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EMEIEF NORBERTO ALVES BATALHA
DISCIPLINA:HISTÓRIA PROF° NIVIA
MAGALHÃES
SERIE: 8 ANO DATA:14/07/2020
CONTEÚDO: REVOLTAS BRASIL COLONIAL (CONJURAÇÃO MINEIRA)
A CONJURAÇÃO MINEIRA (1789)
A partir de 1760, as jazidas de ouro mineiras começaram a se esgotar. Apesar
disso, o governo português continuou cobrando pesados impostos e fazendo
proibições, como impedir a instalação de indústrias no Brasil. Essa política
opressiva empobrecia os habitantes da Colônia e aumentava o medo e a
insegurança em Minas Gerais.
Em 1788, quando um novo governador enviado por Portugal anunciou que
haveria uma derrama, ou seja, a cobrança forçada dos impostos atrasados, um
clima de revolta tomou conta da população; a capitania de Minas Gerais devia a
Portugal mais de cinco toneladas de ouro. Os colonos diziam que não podiam
pagar porque o ouro estava se esgotando. As autoridades portuguesas afirmavam
que o problema era que o ouro estava sendo desviado.
Reagindo a esta situação opressiva, um grupo de homens, quase todos da
elite de Minas, começou a se reunir em Vila Rica para planejar uma rebelião
contra o domínio português. Entre os rebeldes estavam: Tomás Antônio
Gonzaga, juiz de Vila Rica; Cláudio Manuel da Costa, advogado e intelectual
renomado; Inácio de Alvarenga Peixoto, dono de jazidas e filho de grande
fazendeiro e comerciante; padre Oliveira Rolim, chefe político do Arraial do
Tijuco, atual Diamantina, agiota e negociante de diamantes; padre Carlos
Correia de Toledo, dono de terras minerais e de uma grande fazenda que
produzia milho e feijão, dentre os mais ricos da capitania; e Joaquim Silvério dos
Reis, contratador. Como se vê, eram em sua maioria homens ricos, alguns deles
endividados, que temiam perder tudo no dia em que a derrama fosse aplicada.
Entre eles estava também um homem que tinha sido dentista prático,
tropeiro, garimpeiro e que, aos 30 anos, tornara-se militar: o alferes Joaquim
José da Silva Xavier, conhecido por todos como Tiradentes.
Só uma pequena parte do
ouro da Capitania de
Minas Gerais ficou no
interior de suas igrejas,
como o usado nas obras
da Igreja Matriz de
Nossa
Senhora do Pilar,
construída em 1733, em
Ouro Preto (MG).
Joaquim José da Silva
Xavier. Não há nenhuma
imagem de Tiradentes feita
enquanto ele estava vivo.
Este quadro, do pintor José
Wasth Rodrigues
(18911957), é uma das
poucas obras que
representam seu fardamento
de modo correto. Essa era a
farda de um alferes. Entre o
povo, nas tavernas e nas
ladeiras da região,
Tiradentes era o maior
propagandista da
independência de Minas
Gerais e atraiu para o
movimento um grande
número de simpatizantes.
Os conjurados defendiam a independência de Minas Gerais; a proclamação
de uma república com capital em São João del Rei, núcleo agropecuário que
mantinha intenso comércio com outras regiões brasileiras; e a criação, em Vila
Rica, de uma universidade e de uma Casa da Moeda para controlar a emissão de
dinheiro.
A bandeira da república mineira teria a inscrição Libertas quae sera tamen,
que significa: “Liberdade ainda que tardia”.
Parte dos conjurados era movida por ideias iluministas e de mudança; outra
parte, no entanto, tinha como único objetivo a suspensão da derrama (cobrança
forçada dos impostos em atraso devidos a Portugal). Os conjurados divergiam
quanto à escravidão: a maioria deles – senhores de terras, mineradores e grandes
comerciantes – era favorável à continuidade da escravidão; apenas Alvarenga
Peixoto e o padre Carlos Correia de Toledo se disseram favoráveis à Abolição.
DENÚNCIA, PRISÃO E SENTENÇA
A rebelião foi denunciada por vários indivíduos. Um deles, o coronel
Joaquim Silvério dos Reis, contou o plano dos conjurados ao Visconde de
Barbacena (governador) em troca do perdão de uma dívida que tinha com
Portugal e foi perdoado; Silvério dos Reis morreu rico quase 30 anos depois.
De sua parte, o governador suspendeu a derrama e ordenou a perseguição
aos envolvidos; Tiradentes e os demais conjurados foram presos. A rainha de
Portugal, D. Maria I, ordenou a abertura de dois processos, um no Rio de Janeiro
e outro em Minas Gerais. O julgamento durou três anos; 11 conjurados foram
condenados à forca. Depois as sentenças foram alteradas: somente Tiradentes foi
condenado à morte. Os demais receberam a pena de degredo (exílio) nas colônias
portuguesas da África. Tiradentes foi enforcado e esquartejado, e as partes de
seu corpo foram esparramadas pelo caminho que ligava o Rio de Janeiro a Minas
Gerais, ficando sua cabeça em Vila Rica. A intenção da rainha era lembrar a
todos o preço a ser pago por quem se rebelasse contra a Monarquia.

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  • 1. EMEIEF NORBERTO ALVES BATALHA DISCIPLINA:HISTÓRIA PROF° NIVIA MAGALHÃES SERIE: 8 ANO DATA:14/07/2020 CONTEÚDO: REVOLTAS BRASIL COLONIAL (CONJURAÇÃO MINEIRA) A CONJURAÇÃO MINEIRA (1789) A partir de 1760, as jazidas de ouro mineiras começaram a se esgotar. Apesar disso, o governo português continuou cobrando pesados impostos e fazendo proibições, como impedir a instalação de indústrias no Brasil. Essa política opressiva empobrecia os habitantes da Colônia e aumentava o medo e a insegurança em Minas Gerais. Em 1788, quando um novo governador enviado por Portugal anunciou que haveria uma derrama, ou seja, a cobrança forçada dos impostos atrasados, um clima de revolta tomou conta da população; a capitania de Minas Gerais devia a Portugal mais de cinco toneladas de ouro. Os colonos diziam que não podiam pagar porque o ouro estava se esgotando. As autoridades portuguesas afirmavam que o problema era que o ouro estava sendo desviado.
  • 2. Reagindo a esta situação opressiva, um grupo de homens, quase todos da elite de Minas, começou a se reunir em Vila Rica para planejar uma rebelião contra o domínio português. Entre os rebeldes estavam: Tomás Antônio Gonzaga, juiz de Vila Rica; Cláudio Manuel da Costa, advogado e intelectual renomado; Inácio de Alvarenga Peixoto, dono de jazidas e filho de grande fazendeiro e comerciante; padre Oliveira Rolim, chefe político do Arraial do Tijuco, atual Diamantina, agiota e negociante de diamantes; padre Carlos Correia de Toledo, dono de terras minerais e de uma grande fazenda que produzia milho e feijão, dentre os mais ricos da capitania; e Joaquim Silvério dos Reis, contratador. Como se vê, eram em sua maioria homens ricos, alguns deles endividados, que temiam perder tudo no dia em que a derrama fosse aplicada. Entre eles estava também um homem que tinha sido dentista prático, tropeiro, garimpeiro e que, aos 30 anos, tornara-se militar: o alferes Joaquim José da Silva Xavier, conhecido por todos como Tiradentes. Só uma pequena parte do ouro da Capitania de Minas Gerais ficou no interior de suas igrejas, como o usado nas obras da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar, construída em 1733, em Ouro Preto (MG).
  • 3. Joaquim José da Silva Xavier. Não há nenhuma imagem de Tiradentes feita enquanto ele estava vivo. Este quadro, do pintor José Wasth Rodrigues (18911957), é uma das poucas obras que representam seu fardamento de modo correto. Essa era a farda de um alferes. Entre o povo, nas tavernas e nas ladeiras da região, Tiradentes era o maior propagandista da independência de Minas Gerais e atraiu para o movimento um grande número de simpatizantes. Os conjurados defendiam a independência de Minas Gerais; a proclamação de uma república com capital em São João del Rei, núcleo agropecuário que mantinha intenso comércio com outras regiões brasileiras; e a criação, em Vila Rica, de uma universidade e de uma Casa da Moeda para controlar a emissão de dinheiro. A bandeira da república mineira teria a inscrição Libertas quae sera tamen, que significa: “Liberdade ainda que tardia”.
  • 4. Parte dos conjurados era movida por ideias iluministas e de mudança; outra parte, no entanto, tinha como único objetivo a suspensão da derrama (cobrança forçada dos impostos em atraso devidos a Portugal). Os conjurados divergiam quanto à escravidão: a maioria deles – senhores de terras, mineradores e grandes comerciantes – era favorável à continuidade da escravidão; apenas Alvarenga Peixoto e o padre Carlos Correia de Toledo se disseram favoráveis à Abolição. DENÚNCIA, PRISÃO E SENTENÇA A rebelião foi denunciada por vários indivíduos. Um deles, o coronel Joaquim Silvério dos Reis, contou o plano dos conjurados ao Visconde de Barbacena (governador) em troca do perdão de uma dívida que tinha com Portugal e foi perdoado; Silvério dos Reis morreu rico quase 30 anos depois. De sua parte, o governador suspendeu a derrama e ordenou a perseguição aos envolvidos; Tiradentes e os demais conjurados foram presos. A rainha de Portugal, D. Maria I, ordenou a abertura de dois processos, um no Rio de Janeiro e outro em Minas Gerais. O julgamento durou três anos; 11 conjurados foram condenados à forca. Depois as sentenças foram alteradas: somente Tiradentes foi condenado à morte. Os demais receberam a pena de degredo (exílio) nas colônias portuguesas da África. Tiradentes foi enforcado e esquartejado, e as partes de seu corpo foram esparramadas pelo caminho que ligava o Rio de Janeiro a Minas Gerais, ficando sua cabeça em Vila Rica. A intenção da rainha era lembrar a todos o preço a ser pago por quem se rebelasse contra a Monarquia.