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um problema de crítica textual
Testemunhos
     
São Pápias
    “O presbítero dizia o seguinte:Μάξθνο κὲλ
     θαὶ ηνῦζ' ὁ πξεζβύηεξνο ἔιεγελ· Marcos, intérprete
de Pedro, escreveuγελόκελνο, ὅζα ἐκλεκόλεπζελ,
ἑξκελεπηὴο Πέηξνπ cuidadosa, não porém
ordenadamente, as recordações das palavras ou ε
ἀθξηβῶο ἔγξαςελ, νὐ κέληνη ηάμεη ηὰ ὐπὸ ηνῦ θπξίνπ
ações do ἢ πξαρζέληα. νὔηε γὰξ ἤθνπζελ ηνῦ θπξίνπ νὔηε
ιερζέληα Senhor. Efetivamente, ele jamais ouvira, ou
seguira o Senhor. Mas, conforme disse, mais tarde
παξεθνινύζεζελ αὐηῷ, ὕζηεξνλ δὲ, ὡο ἔθελ, Πέηξῳ· ὃο
ele conviveu com Pedro, que pregava segundo ὥζπεξ
πξὸο ηὰο ρξείαο ἐπνηεῖην ηὰο δηδαζθαιίαο, ἀιι' νὐρ a
necessidade θπξηαθῶλ πνηνύκελνοnão elaborou νὐδὲλ
ζύληαμηλ ηῶλ dos ouvintes, mas ινγίσλ, ὥζηε uma
síntese das palavras do Senhor. Assim, ao escrever
ἥκαξηελ Μάξθνο νὕησο ἔληα γξάςαο ὡο ἀπεκλεκόζεπζελ.
Marcos de acordo com suas ηνῦ κεδὲλ ὧλ ἤθνπζελ
ἐλὸο γὰξ ἐπνηήζαην πξόλνηαλ, lembranças, não
cometeu erros. Tivera o único propósito κὲλ nada
παξαιηπεῖλ ἢ ςεύζαζζαί ηη ἐλ αὐηνῖο. ηαῦηα de νὖλ
omitir do ηῷ Παπίᾳ πεξὶnem Μάξθνπ. algo de falso. É
ἱζηόξεηαη que ouvira, ηνῦ impingir
isto πεξὶ δὲ Pápias narra acerca de Marcos.
      o que ηνῦ Μαηζαῖνπ ηαῦη' εἴξεηαη· Μαηζαῖνο κὲλ νὖλ
    A respeito de Mateus assevera o seguinte: Mateus
἗βξαΐδη δηαιέθηῳ ηὰ ιόγηα ζπλεηάμαην, ἡξκήλεπζελ δ'
escreveu os oráculos divinos na língua hebraica;
αὐηὰ ὡο ἧλ δπλαηὸο ἕθαζηνο.
cada qual os interpretou como pôde” (Eusébio de
Cesareia, História Eclesiástica, III, 39, 15s).
Santo Irineu
    “Mateus, no entanto, publicou entre os hebreus e
    ὁ κὲλ δὴ Μαηζαῖνο ἐλ ηνῖο ἗βξαίνηο ηῇ ἰδίᾳ
em sua δηαιέθηῳ θαὶ γξαθὴλ ἐμήλεγθελ εὐαγγέιηνπ
αὐηῶλ própria língua um Evangelho escrito,
enquanto Pedro ηνῦ Παύινπ ἐλ Ρώκῃ boa-nova em
ηνῦ Πέηξνπ θαὶ e Paulo anunciavam a
Roma e lançavam θαὶfundamentos da Igreja.
εὐαγγειηδνκέλσλ os ζεκειηνύλησλ ηὴλ ἐθθιεζίαλ·
    Mas, após a morte deles, Marcos, discípulo e
    κεηὰ δὲ ηὴλ ηνύησλ ἔμνδελ Μάξθνο, ὁ καζεηὴο
intérprete de Pedro, transmitiu-nosηὰ ὑπὸ Πέηξνπ
θαὶ ἑξκελεπηὴο Πέηξνπ, θαὶ αὐηὸο por escrito
igualmente o que Pedro pregara.
θεξπζζόκελα ἐγγξάθσο ἡκῖλ παξαδέδσθελ·
    Lucas, porém, companheiro de Paulo, deixou
    θαὶ Λνπθᾶο δέ, ὁ ἀθόινπζνο Παύινπ, ηὸ ὑπ'
num livro o Evangelho pregado por ἐλ βίβιῳ
ἐθείλνπ θεξπζζόκελνλ εὐαγγέιηνλ este último.
θαηέζεην. João, o discípulo que reclinou sobre o
    Enfim,
peito do Senhor, publicou também ele um ὁ θαὶ ἐπὶ
    ἔπεηηα Ἰσάλλεο, ὁ καζεηὴο ηνῦ θπξίνπ,
Evangelho, αὐηνῦ ἀλαπεζώλ,em Éfeso, na Ásia” ηὸ
ηὸ ζηῆζνο enquanto residia θαὶ αὐηὸο ἐμέδσθελ
(Eusébio, História Eclesiástica, V, 8, 2-4).
εὐαγγέιηνλ, ἐλ ἖θέζῳ ηῆο Ἀζίαο δηαηξίβσλ.
Clemente de Alexandria
     “Nos mesmos livros ainda, Clemente cita um dado ηῶλ
     Αὖζηο δ' ἐλ ηνῖο αὐηνῖο ὁ Κιήκεο βηβιίνηο πεξὶ ηῆο ηάμεσο
tradicional παξάδνζηλ ηῶλ ἀλέθαζελ πξεζβπηέξσλ ηέζεηηαη, ηνῦηνλ
εὐαγγειίσλ dos antigos presbíteros relativamente à ordem
dos Evangelhos. É o seguinte: os Evangelhos que contêm
ἔρνπζαλ ηὸλ ηξόπνλ·
genealogias foram escritos em primeiroηὰ πεξηέρνληα ηὰο
     πξνγεγξάθζαη ἔιεγελ ηῶλ εὐαγγειίσλ lugar.
γελεαινγίαο, ηὸ δὲ segundo Marcos foi ἐζρεθέλαη ηὴλ νἰθνλνκίαλ.
     O Evangelho θαηὰ Μάξθνλ ηαύηελ elaborado da seguinte
forma: Pedro anunciava a palavra publicamente em πλεύκαηη ηὸ
ηνῦ πέηξνπ δεκνζίᾳ ἐλ Ρώκῃ θεξύμαληνο ηὸλ ιόγνλ θαὶ Roma e
explicava guiado peloηνὺο παξόληαο, πνιινὺο ὄληαο, παξαθαιέζαη
εὐαγγέιηνλ ἐμεηπόληνο, Espírito. Os numerosos ouvintes
insistiram para ἂλ ἀθνινπζήζαληαcompanheiro por muito
ηὸλ Μάξθνλ, ὡο que Marcos, seu αὐηῷ πόξξσζελ θαὶ κεκλεκέλνλ
tempo e, por isso, bem lembrado de suas palavras,ηὸ
ηῶλ ιερζέλησλ, ἀλαγξάςαη ηὰ εἰξεκέλα· πνηήζαληα δέ,
transcrevesse o que ele havia dito. Marcos o fez e transmitiu
εὐαγγέιηνλ κεηαδνῦλαη ηνῖο δενκέλνηο αὐηνῦ·
o Evangelho aos que lho haviam pedido. Tendo θσιῦζαη κήηε
     ὅπεξ ἐπηγλόληα ηὸλ Πέηξνλ πξνηξεπηηθῶο κήηε
conhecimento ηὸλ κέληνη Ἰσάλλελ aconselhou que o impedisse
πξνηξέςαζζαη. disto, Pedro nada ἔζραηνλ, ζπληδόληα ὅηη ηὰ
ou estimulasse a escrever. δεδήισηαη, πξνηξαπέληα ὑπν ηῶλ
ζσκαηηθὰ ἐλ ηνῖο εὐαγγειίνηο
γλσξίκσλ, πλεύκαηηciente de que o lado humano havia sido
     Por fim, João, ζενθνξεζέληα πλεπκαηηθὸλ πνηῆζαη
exposto nos Evangelhos, escreveu, impelido pelo Espírito,
επαγγέιηνλ. ηνζαῦηα ὁ Κιήκεο.
um Evangelho espiritual. Eis o que refere Clemente”
(Eusébio, História Eclesiástica, VI, 14, 5-7).
O cânon de Muratori
     O terceiro livro do librum secundum Lucas. Este Lucas - médico que depois da ascensão
     Tertium evangelii Evangelho é o de Lucam. Lucas iste medicus, post ascensum Christi,
de Cristo foi levado poritinerisem suas viagens - adsumsisset, nomine suo ex opinione ouviu,
cum eum Paulus quasi Paulo studiosum secum escreveu sob seu nome as coisas que
uma vez queDominum tamen nec ipse vidit in carne, et ideo, prout assequi potuit, itatomava
conscripsit, não chegou a conhecer o Senhor pessoalmente, e assim, a medida que et a
conhecimento, começou sua narrativa a partir do nascimento de João.
nativitate Iohannis incepit dicere.
     O quarto Evangelho e o Iohannis um discipulis. Cohortantibus condiscipuliscondiscípulos
     Quartum Evangeliorum de João, ex dos discípulos. Questionado por seus et episcopis
e bispos, disse: “Andai comigo durante três dias a cuiquede hoje e que cada um de nós conte
suis, dixit: “Conieiunate mihi hodie triduo et quid partir fuerit revelatum, alterutrum nobis
aos demais aquilo que lhe revelatum Andreæ ex Apostolis, ut recognoscentibus cunctis dos
enarremus”. Eadem nocte for revelado”. Naquela mesma noite foi revelado a André, um
apóstolos, que, de conformidade com todos, João escrevera em seu nome.
Iohannes suo nomine cuncta describeret.
     Assim, ainda variapareça que ensinem coisas distintas nestes distintos Evangelhos, a fé
     Et ideo, licet que singulis Evangeliorum libris principia doceantur, nihil tamen differt
dos fiéis não difere, já uno o mesmo Espírito inspira parasint in omnibus omnia de sobre o
credentium fidei, cum que ac principali spiritu declarata que todos se contentem nativitate,
nascimento, paixão e ressurreiçãoconversatione cumcomo sua permanência com os
de passione, de resurrectione, de [de Cristo], assim discipulis suis ac de gemino eius
discípulos e sobre humilitate vindas - depreciada e humilde na primeira (que já ocorreu) e
adventu, primo in suas duas despecto, quod fuit, secundum in postestate regali praeclaro,
gloriosa, com magnífico ergo mirum, si Iohannes ainda ocorrerá). singula etiam in há de
quod futurum est. Quid poder, na segunda (que tam constanter Portanto, o que epistolis
estranho que dicens in semetipso: “Quæ vidimus oculis nostrisepístolas dizendo: “O que
suis proferat João frequentemente afirme cada coisa em suas et auribus audivimus et
vimos com nossos olhos e ouvimos com nossos ouvidos e nossas mãos visorem sed et
manus nostræ palpaverunt, hæc scripsimus vobis”. Sic enim non solum tocaram, isto o
escrevemos”? Comscriptorem omnium mirabilium Domini per ordinem profitetur. mas
auditorem, sed et isso, professa ser testemunha, não apenas do que viu e ouviu,
também escritor de todas as maravilhas do Senhor.
O problema
    
Concordia discors
                      Marcos
             (90% do argumento comum)
  180 vv.                                                  100 vv.
 em comum                                                 em comum
                                     68 vv.
                                    próprios




                                  330 vv.
                                  comuns
                                  aos três
            330 vv.
            próprios
                                                541vv.
                                               próprios


Mateus                                                      Lucas
 (69%)                                                      (40%)
                        235 vv.
                       em comum
A explicação
     
Explicação tradicional
 As coincidências teriam
                         
  origem num esquema
  fixo de pregação
 As divergências
  adviriam do público
  leitor de cada
  Evangelho
Explicação por modelo
 Hipótese de um
                 
  evangelho primitivo
 Hipótese dos
  fragmentos
 Hipótese da
  tradição oral
 Hipótese da
  tradução dos logia
Explicação genealógica
          
Santo Agostinho   Griesbach   Farrer




     Wilke        Büsching    Lockton
Modelo das duas fontes
         
         Teoria de Christian Hermann
          Weisse (1838), dominante entre
          os estudiosos
         Supõe Marcos como o primeiro
          Evangelho e uma fonte Q
          (talvez o Mateus arameu)
          como suplemento independente
Conclusão
   
Teorias “sinóticas”
                         
 A hipótese tradicional é
  aceitável, mas insuficiente
 Os modelos de derivação de
  uma fonte comum explicam
  melhor as semelhanças
 Os modelos genealógicos
  explicam melhor as diferenças
 Ao todo, há 1.488 hipóteses
  variantes!
Leia os Evangelhos!
Não é questão de erudição, mas de devoção.
@narajr

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A questão sinótica

  • 1. um problema de crítica textual
  • 3. São Pápias “O presbítero dizia o seguinte:Μάξθνο κὲλ θαὶ ηνῦζ' ὁ πξεζβύηεξνο ἔιεγελ· Marcos, intérprete de Pedro, escreveuγελόκελνο, ὅζα ἐκλεκόλεπζελ, ἑξκελεπηὴο Πέηξνπ cuidadosa, não porém ordenadamente, as recordações das palavras ou ε ἀθξηβῶο ἔγξαςελ, νὐ κέληνη ηάμεη ηὰ ὐπὸ ηνῦ θπξίνπ ações do ἢ πξαρζέληα. νὔηε γὰξ ἤθνπζελ ηνῦ θπξίνπ νὔηε ιερζέληα Senhor. Efetivamente, ele jamais ouvira, ou seguira o Senhor. Mas, conforme disse, mais tarde παξεθνινύζεζελ αὐηῷ, ὕζηεξνλ δὲ, ὡο ἔθελ, Πέηξῳ· ὃο ele conviveu com Pedro, que pregava segundo ὥζπεξ πξὸο ηὰο ρξείαο ἐπνηεῖην ηὰο δηδαζθαιίαο, ἀιι' νὐρ a necessidade θπξηαθῶλ πνηνύκελνοnão elaborou νὐδὲλ ζύληαμηλ ηῶλ dos ouvintes, mas ινγίσλ, ὥζηε uma síntese das palavras do Senhor. Assim, ao escrever ἥκαξηελ Μάξθνο νὕησο ἔληα γξάςαο ὡο ἀπεκλεκόζεπζελ. Marcos de acordo com suas ηνῦ κεδὲλ ὧλ ἤθνπζελ ἐλὸο γὰξ ἐπνηήζαην πξόλνηαλ, lembranças, não cometeu erros. Tivera o único propósito κὲλ nada παξαιηπεῖλ ἢ ςεύζαζζαί ηη ἐλ αὐηνῖο. ηαῦηα de νὖλ omitir do ηῷ Παπίᾳ πεξὶnem Μάξθνπ. algo de falso. É ἱζηόξεηαη que ouvira, ηνῦ impingir isto πεξὶ δὲ Pápias narra acerca de Marcos. o que ηνῦ Μαηζαῖνπ ηαῦη' εἴξεηαη· Μαηζαῖνο κὲλ νὖλ A respeito de Mateus assevera o seguinte: Mateus ἗βξαΐδη δηαιέθηῳ ηὰ ιόγηα ζπλεηάμαην, ἡξκήλεπζελ δ' escreveu os oráculos divinos na língua hebraica; αὐηὰ ὡο ἧλ δπλαηὸο ἕθαζηνο. cada qual os interpretou como pôde” (Eusébio de Cesareia, História Eclesiástica, III, 39, 15s).
  • 4. Santo Irineu “Mateus, no entanto, publicou entre os hebreus e ὁ κὲλ δὴ Μαηζαῖνο ἐλ ηνῖο ἗βξαίνηο ηῇ ἰδίᾳ em sua δηαιέθηῳ θαὶ γξαθὴλ ἐμήλεγθελ εὐαγγέιηνπ αὐηῶλ própria língua um Evangelho escrito, enquanto Pedro ηνῦ Παύινπ ἐλ Ρώκῃ boa-nova em ηνῦ Πέηξνπ θαὶ e Paulo anunciavam a Roma e lançavam θαὶfundamentos da Igreja. εὐαγγειηδνκέλσλ os ζεκειηνύλησλ ηὴλ ἐθθιεζίαλ· Mas, após a morte deles, Marcos, discípulo e κεηὰ δὲ ηὴλ ηνύησλ ἔμνδελ Μάξθνο, ὁ καζεηὴο intérprete de Pedro, transmitiu-nosηὰ ὑπὸ Πέηξνπ θαὶ ἑξκελεπηὴο Πέηξνπ, θαὶ αὐηὸο por escrito igualmente o que Pedro pregara. θεξπζζόκελα ἐγγξάθσο ἡκῖλ παξαδέδσθελ· Lucas, porém, companheiro de Paulo, deixou θαὶ Λνπθᾶο δέ, ὁ ἀθόινπζνο Παύινπ, ηὸ ὑπ' num livro o Evangelho pregado por ἐλ βίβιῳ ἐθείλνπ θεξπζζόκελνλ εὐαγγέιηνλ este último. θαηέζεην. João, o discípulo que reclinou sobre o Enfim, peito do Senhor, publicou também ele um ὁ θαὶ ἐπὶ ἔπεηηα Ἰσάλλεο, ὁ καζεηὴο ηνῦ θπξίνπ, Evangelho, αὐηνῦ ἀλαπεζώλ,em Éfeso, na Ásia” ηὸ ηὸ ζηῆζνο enquanto residia θαὶ αὐηὸο ἐμέδσθελ (Eusébio, História Eclesiástica, V, 8, 2-4). εὐαγγέιηνλ, ἐλ ἖θέζῳ ηῆο Ἀζίαο δηαηξίβσλ.
  • 5. Clemente de Alexandria “Nos mesmos livros ainda, Clemente cita um dado ηῶλ Αὖζηο δ' ἐλ ηνῖο αὐηνῖο ὁ Κιήκεο βηβιίνηο πεξὶ ηῆο ηάμεσο tradicional παξάδνζηλ ηῶλ ἀλέθαζελ πξεζβπηέξσλ ηέζεηηαη, ηνῦηνλ εὐαγγειίσλ dos antigos presbíteros relativamente à ordem dos Evangelhos. É o seguinte: os Evangelhos que contêm ἔρνπζαλ ηὸλ ηξόπνλ· genealogias foram escritos em primeiroηὰ πεξηέρνληα ηὰο πξνγεγξάθζαη ἔιεγελ ηῶλ εὐαγγειίσλ lugar. γελεαινγίαο, ηὸ δὲ segundo Marcos foi ἐζρεθέλαη ηὴλ νἰθνλνκίαλ. O Evangelho θαηὰ Μάξθνλ ηαύηελ elaborado da seguinte forma: Pedro anunciava a palavra publicamente em πλεύκαηη ηὸ ηνῦ πέηξνπ δεκνζίᾳ ἐλ Ρώκῃ θεξύμαληνο ηὸλ ιόγνλ θαὶ Roma e explicava guiado peloηνὺο παξόληαο, πνιινὺο ὄληαο, παξαθαιέζαη εὐαγγέιηνλ ἐμεηπόληνο, Espírito. Os numerosos ouvintes insistiram para ἂλ ἀθνινπζήζαληαcompanheiro por muito ηὸλ Μάξθνλ, ὡο que Marcos, seu αὐηῷ πόξξσζελ θαὶ κεκλεκέλνλ tempo e, por isso, bem lembrado de suas palavras,ηὸ ηῶλ ιερζέλησλ, ἀλαγξάςαη ηὰ εἰξεκέλα· πνηήζαληα δέ, transcrevesse o que ele havia dito. Marcos o fez e transmitiu εὐαγγέιηνλ κεηαδνῦλαη ηνῖο δενκέλνηο αὐηνῦ· o Evangelho aos que lho haviam pedido. Tendo θσιῦζαη κήηε ὅπεξ ἐπηγλόληα ηὸλ Πέηξνλ πξνηξεπηηθῶο κήηε conhecimento ηὸλ κέληνη Ἰσάλλελ aconselhou que o impedisse πξνηξέςαζζαη. disto, Pedro nada ἔζραηνλ, ζπληδόληα ὅηη ηὰ ou estimulasse a escrever. δεδήισηαη, πξνηξαπέληα ὑπν ηῶλ ζσκαηηθὰ ἐλ ηνῖο εὐαγγειίνηο γλσξίκσλ, πλεύκαηηciente de que o lado humano havia sido Por fim, João, ζενθνξεζέληα πλεπκαηηθὸλ πνηῆζαη exposto nos Evangelhos, escreveu, impelido pelo Espírito, επαγγέιηνλ. ηνζαῦηα ὁ Κιήκεο. um Evangelho espiritual. Eis o que refere Clemente” (Eusébio, História Eclesiástica, VI, 14, 5-7).
  • 6. O cânon de Muratori O terceiro livro do librum secundum Lucas. Este Lucas - médico que depois da ascensão Tertium evangelii Evangelho é o de Lucam. Lucas iste medicus, post ascensum Christi, de Cristo foi levado poritinerisem suas viagens - adsumsisset, nomine suo ex opinione ouviu, cum eum Paulus quasi Paulo studiosum secum escreveu sob seu nome as coisas que uma vez queDominum tamen nec ipse vidit in carne, et ideo, prout assequi potuit, itatomava conscripsit, não chegou a conhecer o Senhor pessoalmente, e assim, a medida que et a conhecimento, começou sua narrativa a partir do nascimento de João. nativitate Iohannis incepit dicere. O quarto Evangelho e o Iohannis um discipulis. Cohortantibus condiscipuliscondiscípulos Quartum Evangeliorum de João, ex dos discípulos. Questionado por seus et episcopis e bispos, disse: “Andai comigo durante três dias a cuiquede hoje e que cada um de nós conte suis, dixit: “Conieiunate mihi hodie triduo et quid partir fuerit revelatum, alterutrum nobis aos demais aquilo que lhe revelatum Andreæ ex Apostolis, ut recognoscentibus cunctis dos enarremus”. Eadem nocte for revelado”. Naquela mesma noite foi revelado a André, um apóstolos, que, de conformidade com todos, João escrevera em seu nome. Iohannes suo nomine cuncta describeret. Assim, ainda variapareça que ensinem coisas distintas nestes distintos Evangelhos, a fé Et ideo, licet que singulis Evangeliorum libris principia doceantur, nihil tamen differt dos fiéis não difere, já uno o mesmo Espírito inspira parasint in omnibus omnia de sobre o credentium fidei, cum que ac principali spiritu declarata que todos se contentem nativitate, nascimento, paixão e ressurreiçãoconversatione cumcomo sua permanência com os de passione, de resurrectione, de [de Cristo], assim discipulis suis ac de gemino eius discípulos e sobre humilitate vindas - depreciada e humilde na primeira (que já ocorreu) e adventu, primo in suas duas despecto, quod fuit, secundum in postestate regali praeclaro, gloriosa, com magnífico ergo mirum, si Iohannes ainda ocorrerá). singula etiam in há de quod futurum est. Quid poder, na segunda (que tam constanter Portanto, o que epistolis estranho que dicens in semetipso: “Quæ vidimus oculis nostrisepístolas dizendo: “O que suis proferat João frequentemente afirme cada coisa em suas et auribus audivimus et vimos com nossos olhos e ouvimos com nossos ouvidos e nossas mãos visorem sed et manus nostræ palpaverunt, hæc scripsimus vobis”. Sic enim non solum tocaram, isto o escrevemos”? Comscriptorem omnium mirabilium Domini per ordinem profitetur. mas auditorem, sed et isso, professa ser testemunha, não apenas do que viu e ouviu, também escritor de todas as maravilhas do Senhor.
  • 8. Concordia discors  Marcos (90% do argumento comum) 180 vv. 100 vv. em comum em comum 68 vv. próprios 330 vv. comuns aos três 330 vv. próprios 541vv. próprios Mateus Lucas (69%) (40%) 235 vv. em comum
  • 10. Explicação tradicional  As coincidências teriam  origem num esquema fixo de pregação  As divergências adviriam do público leitor de cada Evangelho
  • 11. Explicação por modelo  Hipótese de um  evangelho primitivo  Hipótese dos fragmentos  Hipótese da tradição oral  Hipótese da tradução dos logia
  • 12. Explicação genealógica  Santo Agostinho Griesbach Farrer Wilke Büsching Lockton
  • 13. Modelo das duas fontes   Teoria de Christian Hermann Weisse (1838), dominante entre os estudiosos  Supõe Marcos como o primeiro Evangelho e uma fonte Q (talvez o Mateus arameu) como suplemento independente
  • 14. Conclusão
  • 15. Teorias “sinóticas”   A hipótese tradicional é aceitável, mas insuficiente  Os modelos de derivação de uma fonte comum explicam melhor as semelhanças  Os modelos genealógicos explicam melhor as diferenças  Ao todo, há 1.488 hipóteses variantes!
  • 16. Leia os Evangelhos! Não é questão de erudição, mas de devoção.