2. Declínio da produção aurífera
• O apogeu da economia
aurífera ocorreu de
1733 a 1748.
• Mesmo assim, grande
parte da população da
região de Minas Gerais,
continuava vivendo na
pobreza.
Igreja de São Francisco de Assis construída a partir de
1774 em São João del Rei/MG. Foi tombada pelo IPHAN –
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
3. Na visão do governo português, a pobreza na
região dava-se devido ao:
• Contrabando.
• Aos métodos poucos adequados de extração do
ouro.
Na visão dos colonos, a pobreza na região
resultava da:
• Opressão do governo colonial – cobrança de
tributos excessivos aos mineradores.
4. • Na segunda metade do século XVIII a produção de
ouro caiu drasticamente.
• O governo português acreditava que a queda da
captação devia-se principalmente ao contrabando.
Santo Antônio utilizado
para o contrabando de
ouro e diamantes durante
o ciclo do ouro em Minas
Gerais. As peças eram
destinadas a outras
capitanias e até mesmo à
Portugal.
Deste contrabando
utilizando santos de pau
oco, temos a expressão
“santinho de pau oco”.
5. Opressão da metrópole na região
mineradora
• Em 1750 o governo português decidiu que a soma
final do quinto da região mineradora de Minas
deveria atingir 100 arrobas anuais.
• Os mineradores não “conseguiam” pagar os
impostos e as dívidas foram acumulando-se.
Arroba: unidade de massa equivalente
a 14,6kg, atualmente corresponde a
15kg.
6. • Em 1765 foi decretada a derrama – assim não
pouparam a população.
• Vários mineradores empobrecidos acabaram
perdendo seus bens.
Derrama: cobrança forçada de
impostos, afim de recolher o estipulado
em uma determinada região. Em Minas
Gerais toda a população sofria com a
derrama, não somente os mineradores.
7. Para onde foi tanto ouro?
• Depois da Restauração portuguesa em 1640, o
Reino de Portugal estava em crise econômica e
buscou ajuda financeira e proteção política junto
a Inglaterra.
• Muito ouro brasileiro serviu como pagamento do
déficit na economia portuguesa relacionados
muitas vezes a tratados comerciais desastrosos
como o Tratado de Methuen de 1703.
8. Crise do sistema colonial lusitano
• Desde o início do
século XVIII a situação
financeira de Portugal
é calamitosa.
• Em 1750 assumiu um
novo rei em Portugal,
D. José I que procurou
realizar algumas
reformas – este rei é
considerado um
déspota esclarecido.
D. José I nasceu em Lisboa no ano de 1714
filho do rei D. João V que veio a falecer em 1750.
Nomeou secretário de Estado, Marquês de
Pombal que diante de um país em crise
econômica procurou dinamizar áreas como a
economia e a educação.
O rei D. José I faleceu em 1777 assumindo o
trono português sua filha mais velha, D. Maria I
a primeira mulher a ocupar tal cargo em
Portugal.
9. • Para coordenar essas reformas o rei
nomeou como secretário de Estado,
Sebastião José de Carvalho e Melo, o
Marquês de Pombal.
Secretário de
Estado do Reino:
cargo que
equivale ao de
primeiro-ministro
em Portugal.
Sebastião José de Carvalho
e Melo, Marquês de Pombal,
nasceu em Lisboa em 1699.
Foi nomeado embaixador na
Grã-Bretanha e do Sacro
Império Romano Germânico.
Com a subida ao poder do
rei D. José I em 1750, foi
nomeado no mesmo ano para
o posto de secretário de
Estado, acumulando cada vez
mais poder.
Com a morte de D. José I em
1777 também é removido de
seu cargo. Faleceu em 1782.
10. Medidas tomadas pelo Marquês de Pombal:
• Criou diversas companhias de comércio, que
passaram a monopolizar o comércio de alguns
produtos, favorecendo os grandes comerciantes.
• Criou o Erário Régio para administração das contas
públicas, cobranças fiscais.
• Unificou os tribunais – criou o a Real Mesa
Censória, para fiscalizar e caso necessário censurar
livros e publicações que eram contra o governo.
No Brasil criou-se a Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão e a
Companhia Geral de Comércio de Pernambuco e Paraíba, estas companhias
detiveram o monopólio do comércio por vinte anos e foram acusadas de vender
produtos de má qualidade por preços abusivos e comprar produtos nas capitanias
por preços muito baixos.
11. • Reforma no ensino superior e secundário com a
criação do Real Colégio dos Nobres voltado a
formação inicial dos jovens da aristocracia
portuguesa.
• Expulsão dos jesuítas de Portugal e das colônias
ultramarinas em 1760.
• Reorganizou o exército e a marinha portuguesa.
Com a expulsão dos jesuítas de Portugal e das colônias o patrimônio da Companhia
de Jesus e o setor educacional onde os jesuítas tinham grande influência passou ao
controle direto do governo português.
12. O mundo no século XVIII
• Na Inglaterra estava ocorrendo a Revolução
Industrial.
• O pensamento liberal – iluminismo, crítica ao
Antigo Regime.
• Despotismo esclarecido – onde governantes
(reis) realizaram reformas em várias áreas, mas
não abriram mão de seu poder absoluto.
• Independência das Treze Colônias (1776) –
formando os Estados Unidos.
• Revolução Francesa em 1789 – tirando do poder
os monarcas absolutos na França.
13. Revoltas contra o poder lusitano
• Inconfidência Mineira ou
Conjuração Mineira (1789)
• Inconfidência Fluminense
(1794)
• Inconfidência Baiana (1798)
• Conspiração dos Suaçunas
(1801)
Inconfidência: crime
de lesa-majestade,
isto é a falta de
fidelidade do súdito à
Coroa.
Conjuração: o mesmo
que conspiração –
caracterizado pela
tentativa de uma
pessoa ou um grupo
de pessoas conspirar
contra o rei ou contra
o Estado, com o
objetivo de tomar o
poder.
14. Inconfidência Mineira (1789)
• A situação em Minas Gerais agravou-se na segunda
metade do século XVIII com a queda da produção
de ouro.
Vila Rica (Ouro Preto), obra do artista francês Arnaud Julien Pallière (1820).
15. • Em 1788 a dívida da região de Minas Gerais em
impostos chegava a 596 arrobas.
• Nessa situação podia ocorrer a qualquer momento
uma nova derrama.
São João del Rei Rio de Janeiro
Vila Rica (atual
Ouro Preto)
Diamantina
16. O movimento
• Mesmo com toda censura chegavam a colônia
alguns exemplares de livros defendendo as ideias
iluministas.
• Jovens mineiros que estudavam na Europa
tornavam-se adeptos das ideias de liberdade
econômica e política.
17. • Os Autos de Devassa
elaborado depois das
prisões e com os
depoimentos dos presos
argumenta que os
inconfidentes mineiros
tinham planos, porém
ocorria algumas
divergências entre eles.
Autos de Devassa: conjunto do
processo produzido entre 1789 a 1792
por uma comissão que foi designada
para investigar os crimes que teriam
sido cometidos pelos inconfidentes
em Minas Gerais.
Coleção que contém na integra os
autos de devassa da Inconfidência
Mineira de 1789, sendo um total de
dez volumes.
18. Ideias dos inconfidentes mineiros
• Independência da capitania e
proclamação de uma república –
alguns poucos apoiavam uma
monarquia.
• Criação de uma universidade em
Vila Rica (atual Ouro Preto).
• A capital do novo país seria São
João del Rei.
• Incentivo a manufaturas de ferro.
• Casais com muitos filhos
receberiam pensões.
Bandeira dos
inconfidentes mineiros,
tendo o lema em latim
“Libertas Quae Sera
Tamen” traduzido para
o português “Liberdade
ainda que tardia”.
Foi adotada como
bandeira do estado de
Minas Gerais,
oficialmente pela lei
aprovada em 1963.
19. • O fim da escravidão não foi contemplada, devido
ao receio de desarticular toda a produção.
Garimpeiros, obra da artista modernista brasileira Tarsila do
Amaral (1938).
20. Quando o movimento deveria iniciar-se?
• O movimento deveria se
desencadear quando o
governador decretasse a
derrama, obtendo apoio da
população.
A senha “dia do batizado”
entre os inconfidentes
mineiros significava o dia que o
movimento tinha que iniciar,
ou seja no dia da derrama.
Luís António Furtado de Castro do Rio de
Mendonça e Faro, 6º visconde de Barbacena
(1754-1830), foi governador da Capitania de
Minas Gerais de 1788 até 1797. Muitos
defendiam que o governador teria de ser
morto, enquanto outros pensavam em apenas
expulsá-lo.
A cidade de Barbacena/MG homenageia em
o governador do período colonial.
21. Rumores chegam ao governador
• O governado decretou de
imediato a suspensão da
derrama em 14 de março
de 1789.
22. • Com a suspensão da derrama – muitos
mineradores ficaram apreensivos porque
fatalmente o governador cobraria os impostos
devidos diretamente aos mineradores.
Quatro escudos – 6.400 réis, moeda de 1785 em ouro com a
efígie da rainha D. Maria I e de seu esposo D. Pedro III.
23. • Sentindo-se sem saída
Joaquim Silvério dos Reis
coronel de cavalaria e
grande minerador que
devia grandes somas à
Coroa, acabou no dia 15 de
março denunciando o
movimento ao governador
com o objetivo de ter suas
dívidas perdoadas.
Joaquim Silvério dos Reis
obteve o perdão de suas
dívidas junto a Fazenda Real. Primeira página da carta-denúncia de Joaquim
Silvério dos Reis entregue ao Visconde de Barbacena
governador da capitania de Minas Gerais.
24. • As prisões começaram a ser efetuadas.
• Dois tribunais foram instalados um no Rio de
Janeiro e outro em Minas Gerais.
Os 24 inconfidentes mineiros que foram presos e levados a julgamento.
Cinco religiosos. Carlos Corrêa de Toledo e Melo, Luís Vieira da Silva, José da Silva
Oliveira Rolim, Manuel Rodrigues da Costa e José de Oliveira Lopes.
Oito militares. Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes), Domingos de Abreu
Vieira, Luís Vaz de Toledo Pisa, Francisco Antônio de Oliveira Lopes,
Francisco de Paula Freire de Andrada, Vicente Vieira da Mota, José
Aires Gomes, José Resende Costa (pai).
Quatro
advogados.
Tomás Antônio Gonzaga, Cláudio Manuel da Costa, Inácio José de
Alvarenga Peixoto e José Álvares Maciel.
Outros (sete) José de Resende Costa (filho), Salvador de Carvalho do Amaral
Gurgel (médico prático), Domingos Vidal de Barbosa Lage (médico),
João da Costa Rodrigues (hospedeiro), Antônio de Oliveira Lopes
(agrimensor), João Dias da Mota (fazendeiro) e Vitoriano Gonçalves
Veloso (alfaiate).
25. Prisão de
Tiradentes, obra de
Antônio Diogo da
Silva Parreiras (1914).
Jornada dos Mártires,
obra de Antônio Diogo
da Silva Parreiras.
Quando inconfidentes
foram levados para o
Rio de Janeiro.
26. • Ao final de três anos de interrogatórios, foram
condenados 11 inconfidentes à morte na forca e
os demais a degredo perpétuo.
Casa da Câmara
e Cadeia de Vila
Rica (hoje abriga
o Museu da
Inconfidência),
construído na
década de 1780 já
no fase de
declínio da
produção de ouro,
prédio de
arquitetura
colonial barroca.
27. • A rainha de Portugal Maria I
modificou a sentença, onde
apenas Tiradentes seria
enforcado e esquartejado.
• Os demais passaram a ser
degredados perpetuamente
ou por um prazo de dez
anos.
• Os padres foram enviados a
Portugal. D. Maria I primeira rainha portuguesa, governando de 1777
a 1816. Casou-se em 1760 com seu tio, D. Pedro III que assim
tornou-se rei-consorte mantendo a Dinastia de Bragança no
poder em Portugal. Mentalmente instável foi obrigada em
1792 a aceitar que seu filho D. João assumisse como regente
os assuntos de governo. Faleceu em 1816 no Rio de Janeiro.
28. Joaquim José da Silva Xavier, nasceu em 1746 na
Fazenda do Pombal, propriedade de seu pai no
situada na vila de São João del Rei. Sua mãe faleceu
quando ele tinha nove anos, seu pai também
faleceu quando tinha onze anos, ficando aos
cuidados de seu tio-padrinho que era cirurgião-
dentista prático.
Do tio obteve a instrução para ser dentista prático,
assim surge o Tiradentes. Viveu também do
comércio ambulante.
Em 1775 alista-se chegado ao posto de alferes
(equivalente atualmente a segundo-tenente)
servindo no Rio de Janeiro e na Capitania de Minas
Gerais. Morreu solteiro aos 42 anos de idade,
deixando como descendente uma filha.
29. A leitura da sentença dos
inconfidentes, obra de
Leopoldino Faria (1911).
A Resposta de Tiradentes ao
Desembargador Rocha no ato da
comutação da pena aos seus
companheiros depois da Missa, obra de
Leopoldino Faria.
30. • Em 21 de abril de 1792 na cidade do Rio de
Janeiro foi executada a pena de morte de
Tiradentes.
Martírio de
Tiradentes, obra
de Francisco
Aurélio de
Figueiredo e
Melo (1893).
Tiradentes
esquartejado,
obra de Pedro
Américo (1893).
31. Homenagens a Tiradentes
Praça Tiradentes localizada no centro da
cidade do Rio de Janeiro, local do
enforcamento de Tiradentes. Ao centro da
praça tem-se uma estátua equestre de D.
Pedro I de 1862, ele era neto de D. Maria I.
Tiradentes pronto para ser
enforcado, estátua localizada
na Praça Tiradentes em Belo
Horizonte/MG.
32. Moeda de cinco centavos, lançada em
1998 a segunda geração de moedas do real
com homenagem a Tiradentes,. Um
triangulo representando a bandeira
inconfidente e uma pomba representando a
paz e liberdade.
Durante o período imperial no
Brasil Tiradentes era considerado
um traidor a ordem estabelecida,
com a Proclamação da República
torna-se herói nacional sendo
instituído um feriado nacional (21
de abril).
A Medalha da Inconfidência, a mais alta
comenda entregue pelo governo do estado
de Minas Gerais, foi criada em 1952 durante
o governo de Juscelino Kubitschek.
33. Inconfidência Fluminense (1794)
• No Rio de Janeiro a Sociedade
Literária criada em 1785 propunha
discutir temas filosóficos, como
ideias liberais, governo republicano
e sobre a independência dos
Estados Unidos.
• Em 1794 vários membros da
Sociedade Literária foram presos e
interrogados.
• Em 1797 todos foram soltos.
Principais nomes da
Sociedade Literária:
poeta e advogado Silva
Alvarenga, Mariano
José Pereira da Fonseca
(advogado), Jacinto
José da Silva (médico),
Gervásio Ferreira
(cirurgião). A Sociedade
também recebia a visita
de pessoas que não
faziam parte do grupo,
mas estavam
interessadas nos
assuntos debatidos.
34. Inconfidência Baiana (1798)
• Em 1798 explodiu uma
revolta contra a dominação
portuguesa em
Salvador/BA.
• Se diferenciou no sentido
em que pobres, brancos,
mestiços e negros
promoveram o movimento.
35. • No final do século XVIII, a cidade de Salvador era
uma capital empobrecida com em torno de 60
mil habitantes.
• Os poucos ricos e letrados que participaram da
inconfidência, logo se afastaram a medida que o
movimento tomou uma abrangência popular.
• Parte da elite passou a formar uma sociedade
secreta (Cavaleiros da Luz).
Um grupo da elite insatisfeita com a situação
reuniu-se na sociedade secreta Cavaleiros da Luz
onde debatia-se as ideias de Jean-Jacques
Rousseau e a ação de grupos populares na
Revolução Francesa (1789).
36. • Sem apoio da elite e como a maioria dos
participantes eram alfaiates, sapateiros,
pedreiros e soldados, camada mais pobre da
sociedade – a revolta também ficou conhecida
como Revolta dos Alfaiates.
• Indicado como um dos principais líderes o
soldado Luís Gonzaga das Virgens e Veiga.
37. Ideias defendidas pelos revoltosos da
Inconfidência Baiana:
• Fim da dominação portuguesa no Brasil.
• A proclamação de uma república democrática.
• Abolição da escravidão.
• Abertura dos portos brasileiros, a todas as nações.
• Melhorar as condições de vida da população.
Estavam inspirados nos ideais de liberdade, igualdade e
fraternidade da Revolução Francesa (1789).
38. • Alguns revoltosos baianos escreviam panfletos
que eram colocados nas portas das igrejas e nos
muros pela cidade.
• Muitos chamavam a população a lutar pela
igualdade e liberdade.
Um dos panfletos dizia: “Está para chegar o tempo
feliz da nossa liberdade. O tempo em que todos
seremos irmãos. O tempo que todos seremos iguais.”
39. • Acusado pelas autoridades de ser o autor dos
panfletos o soldado Luís Gonzaga das Virgens e
Veiga foi preso juntamente com outros líderes.
• Várias outras prisões foram efetuadas – da elite
insatisfeita reunida na Sociedade dos Cavaleiros
da Luz todos foram absolvidos.
40. • Em 1799 quatro líderes foram enforcados e
esquartejados onde hoje localiza-se a Praça da
Piedade em Salvador/BA.
Líderes da Inconfidência Baiana (1798)
Luís Gonzaga das Virgens e Veiga
(soldado)
Lucas Dantas (soldado)
João de Deus (alfaiate)
Manuel Faustino (alfaiate)
Foram enforcados e
esquartejados em Salvador.
Sá Couto Degredado para a África.
José Raimundo Barata de Almeida Degredado três anos para
a ilha de Fernando de
Noronha.
Cipriano Barata Absolvido
Os escravos envolvidos receberam açoites e seus donos foram
obrigados a vende-los para outras capitanias.
Degredo: pena
que propunha a
exilar/expulsar o
indivíduo para
outra região, não
podendo retornar
a um determinado
local por um prazo
ou de forma
definitiva.
41. Praça da Piedade em Salvador/BA, bustos
dos líderes da Revolta dos Alfaiates
enforcados em 1799. João de Deus do
Nascimento (esquerda) e Luiz Gonzaga das
Virgens e Veiga (direita).
42. Ainda na praça os bustos de
Manuel Faustino dos Santos
Lira (esquerda) e Lucas Dantas
do Amorim Torres (direita)
43. Conspiração dos Suaçunas (1801)
• Em 1801 na Capitania de
Pernambuco ocorreu um
movimento de rebeldia –
para muitos foi uma tentativa
de proclamar a
independência, para outros
não passou de ideias sem
ação.
44. • Naquele momento a economia pernambucana
vivia um período de recuperação – preço do
açúcar voltava a subir.
A Sugar Mill,
obra de Henry
Koster (1816) –
um engenho
pernambucano.
45. • Ideais de liberalismo
econômico e de liberdade
política vindas da Europa
levaram a formação em 1798
de uma sociedade secreta,
de inspiração maçônica com
o nome de Areópago de
Itambé.
Areópago: reunião de sábios,
letrados, políticos, etc. Dava-se
este nome ao antigo tribunal
ateniense onde julgava-se os
crimes mais graves.
A maçonaria é uma organização semi-secreta
difundida em todo o mundo. Adota com
princípios a fraternidade e filantropia entre
seus membros (mulheres não podem
participar). Possui rituais e símbolos e seus
participantes devem acreditar na existência de
um ser supremo sendo vetada a entrada de
ateus. O símbolo maçônico apresenta o
compasso, um esquadro e a letra G – referindo-
se ao Grande Arquiteto do Universo.
46. • Denunciado o movimento em 1801, várias
pessoas foram presas - no final dos processos
ninguém foi condenado.
Membros do Areópago de Itambé
Os irmãos Francisco de Paula,
Luís Francisco e José Francisco de
Paula Cavalcanti de Albuquerque.
Francisco de Paula Cavalcanti e
Albuquerque era sócio proprietário
do engenho Suaçuna, nome pela
qual ficou conhecida a revolta.
Antônio Félix Velho Cardoso Padre
José Pereira Tinoco Padre
Antônio de Albuquerque
Montenegro
Padre
João Ribeiro Pessoa Padre
O movimento foi
denunciado pelo
comerciante José
da Fonseca Silva e
Sampaio, que
também era
capitão do
regimento de
milícia dos nobres.