Resumo
Este trabalho é parte de uma pesquisa mais ampla, que tem como foco as produções de
literatura que abordam a temática indígena. Trata-se, aqui, de um recorte, cujo objetivo é
discutir as representações que se produzem sobre os índios nas ilustrações de algumas
obras que compõem o acervo da pesquisa. Foram selecionados 10 livros para crianças,
ilustrados por três profissionais diferentes. No texto são apresentadas duas categorias
analíticas resultantes deste estudo: o uso de estereótipos na composição dos personagens
e algumas estratégias utilizadas pelos ilustradores para dar dinamicidade às representações
dos povos indígenas. Observa-se, nas imagens, uma tipificação que parece marcar tanto na
caracterização dos personagens, quanto na composição dos cenários das histórias, e que
tem por base alguns estereótipos. Por outro lado, a análise mostra que, em algumas obras,
os autores utilizam estratégias variadas na composição das ilustrações, aspecto que, em
certa medida, contribui para dar dinamicidade às representações.
Palavras-Chave: Estudos Culturais, Literatura Indígena, Literatura Infantil.
O documento descreve os principais elementos da narrativa, incluindo narrador, enredo, personagens, espaço e tempo. Detalha os tipos de narrador, como onisciente, personagem e observador. Explora também os conceitos de protagonista, co-protagonista, personagem secundária e antagonista.
As contribuições do Ensino de literatura para a formação do leitor no ensino ...Elis Silva
Tcc sobre a formação do leitor literário no ensino médio,o perfil do aluno leitor, as práticas do professor no ensino de Literatura e a importância da leitura para a formação social do leitor
O documento discute os benefícios da leitura para o desenvolvimento pessoal e intelectual. A leitura ajuda a desenvolver o espírito crítico, a criatividade e a maturidade. Também ocupa o tempo livre de forma saudável e combate a ociosidade e a violência. A leitura em família traz grandes benefícios para as crianças e deve ser incentivada.
O documento define resenha como um gênero textual que apresenta as principais ideias de uma obra de forma concisa. Uma resenha deve emitir juízos de valor sobre a obra analisada usando argumentos persuasivos. O texto também discute fatores como o público-alvo, suporte e linguagem a serem considerados na produção de uma resenha.
Rachel de Queiroz foi a primeira mulher eleita para a Academia Brasileira de Letras. Ela foi escritora, jornalista, romancista, cronista, tradutora e teatróloga. Seu primeiro romance "O Quinze" retratou a seca no Ceará em 1915 e ganhou um prêmio literário.
O documento apresenta informações sobre o que é um resumo e seus tipos. Explica que um resumo é uma redução do texto original que captura suas ideias essenciais de forma concisa. Apresenta os principais tipos de resumo sendo eles: indicativo, informativo e crítico. Fornece dicas para a elaboração de um resumo indicativo, como identificar as partes e ideias principais do texto a partir da introdução, desenvolvimento e conclusão.
O documento discute a resenha como um gênero textual opinativo que analisa objetos de consumo cultural como livros, filmes e programas de TV. A resenha influencia a formação de opinião do público e deve conter informações sobre a obra somadas a comentários e opiniões do autor de forma imparcial. As resenhas equilibram descrição e análise para informar e opinar sobre o objeto resenhado.
Este documento fornece um roteiro para análise literária de um livro lido, incluindo instruções para pesquisar sobre o autor e sua obra, descrever personagens e seu destino, fazer uma propaganda do livro, escrever uma carta à personagem principal e um bilhete a um amigo sobre a história e importância do livro.
O documento descreve os principais elementos da narrativa, incluindo narrador, enredo, personagens, espaço e tempo. Detalha os tipos de narrador, como onisciente, personagem e observador. Explora também os conceitos de protagonista, co-protagonista, personagem secundária e antagonista.
As contribuições do Ensino de literatura para a formação do leitor no ensino ...Elis Silva
Tcc sobre a formação do leitor literário no ensino médio,o perfil do aluno leitor, as práticas do professor no ensino de Literatura e a importância da leitura para a formação social do leitor
O documento discute os benefícios da leitura para o desenvolvimento pessoal e intelectual. A leitura ajuda a desenvolver o espírito crítico, a criatividade e a maturidade. Também ocupa o tempo livre de forma saudável e combate a ociosidade e a violência. A leitura em família traz grandes benefícios para as crianças e deve ser incentivada.
O documento define resenha como um gênero textual que apresenta as principais ideias de uma obra de forma concisa. Uma resenha deve emitir juízos de valor sobre a obra analisada usando argumentos persuasivos. O texto também discute fatores como o público-alvo, suporte e linguagem a serem considerados na produção de uma resenha.
Rachel de Queiroz foi a primeira mulher eleita para a Academia Brasileira de Letras. Ela foi escritora, jornalista, romancista, cronista, tradutora e teatróloga. Seu primeiro romance "O Quinze" retratou a seca no Ceará em 1915 e ganhou um prêmio literário.
O documento apresenta informações sobre o que é um resumo e seus tipos. Explica que um resumo é uma redução do texto original que captura suas ideias essenciais de forma concisa. Apresenta os principais tipos de resumo sendo eles: indicativo, informativo e crítico. Fornece dicas para a elaboração de um resumo indicativo, como identificar as partes e ideias principais do texto a partir da introdução, desenvolvimento e conclusão.
O documento discute a resenha como um gênero textual opinativo que analisa objetos de consumo cultural como livros, filmes e programas de TV. A resenha influencia a formação de opinião do público e deve conter informações sobre a obra somadas a comentários e opiniões do autor de forma imparcial. As resenhas equilibram descrição e análise para informar e opinar sobre o objeto resenhado.
Este documento fornece um roteiro para análise literária de um livro lido, incluindo instruções para pesquisar sobre o autor e sua obra, descrever personagens e seu destino, fazer uma propaganda do livro, escrever uma carta à personagem principal e um bilhete a um amigo sobre a história e importância do livro.
Plano de curso produção textual - 7ºanonandatinoco
O plano de curso descreve os conteúdos, procedimentos didáticos e recursos para cada mês do ano letivo para a disciplina de Produção Textual no 7o ano do ensino fundamental. Os conteúdos incluem diferentes gêneros textuais como conto, crônica, poesia e reportagem. As técnicas envolvem atividades individuais e em grupo, debates, produção de textos e leituras. Os recursos listam livros didáticos e multimídia. A avaliação ocorrerá por meio de provas,
O documento discute a importância da literatura para as civilizações e como ela surgiu de narrativas ancestrais como mitos e contos folclóricos. Também diferencia linguagem literária de não-literária e explica a evolução histórica da literatura desde a antiguidade até os dias atuais, quando continua viva apesar de ser considerada um gênero menor pela crítica.
O documento discute perspectivas pedagógicas para o ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa. Ele propõe um panorama do assunto e planejamento de ações considerando habilidades, objetivos, concepções de linguagem e processos de aquisição. Também lista práticas a serem evitadas e recomenda abordagens funcionais, contextualizadas e sociais da língua.
O documento descreve as principais diferenças entre textos literários e não literários. Textos não literários usam linguagem denotativa e objetiva para informar, enquanto textos literários usam linguagem conotativa e subjetiva para criar significado estético, desviando da norma linguística.
O documento fornece um modelo de fichamento para um filme, com seções de introdução, análise crítica, conclusão e bibliografia. Inclui exemplos de como preencher cada seção com informações sobre o filme "O Velho" e sua análise da história de Luiz Carlos Prestes.
O documento discute os principais elementos da narrativa, incluindo introdução, desenvolvimento, clímax e conclusão. Também aborda conceitos-chave como personagens, tempo, espaço e os tipos de narração.
Histórias em quadrinhos (conteúdo mais completo)jpsales
O documento resume o que são histórias em quadrinhos, como elas são conhecidas em outros países, e alguns dos personagens mais famosos como Turma da Mônica, Mafalda e Calvin e Hobbes.
O documento descreve os principais tipos textuais: narrativa, descrição, dissertação/exposição, argumentação e injunção. Ele explica que cada tipo textual tem um propósito, como contar uma história em uma narrativa ou defender uma ideia em uma argumentação. O documento também menciona que o conceito de tipologia textual se aplica a outras linguagens como a pintura.
Este documento resume as características e diferenças entre fábulas, parábolas e apólogos. Fábulas geralmente usam animais como personagens e tem uma moralidade no final. Parábolas usam seres humanos e lições éticas. Apólogos personificam objetos e seres inanimados para ensinar lições de vida. Todos esses gêneros usam narrativas para transmitir ensinamentos.
O documento descreve o gênero textual dos blogs, definindo-o como um diário online onde usuários publicam conteúdo e interagem uns com os outros. Discorre sobre como blogs são produzidos em vários contextos sociais e objetivos, e sua estrutura com cabeçalho, laterais, texto principal e espaço para comentários.
O documento discute os gêneros textuais, definindo-os como textos encontrados no cotidiano que possuem características sócio-comunicativas definidas por estilo, função, composição, conteúdo e canal. Ele lista exemplos de gêneros textuais como cartas, diários, blogs, e-mails, entre outros, e explica que a compreensão dos gêneros textuais é essencial para entender a dinâmica da linguagem e suas relações sociais.
O documento resume as principais características e períodos literários da literatura de língua portuguesa no Brasil e em Portugal, desde a Idade Média até o Modernismo. Apresenta os principais movimentos literários de cada período, com suas datas, autores representativos e traços estilísticos.
O documento discute os gêneros jornalísticos informativos da notícia e da reportagem. Explica que a notícia relata fatos de forma objetiva e concisa, enquanto a reportagem oferece mais detalhes e contexto sobre um assunto. Também destaca algumas técnicas básicas para a produção de notícias, como a ordenação dos fatos por importância e o relato isento dos fatos.
Este documento discute os três modos de organização de texto - descrição, narração e dissertação - que são comuns em provas de português. Ele se concentra especificamente na descrição, definindo-a como a caracterização detalhada de objetos, pessoas ou lugares através da observação cuidadosa. O documento explica as características e estruturas da descrição objetiva e subjetiva, fornecendo exemplos literários destes estilos descritivos.
O documento descreve os principais gêneros literários - lírico, dramático e épico. O gênero lírico enfatiza os aspectos subjetivos do autor e predominam emoções. O gênero dramático inclui peças de teatro como tragédia e comédia. O gênero épico envolve narrativas épicas centradas em heróis. O gênero narrativo inclui romances, novelas e contos.
O documento discute a evolução da poesia na Grécia Antiga e ao longo da história. Originalmente, a poesia grega era predominantemente em forma de poema e seguia regras estritas de métrica e ritmo. Mais tarde, a narrativa ganhou importância e a poesia se tornou mais associada ao gênero lírico. Com o Modernismo, a métrica fixa foi liberada e surgiram os "versos livres". Atualmente, a poesia se caracteriza por uma linguagem sugestiva em prosa ou verso.
O documento descreve o personagem Grande Irmão do romance 1984 de George Orwell. No romance, as pessoas vivem sob constante vigilância do Estado, principalmente por meio de televisões, sendo lembradas da frase "o Grande Irmão está te observando". A descrição física de Grande Irmão assemelha-se a figuras como Josef Stalin.
Este documento discute os conceitos de textualidade e texto. Em três frases, define textualidade como o conjunto de características que fazem um texto ser um texto, e não apenas uma sequência de frases. Explora os fatores responsáveis pela textualidade, incluindo coesão, coerência, intertextualidade e intencionalidade. Finalmente, discute outros elementos contextuais importantes para a construção do sentido em um texto.
1) A crônica é um gênero literário produzido para veículos de imprensa como jornais e revistas.
2) As crônicas geralmente narram eventos do dia-a-dia de forma pessoal e com linguagem simples para se conectar com os leitores.
3) A crônica situa-se entre o jornalismo e a literatura, misturando fatos reais com elementos de ficção.
O documento discute os diferentes gêneros textuais, definindo-os como textos materializados com características sócio-comunicativas definidas por estilo, função, composição, conteúdo e canal. Ele fornece exemplos de gêneros textuais literários e não literários e explica as principais diferenças entre esses dois tipos de gêneros.
O documento traça a história do circo ao longo dos séculos, desde as primeiras apresentações acrobáticas na China antiga, passando pela criação do Circo Máximo em Roma no século VI a.C. e o desenvolvimento do circo moderno na Inglaterra do século XVIII por Philip Astley, até chegar aos dias atuais com o surgimento do Cirque du Soleil no Canadá em 1984.
A [re]construção da identidade indígena pela literatura munduruku e o diálo...Instituto Uka
Munduruku e o diálogo com a tradição
Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação apresentado ao Departamento de Ciências Sociais e Letras da Universidade de Taubaté, como parte dos requisitos para colação de grau no curso de Letras.
Orientadora: Professora Mestre Isabelita Maria Crosario
Plano de curso produção textual - 7ºanonandatinoco
O plano de curso descreve os conteúdos, procedimentos didáticos e recursos para cada mês do ano letivo para a disciplina de Produção Textual no 7o ano do ensino fundamental. Os conteúdos incluem diferentes gêneros textuais como conto, crônica, poesia e reportagem. As técnicas envolvem atividades individuais e em grupo, debates, produção de textos e leituras. Os recursos listam livros didáticos e multimídia. A avaliação ocorrerá por meio de provas,
O documento discute a importância da literatura para as civilizações e como ela surgiu de narrativas ancestrais como mitos e contos folclóricos. Também diferencia linguagem literária de não-literária e explica a evolução histórica da literatura desde a antiguidade até os dias atuais, quando continua viva apesar de ser considerada um gênero menor pela crítica.
O documento discute perspectivas pedagógicas para o ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa. Ele propõe um panorama do assunto e planejamento de ações considerando habilidades, objetivos, concepções de linguagem e processos de aquisição. Também lista práticas a serem evitadas e recomenda abordagens funcionais, contextualizadas e sociais da língua.
O documento descreve as principais diferenças entre textos literários e não literários. Textos não literários usam linguagem denotativa e objetiva para informar, enquanto textos literários usam linguagem conotativa e subjetiva para criar significado estético, desviando da norma linguística.
O documento fornece um modelo de fichamento para um filme, com seções de introdução, análise crítica, conclusão e bibliografia. Inclui exemplos de como preencher cada seção com informações sobre o filme "O Velho" e sua análise da história de Luiz Carlos Prestes.
O documento discute os principais elementos da narrativa, incluindo introdução, desenvolvimento, clímax e conclusão. Também aborda conceitos-chave como personagens, tempo, espaço e os tipos de narração.
Histórias em quadrinhos (conteúdo mais completo)jpsales
O documento resume o que são histórias em quadrinhos, como elas são conhecidas em outros países, e alguns dos personagens mais famosos como Turma da Mônica, Mafalda e Calvin e Hobbes.
O documento descreve os principais tipos textuais: narrativa, descrição, dissertação/exposição, argumentação e injunção. Ele explica que cada tipo textual tem um propósito, como contar uma história em uma narrativa ou defender uma ideia em uma argumentação. O documento também menciona que o conceito de tipologia textual se aplica a outras linguagens como a pintura.
Este documento resume as características e diferenças entre fábulas, parábolas e apólogos. Fábulas geralmente usam animais como personagens e tem uma moralidade no final. Parábolas usam seres humanos e lições éticas. Apólogos personificam objetos e seres inanimados para ensinar lições de vida. Todos esses gêneros usam narrativas para transmitir ensinamentos.
O documento descreve o gênero textual dos blogs, definindo-o como um diário online onde usuários publicam conteúdo e interagem uns com os outros. Discorre sobre como blogs são produzidos em vários contextos sociais e objetivos, e sua estrutura com cabeçalho, laterais, texto principal e espaço para comentários.
O documento discute os gêneros textuais, definindo-os como textos encontrados no cotidiano que possuem características sócio-comunicativas definidas por estilo, função, composição, conteúdo e canal. Ele lista exemplos de gêneros textuais como cartas, diários, blogs, e-mails, entre outros, e explica que a compreensão dos gêneros textuais é essencial para entender a dinâmica da linguagem e suas relações sociais.
O documento resume as principais características e períodos literários da literatura de língua portuguesa no Brasil e em Portugal, desde a Idade Média até o Modernismo. Apresenta os principais movimentos literários de cada período, com suas datas, autores representativos e traços estilísticos.
O documento discute os gêneros jornalísticos informativos da notícia e da reportagem. Explica que a notícia relata fatos de forma objetiva e concisa, enquanto a reportagem oferece mais detalhes e contexto sobre um assunto. Também destaca algumas técnicas básicas para a produção de notícias, como a ordenação dos fatos por importância e o relato isento dos fatos.
Este documento discute os três modos de organização de texto - descrição, narração e dissertação - que são comuns em provas de português. Ele se concentra especificamente na descrição, definindo-a como a caracterização detalhada de objetos, pessoas ou lugares através da observação cuidadosa. O documento explica as características e estruturas da descrição objetiva e subjetiva, fornecendo exemplos literários destes estilos descritivos.
O documento descreve os principais gêneros literários - lírico, dramático e épico. O gênero lírico enfatiza os aspectos subjetivos do autor e predominam emoções. O gênero dramático inclui peças de teatro como tragédia e comédia. O gênero épico envolve narrativas épicas centradas em heróis. O gênero narrativo inclui romances, novelas e contos.
O documento discute a evolução da poesia na Grécia Antiga e ao longo da história. Originalmente, a poesia grega era predominantemente em forma de poema e seguia regras estritas de métrica e ritmo. Mais tarde, a narrativa ganhou importância e a poesia se tornou mais associada ao gênero lírico. Com o Modernismo, a métrica fixa foi liberada e surgiram os "versos livres". Atualmente, a poesia se caracteriza por uma linguagem sugestiva em prosa ou verso.
O documento descreve o personagem Grande Irmão do romance 1984 de George Orwell. No romance, as pessoas vivem sob constante vigilância do Estado, principalmente por meio de televisões, sendo lembradas da frase "o Grande Irmão está te observando". A descrição física de Grande Irmão assemelha-se a figuras como Josef Stalin.
Este documento discute os conceitos de textualidade e texto. Em três frases, define textualidade como o conjunto de características que fazem um texto ser um texto, e não apenas uma sequência de frases. Explora os fatores responsáveis pela textualidade, incluindo coesão, coerência, intertextualidade e intencionalidade. Finalmente, discute outros elementos contextuais importantes para a construção do sentido em um texto.
1) A crônica é um gênero literário produzido para veículos de imprensa como jornais e revistas.
2) As crônicas geralmente narram eventos do dia-a-dia de forma pessoal e com linguagem simples para se conectar com os leitores.
3) A crônica situa-se entre o jornalismo e a literatura, misturando fatos reais com elementos de ficção.
O documento discute os diferentes gêneros textuais, definindo-os como textos materializados com características sócio-comunicativas definidas por estilo, função, composição, conteúdo e canal. Ele fornece exemplos de gêneros textuais literários e não literários e explica as principais diferenças entre esses dois tipos de gêneros.
O documento traça a história do circo ao longo dos séculos, desde as primeiras apresentações acrobáticas na China antiga, passando pela criação do Circo Máximo em Roma no século VI a.C. e o desenvolvimento do circo moderno na Inglaterra do século XVIII por Philip Astley, até chegar aos dias atuais com o surgimento do Cirque du Soleil no Canadá em 1984.
A [re]construção da identidade indígena pela literatura munduruku e o diálo...Instituto Uka
Munduruku e o diálogo com a tradição
Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação apresentado ao Departamento de Ciências Sociais e Letras da Universidade de Taubaté, como parte dos requisitos para colação de grau no curso de Letras.
Orientadora: Professora Mestre Isabelita Maria Crosario
Este documento conta a história do palhaço Tristoleto, que era triste apesar de fazer as crianças rirem. Um dia, ele conheceu a palhacita Risoleta, que o fez rir com cócegas. Graças a ela, Tristoleto ficou feliz e os dois tornaram-se amigos e namorados.
O álbum de fotografias mostra crianças indo ao circo e tendo diversão. A frase de Oscar Wilde ressalta que tornar as crianças felizes é a melhor maneira de torná-las boas.
Este documento conta a história do Palhacinho Dionísio, que vivia triste apesar de fazer todos à sua volta felizes com as suas piadas e brincadeiras no circo. Uma noite, depois de mais um espectáculo, a mãe de Dionísio, que o tinha deixado no circo quando era pequeno, reconhece-o e eles se reencontram. Dionísio convida a mãe a ficar no circo com ele, encontrando finalmente a felicidade que procurava.
1) O documento descreve o que é um circo, sua história e origens.
2) O circo surgiu na China há cerca de 5.000 anos com acrobatas, contorcionistas e equilibristas que se apresentavam para autoridades.
3) O Dia do Circo é celebrado em 27 de março em homenagem ao palhaço brasileiro Piolin.
Um palhaço triste não gostava do seu nariz até encontrar uma fada que o levou ao Planeta dos Narizes para escolher um novo. Após duas tentativas falhadas, descobriu que era o seu nariz original que fazia as crianças rirem.
Dialogando com a linguagem visual das historias em quadrinhos em sala de aula...Gustavo Araújo
O documento discute a utilização das histórias em quadrinhos em sala de aula como auxílio metodológico para professores. Apresenta breve histórico dos quadrinhos no Brasil e argumenta que quando utilizados corretamente em sala de aula, os quadrinhos podem estimular a leitura dos alunos e melhorar a comunicação. Também define termos específicos da linguagem visual dos quadrinhos que podem ser usados por professores em atividades com estudantes.
DIALOGANDO COM A LINGUAGEM VISUAL DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS EM SALA DE AULA...Gustavo Araújo
O documento discute a utilização das histórias em quadrinhos em sala de aula como auxílio metodológico para professores. Apresenta breve histórico dos quadrinhos no Brasil e argumenta que quando utilizados corretamente em sala de aula, os quadrinhos podem estimular a leitura dos alunos e melhorar a comunicação. Também define termos específicos da linguagem visual dos quadrinhos que podem ser usados por professores em atividades com estudantes.
O artigo analisa a estrutura narrativa do conto "Retábulo de Santa Joana Carolina", de Osman Lins. O conto é dividido em doze partes e apresenta vários narradores, sem identificação, que contam a vida sofrida da protagonista Joana. A narrativa explora recursos da oralidade e representa a vida da mulher nordestina de forma coletiva e fragmentada, como um retábulo religioso.
O documento apresenta uma série de textos sobre histórias em quadrinhos como recurso de aprendizagem. O primeiro texto discute as origens das histórias em quadrinhos, notando que a linguagem dos quadrinhos foi criada no início da civilização e continua sendo usada hoje, com exemplos em hieróglifos egípcios e igrejas medievais. O segundo texto trata do uso de quadrinhos para além de gibis, enquanto o terceiro aborda como usar quadrinhos na sala de aula para motivar estudantes e melhorar hab
Literatura Infantil de Autoria IndígenaInstituto Uka
Este artigo analisa 15 livros de literatura infantil escritos por autores indígenas publicados depois de 2000. Discute como essas obras representam a vida indígena e estratégias usadas para apresentar essa realidade para leitores não-indígenas. Analisa se referendam ou contestam imagens tradicionais sobre indígenas e como dão a conhecer culturas indígenas de forma acessível.
Este artigo discute as representações da diferença indígena em 15 livros de literatura infantil escritos por autores indígenas. Analisa como esses livros representam o cotidiano indígena e as estratégias usadas para apresentar essa realidade diferente aos leitores não-indígenas. Explora como as identidades e diferenças são construídas culturalmente e como as representações das diferenças indígenas evoluíram ao longo do tempo.
1) O documento apresenta uma série sobre histórias em quadrinhos como recurso de aprendizagem na escola, discutindo suas origens e potencial como gênero literário e ferramenta pedagógica;
2) A série contém três textos sobre as origens e evolução das histórias em quadrinhos e seu uso na sala de aula, além de apresentações sobre o tema;
3) A introdução destaca o preconceito histórico contra as histórias em quadrinhos e seu potencial para auxiliar a aprendiz
O documento apresenta uma série de textos sobre o uso de histórias em quadrinhos como recurso de aprendizagem. O Texto 1 discute as origens das histórias em quadrinhos, desde a pré-história até o surgimento das tiras de jornal e dos comics. O Texto 2 aborda como os quadrinhos podem ser usados para além do entretenimento, em áreas como educação, arte e cultura. O Texto 3 destaca como os quadrinhos podem ser utilizados na sala de aula para motivar os alunos e melhorar hab
1) O documento apresenta uma série sobre histórias em quadrinhos como recurso de aprendizagem na escola, discutindo suas origens e potencial como gênero literário.
2) A série visa familiarizar professores com a linguagem dos quadrinhos para melhor trabalhar este recurso em sala de aula, auxiliando no processo de aprendizagem dos alunos.
3) A introdução destaca que, apesar de preconceitos do passado, os quadrinhos são valorizados hoje como arte que combina imagem e palavra, sendo úteis na educ
Pra cá de Teerã - Questões de Subjetividade no Ciclo Autoral de Marjane SatrapiMarcel Ayres
Primeiro, o documento apresenta um resumo dos enredos das três obras do ciclo autoral da novelista gráfica iraniana Marjane Satrapi. Segundo, discute questões de subjetividade nas obras e como as identidades são construídas de forma relacional e fragmentária. Terceiro, analisa como as obras se relacionam com o conceito de orientalismo de Edward Said.
1) O documento analisa o livro "A formação das almas" de José Murilo de Carvalho, que discute os conflitos na criação dos símbolos e imaginários da República brasileira.
2) Carvalho mostra que não houve um imaginário unificado da República, mas vários em disputa entre grupos políticos.
3) A ausência de envolvimento popular na implantação da República fez com que os símbolos propostos pelos intelectuais não tivessem raízes na vivência coletiva.
1) O documento analisa o livro "A formação das almas" de José Murilo de Carvalho, que discute os conflitos na criação dos símbolos e imaginários da República brasileira.
2) Carvalho mostra que não houve um imaginário unificado da República, mas vários em disputa entre grupos políticos.
3) A ausência de envolvimento popular na implantação da República fez com que os símbolos propostos pelos intelectuais não conseguissem penetração na sociedade.
O livro analisa como diferentes grupos sociais disputaram a construção do imaginário e dos símbolos da República brasileira após sua proclamação em 1889. O autor discute como conceitos políticos como positivismo foram adaptados no Brasil e como figuras como Tiradentes foram apropriadas de forma diversa. Também examina a tentativa de criar uma simbologia nacional capaz de unir Estado, Nação e Brasil, assim como a criação de símbolos formais como a bandeira e o hino.
HISTÓRIAS EM QUADRINHOS: INFORMAÇÃO E DIVERSÃO ATRAVÉS DA LEITURADiana Carla Mendonça
O documento discute a importância da leitura para o desenvolvimento humano e como as histórias em quadrinhos podem contribuir para a alfabetização e formação de leitores. O bibliotecário tem um papel importante em incentivar a leitura de histórias em quadrinhos e apresentá-las como uma forma de diversão e estímulo à imaginação das crianças.
O documento discute os conceitos de gêneros textuais e tipos textuais. Afirma que gêneros textuais são fenômenos sócio-históricos que surgiram com a oralidade e se multiplicaram com a escrita e impressão. Destaca também que novos gêneros emergiram com as novas tecnologias e mídias, criando formas híbridas de comunicação. Finalmente, ressalta a importância do estudo dos gêneros textuais no ensino da língua.
O documento discute os conceitos de gêneros textuais e tipos textuais. Afirma que gêneros textuais são fenômenos sócio-históricos que surgiram com a oralidade e se multiplicaram com a escrita e impressão. Destaca também que novos gêneros emergiram com as novas tecnologias e mídias, criando formas híbridas de comunicação. Finalmente, ressalta a importância do estudo dos gêneros textuais no ensino da língua.
O documento discute os conceitos de gêneros textuais e tipos textuais. Afirma que gêneros textuais são fenômenos sócio-históricos que surgiram com a oralidade e se multiplicaram com a escrita e impressão. Também destaca que novos gêneros emergiram com as novas tecnologias e mídias, como a internet, e que gêneros textuais se caracterizam por aspectos comunicativos enquanto tipos textuais por propriedades linguísticas.
O documento discute os conceitos de gêneros textuais e tipos textuais. Afirma que gêneros textuais são fenômenos sócio-históricos que surgiram com a oralidade e se multiplicaram com a escrita e impressão. Também destaca que novos gêneros emergiram com as novas tecnologias e mídias, como a internet, e que gêneros textuais se caracterizam por aspectos comunicativos e sociais ao contrário de tipos textuais.
Semelhante a Ilustração em obras de autores indígenas (20)
DE PERI A MUNDURUKU: A INSERÇÃO DO INDÍGENA NO CONTEXTO LITERÁRIO BRASILEIROInstituto Uka
O documento discute a inserção do indígena no contexto literário brasileiro. Ele descreve como os nativos brasileiros foram desconsiderados e maltratados por séculos e como a Constituição de 1988 deu início a um processo de resgate cultural, abrindo caminho para a produção de literatura indígena. A literatura indígena vem conquistando espaço e servindo como porta-voz desse grupo, tendo um caráter emocional, filosófico e político.
Caro(a) professor(a),
as atividades presentes neste roteiro de leitura são apenas sugestões. Cada professor
pode adaptá-las à realidade de sua escola e de sua turma, bem como à faixa etária de
seus alunos, podendo criar outras atividades que julgue mais adequadas. Lembre que as
atividades que envolvem a leitura devem priorizar aspectos lúdicos e também aspectos
reflexivos, a fim de contribuir com o crescimento intelectual do leitor, despertando nele o
desejo de mais e mais descobertas com os livros. Lembre sempre, ao indicar um livro, que
o(a) professor é um orientador da leitura, um mediador entre a criança/o jovem e o livro.
Tese completa e com revisão das notas pele silenciosa, pele sonoraInstituto Uka
O objetivo desta tese de doutoramento é investigar a construção da
identidade do índio pela perspectiva ocidental (de tradição européia) e pela perspectiva
indígena, nas literaturas brasileira e norte-americana. Assim, estudamos textos
produzidos no Brasil e nos Estados Unidos da América por escritores vinculados à
tradição literária ocidental, do período colonial ao século XX, e pelo próprio índio, nas
contra-narrativas do final do século XX. Ao longo de cinco séculos de dominação da
América, o colonizador europeu construiu uma representação etnocêntrica do índio
que ainda hoje preenche o imaginário ocidental. Lido e traduzido pelo olhar do outro,
o ameríndio tem sua identidade elaborada a partir de eixos de representação europeus e
de estereótipos. No entanto, o índio não ficou silencioso desde seu encontro com o
colonizador; sua voz de resistência tem se manifestado há séculos por meio de
multimodalidades discursivas que também constroem representações da identidade
indígena.
A Voz Indígena - por Evandro Vieira OuriquesInstituto Uka
O II Cumbre Continental de los Pueblos Indígenas de las Américas, em Quito, e
a reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência-SBPC, Brasil, pela
primeira vez com a participação oficial de povos indígenas, nos estimula a entender -
mais do que nunca- que vivemos um momento decisivo para a questão indígena em
todo o mundo.
Com o aprofundamento brutal da crise gerada pelo materialismo, e a
consequente re-valorização dos sistemas de entendimento e de ação concreta
fundados no amor e no brincar
2
, no diálogo e na cooperação, a situação sócio-histórica
indígena e a contribuição de sua cultura para a Humanidade passam a ocupar um lugar
determinante.
Determinante porque escutar a voz indígena -que clama em todo o mundo por
respeito, de maneira dramática- é escutar a voz indígena que está dentro de cada um
de nós mesmos. Esta voz que nos fala do fundo de nossa consciência. Do fundo de
nossa mente e de nosso coração, a respeito de nossa origem. Que nos identifica como
uma só família -irmãos e irmãs. Partes da Totalidade.
Hoje esta consciência está quase esquecida, pois é uma outra lógica de
"irmandade", a Big Brother, que articula os interesses, as pessoas, as nações e a
globalização neo-liberal. Todos (des)afinados na unidimensionalidade do desespero e
da ignorância do individualismo competitivo e destrutivo. Motivados pela vã esperança e
pela ardilosa ilusão do poder.
Olá Professores,
A Tv Escola esta contratando professores/conteudistas via Edital da Unesco para as nossas produções e outras ações da coordenação.
Buscamos conteudistas para o Ensino Médio, Fundamental e Educação Infantil. Pode ser professor universitário sim.
Em especial estamos buscando conteudistas para uma co-produção que faremos com a Marinha, “Aventura em alto-mar”, precisamos de professores de diferentes áreas (ciências, biologia, química, física... sempre tendo o mar como cenário e pensando na integração dessas áreas – visão sistêmica).
Divulguem na sua rede de contatos o prazo e curto.
Em anexo, seguem as orientações.
Qualquer dúvida, pode me ligar ou mandar email.
As inscrições se encerram dia 16/11.
Daniela Pontes Vieira
TV Escola - CGMID /SEB/MEC
tel: (61) 2022-9584
1) O Fundo Brasil anunciou o resultado de seu primeiro edital específico, apoiando 13 novos projetos de direitos humanos em 9 estados.
2) Os 13 projetos selecionados pelo edital específico em parceria com a Fundação Ford começarão a desenvolver suas atividades nos próximos meses.
3) O Fundo Brasil lançará seu edital anual 2013 em 30 de novembro, oferecendo apoio a iniciativas em todo o país que combatam a discriminação e violência institucional.
Edital - Mestrado em Patrimônio Cultural e SociedadeInstituto Uka
O documento anuncia a abertura das inscrições para o processo seletivo do Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade da UNIVILLE para 2013, com 20 vagas disponíveis. Detalha os requisitos para inscrição, critérios e etapas de seleção, calendário, estrutura curricular do programa e corpo docente.
V ENCONTRO DA REDE MUNICIPAL DE BIBLIOTECAS ESCOLARES DEInstituto Uka
O documento descreve a programação do 5o Encontro da Rede Municipal de Bibliotecas Escolares de Curitiba, ocorrendo entre os dias 23 e 25 de julho. A programação inclui palestras, intervenções literárias, momentos culturais como teatro e visitas monitoradas ao Museu Oscar Niemayer. O objetivo é promover a literatura e a cultura entre professores e alunos da rede municipal.
As identidades indígenas na escrita de Daniel MundurukuInstituto Uka
Este documento discute a literatura indígena brasileira e o processo de (re)invenção identitária por meio da escrita. Apresenta Daniel Munduruku como um autor indígena que usa sua obra para contrapor estereótipos e criar novos olhares sobre o índio brasileiro. Analisa especificamente seu livro "Meu vô Apolinário" para mostrar como a assinatura do autor representa uma nova consciência de classe fundada em linguagem simples e clara.
Literatura afro-brasileira e indígena na escolaInstituto Uka
Este documento discute como os professores de uma escola no interior do Rio de Janeiro abordam a literatura afro-brasileira e indígena em suas aulas de acordo com as leis 10 639/2003 e 11 645/2008. Os professores reconhecem a importância dessas leis, mas relatam dificuldades em encontrar recursos e internalizar essas culturas em seu ensino de forma consistente. Eles tendem a abordar esses temas de forma pontual em vez de integrada ao currículo.
O Índio Brasileiro: O que você precisa saber sobre os Povos Indígenas no Bras...Instituto Uka
Here is a 3 sentence summary of the document:
[SUMMARY] The document discusses a book titled "O Índio Brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje" (The Brazilian Indian: What You Need to Know About Indigenous Peoples in Brazil Today), which aims to provide information and context about indigenous peoples in Brazil to educate readers. The book was published by the Brazilian Ministry of Education and UNESCO, and written by Gersem dos Santos Luciano.
As identidades indígenas na escrita de Daniel MundurukuInstituto Uka
Este documento discute a literatura indígena brasileira e como ela contribui para novas configurações de identidade indígena. A autoria nativa visa contrapor estereótipos sobre os povos indígenas e evidenciar suas próprias experiências e tradições por meio da escrita. O documento analisa a obra de Daniel Munduruku como exemplo de como a literatura indígena cria novos olhares sobre os índios brasileiros.
Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas (PDF)Instituto Uka
1. A Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas reconhece os direitos coletivos e individuais dos povos indígenas.
2. Ela visa promover a igualdade e combater a discriminação contra os povos indígenas, reconhecendo seu direito à autodeterminação e à propriedade de suas terras tradicionais.
3. A Declaração foi adotada pela Assembleia Geral da ONU em 2007 para promover o respeito, a proteção e a realização dos direitos humanos e liberdades fundamentais
Leia a última edição do jornal Museu ao Vivo. Instituto Uka
O documento descreve o Programa de Documentação de Línguas e Culturas Indígenas (PROGDOC) do Museu do Índio, que tem como objetivo preservar, reforçar e revitalizar o patrimônio cultural indígena brasileiro. O PROGDOC atua em 109 aldeias de 39 culturas diferentes com a participação das próprias comunidades indígenas. Um dos pontos positivos é o grande envolvimento das comunidades no programa.
A LITERATURA INDÍGENA NA ESCOLA: UM CAMINHO PARA A REFLEXÃO SOBRE A PLURALID...Instituto Uka
Este documento discute a importância de incluir a literatura indígena na educação escolar para promover o respeito à diversidade cultural. Argumenta que os Parâmetros Curriculares Nacionais determinam que o tema da pluralidade cultural seja abordado na escola para combater a discriminação. Defende que a literatura indígena mostra diferentes perspectivas culturais e deve ser valorizada como parte da identidade cultural brasileira.
1) A exposição "Reflexos da Ancestralidade" apresenta obras dos artistas indígenas Uziel Guainê e Jaider Esbell Macuxi, retratando a cultura e história de seus povos.
2) Os artistas buscam transmitir os reflexos da ancestralidade indígena, mostrando que o passado está dentro do presente.
3) A exposição ocorre na Galeria Gustavo Schnoor em Brasília entre 2 de abril e 30 de abril de 2012.
1) O deputado indígena Mario Juruna usava um gravador para registrar o que os outros deputados falavam, mas um dia ele foi roubado em Brasília.
2) Anos depois, um homem idoso levou o mesmo gravador para o NEARIN, dizendo que Juruna tinha esquecido na casa dele.
3) Um indígena xavante reconheceu o gravador como sendo de Juruna por ter suas iniciais gravadas, provando que na verdade o homem idoso tinha roubado.
Livros de autores indígenas com 20% de desconto e frete grátis para todo o Brasil. O catálogo inclui obras de Cristino Wapichana, Graça Graúna, Daniel Munduruku e Elias Yaguakag sobre temas como criaturas da mitologia indígena, história do Brasil pré-colonial e contos tradicionais. Os pedidos devem ser enviados para o e-mail dmunduruku@gmail.com.
Fnlij lança edição de concursos para 2012Instituto Uka
O documento descreve dois concursos promovidos pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) para incentivar a literatura indígena: o Concurso Curumim para professores e o Concurso Tamoios para escritores indígenas. Os concursos premiarão trabalhos que promovam a leitura e a produção de obras literárias indígenas. As inscrições podem ser feitas até 28 de fevereiro de 2012.
O documento anuncia uma série de atividades sobre literatura e cultura indígenas promovidas pela Caravana Mekukradjá e Funarte. Inclui palestras, contação de histórias, mesas redondas e sarau para crianças, jovens, educadores e público em geral nos dias 24 e 25 de março na Escola Estadual Professor Gilberto Mestrinho em Manaus.
1. Revista Historiador Número 04. Ano 04. Dezembro de 2011
Disponível em: http://www.historialivre.com/revistahistoriador 87
IMAGENS DA VIDA INDÍGENA: UMA ANÁLISE DE
ILUSTRAÇÕES EM LIVROS DE LITERATURA INFANTIL
CONTEMPORÂNEA
Verônica Simm1
Iara Tatiana Bonin2
Resumo
Este trabalho é parte de uma pesquisa mais ampla, que tem como foco as produções de
literatura que abordam a temática indígena. Trata-se, aqui, de um recorte, cujo objetivo é
discutir as representações que se produzem sobre os índios nas ilustrações de algumas
obras que compõem o acervo da pesquisa. Foram selecionados 10 livros para crianças,
ilustrados por três profissionais diferentes. No texto são apresentadas duas categorias
analíticas resultantes deste estudo: o uso de estereótipos na composição dos personagens
e algumas estratégias utilizadas pelos ilustradores para dar dinamicidade às representações
dos povos indígenas. Observa-se, nas imagens, uma tipificação que parece marcar tanto na
caracterização dos personagens, quanto na composição dos cenários das histórias, e que
tem por base alguns estereótipos. Por outro lado, a análise mostra que, em algumas obras,
os autores utilizam estratégias variadas na composição das ilustrações, aspecto que, em
certa medida, contribui para dar dinamicidade às representações.
Palavras-Chave: Estudos Culturais, Literatura Indígena, Literatura Infantil.
Introdução
A temática indígena vem adquirindo expressividade na cena contemporânea, em
decorrência de variados fatores, e se destaca em muitas das produções como programas de
TV, filmes, documentários, exposições fotográficas, histórias em quadrinhos, entre outros.
A literatura infantil também incorpora novos elementos e, matizada pelos discursos
que promovem a diversidade cultural, faz circular representações sobre a temática indígena.
É importante ressaltar, no entanto, que estas temáticas não surgem apenas nos dias atuais.
Bonin (2009, p. 1) destaca que os índios,
tem integrado as narrativas literárias brasileiras há pelo menos dois séculos.
Basta lembrarmos dos clássicos indianistas de José de Alencar – Iracema,
O Guarani, ou dos poemas de Gonçalves Dias, compostos no século XIX.
Especificamente para um público infantil, Monteiro Lobato escreveu, em
1927, o livro As aventuras de Hans Staden, no qual Dona Benta é a
narradora.
De acordo com a autora, nas duas últimas décadas tem surgido um número cada vez
mais expressivo de obras que apresentam a vida indígena sob diferenciadas formas. De
1
Graduanda do curso Artes Visuais da Universidade Luterana do Brasil – veronicasimm@via-rs.net.
2
Doutora em Educação/ Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Luterana do
Brasil – iara.bonin@uol.com.br
2. Revista Historiador Número 04. Ano 04. Dezembro de 2011
Disponível em: http://www.historialivre.com/revistahistoriador 88
modo especial, destaca-se o surgimento da literatura indígena – um conjunto crescente de
obras escritas por autores de diferentes etnias. É neste contexto que se situa a pesquisa
Povos indígenas como personagens e autores da literatura que chega às escolas,
coordenado pela Profa. Dra. Iara Tatiana Bonin, que conta com o apoio da FAPERGS.
Este trabalho é um pequeno recorte da referida pesquisa e tem o objetivo de discutir
como os índios vem sendo apresentados nas ilustrações de alguns livros de literatura infantil
e infanto-juvenil. O projeto de pesquisa conta, até agora, com um acervo composto por 120
livros que trazem personagens indígenas como protagonistas e apresentam narrativas
centradas no que chamamos de vida indígena. Tal acervo foi adquirido depois da realização
de um amplo levantamento de informações, em variadas fontes tais como as listagens do
PNBE – Programa Nacional Biblioteca da Escola, os sites de editoras, acervos pessoais de
professores e colaboradores, além de algumas ferramentas de busca da internet, utilizando
como palavras-chave os nomes de alguns autores, ilustradores, e expressões de língua
indígena. Em um levantamento preliminar de dados encontramos 180 livros, 50 editoras, 67
autores e 58 ilustradores, sendo que esses números continuam crescendo, já que em março
de 2008 foi editada a Lei 11.645, instituindo a obrigatoriedade do estudo da história e da
cultura indígena nos estabelecimentos de ensino públicos e privados.
Para análise, neste texto, foram selecionados 10 livros de literatura, ilustradas por
Mauricio Negro, Inez Martins e Maurício de Souza – este último foi incluído na análise por
ser um dos primeiros a criar personagens indígenas para histórias infantis e pela
repercussão do personagem Papa-Capim (um menino índio) no universo cultural infantil. A
escolha de dois outros ilustradores se deu da seguinte forma: inicialmente selecionamos o
autor indígena com maior numero de livros publicados – Daniel Munduruku. Em seguida
selecionamos 9 obras deste autor, ilustradas por dois profissionais diferentes Passamos a
analisar as ilustrações.
Realizamos a leitura das histórias e a observação das imagens que compõem cada
obra, destacando algumas categorias e organizando-as na forma de um quadro-síntese. Em
especial, prestamos atenção aos marcadores utilizados para caracterizar os personagens
indígenas e os estereótipos que se expressam nestes materiais. A partir do quadro síntese e
da análise dos dados aí organizados, estabelecemos dois eixos de análise: uso de
estereótipos na composição dos personagens e os deslocamentos e estratégias que
dinamizam representações. Nas seções seguintes serão apresentados alguns destaques
relativos a cada um dos eixos de análise.
1. O uso de estereótipos na composição dos personagens indígenas
As imagens que formam nosso mundo são
símbolos, sinais, mensagens e alegorias.
Iniciamos esta seção com uma epígrafe de Manguel (2001) na qual ele caracteriza a
imagem não como uma única coisa, mas como um leque de possibilidades de interpretação.
Elas são sinais de nossos entendimentos de mundo, são mensagens que recebemos e que
exigem de nós certo esforço de produção de sentido, e são, ainda, alegorias – nelas vemos
constituídas muitas de nossas fantasias. É neste sentido que entendemos a produtividade
das ilustrações dos livros de literatura. Entender como elas vão compondo formas de pensar
e de ver os povos indígenas parece-nos importante para reelaborarmos nossas maneiras de
entender e de nos relacionarmos com a diferença. A este conjunto de processos nos quais
3. Revista Historiador Número 04. Ano 04. Dezembro de 2011
Disponível em: http://www.historialivre.com/revistahistoriador 89
se estabelecem significados socialmente reconhecidos, podemos chamar de representação.
Para Woodward (2000, p. 17)
a representação inclui práticas de significação e os sistemas simbólicos por
meio dos quais significados são produzidos, posicionando-nos como
sujeitos. É por meio dos significados produzidos pelas representações que
damos sentido à nossa existência e aquilo que somos. Podemos inclusive
sugerir que esses sistemas simbólicos tornam possível aquilo que somos e
aquilo no qual podemos nos tornar.
As obras de literatura participam nestes processos, e contribuem para colocar em
circulação alguns significados sobre os povos indígenas. E, no contexto destas produções,
os ilustradores também estão envolvidos com esta produção de significados.
O estudo mostra que, de um modo geral, nas ilustrações estão presentes alguns
estereótipos, que serviriam para construir uma imagem facilmente reconhecível. Em parte,
esta representação simplificada, e baseada em estereótipos se vincula ao entendimento de
que os leitores – crianças e jovens – não disporiam de elementos mais complexos para “ler”
uma imagem que não fosse óbvia. Tal entendimento poderia explicar a simplificação de
algumas cenas da vida indígena.
Em alguns casos, os estereótipos acabam funcionando como marca distintiva ou
como característica principal na composição de uma imagem – é o caso do personagem
Papa-Capim, de Mauricio de Sousa – um indiozinho que facilmente reconhecemos, mesmo
que o personagem não esteja inserido nos quadrinhos, ou no contexto da floresta. A cor da
pele, o corte de cabelo, a tanga ao estilo norte americano são, por exemplo, os traços que
distinguem este personagem. No caso de Inez Martins os protagonistas de duas histórias
também são crianças, tal como o Papa-Capim e possuem características bastante
semelhantes às daquele personagem. No entanto, pode-se observar algumas marcas
próprias do desenho desta ilustradora – as imagens são mais elaboradas, contam com um
número maior de elementos que constituem a representação de índios.
Em relação à composição dos cenários, observa-se também certo apelo a
estereótipos, principalmente porque as histórias ocorrem quase sempre em ambientes
naturais, estabelecendo um vinculo entre índio e natureza.
No caso de Papa-Capim, pode-se dizer que o personagem circula em diversificados
ambientes – na cidade, em museus, na praia, na escola, na casa de outros personagens por
exemplo. No entanto, na maioria das histórias em quadrinhos o ambiente é a floresta –
reafirmando a vinculação entre índio e natureza, discutida por Bonin (2008 e 2009). Apenas
para ilustrar essa afirmação, apresentamos abaixo duas imagens do personagem –
disponíveis na internet.
Figura 1: Dança do Papa Capim, ilustrado por Maurício de Souza (1991)
4. Revista Historiador Número 04. Ano 04. Dezembro de 2011
Disponível em: http://www.historialivre.com/revistahistoriador 90
Figura 2: Papa Capim e um amigo, ilustrado por Maurício de Souza
A primeira imagem3 mostra o personagem junto a outros indizinhos “dançando e
cantando à luz do luar” – os meninos em círculo, com lanças nas mãos como que
celebrando uma boa caçada e as meninas observando, ao fundo e à direita. Já na segunda
imagem4 Papa Capim e seu melhor amigo observam ao longe a cidade grande e estranham
o ambiente (os balões indicativos de diálogo fazem pensar em ingenuidade, que seria típica
dos habitantes da mata, a partir de uma imagem baseada em estereótipos).
É importante destacar, mesmo que de modo breve, o entendimento de estereótipo
que orienta esta análise. Este conceito se liga a ideia de simplificação dos traços que
marcam um sujeito ou uma figura. Mas não se trata de falseamento ou de representação
equivocada das coisas. De acordo com Bhabha (2005, p. 117) “o estereótipo não é uma
simplificação porque é uma falsa representação de uma dada realidade. É uma simplificação
porque é uma forma presa, fixa de representação”. Em outras palavras, ao utilizar
estereótipos, o que fazemos é manter a representação estável, sempre de um mesmo
modo, para ser facilmente apreendida.
Estereótipos funcionam como
um dispositivo de economia semiótica, onde a complexidade do outro é
reduzida a um conjunto mínimo de signos: apenas o mínimo necessário
para lidar com a presença do outro sem ter que se envolver com o custoso
e doloroso processo de lidar com as nuances, as sutilezas e profundidades
da alteridade (SILVA, 1999, p. 51).
Por essa razão, argumenta Hall (1997, p. 258), “o estereótipo reduz, essencializa,
naturaliza e estabelece a diferença”. Talvez essa seja a principal questão a ser pontuada –
ao naturalizarmos as características de um sujeito em geral somos impelidos a atribuir estas
mesmas características a todos os que identificamos como seus pares – a expressão
coloquial “viu um índio, viu todos”, se aplica muito bem a esta simplificação. O uso
estereótipo impede que sejamos sensíveis ao movimento e ao dinamismo das culturas, de
um modo geral, e das culturas indígenas, em particular.
3
Disponível em http://www.institutoricardobrennand.org.br/pinacoteca/quadroes/imagem8g.jpg, aceso em 25 de
setembro de 2010.
4
Disponível em http://peregrinacultural.files.wordpress.com/2009/06/floresta-diminuindo.jpg?w=510&h=316,
aceso em 25 de setembro de 2010.
5. Revista Historiador Número 04. Ano 04. Dezembro de 2011
Disponível em: http://www.historialivre.com/revistahistoriador 91
Pensando esta questão relacionada à caracterização dos corpos indígenas, Bonin
(2008, p. 122) afirma:
Narrados através de estereótipos, os povos indígenas adquirem, na maioria
das produções escolares, feições genéricas, ficas, homogenias, sendo esse
um efeito de relações de poder. Nesse sentido, é importante indagar sobre
as representações que circulam mais amplamente e que constituem nossas
maneiras de entender as culturas indígenas.
Para pensar essa questão, retomamos as capas de três livros ilustrados por Inez
Martins – Um Sonho que não Parecia Sonho, Caçadores de Aventura, O Sumiço da Noite,
todos de autoria de Daniel Munduruku, destacadas abaixo (imagens disponíveis na internet5)
Figura 3: Capas de obras de Daniel Munduruku, ilustradas por Inez Martins
Em duas delas os protagonistas são meninos caracterizados com indumentárias
especificas, adornos corporais característicos, como colares de dentes de animais ou de
sementes; ornamentos com penas, pinturas corporais. Eles portam arco e flecha, e
apresentam um corte de cabelo considerado “próprio” dos povos indígenas. Na capa de Um
Sonho que não Parecia Sonho um menino aparece deitado numa rede, com um semblante
sorridente. Ao fundo, destaca-se um luar e um céu estrelado. Tal imagem faz pensar na
simplicidade e na tranquilidade que imaginamos caracterizar a vida indígena. Já na capa de
Caçadores de Aventura, destaca-se um grupo constituído por cinco meninos portando arco
e flecha em um cenário natural, ilustração que nos remete a representação de índios como
exímios caçadores, vivendo dos recursos oferecidos pela natureza. O fato de não haver
menina no grupo também remete a noção de que a floresta seria espaço masculino e o
âmbito doméstico seria feminino.
A terceira obra – O Sumiço da Noite – trás como ilustração de capa um homem
indígena que, tal como os meninos tem o corpo pintado e coberto somente com adereços e
ornamentos como brincos, colares e pulseiras. No entanto ele é representado com dois
símbolos de poder, que estabelecem certo lugar hierárquico em relação aos outros
personagens: o cocar e um instrumento ritualístico (um recipiente no qual se guarda os
segredos da noite). Em outras obras analisadas, utilizam-se recursos diversificados para
compor as ilustrações. É o que discutimos na seção seguinte.
2. Estratégias para dar dinamicidade às representações
Ao que parece, o uso de técnicas diferenciadas e materiais diversos pode produzir
certos deslocamentos também nos significados que atribuímos à vida indígena. Em seis dos
livros analisados, o ilustrador – Mauricio Negro - lança mão de muitos elementos para
5
Disponível em http://www.livrariacultura.com.br, acesso em 13 de setembro de 2010.
6. Revista Historiador Número 04. Ano 04. Dezembro de 2011
Disponível em: http://www.historialivre.com/revistahistoriador 92
produzir as ilustrações. Um deles é a utilização de pigmentos extraídos de sementes, raízes,
plantas, bem como anilinas e outros corantes naturais, que dão vida aos cenários e
personagens.
O ilustrador destas obras é apresentado, na contracapa do livro A palavra do Grande
Chefe, com os seguintes termos:
[Mauricio Negro] tem se dedicado a desenvolver a técnica ancestral da
pirogravura, colorizada com pigmentos e recursos naturais e algumas vezes
combinadas com materiais rústicos ou reaproveitados, colagens e
estampas. Em alguns momentos flerta com os registros rupestres, étnicos
ou primitivos. Em outros dialoga com a chamada arte popular; quase
sempre em busca de uma releitura simbólica dessas influências ante o
imaginário contemporâneo.
A releitura simbólica proposta pelo ilustrador oferece, a nosso ver, possibilidades
também para uma releitura de outros aspectos contidos na história. Não se trata de um
ambiente simples, linear, e sim de um mundo complexo e com múltiplas possibilidades.
Destacamos algumas ilustrações dos livros de literatura escritos por Daniel Munduruku, para
exemplificar o uso de variadas técnicas6.
Figura 4: Imagem da obra A palavra do Grande Chefe, de autoria de Daniel Munduruku, ilustrada por Mauricio Negro.
Figura 5: Capas de duas obras de Daniel Munduruku, ilustradas por Mauricio Negro.
6
Imagens retiradas do site http://mauricionegro.blogspot.com, acesso em 15 de setembro de 2010.
7. Revista Historiador Número 04. Ano 04. Dezembro de 2011
Disponível em: http://www.historialivre.com/revistahistoriador 93
Os sentidos destas ilustrações não são óbvios e exigem do leitor uma observação
mais detida e a produção de significados diferentes. Nas imagens em destaque o ilustrador
mescla de elementos orgânicos - fibras vegetais, sementes, folhas, cascas de árvore, pena,
terra, conchas - para produzir texturas e efeitos na composição da imagem. Também se
destaca o uso da pirogravura, técnica na qual as figuras são construídas com a queima do
material utilizado como suporte principal do desenho (que, nestas ilustrações é quase
sempre a madeira). Chama atenção, em particular, as montagens feitas com elementos
diversos – destacados acima – que, depois de ordenados de modo a compor uma imagem
desejada pelo autor, são fotografados.
As ilustrações possuem, em alguns casos, texturas e relevos, o que também
colabora para que o leitor detenha-se por certo tempo a observá-las. Assim, lendo os textos
e lendo as imagens, ele configura os sentidos da história. Vale ressaltar, ainda, que alguns
ilustradores dedicam-se ao estudo e à pesquisa das tradições do povo indígena que
protagoniza a história e, desse modo, incorporam elementos característicos daquela etnia
em particular: arte plumária, cestaria, pinturas corporais específicas, que não se confundem
com outras etnias.
Neste sentido, pode-se destacar uma ilustração do livro A primeira estrela que vejo é
a estrela do meu desejo e outras histórias indígenas de amor. Nela, destaca-se uma
imagem em pirogravura de uma mulher indígena, com pinturas e ornamentos característicos
do povo Karajá. Além disso, a imagem construída assemelha-se às meninas-moças
modeladas em barro pelos próprios Karajá.
Figura 6: Imagem da obra A palavra do Grande Chefe, de autoria de Daniel Munduruku, ilustrada por Mauricio Negro
Também parece relevante destacar, de certas ilustrações, a incorporação de
aspectos vinculados às tradições, à história, à religiosidade dos povos indígenas – na
mesma ilustração destacada acima, há outra imagem – desta vez de um homem que
aparece com um cocar que envolve toda a cabeça, cujas penas estão posicionadas na
8. Revista Historiador Número 04. Ano 04. Dezembro de 2011
Disponível em: http://www.historialivre.com/revistahistoriador 94
forma de raios, que lembram o sol. A iluminação em torno desta imagem é mais intensa e
ela parece iluminar – e, quem sabe, orientar, a menina-moça, estabelecendo, deste modo,
um sentido que se liga à divindade.
Por fim, ainda que o texto dessas histórias seja relativamente simples (uma vez que
elas são classificadas como literatura infantil ou infanto-juvenil) os investimentos em
algumas ilustrações são quase sempre mais complexas, possibilitando variadas leituras. Há
elementos para fácil reconhecimento dos personagens e acontecimentos da história, mas há
também o uso de técnicas variadas acaba dando uma dinamicidade para as ilustrações.
Tudo isso colabora para produzir representações variáveis das culturas e formas de
viver dos povos indígenas, rompendo, ainda que parcialmente, com a imagem
homogeneizada da figura do índio, tão comum em manuais escolares e em ilustrações que
circulam em diferentes mídias. É importante ressaltar, contudo, que as pessoas interpretam
as mesmas imagens visuais de modos bem distintos. Por essa razão, e em sintonia com as
teorizações dos Estudos Culturais, ao olharmos para as ilustrações das obras infantis não
estamos buscando interpretar o “real” sentido que elas teriam, mas sim discutir algumas das
possíveis mensagens que elas nos endereçam.
Palavras Finais
As questões considerações trazidas neste texto mostram que as ilustrações não
cumprem um papel secundário na narrativa, especialmente quando falamos em literatura
infantil. Muitas obras contemporâneas, aliás, possuem um entrelaçamento entre texto verbal
e imagético, de tal modo que, sem as ilustrações, a história narrada não teria sentido. Em
certos livros, as imagens fazem muito mais do que ilustrar as histórias, elas efetivamente
compõem a narrativa.
E essas produções imagéticas colocam em cena uma variedade de significados e de
representações, que tanto podem confirmar mensagens contidas nos textos verbais, quanto
podem estabelecer certos deslocamentos e, assim, ampliar o leque de sentidos É nesta
direção que podemos entender, como o faz Manguel (2001, p. 27), que “as imagens, assim
como as palavras, são matérias de que somos feitos. Com elas vamos constituindo as
coisas e as pessoas com as quais nos relacionamos, e vamos constituindo nosso próprio
olhar e nossas maneiras de pensar a vida”. Este autor salienta também que, alo lermos
imagens de variados tipos – pintadas, esculpidas, fotografadas, edificadas – articulamos a
elas outros elementos (um caráter temporal, um olhar tridimensional, por exemplo). Assim, a
imagem que nos é apresentada em uma moldura, nos limites de uma página do livro, é
movimentada para muitas direções – o que o texto disse antes, o que ainda virá.
Conferimos, deste modo, certo sentido de movimento e dinamismo ao que, no suporte do
livro, aparece de modo fixo.
Referências
BHABHA, Homi K. O local da cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005.
BONIN, Iara Tatiana. Com quais palavras se narra a literatura infantil e infanto-juvenisl que
chega às escolas. In: SILVEIRA, Rosa Maria H. Estudos Culturais para professor@s.
Canoas: Editora da ULBRA, 2008, p. 115-133.
______. Cenas da vida indígena na literatura que chega às escolas. In: Série-Estudos –
Periódico do Mestrado em Educação da UCDB, Campo Grande: UCDB, n. 27, jan/jun.
2009, p. 97-109.
9. Revista Historiador Número 04. Ano 04. Dezembro de 2011
Disponível em: http://www.historialivre.com/revistahistoriador 95
MANGUEL, Alberto. Lendo Imagens: uma história de amor e ódio. São Paulo: Companhia
das Letras, 2001.
WOODWARD, Kathryn. Identidade e diferença: uma introdução teórica e conceitual. In.
SILVA, Tomaz Tadeu da (org). Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos
culturais. Petrópolis: Vozes, 2000, p. 7-72.
Obras Analisadas
MUNDURUKU, Daniel. A palavra do grande chefe. Ilustrações Mauricio Negro. São Paulo:
Global, 2008.
________. Parece que foi ontem. Ilustrações Mauricio negro. São Paulo: Global, 2006.
________. Outras tantas histórias indígenas de origem das coisas e do Universo. Ilustrações
Mauricio Negro. São Paulo: Global, 2008.
________. A primeira estrela que vejo é a estrela do meu desejo e outras histórias indígenas
de amor. Ilustrações Mauricio Negro. São Paulo: Global, 2007.
________. O banquete dos deuses: conversa sobre a origem da cultura brasileira.
Ilustrações Mauricio Negro. São Paulo: Global, 2009.
________.O Sumiço da Noite. Ilustrações Inez Martins. São Paulo: Editora Caramelo, 2006.
________. Caçadores de Aventuras. Ilustrações Inez Martins. São Paulo: Editora Caramelo,
2006.
________. Um sonho que não parecia sonho. Ilustrações Inez Martins. São Paulo: Editora
Caramelo, 2007.
________. O Karaíba: Uma História do Pré-Brasil. Ilustrações Mauricio Negro. São Paulo:
Amarilys/Manole, 2009.
SOUSA, Mauricio de. Manual do índio do Papa-Capim. São Paulo: Globo, 2003.