O documento discute vários movimentos de insatisfação colonial no Brasil entre os séculos 17 e 18, incluindo a Revolta de Beckman em 1684 no Maranhão sobre escravidão indígena e comércio, a Guerra dos Emboabas em 1707-1709 em Minas Gerais sobre direitos de exploração de ouro, e o período de reformas administrativas e econômicas de Pombal entre 1750-1777.
3. As revoltas Coloniais
Revelavam a insatisfação dos colonos;
Dificuldade de controle por parte das forças
metropolitanas;
Não pretendiam extinguir o pacto colonial ou
estabelecer a independência da América
Portuguesa;
Momento em que diversas regiões da colônia
enfrentavam sérias dificuldades econômicas;
Ideias de povo ou nação brasileira nem sequer eram
debatidos nos meios intelectuais da época.
4. Revolta de Beckman (1684 –
MA)
Conflito entre a metrópole e os colonos / Choque com os
Jesuítas;
Falta de produtos manufaturados e de escravos;
Elite: Escravização de Índios / Portugal: Proibição da
escravização;
1682 – Companhia de Comércio do Maranhão:
500 escravos ao ano;
Comprar os produtos agrícolas;
Portugal não cumpriu!
Manuel Beckman
5. Revolta de Beckman (1684 –
MA)
Irmãos Manuel e Tomas Beckman
Expulsar os jesuítas da região;
Dissolveram a Companhia de Comércio do
Maranhão.
Reivindicação: melhorias na administração colonial!
Tomas Beckman: Reclama em Portugal – É Preso!
Governo Português: Reprimiu violentamente.
Manuel Beckman e Jorge Sampaio foram enforcados
a 2 de novembro de 1685
6. Revolta de Beckman (1684 –
MA)
A situação de pobreza da população do Estado do
Maranhão perdurou no decorrer das primeiras
décadas do século XVIII;
Administração do Marquês de Pombal (1750-1777):
Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e
Maranhão;
XVIII: Estimulo ao plantio do algodão no Maranhão;
Pombal: Expulsão dos Jesuítas / desorganizar a
atividade da coleta das drogas do sertão
7. Guerra dos Emboabas
(1707-1709)
Região de Minas Gerais (Cerca de 50 mil pessoas);
Bandeirantes (vicentinos/Paulistas) x Portugueses e
Imigrantes (Emboabas)
Comandantes
Borba Gato x Manuel Nunes Viana
Questão: “Direito sobre a exploração do ouro”;
8. Guerra dos Emboabas
(1707-1709)
Batalha campal: Cachoeira do Campo (Derrota
Paulista);
Capão de Traição (massacre de cerca de 300
paulistas capturados);
Emboabas mantém o controle da região (apoio de
Portugal);
Bandeirantes se deslocam para o interior do Brasil.
9.
10. Guerra dos Emboabas
(1707-1709)
Regulamentação da distribuição de lavras entre
emboabas e paulistas;
Regulamentação da cobrança do quinto;
Cisão da Capitania de São Vicente:
Capitania de São Paulo e Minas de Ouro e
Capitania do Rio de Janeiro, ligadas diretamente
à Coroa em (3 de Novembro de 1709);
11. Guerra dos Emboabas
(1707-1709)
São Paulo deixa de ser vila tornando-se cidade;
Acabam as guerras na região das minas, com a
metrópole assumindo o controle administrativo
da região;
A derrota dos paulistas fez com que alguns deles
fossem para o oeste onde, anos mais tarde,
descobririam novas jazidas de ouro nos atuais
estados do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e
Goiás;
12. Guerra dos Mascates (1710-
1711)
Olinda (Brasileiros)/Aristocracia Rural
Recife (Portugueses) / Mascates (comerciantes
enriquecidos)
Expulsão dos Holandeses 1654 » Crise no Açúcar;
Empréstimos (juros altos) tomados com os
portugueses;
Olinda aumenta os impostos » Reconstruir a
cidade;
13.
14. Guerra dos Mascates (1710-
1711)
Elevação de Recife a vila;
Olinda » Medo da cobrança dos empréstimos;
“Aristocratas”: Invasão a Recife – Destruição do
Pelourinho;
“Mascates” 1711 – Invasão a Olinda
Novo Governador: Felix José – Punição /
Semestralidade administrativa.
Recife: Nomeada como sede administrativa
15. Revolta de Filipe dos Santos
(1720)
ou Revolta de Vila Rica (1720);
Vila Rica (Ouro Preto) Minas Gerais;
Líder: Filipe dos Santos Freire;
Causas:
Criação das Casas de Fundição (1719);
Insatisfação com os preços e taxas;
16.
17. Revolta de Filipe dos Santos
(1720)
Exigências
Redução de vários tributos:
Diminuição das custas processuais.
Abolição dos monopólios comerciais do gado,
fumo, aguardente e sal.
Fim das Casas de Fundição.
14 de julho: Reação Portuguesa – Inúmeras
prisões;
Felipe dos Santos: condenado à morte;
Desmembramento da região de Minas Gerais da
capitania de São Paulo.
18. Período Pombalino (1750-
1777)
O GOVERNO DE POMBAL
O Marquês de Pombal (Sebastião José de
Carvalho e Melo) foi o primeiro ministro de D.
José I e ganhou notoriedade ao administrar a
crise causada pelo grande terremoto de Lisboa,
em 1755.
Conquistou a confiança do rei que autorizou seus
projetos de modernização de Portugal.
Realizou diversas reformas administrativas em
Portugal e suas colônias.
19.
20. Período Pombalino
Expulsou os jesuítas do Império Português, 1759;
Incentivou a atividade manufatureira, a pesca e
a agricultura em Portugal;
Reforçou a segurança nas fronteiras brasileiras e
o combate ao contrabando;
Transferiu a capital do Brasil de Salvador para o
Rio de Janeiro 1763;
Criou companhias de comércio.
Baniu o Tupi na colônia;
21. Período Pombalino
Pombal era um déspota esclarecido, ou seja, um
governante absolutista que utiliza de ideias
iluministas.
Suas reformas davam ao governo uma aparência
mais moderna e, ao mesmo, tempo, reforçavam
e aumentavam o poder do rei.
Déspotas esclarecidos usam do iluminismo não
para acabar com o absolutismo mas para
fortalecê-lo.
22. Período Pombalino
Com a morte de D. José I, ocorrida a 24 de
fevereiro de 1777 subiu ao trono, D. Maria I, que
demitiu e expulsou da corte o Marquês de Pombal.
A rainha desfez muitas das medidas tomadas
durante o governo de Pombal.
Muitos dos presos políticos que Pombal havia
perseguido são libertados, e muitos nobres voltam
à corte.
Mantém a expulsão dos jesuítas, a influência dos
ricos negociantes e continua a conceder licenças
para a abertura de novas manufaturas no reino,
seguindo a política de industrialização iniciada no
período pombalino.
A saída de Pombal e a retomada de seus inimigos
poder recebe o nome de viradeira (1777-1816).