O documento fornece um resumo da vida e obra de Luís Vaz de Camões, autor dos Lusíadas. Apresenta brevemente o contexto histórico do século XVI em Portugal, marcado por grandes descobertas, e o movimento cultural do Renascimento. Explica que Camões escreveu a epopeia dos Lusíadas, seguindo modelos clássicos como Homero e Virgílio, para narrar a viagem marítima para a Índia e glorificar as façanhas do povo português.
2. O Homem
Camões viveu durante o
século XVI, um período da história
marcado por grandes alterações
socioculturais.
Hoje
a
sua
obra
é
mundialmente conhecida. Não se
sabe muito acerca da sua vida;
sabemos que nasceu por volta de
1524 e que morreu em 1580.
Luís Vaz de Camões
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3. Pensa-se que terá sido em Moçambique
que terminou a sua epopeia – Os Lusíadas –
publicada em 1572, com o apoio do rei Dom
Sebastião.
Dom Sebastião
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4. A
Para melhor estudar Os
Lusíadas temos de compreender
melhor a época em que Camões
viveu.
No século XVI aconteceram
descobertas extraordinárias.
No
campo
das
artes,
Brunelleschi (século XV) foi talvez o
mas importante arquiteto e um
artista
extraordinariamente
completo, pois também era pintor,
escultor, dominava conhecimentos
matemáticos complexos e conhecia
a poesia de Dante.
Época
Brunelleschi
Dante
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5. A
pintura
renascentista
inova com a introdução da
perspetiva, o uso do claro-escuro,
da tela e da tinta a óleo.
Botticelli, Leonardo Da Vinci,
Michelângelo e Rafael são alguns
dos mais importantes nomes desta
altura.
O Homem Vitruviano , de Leonardo Da Vinci
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6. Nesta época assistimos a um grande
movimento cultural, científico e de ideias, que se
costuma sintetizar em três conceitos:
Renascentismo, Humanismo e Classicismo.
Pormenor do teto da Capela Sistina, de Michelângelo
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7. Na Idade Média (até meados do séc. XV em
Portugal), a sociedade era regulada por ideias
teocêntricas. O Humanismo vem recolocar o Homem
no centro das atenções. Não se trata de uma rejeição
de Deus, mas de uma valorização do próprio Homem.
Camões é exemplo de um humanista, um
homem de “honesto estudo” e “longa experiência”.
Na tentativa de dignificar o Homem, foi
necessário desenvolver valores diferentes dos
defendidos na Idade Média. É assim que surge o
movimento denominado Renascimento: voltam a
nascer os ideias das culturas greco-latinas
(Antiguidade Clássica).
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8. A este
sentimento de
admiração
pela
Antiguidade
Clássica e a este desejo de imitar
e superar os seus valores
chamamos Classicismo.
É nesta atmosfera que
surgem Os Lusíadas. Devemos
ter em conta que a epopeia
constitui o mais elevado género
literário cultivado pelos gregos e
pelos
romanos
(Antiguidade
Clássica).
Frontispício da primeira edição de Os
Lusíadas
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9. A
Obra
Uma epopeia é a narrativa em verso dos
feitos grandiosos de um indivíduo ou de um povo
e que obedece a caraterísticas específicas.
Enquadra-se no género narrativo pois é sempre
um relato de acontecimentos.
O assunto deverá ter um carácter
excepcional. Nem todas as ações são
suscetíveis de serem tratadas de forma épica; é
necessário que, no entendimento do narrador (e
do seu público), essas ações se distanciem dos
acontecimentos vulgares, assumam um carácter
de excecionalidade.
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10. A epopeia Os Lusíadas segue um modelo
clássico, inspirado nas epopeias gregas de
Homero, Odisseia e Ilíada, mas sobretudo na
epopeia latina de Virgílio, Eneida.
A epopeia de Camões conta a história da
descoberta do caminho marítimo para a Índia,
que aconteceu em 1498, narrando também
vários episódios da história de Portugal.
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11. Odisseia, de Homero
Narrativa da aventura do herói Ulisses, após a guerra de Tróia.
Ilíada, de Homero
Ação guerreira e heróica do herói Aquiles, no último ano da guerra
de Tróia.
Eneida, de Virgílio
Viagem marítima e ações gloriosas do herói Eneias.
Os Lusíadas, de Luís de Camões
Viagem marítima e ações gloriosas do povo português.
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13. As armas e os barões assinalados
Que, da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca dantes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram.
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