Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
Aula DNPM CEPP - DESENVOLVIMNETO NEUROPISICOMOTOR
1. Desenvolvimento
neuropisicomotor
• F I S I OT E R A P E U TA
• P Ó S G R A D UA D A E M F I S I OT E R A P I A C A R D I O R R ES P I R ATÓ R I A E T E R A P I A I N T E N S I VA – P U C / C EA F I
• P Ó S G R A D UA N DA E M F I S I OT E R A P I A N EO N ATA L E P E D I AT R I C A D A U T I A R EA B I L I TA Ç ÃO N E U RO LÓ G I C A – FAC U L D A D E C EA F I
• H O S P I TA L ESTA D UA L M AT E R N O I N FA N T I L / H O S P I TA L ESTA D UA L D A M U L H E R
• H O S P I TA L JACO B FAC U R I
• F I S I OT E R A P E U TA R ES P O N S ÁV E L P E LO A P E R F E I ÇO A M E N TO / T R A I N NE R H O S P I TA L JACO B FAC U R I
Solange Samara Ferreira da Silva Pires
2. Roteiro
D E F I N I Ç ÃO
C A R AC T E R Í ST I C A S
FA S ES D O D ES E N VO LV I M E N TO
M A RCO S M OTO R ES
R E F L E XO S P R I M I T I VO S
P R E M AT U R I D A D E
C L A S S I F I C A Ç ÃO
I D A D E CO R R I G I D A
M A N U S E I O M Í N I M O
F I S I O LO G I A P U L M O N A R
D I F E R E N Ç A D O P O S I C I O N A M E N TO
P O S I C I O N A M E N TO F U NC I O N A L
P O S I C I O N A M E N TO N A S PATO LO G I A S
P O S I C I O N A M E N TO CO M D I S P O S I T I VO S
P O S I Ç ÃO C A N G U R U
A S S I ST Ê N C I A
* AU S C U LTA P U L M O N A R
* TOT
* A S P I R A Ç ÃO
* I N ST I L A Ç ÃO D E S F
3. Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM)
É o processo sequencial, contínuo e esta intimamente ligado com a idade, em que a partir de
estímulos, a criança adquire determinadas habilidades cada vez mais organizadas e complexas.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA
Caráter progressivo
o desenvolvimento inicia-se no momento da concepção e não se detém até a morte do indivíduo
4. Desenvolvimento
Neuropsicomotor (DNPM)
Motora: sentar, engatinhar, andar
Linguagem: chorar, sorrir, falar
Biopsicossocial: estranhar, interagir, adquirir independência o auto conhecimento.
Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM)
Essa aquisição de habilidade ocorre em diferentes áreas:
5. Por que é importante estudar?
A primeira infância, que abrange a idade entre zero a cinco anos, os primeiros mil dias de vida
(período que soma os 270 dias da gestação aos 730 dias até que o bebê complete dois anos de
idade) é um período de grande vulnerabilidade, são os mais importantes para o desenvolvimento
físico e mental da criança e servirá de base para toda a evolução futura da criança.
A importância do desenvolvimento motor na primeira infância
Boletim epidemiológico
Aumento de crianças com atraso do desenvolvimento
*sobrevida de prematuros extremos, diminuição da mortalidade infantil*
6. Crescimento X Desenvolvimento
Crescimento significa aumento físico do corpo,
medido em centímetros ou gramas; ele traduz o
aumento em tamanho e número de células.
Avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor
O desenvolvimento é a capacidade do ser de
realizar funções cada vez mais complexas; ele
corresponde a termos como maturação e
diferenciação celular.
7. Marcos de desenvolvimento
• “Idadeschave”
1. RN
2. Lactente 3,6,9 ,12, 18 e 24 meses
3. Dos 3 aos 7 anos
4. Após –avaliação das funções corticais superiores + desempenho escolar
Avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor
Serve como guia para nortear na dectação de desvios do desenvolvimento neuropsicomotor.
11. Termos técnicos abordados
Supino: posição de barriga pra cima.
Prono: posição de barriga pra baixo
Alcançar: estender as mãos e os braços em direção ao objeto.
Preensão: pegar um objeto com as mãos e dedos.
Pivotear: mudar a direção do corpo, com movimento dos braços e pernas, mantendo o apoio
da barriga na superfície.
Arrastar-se: impulsionar todo o corpo de um lugar para outro na posição deitada ou sentada
sem se levantar do chão.
Engatinhar: mover todo o corpo de um lugar para outro, sobre as mãos e joelhos.
Avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor
13. Ao nascimento
Recém nascido termo
RNT: vantagens estruturais e ajustes neurais.
RNT: flexão fisiológica -> útero (fronteiras dinâmicas).
Movimentação ativa contra uma resistência.
Fletido linha média (limitações temporárias).
Recém nascido prematuro
RNPT: Desenvolvimento pulmonar incompleto, articulações e densidade óssea.
RNPT: osteopenia da prematuridade.
MMII abduzidos e rodados externamente.
Força da gravidade atuando.
Desenvolvimento Motor no Primeiro Ano de Vida
14.
15. Hipertonia flexora dos 4 membros
“Enrolamento” a flexão fisiológica engloba as
seguintes características:
-leve flexão cervical (atenção com as vias aéreas).
-flexão e adução dos ombros.
-escapulas em abdução.
-quadris em flexão e adução.
-joelhos em flexão.
Sinaliza a passagem da postura hipotônica (no caso
dos prematuros, fisiológica) para o tônus flexor.
Texto: O recém-nascido de alto risco: Teoria e prática do cuidar
Imagem: Google, 2022.
16. Reflexos primitivos do RN
• Os movimentos do RN são dominados por reflexos inatos.
• Muitos são ativos durante o período pré-natal
• Auxiliam o aprendizado motor (não desaparecem ->integrados)
• Marca do funcionamento cerebral subcortical (DM adequado).
• Fisiológicos nos primeiros meses e após patológico.
Reflexo de Moro:
Extensão e abdução dos membros superiores
Texto: Caderneta de Saúde da Criança Instrumento e Promoção do Desenvolvimento: como avaliar e intervir em crianças
Imagem: Google, 2022.
Texto: Caderneta de Saúde da Criança Instrumento e Promoção do Desenvolvimento: como avaliar e intervir em crianças
Imagem: Google, 2022.
18. Ao nascimento
Em supino: o bebê mantém uma postura fletida a maior
parte do tempo e a cabeça quase sempre voltada para o lado.
Realiza movimentação espontânea dos braços e pernas.
Em prono: também predomina a postura flexora. Vira a
cabeça para liberar as vias aéreas.
REFLEXOS PRIMITIVOS : todos
estão presentes no RN a termo.
APRENDIZADO: Sequencial,
depende dos estímulos e
interação.
Média
Desenvolvimento Motor no Primeiro Ano de Vida
19. 1 – 2 mês de vida
Em supino: ainda apresenta
predomínio da flexão. Leva a cabeça
na linha média por breve período,
mas não mantém.
Em prona: cabeça levanta-se por
curtos intervalos, mas não além de
45°, com cotovelos atrás em relação
aos ombros.
Em supino: cabeça mantida na linha
média, movimentação alternadas dos
membros inferiores.
Em prona: capaz de levantar e
manter a cabeça até 45°.
1 mês
2 mês
Sorriso social
Inicia controle cervical
Desenvolvimento Motor no Primeiro Ano de Vida
22. 3 mês de vida
Postura simétrica
Leva a boca
Ativação musc. ABD Em supino Puxado
para sentar
Em prona Motricidade
fina
Alcança os
joelhos com a
ativação da
musculatura
abdominal.
Colabora com
bom controle
de cabeça.
Mantém a
cabeça a
quase 90° na
linha média,
com apoio
sobre os
antebraços.
Cotovelos à
frente dos
ombros.
Faz
proximidade
das mãos ao
objeto,
geralmente
não pega.
Desenvolvimento Motor no Primeiro Ano de Vida
24. 4 mês de vida
Melhor abertura das mãos
Interação com meio
Descarga de peso cotovelos
.
Em supino: brinca com os pés, mantém
membros inferiores elevados. Pode virar-se
de uma lado para o outro.
Ao ser mantido sentado: controla a
cabeça. O dorso não se estende
completamente, ainda há instabilidade do
tronco. A criança coloca os braços à frente
para se apoiar.
Em prono: podem apoiar-se sobre os
antebraços. Transferência lateral de peso.
Motricidade fina: preensão de objeto
afastado do corpo. O brinquedo é
transferido de uma mão para outra, as
vezes levado à boca.
Desenvolvimento Motor no Primeiro Ano de Vida
25.
26. 5 mês de vida
Rolamento em bloco
Senta com apoio
Descarga de peso em um membro
Reação de proteção anterior .
Em supino: rola de supino pra prono
sem rotação de tronco (ombro
alinhado com quadril).
Sentado: pode se manter
brevemente sentado sem apoio dos
braços por curto período, mas não
permanece na posição. A criança fica
sentada com o dorso curvado.
Em prono: descolamento de peso
sobre o antebraço a fim de pegar
objeto à frente com a outra mão.
Desenvolvimento Motor no Primeiro Ano de Vida
27. 6 mês de vida
Permanece sentado
Rola
Alcança e segura objetos unilateral
.
Em supino: rola para prono.
Sentado : permanece sem apoio com braços
livres, base alargada. Apresenta bom equilíbrio
quando se inclina para frente.
Em prono : os cotovelos podem ser
estendidos. Rola para a posição supina.
Pivoteia. Flexão lateral do tronco.
Motricidade fina : bate objetos um contra o
outro. Preensão em toda mão e base do
polegar.
Desenvolvimento Motor no Primeiro Ano de Vida
28.
29. 7 mês de vida
Localiza sons dirigindo o olhar em
direção à fonte sonora
Reação de proteção lateral
Balbucio
.
Em supino : a criança já quase não
permanece nessa posição, geralmente vira-
se logo para prono.
Em prono : Consegue assumir posição de 4
apoios (sobre mãos e joelhos), pode se
balançar para frente e para trás. A criança
começa a passar sozinha para a posição
sentada a partir de prono.
Sentado : realiza os apoios laterais das
mãos quando experimenta algum
desequilíbrio.
Motricidade fina : entrega o objeto.
Desenvolvimento Motor no Primeiro Ano de Vida
31. 8 mês de vida
Sentado passa para a postura de pé
Engatinha
.
Sentado : passa de sentada para
postura de 4 apoios. Base estreita,
exibe boa rotação de tronco.
Em prono : engatinha e realiza
alcance de objetos, liberando um
braço a partir da posição de 4 apoios.
Em pé : puxa-se para de pé com os
braços e estende os joelhos,
conseguindo assumir a posição de
forma independente.
Motricidade fina : aponta figuras
com o dedo.
Desenvolvimento Motor no Primeiro Ano de Vida
32. 9 mês de vida
Permanece de pé, com apoio
.
Sentado : inicia a reação de proteção
para trás.
Em pé : realiza marcha lateral apoiando-
se. Passa com frequência da posição de
pé para o engatinhar.
Motricidade fina : Tira os objetos de
uma caixa e torna a guardá-los. Pega
objeto com o polegar e o indicador (pinça
bidigital).
Desenvolvimento Motor no Primeiro Ano de Vida
33. 10 - 12 mês de vida
O que esperar?
Rotta, 2004.
34. 10 – 11
mês de vida
Junção de 2 silabas
Urso
.
Em pé : Consegue manter a posição
sozinha sem apoio momentaneamente,
ainda não se locomove nessa posição
Em pé : algumas crianças podem dar
alguns passos inseguros sobre base larga.
Podem também passar para de pé sem
apoiar-se nos móveis.
Motricidade fina: acha objetos
escondidos.
1O mês
11 mês
Texto: Desenvolvimento Motor no Primeiro Ano de Vida
Imagem: Google, 2022.
35. 12 mês de vida
.
Em pé : andar independente. Os passos ainda são curtos nessa fase e
a marcha é imatura. Até que complete 18 meses, a criança ganha mais
controle e estabilidade de forma a ser capaz de brincar na postura.
Motricidade fina : coloca um cubo em cima do outro, encaixe.
Anda
Primeiras palavras
Texto: Desenvolvimento Motor no Primeiro Ano de Vida
Imagem: Google, 2022.
39. O que acontece quando um bebe nasce prematuro?
O que eu quanto profissional posso fazer no meu atendimento para auxiliar esse desenvolvimento?
40. Prematuridade
O que é considerado “prematuridade”?
O bebê prematuro é aquele que nasce antes das 37 semanas de gestação.
São divididos em:
“prematuros tardios” que nascem entre 34 até 37 semanas.
“intermediários” que nascem entre 28 e 34 semanas
“prematuros extremos”, os que vieram ao mundo antes das 28 semanas (muito frágil), não só na fragilidade dos
órgãos, mas principalmente pela imaturidade pulmonar e cerebral.
OMS
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA
A principal causa de mortalidade infantil em todo o mundo.
41. CLASSIFICAÇÃO
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA
O baixo peso ao nascer pode ainda ser sub-catergoizado em:
Muito baixo peso ao nascer: PN < 1.500 g (até e incluindo 1.499 g)
Extremo baixo peso ao nascer: PN < 1.000 g (até e incluindo 999 g)
O baixo peso ao nascer é definido como menor que 2.500 gramas. Essa classificação se baseia em
observações epidemiológicas de que crianças com menos de 2.500 g ao nascer têm um risco
aproximadamente 20 vezes maior de morrer em comparação às de peso maior.
5 de junho de 2020
21 semanas
340 gramas
42. CLASSIFICAÇÃO
Parâmetros de crescimento em recém-nascidos
Comparando o peso com a idade gestacional (tamanho) , cada lactente é classificado ao
nascimento como:
•Pequeno para a idade gestacional: < 10º percentil
•Apropriado para a idade gestacional: 10º a 90º percentil
•Grande para a idade gestacional: > 90º percentil
43. Idade corrigida
• Lembrar que em bebês que nasceram prematuros, devemos utilizar a IDADE CORRIGIDA
até os 2 anos.
• Idade corrigida= idade cronológica – (40- idade gestacional)
• Idade corrigida= 16 – ( 40-32)
• Idade corrigida = 16-8
• idade corrigida = 8 semanas (2 meses)
Idade Cronológica = 4meses (semanas =16 semanas) / idade gestacional (nasceu = 32
semanas)
44. Unidade terapia intensiva (UTI)
UTIN (neonatal)
28 dias de vida – vulnerabilidade 70% óbitos (6° dia de vida)
Monitorado/ controlado 24h
Intuito de minimizar taxas de mortalidade
Ambiente hostil (bombardeio de estímulos)
Mimetiza útero materno
O Novembro Roxo (17) é o mês internacional de prevenção e conscientização.
MANUSEIO MÍNIMO DO RECÉM-NASCIDO
45. Manuseio Mínimo do Prematuro
O período estabelecido para manutenção dos cuidados de manuseio mínimo deverá ser de 72 horas (3 dias).
A realização dos cuidados de manuseio mínimo é direcionada aos RNPT com idade gestacional inferior a 32
semanas e/ou nascidos com muito baixo peso (inferior a 1500 gramas), inicia na primeira hora de vida.
O RN deve ficar em decúbito dorsal, sempre alinhando a cabeça à linha mediana (ponta do nariz na linha do
umbigo) com apoio de coxim para posicionamento da cabeça e a flexão e adução de membros, envolto e
dentro do ninho, cabeceira de 30 a 45°.
Não colocar travesseiros ou rolinhos na região cervical, lateralizar, pronar ou elevar quadril e ABD, para evitar
diminuição da circulação sanguínea cerebral ou aumento da PIC.
Quando o mínimo é, na verdade, o máximo que se pode oferecer.
MANUSEIO MÍNIMO DO RECÉM-NASCIDO
46. Manuseio Mínimo do RN
•É importante que o prematuro mantenha a temperatura corporal
estável, utilizando uma quantidade mínima de calorias.
•Distermias geram distúrbios metabólicos e vasodinâmicos como
alterações da pressão arterial e hemorragia.
•Atenção na troca de fralda
•Saturação de oxigênio alvo entre 91-95%
(alarmes entre 88-95%).
•Pediátrica: Realizar mudança de decúbito a cada 6-8h nas
primeiras 72h. Após isso de acordo com a rotina do serviço.
MANUSEIO MÍNIMO DO RECÉM-NASCIDO
51. Síndrome do imobilismo
Causada pelo acamamento prolongado, >15 dias após a internação
em função da ausência de locomoção do paciente.
MOBILIDADE SIGNIFICATIVAMENTE DIMINUÍDA
SEU SISTEMA LOCOMOTOR ESTÁ EM DÉFICIT
RISCO DE INCAPACIDADE
VISTO QUE SUAS FUNÇÕES MOTORAS ESTÃO EM DEGENERAÇÃO
PODENDO ACARRETAR PATOLOGIAS MUSCULOESQUELÉTICAS
54. Posicionamento
Aplicação correto auxilia:
Maturação adequada SNC
Favorece movimentação
Desenvolvimento postural
Promove a estabilidade fisiológica, organização comportamental
Favorece a flexão das extremidades e o desenvolvimento da postura em linha média
Promove relaxamento -> diminuindo o estresse
Reduz gasto energético
Evita deformidades ósseas e lesões de pele
Supino
Prono
Lateral
Tipos
55. Favorece melhor visualização do RN
Adequada para realização de exames/ procedimento
Perde mais calor/ energia
Aumento do trabalho respiratório
Colocar a cabeça na linha média
prevenindo deformação craniofacial
Evitar extensão ou hiperextensão tóraco-cervical
podem resultar em: apneia ou obstrução intermitente
das vias aéreas, assim como as flutuações da
pressão intracraniana (PIC), podem ser resultados
da lateralização da cabeça.
Coxim não é travesseiro.
Decúbito
dorsal
ou
posição
supina
Texto: MANUSEIO MÍNIMO DO RECÉM-NASCIDO
Imagem: Principais questões sobre organização postural do recém-nascido e neurodesenvolvimento
56. • Observação: É a única alternativa
no pós-operatório de cirurgias:
• Abdominais e torácicas,
• Onfalocele,
• Gastrosquise,
• Hérnia diafragmática,
• Atresia de esôfago
• Malformações congênitas
POSICIONAMENTO TERAPÊUTICO FUNCIONAL EM NEONATOLOGIA
57. Bebês de até um ano de idade devem ser
colocados para dormir na posição supina, pois é
alto o risco de morte súbita. Essa recomendação
da Academia Americana de Pediatria (2016)
também é válida para bebês com doença do
refluxo gastroesofágico.
Texto: MANUSEIO MÍNIMO DO RECÉM-NASCIDO
Imagem: Principais questões sobre organização postural do recém-nascido e neurodesenvolvimento
58. Decúbito
lateral Permite manter os MMSS e MMII em flexão na
linha média, evitando retração dos ombros
Favorece a organização e auto regulação
Reduz os episódios de reflexo gastroesofágico
Ligeira flexão do tronco e da cabeça na linha média
Flexão dos braços
Manter a cabeça totalmente lateralizada e alinhada
com o tronco
Ombros alinhados a pelve
Permitir que as mãos fiquem livres e possam
alcançar a boca, para facilitar os movimentos de
auto consolo e sucção, assegurando a posição
neutra do ombro.
Decúbito lateral é preferível ao decúbito dorsal se a
criança não pode estar em ventral.
Texto: Validação de protocolo de posicionamento de recém-nascido em Unidade de Terapia Intensiva
Imagem: Principais questões sobre organização postural do recém-nascido e neurodesenvolvimento
60. Decúbito
ventral
ou
prona
Facilita a organização e auto-regulação
Promove estabilidade na caixa torácica, melhorando a
mecânica respiratória
Favorece a ativação dos músculos extensores da cabeça
Favorece o esvaziamento gástrico e reduz episódios de
refluxo gastroesofágico
Posicionar o RN dentro do ninho e colocar um rolo
horizontal sob os quadris para manter a inclinação pélvica
posterior e flexão de quadril
Manter as mãos próximas a face (facilitando a linha média
e o acesso a boca.
Estabilidade hemodinâmica
Texto: Validação de protocolo de posicionamento de recém-nascido em Unidade de Terapia Intensiva
Imagem: Principais questões sobre organização postural do recém-nascido e neurodesenvolvimento
61. • Contraindicação RN’s com quadro de:
• Distensão abdominal grave
• Dialise peritoneal
• Pós-operatório imediato de cirurgias
abdominais ou cardíacas
• Presença de cateter umbilical *
• Primeiras 72 horas de vida do RN pré-termo
(RNPT) extremo (SFA)
• Primeiras 24 horas pós-surfactante*
Menor visualização do RN
Alteração à resistência ao fluxo aéreo por
deformidades das VAS e TOT, CPAP.
POSICIONAMENTO TERAPÊUTICO FUNCIONAL EM NEONATOLOGIA
63. Posicionamento em “cadeirinhas para bebês” ou “bebê conforto’’
Distúrbio respiratório associado.
Arquivo pessoal, fotos autorizadas pelas famílias.
64. Imagens: Google, 2022.
Texto: John B. West / Single lung ventilation
Fisiologia Pulmonar
Gases sofrem efeitos da gravidade
Sangue líquido
O fluxo sanguíneo capilar que vai para o alvéolo
depende da pressão do gás dentro do alvéolo.
Isso é atribuído ao efeito da gravidade.
O conceito de áreas dependentes do pulmão
relaciona-se às regiões que recebem o maior fluxo
sanguíneo.
As áreas não dependentes, por receberem pouco
fluxo sanguíneo.
Muda de acordo com a posição
Zonas de West
Zona 3
Zona 2
Zona 1
65. Prone positioning for patients with hypoxic respiratory failure related to COVID-19
Diferença
supino / prona
66. Physiology of prone positioning in acute respiratory distress syndrome
Quando colocar
em prona
67. Physiology of the Lateral Decubitus Position and the Open Chest during Controlled Two-Lung Ventilation: Distribution of Perfusion and Ventilation
Posição lateral
Zona 3
Zona 2
Zona 1
ATC
88. Posição
Canguru
- Diminui o tempo de internação do bebê;
- Possibilita a oxigenação adequada;
- Aumento e estabilidade da temperatura corporal;
- Menos episódios de apneia (paradas respiratórias
durante o sono);
- Aumento do aleitamento materno;
- Diminuição do choro;
- Diminuição da frequência do aparecimento de
infecções hospitalares;
- Controle e alívio da dor;
- Acolhimento do bebê e de sua família;
- Diminui o tempo de separação entre mãe e
bebê.
Os efeitos da posição canguru em resposta aos procedimentos dolorosos em recém-nascidos pré-termo
89. Atraso do DNPM
• Etiologia
1. Genética (cromossômicas, malformações)
2. Pré natal (desnutrição, infecção, trauma)
3. Perinatal (asfixia, tocotrauma)
4. Pós natal (infecção, desnutrição, TCE)
• Tipo
1. Predomínio motor (PC, hipotonia central,
dças neuromusculares e ortopédicas)
2. Predomínio linguagem (autismo)
3. Global (malformações, encefalopatias,
cromossomopatias)
Avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor
90. Pediatria
Programa de Educação e Orientação de Pais e Cuidadores de Pacientes Portadores de Disfunção Neuromotora (Paralisia Cerebral)
91. Pediatria
Posicionamento deve ser funcional!
Paralisia cerebral : alterações neurológicas permanentes
que afetam o desenvolvimento motor e cognitivo,
envolvendo o movimento e a postura.
Deficiência: alterações completas ou parciais de um ou
mais segmentos do corpo humano, que acarretam o
comprometimento da mobilidade e da coordenação
geral.
“Paralisia cerebral é uma condição”. Muitas
pessoas confundem doença com deficiência.
Programa de Educação e Orientação de Pais e Cuidadores de Pacientes Portadores de Disfunção Neuromotora (Paralisia Cerebral)
93. Ausculta pulmonar
• Consiste em escutar os sons produzidos pelos pulmões e vias de condução
com o objetivo de descobrir variações e desvios de suas características basais.
• Evitar colocar estetoscópio em saliência ósseas como clavícula e escápula.
• Tipos de sons:
• Som traqueal – região do pescoço
• Som bronquial – face anterior do tórax, próximo ao esterno
• Som vesicular – parênquima pulmonar
• Ruídos adventícios
• Roncos – movimentação de muco nos brônquios, ênfase na fase inspiratória, semelhante com o ronco do sono, modifica com a tosse.
• Sibilos – obstrução de fluxo aéreo, contínuos, asma, DPOC, inspiração forçada.
• Creptos – abertura de alvéolos colapsados ou ocluídos com líquido viscoso, não se modificam com a tosse.
• Atrito pleural – camadas da pleura que se movimentam silenciosamente, quando superfície espessa, ruído rude.
94. Tubo orotraqueal TOT
Fórmulas baseadas na altura [(altura/10) + 5],
no diâmetro interno do tubo (tubo orotraqueal × 3) e peso (peso + 6).
Mundialmente TOTs com cuff são evitados em neonatos com menos de 3kg.
Evitar o escape de ar ao redor do tubo.
Evitar pressões de cuff altas, pois aumentam os riscos de lesão traqueal.
Recomenda-se pressões entre 15 a 20cmH2O, dependendo do tipo de material do
balonete.
95. Aspiração
Não deve exceder 15 segundos
Aspiração e nem ser realizada rotineiramente, e sim, na presença de
secreções – grau de recomendação A.
A sonda de aspiração deve ter um diâmetro menor que 50% do tubo
endotraqueal e a hiperoxigenação com fração inspirada de oxigênio a
100% no ventilador deve ser utilizada – grau de recomendação A.
A pressão de sucção não deve exceder 150 mmHg negativos – grau de
recomendação B.
É recomendada a aspiração subglótica, especialmente naqueles
indivíduos com mais de 72 horas de ventilação mecânica invasiva – grau
de recomendação A.
Pré-oxigenação – pode ser obtida com o
uso de oxigênio a 100% a partir de uma
máscara com reservatório não reinalante
por 3-5 min.
O objetivo é denitrogenar e, propiciando
mais tempo sem dessaturação para que
realize o procedimento sem risco de
hipóxia.
Cuidado
Olho na SPO2 e FC
97. Instilação de solução salina para aspiração
◦ Não são elucidados os benefícios dessa técnica pela literatura.
◦ Pode cursar com efeitos deletérios à vida do paciente:
◦ redução da saturação de oxigênio
◦ Dispnéia
◦ aumento da pressão intracraniana – reflexo de tosse, diminuição da pressão de perfusão
cerebral e saturação de oxigênio.
◦ Cardiovascular – aumento da pressão artéria e frequência cardíaca.
◦ Pneumonia – deslocamento de biofilme proximal para distal de bactérias.
◦ Instilação de solução salina não é eficaz na diluição ou liquefação de secreções.
◦ Nebulização se mostra eficaz
◦ Uniforme região pulmonar e periferias.
98.
99. Seja você a mudança que ver no mundo!
Mahatma Gandhi
https://www.youtube.com/watch?v=uNaqnGkLGBY
Superação de bebê prematuro 24 semanas com 680g
100. Referências
Dariya V, Moresco L, Bruschettini M, Brion LP. Cuffed versus uncuffed endotracheal tubes for neonates.
Cochrane Database Syst Rev. 2022 Jan 24;1(1):CD013736.
Rodrigues JPBB, Bacci SLLDS, Pereira JM, Johnston C, Azevedo VMGO. Frequency and
characterization of the use of cuffed tracheal tubes in neonatal and pediatric intensive care units in
Brazil. Rev Bras Ter Intensiva. 2020 Jun;32(2):235-243.
Shaikh F, Janaapureddy YR, Mohanty S, Reddy PK, Sachane K, Dekate PS, Yerra A, Chirla D. Utility of
Endotracheal Tube Cuff Pressure Monitoring in Mechanically Ventilated (MV) Children in Preventing
Post-extubation Stridor (PES). Indian J Crit Care Med. 2021 Feb;25(2):181-184.
Rotta N, Fleming P; Desenvolvimento neurológico: avaliação evolutiva. Revista AMRIGS, Porto Alegre, 48 (3): 175-
179, jul.-set. 2004
Ferreira et al, Pediatria: diagnóstico e tratamento, Artmed, 2005
Rotta et al, Transtornos da aprendizagem, Artmed, 2006
Diament et al, Neurologia infantil, 5ª edição, 2010
https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-nordeste/hupaa-ufal/acesso-a-
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terapeutico.pdf/@@download/file/POP%2023-%20Posicionamento%20Terap%C3%AAutico.pdf