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As figuras de linguagem / pensamento: O pregador deve ser um grande observador e possuir uma noção geral da cultura secular e se faz necessário que ele esteja familiarizado com a linguagem gramatical das Escrituras Página 03 da apostila.
Figuras de linguagem, também chamadas figuras de estilo, são recursos especiais de que se vale, quem fala ou escreve, para comunicar e expressar com mais colorido, intensidade e beleza. Vejamos abaixo, algumas figuras de linguagem/pensamento com seus respectivos significados: Página 04 da apostila.
Símile (Do latim símile). O sentido da divisão correta expressa a idéia do que é semelhante; comparação de coisas semelhantes. Dois dos mais simples artifícios literários são as figuras símiles e metáforas. Símile é uma comparação, onde a expressão “semelhante”, “como”, e “assim” está em foco. Na símile a ênfase recai sobre algum ponto de similaridade entre duas idéias, grupos, ações, Etc. “O reino dos céus é semelhante...” (Mt 13.24) Página 04 da apostila.
Metáfora (Do grego metaphorá). Consiste num termo usado para designar o sentido natural de uma palavra para substituir outra, em relação de semelhança subentendida. É uma espécie de comparação (apenas mental). Não se deve, entretanto, confundir metáfora com a comparação no sentido primário do termo. Nesta, os dois termos vêm expressos e unidos por sentidos comparativos. Exemplo: 1 – Nero foi cruel como um monstro (comparação) 2 – Nero foi um monstro (metáfora) Em termos gerais, consiste em tomar a figura pela realidade. Este gênero de sofisma (argumento aparente) é freqüente, principalmente quando se fala de coisas espirituais. Na metáfora não se usa termos de aproximação, “como” “semelhante”, “parecido”, Etc. E, sim, usa-se afirmações, tais como “é”, “sou”, Etc. Examine os seguintes textos: GÊNESIS 49.9 “Judá é um leãozinho...” MATEUS 5.13 “Vós sois o sal da terra...” MATEUS 5.14 “Vós sois a luz do mundo...” JOÃO 6.35 “...Eu sou o pão da vida...” JOÃO 8.12 “...Eu sou a luz do mundo...” JOÃO 10.9 “Eu sou a porta...” JOÃO 14.6 “...Eu sou o caminho...” JOÃO 15.1 “Eu sou a videira verdadeira...” JOÃO 15.5 “...vós sois as varas...” I CORÍNTIOS 3.9 “...vós sois lavoura de Deus ...” I JOÃO 4.16 “...Deus é amor ...” Etc. Página 04 da apostila.
Parábola (Do grego parabolé). É uma símile ampliada. A comparação vem expressa, e o sujeito e a coisa comparada, explicadas mais plenamente, mantêm-se separados. Ex.: Mateus 13 Página 05 da apostila.
Alegoria (Do grego allegoría). É como metáfora ampliada. A comparação não vem expressa, a comparação e a coisa comparada acham-se entrelaçadas. Ex.: Sl 80.8-16 “Trouxeste do Egito uma videira; lançaste fora as nações, e a plantaste. Preparaste-lhe lugar; e ela deitou profundas raízes, e encheu a terra. Os montes cobriram-se com a sua sombra, e os cedros de Deus com os seus ramos. Ela estendeu a sua ramagem até o mar, e os seus rebentos até o rio. Por que lhe derrubaste as cercas, de modo que a vindimam (colhem) todos os que passam pelo caminho? O javali da selva a devasta, e as feras do campo alimentam-se dela. Ó Deus dos exércitos, volta-te, nós te rogamos; atende do céu, e vê, e visita esta videira, a videira que a tua destra plantou... Página 07 da apostila.
Numa ALEGORIA há entrelaçamento das duas. Uma Símile ampliada resulta numa Parábola. Uma Metáfora ampliada resulta numa Alegoria. Uma Parábola ou uma Alegoria comprimida resulta num Provérbio.  Código: S(símiles ampliada)=P(parábola) M(metáfora ampliada)=A(alegoria) P(parábola) ou A(alegoria) comprimida= P(provérbio). Página 09 da apostila.
Tipo (Do grego typos). É uma relação representativa preordenada que certas pessoas, eventos e instituições têm com pessoas, eventos e instituições correspondentes que ocorrem numa época posterior na história. Ex.: Jo 3.14,15 “E como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado ... Página 09 da apostila.
Profecias. A profecia refere-se a três coisas: 1) Predizer eventos futuros; 2) Revelar fatos ocultos quanto ao presente; e 3) Ministrar instruções, consolo e exortações em linguagem poderosamente arrebatadora. Ex.: Ap 1.3; Lc 1.67-79 e Amós. Página 09 da apostila.
Literatura Apocalíptica. Seu foco principal é a revelação do que está oculto, particularmente com relação aos tempos do fim. Página 09 da apostila.
Metonímia (Do grego metonymía) semelhante a Sinédoque. Classificaremos a diferença da seguinte forma: Matéria concreta inanimada. Consiste em designar um objeto por uma palavra de outro objeto que com o primeiro mantém relação de causa ou efeito. Por exemplo: 1 – A parte pelo todo. “Não tenho teto para morar” (“teto” está se referindo a casa); 2 – O singular pelo plural. “O homem é mortal” (“o homem” está se referindo a todos os homens inclusive as mulheres); e 3 – A taça pela bebida. Jesus usou esta figura de retórica (conjunto de regras relativas à eloqüência) quando celebrou a Santa Ceia com os seus discípulos: “E, tomando um cálice, rendeu graças e deu-o, dizendo: Bebei dele todos” MATEUS 26.27. A ênfase recai aqui na palavra “dele!” Porque, neste caso, se subentende o “conteúdo”; ao contrário, se o vocábulo fosse “nele!”. O sentido “nele” indica a taça e não o conteúdo. Nesse caso, e em outros semelhantes, toda a extensão é indicada apenas por uma palavra ou frase. Veja: I CORÍNTIOS 9.16, 21 “Pois, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, porque me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho! Para os que estão sem lei, como se estivesse sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei”. Página 10 da apostila.
Sinédoque (Do grego synedoché) semelhante a Metonímia. Definiremos a diferença da seguinte forma: As matérias concretas animadas. Esta figura de pensamento consiste na relação de compreensão e no uso do “todo” pela “parte”, do “plural” pelo “singular”, do “gênero” pela “espécie”. A sinédoque se assemelha muito com a metonímia, levando alguns até pensarem que estas duas figuras de retórica fossem a mesma coisa, ou pelo menos expressassem o mesmo sentido. Com efeito, porém, não se trata da mesma coisa. Partindo de uma premissa tanto particular como geral, a sinédoque expressa o conceito final dentro das mesmas regras da natureza da primeira. Biblicamente falando, isso pode ser depreendido de várias passagens das Escrituras.  Exemplificando: “Todas as almas, pois, que procederem da coxa de Jacó, foram setenta almas...” (Ex 1.5). As almas aqui são tomadas para indicar as pessoas. “...A minha carne repousará segura” (Sl 16.9b). A palavra carne, nesse caso, é tomada para indicar o todo que seria o corpo. E outros exemplos similares. Página 10 da apostila.
Perífrase (Do grego periphrasis). É uma expressão que designa os seres através de algum de seus atributos. 1 – O rei dos animais foi generoso (O leão foi generoso); 2 – Os urbanistas tornarão ainda mais bela a Cidade Maravilhosa (Os urbanistas tornarão ainda mais bela a Cidade do Rio de Janeiro); 3 – A terra da Garoa (A cidade de São Paulo), Etc. Página 11 da apostila.
Anacoluto (Do grego anakolouthus). Esta figura de linguagem consiste na quebra ou interrupção do fio da frase, ficando termos sinteticamente desligados do resto do período, sem função. Exemplo: 1 – A rua onde moras, nela é que desejo morar; 2 – Eu não me importo a desonra do mundo; 3 – Isto ou quilo são bons, mas não servem, Etc. Página 11 da apostila.
Elipse (Do grego élleipsis). É a omissão de um termo da oração que facilmente podemos subentender no texto. É uma espécie de “economia” de palavras. 1 – Aqui-e na eternidade; 2 – Moisés referindo a todo o passo das Escrituras (II CORÍNTIOS 3.15 “sim, até o dia de hoje, sempre que Moisés é lido, um véu está posto sobre o coração deles”); 3 – Céu baixo, ondas mansas, vento leva; 4 – Local, horário e data (do evento?), Etc. Página 11 da apostila.
Inversão ou Hipérbato (Do grego hyperbatón). (S.F. Ação ou efeito de inverter). Esta figura de construção (ou de sintaxe) consiste em alterar a ordem normal dos termos ou orações, com o fim de lhes dar destaque. O sentido do termo é colocado, em geral, no início da frase. 1 – Passarinho, desisti de ter; 2 – Justo ele diz que é, mas eu não acho não; 3 – “...Vós sois os que vos justificais a vós mesmos... mas Deus conhece os vossos corações...” (LUCAS 16.15), Etc. Página 11 da apostila.
Onomatopéia (Do grego onomatopoiía). Consiste no aproveitamento de palavra cuja pronúncia imita o som ou a voz natural dos seres. É um recurso fonético ou melódico que a língua proporciona ao escritor ou orador. Página 12 da apostila.
Pleonasmo (Do grego pleonasmós). É o emprego de palavras redundantes, com o fim de reforçar a expressão. O pleonasmo, como figura de linguagem, visa a um efeito expressivo e deve obedecer ao bom gosto, a fim de não ferir os ouvidos de quem ouve: 1 – “Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos” (Jó 42.5); 2 – “...Lázaro, sai para fora” (Jo 11.43); 3 – “Descer para baixo”, “entrar para dentro”, “subir para cima”, Etc. Repetição (Do latim repetitione). Consiste em repetir palavras ou orações para intensificar ou enfatizar ou sugerir insistência: 1 – “O surdo pede que repitam, que repitam a última frase” 2 – “Assim diz o Senhor” – “Na verdade, na verdade te digo”, Etc. Página 12 da apostila.
Silepse (Do grego sillepsis). Ocorre esta figura quando efetuamos a concordância não com termos expressos mas com a idéia a eles associada em nossa mente. Pode ser dividida em três partes: 1 – De gênero “Quando a gente é novo, gosta de fazer bonito”; 2 – De número “Corria gente de todos os lados, e gritavam”; 3 – De pessoa “Os que procuram são inúmeros, pois todos sofremos de alguma coisa; esta água insípida tem uma vastíssima órbita de ação”, Etc. Página 12 da apostila.
Acróstico (Do grego akróstichon). É uma composição poética em que o conjunto das letras iniciais (e, as vezes, as mediais ou finais) dos versos compõem verticalmente uma palavra ou frase. No livro de Ester Deus está presente em ministério e não em manifestação. Seus efeitos são evidentes, mas Ele fica oculto. Contudo, tem sido observado que as quatro letras YHWH, que no hebraico representam Jeová, ocorrem na narrativa quatro vezes na vertical em forma acróstica: Y – Et 1.20 H – Et 5.4  W – Et 5.13 H – Et 7.7 Encontramos o alfabeto hebraico no Salmo 119. Página 12 da apostila.
Antítese (Do grego antíthesis). Consiste em uma figura na qual se salienta a oposição entre duas palavras ou idéias. O Anticristo, o oposto de Cristo; O hoje do tempo como se fosse o amanhã da eternidade; Alexandre Magno foi a antítese do verdadeiro Cristo, Etc. Página 13 da apostila.
Antítipo (Do grego antítypon). Esta expressão significa tipo ou figura que representa outra. A preposição grega aqui inferida é em pouco irregular. Alguns rabinos opinam que ant (i) pode significar “ação contrária”, “oposição”, “contra”, Etc. E, assim, seria mais correto dizer: pro-tipo, este é, “pro” que traz a idéia de “movimento para adiante”, “posição em frente”, ou “aquilo que faz adiante”. Entretanto, como a tradição geral deste termo chegou até nós com o sentido de “figura que representa outra”, aceitamos tal sentido sem hesitação. Página 13 da apostila.
Apóstrofe (Do grego apostrophé). Indica uma figura de linguagem que consiste em dirigir-se o orador ou escritor, em geral fazendo uma interrupção, parêntese ou interrogação, a uma pessoa, a coisa real ou fictícia. Na oratória, muitas vezes, a apóstrofe entra em evidência para dar ênfase ao argumento. Biblicamente falando, temos vários exemplos de apóstrofes, tanto no Antigo como no Novo Testamento. No Salmo 114 o escritor sagrado invoca na poesia este tipo de linguagem. Então ele pergunta: “Que tiveste, ó mar, que fugiste, e tu, ó Jordão, que tornaste atrás? E vós, montes, que saltaste como carneiros, e vós outeiros, como cordeiros?” (vv. 5, 6). No Novo Testamento, Paulo, fazendo sua defesa sobre a probabilidade da ressurreição, indica também esta linguagem figurada da Bíblia, dizendo: “Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória” (1 Co 15.55),Etc. Página 13 da apostila.
Dramatização (Do grego dramatízo). Consiste numa figura de linguagem que dá ao discurso mais vida, vigor e encanto, coisa que outras figuras de linguagem não conseguem tanto. Personificar um caráter, bíblico ou não, e falar de seus sentimentos, introduzir no discurso um contraditor e formular suas obsessões e depois respondê-las ponto por ponto Página 14 da apostila.
Enigma (Do grego aínigma). Esta figura consiste numa descrição, às vezes, obscura, ambígua, de alguma coisa, para que seja difícil decifrá-la. Este tipo de linguagem enigmática era bastante usada pelos sábios orientais. Sansão usou de enigmas para provar a capacidade dos filisteus (Jz 14.12-18). A rainha Makeda de Akssum, ouvindo a fama de Salomão, “...veio prová-lo por enigmas” (1 Rs 10.1). Algumas vezes os enigmas eram decifrados ao som de instrumentos (Sl 49.4). Algumas parábolas foram vistas pelos circunstantes de Jesus como verdadeiros enigmas (Sl 49.4; Mt 13.34, 35) e, de igual modo, os dons espirituais (1 Co 13.12). Página 14 da apostila.
Eufemismo (Do grego euphemismós). Esta figura consiste em suavizar a expressão de uma idéia molesta, substituindo o termo por palavras ou circulações menos desagradáveis ou mais polidas: “...A menina não está morta, mas dorme” Mc 5.39b); “...Tendo desejo de partir (morrer)...” (Fl 1.23); “...Rômulo contraíra o mal-de-Lázaro (a lepra)”, Etc. Página 14 da apostila.
Exclamação (Do Latim exclamatione). Refere-se a uma figura de linguagem em que o pregador emotivo se inclina a usá-la livremente. Alguns em qualquer parte do discurso dizem: Oh!; Ah!; Ai! Outros pregadores dizem: “Quão grande!”, Etc. Em alguns casos o pregador ou escritor usa esta figura de retórica para expressar grandeza. “Quão amáveis são os teus tabernáculos, Senhor dos exércitos!” (Sl 84.1) “Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os teus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!” (Rm 11.33). E coisas semelhantes a estas.  Página 15 da apostila.
Fábulas (Do grego mythos). Esta palavra significa “lenda”, “mito”. A fábula é uma narração alegórica cujas personagens são por via de regra, animais, ou seres imaginários da mitologia. Com efeito, a fábula como narração alegórica, sempre encerra no fundo uma lição moral. A fábula é, portanto, uma espécie de história ilustrativa fictícia e que ensina através da fantasia. O vocábulo está presente nas seguintes passagens das escrituras: Dt 28.37, ARC; 1 Tm 1.4; 4.7; 2 Tm 4.4; Tt 1.14; 2 Pe 1.16). Página 15 da apostila.
Hipérbole (Do grego hyperbolé). Consiste numa figura de linguagem que engrandece ou diminui exageradamente a verdade das coisas: mas não se trata de mentira e, sim, de uma expressão momentânea. Por exemplo: quando o número de pessoas numa concentração não chega a atingir a cifra esperada, se diz: “apenas meia dúzia de gatos pingados” (jargão). Outro exemplo: “Passou correndo a mais de mil”, quando, na verdade, ia apenas a 10 km por hora. No conceito geral da Bíblia, depreendemos esta figura de linguagem em algumas passagens. Por exemplo: “Rios de águas correm dos meus olhos...” (Sl 119.136); “E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trava que está no teu olho?” (Mt 7.3); “É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus” (Mt19.24b); Página 16 da apostila.
Interrogação (Do latim interrogatione). Refere-se a uma forma de linguagem que serve para animar o discurso. Neste caso, o pregador pode pensar num antagonista, que pode ser real ou imaginário, e questionar com ele, interrogando-o, de tal maneira que se desperte vivo interesse nos ouvintes, podendo-se fazer também perguntas constantes ao auditório. Assim se espertará a mente deles, como se tivessem de responder as perguntas feitas. Por exemplo: “Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do Senhor?” (Is 53.1). “O que dizem os homens ser o Filho do homem?... E vós, o que dizeis que eu sou? (Mt 16.14,15), Etc. Página 16 da apostila.
Ironia (Do grego eirónia). Consiste no modo de exprimir-se em dizer o contrário daquilo que se está pensando ou sentindo. Alguns episódios na Bíblia expressam o significado do pensamento desta figura de linguagem. Veja: Balaão e Balaque: “...Veio, pois, Deus a Balaão, de noite, e disse-lhe: Já que esses homens te vieram chamar, levanta-te, vai com eles; todavia, farás somente aquilo que eu te disser. A ira de Deus se acendeu, porque ele ia, e o anjo do Senhor pôs-se-lhe no caminho por adversário. Ora, ele ia montado na sua jumenta, tendo consigo os seus dois servos...”.  Página 16 da apostila.
Paradoxo (Do grego parádoxon). Infere em um conceito que é ou parece contrário ou comum: “Ninguém faz o mal voluntariamente, mas por ignorância, pois a sabedoria e a virtude são inseparáveis” (Sócrates). O vocábulo procede do grego e chega até nós por intermédio do latim. Está formado de duas expressões: para, que significa contra e doxa, opinião ou crença. Soa ao ouvido como algo incrível, ou impossível, se não absurdo. Jesus deu-nos lições paradoxais, quando advertiu os discípulos do fermento dos fariseus e quando mostrou a um candidato ao discipulado a urgência da missão (cf. Mt 8.21,22; 16.6, Etc.). Página 17 da apostila.
Personificação (Do grego prosopon?) semelhante a Prosopopéia. Diferenciaremos da seguinte forma: Coisas concretas inanimadas. Esta figura consiste na maneira como o pregador se dirige a uma coisa concreta inanimada como se tivesse viva. Isso dá ao discurso grande animação e beleza, e uma apaixonante energia. Jesus personificou as pedras como se fossem seres animados. Então ele disse: “Se estes se calarem, as pedras clamarão”, “...E quando chegou perto e viu a cidade, chorou sobre ela...” (Lc 19. 40); “A terra geme e pranteia, o Líbano se envergonha e se murcha: Sarom se tornou como um deserto; e Basã e Carmelo foram sacudidos” (Is 33.9); “Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita” (Mt 6.3). Página 17 da apostila.
Prosopopéia (Do grego prosopopaiía) semelhante a Personificação. Diferenciaremos da seguinte forma: Coisas abstratas inanimadas. Esta figura, segundo a divisão correta, indica uma linguagem em que se dá vida, ação, movimento e voz a coisas abstratas inanimadas. Exemplo: “A perdição e a morte dizem: Ouvimos com os nossos ouvidos a sua fama” (Jó 28.22); Paulo e João usaram esta figura ao se referirem à morte e ao inferno. “...Ora, o último inimigo a ser destruído é a morte...”, “...Onde está, ó morte, a tua vitória? Página 18 da apostila.
Repetição (s.f. do v. retificar). Como indica o significado do pensamento, consiste em retificar uma informação anterior. “O país andava numa situação política tão complicada quanto a de agora. Não minto. Tanto não”. Esta figura de linguagem deve somente ser usada pelo pregador, quando ocorrer um engano mental, ou quando houver exagero numa afirmação comprometedora, ela deve ser usada em lagar de desculpa. Página 18 da apostila.
Símbolo (Do grego symbolon). Esta figura designa, fundamentalmente, aquilo que, por um princípio de analogia, representa ou substitui outra coisa: A balança é o símbolo da justiça; São os símbolos nacionais, a bandeira, o hino, as armas e o selo. Geralmente, o tipo é prefigurativo, e o símbolo é ilustrativo do que já existia. Certos símbolos, contudo, provêm de circunstâncias e relações especiais. Alguns são orientais e têm na sua origem maneiras e costumes de diferentes povos; outros derivam da história; e há os que também são produtos da imaginação. Relação da hermenêutica com outros campos de estudo bíblico a hermenêutica não se encontra isolada de outros campos de estudo bíblico. Ela se relaciona com o estudo do cânon, da crítica textual, da crítica histórica, da exegese, e da teologia bíblica bem como a sistemática. Página 18 da apostila.

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Aula 003

  • 1. As figuras de linguagem / pensamento: O pregador deve ser um grande observador e possuir uma noção geral da cultura secular e se faz necessário que ele esteja familiarizado com a linguagem gramatical das Escrituras Página 03 da apostila.
  • 2. Figuras de linguagem, também chamadas figuras de estilo, são recursos especiais de que se vale, quem fala ou escreve, para comunicar e expressar com mais colorido, intensidade e beleza. Vejamos abaixo, algumas figuras de linguagem/pensamento com seus respectivos significados: Página 04 da apostila.
  • 3. Símile (Do latim símile). O sentido da divisão correta expressa a idéia do que é semelhante; comparação de coisas semelhantes. Dois dos mais simples artifícios literários são as figuras símiles e metáforas. Símile é uma comparação, onde a expressão “semelhante”, “como”, e “assim” está em foco. Na símile a ênfase recai sobre algum ponto de similaridade entre duas idéias, grupos, ações, Etc. “O reino dos céus é semelhante...” (Mt 13.24) Página 04 da apostila.
  • 4. Metáfora (Do grego metaphorá). Consiste num termo usado para designar o sentido natural de uma palavra para substituir outra, em relação de semelhança subentendida. É uma espécie de comparação (apenas mental). Não se deve, entretanto, confundir metáfora com a comparação no sentido primário do termo. Nesta, os dois termos vêm expressos e unidos por sentidos comparativos. Exemplo: 1 – Nero foi cruel como um monstro (comparação) 2 – Nero foi um monstro (metáfora) Em termos gerais, consiste em tomar a figura pela realidade. Este gênero de sofisma (argumento aparente) é freqüente, principalmente quando se fala de coisas espirituais. Na metáfora não se usa termos de aproximação, “como” “semelhante”, “parecido”, Etc. E, sim, usa-se afirmações, tais como “é”, “sou”, Etc. Examine os seguintes textos: GÊNESIS 49.9 “Judá é um leãozinho...” MATEUS 5.13 “Vós sois o sal da terra...” MATEUS 5.14 “Vós sois a luz do mundo...” JOÃO 6.35 “...Eu sou o pão da vida...” JOÃO 8.12 “...Eu sou a luz do mundo...” JOÃO 10.9 “Eu sou a porta...” JOÃO 14.6 “...Eu sou o caminho...” JOÃO 15.1 “Eu sou a videira verdadeira...” JOÃO 15.5 “...vós sois as varas...” I CORÍNTIOS 3.9 “...vós sois lavoura de Deus ...” I JOÃO 4.16 “...Deus é amor ...” Etc. Página 04 da apostila.
  • 5. Parábola (Do grego parabolé). É uma símile ampliada. A comparação vem expressa, e o sujeito e a coisa comparada, explicadas mais plenamente, mantêm-se separados. Ex.: Mateus 13 Página 05 da apostila.
  • 6. Alegoria (Do grego allegoría). É como metáfora ampliada. A comparação não vem expressa, a comparação e a coisa comparada acham-se entrelaçadas. Ex.: Sl 80.8-16 “Trouxeste do Egito uma videira; lançaste fora as nações, e a plantaste. Preparaste-lhe lugar; e ela deitou profundas raízes, e encheu a terra. Os montes cobriram-se com a sua sombra, e os cedros de Deus com os seus ramos. Ela estendeu a sua ramagem até o mar, e os seus rebentos até o rio. Por que lhe derrubaste as cercas, de modo que a vindimam (colhem) todos os que passam pelo caminho? O javali da selva a devasta, e as feras do campo alimentam-se dela. Ó Deus dos exércitos, volta-te, nós te rogamos; atende do céu, e vê, e visita esta videira, a videira que a tua destra plantou... Página 07 da apostila.
  • 7. Numa ALEGORIA há entrelaçamento das duas. Uma Símile ampliada resulta numa Parábola. Uma Metáfora ampliada resulta numa Alegoria. Uma Parábola ou uma Alegoria comprimida resulta num Provérbio. Código: S(símiles ampliada)=P(parábola) M(metáfora ampliada)=A(alegoria) P(parábola) ou A(alegoria) comprimida= P(provérbio). Página 09 da apostila.
  • 8. Tipo (Do grego typos). É uma relação representativa preordenada que certas pessoas, eventos e instituições têm com pessoas, eventos e instituições correspondentes que ocorrem numa época posterior na história. Ex.: Jo 3.14,15 “E como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado ... Página 09 da apostila.
  • 9. Profecias. A profecia refere-se a três coisas: 1) Predizer eventos futuros; 2) Revelar fatos ocultos quanto ao presente; e 3) Ministrar instruções, consolo e exortações em linguagem poderosamente arrebatadora. Ex.: Ap 1.3; Lc 1.67-79 e Amós. Página 09 da apostila.
  • 10. Literatura Apocalíptica. Seu foco principal é a revelação do que está oculto, particularmente com relação aos tempos do fim. Página 09 da apostila.
  • 11. Metonímia (Do grego metonymía) semelhante a Sinédoque. Classificaremos a diferença da seguinte forma: Matéria concreta inanimada. Consiste em designar um objeto por uma palavra de outro objeto que com o primeiro mantém relação de causa ou efeito. Por exemplo: 1 – A parte pelo todo. “Não tenho teto para morar” (“teto” está se referindo a casa); 2 – O singular pelo plural. “O homem é mortal” (“o homem” está se referindo a todos os homens inclusive as mulheres); e 3 – A taça pela bebida. Jesus usou esta figura de retórica (conjunto de regras relativas à eloqüência) quando celebrou a Santa Ceia com os seus discípulos: “E, tomando um cálice, rendeu graças e deu-o, dizendo: Bebei dele todos” MATEUS 26.27. A ênfase recai aqui na palavra “dele!” Porque, neste caso, se subentende o “conteúdo”; ao contrário, se o vocábulo fosse “nele!”. O sentido “nele” indica a taça e não o conteúdo. Nesse caso, e em outros semelhantes, toda a extensão é indicada apenas por uma palavra ou frase. Veja: I CORÍNTIOS 9.16, 21 “Pois, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, porque me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho! Para os que estão sem lei, como se estivesse sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei”. Página 10 da apostila.
  • 12. Sinédoque (Do grego synedoché) semelhante a Metonímia. Definiremos a diferença da seguinte forma: As matérias concretas animadas. Esta figura de pensamento consiste na relação de compreensão e no uso do “todo” pela “parte”, do “plural” pelo “singular”, do “gênero” pela “espécie”. A sinédoque se assemelha muito com a metonímia, levando alguns até pensarem que estas duas figuras de retórica fossem a mesma coisa, ou pelo menos expressassem o mesmo sentido. Com efeito, porém, não se trata da mesma coisa. Partindo de uma premissa tanto particular como geral, a sinédoque expressa o conceito final dentro das mesmas regras da natureza da primeira. Biblicamente falando, isso pode ser depreendido de várias passagens das Escrituras. Exemplificando: “Todas as almas, pois, que procederem da coxa de Jacó, foram setenta almas...” (Ex 1.5). As almas aqui são tomadas para indicar as pessoas. “...A minha carne repousará segura” (Sl 16.9b). A palavra carne, nesse caso, é tomada para indicar o todo que seria o corpo. E outros exemplos similares. Página 10 da apostila.
  • 13. Perífrase (Do grego periphrasis). É uma expressão que designa os seres através de algum de seus atributos. 1 – O rei dos animais foi generoso (O leão foi generoso); 2 – Os urbanistas tornarão ainda mais bela a Cidade Maravilhosa (Os urbanistas tornarão ainda mais bela a Cidade do Rio de Janeiro); 3 – A terra da Garoa (A cidade de São Paulo), Etc. Página 11 da apostila.
  • 14. Anacoluto (Do grego anakolouthus). Esta figura de linguagem consiste na quebra ou interrupção do fio da frase, ficando termos sinteticamente desligados do resto do período, sem função. Exemplo: 1 – A rua onde moras, nela é que desejo morar; 2 – Eu não me importo a desonra do mundo; 3 – Isto ou quilo são bons, mas não servem, Etc. Página 11 da apostila.
  • 15. Elipse (Do grego élleipsis). É a omissão de um termo da oração que facilmente podemos subentender no texto. É uma espécie de “economia” de palavras. 1 – Aqui-e na eternidade; 2 – Moisés referindo a todo o passo das Escrituras (II CORÍNTIOS 3.15 “sim, até o dia de hoje, sempre que Moisés é lido, um véu está posto sobre o coração deles”); 3 – Céu baixo, ondas mansas, vento leva; 4 – Local, horário e data (do evento?), Etc. Página 11 da apostila.
  • 16. Inversão ou Hipérbato (Do grego hyperbatón). (S.F. Ação ou efeito de inverter). Esta figura de construção (ou de sintaxe) consiste em alterar a ordem normal dos termos ou orações, com o fim de lhes dar destaque. O sentido do termo é colocado, em geral, no início da frase. 1 – Passarinho, desisti de ter; 2 – Justo ele diz que é, mas eu não acho não; 3 – “...Vós sois os que vos justificais a vós mesmos... mas Deus conhece os vossos corações...” (LUCAS 16.15), Etc. Página 11 da apostila.
  • 17. Onomatopéia (Do grego onomatopoiía). Consiste no aproveitamento de palavra cuja pronúncia imita o som ou a voz natural dos seres. É um recurso fonético ou melódico que a língua proporciona ao escritor ou orador. Página 12 da apostila.
  • 18. Pleonasmo (Do grego pleonasmós). É o emprego de palavras redundantes, com o fim de reforçar a expressão. O pleonasmo, como figura de linguagem, visa a um efeito expressivo e deve obedecer ao bom gosto, a fim de não ferir os ouvidos de quem ouve: 1 – “Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos” (Jó 42.5); 2 – “...Lázaro, sai para fora” (Jo 11.43); 3 – “Descer para baixo”, “entrar para dentro”, “subir para cima”, Etc. Repetição (Do latim repetitione). Consiste em repetir palavras ou orações para intensificar ou enfatizar ou sugerir insistência: 1 – “O surdo pede que repitam, que repitam a última frase” 2 – “Assim diz o Senhor” – “Na verdade, na verdade te digo”, Etc. Página 12 da apostila.
  • 19. Silepse (Do grego sillepsis). Ocorre esta figura quando efetuamos a concordância não com termos expressos mas com a idéia a eles associada em nossa mente. Pode ser dividida em três partes: 1 – De gênero “Quando a gente é novo, gosta de fazer bonito”; 2 – De número “Corria gente de todos os lados, e gritavam”; 3 – De pessoa “Os que procuram são inúmeros, pois todos sofremos de alguma coisa; esta água insípida tem uma vastíssima órbita de ação”, Etc. Página 12 da apostila.
  • 20. Acróstico (Do grego akróstichon). É uma composição poética em que o conjunto das letras iniciais (e, as vezes, as mediais ou finais) dos versos compõem verticalmente uma palavra ou frase. No livro de Ester Deus está presente em ministério e não em manifestação. Seus efeitos são evidentes, mas Ele fica oculto. Contudo, tem sido observado que as quatro letras YHWH, que no hebraico representam Jeová, ocorrem na narrativa quatro vezes na vertical em forma acróstica: Y – Et 1.20 H – Et 5.4 W – Et 5.13 H – Et 7.7 Encontramos o alfabeto hebraico no Salmo 119. Página 12 da apostila.
  • 21. Antítese (Do grego antíthesis). Consiste em uma figura na qual se salienta a oposição entre duas palavras ou idéias. O Anticristo, o oposto de Cristo; O hoje do tempo como se fosse o amanhã da eternidade; Alexandre Magno foi a antítese do verdadeiro Cristo, Etc. Página 13 da apostila.
  • 22. Antítipo (Do grego antítypon). Esta expressão significa tipo ou figura que representa outra. A preposição grega aqui inferida é em pouco irregular. Alguns rabinos opinam que ant (i) pode significar “ação contrária”, “oposição”, “contra”, Etc. E, assim, seria mais correto dizer: pro-tipo, este é, “pro” que traz a idéia de “movimento para adiante”, “posição em frente”, ou “aquilo que faz adiante”. Entretanto, como a tradição geral deste termo chegou até nós com o sentido de “figura que representa outra”, aceitamos tal sentido sem hesitação. Página 13 da apostila.
  • 23. Apóstrofe (Do grego apostrophé). Indica uma figura de linguagem que consiste em dirigir-se o orador ou escritor, em geral fazendo uma interrupção, parêntese ou interrogação, a uma pessoa, a coisa real ou fictícia. Na oratória, muitas vezes, a apóstrofe entra em evidência para dar ênfase ao argumento. Biblicamente falando, temos vários exemplos de apóstrofes, tanto no Antigo como no Novo Testamento. No Salmo 114 o escritor sagrado invoca na poesia este tipo de linguagem. Então ele pergunta: “Que tiveste, ó mar, que fugiste, e tu, ó Jordão, que tornaste atrás? E vós, montes, que saltaste como carneiros, e vós outeiros, como cordeiros?” (vv. 5, 6). No Novo Testamento, Paulo, fazendo sua defesa sobre a probabilidade da ressurreição, indica também esta linguagem figurada da Bíblia, dizendo: “Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória” (1 Co 15.55),Etc. Página 13 da apostila.
  • 24. Dramatização (Do grego dramatízo). Consiste numa figura de linguagem que dá ao discurso mais vida, vigor e encanto, coisa que outras figuras de linguagem não conseguem tanto. Personificar um caráter, bíblico ou não, e falar de seus sentimentos, introduzir no discurso um contraditor e formular suas obsessões e depois respondê-las ponto por ponto Página 14 da apostila.
  • 25. Enigma (Do grego aínigma). Esta figura consiste numa descrição, às vezes, obscura, ambígua, de alguma coisa, para que seja difícil decifrá-la. Este tipo de linguagem enigmática era bastante usada pelos sábios orientais. Sansão usou de enigmas para provar a capacidade dos filisteus (Jz 14.12-18). A rainha Makeda de Akssum, ouvindo a fama de Salomão, “...veio prová-lo por enigmas” (1 Rs 10.1). Algumas vezes os enigmas eram decifrados ao som de instrumentos (Sl 49.4). Algumas parábolas foram vistas pelos circunstantes de Jesus como verdadeiros enigmas (Sl 49.4; Mt 13.34, 35) e, de igual modo, os dons espirituais (1 Co 13.12). Página 14 da apostila.
  • 26. Eufemismo (Do grego euphemismós). Esta figura consiste em suavizar a expressão de uma idéia molesta, substituindo o termo por palavras ou circulações menos desagradáveis ou mais polidas: “...A menina não está morta, mas dorme” Mc 5.39b); “...Tendo desejo de partir (morrer)...” (Fl 1.23); “...Rômulo contraíra o mal-de-Lázaro (a lepra)”, Etc. Página 14 da apostila.
  • 27. Exclamação (Do Latim exclamatione). Refere-se a uma figura de linguagem em que o pregador emotivo se inclina a usá-la livremente. Alguns em qualquer parte do discurso dizem: Oh!; Ah!; Ai! Outros pregadores dizem: “Quão grande!”, Etc. Em alguns casos o pregador ou escritor usa esta figura de retórica para expressar grandeza. “Quão amáveis são os teus tabernáculos, Senhor dos exércitos!” (Sl 84.1) “Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os teus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!” (Rm 11.33). E coisas semelhantes a estas. Página 15 da apostila.
  • 28. Fábulas (Do grego mythos). Esta palavra significa “lenda”, “mito”. A fábula é uma narração alegórica cujas personagens são por via de regra, animais, ou seres imaginários da mitologia. Com efeito, a fábula como narração alegórica, sempre encerra no fundo uma lição moral. A fábula é, portanto, uma espécie de história ilustrativa fictícia e que ensina através da fantasia. O vocábulo está presente nas seguintes passagens das escrituras: Dt 28.37, ARC; 1 Tm 1.4; 4.7; 2 Tm 4.4; Tt 1.14; 2 Pe 1.16). Página 15 da apostila.
  • 29. Hipérbole (Do grego hyperbolé). Consiste numa figura de linguagem que engrandece ou diminui exageradamente a verdade das coisas: mas não se trata de mentira e, sim, de uma expressão momentânea. Por exemplo: quando o número de pessoas numa concentração não chega a atingir a cifra esperada, se diz: “apenas meia dúzia de gatos pingados” (jargão). Outro exemplo: “Passou correndo a mais de mil”, quando, na verdade, ia apenas a 10 km por hora. No conceito geral da Bíblia, depreendemos esta figura de linguagem em algumas passagens. Por exemplo: “Rios de águas correm dos meus olhos...” (Sl 119.136); “E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trava que está no teu olho?” (Mt 7.3); “É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus” (Mt19.24b); Página 16 da apostila.
  • 30. Interrogação (Do latim interrogatione). Refere-se a uma forma de linguagem que serve para animar o discurso. Neste caso, o pregador pode pensar num antagonista, que pode ser real ou imaginário, e questionar com ele, interrogando-o, de tal maneira que se desperte vivo interesse nos ouvintes, podendo-se fazer também perguntas constantes ao auditório. Assim se espertará a mente deles, como se tivessem de responder as perguntas feitas. Por exemplo: “Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do Senhor?” (Is 53.1). “O que dizem os homens ser o Filho do homem?... E vós, o que dizeis que eu sou? (Mt 16.14,15), Etc. Página 16 da apostila.
  • 31. Ironia (Do grego eirónia). Consiste no modo de exprimir-se em dizer o contrário daquilo que se está pensando ou sentindo. Alguns episódios na Bíblia expressam o significado do pensamento desta figura de linguagem. Veja: Balaão e Balaque: “...Veio, pois, Deus a Balaão, de noite, e disse-lhe: Já que esses homens te vieram chamar, levanta-te, vai com eles; todavia, farás somente aquilo que eu te disser. A ira de Deus se acendeu, porque ele ia, e o anjo do Senhor pôs-se-lhe no caminho por adversário. Ora, ele ia montado na sua jumenta, tendo consigo os seus dois servos...”. Página 16 da apostila.
  • 32. Paradoxo (Do grego parádoxon). Infere em um conceito que é ou parece contrário ou comum: “Ninguém faz o mal voluntariamente, mas por ignorância, pois a sabedoria e a virtude são inseparáveis” (Sócrates). O vocábulo procede do grego e chega até nós por intermédio do latim. Está formado de duas expressões: para, que significa contra e doxa, opinião ou crença. Soa ao ouvido como algo incrível, ou impossível, se não absurdo. Jesus deu-nos lições paradoxais, quando advertiu os discípulos do fermento dos fariseus e quando mostrou a um candidato ao discipulado a urgência da missão (cf. Mt 8.21,22; 16.6, Etc.). Página 17 da apostila.
  • 33. Personificação (Do grego prosopon?) semelhante a Prosopopéia. Diferenciaremos da seguinte forma: Coisas concretas inanimadas. Esta figura consiste na maneira como o pregador se dirige a uma coisa concreta inanimada como se tivesse viva. Isso dá ao discurso grande animação e beleza, e uma apaixonante energia. Jesus personificou as pedras como se fossem seres animados. Então ele disse: “Se estes se calarem, as pedras clamarão”, “...E quando chegou perto e viu a cidade, chorou sobre ela...” (Lc 19. 40); “A terra geme e pranteia, o Líbano se envergonha e se murcha: Sarom se tornou como um deserto; e Basã e Carmelo foram sacudidos” (Is 33.9); “Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita” (Mt 6.3). Página 17 da apostila.
  • 34. Prosopopéia (Do grego prosopopaiía) semelhante a Personificação. Diferenciaremos da seguinte forma: Coisas abstratas inanimadas. Esta figura, segundo a divisão correta, indica uma linguagem em que se dá vida, ação, movimento e voz a coisas abstratas inanimadas. Exemplo: “A perdição e a morte dizem: Ouvimos com os nossos ouvidos a sua fama” (Jó 28.22); Paulo e João usaram esta figura ao se referirem à morte e ao inferno. “...Ora, o último inimigo a ser destruído é a morte...”, “...Onde está, ó morte, a tua vitória? Página 18 da apostila.
  • 35. Repetição (s.f. do v. retificar). Como indica o significado do pensamento, consiste em retificar uma informação anterior. “O país andava numa situação política tão complicada quanto a de agora. Não minto. Tanto não”. Esta figura de linguagem deve somente ser usada pelo pregador, quando ocorrer um engano mental, ou quando houver exagero numa afirmação comprometedora, ela deve ser usada em lagar de desculpa. Página 18 da apostila.
  • 36. Símbolo (Do grego symbolon). Esta figura designa, fundamentalmente, aquilo que, por um princípio de analogia, representa ou substitui outra coisa: A balança é o símbolo da justiça; São os símbolos nacionais, a bandeira, o hino, as armas e o selo. Geralmente, o tipo é prefigurativo, e o símbolo é ilustrativo do que já existia. Certos símbolos, contudo, provêm de circunstâncias e relações especiais. Alguns são orientais e têm na sua origem maneiras e costumes de diferentes povos; outros derivam da história; e há os que também são produtos da imaginação. Relação da hermenêutica com outros campos de estudo bíblico a hermenêutica não se encontra isolada de outros campos de estudo bíblico. Ela se relaciona com o estudo do cânon, da crítica textual, da crítica histórica, da exegese, e da teologia bíblica bem como a sistemática. Página 18 da apostila.