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INTRODUÇÃO AOS
EVANGELHOS Altierez dos Santos
QUATRO EVANGELHOS
1º PERÍODO: marcado pelo
próprio Jesus, de 6 a.C. a 30 d.C., que
não escreveu, apenas pregou a
mensagem, pelos caminhos da Galileia,
da Samaria e da Judeia, reunindo à sua
volta um pequeno grupo de discípulos a
quem iniciou nos mistérios do Reino dos
céus (Mt 13,11).
OS EVANGELHOS: RESULTADO DA CONSTRUÇÃO DA MEMÓRIA DAS
PRIMEIRAS COMUNIDADES, CONSTRUÍDO EM TRÊS PERÍODOS DIFERENTES:
Depois da desilusão (Lc 24,18-21) e do medo
(Jo 20,19-23), os Apóstolos, confirmados pelo
Espírito Santo em Pentecostes (At 2,1-13),
anunciam a mensagem.
Após a morte e ressurreição de Jesus.
2º PERÍODO
Não se preocuparam em
sistematizar, mas em
testemunhar e formar
comunidades. Este 2°
período, ou primeira
geração cristã, vai dos
anos 30 a 70.
Após a morte e ressurreição de Jesus.
2º PERÍODO
3° PERÍODO
Reunem-se as diferentes “tradições” sobre
Jesus para não se perder a memória do Senhor.
Este período vai dos anos 60 a 100. Aparece a
redação definitiva dos Quatro Evangelhos.
A segunda geração cristã, dos discípulos dos Apóstolos e de
outras testemunhas oculares de Jesus.
Porquê 4
Semelhantes, mas diferentes
• Escrita antiga: entre os
anos 60 e 100.
• Antiguidade na utilização
destes textos;
• Utilização de cada texto
em um ambiente cultural
diferente;
EVANGELHOS?
MARCOS: mais antiga
narrativa e base das
demais. Ambientes
judaicos romanos (explica
Cristo aos que não
esperavam o Messias);
DETALHES
Que dizem muito
LUCAS:
ambientes gregos
(explica a Lei e os
costumes
judaicos);
DETALHES
Que dizem muito
Marcos, Mateus e
Lucas: semelhanças
fundamentais e
diferenças de
pormenor; são
chamados sinóticos;
O que diziam outros grupos
Marcião: usa Lucas por
lhe parecer o Evangelho
que fala do amor de
Deus; elimina partes e
rejeita o Antigo
Testamento.
O que diziam outros grupos
Movimento Gnóstico:
utiliza e manipula o
Evangelho de João
(ver Jo 14,2-3; 17,16).
∙
O que diziam outros grupos
Tassiano: quer um
único Evangelho,
“resumo” dos quatro, o
Diatesseron, seguido
pelas igrejas siríacas.
∙
“Evangelho
dos
Hebreus”
“Evangelho
dos
Ebionitas”
“Evangelho
de
Pedro”
“Evangelho
de
Tomé”
Proto-
Evangelho
de Tiago.
Muitos outros “evangelhos” apócrifos isto é,
falsos, circularam a partir do séc. II.
Os mais conhecidos foram:
De alguns restam apenas
fragmentos e breves notícias.
Traziam histórias populares mais
ou menos edificantes sobre
fatos da vida de Jesus ou
simples coleções de algumas
palavras a Ele atribuídas.
Eram compilações
criadas por grupos
religiosos
independentes da
primeira
comunidade.
Muitos
procuravam
favorecer certas
doutrinas
estranhas.
EVANGELHOS APÓCRIFOS E FORMAÇÃO DO CÂNON
1) Não terem ligação direta
com o grupo dos Apóstolos,
por isso cada Evangelho
possui um nome, (critério da
Tradição);
SEGUINTES MOTIVOS:
A Igreja os rejeitou pelos
2) Acrescentarem palavras e
fatos à vida de Jesus, muitas
vezes fantasiosos (critério
literário);
SEGUINTES MOTIVOS:
A Igreja os rejeitou pelos
3) Não serem utilizados na
pregação e na liturgia da
Igreja universal (critério
litúrgico).
SEGUINTES MOTIVOS:
A Igreja os rejeitou pelos
O cânon foi se definindo em meio
a testemunhos da primitiva
comunidade e heresias. No
século I já estava delineado. O
Apocalipse quase não foi aceito
por sua linguagem iniciática,
como outros livros.
SEGUINTES MOTIVOS:
A Igreja os rejeitou pelos
Escrito entre os anos 80-
90 (segunda geração da
comunidade cristã);
Seu autor cria uma
Teologia da História ou
uma Eclesiologia;
ATOS DOS APÓSTOLOS
Pedro, de Peter Paul Rubens, 1610
Os personagens
centrais do livro
são Pedro (1-12)
e Paulo (13ss).
Autoria atribuída
a Lucas.
Lucas começa e termina
em Jerusalém; os Atos
dos Apóstolos começam
em Jerusalém, com os
Doze, e terminam em
Roma com Paulo, para
dizer que se realizou o
programa de Jesus
(At 28,25-28).
Pedro, de Peter Paul Rubens, 1610
Mateus
Evangelho de
EVANGELHO DE SÃO MATEUS
Transmitido em grego, mas
escrito em aramaico, a
língua de Jesus.
Apresenta um perfil seguro e
nítido de Jesus.
EVANGELHO DE SÃO MATEUS
Reflete tradições
hebraicas e pode ter
sido escrito na Síria,
talvez em Antioquia ou
Fenícia.
EVANGELHO DE SÃO MATEUS
Revela uma polêmica
contra os fariseus e
pode datar dos anos
80 ou 90.
AUTOR E COMPOSIÇÃO LITERÁRIA
O livro não revela seu
autor, mas a tradição da
Igreja o identifica como o
apóstolo Mateus, um dos
Doze, identificado com
Levi, cobrador de
impostos (9,9-13; 10,3).
AUTOR E COMPOSIÇÃO LITERÁRIA
 Fontes comuns a Mc e Lc, porém
com narração muito diferente;
 Muitos elementos próprios;
 Compilação de palavras e de fatos,
de “discursos” e de milagres;
AUTOR E COMPOSIÇÃO LITERÁRIA
 Recurso a certos números (7, 3, 2);
 Paralelismo sinonímico e antitético;
 Estilo hierático e catequético;
 Citações da Escritura, etc.
DIVISÃO
∙É possível dividir o livro e o
conteúdo de três formas:
∙1. Segundo o plano
geográfico:
∙o ministério de Jesus na
Galileia (4,12b-13,58), a sua
atividade nas fronteiras da
Galileia e a caminho de
Jerusalém (14,1-20,34), onde
ocorre a Paixão (21,1-28,20).
e conteúdo
Ruínas de Caná da Galiléia
∙2. Segundo os cinco
“discursos”. Seus
temas são: “a justiça
do Reino” (5-7), os
arautos do Reino (10),
os mistérios do Reino
(13), os filhos do Reino
(18) e a vigilância do
Reino (24-25).
A VIDA DE
∙3. Segundo o drama da
existência de Jesus: Messias
recusado (3,1-13,58), morto e
glorificado (14-28).
∙I. Evangelho da Infância de
Jesus (1,1-2,23);
∙II. Anúncio do Reino do
Céu (3,1-25,46);
III. Paixão e Ressurreição de
Jesus (26,1-28,20).
Jesus
Escreve para judeus e mostra como
em Jesus, novo Moisés, as
Escrituras se cumprem e se
aperfeiçoam. Cristo confirma a Lei
e os Profetas. (5,17-20).
TEOLOGIA DE MATEUS
A Igreja é o novo Israel.
Nele percebemos cinco blocos de
palavras ou “discursos” de Jesus:
5,1-7,28; 8,1-10,42; 11,1-13,52;
13,53-18,35; 19,1-25,46.
TEOLOGIA DE MATEUS
Os discursos são encerrados sempre com
as mesmas palavras (7,28).
Desde o séc. II, o Evangelho de Mateus
foi considerado o “Evangelho da Igreja”,
por sua riqueza e organização, sendo
privilegiado na catequese e na liturgia.
TEOLOGIA DE MATEUS
Marcos
Evangelho de
EVANGELHO DE SÃO MARCOS
A Tradição atribui este
Evangelho a Marcos,
identificado com João,
Marcos, filho de Maria, em
cuja casa os cristãos se
reuniam para orar (At 12,12).
EVANGELHO DE SÃO MARCOS
Com Barnabé, seu primo,
Marcos acompanhou Paulo
na primeira viagem
missionária (At 13,5.13; 15,37.39)
e foi com ele preso a Roma
(Cl 4,10), onde ligou-se mais a
Pedro, que o tratava por “meu
filho” (1 Pe 5,13).
EVANGELHO DE SÃO MARCOS
Marcos o escreveu
pouco antes da
destruição de
Jerusalém, que
aconteceu no ano 70.
1. É o mais breve e mais antigo dos quatro.
2. Santo Agostinho considerava-o como um
resumo de Mateus.
3. Foi escrito na fase mais primitiva da reflexão
da Igreja sobre o Acontecimento Cristo.
EVANGELHO DE MARCOS: CATEQUESE DE
PEDRO EM ROMA
4. Conserva o esquema da antiga pregação
apostólica, indicada em Atos 1,22: começa com
o batismo de João (1,4) e termina com a
Ascensão do Senhor (16,19).
EVANGELHO DE MARCOS: CATEQUESE DE
PEDRO EM ROMA
5. Os outros Evangelhos, sobretudo os Sinóticos,
o têm como base.
6. Dele retiraram o esquema histórico-
geográfico da vida pública de Jesus: Galileia,
Viagem para Jerusalém, Jerusalém.
EVANGELHO DE MARCOS: CATEQUESE DE
PEDRO EM ROMA
Pobre em vocabulário.
 Suscinto em discursos
(apenas dois: as parábolas (4)
e a escatologia (13);
 Possui muitas narrações e é
excelente narrador;
 Prende a atenção dos leitores;
CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS
 Destaca as palavras de Jesus
em aramaico: “Talitha qûm”
(5,42) e “Eloí, Eloí, lemá
sabachtáni” (15,34);
 Descreve um dia típico de
Jesus na “jornada de
Cafarnaum” (1,21-34);
CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS
PARTICULARIDADES
Traz o único texto bíblico
em que Jesus aparece
como “o Filho de Maria”
(6,3), ao contrário dos
outros que falam de
Maria, mãe de Jesus;
PARTICULARIDADES
Responde, por
Pedro à pergunta
sobre quem é Jesus:
“Tu és o Messias!”
(8,29);
PARTICULARIDADES
Apresenta uma Cristologia
simples e acessível: Jesus de
Nazaré é verdadeiramente o
Messias que, com a sua
Morte e Ressurreição,
demonstrou ser
verdadeiramente o Filho de
Deus (15,39).
Este plano é desenvolvido ao longo das 5 seções em que
podemos dividir o Evangelho de Marcos:
I. Preparação do ministério de Jesus: (1,1-13);
II. Ministério na Galileia: (1,14-7,23);
III. Viagens por Tiro, Sídon e a Decápole: (7,24-
10,52);
IV. Ministério em Jerusalém: (11,1-13,37);
V. Paixão e Ressurreição de Jesus: (14,1-16,20).
Marcos apresenta Jesus e o grupo dos
discípulos como modelo da Igreja.
Apresenta Jesus “Filho de Deus” (1,1.11; 9,7;
15,39) como profundamente humano.
Destaca-Lhe os contrastes: é acessível (8,1-3) e
distante (4,38-39); carinhoso (10,16) e fechado
(8,12-13); pede “segredo” sobre sua pessoa e
milagres, mas depois manda anunciar tudo;
manifesta limitações e até aparenta ignorância
(13,22). Apresenta-se como Deus verdadeiro e
verdadeiro homem. Por isso muitas vezes há
dificuldade em reconhecerem Jesus.
…
VV.AA. Introdução ao segundo
Testamento. São Paulo: Paulus, 2008.
Capuchinhos. Conteúdos de
formação bíblica. Disponível em:
https://capuchinhos.org/biblia/inde
x.php/Evangelhos_
e_
Atos. Acesso em
10 out. 2019.
REFERÊNCIAS
Altierez dos
Santos
CONTATO PARA PALESTRAS:
www.altierezdossantos.com
(16) 982 710 157
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8.-ALTIEREZ-DOS-SANTOS-CISE-OS-EVANGELHOS-PARTE-I.pdf

  • 2. QUATRO EVANGELHOS 1º PERÍODO: marcado pelo próprio Jesus, de 6 a.C. a 30 d.C., que não escreveu, apenas pregou a mensagem, pelos caminhos da Galileia, da Samaria e da Judeia, reunindo à sua volta um pequeno grupo de discípulos a quem iniciou nos mistérios do Reino dos céus (Mt 13,11). OS EVANGELHOS: RESULTADO DA CONSTRUÇÃO DA MEMÓRIA DAS PRIMEIRAS COMUNIDADES, CONSTRUÍDO EM TRÊS PERÍODOS DIFERENTES:
  • 3. Depois da desilusão (Lc 24,18-21) e do medo (Jo 20,19-23), os Apóstolos, confirmados pelo Espírito Santo em Pentecostes (At 2,1-13), anunciam a mensagem. Após a morte e ressurreição de Jesus. 2º PERÍODO
  • 4. Não se preocuparam em sistematizar, mas em testemunhar e formar comunidades. Este 2° período, ou primeira geração cristã, vai dos anos 30 a 70. Após a morte e ressurreição de Jesus. 2º PERÍODO
  • 5. 3° PERÍODO Reunem-se as diferentes “tradições” sobre Jesus para não se perder a memória do Senhor. Este período vai dos anos 60 a 100. Aparece a redação definitiva dos Quatro Evangelhos. A segunda geração cristã, dos discípulos dos Apóstolos e de outras testemunhas oculares de Jesus.
  • 6. Porquê 4 Semelhantes, mas diferentes • Escrita antiga: entre os anos 60 e 100. • Antiguidade na utilização destes textos; • Utilização de cada texto em um ambiente cultural diferente; EVANGELHOS?
  • 7. MARCOS: mais antiga narrativa e base das demais. Ambientes judaicos romanos (explica Cristo aos que não esperavam o Messias); DETALHES Que dizem muito
  • 8. LUCAS: ambientes gregos (explica a Lei e os costumes judaicos); DETALHES Que dizem muito
  • 9. Marcos, Mateus e Lucas: semelhanças fundamentais e diferenças de pormenor; são chamados sinóticos;
  • 10. O que diziam outros grupos Marcião: usa Lucas por lhe parecer o Evangelho que fala do amor de Deus; elimina partes e rejeita o Antigo Testamento.
  • 11. O que diziam outros grupos Movimento Gnóstico: utiliza e manipula o Evangelho de João (ver Jo 14,2-3; 17,16). ∙
  • 12. O que diziam outros grupos Tassiano: quer um único Evangelho, “resumo” dos quatro, o Diatesseron, seguido pelas igrejas siríacas. ∙
  • 13. “Evangelho dos Hebreus” “Evangelho dos Ebionitas” “Evangelho de Pedro” “Evangelho de Tomé” Proto- Evangelho de Tiago. Muitos outros “evangelhos” apócrifos isto é, falsos, circularam a partir do séc. II. Os mais conhecidos foram:
  • 14. De alguns restam apenas fragmentos e breves notícias. Traziam histórias populares mais ou menos edificantes sobre fatos da vida de Jesus ou simples coleções de algumas palavras a Ele atribuídas. Eram compilações criadas por grupos religiosos independentes da primeira comunidade. Muitos procuravam favorecer certas doutrinas estranhas. EVANGELHOS APÓCRIFOS E FORMAÇÃO DO CÂNON
  • 15. 1) Não terem ligação direta com o grupo dos Apóstolos, por isso cada Evangelho possui um nome, (critério da Tradição); SEGUINTES MOTIVOS: A Igreja os rejeitou pelos
  • 16. 2) Acrescentarem palavras e fatos à vida de Jesus, muitas vezes fantasiosos (critério literário); SEGUINTES MOTIVOS: A Igreja os rejeitou pelos
  • 17. 3) Não serem utilizados na pregação e na liturgia da Igreja universal (critério litúrgico). SEGUINTES MOTIVOS: A Igreja os rejeitou pelos
  • 18. O cânon foi se definindo em meio a testemunhos da primitiva comunidade e heresias. No século I já estava delineado. O Apocalipse quase não foi aceito por sua linguagem iniciática, como outros livros. SEGUINTES MOTIVOS: A Igreja os rejeitou pelos
  • 19. Escrito entre os anos 80- 90 (segunda geração da comunidade cristã); Seu autor cria uma Teologia da História ou uma Eclesiologia; ATOS DOS APÓSTOLOS Pedro, de Peter Paul Rubens, 1610
  • 20. Os personagens centrais do livro são Pedro (1-12) e Paulo (13ss). Autoria atribuída a Lucas.
  • 21. Lucas começa e termina em Jerusalém; os Atos dos Apóstolos começam em Jerusalém, com os Doze, e terminam em Roma com Paulo, para dizer que se realizou o programa de Jesus (At 28,25-28). Pedro, de Peter Paul Rubens, 1610
  • 23. EVANGELHO DE SÃO MATEUS Transmitido em grego, mas escrito em aramaico, a língua de Jesus. Apresenta um perfil seguro e nítido de Jesus.
  • 24. EVANGELHO DE SÃO MATEUS Reflete tradições hebraicas e pode ter sido escrito na Síria, talvez em Antioquia ou Fenícia.
  • 25. EVANGELHO DE SÃO MATEUS Revela uma polêmica contra os fariseus e pode datar dos anos 80 ou 90.
  • 26. AUTOR E COMPOSIÇÃO LITERÁRIA O livro não revela seu autor, mas a tradição da Igreja o identifica como o apóstolo Mateus, um dos Doze, identificado com Levi, cobrador de impostos (9,9-13; 10,3).
  • 27. AUTOR E COMPOSIÇÃO LITERÁRIA  Fontes comuns a Mc e Lc, porém com narração muito diferente;  Muitos elementos próprios;  Compilação de palavras e de fatos, de “discursos” e de milagres;
  • 28. AUTOR E COMPOSIÇÃO LITERÁRIA  Recurso a certos números (7, 3, 2);  Paralelismo sinonímico e antitético;  Estilo hierático e catequético;  Citações da Escritura, etc.
  • 29. DIVISÃO ∙É possível dividir o livro e o conteúdo de três formas: ∙1. Segundo o plano geográfico: ∙o ministério de Jesus na Galileia (4,12b-13,58), a sua atividade nas fronteiras da Galileia e a caminho de Jerusalém (14,1-20,34), onde ocorre a Paixão (21,1-28,20). e conteúdo Ruínas de Caná da Galiléia
  • 30. ∙2. Segundo os cinco “discursos”. Seus temas são: “a justiça do Reino” (5-7), os arautos do Reino (10), os mistérios do Reino (13), os filhos do Reino (18) e a vigilância do Reino (24-25).
  • 31. A VIDA DE ∙3. Segundo o drama da existência de Jesus: Messias recusado (3,1-13,58), morto e glorificado (14-28). ∙I. Evangelho da Infância de Jesus (1,1-2,23); ∙II. Anúncio do Reino do Céu (3,1-25,46); III. Paixão e Ressurreição de Jesus (26,1-28,20). Jesus
  • 32. Escreve para judeus e mostra como em Jesus, novo Moisés, as Escrituras se cumprem e se aperfeiçoam. Cristo confirma a Lei e os Profetas. (5,17-20). TEOLOGIA DE MATEUS
  • 33. A Igreja é o novo Israel. Nele percebemos cinco blocos de palavras ou “discursos” de Jesus: 5,1-7,28; 8,1-10,42; 11,1-13,52; 13,53-18,35; 19,1-25,46. TEOLOGIA DE MATEUS
  • 34. Os discursos são encerrados sempre com as mesmas palavras (7,28). Desde o séc. II, o Evangelho de Mateus foi considerado o “Evangelho da Igreja”, por sua riqueza e organização, sendo privilegiado na catequese e na liturgia. TEOLOGIA DE MATEUS
  • 36. EVANGELHO DE SÃO MARCOS A Tradição atribui este Evangelho a Marcos, identificado com João, Marcos, filho de Maria, em cuja casa os cristãos se reuniam para orar (At 12,12).
  • 37. EVANGELHO DE SÃO MARCOS Com Barnabé, seu primo, Marcos acompanhou Paulo na primeira viagem missionária (At 13,5.13; 15,37.39) e foi com ele preso a Roma (Cl 4,10), onde ligou-se mais a Pedro, que o tratava por “meu filho” (1 Pe 5,13).
  • 38. EVANGELHO DE SÃO MARCOS Marcos o escreveu pouco antes da destruição de Jerusalém, que aconteceu no ano 70.
  • 39. 1. É o mais breve e mais antigo dos quatro. 2. Santo Agostinho considerava-o como um resumo de Mateus. 3. Foi escrito na fase mais primitiva da reflexão da Igreja sobre o Acontecimento Cristo. EVANGELHO DE MARCOS: CATEQUESE DE PEDRO EM ROMA
  • 40. 4. Conserva o esquema da antiga pregação apostólica, indicada em Atos 1,22: começa com o batismo de João (1,4) e termina com a Ascensão do Senhor (16,19). EVANGELHO DE MARCOS: CATEQUESE DE PEDRO EM ROMA
  • 41. 5. Os outros Evangelhos, sobretudo os Sinóticos, o têm como base. 6. Dele retiraram o esquema histórico- geográfico da vida pública de Jesus: Galileia, Viagem para Jerusalém, Jerusalém. EVANGELHO DE MARCOS: CATEQUESE DE PEDRO EM ROMA
  • 42. Pobre em vocabulário.  Suscinto em discursos (apenas dois: as parábolas (4) e a escatologia (13);  Possui muitas narrações e é excelente narrador;  Prende a atenção dos leitores; CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS
  • 43.  Destaca as palavras de Jesus em aramaico: “Talitha qûm” (5,42) e “Eloí, Eloí, lemá sabachtáni” (15,34);  Descreve um dia típico de Jesus na “jornada de Cafarnaum” (1,21-34); CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS
  • 44. PARTICULARIDADES Traz o único texto bíblico em que Jesus aparece como “o Filho de Maria” (6,3), ao contrário dos outros que falam de Maria, mãe de Jesus;
  • 45. PARTICULARIDADES Responde, por Pedro à pergunta sobre quem é Jesus: “Tu és o Messias!” (8,29);
  • 46. PARTICULARIDADES Apresenta uma Cristologia simples e acessível: Jesus de Nazaré é verdadeiramente o Messias que, com a sua Morte e Ressurreição, demonstrou ser verdadeiramente o Filho de Deus (15,39).
  • 47. Este plano é desenvolvido ao longo das 5 seções em que podemos dividir o Evangelho de Marcos: I. Preparação do ministério de Jesus: (1,1-13); II. Ministério na Galileia: (1,14-7,23); III. Viagens por Tiro, Sídon e a Decápole: (7,24- 10,52); IV. Ministério em Jerusalém: (11,1-13,37); V. Paixão e Ressurreição de Jesus: (14,1-16,20).
  • 48. Marcos apresenta Jesus e o grupo dos discípulos como modelo da Igreja. Apresenta Jesus “Filho de Deus” (1,1.11; 9,7; 15,39) como profundamente humano.
  • 49. Destaca-Lhe os contrastes: é acessível (8,1-3) e distante (4,38-39); carinhoso (10,16) e fechado (8,12-13); pede “segredo” sobre sua pessoa e milagres, mas depois manda anunciar tudo; manifesta limitações e até aparenta ignorância (13,22). Apresenta-se como Deus verdadeiro e verdadeiro homem. Por isso muitas vezes há dificuldade em reconhecerem Jesus.
  • 50. … VV.AA. Introdução ao segundo Testamento. São Paulo: Paulus, 2008. Capuchinhos. Conteúdos de formação bíblica. Disponível em: https://capuchinhos.org/biblia/inde x.php/Evangelhos_ e_ Atos. Acesso em 10 out. 2019. REFERÊNCIAS
  • 51. Altierez dos Santos CONTATO PARA PALESTRAS: www.altierezdossantos.com (16) 982 710 157