Um ano de posse: Obama frente al desgaste de su gobierno
Crise econômica internacional: os limites da transformação da dívida privada em pública
1. Crise econômica internacional
Cris
DOSSIÊ
e econômica
internacional: começou
o segundo capítulo?
Paula Bach para o quarto trimestre de 009, com o desemprego que
se mantém em cerca de 10%, e uma profunda crise fiscal
Três elementos fundamentais se combinaram no e da dívida, que empurram para baixo a popularidade de
cenário econômico mundial. A situação econômica Obama além dos recentes reveses do Partido Democrata,
e financeira vivida por três países da zona do euro exemplo disso foi a perda de cadeira parlamentar
– Grécia, Portugal e Espanha – e, mais em geral, os em Massachusetts, que foi ocupada pelo democrata
chamados, depreciativamente, PIGS (Portugal, Irlanda, Edward Kennedy até sua morte. Esses três elementos
Grécia e Espanha) devido à situação crítica das suas expressam os limites da forma como o capitalismo
economias, seus imensos déficits orçamentários e dívidas impediu que a Grande Recessão fosse transformada em
públicas. Esta situação além do fato de que poderia se depressão, manifestando-se mais ou menos mediada na
tornar uma séria ameaça para a continuidade da moeda crise orçamentária e na dívida pública. Estes elementos
comum européia (euro), apresenta interessantes pontos podem sinalizar a abertura de uma nova rodada de crise
de contato com a crise da conversibilidade na Argentina econômica global.
em 001, que terminou com a queda do presidente De
la Rua. Da mesma forma que, na Argentina, de antes, na Impacto da transformação da dívida privada em
Grécia e na Espanha de hoje são anunciados e já estão dívida pública
sendo implementados planos de duros planos de ajustes Após a quebra do Lehman Brothers no final de
fiscais, reformas trabalhistas, cortes de conquistas e 008 e do estouro da bolha imobiliária que abriu a mais
achatamentos salariais. A Grécia antecipa as primeiras profunda recessão econômica mundial desde a crise dos
respostas dos trabalhadores e do movimento de massas anos 0, os Estados capitalistas evitaram a depressão ao
e na Espanha há uma tensa situação política, com o custo da conversão de dívida privada em dívida pública.
governo de Zapatero caindo aos seus níveis mais baixos Tanto nos EUA como nos países que constituem a União
de popularidade. Este processo aparece combinado com Européia e no Japão, os maiores bancos de investimento,
a crise no relacionamento entre a China e os EUA que seguradoras e bancos comerciais (e também empresas
teve origem na recusa da China de valorizar o iuan, como a General Motors) evitaram a falência através da
um problema que obstaculiza as intenções dos EUA ajuda do Estado.
de aumentarem a sua competitividade internacional e Pacotes de estímulo fiscal e taxas de juros
reduzir as importações. historicamente baixas foram os principais mecanismos
A resposta dos EUA é ofensiva, com a ameaça da para reanimar a demanda e o crédito. Evitando uma
Google de se retirar da China, a venda de armas para limpeza de capitais na magnitude que a crise exigia,
Taiwan e o encontro de Obama com o Dalai Lama contra conseguiram conter o aprofundamento da depressão, mas
a vontade do governo em Pequim. A economia dos EUA apenas deslocaram o problema de lugar, não conseguindo
combina um crescimento anualizado de 5,7% do PIB resolvê-lo em seus fundamentos. E, de fato, parte da
crise foi transferida do setor privado para o setor público,
ou seja, o Estado. Os déficits fiscais e a elevada dívida
1 Economista argentina, coordena seminários sobre O Capital no pública tornaram-se agora o setor mais vulnerável da
Instituto del Pensamiento Socialista Karl Marx em Buenos Aires. economia. O mercado de dívida pública sob a forma de
Iniciais dos primeiros três países, Grécia, Portugal e Espanha, mais ações, títulos e outros instrumentos financeiros funciona
a Irlanda, e que em inglês significa porcos. de forma semelhante a qualquer outro mercado de capitais
Ilha que fazia parte da China e virou refúgio das forças de e uma vez que os ataques especulativos são direcionados
contrarrevolução de Chiang Kai-Shek em 199. para pontos críticos no sistema, pode-se dizer que “(...)
Líder espiritual do budismo tibetano e atual líder do governo os problemas nos mercados de dívida pública estão
tibetano no exílio. começando a se parecer perigosamente com ataques
2. Contra a Corrente
especulativos contra o setor financeiro de um ano e meio União Européia. Para tomar alguns exemplos relevantes,
atrás” (El País, /0/10). nos Estados Unidos o déficit fiscal beira os 11% do PIB,
A intervenção dos Estados para conter o curso 8% na França, 11,6% na Grã-Bretanha e cerca de 10%
da crise gerou, assim, um resultado de duas faces: a no Japão. A dívida pública representa aproximadamente
quebradeira dos negócios privados é contida às custas 85% do PIB nos Estados Unidos, 76% na França, 60% na
de absorver a crise e incentivar a geração de uma nova Grã-Bretanha e mais de 100% no Japão.
bolha de dívida pública. O problema está em que, por O problema dos déficits fiscais e do endividamento
um lado, a dívida pública constitui, como dizia Marx, o público em si mesmo não é um problema exclusivo dos
mais fictício de todos os capitais fictícios, já que carece “PIGS”, nem sequer é especificamente um problema da
de qualquer tipo de contrapartida real. Por outro lado, no eurozona. A particularidade da zona do euro é que ao
primeiro ato o Estado agiu como avalista dos negócios ser vinculado à moeda européia há o impedimento para
capitalistas; num segundo ato, se os Estados passam a ser recorrer a mecanismos tais como a manipulação das
o alvo, quem vai resgatá-los? taxas de juros, que são definidas pelo BCE (atualmente
sob direção alemã), ou decretar desvalorizações5. A
Europa: uma casa de loucos corda quebra sempre no lado mais fraco... É por isso
As primeiras consequências financeiras dos elevados que o ataque especulativo (que com uma fúria particular
endividamentos estatais e de sua duvidosa capacidade de foi estimulado por jornais como Financial Times e The
pagamento foram sentidas no pequeno emirado árabe Wall Street Journal, conselheiros do capital especulativo
de Dubai. Mais tarde a situação começou a ameaçar internacional) se concentrou nos países mais débeis, que
seriamente o símbolo mais importante da unidade para permanecer na zona do euro teriam que implementar
européia: o euro. Primeiro foi a Grécia. Agora se expande fortes ajustes fiscais para reduzir os déficits e a dívida, e
à tríade Grécia, Portugal e Espanha. Porém, sobretudo aumentar a competitividade externa de suas economias
a Espanha, onde a bolsa de valores sofreu em dois dias através de reduções salariais e cortes de conquistas
uma queda de mais de 7%, situação que o diretor-geral operárias, tal como já foi anunciado pelo presidente da
do FMI Dominique Strauss-Kahn comparou com “o que Espanha, o “socialista” Rodríguez Zapatero, e o ainda
se passou nos Estados Unidos”. Como foi assinalado pelo mais “socialista” primeiro-ministro da Grécia, Giorgios
economista e editorialista do Financial Times, Nouriel Papandreu.
Roubini, “se a Grécia é um problema para a eurozona, a Os limites das políticas de saída da crise se
Espanha poderia ser um desastre porque se trata da quarta expressam, assim, com todo seu potencial, nos países
economia da região” (La Nación, 5/0/10). A economia mais pobres da zona do euro, nos quais o antídoto contra a
espanhola caiu “(...) a uma velocidade vertiginosa depois depressão econômica, o endividamento estatal, não pode
de o país haver entrado em recessão em 008. Seus continuar ocorrendo se desejam manter-se no marco da
déficits públicos saltaram de um excedente de ,% do moeda européia. Os países mais ricos, como a Alemanha
PIB em 007 para um déficit de 11,% em 009. A dívida e a França, procurarão manter o euro à custa da exigência
pública espanhola evoluiu de 6,% em 007 a 55,% de planos neoliberais para os países mais pobres, dando
em 009 e deverá chegar a 7% em 01”. (La Nación, continuidade às políticas de “keynesianismo financeiro”
5/0/10). O desemprego na Espanha ronda os 0% e é de nos países ricos.
longe o maior da eurozona. No fechamento desta edição se soube que os
A Espanha junto com a Grécia, Portugal e Itália e, por governos da eurozona haviam decidido ajudar à Grécia,
fora da zona do euro, a Grã Bretanha, são os países da União o que abre a possibilidade de que em troca do plano de
Européia cujas economias foram mais comprometidas ajuste anunciado pelo governo seja preparado algum
no processo de especulação imobiliária. Por esse motivo tipo de salvamento que suavizaria momentaneamente as
estão entre as mais diretamente afetadas pela crise pressões no mercado de títulos. Entretanto, estas políticas,
iniciada em 008 no coração dos Estados Unidos. Além obscenas como são, terão que se deparar (a Grécia é uma
da Espanha, a Grécia tem um déficit público que alcança antecipação) com a raiva e resistência mais aguda dos
1,7% do PIB, sua dívida pública está em torno de 110% trabalhadores e dos setores populares, pois já não se
do PIB, e em Portugal o déficit fiscal chega a 8% do PIB trataria, ao menos nestes países, de conter a crise mas de
e a dívida pública ao redor de 80%. No entanto, a idéia descarregá-la com os métodos mais tradicionais sobre as
de que o problema do endividamento afeta somente os massas. Tanto o aprofundamento da crise financeira como
“PIGS” é, como assinala o economista marxista francês o desenvolvimento da resistência do movimento operário,
Isaac Joshua, uma ilusão. Como acaba de reconhecer no curto ou no médio prazo, poderiam gerar um contágio
o presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude
Trichet, os dezesseis países que integram a zona do euro 5 Para um estudo mais profundo dos antecedentes da atual crise da
possuem em média um déficit fiscal de cerca de 6% do União Europeia e do euro, ver Europa frente a la crisis capitalista
PIB, um valor que está muito acima dos % exigidos pela mundial, de Juan Chingo, traduzido para o espanhol da revista
Stratégie Internacionale, 009. Disponível em www.ft-ci.org.
3. Crise econômica internacional: começou o segundo capítulo?
para a Irlanda e países cada vez mais centrais como a sobre a capacidade de pagamento podem resultar numa
Itália, questionando diretamente a existência do euro ou fonte permanente de instabilidade na economia norte-
a manutenção de muitos países na eurozona. Inclusive americana e mundial.
poderia acabar afetando a própria Grã-Bretanha, que É por isso que a outra face do anúncio do crescimento
está fora da zona do euro mas dentro da União Européia, apareceu como uma profunda crise orçamentária, quase
possui grandes desequilíbrios em sua economia e cuja ao mesmo tempo em que se anunciava o índice, e levou a
moeda, a libra esterlina, está em estado de reserva. A uma série de compromissos pouco confiáveis de redução
atual crise européia recoloca em cena o velho-novo do déficit fiscal como resultado das pressões republicanas.
problema de que a Europa não é nem pode ser um “supra- Inclusive, no último momento e como expressão da
estado”. Nos anos 0 o economista inglês John Maynard debilidade extrema das finanças norte-americanas, o
Keynes qualificou o continente europeu como uma “casa presidente da Reserva Federal, Ben Bernanke, anunciou
de loucos”. A impossibilidade da unidade capitalista que procederia à diminuição da base monetária como
européia (e o papel do euro) representa um problema um primeiro passo para suprimir posteriormente as
agudo que, ainda que não esteja ocorrendo pela primeira medidas de estímulo ao que, aparentemente, deveria se
vez na história, mas hoje volta a manifestar-se em toda seguir um aumento das taxas de juros. Esta medida de
sua dimensão. duvidosa aplicação imediata, dada a vulnerabilidade da
economia norte-americana, buscaria elevar a atração de
O crescimento dos EUA e o aumento das tensões capitais mediante um maior rendimento aos títulos do
com a China Tesouro, acelerando a quebra dos países mais débeis. Não
Há poucos dias foram divulgados dados de obstante, esse procedimento, no contexto de uma situação
crescimento dos EUA no último trimestre de 009, extremamente crítica, arriscaria impulsionar novamente
com uma cifra positiva de 5,7% do PIB anualizado. uma tendência recessiva à já abalada economia norte-
Este crescimento aparentemente impressionante, que americana. No momento, não apenas a recuperação tem
certamente foi o maior desde o início da crise no final de uma débil base estrutural, apoiada como está nos planos
008, se explica principalmente pela recomposição dos de estímulo estatal e dinheiro barato, como além disso
inventários das empresas e os pacotes governamentais de demonstra sua debilidade na incapacidade de gerar
estímulo ao consumo. A recomposição dos inventários recuperação do emprego. A taxa de desemprego é de
se associou ao fato de que durante a pior fase da crise cerca de 10% e representa um dos problemas mais graves
as empresas praticamente liquidaram seus estoques, o enfrentados pelo Estado. Os índices de recuperação da
que constituiu um fator excepcional que não pode ser economia não afetam a taxa de desemprego, que mal
considerado como elemento de crescimento estrutural conseguiu deter o ritmo de sua elevação. Este problema
da economia. Como consequencia do freio na queda da está na base da queda de popularidade de Obama e do
economia que já dura dois trimestres, os estoques cairam debilitamento do Partido Democrata.
numa velocidade muito menor do que antes. Segundo a O caráter pouco genuino da recuperação da economia
agência EFE “os inventários empresariais se reduziram norte-americana e, com ele, o elevado desemprego, são
em ,5 bilhões de dólares no quarto trimestre, depois os elementos que determinam que os Estados Unidos
de cair 19, bilhões entre julho e setembro” (/0). tenham apostado em uma política de dólar baixo que
De acordo com a mesma agência “no total, 60% do implica uma atitude internacional mais ofensiva com
crescimento do último trimestre obedeceu a essa queda o intuito de aumentar a competitividade e reduzir as
acentuada na redução de inventários, demonstrando importações.
que as empresas voltaram a reabastecer seus estoques É nesse contexto que ganha relevância sua relação
esgotados pela recessão”. Eliminando-se esses 60%, o com a China. As próprias contradições da recuperação
crescimento no quarto trimestre representaria cerca de negam a possibilidade de que se restabeleça o equilíbrio
,% (sempre em termos anualizados), ou seja, seria relativo entre China e Estados Unidos que vigorou durante
menor que o crescimento de ,% do terceiro trimestre os últimos anos, e determinam uma política internacional
e estaria em consonância com a esperada recuperação mais agressiva por parte dos Estados Unidos. Eles
fraca da economia dos EUA. Recuperação que, por outro precisam que a China valorize o yuan6, pretendendo
lado, esteve apoiada nas muletas dos planos de estímulo diminuir as importações mas também para captar uma
fiscal e juros baixos.
Da mesma forma que com relação aos “PIGS”,
os déficits e o endividamento estatal desempenham 6 Esta definição pressupõe que a maior competitividade da China
está associada apenas a uma política monetária, quando na realidade
um papel central em recuperar a economia dos EUA, é só um elemento. A chave da maior competitividade da China
que está acumulando o maior déficit desde a Segunda está em seus paupérrimos salários, questão que os Estados Unidos
Guerra Mundial e tem a maior dívida pública do mundo, jamais mencionarão porque é muito benéfica para suas próprias
equivalente a mais de 1 trilhões de dólares. As dúvidas multinacionais no processo de deslocalização de investimentos para a
China que se operou durante os últimos anos.
4. Contra a Corrente
importante parcela de seu mercado interno. Estes são os que muito provavelmente aumentará as contradições no
elementos por trás da mudança na política “amigável” interior dos blocos ou semi-blocos, entre os Estados,
norte-americana e sua atual ofensiva sobre a China com com maiores ataques ao movimento de massas, maiores
o objetivo de debilitá-la e subjugá-la7. desigualdades econômicas e maior luta de classes. Não
Rumo ao incremento das contradições parece que no imediato se volte a um curso depressivo
As medidas que, em seu conjunto, os principais coordenado do conjunto da economia mundial, como
Estados capitalistas aplicaram para conter a depressão ocorreu no final de 008, entre outras questões porque
encontraram um limite. As instabilidades assinaladas o principal afetado por ora não é nenhum país central.
põem em cena a situação paradoxal de que não se pode Entretanto, é muito provável que de forma mais estendida
continuar como até agora, porém uma mudança de política no tempo estejam se gestando as condições para uma nova
no sentido de reduzir os estímulos fiscais e aumentar recaída que, numa primeira etapa, provavelmente seja
as taxas de juros, no contexto de uma recuperação que mais desigual que a de 008, porém que no médio prazo
quase nada tem de estrutural, conduziria a uma nova possa voltar a colocar na cena de forma mais violenta
recaída. Em princípio é provável que esta situação não apenas as condições da depressão econômica mas
redunde numa combinação eclética de planos neoliberais também aquelas do enfrentamento entre Estados e do
nos países mais débeis e a continuidade do salvamento desenvolvimento da luta de classes.
nos mais fortes, ainda que este último processo ameace
com crises recorrentes e provavelmente leve a mudanças
abruptas de políticas com conseqüências imprevisíveis.
Selvagens planos de ataque nas nações mais débeis vão
incentivar, seguramente, um recrudescimento da luta de
classes que poderia contagiar as nações mais fortes que
vivem grande elevação no desemprego, como no caso
dos Estados Unidos.
A estratégia de desvalorização do dólar e a política
de “mão aberta” dos Estados Unidos com relação à
China, que objetivava uma recuperação mais estrutural
da economia norte-americana, – de uma maneira geral
– fracassou. Também estão abortando as tentativas no “A atividade febril dos últimos dias de vida de
Rosa Luxemburgo, em pleno calor das
interior da União Européia de manter nos marcos do euro mobilizações operárias e da formação de
economias profundamente desiguais, deixando correr sovietes em varias cidades da Alemanha – ao
desequilíbrios extremos. Todos esses elementos vão fundar o partido comunista, ao procurar
provocar, estão provocando, maiores contradições no articular a vanguarda revolucionária ou ao priorizar
os conselhos operários contra o parlamento, por
interior dos blocos ou nos pretensos blocos existentes. exemplo - valem como atestados públicos no sentido
Por sua vez, um aprofundamento da crise na Europa de afirmação de uma Rosa amadurecida e
aumentaria as tendências à desvalorização do euro, cuja mais convergente ainda com a perspectiva
contrapartida seria a valorização do dólar. Este elemento revolucionária (bolchevique) dos sovietes em sua
afetaria seriamente as tentativas dos Estados Unidos condicão de “espinha dorsal” da revolução; sua última
trincheira, os combates das últimas semanas de
de recompor sua competitividade mundial e reduzir as vida, foram travados por Rosa contra a política do
importações, tornando mais agudas as tensões entre blocos governo social-democrata, onde e ste opunha a
e, em particular, entre as potências como Estados Unidos democracia parlamentar e o sufrágio universal ao
e Alemanha. Tanto estes elementos como as tensões entre poder “minoritário” daqueles conselhos operários”.
Estados Unidos e China (que não se pode esquecer que
(Apresentação do livro Rosa Luxemburgo 90 anos, Brochura,
mesmo sendo um país dependente trata-se da terceira 60 pgs. Edições Centelha Cultural, Brasília, 009, p.6)
economia mundial, atrás dos Estados Unidos e do Japão,
possuindo % dos títulos do Tesouro norte-americano)
poderiam conduzir a um incremento do protecionismo e
a um maior estancamento do comércio mundial. “A possibilidade de experimentar sentimentos
puramente humanos em nossas relações com
Muito além dos tempos concretos, estamos diante dos outros seres humanos acha-se já hoje, bastante
primeiros elementos de uma nova rodada da crise mundial atrofiada pela sociedade erigida sobre os
antagonismos e o regime de classe em que nos
vemos obrigados a mover-nos; não há razão alguma
7 Para aprofundar sobre a questão das tendências da relação entre a para que nós mesmos a atrofiemos ainda mais,
China e os EUA, no marco das condições da recuperação econômica, sacramentando esses sentimentos em uma religião”
ver “Cuatro preguntas sobre la situación econômica mundial. Crujidos (Engels, Ludwig Feuerbach e o fim da
de la ‘recuperación’”, de Paula Bach, em La Verdad Obrera nº 55 filosofia clássica alemã).
(www.pts.org.ar), dezembro, 009, Buenos Aires.