As reformas na América Portuguesa e os movimentos da Inconfidência Mineira e Conjuração Baiana
1.
2. As reformas na
América Portuguesa
A era pombalina coincidiu com o início do declínio
da mineração no Brasil, o que explica a atenção
dada às Minas Gerais e a adoção de medidas para
aumentar o fluxo de ouro para os cofres
portugueses.
•1750: fixação de uma cota mínima anual de 100
arrobas de ouro e instituição da derrama;
•1763: transferência da capital de Salvador para o
Rio de Janeiro;
•Nas artes, Pombal patrocinou obras de poetas
luso-brasileiros;
3. Inconfidência ou
conjuração?
Cabe distinguir, porém, os dois termos inconfidência e conjuração,
muitas vezes tratados como sinônimos.
• Inconfidência associa a ideia de traição e infidelidade ao
soberano e à metrópole.
• A Conjuração espelha melhor a perspectiva dos colonos, levados
a urdir conspirações em defesa de seus interesses.
4. A CONJURAÇÃO MINEIRA
A era pombalina chegou ao fim sem conseguir
alavancar o desenvolvimento da economia
portuguesa;
Queda da produção aurífera;
Em 1788, o Visconde de Barbacena assumiu a
administração da Capitania de Minas Gerais e sua
nova tarefa, era executar a derrama;
5. Visconde de barbacena
Luís Antônio Furtado de Castro do Rio de
Mendonça e Faro, nasceu em Lisboa no dia
7 de setembro de 1754.
Formou-se em Filosofia e Direito pela
Universidade de Coimbra;
O Plano da Conjuração Mineira foi
denunciado ao próprio visconde de
Barbacena, que coordenou a repressão ao
movimento;
6. O INÍCIO DA CONSPIRAÇÃO
A notícia da execução da derrama
apavorou a população mineira,
principalmente os grandes devedores que
criticavam o governo.
O descontentamento dos colonos ainda
era agravado pelos altos preços cobrados
por mercadorias importadas como tecidos,
calçados, ferramenta, etc.
Além disso, a coroa portuguesa exercia
severo controle sobre a divulgação de
ideias, proibindo na colônia a impressão
de jornais e livros.
7. O movimento da elite mineira
“OS CONSPIRADORES PRETENDIAM INSTITUIR UMA REPÚBLICA
NA REGIÃO DAS MINAS GERAIS, CRIAR MANUFATURAS E
FUNDAR UMA UNIVERSIDADE EM VILA RICA.”
O plano também previa o perdão de todas
as dívidas com a Coroa e a libertação do
Distrito Diamantino para toda a população
mineira;
As reivindicações dos conjurados,
refletiam os interesses da elite mineira,
formada de mineradores, contratadores,
fazendeiros e grandes comerciantes;
A participação dos ricos no movimento
mostra que o domínio colonial português
passou a ser um entrave para as elites da
colônia, que desejavam liberdade de
comércio e o fim das taxas reais;
8. O movimento da elite mineira
“ALGUNS DESSES HOMENS ESTUDARAM NA EUROPA, ONDE ENTRARAM
EM CONTATO COM AS IDEIAS ILUMINISTAS QUE CRITICAVAM O
ABSOLUTISMO MONÁRQUICO E A FALTA DE LIBERDADE.”
O Movimento reunia pessoas
como:
Cláudio Manoel da Costa
Tomás Antônio Gonzaga
José Álvares Maciel
Joaquim José da Silva Xavier
Luiz Vieira da Silva
9. TRAIÇÃO E REPRESSÃO
O início do levante foi marcado para o dia
previsto da derrama. Um fato imprevisto,
porém, destruiu o plano dos conjurados.
Joaquim Silvério dos Reis, denunciou seus
companheiros em troca do perdão das suas
dívidas.
A partir disso, os envolvidos foram presos e
abriu-se um inquérito para apurar os fatos.
Onze conjurados foram sentenciados à morte
pelo crime de inconfidência, mas a pena capital
só foi aplicada à Tiradentes.
10. TRAIÇÃO E REPRESSÃO
O Alferes foi enforcado e esquartejado em
21 de abril de 1792, e seus restos mortais foram
expostos em Vila Rica.
Apesar da ousadia, o movimento ficou restrito
à Minas Gerais.
11. A BANDEIRA
A atual bandeira de Minas Gerais baseia-se na
bandeira dos conspiradores da Conjuração
Mineira, mas seu triângulo é vermelho.
12. AS MULHERES NA CONJURAÇÃO
MINEIRA
O nome de algumas mulheres também
aparece nos documentos sobre a Conjuração
Mineira. A mineira Bárbara Eliodora
Guilhermina da Silveira é um exemplo. Outra
que se destacou também foi Hipólita Jacinta
Teixeira de Melo.
13. A CONJURAÇÃO
BAIANA
No final do século XVIII, a Bahia também foi
palco de um revolta contra a dominação
portuguesa.
A população da cidade de Salvador sofria com
a escassez de alimentos, principalmente pelo
aumento da produção açucareira.
Os preços dos alimentos subiram, criando um
ambiente propício para uma rebelião.
14. O ILUMINISMO EM
SALVADOR
Assim como aconteceu em Minas Gerais, os ideais iluministas também
foram difundidos em Salvador.
1797: alguns intelectuais (Cipriano Barata, Francisco Agostinho Gomes
e Francisco Muniz Barreto) criaram a Sociedade Maçônica
Cavaleiros da Luz.
Os membros reuniam-se para traduzir textos de pensadores franceses
como Voltaire e Rousseau.
O principal objetivo da sociedade era difundir os ideais iluministas da
Revolução Francesa.
15. ECLOSÃO E DERROTA DO
MOVIMENTO
Reivindicações dos conspiradores:
1) Reforma política e social na Bahia;
2) Aumento da remuneração dos soldados;
3) Liberdade de comércio com outros países;
4) Abolição da escravidão;
5) Implantação de uma república democrática, nos moldes da
república francesa.