O documento descreve a história dos surdos desde a antiguidade até o século XIX. Inicialmente, os surdos eram vistos como inferiores e incapazes. Posteriormente, educadores como Charles Michel de L'Epée reconheceram a língua de sinais como meio efetivo de ensino, permitindo que os surdos tivessem acesso ao conhecimento. No entanto, ainda havia resistência de quem defendia a oralização forçada. A luta pela aceitação da língua de sinais continuou ao longo dos séculos
1. O documento discute os desafios da educação bilíngue para surdos em escolas inclusivas, incluindo entender as identidades culturais complexas dos alunos surdos.
2. Estudos culturais ajudam a compreender que processos culturais estão ligados a relações sociais e que cultura envolve poder e não é determinada externamente.
3. A história da educação de surdos mostra que as línguas de sinais foram proibidas, levando ao estigma; agora há orgulho da cultura surda com reconhecimento
Apresentação direcionada à profissionais da Educação ou interessados na Educação de Surdos. Mostra alguns termos e nomenclaturas, apresenta o histórico da educação de surdos, filosofias educacionais, aspectos linguísticos.
Em 1857,D.Pedro II chamou o professor francês Hernest Huet (surdo e partidário de I’Epeé,que usava o método combinado) para vir ao Brasil e foi fundada então a primeira escola para meninos surdos . IMPERIAL INSTITUTO DE SURDOS MUDOS,hoje, “INSTITUTO NACIONAL DE EDUCAÇÃO DE SURDOS (INES)”
Instituto Santa Terezinha para meninas surdas (SP),Fundado em 1925, dedicado à educação de moças surdas, sendo que algumas se tornavam freiras. O Instituto Santa Teresinha, conta com uma equipe de profissionais habilitados e capacitados e mantém a Educação Básica por meio dos cursos de Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II e Ensino Médio
Escola Concórdia (Porto Alegre-RS),
As aulas são ministradas em LIBRAS que é utilizada por todos os funcionários da escola.Oferece uma educação integral, fundamentada em princípios cristãos.
Possui o Serviço de Psicologia , Conta com o apoio de uma Clínica de Fonoaudiologia.
O documento discute a cultura surda, definindo-a como o conjunto de atividades e costumes dessa comunidade, que apreende o mundo por meio de experiências visuais. Apresenta exemplos de elementos culturais como a língua de sinais e identidades dentro da comunidade surda, e defende o reconhecimento dessa cultura, incluindo o domínio da Língua Brasileira de Sinais.
O documento apresenta uma linha do tempo da história da educação de surdos, desde a antiguidade até a era contemporânea. Destaca os principais pensadores e suas abordagens, como o oralismo defendido por Amman no século XVIII e o reconhecimento da língua de sinais por Charles-Michel de L'Epée. O Congresso de Milão em 1880 marcou o triunfo do oralismo puro sobre a língua de sinais na educação de surdos na Europa e América Latina.
O documento descreve um projeto de inclusão de surdos na escola regular através de cursos de Libras para a comunidade escolar, adaptação de provas e materiais didáticos para os alunos surdos, e formas alternativas de produção e entrega de trabalhos. O objetivo é tornar a escola bilíngue e proporcionar uma educação de qualidade para os alunos surdos.
O documento discute a evolução da educação inclusiva no Brasil para surdos, desde a visão deles como "anormais" no século 19 até a Declaração de Salamanca em 1994 que estabeleceu escolas regulares inclusivas. Também descreve a Língua Brasileira de Sinais, seu status de língua natural e a importância do ensino em LIBRAS para o desenvolvimento dos surdos. Finalmente, discute desafios atuais como a falta de capacitação de professores e a criação de cursos de graduação em Letras/LIBRAS.
No passado, pessoas com deficiência eram frequentemente rejeitadas e abandonadas. Na Antiguidade, crianças com deficiência eram mortas, e na Idade Média eram ignoradas e dependentes da caridade alheia. Ao longo dos séculos, alguns educadores desenvolveram métodos de ensino, mas as pessoas surdas enfrentaram períodos de proibição da língua de sinais. No século XX, o movimento de inclusão e os direitos das pessoas com deficiência ganharam força.
1. O documento discute os desafios da educação bilíngue para surdos em escolas inclusivas, incluindo entender as identidades culturais complexas dos alunos surdos.
2. Estudos culturais ajudam a compreender que processos culturais estão ligados a relações sociais e que cultura envolve poder e não é determinada externamente.
3. A história da educação de surdos mostra que as línguas de sinais foram proibidas, levando ao estigma; agora há orgulho da cultura surda com reconhecimento
Apresentação direcionada à profissionais da Educação ou interessados na Educação de Surdos. Mostra alguns termos e nomenclaturas, apresenta o histórico da educação de surdos, filosofias educacionais, aspectos linguísticos.
Em 1857,D.Pedro II chamou o professor francês Hernest Huet (surdo e partidário de I’Epeé,que usava o método combinado) para vir ao Brasil e foi fundada então a primeira escola para meninos surdos . IMPERIAL INSTITUTO DE SURDOS MUDOS,hoje, “INSTITUTO NACIONAL DE EDUCAÇÃO DE SURDOS (INES)”
Instituto Santa Terezinha para meninas surdas (SP),Fundado em 1925, dedicado à educação de moças surdas, sendo que algumas se tornavam freiras. O Instituto Santa Teresinha, conta com uma equipe de profissionais habilitados e capacitados e mantém a Educação Básica por meio dos cursos de Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II e Ensino Médio
Escola Concórdia (Porto Alegre-RS),
As aulas são ministradas em LIBRAS que é utilizada por todos os funcionários da escola.Oferece uma educação integral, fundamentada em princípios cristãos.
Possui o Serviço de Psicologia , Conta com o apoio de uma Clínica de Fonoaudiologia.
O documento discute a cultura surda, definindo-a como o conjunto de atividades e costumes dessa comunidade, que apreende o mundo por meio de experiências visuais. Apresenta exemplos de elementos culturais como a língua de sinais e identidades dentro da comunidade surda, e defende o reconhecimento dessa cultura, incluindo o domínio da Língua Brasileira de Sinais.
O documento apresenta uma linha do tempo da história da educação de surdos, desde a antiguidade até a era contemporânea. Destaca os principais pensadores e suas abordagens, como o oralismo defendido por Amman no século XVIII e o reconhecimento da língua de sinais por Charles-Michel de L'Epée. O Congresso de Milão em 1880 marcou o triunfo do oralismo puro sobre a língua de sinais na educação de surdos na Europa e América Latina.
O documento descreve um projeto de inclusão de surdos na escola regular através de cursos de Libras para a comunidade escolar, adaptação de provas e materiais didáticos para os alunos surdos, e formas alternativas de produção e entrega de trabalhos. O objetivo é tornar a escola bilíngue e proporcionar uma educação de qualidade para os alunos surdos.
O documento discute a evolução da educação inclusiva no Brasil para surdos, desde a visão deles como "anormais" no século 19 até a Declaração de Salamanca em 1994 que estabeleceu escolas regulares inclusivas. Também descreve a Língua Brasileira de Sinais, seu status de língua natural e a importância do ensino em LIBRAS para o desenvolvimento dos surdos. Finalmente, discute desafios atuais como a falta de capacitação de professores e a criação de cursos de graduação em Letras/LIBRAS.
No passado, pessoas com deficiência eram frequentemente rejeitadas e abandonadas. Na Antiguidade, crianças com deficiência eram mortas, e na Idade Média eram ignoradas e dependentes da caridade alheia. Ao longo dos séculos, alguns educadores desenvolveram métodos de ensino, mas as pessoas surdas enfrentaram períodos de proibição da língua de sinais. No século XX, o movimento de inclusão e os direitos das pessoas com deficiência ganharam força.
Este documento discute aspectos linguísticos da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), incluindo variações regionais e sociais, mudanças históricas, iconicidade vs arbitrariedade, e parâmetros estruturais como configuração da mão, ponto de articulação e movimento.
Decreto-lei nº 5626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 23 dez. 2005.
PEREIRA, M. C. da C. (org). LIBRAS conhecimento além dos sinais. São Paulo: Person Prentice Hall, 2011. Pag. 95-99
Este documento discute práticas pedagógicas para o letramento de alunos surdos. Aborda processos de significação, semiótica imagética, sistemas de comunicação, interlíngua e uma pesquisa colaborativa com alunos surdos para melhorar a escrita em português usando temas e gêneros textuais diferentes. Conclui que a semiose imagética ajuda na aquisição linguística e que os níveis de interlíngua não devem ser vistos como erros.
Classificadores Predicativos em Libras: Modificações no sinal para referenciar características. Incluem categorias de tamanho, forma, entidades e verbos manuais. Devem ser usados para concordar com argumentos verbais. Exemplos incluem adjetivos descritivos.
O documento discute a importância da comunicação e da língua de sinais (Libras) para surdos. Explica que a Libras é a língua materna dos surdos e tem sua própria estrutura gramatical, não sendo apenas gestos. Também aborda os meios de comunicação utilizados por surdos e a diferença entre linguagem e língua.
O documento resume a trajetória da professora Cristiane R. da Rocha na área da tradução e interpretação de Libras, com experiência de 10 anos na igreja e 7 anos no ensino regular. Também fornece um breve histórico da língua de sinais e da educação de surdos ao longo dos séculos.
O documento resume a história da educação de surdos ao longo dos séculos. Começa no Egito Antigo, onde os surdos eram adorados como deuses. Na Idade Média, a Igreja Católica discriminava os surdos. No século XVI, surgiram os primeiros educadores de surdos e no século XVIII foi criada a primeira escola para surdos em Paris. Ao longo dos séculos, houve debates entre os métodos oralista e de língua de sinais na educação de surdos.
Fundamentos da educaaao_de_surdos_1354887964Ivan Machado
1. A educação de surdos passou por diversas mudanças ao longo da história, saindo do isolamento no século XVI para métodos que usavam a língua de sinais ou a oralização.
2. O Congresso de Milão em 1880 declarou a superioridade do método oral, levando à hegemonia do modelo oralista por um século e banimento da língua de sinais.
3. A partir da década de 1960, estudos passaram a reconhecer a língua de sinais como uma língua legítima, valorizando a
O documento discute tecnologias assistivas para surdos, definindo o termo e apresentando exemplos de produtos, metodologias, estratégias e serviços. Ele propõe uma sociedade acessível que utilize a Língua Brasileira de Sinais (Libras) em todos os aspectos para promover a inclusão e comunicação entre surdos e ouvintes.
O documento fornece informações sobre o ensino de Língua Portuguesa para alunos surdos, incluindo objetivos, especificidades dos alunos surdos, história dos surdos, mitos sobre a surdez, a Língua Brasileira de Sinais e dicas para ensinar surdos na sala de aula.
O documento descreve a evolução histórica da educação e do tratamento de pessoas com deficiência, desde a antiguidade até os dias atuais. Começando pela exclusão em Esparta na Grécia antiga, passando pela segregação em asilos na Idade Média até o reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais no século 21.
O documento discute o papel e as responsabilidades do intérprete educacional de LIBRAS. Aponta que o intérprete deve intermediar a comunicação entre surdos e ouvintes, mas não é responsável por ensinar LIBRAS ou avaliar os alunos. Também destaca a importância da colaboração entre intérpretes, professores e escola para garantir o acesso dos alunos surdos à educação.
O documento classifica os verbos em LIBRAS em 5 categorias: 1) direcionais, 2) não-direcionais, 3) ancorados no corpo, 4) ancorados no objeto, 5) com negação. Exemplos são fornecidos para cada categoria e exercícios pedem para formar frases usando os diferentes tipos de verbos.
Este documento descreve um sistema de notação para transcrição da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) usando palavras da língua portuguesa. O sistema representa os sinais, expressões faciais e corporais da LIBRAS para fins de estudo e pesquisa.
O documento discute os diferentes tipos de surdez e a cultura surda no Brasil. Apresenta termos relacionados à surdez, como surdo, surdo oralizado, surdo profundo e surdo implantado. Também aborda a inclusão de surdos na sala de aula, a Língua Brasileira de Sinais e aspectos da cultura surda, como a identidade e meios de comunicação.
O documento discute a educação bilíngue para surdos no Brasil. Em três frases:
1) A educação bilíngue defende o uso da Língua Brasileira de Sinais (Libras) como língua de instrução, ao contrário da educação especial que vê a surdez como deficiência.
2) Pesquisas mostram que crianças surdas aprendem melhor na educação bilíngue, onde interagem com professores e colegas usuários de Libras.
3) No entanto, desafios permanecem como qualificar o ensino
O documento discute tecnologias assistivas para surdos, incluindo campainhas luminosas, babás luminosas, relógios e despertadores vibratórios, telefones para surdos, celulares com acesso à Língua Brasileira de Sinais através de aplicativos, e legendas ocultas na televisão.
O documento descreve seis tipos de identidade surda: híbrida, resoluta, flutuante, ouvinte, genética e a frase de Confúcio sobre a importância da participação para o entendimento.
O documento descreve a história do SignWriting, um sistema de escrita para línguas de sinais desenvolvido por Valerie Sutton em 1974. Ele detalha como o SignWriting evoluiu de um sistema manual para um sistema digital e como começou a ser adotado para escrever a Língua Brasileira de Sinais. Algumas escolas no Brasil já começaram a ensinar o SignWriting para estudantes surdos.
O documento discute vários mitos e crenças sobre a língua de sinais e a surdez. A língua de sinais não é universal, mímica ou um código secreto, mas sim uma língua natural com gramática própria capaz de expressar conceitos abstratos. Embora existam variedades regionais, a língua de sinais não é derivada da língua oral e não é considerada ágrafa. O documento também discute a identidade e cultura própria da comunidade surda.
Apresentação sobre Educação de Surdos para os professores da Prefeitura de Vale Verde - Agosto de 2008
Contato: vanessadagostim@gmail.com
Site: www.vendovozes.com
Este documento discute aspectos linguísticos da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), incluindo variações regionais e sociais, mudanças históricas, iconicidade vs arbitrariedade, e parâmetros estruturais como configuração da mão, ponto de articulação e movimento.
Decreto-lei nº 5626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 23 dez. 2005.
PEREIRA, M. C. da C. (org). LIBRAS conhecimento além dos sinais. São Paulo: Person Prentice Hall, 2011. Pag. 95-99
Este documento discute práticas pedagógicas para o letramento de alunos surdos. Aborda processos de significação, semiótica imagética, sistemas de comunicação, interlíngua e uma pesquisa colaborativa com alunos surdos para melhorar a escrita em português usando temas e gêneros textuais diferentes. Conclui que a semiose imagética ajuda na aquisição linguística e que os níveis de interlíngua não devem ser vistos como erros.
Classificadores Predicativos em Libras: Modificações no sinal para referenciar características. Incluem categorias de tamanho, forma, entidades e verbos manuais. Devem ser usados para concordar com argumentos verbais. Exemplos incluem adjetivos descritivos.
O documento discute a importância da comunicação e da língua de sinais (Libras) para surdos. Explica que a Libras é a língua materna dos surdos e tem sua própria estrutura gramatical, não sendo apenas gestos. Também aborda os meios de comunicação utilizados por surdos e a diferença entre linguagem e língua.
O documento resume a trajetória da professora Cristiane R. da Rocha na área da tradução e interpretação de Libras, com experiência de 10 anos na igreja e 7 anos no ensino regular. Também fornece um breve histórico da língua de sinais e da educação de surdos ao longo dos séculos.
O documento resume a história da educação de surdos ao longo dos séculos. Começa no Egito Antigo, onde os surdos eram adorados como deuses. Na Idade Média, a Igreja Católica discriminava os surdos. No século XVI, surgiram os primeiros educadores de surdos e no século XVIII foi criada a primeira escola para surdos em Paris. Ao longo dos séculos, houve debates entre os métodos oralista e de língua de sinais na educação de surdos.
Fundamentos da educaaao_de_surdos_1354887964Ivan Machado
1. A educação de surdos passou por diversas mudanças ao longo da história, saindo do isolamento no século XVI para métodos que usavam a língua de sinais ou a oralização.
2. O Congresso de Milão em 1880 declarou a superioridade do método oral, levando à hegemonia do modelo oralista por um século e banimento da língua de sinais.
3. A partir da década de 1960, estudos passaram a reconhecer a língua de sinais como uma língua legítima, valorizando a
O documento discute tecnologias assistivas para surdos, definindo o termo e apresentando exemplos de produtos, metodologias, estratégias e serviços. Ele propõe uma sociedade acessível que utilize a Língua Brasileira de Sinais (Libras) em todos os aspectos para promover a inclusão e comunicação entre surdos e ouvintes.
O documento fornece informações sobre o ensino de Língua Portuguesa para alunos surdos, incluindo objetivos, especificidades dos alunos surdos, história dos surdos, mitos sobre a surdez, a Língua Brasileira de Sinais e dicas para ensinar surdos na sala de aula.
O documento descreve a evolução histórica da educação e do tratamento de pessoas com deficiência, desde a antiguidade até os dias atuais. Começando pela exclusão em Esparta na Grécia antiga, passando pela segregação em asilos na Idade Média até o reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais no século 21.
O documento discute o papel e as responsabilidades do intérprete educacional de LIBRAS. Aponta que o intérprete deve intermediar a comunicação entre surdos e ouvintes, mas não é responsável por ensinar LIBRAS ou avaliar os alunos. Também destaca a importância da colaboração entre intérpretes, professores e escola para garantir o acesso dos alunos surdos à educação.
O documento classifica os verbos em LIBRAS em 5 categorias: 1) direcionais, 2) não-direcionais, 3) ancorados no corpo, 4) ancorados no objeto, 5) com negação. Exemplos são fornecidos para cada categoria e exercícios pedem para formar frases usando os diferentes tipos de verbos.
Este documento descreve um sistema de notação para transcrição da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) usando palavras da língua portuguesa. O sistema representa os sinais, expressões faciais e corporais da LIBRAS para fins de estudo e pesquisa.
O documento discute os diferentes tipos de surdez e a cultura surda no Brasil. Apresenta termos relacionados à surdez, como surdo, surdo oralizado, surdo profundo e surdo implantado. Também aborda a inclusão de surdos na sala de aula, a Língua Brasileira de Sinais e aspectos da cultura surda, como a identidade e meios de comunicação.
O documento discute a educação bilíngue para surdos no Brasil. Em três frases:
1) A educação bilíngue defende o uso da Língua Brasileira de Sinais (Libras) como língua de instrução, ao contrário da educação especial que vê a surdez como deficiência.
2) Pesquisas mostram que crianças surdas aprendem melhor na educação bilíngue, onde interagem com professores e colegas usuários de Libras.
3) No entanto, desafios permanecem como qualificar o ensino
O documento discute tecnologias assistivas para surdos, incluindo campainhas luminosas, babás luminosas, relógios e despertadores vibratórios, telefones para surdos, celulares com acesso à Língua Brasileira de Sinais através de aplicativos, e legendas ocultas na televisão.
O documento descreve seis tipos de identidade surda: híbrida, resoluta, flutuante, ouvinte, genética e a frase de Confúcio sobre a importância da participação para o entendimento.
O documento descreve a história do SignWriting, um sistema de escrita para línguas de sinais desenvolvido por Valerie Sutton em 1974. Ele detalha como o SignWriting evoluiu de um sistema manual para um sistema digital e como começou a ser adotado para escrever a Língua Brasileira de Sinais. Algumas escolas no Brasil já começaram a ensinar o SignWriting para estudantes surdos.
O documento discute vários mitos e crenças sobre a língua de sinais e a surdez. A língua de sinais não é universal, mímica ou um código secreto, mas sim uma língua natural com gramática própria capaz de expressar conceitos abstratos. Embora existam variedades regionais, a língua de sinais não é derivada da língua oral e não é considerada ágrafa. O documento também discute a identidade e cultura própria da comunidade surda.
Apresentação sobre Educação de Surdos para os professores da Prefeitura de Vale Verde - Agosto de 2008
Contato: vanessadagostim@gmail.com
Site: www.vendovozes.com
O documento discute as identidades surdas e as abordagens educacionais para crianças surdas. Apresenta diferentes concepções de surdez, como um fator biológico ou como uma experiência cultural e linguística. Também descreve categorias de identidade surda e defende que a educação deve considerar a surdez como uma característica que não impede o desenvolvimento da pessoa.
O documento discute tipos de surdez e estratégias de ensino para alunos surdos, incluindo um perfil de um aluno surdo profundo chamado Victor. Ele recebe atendimento especializado utilizando a Língua Brasileira de Sinais e materiais adaptados para seu processo de alfabetização.
O documento fornece informações sobre deficiência auditiva, incluindo causas, níveis de perda auditiva, LIBRAS e orientações para educação bilíngue de surdos.
1) A deficiência auditiva pode ser congênita ou adquirida e existem diferentes tipos como condutiva, sensório-neural e mista.
2) O tratamento varia de acordo com o tipo e grau de perda auditiva e pode incluir aparelhos auditivos, cirurgia ou terapia.
3) É importante identificar a surdez precocemente em crianças e oferecer educação inclusiva com intérprete e recursos de apoio.
1) O documento apresenta um jogo ético no qual os participantes devem selecionar 6 pessoas de uma lista de 16 que merecem ser salvas em uma ilha deserta após um acidente nuclear para preservar a humanidade.
2) A lista inclui figuras históricas como Jesus Cristo, Martin Luther King Jr., Albert Einstein e Adolf Hitler.
3) O objetivo do jogo é demonstrar que nem sempre julgamos corretamente as pessoas apenas com base em aparências.
Novas Tecnologias Utilizadas na Educação dos SurdosUNEB
Slides sobre LIBRAS, informando sobre as Novas Tecnologias Utilizadas na Educação dos Surdos. Produzidos pelos alunos: Leandro Santana, Rodrigo, Pedro Góes, Alcides e Alexandre. Todos da Turma de Computação da UNEB, do Campus de Lauro de Freitas.
O documento discute o som, o ouvido humano e a surdez. Explica que o som é produzido por ondas de pressão no ar e que o ouvido humano é composto de três partes que trabalham juntas para permitir a percepção de sons. Também descreve os diferentes tipos, graus e causas de surdez e como ela pode afetar o desenvolvimento infantil.
O documento discute a cultura surda, incluindo a língua de sinais como sua forma de comunicação natural e a identidade do povo surdo como diferente e não deficiente. Também menciona a importância da família dominar a Língua Brasileira de Sinais e do reconhecimento de associações e conquistas históricas da comunidade surda.
A palestra aborda a cultura surda, incluindo piadas e projetos como curso de foto em Libras e prática de website para surdos, com objetivo de ensinar e reunir a comunidade surda.
1) O documento discute um programa de educação bilíngue inclusivo para surdos no município de Piracicaba, incluindo desafios da formação de professores e intérpretes.
2) O programa coloca alunos surdos e ouvintes juntos em salas de aula com o apoio de intérpretes e oferece oficinas adicionais de LIBRAS e Português.
3) Após alguns anos de implementação, o programa tem gerado reflexões sobre como melhorar o atendimento e formação dos profissionais envolvidos.
Este documento discute a educação bilíngue para surdos em três frases:
1) Defende que as crianças surdas têm o direito de aprender em língua de sinais e português como segunda língua.
2) Explica que a língua de sinais é a primeira língua natural para crianças surdas, enquanto o português é aprendido formalmente.
3) Propõe um modelo educacional bilíngue que valoriza ambas as línguas no desenvolvimento cognitivo, social e cultural das crianças surdas.
O documento discute diferentes abordagens para a educação de surdos, incluindo oralismo, comunicação total e bilinguismo. O bilinguismo promove o desenvolvimento de habilidades na língua de sinais brasileira como primeira língua e no português escrito como segunda língua. Escolas bilíngües e professores qualificados são direitos importantes para surdos.
3o slide linha do tempo na historia da educacao de surdosJean Rodrigo
O documento descreve a linha do tempo da história da educação de surdos, desde a Antiguidade até os dias atuais. Começa com a exclusão de surdos na Grécia Antiga e continua com períodos de segregação e abandono na Idade Média e Moderna. No século XVIII, surge o primeiro pesquisador a desenvolver um método de ensino para surdos. Ao longo dos séculos, houve controvérsias entre métodos orais e de língua de sinais, culminando no Congresso de Milão que proibiu a língua de sina
Este documento discute a história e identidade cultural dos surdos, abordando:
1) As dificuldades enfrentadas pelos surdos ao longo da história para terem sua cultura e língua de sinais reconhecidas.
2) O desenvolvimento da Língua Brasileira de Sinais (Libras) no Brasil e seu reconhecimento legal como língua oficial dos surdos brasileiros.
3) Os desafios enfrentados pelos surdos na educação, especialmente no aprendizado em língua portuguesa
O documento descreve a história da educação de surdos desde a antiguidade até o século XIX. Os surdos eram maltratados e considerados incompetentes em muitas sociedades antigas. No século XVI, a primeira escola para surdos foi estabelecida na Espanha. No século XVIII, métodos orais e de linguagem de sinais foram desenvolvidos. No Congresso de Milão em 1880, o método oral foi adotado oficialmente, banindo a linguagem de sinais.
O documento é uma apostila sobre a Língua Brasileira de Sinais (Libras) com 33 seções abordando diversos tópicos como o alfabeto manual, histórico da educação de surdos, quem são os surdos, vocabulário, gramática e outros assuntos. A apostila fornece informações básicas sobre a língua de sinais e a comunidade surda em 40 horas de conteúdo.
Faculdade Evangélica do Meio Norte-FAEMEUFMA e UEMA
O documento discute a história da educação de surdos, desde a antiguidade até a era moderna. Apresenta os principais educadores e suas abordagens, como o método gestual de Charles-Michel de l'Epée versus o método oral de Samuel Heinicke. Também descreve a fundação da primeira escola para surdos nos EUA por Thomas Hopkins Gallaudet e Laurent Clerc.
Este documento apresenta um curso básico da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) ministrado pelo professor Marcus Yuri em Araripina-PE em 2018. Apresenta informações sobre a história da educação de surdos no Brasil, características da surdez e da LIBRAS, e reconhecimento legal da LIBRAS como língua oficial pelo governo brasileiro.
História da Libras e como ela surgiu no mundo.LucasBrando77
O documento discute a história da educação de surdos no Brasil e da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Apresenta como a Libras se formou a partir da chegada de Edward Huet em 1855, trazendo a Língua de Sinais Francesa. Também discute as diferentes filosofias educacionais aplicadas aos surdos ao longo do tempo, desde a proibição das línguas de sinais até a adoção do bilinguismo.
Este documento discute a história dos surdos, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e a surdez. A história dos surdos é traçada desde a antiguidade, quando eram maltratados, até os dias atuais, com o reconhecimento da Libras como língua oficial no Brasil. A Libras teve origem na língua de sinais francesa e passou a ser reconhecida como língua própria em 2002. Por fim, aborda as causas da surdez, como ruídos intensos, do
A história e educação dos surdos (renata pontes araújo 201103535 8)Renata Araújo
O documento resume a história e educação dos surdos ao longo dos tempos. Começa descrevendo como diferentes culturas antigas tratavam os surdos, desde adoração até lançá-los ao mar. A primeira escola para surdos foi criada na França no século 18. Ao longo dos séculos, foram desenvolvidas línguas de sinais e métodos de ensino, e atualmente a tecnologia auxilia na inclusão dos surdos.
Este documento descreve a evolução histórica da educação de surdos ao longo dos tempos, desde a antiguidade até à atualidade. Aborda os principais educadores e suas contribuições, assim como as metodologias utilizadas, tendo havido uma transição das abordagens baseadas na língua gestual para métodos oralistas, e posteriormente o desenvolvimento de modelos bilingues.
O documento descreve a história da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) no Brasil, desde sua introdução por Ernest Huet no século XIX até leis recentes que reconhecem a LIBRAS. Aborda o debate entre oralismo e uso da língua gestual na educação de surdos e como o bilinguismo foi adotado como modelo educacional.
Este documento apresenta conceitos importantes sobre a Língua Brasileira de Sinais (Libras), incluindo sua definição, trajetória histórica e alfabeto manual. Discute como as línguas de sinais são sistemas linguísticos complexos e independentes das línguas orais, e traça a evolução do reconhecimento das línguas de sinais, desde a proibição no século 19 até o seu ressurgimento como forma legítima de comunicação.
Este documento discute a identidade surda, cultura e língua de sinais. Primeiro, ele explica os tipos de surdez pré-linguística e pós-linguística e como isso afeta o desenvolvimento. Em seguida, ele descreve a construção da identidade surda através da cultura surda e do uso da língua de sinais. Por fim, conclui enfatizando a importância do reconhecimento da cultura surda e do respeito à sua língua.
O documento discute a história da educação de surdos ao longo dos séculos, desde a Antiguidade até o século 18. Aborda as primeiras tentativas de educar surdos, o desenvolvimento do oralismo e da linguagem de sinais, e o debate entre as abordagens oralista e gestual no século 18.
1. O documento discute a história dos surdos e da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Aborda desde a antiguidade até os dias atuais, passando pela Idade Média e Moderna.
2. Apresenta informações técnicas sobre a LIBRAS, como parâmetros que formam os sinais, convenções gramaticais e a lei que a reconhece oficialmente.
3. Discorre sobre a educação de surdos ao longo da história, modelos educacionais e políticas de inclusão. Abord
Trabalho apresentado em grupo na turma de Letras da UEMA, campus de São João dos Patos-MA.
O presente arquivo retratada pontos específicos da LIBRAS, algumas curiosidades e a importância da professora Lucinda Ferreira Brito para essa língua.
O documento foi produzido por: adri.17s2Jo@gmail.com (Wanessa Adrielli) com ajuda de Ana Katrine e Lailson.
Quem precisar pode entrar em contato com o e-mail acima.
O documento discute a história da educação de surdos através dos tempos, desde a antiguidade até os métodos contemporâneos. Na antiguidade, surdos eram vistos como não humanos e incapazes de aprender. Na idade média, passaram a ser vistos como dignos de caridade. Nos tempos modernos, desenvolveram-se métodos de ensino e foi descoberta a língua de sinais. Atualmente, os principais métodos são o oralismo, o bilinguismo e a comunicação total.
Este documento fornece um resumo de conceitos básicos sobre a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Em 3 frases, cobre: 1) Uma breve história do alfabeto de Libras e sua oficialização como língua no Brasil; 2) Conceitos sobre surdez, comunicação surda e mitos relacionados; 3) Uma síntese dos principais parâmetros que compõem a estrutura de sinais em Libras.
Este documento fornece um resumo de um livro sobre a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Ele discute a origem da LIBRAS no século XIX, sua proibição em 1880 e posterior ressurgimento. Também aborda brevemente a história da educação de surdos, os estereótipos sobre surdos e a lei de 2002 que reconheceu oficialmente a LIBRAS.
Este documento fornece um resumo de conceitos básicos sobre a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Em 3 frases, cobre: 1) Uma breve história do alfabeto de Libras e sua oficialização como língua no Brasil; 2) Conceitos sobre surdez, comunicação surda e mitos relacionados; 3) Uma síntese dos principais parâmetros que compõem a estrutura de sinais em Libras.
Semelhante a Atividade 10 -_leitura_complementar_unidade_iv (20)
1. Conhecendo um pouco da história dos surdos
Silvana Araújo Silva
1
Atualmente tem-se ouvido falar em surdos e em língua de sinais – Libras,
mas, o que realmente sabemos sobre os surdos? Torna-se relevante apresentar
momentos na história desses indivíduos que certamente contribuem para que os
surdos a cada momento conquistem o espaço que lhes é devido.
Na antiguidade, os Gregos viam os surdos como animais, pois para eles o
pensamento se dava mediante a fala. Sem a audição os surdos na época ficavam
fora dos ensinamentos e com isso, não adquiriam o conhecimento.
Os Romanos privavam os surdos de direitos legais, eles não se casavam,
não herdavam os bens da família e diante da religião, a igreja católica considerava
os surdos sem salvação, ou seja, não iriam para o reino de Deus após a morte.
Pode-se dizer que a condição do sujeito surdo era a mais miserável de todas, pois
a sociedade os considerava como imbecis, anormais, incompetentes.
A mudança começou a partir de um religioso surdo chamado Ponce de
León, um monge beneditino, que vivia em uma cidade da Espanha.Seus alunos
eram surdos filhos de nobres que, preocupados com a exclusão de seus filhos
diante da sociedade e da lei, procuravam León para os auxiliar. O monge dedicou-
se a ensinar os surdos a ler, escrever, falar e aprender as doutrinas da fé católica,
como afirma Moura (2000 p.18). “A possibilidade do Surdo falar implicava no seu
reconhecimento como cidadão e conseqüentemente no seu direito de receber a
fortuna e o título da família”.
Partindo desse pressuposto de que o surdo teria que falar para ser
humanizado, outros defensores do mesmo pensamento foram surgindo. Serão
elencados alguns deles com suas contribuições.
Juan Pablo Bonet – soldado do serviço secreto do rei, resolveu educar
surdos. De acordo com a história, Bonet utilizava-se do alfabeto manual para
1
Professora de surdos na rede Estadual de Ensino, intérprete de Libras, professora de Libras na UEL e
membro do Núcleo de Acessibilidade da UEL.
- 2009 -
Londrina – PR
2. ensinar a leitura e a língua de sinais para ensinar a gramática apesar de ser um
defensor da oralidade, não dispensou o auxílio da língua de sinais em seu
trabalho.
Jacob Rodrigues Pereire – educador fluente em língua de sinais, porém
defensor da oralidade.Em suas aulas o objetivo a ser alcançado era o de fazer
surdos falarem, no entanto, usava a língua de sinais, como cita Moura (2000 p.19).
“Os sinais eram utilizados para instruções, explicações lexicais,
conversações com os alunos, até eles terem a capacidade de poder se comunicar
oralmente ou pela escrita [...]”.
Johann Conrad Amman – medico suíço, acreditava que os surdos eram
destituídos das bênçãos de Deus, pois não possuíam a fala.Para ele o uso dos
sinais atrapalhava o desenvolvimento do pensamento e conseqüentemente da
fala.Apesar de posicionar-se contra os sinais, Amman os utilizava como meio para
que os surdos adquirissem a fala.
John Wallis – é considerado na Inglaterra, o fundador do oralismo. Seu
trabalho resumiu-se em um livro sobre educação de surdos e uma história de
desistência de fazer os surdos falarem. Possuiu pouca experiência prática com os
surdos e como os outros, utilizava a língua de sinais.
Thomas Braidwood – seu objetivo em educar os surdos estava em faze-
los falar, pois para ele falar significava ser um sujeito pensante.A história relata
que em suas aulas, os surdos aprendiam a escrever, ler,o significado das palavras
bem como a leitura orofacial e pronuncia das palavras.Com o seu suposto
sucesso, Braidwood viu que o trabalho com os surdos trazia-lhe benefícios
financeiros e começou a comercializar o seu método.Aqueles que desejavam
utilizar seus métodos assumiam o compromisso de pagar metade de seus ganhos
ao criador e manter em absoluto segredo os passos para se trabalhar com os
surdos.Moura (2000, p.22) faz uma observação relevante.
“Podemos perceber, nas histórias
acima apresentadas, que o oralismo tinha
como argumento aparente a necessidade de
humanização do Surdo, mas que, na verdade,
escondia outras necessidades particulares de
3. seus defensores,que visavam o lucro e o
prestigio social”.
Como seus antecessores, Braidwood e sua família perceberam que o
fracasso de seu método estava exatamente na não utilização da língua de sinais.
Infelizmente, a tentativa de “curar” os surdos ainda estava em discussão,
apesar dos resultados negativos. Oliver Sacks, em seu livro Vendo Vozes (1998,
p. 38), relata a situação da época e deixa transparecer uma certa fragilidade no
discurso dos defensores da oralidade.
“Havia, de fato, verdadeiros dilemas, como
sempre houvera, e eles existem até hoje. De
que valia, indagar-se, o uso de sinais sem a
fala? Isso não restringiria os surdos, na vida
cotidiana, ao relacionamento com outros
surdos? Não se deveria, em vez disso,
ensina-los a falar (e ler os lábios), permitindo
a eles, plena integração com a população em
geral? A comunicação por sinais não deveria
ser proibida, para não interferir na fala?”.
Observa-se que havia uma certa resistência em aceitar o fracasso, mas ao
mesmo tempo a visão da surdez como doença ainda persistia. Com isso, o falar
oralmente continuava sendo o objetivo maior na educação dos surdos.
A história dos surdos começou a caminhar por outra direção, graças as
discussões que giravam em torno da condição semi humana dos surdos. Alguns
filósofos da época como Sócrates, pensava que os símbolos tinham que ser
falados, já o Sócrates possuía o seguinte pensamento.
“Se não tivéssemos voz nem língua e ainda
assim quiséssemos expressar coisas uns aos
outros, não deveríamos, como aqueles que
ora são mudos, esforçar-nos para transmitir o
que desejássemos dizer com as mãos, a
cabeça e outras partes do corpo?”.
Apesar da ignorância que muitos possuíam sobre a surdez e o indivíduo
surdo, o filósofo teve uma compreensão da realidade surda que poucos tiveram
até aquele momento.
O médico e filósofo Cardano no século XVI percebeu de forma clara que os
surdos poderiam ter acesso a língua falada de outras formas, ou seja, sem a
4. necessidade de usar o canal oral , como será constatado no seguinte trecho de
sua fala, citado por Sacks (1998, p.29)
“É possível dar a um surdo – mudo condições
de ouvir pela leitura e de falar pela escrita [...],
pois assim como diferentes sons são usados
convencionalmente para significar coisas
diferentes, também podem ter essa função as
diversas figuras de objetos e palavras. [...]
Caracteres escritos e idéias podem ser
conectados sem a intervenção de sons
verdadeiros.”
As discussões sobre os surdos geraram uma inquietação no coração de
um religioso francês – Charles Michel de L´Epée. Em 1760 L´Epée, por motivos
religiosos, aproximou-se dos surdos para aprender a língua de sinais francesa,
pois como os surdos não ouviam e não falavam como os demais, estavam
condenados diante da fé católica.Os surdos não tinham acesso aos ensinamentos
do catolicismo e tão pouco os praticava, sem contar que não tinham direito a
confissão de pecados. L´Epée aprendeu os sinais e iniciou a educação de surdos
na França, ensinando além da religião, conhecimentos a nível escolar. Este fato
pode ser constatado com a seguinte passagem “[...] E então, associando sinais a
figuras e palavras escritas, o abade ensinou-os a ler; e com isso, de um golpe,
deu-lhes o acesso aos conhecimentos e à cultura do mundo”. Sacks (1998, p.30)
Outro fator importante que justifica seu sucesso com a educação de surdos
foi algo que pode ser considerado inovador para a época, ele possuía em sua sala
a presença de um intérprete de língua de sinais, auxiliando no processo de ensino
aprendizagem, Sacks explica de forma resumida a trajetória do abade como
professor de surdos.
“O sistema metódico de L´Epée – uma
combinação da língua de sinais nativa com
gramática francesa traduzida em sinais –
permitia aos alunos surdos escrever o que
era dito por meio de um intérprete que se
comunicava por sinais, um método tão bem
sucedido que, pela primeira vez, permitiu que
5. alunos surdos comuns lessem e escrevessem
em francês e, assim, adquirissem educação”.
Os surdos viviam um momento especial em suas vidas, pois
experimentavam o sabor de “falar” a sua própria língua, ser entendido, refletir e
opinar sobre diferentes assuntos, como pode-se comprovar através do relato de
Pierre Desloges – surdo que veio conhecer e utilizar a língua de sinais na idade
adulta.
“No início de minha enfermidade, e enquanto
vivi separado de outras pessoas surdas [...]
não tive conhecimento da língua de sinais. Eu
usava apenas sinais esparsos, isolados e não
relacionados. Desconhecia a arte de
combina-los para formar imagens distintas
com as quais podemos representar várias
idéias, transmiti-las a nossos iguais e
conversar em discurso lógico”. Sacks (1998 p.
31).
A experiência de Desloges foi realmente importante para se reconhecer a
língua de sinais como uma língua natural dos surdos e o caminho para o
conhecimento. Como a língua de sinais para os surdos é uma língua natural,
independente do tempo que esse surdo demorar em ter contato com a língua de
sinais, ele não terá dificuldades em aprende-la como teria com a língua oral.
Sacks ao observar o relato de Desloges sobre seu período de total
ignorância por ser um indivíduo surdo, faz uma reflexão sobre a situação de
surdez sem uma língua.
“Foi o que afirmei anteriormente que a surdez
pré-lingüística é potencialmente muito mais
devastadora do que a cegueira. Pois, ela
pode predispor a pessoa, a menos que isso
seja prevenido, à condição de ficar
praticamente sem língua – e de ser incapaz
de”proposicionar” - o que forçosamente se
compara à afasia, um mal no qual o próprio
raciocínio pode tornar-se incoerente e
paralisado. Os surdos sem língua podem de
fato ser como imbecis – e de um modo
particularmente cruel, pois a inteligência,
embora presente e talvez abundante, fica
trancada pelo tempo que durar a ausência de
uma língua.” ( 1998, p. 32-33).
6. Observa-se que as dificuldades que os surdos possuíam não estavam de certa
forma associadas ao retardo mental, mas sim a falta de conhecimento de uma língua que
o levasse a pensar.
Faz-se relevante a explicação com relação a surdez associada a outras doenças,
pois o surdo nem sempre será apenas surdo. Em algumas situações, o surdo pode nascer
surdo-cego, surdo com problemas mentais, surdo com problemas psíquicos, surdo com
paralisia cerebral, entre outras. Essas situações podem ocorrer por dificuldades na hora
do parto, doenças durante a gravidez e por fatores genéticos.
A situação de calamidade que envolvia os surdos era apenas lingüística,
após o conhecimento da língua de sinais esta situação mudou, pois os surdos
começaram a partir daí uma “nova vida”, com identidade e cultura própria. Eles
passaram a acreditar mais em si, a reconhecer suas limitações e a buscar a
superação desses limites.
Foi no auge da língua de sinais que houve um grande número de
professores surdos nas escolas e consequentemente, mais escolas para surdos
foram surgindo. Moura (2000), torna-se objetiva ao se referir a vida de um surdo
que faz uso da língua de sinais para se comunicar:
“Apenas quando o Surdo pode se ver e ser
visto, encarnar e ser encarnado como um
sujeito com capacidades e habilidades,
possibilidades de ser e vir a ser é que ele
poderá ter o seu papel de ser social
totalmente desempenhado na sociedade”.(p.
60)
Infelizmente os surdos não foram tão bem aceitos como esperavam, pois a
sociedade mesmo vendo a capacidade dos surdos, demoraram a aceitar a
utilização da língua de sinais, os surdos uniram-se cada vez mais em prol de uma
comunidade, de uma cultura e de uma língua.
Em 1789, L´Epée morre e a França passa por um período difícil e de
mudanças significativas que de certo modo atingiria os surdos. Abbé Sicard é o
novo sucessor do abade morto e assume brilhantemente o seu cargo. Ele
escreveu dois livros, um sobre gramática e o outro apresentando métodos de
como educar os surdos. Como L`Epée, Sicard fez a escola crescer e isto
despertou a inveja se assim pode-se dizer dos defensores do oralismo.
7. A morte de Sicard em 1822 daria o direito natural a sucessão ao famoso
professor surdo Jean Massieu. Infelizmente por motivos de força maior, Baron
Joseph Marie de Gérando, diretor administrativo do Instituto, nomeou Jean Marc
Itard. Juntos tornaram-se terríveis opositores da língua de sinais.
Joseph Marie de Gérando, diretor administrativo do Instituto, nomeou Jean
Marc Itard, juntos tornaram-se terríveis opositores da língua de sinais. Itard não
possuía nenhuma formação para educar surdos, na verdade ele era médico
cirurgião. Seu interesse iniciou com o atendimento de um surdo dentro do Instituto
Nacional de Surdos – mudos e tornou-se médico residente lá. Como médico que
era, empenhou-se em descobrir as causas da surdez. Suas experiências dão
margem a diferentes tipos de interpretações, uma delas poderia ser vista como um
ato desumano e cruel. A outra seria tomar o lugar de Deus, tentando realizar o
impossível. Moura (2000,p.).
“[...] Para realizar seus estudos, ele dissecou
cadáveres de Surdos e tentou vários
procedimentos: aplicar cargas elétricas nos
ouvidos de Surdos, usar sanguessugas para
provocar sangramentos, furar as membranas
timpânicas de alunos (sendo que um deles
morreu por este motivo). Fez várias
experiências e publicou vários artigos sobre
uma técnica especial para colocar cateteres no
ouvido de pessoas com problemas auditivos,
tornando -se famoso e dando nome à Sonda
de Itard”.
Todas as tentativas eram valorizadas com relação a cura dos surdos. Não
importavam os caminhos, pois para a sociedade a surdez era uma doença que
necessitava ser curada a qualquer preço.
Itard empenhou-se em treinar os surdos para a fala, pois de acordo com
Moura (2000 p.27).
“A única esperança para se” salvar “o Surdo
seria através do desenvolvimento da fala, que
o transformaria, e isto só poderia ser feito
através de treinamento articulatório e da
restauração da audição, pois, se a audição
fosse restaurada, a fala também o seria”.
8. Havia um grande equívoco, que mais tarde seria reconhecido, o surdo não
precisaria falar pelo meio oral para se tornar um ser pensante ou um cidadão. A
língua de sinais lhe dava as mesmas condições que uma língua falada dá aos
seus usuários ouvintes. Como se pode confirmar através do brilhante e
emocionante relato de Sacks (1989 p.32).
“[...] Os surdos sem língua podem de fato ser
como imbecis – e de um modo particularmente
cruel, pois a inteligência, embora presente e
talvez abundante, fica trancada pelo tempo
que durar a ausência de uma língua. Assim, o
abade Sicard está correto, além de ser
poético, quando escreve que a introdução da
língua de sinais ' abre as portas da [...]
inteligência pela primeira vez”.
“A língua [de sinais] que usamos entre nós,
sendo uma imagem fiel do objeto expresso, é
singularmente apropriada para tornar nossas
idéias acuradas e para ampliar nossa
compreensão, obrigando-nos a adquirir o
hábito da observação e análise constantes.
Essa língua é vívida; retrata sentimentos e
desenvolve a imaginação. Nenhuma outra
língua é mais adequada para transmitir
emoções fortes e intensas”.
Pode surgir a questão de que esse relato carrega a visão de um
ouvinte, defensor da língua de sinais, com isso seu discurso talvez não tenha tanto
“peso”. Neste caso, será exposto um trecho no qual Sacks (1989, p.33), coloca a
fala de Pierre Desloges, um surdo que conheceu a língua de sinais após adulto.
“A língua [de sinais] que usamos entre nós,
sendo uma imagem fiel do objeto expresso, é
singularmente apropriada para tornar nossas
idéias acuradas e para ampliar nossa
compreensão, obrigando-nos a adquirir o
hábito da observação e análise constantes.
Essa língua é vívida; retrata sentimentos e
desenvolve a imaginação. Nenhuma outra
9. língua é mais adequada para transmitir
emoções fortes e intensas”.
Apesar de seu fracasso com a oralidade Itard tentou se “safar” de uma
possível culpa e Moura (2000, p.27) apresentam razões que comprovam esse
fato.
“Ele passou então a treinar a fala diretamente.
Isto fez com que os alunos falassem, mas logo
ele descobriu que eles não o faziam de
maneira natural e fluente. Desde que a sua
proposta era a transformação do Surdo em
ouvinte, a ausência da fala fluente não serviu
ao seu propósito e ele então culpou a Língua
de Sinais usada na escola pela falha de
desenvolvimento da capacidade de fala dos
Surdos”.
Segundo a história, Itard após dezesseis anos de tentativas e experiências
frustradas de oralização, reconheceu que o Surdo só pode ser educado através da
língua de sinais.
O reconhecimento de Itard não foi em vão e muito menos sem uma
comprovação de sua parte. Sacks (1998, p.67) apresenta em seu livro – Vendo
Vozes, um trecho da carta escrita por uma intérprete de língua de sinais, Susan
Schaller, em que ela coloca a situação antes e atual do surdo que ela
acompanhava.
“Atualmente [escreveu Schaller] estou
escrevendo um relato sobre a bem – sucedida
aquisição da primeira língua num surdo de 27
anos com surdez pré – lingüística. Ele nasceu
surdo e nunca tinha sido exposto a nenhuma
língua, inclusive a língua de sinais. Meu aluno,
que jamais se comunicara com outro ser
humano durante 27 anos ( exceto por
expressões concretas e funcionais via
mímica), espantosamente sobreviveu à sua
vida de “confinamento solitário”sem a
desintegração de sua personalidade”.
Pode-se observar neste relato que um indivíduo surdo em idade adulta, ao
ter contato com a língua de sinais, a adquiriu com naturalidade, comprovando o
que Itard demorou em reconhecer.
10. “Por que a pessoa surda sem instrução é
isolada na natureza e incapaz de comunicar-
se com os outros homens? Por que ela está
reduzida a esse estado de imbecilidade?
Será que sua constituição biológica difere da
nossa? Será que ela não possui tudo de que
precisa para ter sensações, adquirir idéias e
combiná-las para fazer tudo o que fazemos?
Será que não recebe impressões sensoriais
dos objetos como nós recebemos? Não
serão essas, como ocorre conosco, a causa
das sensações da mente e das idéias que a
mente adquire? Por que então a pessoa
surda permanece estúpida enquanto nos
tornamos inteligentes?
Sacks “(1998, p.28)”.
Pierre Desloges em 1779 foi o primeiro surdo a ter seu livro publicado,
contando sua experiência como um surdo sem-língua, vivendo em uma sociedade
preconceituosa e equivocada. No trecho a seguir, citado por Sacks(1998),
observa-se a emoção do surdo ao se referir a língua de sinais que o tirou da
ignorância aparente em que vivia:
“A língua [de sinais] (grifo do autor) que
usamos entre nós, sendo uma imagem fiel do
objeto expresso, é singularmente apropriada
para tornar nossas idéias acuradas e para
ampliar nossa compreensão, obrigando-nos
a adquirir o hábito da observação e análise
constantes. Essa língua é vívida; retrata
sentimentos e desenvolve a imaginação.
Nenhuma outra língua é mais adequada para
transmitir emoções fortes e intensas”.(p.33).
Quantos anos os surdos viveram de imagens das quais não possuíam idéia
do que realmente eram ou do que se tratavam por não possuírem uma língua. A
língua de sinais permitiu aos surdos o uso de suas capacidades intelectuais e
emocionais.
11. Em 1789, ano da morte do abade de L'Epée, haviam criado cerca de vinte
e uma escolas para surdos na França e Europa.
possível, com isso, iniciou uma série de experiências médicas para tentar
descobrir causas visíveis da surdez. Moura (2000) descreve os tipos de
experiências realizadas pelo médico:
“Para realizar seus estudos, ele dissecou
cadáveres de surdos e tentou vários
procedimentos: aplicar cargas elétricas nos
ouvidos de surdos, usar sanguessugas para
provocar sangramentos, furar as membranas
timpânicas de alunos ( sendo que um deles
morreu por este motivo) .( grifo do autor)[...]
Ele também fraturou o crânio de alguns
alunos e infeccionou pontos atrás das
orelhas deles.”(p.25)
As tentativas de restaurar a audição dos surdos foram fracassadas, então,
começou um treinamento auditivo com o intuito de fazer com que os surdos
falassem.Os resultados foram negativos e fizeram com que Itard mais uma vez
mudasse a sua estratégia, passando a treinar a fala, porém, sem resultados
eficazes.Os surdos não possuíam nenhuma fluência como os ouvintes e,
consequentemente associou-se este fracasso a língua de sinais,caso ela não
existisse, os surdos não teriam outra forma de comunicação e seriam forçados a
utilizar a língua oral. Este pensamento ainda permeia algumas mentes nos dias
atuais, mentes de familiares de surdos e até de professores de surdos.
Itard após muitos anos de tentativas rende-se a um fato incontestável, os
surdos precisam da língua de sinais para o seu aprendizado, como afirma Moura
(2000).
“O próprio Itard, após dezesseis anos de
tentativas e experiências frustradas de oralização
e remediação da surdez, sem conseguir atingir
os objetivos desejados, rendeu-se ao fato de que
o surdo só pode ser educado através da Língua
de Sinais. Ele continuaria defendendo a tese de
que alguns poucos poderiam se beneficiar do
treinamento de fala, mas mesmo para estes ele
passou a considerar que a única forma possível
de comunicação e de ensino deveria ser a
Língua de Sinais”.(p.27)
12. Apesar deste reconhecimento, outro poderoso defensor do oralismo se
levanta, Alexander Grahan Bell, homem de autoridade e prestígio por ser um
gênio tecnológico, votou a favor da oralidade no Congresso Internacional de
Educadores de Surdos, em 1880 em Milão.
Vale apena ressaltar que neste Congresso, os professores surdos foram
excluídos da votação, suas opiniões não eram de grande valia e sim, as opiniões
dos ouvintes.
Sacks (1998), cita a situação do momento após a abolição oficial da Língua
de Sinais, que deixa claro o momento de caos que se instala:
“Os alunos surdos foram proibidos de usar sua
própria língua” natural “(grifo do autor) e, dali
por diante, forçados a aprender, o melhor que
pudessem, a (para eles) (grifo do autor)”
artificial “língua falada. E talvez isso seja
condizente com o espírito da época, seu
arrogante senso da ciência como poder, de
comandar a natureza e nunca se dobrar a
ela”.(p.40)
O oralismo foi uma proposta que não trouxe nenhum benefício para os surdos
profundos, pois nem todos os surdos foram bem-sucedidos com a leitura labial e
muitos emitiam sons incompreensíveis aos ouvintes.Com isso, os surdos se
sentiam incapazes e doentes por não conseguirem ser como os ouvintes. De
acordo com Bell, os surdos eram doentes e para serem curados deveriam negar a
sua própria surdez e passar a agir como ouvintes. Pode-se dizer que este
momento na vida dos surdos foi de grande agonia, pois teriam que viver uma vida
que não condizia com a sua natureza e ter que adotar posturas as quais não
faziam parte da sua realidade surda.
Quadros (1997), define em poucas palavras o que o oralismo fez com os
surdos além de desconsiderar a sua língua, ela “simplesmente desconsidera
essas questões relacionadas à cultura e sociedade surda”.(p.23)
A proposta oralista a cada momento se fortalecia, pois surgiam fortes
defensores como Ferreri, líder dos educadores de surdos na Itália, que via na
13. língua de sinais algo rudimentar, constrangedor e primitivo, como Moura (2000)
relata que “para ele a língua de sinais era uma mímica violenta e espasmódica”.
Esse tipo de preconceito com relação a língua de sinais se espalhou por
muitos países que adotaram essa concepção de Ferreri. Os surdos ao usarem a
língua de sinais em sala ou dentro do limite escolar eram repreendidos com a
seguinte fala: _ Pare! Você é igual a um macaco? Os surdos sem direito de
defesa, aceitavam aquela condição repressora, humilhante, sem respeito ao
direito humano de usar a sua própria língua. Os familiares também viam a língua
de sinais como algo feio, vergonhoso, inconcebível para um ser humano normal.
A proibição trouxe resultados negativos para a comunidade dos
surdos, pois muitos com dificuldades na oralidade, deixaram de adquirir
conhecimentos, de se comunicar em sala de aula e expor sua opinião.Os
professores eram defensores da oralidade e em suas aulas davam enfoque ao
falar palavras e expressões, do que trabalhar os conteúdos, pois o importante não
era adquirir conhecimento e sim, a fala.
Enquanto crianças ouvintes em escolas comuns aprendiam conteúdos
relacionados a idade e série em que estavam, os surdos tinham seus preciosos
horários gastos em exercícios que auxiliassem a oralidade. Se havia alguma
pretensão em igualar os surdos com os ouvintes, essa situação não estava
contribuindo.
Ao percorrer um pouco da história dos surdos, pode-se observar um trajeto
cheio de imposições, de experimentos sem sucesso e muito preconceito. Os
surdos como eram vistos realmente não teriam muitas chances nesta sociedade
oralista e denominada superior diante de uma língua espaço visual mas, alguém
começou a enxergar diferente e hoje os surdos podem utilizar a sua língua sem
medo e sem a vergonha que antes pesava sobre os seus ombros. Para que os
surdos vivam em igualdade com os ouvintes, primeiramente eles precisam ser
aceitos como são – surdos que utilizam uma língua diferente, porém rica e
expressiva como qualquer outra língua.
Com a utilização de sua língua natural, a língua de sinais, os surdos
conseguiram mostrar que é capaz de pensar, aprender, interagir com o seu meio,
14. exercer a sua cidadania, porém, ainda falta uma parcela da comunidade ouvinte
que necessita mudar o seu olhar com relação ao ser surdo. O preconceito em
grande parte é fruto da ignorância, ou seja, o desconhecimento gera crenças
errôneas, mitos, desconforto e até uma certa repulsa.
Nota-se que as tentativas de fazer o surdo se tornar ouvinte não foram
poucas, felizmente os resultados mostraram que as tentativas deveriam caminhar
para a aceitação da condição do surdo e de sua língua, que difere de uma língua
oral sim, mas tão rica e tão expressiva quanto. Sem dúvida os surdos não poderão
ser tratados iguais aos ouvintes em alguns aspectos, principalmente no aspecto
da língua, pois isto levaria ao mesmo erro do passado, mas pode-se buscar meios
aos quais o surdo possa sentir-se capaz em todos os sentidos e respeitado.