maiores às empresas que
oferecem formação aos seus colaboradores.
 Tratar de forma diferenciada as empresas que já recorreram à formação pós-
graduada do IESF no sentido de saber se os conteúdos programáticos
disponibilizados nas aulas estão adequados às necessidades sentidas pelos
colaboradores em contexto real. As respostas destas empresas devem ter um
maior grau de ponderação no tratamento estatístico dos dados.
Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às
necessidades das empresas
32
Capítulo 7 – Implicações na Gestão Empresarial
Após tratamento dos questionários fazem-se as seguintes recomendações:
O IESF deve promover de forma mais adequada a sua oferta graduada e pós-
graduada de modo a capitalizar a avaliação positiva que foi feita pelas empresas.
O IESF deve manter a política de ajustar a sua oferta formativa às necessidades
das empresas, adaptando os conteúdos programáticos e criação de novos cursos como
fez recentemente com a criação do MBA em Estratégias e Práticas de
Internacionalização.
O IESF deve reforçar a ligação ao meio empresarial criando uma bolsa de
empresas com casos reais que possam ser estudados e resolvidos no âmbito da
disciplina de Casos de Estratégia Empresarial.
O IESF deve com uma periodicidade anual efectuar inquéritos ou entrevistas
junto de empresas no sentido de avaliar se a oferta formativa se mantém adequada às
necessidades das empresas, de modo a ajustar conteúdos programáticos e tentar
envolver mais as empresas neste processo.
O IESF deve dinamizar e divulgar mais a sua oferta na formação não presencial.
Neste item os resultados apesar de positivos podem ser melhorados. O IESF pode por
exemplo efectuar uma divulgação junto das empresas exportadoras com colaboradores
colocados no estrangeiro apresentando-lhes as vantagens da formação não presencial
para esses colaboradores.
O IESF deve celebrar protocolos de colaboração com Instituições estrangeiras
com especial incidência nos Países Lusófonos oferecendo desta forma o seu Know-how
de Business School que consolidou ao longo dos anos.
Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às
necessidades das empresas
33
Agradecimentos
Ao Professor João Paulo Peixoto pela disponibilidade, dedicação e sabedoria que colocou
ao dispor para que encontrasse sempre o melhor caminho.
Às minhas filhas, Rita e Vitória e esposa Arminda que sofreram com a minha e ausência
nas alturas de maior pressão.
À Sandra Silva e ao Jorge Costa pelo entusiasmo, persistência, colaboração e
envolvimento que me impediram de esmorecer nos tempos mais difíceis.
Ao IESF que com os seus professores e colaboradores me ajudaram a concluir mais esta
jornada pelos caminhos do conhecimento e sabedoria.
Obrigado,
Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às
necessidades das empresas
34
Referências
ALMEIDA, Carlos (2011) - O papel das Instituições de Ensino Superior na Inovação e
no Desenvolvimento das Regiões A perspetiva das Empresas dos Distritos de Castelo
Branco, Guarda e Viseu - Dissertação para a obtenção de Grau de Mestre em Gestão
Administração Pública
Artigo disponível em http://bdigital.ipg.pt/dspace/handle/10314/328
ALVIM, P. Cooperação Universidade-Empresa: da Intenção à realidade. In: PLONSKY,
Guilherme. Interacção Universidade-Empresa. Brasília: IBICT, 1998.
ARCO, Helena Reis do (2012) - Cooperação interorganizacional e ensino superior
Dilemas e controvérsias - Trabalho apresentado no III Seminário de I&DT, organizado
pelo C3i – Centro Interdisciplinar de Investigação e Inovação do Instituto Politécnico de
Portalegre, realizado nos dias 6 e 7 de Dezembro de 2012. Artigo disponível em
http://comum.rcaap.pt/handle/123456789/4131
FERNANDES, António B.; Franco, Mário (2011) - Cooperação universidade-empresa:
algumas evidências empíricas. In XIII Seminário Luso-Espanhol de Economia
Empresarial. Évora. Artigo disponível em
https://bibliotecadigital.ipb.pt/handle/10198/6670
FRANCO, Mário; Fernandes, António F. (2012) - Factores influenciadores e formas de
cooperação Universidade – Empresa: um estudo empírico. In XXII Jornadas Luso-
Espanholas de Gestão Científica. Vila Real: UTAD Vila Real
Artigo disponível em https://bibliotecadigital.ipb.pt/handle/10198/9053
GRYNSZPAN, Flavio - A Visão Empresarial da Cooperação com a Universidade, Revista
de Administração da Universidade de São Paulo, V.34, n.4, p.23-31, Outubro/Dezembro
1999. Artigo disponível em
http://www.rausp.usp.br/busca/artigo.asp?num_artigo=85
MARCOVITCH, Jacques - A cooperação da universidade moderna com o sector
empresarial, Revista de Administração da Universidade de São Paulo, V.34, n.4, p.13-
17, Outubro/Dezembro 1999. Artigo disponível em
http://www.rausp.usp.br/busca/artigo.asp?num_artigo=83
MARTIN, Luis; SANCHEZ, Maria; VALENTÍN, Eva. La dirección de la I+D compartida:
características de la cooperación entre empresas y organizaciones de investigación. La
investigación en gestión de la inovación, n. 16, abr/mayo 2003. Disponível em:
http://www.madrimasd.org/revista/revista16/tribuna.
Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às
necessidades das empresas
35
MELO, Pedro - A cooperação universidade/empresa nas universidades públicas
brasileiras. 2002.Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) – Departamento de
Engenharia de Produção e Sistemas, Universidade Federal de Santa Catarina,
Florianópolis, 2002.
MOURATO, Isabel Cristina dos Santos Duarte da Conceição (2011) - A Politica de
cooperação Portuguesa com os PALOP; Contributos do Enino Superior Politécnico,
Dissertação apresentada para a obtenção do Grau de Mestre em Ciência Política no
Curso de Mestrado em Ciência Política, Cidadania e Governação, conferido pela
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Artigo disponível em:
http://recil.grupolusofona.pt/bitstream/handle/10437/1340/disserta%C3%A7%C3%A
3ofinalrevisto.pdf?sequence=1
PORTO, Geciane Silveira - Características do Processo Decisório na Cooperação
Empresa-Universidade, Revista de Administração Contemporânea, Volume 08, Nº 03,
P.29-52, Julho/Setembro 2004. Artigo disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/rac/v8n3/v8n3a03.pdf
PLONSKI, Guilherme Ary - Cooperação Empresa-Universidade: Antigos dilemas, novos
desafios, Revista da Universidade de São Paulo, nº. 25, 1995. Artigo disponível em:
http://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/27045/28819
RODRIGUES, Rosangela Schwarz (2004) - MODELO DE PLANEJAMENTO PARA CURSOS
DE PÓS-GRADUAÇÃO A DISTÂNCIA EM COOPERAÇÃO UNIVERSIDADE-EMPRESA - Tese
de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção
da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito parcial para obtenção do
título de Doutor em Engenharia de Produção. Artigo disponível em:
http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/87716
SEGATTO, Andréa Paula (1996) - Análise do Processo de Cooperação Tecnológica
Universidade - Empresa: Um Estudo Exploratório, Dissertação apresentada ao
Departamento de Administração da Faculdade de Economia, Administração e
Contabilidade da Universidade de São Paulo, para obtenção do título de Mestre em
Administração. Artigo disponível em:
http://www.fundacaofia.com.br/pgtusp/pesquisas/arquivos_dissertacoes/DISSERTACA
O%20SEGATTO-MENDES.pdf
SEGATTO-MENDES, Andréa Paula e SBRAGIA, Roberto - O processo de cooperação
universidade-empresa em universidades brasileiras, Revista de Administração da
Universidade de São Paulo, V.37, n.4, p.58-71, Outubro/Dezembro 2002. Artigo
disponível em:
http://www.rausp.usp.br/busca/artigo.asp?num_artigo=1067
Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às
necessidades das empresas
36
PLONSKI, Guilherme Ary - Cooperação universidade-empresa: um desafio gerencial
complexo, Revista de Administração da Universidade de São Paulo, V.34, n.4, p.5-12,
Outubro/Dezembro 1999. Artigo disponível em:
http://www.rausp.usp.br/busca/artigo.asp?num_artigo=82
RAPPEL, E. Integração universidade-indústria: os “porquês” e os “comos”. In: PLONSKI,
Guilherme. Interação Universidade Empresa. Brasília: IBICT, 1999.
RIBEIRO, Carlos Ribeiro, VENTURA, Margarida - O ISPT e a Cooperação no Ensino
Superior. Artigo disponível e consultado em 15-04-2014.
http://aforges.org/conferencia2/docs_documentos/Paralela_7/Ribeiro_Carlos%20et%
20Ventura%20(ISPT-Angola).pdf
VELHO, Sílvia. Relações universidade-empresa: desvelando mitos. Campinas: Autores
Associados, 1996.
Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às
necessidades das empresas
37
Anexos
Inquérito à importância e adequação dos conteúdos da
Formação Superior Graduada e Pós-graduada das
Instituições Portuguesas para as Empresas.
*Obrigatório
I - CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA
Nome da Empresa *
Número de colaboradores da Empresa.
Deverá indicar todos os colaboradores com vinculo à empresa (efectivos e contratados a prazo).
Número de colaboradores com formação superior.
Deverá indicar todos os colaboradores com vinculo à empresa (efectivos e contratados a prazo).
A empresa é exportadora?
o Sim
o Não
A empresa tem ou prevê vir a ter nos próximos 2 anos colaboradores a trabalhar mais de 12
meses no estrangeiro?
o Tem colaboradores colocados no Estrangeiro.
o Espera vir a ter colaboradores colocados no Estrangeiro nos próximos 2 anos.
o Não tem nem espera vir a ter.
Se pretender receber uma cópia das conclusões deste questionário indique-nos por favor o
mail para o qual deverá ser enviado.
II – IMPORTÂNCIA ATRIBUÍDA PELA EMPRESA À
FORMAÇÃO DOS SEUS COLABORADORES.
A) Qual a importância que atribui à oferta de formação Graduada e Pós-Graduada
(Licenciaturas, Mestrados e MBAs) aos seus colaboradores como forma de premiar o
desempenho e melhorar as suas qualificações.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Pouco
Importante
Extremamente
importante
B) Nos últimos 3 anos a empresa disponibilizou formação Graduada e Pós-Graduada
(Licenciaturas, Mestrados e MBAs) aos seus colaboradores?
o Sim
Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às
necessidades das empresas
38
o Não
C) A empresa pensa “oferecer” formação graduada e/ou pós-graduada (Licenciaturas,
Mestrados e MBAs) aos seus colaboradores no próximos 3 anos?
o Sim
o Não
o Talvez
III – ABORDAGEM DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO
SUPERIOR JUNTO DAS EMPRESAS.
Pretende-se conhecer a adequação da formação Graduada e Pós-Graduada das Instituições de
Ensino Superior às necessidades das empresas.
A) Importância que atribui à localização/proximidade das Instituições de Ensino Superior
com a dos seus utilizadores na hora de optar pela instituição de Ensino.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Pouco
importante
Extremamente
importante
B) Considera que a existência de formação graduada e pós-graduada em regime não
presencial (e-learning) é um ponto forte na oferta formativa das Instituições de Enino
Superior?
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Pouco
importante
Extremamente
importante
IV – A COOPERAÇÃO ENTRE EMPRESAS E
INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR.
No âmbito do MBA em Gestão de Empresas do IESF – Instituto de Estudos Superiores Financeiros
e Fiscais, na disciplina “Casos de Estratégia Empresarial”, um grupo de alunos apoiados por
docentes do IESF é desafiado a resolver um Caso, em conjunto com uma empresa. Os alunos têm
de detectar um Caso (um Problema que a empresa tenha ou uma Oportunidade que queira
aproveitar), ajudar a empresa a resolver esse caso (propor soluções para o Problema ou vias para
transformar a Oportunidade em ganhos efectivos) e apoiar na sua implementação. Pretende-se
desta forma fortalecer a ligação do ensino superior com o meio empresarial.
A) Considera que a existência de disciplinas que reforçam a ligação entre as Instituições de
Ensino Superior e as empresas, como o exemplo descrito acima, é importante?
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Pouco
importante
Extremamente
importante
B) No portfólio da oferta formativa das Instituições de Ensino Superior, considera importante
a existência de um MBA-Executivo para não licenciados?
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Pouco
importante
Extremamente
importante
Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às
necessidades das empresas
39
C) Considerando as necessidades de formação da
sua empresa qual a importância que atribui a MBAs
nas seguintes áreas de especialização?
Secção Sem Título
Estratégias e Práticas de Internacionalização.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Pouco
importante
Extremamente
importante
Finanças Empresariais.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Pouco
importante
Extremamente
importante
Marketing e e-Business.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Pouco
importante
Extremamente
importante
Gestão de Empresas.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Pouco
importante
Extremamente
importante
Recursos Humanos.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Pouco
importante
Extremamente
importante
Higiene e Segurança no Trabalho.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Pouco
importante
Extremamente
importante
MBA noutra área de especialização não indicado anteriormente.
(indique Qual)
Enviar
Nunca envie palavras-passe através dos Formulários do Google.
100%: terminou.
Com tecnologiaFormul ários do Google
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Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às
necessidades das empresas
40
Índice de Figuras
Fig.1 – Gráfico Distribuição dos colaboradores por grau de formação
Fig.2 – Gráfico Distribuição dos colaboradores por grau de formação excluindo uma grande empresa
Fig.3 – Gráfico percentagem de empresas exportadoras
Fig.4 – Gráfico Percentagem de empresas com colaboradores a trabalhar no estrangeiro
Fig.5 – Gráfico Percentagem de empresas que manifestaram interesse em receber cópia do artigo
Fig.6 – Gráfico Percentagem de empresas que manifestaram interesse em receber cópia do artigo ao
primeiro pedido
Fig.7 – Gráfico Percentagem de empresas que manifestaram interesse em receber cópia do artigo após
segundo pedido
Fig.8 – Gráfico Importância atribuída pelas empresas à oferta de formação aos seus colaboradores como
forma de os premiar
Fig.9 – Gráfico Percentagem de empresas que disponibilizou formação graduada e pós-graduada aos seus
colaboradores nos últimos 2 anos
Fig.10 – Gráfico Percentagem de empresas que pensa oferecer formação graduada e pós-graduada aos
seus colaboradores nos próximos 3 anos
Fig.11 – Gráfico Importância atribuída pelos candidatos à localização/proximidade geográfica das IES
Fig.12 – Gráfico Importância atribuída à existência de formação não presencial (e-learning)
Fig.13 – Gráfico Importância atribuída à existência de disciplinas como Casos de Estratégia Empresarial
Fig.14 – Gráfico Importância atribuída à existência de um MBA-Executivo para não licenciados
Fig.15 – Gráfico Importância atribuída aos MBAs do IESF face às necessidades de formação das empresas

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Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas.

  • 1. Instituto de Estudos Superiores Financeiros e Fiscais Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas Manuel Augusto Marques Barroso Artigo Científico (Paper) no âmbito do trabalho de projeto do Mestrado de Gestão e Negócios, ministrado pelo IESF Orientador: Professor Doutor João Paulo Sequeira Seara do Vale Peixoto Vila Nova de Gaia, 2014
  • 2. Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas 2 Sumário Abstract..................................................................................................3 Resumo..................................................................................................3 Capítulo 1 – Introdução ............................................................................5 Capítulo 2 – Revisão Teórica .....................................................................7 Capítulo 3 – Análise Empírica ..................................................................15 Capítulo 4 – Resultados ..........................................................................16 Capítulo 5 – Conclusões..........................................................................27 Capítulo 6 – Limitações e Investigação Futura ...........................................30 Capítulo 7 – Implicações na Gestão Empresarial ........................................32 Agradecimentos.....................................................................................33 Referências ...........................................................................................34 Anexos .................................................................................................37 Índice de Figuras ...................................................................................40
  • 3. Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas 3 Abstract In this article we intend to evaluate the suitability of IESF’S (Instituto de Estudos Superiores Financeiros e Fiscais) educational offer in what concerns graduation and post-graduation education facing the needs of the business environment. It is also our intention to collect tips to improve the creation of new courses or in the ways to provide that formation, and improve the cooperation between both. It was made a theoretical revision about the ways to make the Polytechnic Institutions interact with companies and what is being made in this area in some countries, mainly in Portugal. Therefore, a survey was sent to 1700 companies of different areas to evaluate the suitability of IESF’S educational offer to companies’ formation needs, how is that knowledge made available to companies and the identification of new formation areas. The surveys’ statistical analysis allowed us to conclude that companies evaluate in a positive way the education offer that IESF’s provides to companies and also that companies value in a very positive way the “Cases of Business Strategy” course as a way to make the Polytechnic Institutions interact with companies in the production of knowledge and its implementation in real context in companies. Keywords: Cooperation; Synergies; Companies; Polytechnic Institutes; Education Resumo Neste artigo pretendemos avaliar a adequação da oferta formativa do IESF- Instituto de Estudos Superiores Financeiros e Fiscais no âmbito da formação graduada e pós-graduada face às necessidades do meio empresarial e recolher sugestões de melhoria para a criação de novos cursos ou no modo de disponibilizar essa formação e melhorar a cooperação entre ambos. Efectuamos uma revisão teórica sobre as formas de fazer interagir as Instituições de Ensino Superior Politécnico e as empresas e o que está a ser feito nalguns Países neste domínio com especial ênfase em Portugal. Para esse fim, foi elaborado um inquérito submetido a cerca de 1700 empresas de distintos ramos de actividade para se avaliar a adequação da oferta formativa do IESF às necessidades de formação das empresas, a forma como esse conhecimento é colocado à disposição das empresas e identificação de novas áreas de formação. O tratamento
  • 4. Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas 4 estatístico dos questionários permitiu-nos concluir que as empresas avaliam de forma positiva os conteúdos da oferta formativa que o IESF disponibiliza às empresas e valorizam de forma muito positiva a disciplina de casos de estratégia empresarial como forma de fazer interagir as Instituições de Ensino Superior Politécnico e as empresas na produção de conhecimento e a sua aplicação em contexto real nas empresas. Palavras-chave: Cooperação; sinergias; Empresas; Institutos Superiores Politécnicos; Formação
  • 5. Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas 5 Capítulo 1 – Introdução Atenta à importância deste tema, a União Europeia estabeleceu como objectivo, no âmbito do programa Horizonte 2020, alocar cerca de 2% do PIB para a Educação no período de 2014-2020. Esta meta tem como objectivo modernizar o ensino superior no espaço Europeu e garantir desta forma a qualidade da formação profissional e da aprendizagem ao longo da vida. As instituições de Ensino Superior Politécnico, pela sua vocação e ligação ao meio empresarial são um vector fundamental para o reforço da sociedade do conhecimento pois reúnem educação, investigação, inovação e uma especial vocação para fazer a ponte entre o conhecimento produzido e adquirido no ensino superior e as necessidades das empresas. Empresas e Ensino Politécnico são atores de diferentes sistemas, divergentes nalguns aspectos mas necessariamente envolvidos e comprometidos com o novo paradigma da cooperação e interacção. É por isso cada vez mais reconhecida a importância da aquisição de competências numa cada vez maior proximidade entre Ensino Superior Politécnico e as Empresas, numa lógica de formação constante com adequação dos conteúdos programáticos e produção de conhecimento adequada às necessidades das empresas. Contudo esta interacção, até porque nestes cenários interagem atores oriundos de diferentes contextos, nem sempre se faz de forma tranquila. O que se pretende com este trabalho é avaliar a forma como esta cooperação tem ocorrido, a nível internacional e especialmente em Portugal e apresentar sugestões de melhoria de modo a criar sinergias que se traduzam em economias de recursos, maior aplicabilidade do conhecimento produzido e mais eficácia na aplicação desse conhecimento no contexto empresarial, convertendo deste modo o investimento feito na educação em gerador de valor para a sociedade. Jacques Marcovitch, reitor da universidade de São Paulo, num artigo publicado na revista de Administração da Universidade de São Paulo sobre a cooperação da Universidade moderna com o sector empresarial afirma que há dois mitos a destruir. O primeiro, cultivado pelos empresários, de que o pesquisador académico é um ser etéreo,
  • 6. Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas 6 deslocado da realidade. O segundo, corrente na área da pesquisa de que o empresário despreza a ciência. Esta será, sem dúvida, a primeira barreira a derrubar para se melhorar a cooperação entre as Instituições de Ensino Superior e as empresas. Neste mesmo artigo, o seu autor enfatiza o facto de que da mesma forma que a Universidade precisa de encontrar a forma certa de se relacionar com o sector produtivo este também deve saber como solicitar a colaboração da universidade. A capacidade de produzir conhecimento por si só não cria valor para a sociedade se não estiver ao seu dispor, ela deve ser vista como um meio ao seu dispor para melhorar o bem-estar social e riqueza e não um fim em si mesmo. Em suma, temos que produzir e disseminar o conhecimento. Aliás, a produção de conhecimento sem aplicação prática tem que ser entendida como uma utilização de recursos com custos para sociedade e não como o investimento reprodutivo virtuoso que deve ser. Não interiorizarmos esta premissa é ficarmos inebriados à sombra do trabalho desenvolvido convencidos que este é útil ao desenvolvimento económico-social e ficarmos irremediavelmente atrasados no mundo competitivo em que vivemos. Vários estudos demonstram que o atraso na aplicação por parte das empresas do conhecimento produzido nas universidades resulta numa diminuição da competitividade desses países face aos seus concorrentes, onde a produção e aplicação de conhecimento tende a ser simultânea. A cooperação entre o meio académico e o empresarial pode ser feita de várias formas, devendo ser ajustada àquilo que em cada momento forem as disponibilidades de recursos existentes e os objectivos que se pretendem alcançar, procurando sempre alcançar a máxima eficiência entre a alocação dos recursos sempre escassos o os resultados obtidos. Não se trata de levar os Institutos Politécnicos às empresas ou trazer as empresas aos Politécnicos, trata-se isso sim de em conjunto construirmos uma auto-estrada do conhecimento percorrida por ambos e nos dois sentidos, comprometendo ambas as partes nesta viagem pela descoberta do conhecimento.
  • 7. Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas 7 Capítulo 2 – Revisão Teórica Segundo (MELO, 2002) as instituições que hoje conhecemos como Universidade surgiram em Itália, nas cidades de Bolonha e Salermo e também em França na cidade de Paris. Não sendo contudo possível precisar as datas, as Universidades de Bolonha, Paris e Oxford são contemporâneas e, por volta de 1230, já tinham um prestígio considerável Foi no entanto na Alemanha no Sec. XIX que se deu a transformação das instituições em Universidades com as atribuições que lhe são reconhecidas actualmente, ensino, pesquisa e extensão. Até esta altura a ciência estava estreitamente vinculada ora à igreja, ora ao Estado, dependendo esta ligação do País e da situação política. A adopção da pesquisa como qualificação necessária para a carreira docente, implementada pela Universidade de Berlim, contribuiu não só para o aumento da independência das universidades em relação aos regimes políticos vigentes, mas também para o aumento do status das suas funções e o consequente aumento do interesse do sector produtivo pelas suas actividades (VELHO, 1996; RAPPEL, 1999; MELO, 2002). Antes da incorporação da pesquisa como actividade regular dos docentes, predominava o modelo francês de universidade, “[...] preocupado essencialmente com o ensino, dedicado à formação de professores e profissionais liberais” (RAPPEL, 1999), controlado e fiscalizado pelo poder do governo central. O modelo alemão integrado de ensino e pesquisa foi paulatinamente adoptado por outros países, com destaque, nos Estados Unidos, para o Massachusetts Institute of Technology (MIT) e pela Universidade de Stanford. Etzkowitz & Leydesdorff (2000) apelidaram de “segunda revolução académica” ao processo de transferência do conhecimento das universidades para as empresas. Este processo teve início após a Segunda Guerra Mundial mas foi a partir do fim da Guerra Fria que teve maior implantação. Na década de setenta, as principais indústrias dos Estados Unidos da América foram seriamente afectadas pelo atraso que se verificava entre a descoberta de novos conhecimentos na universidade e a sua utilização pelas empresas, entre os sectores estratégicos mais afectados estavam a indústria do
  • 8. Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas 8 aço, automóvel, televisores e semicondutores. Este atraso prejudicou seriamente a competitividade global da indústria Americana. Na década seguinte, para fazer face ao aumento da competitividade económica e do processo de globalização, a investigação científica e académica assumiu um papel de relevo, verificando-se mudanças muito significativas. Foi também a partir dessa altura que muitos países procuraram fortalecer a competitividade económica através de uma economia do conhecimento por intermédio da ligação das universidades ao tecido empresarial proporcionando desta forma a troca de conhecimento. Uma das formas mais comuns de cooperação entre universidades e empresas verifica-se na área da consultoria. Nesta modalidade existe uma interacção entre o meio académico e o meio empresarial a fim de se encontrar a melhor e mais adequada solução para cada problema. O envolvimento dos académicos no processo de consulta pode proporcionar um conhecimento mais aprofundado do problema que está a ser estudado (WRIGHT, 2008) e este trabalho é de inestimável valor para transformar as ideias para a pesquisa (LAM, 2010). Segundo (JACOBSON, 2005) a necessidade de consultoria está ligada a três tipos de factores:  Mudanças sectoriais requerem observações muito especializadas e periciais;  Limitações orçamentais obrigam a optar por formas mais eficazes de obter esse conhecimento;  O recurso a consultores externos aumenta a legitimidade das conclusões. SEGATTO-MENDES, Andrea Paula e SBRAGIA, Roberto, num artigo publicado na Revista de Administração da Universidade de São Paulo (V.37 nº. 4 p. 58-71, OUT/DEZ 2002) sobre “O processo de cooperação Universidade-Empresa em Universidades Brasileiras identificaram várias motivações para as Universidades e Empresas resultantes dos processos de cooperação e transferência de conhecimento. Para as Universidades identificaram as seguintes motivações:  Obtenção de recursos financeiros adicionais;
  • 9. Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas 9  A realização da função social da Universidade;  O prestígio que será obtido pelo investigador;  A divulgação da imagem da Universidade;  A obtenção de conhecimentos práticos sobre os problemas existentes;  A incorporação de novas informações aos processos de ensino e pesquisa universitária. Para as empresas as principais motivações identificadas no estudo foram:  Acesso a Recursos Humanos altamente qualificados da universidade;  Redução dos custos e/ou riscos envolvidos nos projetos de pesquisa e desenvolvimento;  Acesso aos mais recentes conhecimentos desenvolvidos nos meios académicos;  Identificação de alunos da Instituição de ensino para recrutamento futuro;  Resolução dos problemas técnicos que geraram a necessidade da pesquisa em cooperação. Neste mesmo artigo os autores identificaram várias dificuldades que importa remover para tornar mais fácil a cooperação entre empresas e universidades. As principais barreiras que identificaram foram:  Burocracia universitária;  Duração muito longa do projecto;  Diferenças de nível de conhecimento entre as pessoas da Universidade e da empresa envolvidas na cooperação. Como facilitador do processo de cooperação foi apontado o factor fundos do Estado de apoio à pesquisa e cooperação entre Universidade e Empresas. ALVIM (1998) citado por RODRIGUES (2004) identifica várias actividades que podem resultar das parcerias entre universidade e empresas:
  • 10. Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas 10  Apoio técnico (assistência ou consultoria) pela universidade;  Prestação de serviços pela universidade (serviços técnicos repetitivos, análises de laboratório, ensaios, etc.) e serviços especializados específicos e encomendados;  Oferta de informação especializada;  Programas de capacitação de recursos humanos (cursos e eventos de actualização);  Programas de formação de recursos humanos;  Bolsas para estudantes que investiguem sobre temas de interesse das empresas;  Programas de educação continuada;  Financiamento de disciplinas por empresas;  Intercâmbio de pessoal;  Estágios de estudantes (programas de graduação);  Divulgação de oportunidades de trabalho para alunos;  Organização de seminários e reuniões conjuntas;  Contactos pessoais;  Participação em conselhos de assessoria;  Participação de representantes do sector produtivo nos conselhos das universidades;  Participação de representantes de empresas em comissões de docência e de pesquisa;  Intercâmbio de publicações;  Consultoria especializada;  Programas de contratação de recém-formados;  Apoio à implantação de disciplinas especiais;  Apoio a concursos e prémios;  Acesso a equipamentos e instalações especiais;  Partilha de equipamentos;  Apoio à pesquisa básica;  Grupos de interacção tecnológica;  Desenvolvimento de centros de inovação tecnológica;  Escritórios de interacção universidade-empresa;  Criação de empresas mistas para explorar desenvolvimento e inovação tecnológica;
  • 11. Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas 11  Incubadoras de empresas;  Parques científicos;  Parques tecnológicos;  Sistemas nacionais de uso da tecnologia gerada na universidade;  Pesquisa cooperativa;  Redes cooperativas;  Desenvolvimento tecnológico conjunto (pesquisa e inovação);  Transferência de tecnologia. Martín, Sánchez e Valentín (2003), agrupam as modalidades de cooperação entre empresas e universidades em três grandes áreas: Área de Consultoria:  As empresas solicitam informações sobre um caso concreto, em contrapartida a universidade recebe pagamento monetário. A duração da cooperação depende do tipo de problema a ser resolvido; Área de Formação:  Investigador da indústria trabalha a tempo parcial na universidade ou na instituição de pesquisa;  Intercâmbio de especialistas entre a indústria e o instituto de pesquisa;  Estágio de estudantes nas empresas;  Recrutamento de alunos, facilitado através de currículo adequado às necessidades da empresa;  Conferências e cursos especiais para as empresas, desde palestras sobre os últimos desenvolvimentos da área até aos cursos com certificação formal; Área de Pesquisa e investigação:  Cooperativa – quando os interesses da empresa e da universidade/instituto de pesquisa são os mesmos;
  • 12. Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas 12  Contratos de pesquisa e desenvolvimento – quando a universidade ou instituto de pesquisa atendem uma procura concreta da empresa, pela qual são remunerados;  Transferência de tecnologia – onde uma empresa produz e/ou comercializa tecnologia desenvolvida pela universidade ou instituto de pesquisa, é uma operação complexa com diversas implicações jurídicas;  Spin-off académicos – quando os próprios pesquisadores decidem criar empresas para patentear e explorar comercialmente os resultados das pesquisas. A diversidade de possibilidades de cooperação implica envolver diferentes sectores e departamentos das universidades e das empresas. Para analisar a organização das actividades, é necessário identificar os agentes responsáveis pela elaboração e pela execução dos projectos, e pela organização dos processos. Em Portugal alguns trabalhos e artigos têm sido realizados neste domínio. Carlos Fernandes Roque de Almeida realizou em DEZ/2010 uma tese para obtenção do Grau de Mestre no Instituto Politécnico da Guarda – Escola Superior de Tecnologia e Gestão sob o tema “O Papel das Instituições de Ensino Superior na Inovação e no Desenvolvimento das Regiões – A perspectiva das empresas dos Distritos de Castelo Branco, Guarda e Viseu.”. Neste trabalho o autor retirou as seguintes conclusões:  A maioria das empresas (90%) aposta em inovação sem a cooperação das IES - Instituições de Ensino Superior.  As Empresas consideram as Instituições de Ensino Superior indicadas para remover barreiras e obstáculos devido à facilidade de interactividade.  É necessário sensibilizar os empresários e informá-los das mais-valias que podem obter com a aposta em novação e na cooperação com as IES.  Foram identificados como principais condicionantes, a falta de financiamento, a reduzida dimensão do mercado e a falta de pessoal qualificado.  As empresas que mais inovam são as que têm mais idade, também pelos factores económicos e pela estrutura financeira de que dispõem, o que revela um sinal positivo, de que só inovando podem manter-se vivas perante os desafios concorrenciais
  • 13. Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas 13  Conclui-se também que o tipo de inovação mais seleccionado pelas empresas foi a introdução de sistemas de informação, seguido de novos produtos, da melhoria de processos, da reorganização do trabalho, da reorganização da gestão, inovação ecológica e finalmente marketing,  As Instituições de Ensino Superior parecem estar cimentadas na sua forma de actuar, investindo principalmente no ensino e na investigação, não procuram tomar a iniciativa e dinamizar o processo de investigação e interligação com as empresas, e isso é bem visível nos apenas 10% das empresas que responderam positivamente à introdução de inovação com apoio das IES.  O facto de as empresas não optarem pelo patrocínio e reestruturação de cursos parece ser indicador da separação de filosofias não convergentes tanto para a cooperação em inovação, como estratégico numa política de emprego. É sinal da existência de uma conduta histórico-normativa de políticas centrais e aparentemente pouco regionais. SOUSA, António João e NOVAS, Jorge Luís Casas elaboraram um artigo com o título de “Cooperação Universidade - Empresa: Algumas evidências empíricas”. Neste artigo os autores procuram analisar o fenómeno de cooperação entre uma Instituição de Ensino Superior (IPB – Instituto Politécnico de Bragança) e o tecido empresarial desta região de Portugal. Uma das conclusões do estudo diz-nos que a cooperação vivida pelos docentes desta Instituição de ensino limita-se à transmissão de conhecimento de forma pouco empresarial, ou seja, não existe um envolvimento de um considerável número de docentes nas empresas. Concluíram os autores do estudo que os docentes do IPB são classificados como “híbridos tradicionais” (LAM, 2010), valorizando mais a carreira académica do que a carreira profissional. As evidências empíricas obtidas não evidenciaram claramente um efeito positivo de cooperação universidade-empresa. Como investigação futura os autores deixaram as seguintes questões:  Que tipo de investigador é o docente do IPB?  Quais as razões para os docentes não manifestarem vontade de cooperar mais com as empresas?  Será que os empresários têm conhecimento da existência dos serviços prestados pelo IPB?
  • 14. Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas 14  Que políticas contribuem mais para incentivar a cooperação universidade- empresa?
  • 15. Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas 15 Capítulo 3 – Análise Empírica O objectivo deste artigo é o de avaliar se a oferta formativa graduada e pós- graduada e respectivos conteúdos do IESF-Instituto de Estudos Superiores Financeiros e Fiscais é a adequada às reais necessidades das empresas e avaliar o grau de importância que as empresas atribuem aos cursos que estão a ser leccionados, procurar saber também se a forma como o IESF interage com o meio empresarial e a forma como disponibiliza essa formação são adequados. Para esse efeito foi elaborado um questionário com recurso ao Google Forms composto por 20 questões e enviado por mail para 1738 empresas dos Distritos de Aveiro, Coimbra e Porto. De modo a personalizar o envio de mails em “massa” foi usado o recurso “mail merge”, o que terá contribuído para o volume elevado de respostas recebidas para este tipo de estudo. Aquando do primeiro envio, foram recepcionadas 43 respostas e ao segundo pedido foram obtidas mais 80, pelo que o tratamento estatístico incidirá sobre 123 questionários validados. Da base de dados usada não se conseguiu entregar aos destinatários 156 questionários pelo facto do endereço de e-mail estar errado ou quota de mail excedida. Atendendo a que o recurso usado Google forms utiliza um ficheiro compatível com o Excel para recolha das respostas, foi usado o programa Excel versão 2013 para o tratamento estatístico dos dados.
  • 16. Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas 16 Capítulo 4 – Resultados Os dados abaixo dizem respeito aos 123 inquéritos recebidos e validados. As 123 empresas que responderam ao inquérito empregam 10449 colaboradores, o que dá uma média de 85 colaboradores por empresa e um total de 3623 colaboradores com formação superior, o que significa que 35% dos colaboradores das empresas que responderam ao inquérito têm pelo menos o grau de licenciatura. Fig.1 – Gráfico Distribuição dos colaboradores por grau de formação Considerando que existe uma empresa com mais de 6.000 colaboradores susceptível de interferir na análise no que se refere ao número médio de colaboradores por empresa e percentagem de colaboradores com formação superior, efectuamos nova análise excluindo esta grande empresa. Verifica-se assim que as outras 122 empresas empregam 4249 colaboradores, o que dá uma média de 35 colaboradores por empresa e um total de 623 colaboradores com formação superior, o que significa que 15% dos colaboradores das empresas que responderam ao inquérito têm pelo menos o grau de licenciatura. Número de colaboradores com formação superior. 35% Número de colaboradores sem formação superior. 65% DISTRIBUIÇÃO COLABORADORES POR GRAU DE FORMAÇÃO
  • 17. Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas 17 Fig.2 – Gráfico Distribuição dos colaboradores por grau de formação excluindo uma grande empresa Na segunda questão perguntava-se se a empresa era exportadora. Pretendia-se verificar se as empresas exportadoras eram potenciais utilizadoras de formação vocacionada para a Internacionalização. Verificou-se que 49 empresas são exportadoras e 74 empresas não exportam. Fig.3 – Gráfico percentagem de empresas exportadoras Número de colaboradores com formação superior. 15% Número de colaboradores sem formação superior. 85% DISTRIBUIÇÃO COLABORADORES POR GRAU DE FORMAÇÃO EXCLUINDO GRANDE EMPRESA SIM 40% NÃO 60% A EMPRESA É EXPORTADORA?
  • 18. Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas 18 Quisemos também saber se as empresas têm ou prevêem vir a ter nos próximos dois anos colaboradores a trabalhar mais de 12 meses no estrangeiro. Com a resposta a esta questão pretendia-se verificar a importância da existência e aceitação de formação em regime de e-learning acessível aos colaboradores colocados no estrangeiro. Fig.4 – Gráfico Percentagem de empresas com colaboradores a trabalhar no estrangeiro Colocámos a possibilidade das empresas poderem receber uma cópia deste artigo. Para isso teriam que indicar essa pretensão e um endereço de email para o respectivo envio. Das respostas totais a percentagem de empresas que quiseram receber uma cópia deste estudo é de 51% e 49% não manifestaram esta intensão. Tem colaboradores colocados no Estrangeiro. 6% Espera vir a ter colaboradores colocados no Estrangeiro nos próximos 2 anos. 10% Não tem nem espera vir a ter. 84% TEM COLABORADORES COLOCADOS NO ESTRANGEIRO?
  • 19. Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas 19 Fig.5 – Gráfico Percentagem de empresas que manifestaram interesse em receber cópia do artigo No tratamento desta questão quisemos verificar se a colocação desta possibilidade teria influência no aumento de respostas e de colaboração das empresas no preenchimento do questionário. Assim, consideramos dois momentos. Num primeiro momento identificamos as empresas que responderam de imediato ao primeiro pedido e que manifestaram a intenção de receber essa cópia. E depois a percentagem de empresas que manifestaram essa pretensão após a nossa segunda insistência na resposta do questionário. Verificámos que na primeira vaga em que as empresas responderam de formam mais ou menos voluntária, a percentagem de empresas que indicaram pretender receber cópia do artigo é de 63%, após a nossa insistência na segunda vaga de inquéritos a percentagem de sim baixou para 45%. É, por isso, legítimo inferir que incluir esta opção nos questionários é factor de motivação para o envio e preenchimento de questionários e desta forma proporcionar um aumento do numero de respostas. SIM 51% NÃO 49% QUER RECEBER COPIA DESTE ARTIGO?
  • 20. Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas 20 Fig.6 – Gráfico Percentagem de empresas que manifestaram interesse em receber cópia do artigo ao primeiro pedido Fig.7 – Gráfico Percentagem de empresas que manifestaram interesse em receber cópia do artigo após segundo pedido Qual a importância que atribui à oferta de formação Graduada e Pós-Graduada (Licenciaturas, Mestrados e MBAs) aos seus colaboradores como forma de premiar o desempenho e melhorar as suas qualificações. SIM 63% NÃO 37% PRIMEIRO PEDIDO SIM 45% NÃO 55% SEGUNDO PEDIDO
  • 21. Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas 21 Fig.8 – Gráfico Importância atribuída pelas empresas à oferta de formação aos seus colaboradores como forma de os premiar Nos últimos 3 anos a empresa disponibilizou formação Graduada e Pós-Graduada (Licenciaturas, Mestrados e MBAs) aos seus colaboradores? Fig.9 – Gráfico Percentagem de empresas que disponibilizou formação graduada e pós-graduada aos seus colaboradores nos últimos 2 anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 MÉDIA MODA MINIMO MAXIMO 6,54 5 1 10 SIM 15% NÃO 85%
  • 22. Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas 22 A empresa pensa “oferecer” formação graduada e/ou pós-graduada (Licenciaturas, Mestrados e MBAs) aos seus colaboradores no próximos 3 anos? Fig.10 – Gráfico Percentagem de empresas que pensa oferecer formação graduada e pós- graduada aos seus colaboradores nos próximos 3 anos Importância que atribui à localização/proximidade das Instituições de Ensino Superior com a dos seus utilizadores na hora de optar pela instituição de Ensino. Fig.11 – Gráfico Importância atribuída pelos candidatos à localização/proximidade geográfica das IES SIM 5% NÃO 54% TALVEZ 41% 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 MÉDIA MODA MINIMO MAXIMO 6,78 8 1 10
  • 23. Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas 23 Considera que a existência de formação graduada e pós-graduada em regime não presencial (e-learning) é um ponto forte na oferta formativa das Instituições de Ensino Superior? Fig.12 – Gráfico Importância atribuída à existência de formação não presencial (e-learning) “No âmbito do MBA em Gestão de Empresas do IESF – Instituto de Estudos Superiores Financeiros e Fiscais, na disciplina “Casos de Estratégia Empresarial”, um grupo de alunos apoiados por docentes do IESF é desafiado a resolver um Caso, em conjunto com uma empresa. Os alunos têm de detectar um Caso (um Problema que a empresa tenha ou uma Oportunidade que queira aproveitar), ajudar a empresa a resolver esse caso (propor soluções para o Problema ou vias para transformar a Oportunidade em ganhos efetivos) e apoiar na sua implementação. Pretende-se desta forma fortalecer a ligação do ensino superior com o meio empresarial.” Considera que a existência de disciplinas que reforçam a ligação entre as Instituições de Ensino Superior e as empresas, como o exemplo descrito acima, é importante? 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 MÉDIA MODA MINIMO MAXIMO 6,45 5 1 10
  • 24. Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas 24 Fig.13 – Gráfico Importância atribuída à existência de disciplinas como Casos de Estratégia Empresarial No portfólio da oferta formativa das Instituições de Ensino Superior, considera importante a existência de um MBA-Executivo para não licenciados? Fig.14 – Gráfico Importância atribuída à existência de um MBA-Executivo para não licenciados 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 MÉDIA MODA MINIMO MAXIMO 7,88 9 3 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 MÉDIA MODA MINIMO MAXIMO 6,54 8 1 10
  • 25. Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas 25 Considerando as necessidades de formação da sua empresa qual a importância que atribui a MBAs nas seguintes áreas de especialização? Fig.15 – Gráfico Importância atribuída aos MBAs do IESF face às necessidades de formação das empresas Nesta questão as empresas foram também desafiadas a indicaram outras áreas de formação que consideravam importantes que o IESF incluísse no seu portfólio de cursos. Foram obtidas as seguintes sugestões:  Fiscalidade  Contabilidade e auditoria  Qualidade  Engenharia e gestão de projectos (com 3 menções);  Comunicação e Relações Publicas (com 2 menções);  Fusões e aquisições  Métodos e tempos;  Ambiente e responsabilidade social;  Liderança com sucesso sem lobbies;  Área da Cultura; 0 1 2 3 4 5 6 7 8 Estratégias e Práticas de Internacionalização. Finanças Empresariais. Marketing e e-Business. Gestão de Empresas. Recursos Humanos. Higiene e Segurança no Trabalho. 5,71 6,97 6,97 7,58 6,85 6,34
  • 26. Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas 26  Gestão florestal.
  • 27. Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas 27 Capítulo 5 – Conclusões Das 1738 empresas constantes da base de dados utilizada para este trabalho cerca de 156 não tinham o seu endereço de email actualizado pelo que não puderam ser incluídas neste estudo. Ao primeiro pedido responderam 43 empresas. Nesta resposta que poderemos considerar de espontânea, 63% das empresas manifestaram vontade em receber uma cópia do trabalho, poder-se-á concluir que a possibilidade de envio de cópia do trabalho é facilitador na obtenção de questionários, facto que deve ser tido em conta na elaboração deste tipo de estudos. Esta conclusão é também validada pelo facto de no segundo pedido haver mais empresas a responder pela nossa insistência e não tanto pelo interesse na partilha do trabalho uma vez que das 80 respostas recebidas na segunda vaga apenas 45% manifestaram vontade em receber uma cópia do artigo. As 123 empresas que participaram neste estudo empregavam 10449 colaboradores dos quais 3623 tinham formação superior. Destas empresas 49 empresas são exportadoras (40%) e 74 não exportam neste momento (60%). Uma questão importante deste inquérito era avaliar até que ponto as empresas usavam a “oferta” de formação graduada e pós-graduada como forma de recompensa pelo bom desempenho dos seus colaboradores. Verificamos que numa escala de 0 a 10 onde o 0 era pouco importante e o 10 extremamente importante a média das respostas obtidas foi de 6,54 e a moda (valor mais vezes seleccionado) foi de 5, valor que se situa no centro do intervalo. Estes valores permitem-nos concluir que as empresas atribuem alguma importância à possibilidade de oferecer formação profissional como forma de recompensar o desempenho dos seus colaboradores. Da análise dos dados também foi possível verificar que 15% das empresas disponibilizou formação graduada e pós-graduada (Licenciaturas, Mestrados e MBAs) aos seus colaboradores nos últimos 3 anos. No futuro e num horizonte temporal de 3 anos, 5% das empresas afirma que oferecerá formação graduada e pós-graduada (Licenciaturas, Mestrados e MBAs) aos seus colaboradores, 41% talvez o faça e 54% não tem intenção de o fazer.
  • 28. Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas 28 Relativamente à importância atribuída à localização/proximidade das Instituições de Ensino Superior na hora de optar por uma Instituição de ensino, numa escala de 0 a 10 onde o 0 era pouco importante e o 10 extremamente importante a média das respostas obtidas foi de 6,78 e a moda (Valor mais vezes seleccionado) foi de 8, pelo que se verifica que é atribuída alguma importância à localização/proximidade da Instituição de Ensino na hora do candidato ter que optar. Como forma de ultrapassar esta dificuldade as Instituições de ensino têm apostado na formação não presencial sob a forma de e-learning. Decidimos por isso incluir uma questão para se avaliar se as empresas consideram que a existência desta alternativa é um ponto forte na oferta formativa das Instituições de Ensino Superior. Verificamos que é considerado moderadamente importante com uma média de 6,45 numa escala de 0 a 10 onde o 0 era pouco importante e o 10 extremamente importante e a moda (valor mais vezes seleccionado) foi de 5. As questões centrais deste inquérito pretendiam avaliar a forma que o IESF encontrou para interagir com o meio empresarial e avaliar a adequação dos cursos actualmente ministrados no IESF às necessidades formativas das empresas. Para conhecer a resposta à primeira questão foi feita uma breve apresentação da disciplina de Casos de Estratégia Empresarial1 e foi perguntado às empresas a importância que atribuem à existência de disciplinas que reforçam a ligação entre as Instituições de Ensino Superior e as empresas, como é o caso da disciplina de Casos de Estratégia Empresarial. Numa escala de 0 a 10 onde o 0 era pouco importante e o 10 extremamente importante foi obtida uma média de 7,88 e uma moda de 9. Verifica-se de forma inequívoca que as empresas valorizam muito positivamente esta forma de interacção com as Instituições de Ensino Superior. Nas questões relacionadas com a adequação da oferta formativa do IESF e as necessidades das empresas introduzimos duas questões. A primeira com o objectivo de se saber a importância que atribuem à existência de um MBA-Executivo para não licenciados. Nesta questão e numa escala de 0 a 10 onde o 0 era pouco importante e o 10 extremamente importante foi obtida uma média de 6,54 e uma moda de 8, o que 1 “No âmbito do MBA em Gestão de Empresas do IESF – Instituto de Estudos Superiores Financeiros e Fiscais, na disciplina “Casos de Estratégia Empresarial”, um grupo de alunos apoiados por docentes do IESF é desafiado a resolver um Caso, em conjunto com uma empresa. Os alunos têm de detetar um Caso (um Problema que a empresa tenha ou uma Oportunidade que queira aproveitar), ajudar a empresa a resolver esse caso (propor soluções para o Problema ou vias para transformar a Oportunidade em ganhos efetivos) e apoiar na sua implementação. Pretende-se desta forma fortalecer a ligação do ensino superior com o meio empresarial.”
  • 29. Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas 29 significa que a maioria dos inquiridos optou por atribuir uma pontuação de 8, logo consideram muito importante a existência deste tipo de formação. Por fim foi pedido que, considerando as necessidades de formação das empresas indicassem a importância atribuída aos MBAs lecionados no IESF. Considerando a mesma escala de valores de 0 a 10 onde o 0 era pouco importante e o 10 extremamente importante foram obtidas as seguintes médias por ordem decrescente: Gestão de Empresas (7,58), Marketing e e-Business (6,97), Finanças Empresariais (6,97), Recursos Humanos (6,85), Higiene e Segurança no Trabalho (6,34) e finalmente Estratégias e Práticas de Internacionalização (5,71). Pelos valores obtidos verifica-se que a avaliação feita pelas empresas à oferta Pós-graduada do IESF é globalmente positiva. De referir que outras áreas de formação foram identificadas como importantes pelas empresas, tendo sugerido a criação de cursos nas seguintes áreas: Fiscalidade, Contabilidade e auditoria, Qualidade Engenharia e gestão de projetos (com 3 menções), Comunicação e Relações Publicas (com 2 menções), Fusões e aquisições, Métodos e tempos, Ambiente e responsabilidade social, Liderança com sucesso sem lobbies, Área da Cultura e Gestão florestal.
  • 30. Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas 30 Capítulo 6 – Limitações e Investigação Futura Apesar da importância do tema o mesmo não tem sido alvo de muitos estudos, e as referências bibliográficas não abundam. Deste modo e no sentido de permitir uma maior recolha de informação sugere-se o seguinte:  Complementar a recolha de questionários com a realização de entrevistas de modo a dar mais liberdade de respostas e recolher outras sugestões de melhoria no processo de criação de sinergias entre as empresas e as Instituições de Ensino Superior Politécnico;  Alargar os meios de realização da entrevista, podendo ser presencial, telefónica ou videoconferência;  Apesar do número significativo de respostas recolhidas (123) em termos percentuais este valor é baixo face ao número de empresas inquiridas, pelo que no futuro este tipo de estudo deverá contar com uma base de empresas ainda mais alargada.  Este questionário deverá ser alargado a empresas localizadas no estrangeiro de modo a adequar a oferta dos cursos de e-leaning às necessidades dessas empresas.  Se possível em cada empresa deverão ser realizadas pelo menos duas entrevistas, uma ao responsável pela área de formação e outra ao destinatário da formação, verificando-se deste modo se existem assimetrias entre o que a empresa pensa serem as necessidades de formação do colaborador face aos novos desafios que a empresa enfrenta e a auto-avaliação que o colaborador faz sobre o mesmo tema.  Previamente ao processo de entrevistas as empresas deverão ter acesso aos conteúdos programáticos dos cursos do IESF de modo a assegurar que possuem um maior conhecimento sobre o tema objecto da entrevista e assim obter uma maior assertividades nas respostas.  Efectuar este tipo de inquéritos periodicamente de modo a avaliar as tendências e alteração de necessidades sentidas pelas empresas, adaptando a oferta do IESF às necessidades sentidas pelas empresas em cada momento.
  • 31. Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas 31  Atribuir ponderações diferentes às empresas que recorrem à formação Graduada e Pós-Graduada das outras, atribuindo ponderações maiores às empresas que oferecem formação aos seus colaboradores.  Tratar de forma diferenciada as empresas que já recorreram à formação pós- graduada do IESF no sentido de saber se os conteúdos programáticos disponibilizados nas aulas estão adequados às necessidades sentidas pelos colaboradores em contexto real. As respostas destas empresas devem ter um maior grau de ponderação no tratamento estatístico dos dados.
  • 32. Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas 32 Capítulo 7 – Implicações na Gestão Empresarial Após tratamento dos questionários fazem-se as seguintes recomendações: O IESF deve promover de forma mais adequada a sua oferta graduada e pós- graduada de modo a capitalizar a avaliação positiva que foi feita pelas empresas. O IESF deve manter a política de ajustar a sua oferta formativa às necessidades das empresas, adaptando os conteúdos programáticos e criação de novos cursos como fez recentemente com a criação do MBA em Estratégias e Práticas de Internacionalização. O IESF deve reforçar a ligação ao meio empresarial criando uma bolsa de empresas com casos reais que possam ser estudados e resolvidos no âmbito da disciplina de Casos de Estratégia Empresarial. O IESF deve com uma periodicidade anual efectuar inquéritos ou entrevistas junto de empresas no sentido de avaliar se a oferta formativa se mantém adequada às necessidades das empresas, de modo a ajustar conteúdos programáticos e tentar envolver mais as empresas neste processo. O IESF deve dinamizar e divulgar mais a sua oferta na formação não presencial. Neste item os resultados apesar de positivos podem ser melhorados. O IESF pode por exemplo efectuar uma divulgação junto das empresas exportadoras com colaboradores colocados no estrangeiro apresentando-lhes as vantagens da formação não presencial para esses colaboradores. O IESF deve celebrar protocolos de colaboração com Instituições estrangeiras com especial incidência nos Países Lusófonos oferecendo desta forma o seu Know-how de Business School que consolidou ao longo dos anos.
  • 33. Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas 33 Agradecimentos Ao Professor João Paulo Peixoto pela disponibilidade, dedicação e sabedoria que colocou ao dispor para que encontrasse sempre o melhor caminho. Às minhas filhas, Rita e Vitória e esposa Arminda que sofreram com a minha e ausência nas alturas de maior pressão. À Sandra Silva e ao Jorge Costa pelo entusiasmo, persistência, colaboração e envolvimento que me impediram de esmorecer nos tempos mais difíceis. Ao IESF que com os seus professores e colaboradores me ajudaram a concluir mais esta jornada pelos caminhos do conhecimento e sabedoria. Obrigado,
  • 34. Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas 34 Referências ALMEIDA, Carlos (2011) - O papel das Instituições de Ensino Superior na Inovação e no Desenvolvimento das Regiões A perspetiva das Empresas dos Distritos de Castelo Branco, Guarda e Viseu - Dissertação para a obtenção de Grau de Mestre em Gestão Administração Pública Artigo disponível em http://bdigital.ipg.pt/dspace/handle/10314/328 ALVIM, P. Cooperação Universidade-Empresa: da Intenção à realidade. In: PLONSKY, Guilherme. Interacção Universidade-Empresa. Brasília: IBICT, 1998. ARCO, Helena Reis do (2012) - Cooperação interorganizacional e ensino superior Dilemas e controvérsias - Trabalho apresentado no III Seminário de I&DT, organizado pelo C3i – Centro Interdisciplinar de Investigação e Inovação do Instituto Politécnico de Portalegre, realizado nos dias 6 e 7 de Dezembro de 2012. Artigo disponível em http://comum.rcaap.pt/handle/123456789/4131 FERNANDES, António B.; Franco, Mário (2011) - Cooperação universidade-empresa: algumas evidências empíricas. In XIII Seminário Luso-Espanhol de Economia Empresarial. Évora. Artigo disponível em https://bibliotecadigital.ipb.pt/handle/10198/6670 FRANCO, Mário; Fernandes, António F. (2012) - Factores influenciadores e formas de cooperação Universidade – Empresa: um estudo empírico. In XXII Jornadas Luso- Espanholas de Gestão Científica. Vila Real: UTAD Vila Real Artigo disponível em https://bibliotecadigital.ipb.pt/handle/10198/9053 GRYNSZPAN, Flavio - A Visão Empresarial da Cooperação com a Universidade, Revista de Administração da Universidade de São Paulo, V.34, n.4, p.23-31, Outubro/Dezembro 1999. Artigo disponível em http://www.rausp.usp.br/busca/artigo.asp?num_artigo=85 MARCOVITCH, Jacques - A cooperação da universidade moderna com o sector empresarial, Revista de Administração da Universidade de São Paulo, V.34, n.4, p.13- 17, Outubro/Dezembro 1999. Artigo disponível em http://www.rausp.usp.br/busca/artigo.asp?num_artigo=83 MARTIN, Luis; SANCHEZ, Maria; VALENTÍN, Eva. La dirección de la I+D compartida: características de la cooperación entre empresas y organizaciones de investigación. La investigación en gestión de la inovación, n. 16, abr/mayo 2003. Disponível em: http://www.madrimasd.org/revista/revista16/tribuna.
  • 35. Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas 35 MELO, Pedro - A cooperação universidade/empresa nas universidades públicas brasileiras. 2002.Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) – Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2002. MOURATO, Isabel Cristina dos Santos Duarte da Conceição (2011) - A Politica de cooperação Portuguesa com os PALOP; Contributos do Enino Superior Politécnico, Dissertação apresentada para a obtenção do Grau de Mestre em Ciência Política no Curso de Mestrado em Ciência Política, Cidadania e Governação, conferido pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Artigo disponível em: http://recil.grupolusofona.pt/bitstream/handle/10437/1340/disserta%C3%A7%C3%A 3ofinalrevisto.pdf?sequence=1 PORTO, Geciane Silveira - Características do Processo Decisório na Cooperação Empresa-Universidade, Revista de Administração Contemporânea, Volume 08, Nº 03, P.29-52, Julho/Setembro 2004. Artigo disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rac/v8n3/v8n3a03.pdf PLONSKI, Guilherme Ary - Cooperação Empresa-Universidade: Antigos dilemas, novos desafios, Revista da Universidade de São Paulo, nº. 25, 1995. Artigo disponível em: http://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/27045/28819 RODRIGUES, Rosangela Schwarz (2004) - MODELO DE PLANEJAMENTO PARA CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO A DISTÂNCIA EM COOPERAÇÃO UNIVERSIDADE-EMPRESA - Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito parcial para obtenção do título de Doutor em Engenharia de Produção. Artigo disponível em: http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/87716 SEGATTO, Andréa Paula (1996) - Análise do Processo de Cooperação Tecnológica Universidade - Empresa: Um Estudo Exploratório, Dissertação apresentada ao Departamento de Administração da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, para obtenção do título de Mestre em Administração. Artigo disponível em: http://www.fundacaofia.com.br/pgtusp/pesquisas/arquivos_dissertacoes/DISSERTACA O%20SEGATTO-MENDES.pdf SEGATTO-MENDES, Andréa Paula e SBRAGIA, Roberto - O processo de cooperação universidade-empresa em universidades brasileiras, Revista de Administração da Universidade de São Paulo, V.37, n.4, p.58-71, Outubro/Dezembro 2002. Artigo disponível em: http://www.rausp.usp.br/busca/artigo.asp?num_artigo=1067
  • 36. Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas 36 PLONSKI, Guilherme Ary - Cooperação universidade-empresa: um desafio gerencial complexo, Revista de Administração da Universidade de São Paulo, V.34, n.4, p.5-12, Outubro/Dezembro 1999. Artigo disponível em: http://www.rausp.usp.br/busca/artigo.asp?num_artigo=82 RAPPEL, E. Integração universidade-indústria: os “porquês” e os “comos”. In: PLONSKI, Guilherme. Interação Universidade Empresa. Brasília: IBICT, 1999. RIBEIRO, Carlos Ribeiro, VENTURA, Margarida - O ISPT e a Cooperação no Ensino Superior. Artigo disponível e consultado em 15-04-2014. http://aforges.org/conferencia2/docs_documentos/Paralela_7/Ribeiro_Carlos%20et% 20Ventura%20(ISPT-Angola).pdf VELHO, Sílvia. Relações universidade-empresa: desvelando mitos. Campinas: Autores Associados, 1996.
  • 37. Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas 37 Anexos Inquérito à importância e adequação dos conteúdos da Formação Superior Graduada e Pós-graduada das Instituições Portuguesas para as Empresas. *Obrigatório I - CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA Nome da Empresa * Número de colaboradores da Empresa. Deverá indicar todos os colaboradores com vinculo à empresa (efectivos e contratados a prazo). Número de colaboradores com formação superior. Deverá indicar todos os colaboradores com vinculo à empresa (efectivos e contratados a prazo). A empresa é exportadora? o Sim o Não A empresa tem ou prevê vir a ter nos próximos 2 anos colaboradores a trabalhar mais de 12 meses no estrangeiro? o Tem colaboradores colocados no Estrangeiro. o Espera vir a ter colaboradores colocados no Estrangeiro nos próximos 2 anos. o Não tem nem espera vir a ter. Se pretender receber uma cópia das conclusões deste questionário indique-nos por favor o mail para o qual deverá ser enviado. II – IMPORTÂNCIA ATRIBUÍDA PELA EMPRESA À FORMAÇÃO DOS SEUS COLABORADORES. A) Qual a importância que atribui à oferta de formação Graduada e Pós-Graduada (Licenciaturas, Mestrados e MBAs) aos seus colaboradores como forma de premiar o desempenho e melhorar as suas qualificações. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Pouco Importante Extremamente importante B) Nos últimos 3 anos a empresa disponibilizou formação Graduada e Pós-Graduada (Licenciaturas, Mestrados e MBAs) aos seus colaboradores? o Sim
  • 38. Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas 38 o Não C) A empresa pensa “oferecer” formação graduada e/ou pós-graduada (Licenciaturas, Mestrados e MBAs) aos seus colaboradores no próximos 3 anos? o Sim o Não o Talvez III – ABORDAGEM DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR JUNTO DAS EMPRESAS. Pretende-se conhecer a adequação da formação Graduada e Pós-Graduada das Instituições de Ensino Superior às necessidades das empresas. A) Importância que atribui à localização/proximidade das Instituições de Ensino Superior com a dos seus utilizadores na hora de optar pela instituição de Ensino. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Pouco importante Extremamente importante B) Considera que a existência de formação graduada e pós-graduada em regime não presencial (e-learning) é um ponto forte na oferta formativa das Instituições de Enino Superior? 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Pouco importante Extremamente importante IV – A COOPERAÇÃO ENTRE EMPRESAS E INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR. No âmbito do MBA em Gestão de Empresas do IESF – Instituto de Estudos Superiores Financeiros e Fiscais, na disciplina “Casos de Estratégia Empresarial”, um grupo de alunos apoiados por docentes do IESF é desafiado a resolver um Caso, em conjunto com uma empresa. Os alunos têm de detectar um Caso (um Problema que a empresa tenha ou uma Oportunidade que queira aproveitar), ajudar a empresa a resolver esse caso (propor soluções para o Problema ou vias para transformar a Oportunidade em ganhos efectivos) e apoiar na sua implementação. Pretende-se desta forma fortalecer a ligação do ensino superior com o meio empresarial. A) Considera que a existência de disciplinas que reforçam a ligação entre as Instituições de Ensino Superior e as empresas, como o exemplo descrito acima, é importante? 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Pouco importante Extremamente importante B) No portfólio da oferta formativa das Instituições de Ensino Superior, considera importante a existência de um MBA-Executivo para não licenciados? 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Pouco importante Extremamente importante
  • 39. Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas 39 C) Considerando as necessidades de formação da sua empresa qual a importância que atribui a MBAs nas seguintes áreas de especialização? Secção Sem Título Estratégias e Práticas de Internacionalização. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Pouco importante Extremamente importante Finanças Empresariais. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Pouco importante Extremamente importante Marketing e e-Business. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Pouco importante Extremamente importante Gestão de Empresas. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Pouco importante Extremamente importante Recursos Humanos. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Pouco importante Extremamente importante Higiene e Segurança no Trabalho. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Pouco importante Extremamente importante MBA noutra área de especialização não indicado anteriormente. (indique Qual) Enviar Nunca envie palavras-passe através dos Formulários do Google. 100%: terminou. Com tecnologiaFormul ários do Google Este conteúdo não foi criado nem aprovado pela Google. Denunciar abuso - Termos de Utilização - Termos adicionais Suporte para leitor de ecrã activado. Editar este formulário
  • 40. Avaliação da adequação da formação Graduada e Pós-Graduada do IESF face às necessidades das empresas 40 Índice de Figuras Fig.1 – Gráfico Distribuição dos colaboradores por grau de formação Fig.2 – Gráfico Distribuição dos colaboradores por grau de formação excluindo uma grande empresa Fig.3 – Gráfico percentagem de empresas exportadoras Fig.4 – Gráfico Percentagem de empresas com colaboradores a trabalhar no estrangeiro Fig.5 – Gráfico Percentagem de empresas que manifestaram interesse em receber cópia do artigo Fig.6 – Gráfico Percentagem de empresas que manifestaram interesse em receber cópia do artigo ao primeiro pedido Fig.7 – Gráfico Percentagem de empresas que manifestaram interesse em receber cópia do artigo após segundo pedido Fig.8 – Gráfico Importância atribuída pelas empresas à oferta de formação aos seus colaboradores como forma de os premiar Fig.9 – Gráfico Percentagem de empresas que disponibilizou formação graduada e pós-graduada aos seus colaboradores nos últimos 2 anos Fig.10 – Gráfico Percentagem de empresas que pensa oferecer formação graduada e pós-graduada aos seus colaboradores nos próximos 3 anos Fig.11 – Gráfico Importância atribuída pelos candidatos à localização/proximidade geográfica das IES Fig.12 – Gráfico Importância atribuída à existência de formação não presencial (e-learning) Fig.13 – Gráfico Importância atribuída à existência de disciplinas como Casos de Estratégia Empresarial Fig.14 – Gráfico Importância atribuída à existência de um MBA-Executivo para não licenciados Fig.15 – Gráfico Importância atribuída aos MBAs do IESF face às necessidades de formação das empresas