É um género musical tradicional do Alentejo, Portugal. O cante nunca foi a única expressão de música tradicional no Alentejo, sendo aliás mais próprio do Baixo Alentejo que do Alto.Com o cante coexistiram sempre formas instrumentais de música com adaptação de peças entre os géneros. A 27 de Novembro de 2014, durante a reunião do Comité em Paris, a UNESCO considerou o Cante Alentejano como Património Cultural Imaterial da Humanidade.
Artur Filipe dos Santos
artursantosdocente@gmail.com
artursantos.no.sapo.pt
politicsandflags.wordpress.com
Artur Filipe dos Santos, Doutorado em Comunicação, Publicidade Relações Públicas e Protocolo, pela Universidade de Vigo, Galiza, Espanha, Professor Universitário, consultor e investigador em Comunicação Institucional e Património, Protocolista, Sociólogo.
Director Académico e Professor Titular na Universidade Sénior Contemporânea, membro da Direção do OIDECOM-Observatório Iberoamericano de Investigação e Desenvolvimento em Comunicação, membro da APEP-Associacao Portuguesa de Estudos de Protocolo.Membro do ICOMOS (International Council on Monuments and Sites), consultor da UNESCO para o Património Mundial, membro do Grupo de Investigação em Comunicação (ICOM-X1) da Faculdade de Ciências Sociais e da Comunicação da Universidade de Vigo, membro do Grupo de Investigação em Turismo e Comunicação da Universidade de Westminster. Professor convidado da Escola Superior de Saúde do Instituto Piaget.Orador e palestrante convidado em várias instituições de ensino superior.Formador em Networking e Sales Communication no Network Group +Negócio Portugal.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Património cultural: o Cante Alentejano - Artur Filipe dos Santos - universidade sénior contemporânea
1. Cadeira de
Património Cultural e Paisagístico Português
Coleção de Manuais da Universidade
Sénior Contemporânea
Professor Doutor
Artur Filipe dos Santos
3. AUTOR
Artur Filipe dos Santos
artursantosdocente@gmail.com
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• Artur Filipe dos Santos, Doutorado em Comunicação, Publicidade Relações
Públicas e Protocolo, pela Universidade de Vigo, Galiza, Espanha, Professor
Universitário, consultor e investigador em Comunicação Institucional e
Património, Protocolista, Sociólogo.
• Director Académico e Professor Titular na Universidade Sénior Contemporânea,
membro da Direção do OIDECOM-Observatório Iberoamericano de Investigação e
Desenvolvimento em Comunicação, membro da APEP-Associacao Portuguesa de
Estudos de Protocolo.
Membro do ICOMOS (International Council on Monuments and Sites), consultor
da UNESCO para o Património Mundial, membro do Grupo de Investigação em
Comunicação (ICOM-X1) da Faculdade de Ciências Sociais e da Comunicação da
Universidade de Vigo, membro do Grupo de Investigação em Turismo e
Comunicação da Universidade de Westminster. Professor convidado da Escola
Superior de Saúde do Instituto Piaget.
Orador e palestrante convidado em várias instituições de ensino superior.
Formador em Networking e Sales Communication no Network Group +Negócio
Portugal.
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4. O CANTE ALENTEJANO
• É um género musical
tradicional do Alentejo,
Portugal. O cante nunca
foi a única expressão de
música tradicional no
Alentejo, sendo aliás
mais próprio do Baixo
Alentejo que do Alto.
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5. • Com o cante coexistiram
sempre formas
instrumentais de música
com adaptação de peças
entre os géneros. A 27 de
Novembro de 2014,
durante a reunião do
Comité em Paris, a
UNESCO considerou o
Cante Alentejano como
Património Cultural
Imaterial da Humanidade.
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6. Características
• É um canto coral, em
que alternam um ponto
a sós e um coro,
havendo um alto
preenchendo as pausas
e rematando as
estrofes.
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7. • O canto começa
invariavelmente com
um ponto dando a
deixa, cedendo o lugar
ao alto e logo
intervindo o coro em
que participam também
o ponto e o alto.
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8. • Terminadas as estrofes, pode o ponto recomeçar com
um nova deixa, seguindo-se o mesmo conjunto de
estrofes.
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9. • Este ciclo repete-se o número de vezes que os
participantes desejarem. Esta característica
repetitiva, assim como o andamento lento e a
abundância de pausas contribuem para a natureza
monótona do cante.
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10. História
• No cante sobrevivem os
modos gregos extintos
tanto na música erudita
como na popular
europeia, as quais
restringem-se aos
modos maior e menor.
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11. • Esta face helénica do
canto poderá provir
tanto do canto
gregoriano como da
cultura árabe, se bem
que certos musicólogos
se apercebam no cante
de aspectos bem mais
primitivos, pré-cristãos
e possivelmente mesmo
pré-romanos.
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12. • Antigamente o cante
acompanhava ambos os
sexos nos trabalhos da
lavoura.
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13. • Público era também o
cante nos momentos
masculinos de ócio e
libação, seja em
quietude, seja em
percurso nas ditas
arruadas.
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14. • Público ainda era o
cante mais solene das
ocasiões religiosas.
Outro cante existia no
domínio doméstico,
onde era exercido
principalmente por
mulheres e no qual
participariam também
jovens.
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15. Actualidade
• Após a Segunda Guerra
Mundial, a progressiva
mecanização da
lavoura, a generalização
da rádio e da televisão,
assim como o êxodo
rural massivo causaram
o declínio do género.
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16. • Hoje o cante sobrevive
em grupos oficializados
que o cultivam, mas já
sem a espontaneidade de
outrora, limitando-se eles
a recapitular em ensaio o
repertório conhecido de
memória, amiúde sem
qualquer registo escrito
nem sonoro e já sem
acção criativa.
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17. • Apesar de serem estes grupos
e a sua manifestação em
festas, encontros e concursos
os guardiães da tradição, em
numerosos casos progride
neles o afastamento da dita
com a inclusão no repertório
de peças estranhas ao cante,
instrumentação e adulteração
de peças tradicionais num
sentido mais popular, com
destaque para o desvio direito
ao fado, numa tendência de
avivamento do género que
visa torná-lo mais garrido.
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18. • Já Património da
Humanidade, "o que
importa é dar futuro a
este Cante, para
expressar as novas
dinâmicas de mudança, a
melhoria dos quadros de
vida, a atracção e fixação
de novas gentes e o
sucesso crescente desta
região como território
turístico.
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19. • O Comité para o
Património Imaterial da
Humanidade descreve o
Cante Alentejano como
“um género da tradicional
canto de duas partes
realizado por grupos
corais amadores no sul de
Portugal, caracterizadas
por melodias distintas,
letras e estilos vocais, e
realizada sem
instrumentação.
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20. • Os Grupos consistem em
até trinta cantores
divididos em grupos. O
Ponto, na faixa inferior,
começa a cantar, seguido
pelo alto, na faixa mais
alta, o que duplica a
melodia de um terço ou
um décimo acima, muitas
vezes acrescentando
ornamentos.
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21. • Todo o grupo coral
assume então, cantar as
estrofes restantes em
terças paralelas. O alto
é a voz orientadora
ouvido acima do grupo
durante toda a canção.
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22. • Um vasto repertório de
poesia tradicional está
definido para melodias
existentes ou recém-
criados. Letra explorar
ambos os temas
tradicionais, como a vida
rural, natureza, amor,
maternidade e religião, e
mudanças no contexto
cultural e social.
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23. • O Cante é um aspecto
fundamental da vida
social em toda
Alentejano
comunidades,
permeando encontros
sociais em ambos os
espaços públicos e
privados.
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24. • A transmissão ocorre
principalmente nos
ensaios grupo coral
entre os membros mais
velhos e mais jovens.
Para os seus praticantes
e aficionados, o cante
encarna um forte senso
de identidade e de
pertença.
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25. • Este também reforça o
diálogo entre diferentes
gerações, géneros e
indivíduos de diferentes
origens, contribuindo
assim para a coesão
social.
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26. • O Comité (...) decide
que [esse elemento]
satisfaz os critérios para
inscrição na Lista
Representativa do
Património Cultural
Imaterial da
Humanidade , como
segue:
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27. • R.1: Realizada em várias
ocasiões festivas e
recriado de acordo com a
mudança dos tempos, o
Cante Alentejano
reafirma um sentimento
de pertença e uma
ligação emocional com o
lugar, mantendo vivo o
dialeto local e tradicional
forma de transmissão;
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28. • R.2: A sua inscrição na Lista
Representativa poderia
aumentar a visibilidade do
património cultural intangível
de forma mais ampla e
consciência de sua
importância, especialmente
em lugares onde as tradições
polifônicos semelhantes são
praticados, contribuindo assim
para promover o respeito à
diversidade cultural e à
criatividade humana;
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29. • R.3: Proposta de medidas de
salvaguarda se concentrar
sobre a ampliação da
promoção através de
exposições e performances,
programas educacionais
formais e não-formais, como o
networking dos portadores
para compartilhar
conhecimentos sobre canto
polifônico; os compromissos
das comunidades interessadas
e grupos corais para a
implementação destas
medidas e do Estado para
financiar eles são descritos
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30. • R.4: Os membros das
comunidades e grupos
preocupados com o
elemento estiveram
activamente envolvidos
na preparação da
candidatura, por meio de
reuniões, debates e
outras consultas, e desde
que o seu consentimento
livre, prévio e informado;
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31. • R.5: O elemento é cadastrado
na base de dados da Casa do
Cante, bem como na base do
património cultural imaterial
Português do e-Museu dados
Memoriamedia do Património
Imaterial Cultural; a sua
inclusão no Inventário
Nacional do Património
Cultural Imaterial Português
está atualmente em processo.
•
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32. • Clique
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Alentejo”
• Grupo
Coral da
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Povo de
Serpa
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para a aprendizagem constante de diversas matérias teóricas e
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ciências sociais, saúde, informática, internet, dança, teatro, entre outras,
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