O documento descreve a cura de um cego em Betsaida realizada por Jesus em dois estágios: primeiro Jesus tocou o cego e depois impôs as mãos nele. A cura ensina que devemos agir como intermediários para ajudar outros a encontrarem a cura espiritual, aplicando recursos como o passe e a prece.
2. • Betsaida (“casa da pesca” em hebraico)
• Na época de Jesus era uma aldeia com 50 a 70 casas situadas a nordeste
do mar da Galiléia e a alguns quilômetros de Cafarnaum.
• Terra dos apóstolos Pedro, Felipe e André.
• Palco de curiosa cura realizada por Jesus.
RUÍNAS DA ANTIGA CIDADE DE BETSAIDA
5. A frase: “E rogaram a Jesus que tocasse o cego”
O cego de Betsaida não gritou(rogou) por Jesus como o
cego Bartimeu . Este foi conduzido por amigos . Por isso sua
cura foi a única realizada em 2 estágios.
Nós podemos também agir como intermediário e
intercessores das forças do bem, aplicando os usuais
recursos que a Doutrina Espírita nos disponibiliza:
O passe, a prece, a conversa fraterna, o amparo material, o
esclarecimento espiritual, o apoio solidário,etc...
6. Jesus, ao iniciar o processo de cura, o faz
com carinho (“tomando o cego pela mão”)
afastando-o do foco de dificuldades
(“levou-o para fora daaldeia”).
O gesto de pegar o doente pela mão revela:
Atenção,Simpatia, Cuidado, Ação Eficiente.
Por este motivo, as mãos de Jesus são
sempre operantes, espalhando o amor de
modoincansável.
Quantas vezes chegam pessoas novas na
casa espírita cegas espiritualmente e nós as
pegamos pela mão, ou seja, mostramos que
através do trabalho de amor elas poderão
econtrar a cura de suas aflições .
Ex: Chico disseram que minha vida está por um fio.
Resp: Então continue trabalhando no bem de todos,
pois o trabalho fortalece o fio da vida
7. O trabalho é sempre instrutor
do aperfeiçoamento.
Sirvamos em qualquer parte,
de boa-vontade, como sendo
ao Senhor e não às criaturas, e
o Senhor nos conduzirá para
os cimos da vida. 4
EMMANUEL
8. Sabemos que a cegueira tem suas raízes nas ações pretéritas, em geral, desencadeada pela
inércia, indiferença, atritos inúteis e desinteresse na prática do bem.
A grande maioria das doenças tem a sua causa profunda na estrutura semimaterial
do corpo perispiritual.
Havendo o Espírito agido erradamente, nesse ou naquele setor da experiência
evolutiva, vinca o corpo espiritual com desequilíbrios ou distonias, que o predispõem
à instalação de determinadas enfermidades, conforme o órgão atingido. 5
9. O processo de cura se estabelece quando o enfermo começa a se desligar das causas
geradoras da doença.
A estratégia terapêutica utilizada por Jesus estabeleceu que, de imediato, era necessário
afastar o cego dos seus problemas, da influência negativa do ambiente psíquico em que se
encontrava mergulhado, por este motivo “levou-o para fora da aldeia.”
O Processo de Cura comporta, basicamente, três etapas:
A Renovação Mental --- conduzindo-o “para fora da aldeia”, desvincula-o dos elementos
perturbadores que lhe alimentava a enfermidade. Ex: policial civil que pediu demissão para ter paz.
Os Recursos Terapêuticos --- fluidos ou energias magnético-espirituais, presentes na
saliva de Jesus e nos seus fluidos magnéticos.
As Ações Promotoras da Manutenção da Saúde --- “E mandou-o para sua casa, dizendo:
Não entres na aldeia”. Significa dizer que a saúde estaria garantida se o atendido guardasse
a devida vigilância da sua casa mental, mantendo-se harmonizado no bem e afastado do
foco dos antigos problemas.
10.
11. A saída da aldeia, propiciada por
Jesus, apresenta também outro
significado:
Coloca o doente no rumo do bem, a
serviço de Deus, dando condições ao
seu Espírito de acessar outro campo
de vibrações, de valores
substancialmente diferentes,
favoráveis à neutralização do mal.
12. • Estivemos prisioneiros de hábitos
infelizes e de viciações, antes do
entendimento espírita surgir em
nossa vida.
• Isto nos faz refletir o quanto é
importante investir na aquisição
de valores morais, desenvolvendo
virtudes e combatendo o mal.
• Este processo de mudança pode
ser favorecido pelas práticas
espíritas e frentes de trabalho:
• reuniões evangélico-doutrinárias
ou de estudo; trabalho de
assistência e promoção social, de
atendimento aos necessitados,
encarnados ou desencarnados.
13. • Jesus utilizou dois recursos terapêuticos na cura do cego:
• A saliva e a imposição de mãos - Foi a única cura de Jesus em 2 estágios.
• Essa enfermidade exigia o uso de saliva devido a baixa fé deste deficiente
visual.
• É uma providência de ordem bastante material.
• É importante ressalvar que somente ao Cristo coube a utilização da saliva
como elemento curativo.
14. Cairbar Schutel nos lembra o seguinte:
Colhemos [...] uma lição de
inestimável proveito em tudo isso, e
refere-se à passagem do Espírito, da
materialidade para a espiritualidade,
da ignorância para a sabedoria, das
trevas para a luz.
Passamos por um estado de confusão,
assim como o cego — vendo, mas
vendo homens como árvores, até que
possa distinguir claramente a
realidade. 3
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15. o À semelhança do cego que deseja
enxergar com nitidez, devemos dilatar a
nossa visão espiritual, buscando de forma
incessante o melhor que a vida oferece em
termos de conquistas morais e intelectuais.
o Adotar ação no bem com amor é
angariar conhecimentos pelas vias naturais
do progresso espiritual, fugindo do
impositivo milenar do aprender pelo
sofrimento.
16. • A expressão verbal “ficou restabelecido” pode ser interpretada como:
• O retorno do equilíbrio
• “e já via ao longe e distintamente a todos.”
• Ver ao “longe” e “distintamente” tem o significado de ver além das
aparências, enxergando o próximo como irmão, enxergando a vida sob a
ótica imortal, universal.
17. »A frase: “mandou-o para sua casa” nos
conduz a dupla interpretação:
A primeira é literal e está relacionada ao
ambiente doméstico, onde convivemos com
os familiares e amigos próximos. Trata-se do
local apropriado para a execução das
responsabilidades e dos deveres definidos
pela reencarnação.
A segunda diz respeito à casa íntima, à
mente do Espírito, plano onde se opera as
aquisições necessárias ao progresso
espiritual.
Ex: o cérebro físico é semelhante a caixa preta de um avião. Guarda as informações, mas quem pensa é o espírito.
18. Recomenda também Jesus:
“não entres na aldeia.”
Para se manter
permanentemente livre da
cegueira, não deve retornar à
posição anterior, antes de ser
curado.
Deve se esforçar para manter
a mente renovada vibrando
em sintonia com o Alto.
19. A propósito esclarece Emmanuel:
Quase todos os doentes exigem que a
dádiva desça, sem qualquer esforço pela
elevação de si mesmos.
Raros procuram o Cristo e lhe seguem os
passos no mundo.
Para ver e glorificar o Senhor é
indispensável marchar nas pegadas do
Cristo, escalando, com Ele, a montanha
do trabalho e do testemunho. 10
20. A interpretação espírita da cura do cego de Betsaida nos faz
recordar Saulo de Tarso que, ao encontrar o Cristo na estrada
de Damasco, precisou perder temporariamente a visão física
para que pudesse enxergar as claridades espirituais. Ex: PAI
ANDRÉ LUIZ
Foram 3 dias em Damasco sob rigorosa disciplina espiritual.
Sua personalidade dinâmica havia estabelecido uma trégua
às atividades mundanas, para examinar os erros do passado,
as dificuldades do presente e as realizações do futuro.
Abismalmente concentrado na cegueira que o envolvia,
orou com fervor e pediu a Jesus lhe clareasse a mente
atormentada pelas idéias de angústias e desamparo. 7
21. PEIXOTINHO, UM DOS MAIORES MÉDIUNS DE CURA DE TODOS OS TEMPOS, CUROU MILHARES DE PESSOAS, MAS ELE MESMO
DESENCARNOU DE ASMA, DIZENDO SER ELA UMA GRANDE COMPANHEIRA QUE O FAZIA SALDAR DÉBITOS DO PASSADO.
22. 1.KARDEC. Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Tradução de Guillon Ribeiro. 124. ed.
Rio de janeiro: FEB, 2005. Cap. 8, item 19, p. 156-157.
2. . A gênese. Tradução de Guillon Ribeiro. 48. ed. Rio de janeiro: FEB, 2005. Cap. 15, item 13,
p. 317.
3.SCHUTEL, Cairbar. O espírito do cristianismo. 8. ed. Matão: O Clarim, 2001. Cap. 62 (O cego
de Betsaida), p. 319.
4.XAVIER. Francisco Cândido. Fonte viva. Pelo Espírito Emmanuel. 33. ed. Rio de Janeiro: FEB,
2006. Cap. 29 (Sirvamos), p. 76.
5. . Leis de amor. Pelo Espírito Emmanuel. 4. ed. São Paulo: LAKE, 1972, pergunta 2, p. 13-14.
6. . Pão nosso. Pelo Espírito Emmanuel. 27. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Cap. 169 (Olhos),
p. 353-354.
7. . Paulo e Estevão. Pelo Espírito Emmanuel. 42. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Segunda
parte, cap. 1 (Rumo ao deserto), p. 257-258.
8. . p. 261.
9. .Vinha de luz. Pelo Espírito Emmanuel. 24. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Cap. 27
(Indicação de Pedro), p. 73-74.