Mini-curso ministrado pelo consultor da Atrium Forest Consunting, Bruno Kanieski da Silva, durante a XII Semana Agronômica realizada pelo curso de agronomia da Universidade Federal de Goiás/Regional Jataí que aconteceu nos dias 26 a 30 de Maio/14.
2. Atrium Forest Consulting
• Localização: Piracicaba, SP.
• Formada por 5 sócios com especializadades
em diferentes áreas.
• 7 anos no mercado de consultoria.
• Objetivo: fornecer as melhores e mais
completas análises para nossos clientes
16. O Setor Florestal
0
100
200
300
400
500
600
700
1965 1990 2005 2020 2030
Milhõesdemetroscúbicos
Produção de Madeira Serrada
Africa Asia e Pacífico Europa América Latina e Caribe América do Norte Oeste e centro Asia
Fonte: FAO,2009
Em 2030 o mundo produzirá 604 milhões metros cúbicos de
madeira serrada.
60 milhões de metros cúbicos na América Latina ( aumento de 30% em relação a 2014) ,
1 serraria de grande porte consome 36 mil m³ por ano 1666 serrrarias novas na AL.
17. O Setor Florestal
Fonte: FAO,2009
0
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200
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1965 1990 2005 2020 2030
Milhõesdemetroscúbicos
Produção de Painel de Madeira
Africa Asia e Pacífico Europa América Latina e Caribe América do Norte Oeste e centro Asia
Em 2030 o mundo produzirá 521 milhões metros cúbicos de
painel de madeira.
29 milhões de metros cúbicos na América Latina ( aumento de 50% em relação a 2014) ,
1 fábrica de Fibra Dura consome 1,6 milhões de metros cúbicos 9 fábricas de Fibra
Dura na AL.
18. O Setor Florestal
Em 2030 o mundo produzirá 743 milhões de toneladas de papel.
27 milhões de metros cúbicos na América Latina ( aumento de 40% em relação a 2014) ,
Fonte: FAO,2009
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100
200
300
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700
800
1965 1990 2005 2020 2030
Milhõesdetoneladas
Produção de Papel
Africa Asia e Pacífico Europa América Latina e Caribe América do Norte Oeste e centro Asia
19. O papel do Brasil no
setor florestal mundial
• O Brasil é um país Florestal.
• Florestas Naturais ocupam
60% do território nacional.
• Nossa área de Floresta é 1.5
vezes maior que a India.
• Florestas plantadas não
chegam a 1 %.
22. Contribuição para o Brasil (2012)
• Tributos: R$ 1,6 milhões
• Empregos:
– Indiretos: 1,3 milhões
– Diretos: 620 mil
• Valor Bruto da Produção:
– R$ 56,3 bilhões
23. Florestas Plantadas
• Area (2012): 6,732,141 ha
– Eucalyptus: 5,102,030 ha
– Pinus: 1,562,782 ha
– Teca: 67,329 ha
76%
23%
1%
Eucalyptus Pine Teak
28. Mercado de Produtos Florestais
• Celulose: 3º maior
produtor
• Papel : 9º maior
produtor
• Madeira
Industrializada:
área em que mais
cresce
• Carvão e lenha:
substituição da
floresta nativa
29. Florestas Plantadas
Papel e Celulose
Papel, Celulose e processo
Papel,Celulose, processo e
serraria
Papel e Celulose
Papel e Celulose
30. Produção de Toras de Florestas
Plantadas
2012
Maiores produtores:
Telemaco Borba (PR)
General Carneiro(PR)
Três Lagoas (MS)
Caravelas(ES)
Mucuri(BA)
31. Vantagens
Competitivas do
Brasil
1970: 10 m³/ha/ano
1980: 20 m³/ha/ano
1990: 26 m³/ha/ano
2000: 42 m³/ha/ano
2013: 45 m³/ha/ano
Futuro:?
Clones para várias regiões e
produtos
33. • Quem são os donos florestas no Brasil?
• Governo Florestas Públicas Nativas
• Empresas de Base Florestal 70 %
• Produtores Independentes
• Agribusiness
• Investidores Institucionais (TIMOs)
R$ 2,3 billons in 2010²
34. O que são as TIMOs?
Timberland Investment Management Organizations (TIMOs)
TIMOs
Separate Account Closed-end fund
• Tempo indefinido
• Investidor Individual
• Tempo em torno de 10
à 15 anos
• Grupo de investidores
44. Preço da terra
Brasil Crescente
USA Decrescente
Southeast US$ 8.200,00/ha R$ 17.000,00 /ha ( US$ 1,00 R$2,20
Sao Paulo R$ 20.000,00/ha
Goias R$ 7.000,00/ha
PR R$12.000,00 /ha
Onde vocês investiriam?
45. Ambiente de negócios
• Análises da perpção de
Investidores Americanos em
ativos florestais no Brasil.
• Fatores: Microeconomicos,
Florestais e Institucionais
Dissertação Silva, B.K.2013
49. Manejo do Eucalipto
– Como cresce uma árvore?
0
50
100
150
200
250
300
350
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Volume(m³/ha)
O crescimento inicia na fase
juvenil ,quando o
ganho de biomassa é
crescente e passa para a
fase de maturação, quando
o ganho de biomassa
é decrescente e cessa,
podendo ate ter crescimento
negativo.
51. Manejo do Eucalipto
– Maturação de Plantios Florestais IMA : Máximo
0
50
100
150
200
250
300
350
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Volume(m³/ha)
No ponto de maior
tan(B) IMA é
máximo
𝛽
tan 𝛽 =
𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜
𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒
54. Manejo do Eucalipto
– ICA: Incremento Corrente Anual
0
50
100
150
200
250
300
350
0 2 4 6 8 10
Volume(m³/ha)
No ponto de inflexão da
curva o ICA é MÁXIMO
56. Manejo do Eucalipto
Manejo Florestal “... arte e ciência da tomada de
decisões considerando a organização, uso e conservação
das
florestas ...”
• Formas mais comuns de manejar o Eucalipto:
– Rebrota
• Normalmente direcionada para produção de celulose e/ou
energia
– Multiplos usos
• Direcionada para serraria
• Realização de desbastes
57. Manejo do Eucalipto
– Rebrota
-50
0
50
100
150
200
250
300
0 5 10 15
Volume(m³/ha)
Primeira Rotação Reforma ou Rebrota
58. Manejo do Eucalipto
– Multiplos produtos
0
50
100
150
200
250
300
0 5 10 15 20
Volume(m³/ha)
Primeiro Desbaste Segundo Desbaste Terceiro Desbaste
Estoque de madeira
59. Mas afinal, onde está a Economia?
Toda decisão em qualquer meio produtivo
deve ser feito baseado em critérios financeiros
61. Matemática Financeira
• Componentes da Taxa de Juros
Preferência temporal
Correção monetária
Custo de Oportunidade
Risco
Taxa Mínima de Atratividade
62. Juros Simples versus Juros Compostos
Juros Simples
Ano 1 Ano 2 Ano 3
Juros Compostos
Ano 1 Ano 2 Ano 3
Principal
Juros anuais
Principal + Juros
Exemplo com juros de 10%
𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠 𝑆𝑖𝑚𝑝𝑙𝑒𝑠 ∶ 𝑃𝑟𝑖𝑛𝑐𝑖𝑝𝑎𝑙 ∗ 𝑡 ∗ 𝑖 𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 ∶ (1 + 𝑖) 𝑡
100
10
100
10
100
10
110
11
100
10
121,00
12,10
110 110120 121130 133,10
63. Derivação da Fórmula Geral
Terceiro AnoSegundo AnoPrimeiro Ano
V1 = V0 + I
V1 = V0 + V0 (i)
V3 = V2 + I
V3 = V2 + V2 (i)
V2 = V1 + I
V2 = V1 + V1 (i)
V1 = V0 ( 1 + i )
V3 = V2 ( 1 + i )
V3 = V0 ( 1 + i ) 2 ( 1 + i )
V3 = V0 ( 1 + i ) 3
V2 = V1 ( 1 + i )
V2 = V0 ( 1 + i )( 1 + i )
V2 = V0 ( 1 + i ) 2
Vn = V0 ( 1 + i ) n
64. Linha do Tempo
5.000 800 800 800 800
30.000
0 1 2 3 4Períodos
Receitas (+)
Custos (-)
65. Matemática Financeira
• Valor Presente (Descapitalização):
𝑉𝑃 =
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟𝑡
(1 + 𝑖) 𝑡
tempoPresente (ano 0) 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟𝑡
Qual o Valor Presente de um Valor de R$ 200,00 no quinto ano a uma taxa de 6% ?
66. Matemática Financeira
• Valor Futuro (Capitalização):
𝑉𝐹 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 Presente ∗ (1 + 𝑖) 𝑡
tempoPresente (ano 0) 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟𝑡
Qual o Valor Futuro de um Valor de R$ 149.45 no quinto ano a uma taxa de 6% ?
67. Critérios de Avaliação de Projetos
VPL i = VP receitas - VP custosValor Presente Líquido:
Mais conhecidos
Razão Benefício/Custo: B/C i = VP receitas / VP custos
Taxa Interna de Retorno (TIR): VP i* receitas = VP i* custos
68. TIR = 9,68%
B/C > 1
VPL > 0
B/C < 1
VPL < 0B/C = 1
Projeto A
400 100
6.600
0 5 8 30(meses)
200
15
VP receitas
VP custos
Taxa mínima
aceitável (%)
Valorpresente($)
Critérios de Avaliação de Projetos
69. Inconsistências ao classificar projetos podem surgir devido:
Diferentes horizontes
Múltiplas TIRs
Desproporcionalidade entre projetos
À natureza de certos fluxos de caixa
Critérios de Avaliação de Projetos
70. 6.600200
Projeto B
400 100
2500
0 5 8 30
1200
15
Projeto A
400 100
0 5 8 3015
Taxa mínima
aceitável (%)
VPL do projeto A
VPL
TIR = 9,7% TIR=14,5%
VPL do projeto B
Mesmo VPL a 6,3%
Critérios de Avaliação de Projetos
71. Critérios de Avaliação de Projetos
Menos conhecidos, mas muito úteis
Custo Financeiro da Produção: (VP i custos) / (VP i produção)
VPL anualizado: 𝑽𝑷𝑳𝒂 = 𝑽𝑷𝑳 ∗
𝒊(𝟏 + 𝒊) 𝒕
(𝟏 + 𝒊) 𝒕−𝟏
Valor Esperado da Terra: 𝑽𝑬𝑻 =
𝑹𝑳𝑭
𝟏 + 𝒊 𝒕 − 𝟏
73. Alguma perguntas
• O que acontece quando aumenta a taxa de
interesse ?
• Se você ouvir que um projeto deu um VPL de
R$ 2.000,00. O que significa ?
• Qual é a TIR mínima utilizada no mercado?
74. Reforma ou Rebrota ?
• Constantemente o gestor florestal se depara
com essa pergunta.
• É preciso avaliar os seguintes aspéctos:
– Qual são os custos ?
• Rebrota é mais barato.
– Qual é a produtividade ?
• Normalmente em 6 anos um novo clone mais produtivo
já foi lançado. Reformando eu já posso contar com ele.
76. Reforma ou Rebrota ?
Exemplo:
Melhor Resultado:
Rebrota: 6 anos + 6 anos VET = R$ 9.409.77 /ha (7%)
Reforma: 6 anos + 7 anos VET = R$ 6.025.50 /ha (7%)
E se o novo clone aumentasse a produtividade em 20 % ?
Melhor Resultado:
Rebrota: 6 anos + 6 anos VET = R$ 9.409.77 /ha (7%)
Reforma: 6 anos + 7 anos VET = R$ 7.018.50 /ha (7%)
79. Manejo Multiplos Produtos
• As análises são as mesmas, entretanto, o ciclo
é maior e há uma diversificação na produção.
• Deve-se analizar muito bem cada mercado,
para pequeno e médio produtores é uma
saída no estado de São Paulo.
• Exige maior treinamento por parte do
produtor.
82. Avaliação do Risco
Como avaliar o risco ?
Certamente os rendimentos são diferentes em determinadas
épocas do ano ou por empresas e profissionais diferentes
R$/ha Jan Julho Agosto
Implantação 4,000.00 3,500.00 3,700.00
R$/ha Equipe A Equipe B Equipe C
Implantação 4,000.00 3,500.00 3,700.00
84. Estudos de Caso
• São Paulo:
- Maior PIB do país
- Maior produtor de madeira
em tora
- Maior concentração de
empresas florestais
• Mato Grosso do Sul:
- Fronteira agrícola
- Investimentos de indústrias
florestais
• MAPITO – Maranhão, Piauí e
Tocantins
- Preço da terra atrativo
- Disponibilidade de terra
- Incertezas em relação a
produção de Eucalyptus.
85. Estudos de Caso
Premissas:
• Receitas:
- Modelos de crescimento: SISEucalipto (EMBRAPA)
- 3x2 metros, 1% de mortalidade e segunda rotação 10 % menor que a primeira
- Preço da Madeira
• Custos:
- Preço da terra em diferentes usos para cada região
- São Paulo: custos baseado em desempenho operacional
- MAPITO e MS: dados monetários por operação
86. Estudos de Caso
• Histórico dos últimos 10 anos
• IGP – “Disponibilidade Interna”
Região
Cenário
São Paulo MAPITO Mato Grosso do Sul
Valorização real 12.29% 13.57% 10.16%
Neutro 0.00% 0.00% 0.00%
Desvalorização real -1.30% -3.40% -4.10%
Disponibilidade a pagar pela terra Preço futuro da terra:
87. Estudos de Caso
Análise de sensibilidade:
• 20 passos 1000 simulações cada.
Max Min Max Min Max Min
Arrendamento da terra (R$.ha-1
.year-1)
2063.63 258.80 308.34 19.67 1411.18 30.27
Preço da terra (R$.ha-1
) 18181.80 2280.20 2716.66 173.33 12433.30 266.70
Preço da madeira (R$.m3
) 60.00 45.00 60.00 45.00 60.00 45.00
Volume (m3
.ha-1
) 417.70 104.00 287.00 182.00 359.20 180.10
Custos operacionais (R$.ha-1
) 7428.64 6045.32 7882.67 6255.62 6016.58 4362.20
Valorização da terra (%) 12.29 -1.30 13.57 -3.40 10.60 -4.10
Parameters
São Paulo MAPITO Mato Grosso do Sul
Critério
Variável
VPL TIR VET
Arrendamento da terra
Preço da madeira
Custos operacionais
Critério
Variável
Disponibilidade a pagar pela terra
Preço da terra
Preço da madeira
Custos operacionais
Valorização da terra
89. Valor esperado da terra (R$/ha) – Preço médio
do mercado(R$/ha)
Estudo de Caso
Análises
Região
Mínimo Máximo Média
São Paulo -14,366.50 373.87 -7,142.98
MAPITO -2,408.07 2,985.98 369.50
Mato Grosso do Sul -4,856.07 3,968.90 -611.86
92. Estudo de Caso
Análise de Sensibilidade
Disponibilidade a pagar pela terra:
Médio Valorização Neutro Desvalorização
SP 10,772.18 13,997.06 7,301.75 6,464.83
MAPITO 1,266.48 3,842.98 1,779.52 1,645.65
MS 4,634.47 9,231.56 5,389.47 4,748.13
SP 5,770.79 7,834.64 3,909.81 3,518.82
MAPITO 7,101.12 8,052.91 7,467.80 7,467.79
MS 5,072.11 6,534.16 4,749.93 3,779.95
SP 53.00 47.36 65.52 67.36
MAPITO 52.00 45.78 49.73 51.32
MS 50.45 42.36 52.89 56.84
SP 248.40 219.57 318.63 335.14
MAPITO 245.00 209.63 231.73 237.26
MS 266.30 217.80 274.36 302.64
Preço da Terra
(R$/ha)
Custo Operacional
(R$/ha)
Preço da Madeira
(R$/m³)
Volume (m³)
Região Resultado
SP 8.1%
MAPITO -7.0%
MS 2.0%
Valorização da terra
93. Estudo de Caso
• As fronteiras agrícolas são mais atrativas aos investidores devido ao
menor preço da terra
• São Paulo apresentou maiores riscos que Mato Grosso do Sul e
MAPITO
• O mercado imobiliário pode dar mais lucro que a própria floresta
94. Fonte de Dados
• É um problema para as análises:
– Agricultura tem tudo.