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A FELICIDADE À
LUZ DA FILOSOFIA
P R O F. E S P. R I C A R D O D E M O U R A B O R G E S
P R O N AT E C - 2 0 1 8
CEEP Petrônio Portela – Picos - PI
Curso Técnico de Áudio e Vídeo;
Disciplina: Ética e Cidadania Carga Horária: 54
hs;
Prof. Esp. Ricardo de Moura Borges; (Filosofia)
OBJETIVO
• Entender a problema sobre o tema Felicidade a partir de uma trajetória pela história da
filosofia;
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Compreender a felicidade como um problema filosófico;
• Demonstrar concepções sobre o tema a partir de alguns filósofos;
• Ampliar o conceito da felicidade atrelando-o a liberdade;
• Desenvolver a autonomia e a criticidade a partir de reflexões expostas, saindo do
senso comum para o conhecimento filosófico;
AFINAL, O QUE É A FELICIDADE?
• Eudaimônia termo grego que significa felicidade.
• Palavra composta de: eu que significa bom e daimom que significa demônio;
• Portanto para os gregos antigos a felicidade estava atrelada a esse tipo de demônio,
que era um tipo de semideus ( como o Hércules).
• A partir do nascimento de cada ser humano surgia um gênio ( um demônio), como a
intenção de proteger e dar boa sorte durante o processo existencial;
O NASCIMENTO DA FILOSOFIA E A
FELICIDADE
• Foi justamente com os filósofos da phisys ( natureza), que a felicidade ganhou um tom
de reflexão mais racional do que mitológica;
• Demócrito de Abdera (460 a.C a 370ª.C) julgava que a felicidade “ era a medida do
prazer e a proporção da vida”;
• Os seres humanos deveriam justamente deixar os prazeres causados pelas ilusões e
desejos afim de alcançar a serenidade;
• A filosofia era um instrumento que poderia garantir esse caminho;
SÓCRATES E A FELICIDADE
• Com a ideia de ir além de sermos meros corpos como pensava Demócrito,
incrementou a ideia de alma;
• Portanto a felicidade está relacionada ao bem da alma;
• A alma só seria feliz se vivesse de forma justa e virtuosa;
• Na hora da morte Sócrates demonstrou serenidade, portanto foi feliz pois nada
abalava sua consciência;
• Antístenes acrescentou que para sermos felizes necessitamos ser autossuficientes (
autarquia);
PLATÃO E A FELICIDADE
• Platão ( 427 a. C a 347 a. C) Em seu Livro A República considerava que a alma tem uma
função e está era ser feliz na sua condição;
• Desenvolveu três tipos de alma: irascível – onde quem a desenvolvesse seria os
melhores generais e soldados da cidade; sensitiva – onde seriam os melhores
comerciantes da cidade; e por fim intelectiva – onde aquele que desenvolvesse seria O
Rei Filósofo;
• Portanto, a felicidade está relacionada de acordo com o desenvolvimento da alma
humana, sendo que a função é ser virtuosa e justa para se obter a felicidade;
ARISTÓTELES E A FELICIDADE
• Escreve um livro intitulado Ética a Nicômaco onde coloca três circunstancias
necessárias para sermos felizes:
1. Ter boa saúde;
2. Possuir a liberdade;
3. E ter uma boa situação socioeconômica;
É de Aristóteles a famosa frase: “ amicus Platus, amicus Veritas”.
A maior virtude para as almas é o exercício do pensamento pois aproxima o ser humano
da divindade;
O MUNDO HELÊNICO
• O mundo helênico é compreendido desde a morte de Alexandre até a anexação da
península grega por Roma é conhecida como Era Helenística;
• Aqui surgem quatro escolas filosóficas:
1. Cínicos: Diógenes – a felicidade estava atrelada a não ter bens materiais para não ser
escravizado por eles;
2. Ceticismo: Pirro – a felicidade está justamente em não se preocupar com as coisas,
portanto, tudo deve ser duvidado pois só temos acesso as aparências;
3. Epicuro – a felicidade está no prazer, mas sobre o domínio da parcimônia;
4. Os Estoicos – Zenão de Cício – a felicidade é consequência do destino pois a história é
cíclica; ser feliz não depende do sujeito pois está tudo prescrito;
O CRISTIANISMO E A FELICIDADE
• A felicidade está na salvação da alma;
• Os discípulos morrem no Coliseu, mas morrem felizes por acreditarem em seus ideais (
lembram do Sócrates?);
• A felicidade deixa de ser terrena e ganha um corpo espiritual;
• O encontro de Paulo de Tarso e os filósofos encontra-se em Atos dos Apóstolos Cap.
17;
IDADE MÉDIA E A FELICIDADE
• Agostinho a entende como busca constante do homem para o paraíso celeste. Escreve
a Obra a Cidade de Deus;
• Tomás de Aquino coloca a felicidade no patamar racional trazendo as reflexões de
Aristóteles;
• Francisco de Assis entende a felicidade como seguimento radical a Cristo,
desprovendo-se das vestes e riquezas passa a viver uma nova vida. Na pobreza
encontra a felicidade ( verdadeira riqueza);
IDADE MODERNA
• John Locke e Leibniz entendem a felicidade como um prazer que duradouro;
• Immanuel Kant ( 1724 – 1804) – por ter um método muito rigoroso diz que “ a
felicidade é a condição do ser racional no mundo, para quem, ao longo da vida, tudo
acontece de acordo com sua vontade);
• Para ele felicidade nada tem a ver com a Ética;
CONTEMPORANEIDADE E A
FELICIDADE
1. Bertrand Russel ( 1872 – 1970) – em sua obra A Conquista da Felicidade nos diz que:
• É necessário alimentar vários interesses e relações com os outros seres humanos para
se atingir a felicidade;
• Felicidade é sair do egocentrismo;
2. Julían Marias em seu Livro Felicidade Humana nos diz que:
• A não reflexão sobre a felicidade pode ser um sintoma de como o nosso mundo não
seja muito feliz;
JEAN PAUL SARTRE E A FELICIDADE
• A felicidade está atrelada necessariamente a Liberdade;
“Estamos condenados a ser livres”;
“Não importa o que fizeram de nós, mas o que importa é justamente aquilo que fazemos
do que fizeram de nós”;
• O existencialismo abre portas para o estudo e a reflexão da felicidade;
• Afinal, O que é a felicidade?
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Brasília: UnB, 1985.
BOTELHO, José Francisco. Uma Breve História da Filosofia. São Paulo: Abril, 2015.
BORNHEIM, Geard A. Introdução ao Filosofar: o pensamento filosófico em bases
existenciais. 3ª ed. São Paulo: Globo, 2009.
CHAUÍ, Marilena. Iniciação à Filosofia: Ensino Médio. São Paulo, Ática: 2013.
PEGORARO, Olinto. Ética: dos maiores mestres através da história. 3ªed. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2008.
PLATÃO. Obras Completas. Madri: Aguillar, 1969.
RAWLS, J. Uma teoria da Justiça. Lisboa: Presença, 1993.
SARTRE, Jean Paul. O Existencialismo é um humanismo. São Paulo [ Col. Os
Pensadores], 1973.
SIMONE, Selbach ( Org). História e Didática. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.
PRONATEC 2018
CEEP Petrônio Portela – Picos - PI
Curso Técnico de Áudio e Vídeo;
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A felicidade à luz da filosofia 2

  • 1. A FELICIDADE À LUZ DA FILOSOFIA P R O F. E S P. R I C A R D O D E M O U R A B O R G E S P R O N AT E C - 2 0 1 8 CEEP Petrônio Portela – Picos - PI Curso Técnico de Áudio e Vídeo; Disciplina: Ética e Cidadania Carga Horária: 54 hs; Prof. Esp. Ricardo de Moura Borges; (Filosofia)
  • 2. OBJETIVO • Entender a problema sobre o tema Felicidade a partir de uma trajetória pela história da filosofia;
  • 3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Compreender a felicidade como um problema filosófico; • Demonstrar concepções sobre o tema a partir de alguns filósofos; • Ampliar o conceito da felicidade atrelando-o a liberdade; • Desenvolver a autonomia e a criticidade a partir de reflexões expostas, saindo do senso comum para o conhecimento filosófico;
  • 4. AFINAL, O QUE É A FELICIDADE? • Eudaimônia termo grego que significa felicidade. • Palavra composta de: eu que significa bom e daimom que significa demônio; • Portanto para os gregos antigos a felicidade estava atrelada a esse tipo de demônio, que era um tipo de semideus ( como o Hércules). • A partir do nascimento de cada ser humano surgia um gênio ( um demônio), como a intenção de proteger e dar boa sorte durante o processo existencial;
  • 5. O NASCIMENTO DA FILOSOFIA E A FELICIDADE • Foi justamente com os filósofos da phisys ( natureza), que a felicidade ganhou um tom de reflexão mais racional do que mitológica; • Demócrito de Abdera (460 a.C a 370ª.C) julgava que a felicidade “ era a medida do prazer e a proporção da vida”; • Os seres humanos deveriam justamente deixar os prazeres causados pelas ilusões e desejos afim de alcançar a serenidade; • A filosofia era um instrumento que poderia garantir esse caminho;
  • 6. SÓCRATES E A FELICIDADE • Com a ideia de ir além de sermos meros corpos como pensava Demócrito, incrementou a ideia de alma; • Portanto a felicidade está relacionada ao bem da alma; • A alma só seria feliz se vivesse de forma justa e virtuosa; • Na hora da morte Sócrates demonstrou serenidade, portanto foi feliz pois nada abalava sua consciência; • Antístenes acrescentou que para sermos felizes necessitamos ser autossuficientes ( autarquia);
  • 7. PLATÃO E A FELICIDADE • Platão ( 427 a. C a 347 a. C) Em seu Livro A República considerava que a alma tem uma função e está era ser feliz na sua condição; • Desenvolveu três tipos de alma: irascível – onde quem a desenvolvesse seria os melhores generais e soldados da cidade; sensitiva – onde seriam os melhores comerciantes da cidade; e por fim intelectiva – onde aquele que desenvolvesse seria O Rei Filósofo; • Portanto, a felicidade está relacionada de acordo com o desenvolvimento da alma humana, sendo que a função é ser virtuosa e justa para se obter a felicidade;
  • 8. ARISTÓTELES E A FELICIDADE • Escreve um livro intitulado Ética a Nicômaco onde coloca três circunstancias necessárias para sermos felizes: 1. Ter boa saúde; 2. Possuir a liberdade; 3. E ter uma boa situação socioeconômica; É de Aristóteles a famosa frase: “ amicus Platus, amicus Veritas”. A maior virtude para as almas é o exercício do pensamento pois aproxima o ser humano da divindade;
  • 9. O MUNDO HELÊNICO • O mundo helênico é compreendido desde a morte de Alexandre até a anexação da península grega por Roma é conhecida como Era Helenística; • Aqui surgem quatro escolas filosóficas: 1. Cínicos: Diógenes – a felicidade estava atrelada a não ter bens materiais para não ser escravizado por eles; 2. Ceticismo: Pirro – a felicidade está justamente em não se preocupar com as coisas, portanto, tudo deve ser duvidado pois só temos acesso as aparências; 3. Epicuro – a felicidade está no prazer, mas sobre o domínio da parcimônia; 4. Os Estoicos – Zenão de Cício – a felicidade é consequência do destino pois a história é cíclica; ser feliz não depende do sujeito pois está tudo prescrito;
  • 10. O CRISTIANISMO E A FELICIDADE • A felicidade está na salvação da alma; • Os discípulos morrem no Coliseu, mas morrem felizes por acreditarem em seus ideais ( lembram do Sócrates?); • A felicidade deixa de ser terrena e ganha um corpo espiritual; • O encontro de Paulo de Tarso e os filósofos encontra-se em Atos dos Apóstolos Cap. 17;
  • 11. IDADE MÉDIA E A FELICIDADE • Agostinho a entende como busca constante do homem para o paraíso celeste. Escreve a Obra a Cidade de Deus; • Tomás de Aquino coloca a felicidade no patamar racional trazendo as reflexões de Aristóteles; • Francisco de Assis entende a felicidade como seguimento radical a Cristo, desprovendo-se das vestes e riquezas passa a viver uma nova vida. Na pobreza encontra a felicidade ( verdadeira riqueza);
  • 12. IDADE MODERNA • John Locke e Leibniz entendem a felicidade como um prazer que duradouro; • Immanuel Kant ( 1724 – 1804) – por ter um método muito rigoroso diz que “ a felicidade é a condição do ser racional no mundo, para quem, ao longo da vida, tudo acontece de acordo com sua vontade); • Para ele felicidade nada tem a ver com a Ética;
  • 13. CONTEMPORANEIDADE E A FELICIDADE 1. Bertrand Russel ( 1872 – 1970) – em sua obra A Conquista da Felicidade nos diz que: • É necessário alimentar vários interesses e relações com os outros seres humanos para se atingir a felicidade; • Felicidade é sair do egocentrismo; 2. Julían Marias em seu Livro Felicidade Humana nos diz que: • A não reflexão sobre a felicidade pode ser um sintoma de como o nosso mundo não seja muito feliz;
  • 14. JEAN PAUL SARTRE E A FELICIDADE • A felicidade está atrelada necessariamente a Liberdade; “Estamos condenados a ser livres”; “Não importa o que fizeram de nós, mas o que importa é justamente aquilo que fazemos do que fizeram de nós”; • O existencialismo abre portas para o estudo e a reflexão da felicidade; • Afinal, O que é a felicidade?
  • 15. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Brasília: UnB, 1985. BOTELHO, José Francisco. Uma Breve História da Filosofia. São Paulo: Abril, 2015. BORNHEIM, Geard A. Introdução ao Filosofar: o pensamento filosófico em bases existenciais. 3ª ed. São Paulo: Globo, 2009. CHAUÍ, Marilena. Iniciação à Filosofia: Ensino Médio. São Paulo, Ática: 2013.
  • 16. PEGORARO, Olinto. Ética: dos maiores mestres através da história. 3ªed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008. PLATÃO. Obras Completas. Madri: Aguillar, 1969. RAWLS, J. Uma teoria da Justiça. Lisboa: Presença, 1993. SARTRE, Jean Paul. O Existencialismo é um humanismo. São Paulo [ Col. Os Pensadores], 1973. SIMONE, Selbach ( Org). História e Didática. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.
  • 17. PRONATEC 2018 CEEP Petrônio Portela – Picos - PI Curso Técnico de Áudio e Vídeo; Disciplina: Ética e Cidadania Carga Horária: 54 hs; Prof. Esp. Ricardo de Moura Borges; ( Filosofia)