SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 13
Os Lusíadas
Luís Vaz de Camões

1/13
O Homem
Camões viveu durante o
século XVI, um período da história
marcado por grandes alterações
socioculturais.

Hoje
a
sua
obra
é
mundialmente conhecida. Não se
sabe muito acerca da sua vida;
sabemos que nasceu por volta de
1524 e que morreu em 1580.

Luís Vaz de Camões

2/13
Pensa-se que terá sido em Moçambique
que terminou a sua epopeia – Os Lusíadas –
publicada em 1572, com o apoio do rei Dom
Sebastião.

Dom Sebastião

3/13
A

Para melhor estudar Os
Lusíadas temos de compreender
melhor a época em que Camões
viveu.
No século XVI aconteceram
descobertas extraordinárias.

No
campo
das
artes,
Brunelleschi (século XV) foi talvez o
mas importante arquiteto e um
artista
extraordinariamente
completo, pois também era pintor,
escultor, dominava conhecimentos
matemáticos complexos e conhecia
a poesia de Dante.

Época
Brunelleschi

Dante

4/13
A

pintura
renascentista
inova com a introdução da
perspetiva, o uso do claro-escuro,
da tela e da tinta a óleo.
Botticelli, Leonardo Da Vinci,
Michelângelo e Rafael são alguns
dos mais importantes nomes desta
altura.

O Homem Vitruviano , de Leonardo Da Vinci

5/13
Nesta época assistimos a um grande
movimento cultural, científico e de ideias, que se
costuma sintetizar em três conceitos:
Renascentismo, Humanismo e Classicismo.

Pormenor do teto da Capela Sistina, de Michelângelo

6/13
Na Idade Média (até meados do séc. XV em
Portugal), a sociedade era regulada por ideias
teocêntricas. O Humanismo vem recolocar o Homem
no centro das atenções. Não se trata de uma rejeição
de Deus, mas de uma valorização do próprio Homem.
Camões é exemplo de um humanista, um
homem de “honesto estudo” e “longa experiência”.

Na tentativa de dignificar o Homem, foi
necessário desenvolver valores diferentes dos
defendidos na Idade Média. É assim que surge o
movimento denominado Renascimento: voltam a
nascer os ideias das culturas greco-latinas
(Antiguidade Clássica).
7/13
A este
sentimento de
admiração
pela
Antiguidade
Clássica e a este desejo de imitar
e superar os seus valores
chamamos Classicismo.
É nesta atmosfera que
surgem Os Lusíadas. Devemos
ter em conta que a epopeia
constitui o mais elevado género
literário cultivado pelos gregos e
pelos
romanos
(Antiguidade
Clássica).

Frontispício da primeira edição de Os

Lusíadas

8/13
A

Obra

Uma epopeia é a narrativa em verso dos
feitos grandiosos de um indivíduo ou de um povo
e que obedece a caraterísticas específicas.
Enquadra-se no género narrativo pois é sempre
um relato de acontecimentos.

O assunto deverá ter um carácter
excepcional. Nem todas as ações são
suscetíveis de serem tratadas de forma épica; é
necessário que, no entendimento do narrador (e
do seu público), essas ações se distanciem dos
acontecimentos vulgares, assumam um carácter
de excecionalidade.

9/13
A epopeia Os Lusíadas segue um modelo
clássico, inspirado nas epopeias gregas de
Homero, Odisseia e Ilíada, mas sobretudo na
epopeia latina de Virgílio, Eneida.
A epopeia de Camões conta a história da
descoberta do caminho marítimo para a Índia,
que aconteceu em 1498, narrando também
vários episódios da história de Portugal.

10/13
Odisseia, de Homero
Narrativa da aventura do herói Ulisses, após a guerra de Tróia.

Ilíada, de Homero
Ação guerreira e heróica do herói Aquiles, no último ano da guerra
de Tróia.

Eneida, de Virgílio
Viagem marítima e ações gloriosas do herói Eneias.

Os Lusíadas, de Luís de Camões
Viagem marítima e ações gloriosas do povo português.
11/13
A viagem de Os Lusíadas

12/13
As armas e os barões assinalados
Que, da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca dantes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram.

13/13

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Análise do canto ix
Análise do canto ixAnálise do canto ix
Análise do canto ixKaryn XP
 
Os Lusíadas - Reflexões do Poeta
Os Lusíadas - Reflexões do PoetaOs Lusíadas - Reflexões do Poeta
Os Lusíadas - Reflexões do PoetaDina Baptista
 
Amor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo Branco
Amor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo BrancoAmor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo Branco
Amor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo BrancoLurdes Augusto
 
Fernando Pessoa Nostalgia da Infância
Fernando Pessoa Nostalgia da InfânciaFernando Pessoa Nostalgia da Infância
Fernando Pessoa Nostalgia da InfânciaSamuel Neves
 
Contextualização d'Os Lusíadas
Contextualização d'Os LusíadasContextualização d'Os Lusíadas
Contextualização d'Os LusíadasDina Baptista
 
Gil vicente, farsa de inês pereira
Gil vicente, farsa de inês pereiraGil vicente, farsa de inês pereira
Gil vicente, farsa de inês pereiraDavid Caçador
 
Analise leda serenidade deleitosa
Analise leda serenidade deleitosaAnalise leda serenidade deleitosa
Analise leda serenidade deleitosacnlx
 
Resumo Português (Rimas de Camões).pdf
Resumo Português (Rimas de Camões).pdfResumo Português (Rimas de Camões).pdf
Resumo Português (Rimas de Camões).pdfLumaFigueiredo1
 
A representação na amada na lírica de Camões
A representação na amada na lírica de CamõesA representação na amada na lírica de Camões
A representação na amada na lírica de CamõesCristina Martins
 
Estrutura externa e interna d'os lusíadas
Estrutura externa e interna d'os lusíadasEstrutura externa e interna d'os lusíadas
Estrutura externa e interna d'os lusíadasclaudiarmarques
 
Os Dez Cantos d´Os Lusíadas
Os Dez Cantos d´Os LusíadasOs Dez Cantos d´Os Lusíadas
Os Dez Cantos d´Os LusíadasMaria Gomes
 
Contextualização histórico literária - Sermão
Contextualização histórico literária - SermãoContextualização histórico literária - Sermão
Contextualização histórico literária - SermãoCatarina Castro
 
O herói n’os lusíadas - tópicos para reflexão
O herói n’os lusíadas - tópicos para reflexãoO herói n’os lusíadas - tópicos para reflexão
O herói n’os lusíadas - tópicos para reflexãoMargarida Tomaz
 
AMOR DE PERDIÇÃO análise capítulo IV
AMOR DE PERDIÇÃO análise capítulo IVAMOR DE PERDIÇÃO análise capítulo IV
AMOR DE PERDIÇÃO análise capítulo IVEmília Maij
 

Mais procurados (20)

Análise do canto ix
Análise do canto ixAnálise do canto ix
Análise do canto ix
 
Os Lusíadas - Reflexões do Poeta
Os Lusíadas - Reflexões do PoetaOs Lusíadas - Reflexões do Poeta
Os Lusíadas - Reflexões do Poeta
 
Canto vii est 78_97
Canto vii est 78_97Canto vii est 78_97
Canto vii est 78_97
 
Frei luís de sousa
Frei luís de sousaFrei luís de sousa
Frei luís de sousa
 
Amor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo Branco
Amor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo BrancoAmor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo Branco
Amor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo Branco
 
Lusiadas 10º ano
Lusiadas 10º anoLusiadas 10º ano
Lusiadas 10º ano
 
Fernando Pessoa Nostalgia da Infância
Fernando Pessoa Nostalgia da InfânciaFernando Pessoa Nostalgia da Infância
Fernando Pessoa Nostalgia da Infância
 
Contextualização d'Os Lusíadas
Contextualização d'Os LusíadasContextualização d'Os Lusíadas
Contextualização d'Os Lusíadas
 
Gil vicente, farsa de inês pereira
Gil vicente, farsa de inês pereiraGil vicente, farsa de inês pereira
Gil vicente, farsa de inês pereira
 
Analise leda serenidade deleitosa
Analise leda serenidade deleitosaAnalise leda serenidade deleitosa
Analise leda serenidade deleitosa
 
Resumo Português (Rimas de Camões).pdf
Resumo Português (Rimas de Camões).pdfResumo Português (Rimas de Camões).pdf
Resumo Português (Rimas de Camões).pdf
 
Proposição
ProposiçãoProposição
Proposição
 
A representação na amada na lírica de Camões
A representação na amada na lírica de CamõesA representação na amada na lírica de Camões
A representação na amada na lírica de Camões
 
Estrutura externa e interna d'os lusíadas
Estrutura externa e interna d'os lusíadasEstrutura externa e interna d'os lusíadas
Estrutura externa e interna d'os lusíadas
 
Dedicatória
DedicatóriaDedicatória
Dedicatória
 
Os Dez Cantos d´Os Lusíadas
Os Dez Cantos d´Os LusíadasOs Dez Cantos d´Os Lusíadas
Os Dez Cantos d´Os Lusíadas
 
Contextualização histórico literária - Sermão
Contextualização histórico literária - SermãoContextualização histórico literária - Sermão
Contextualização histórico literária - Sermão
 
O herói n’os lusíadas - tópicos para reflexão
O herói n’os lusíadas - tópicos para reflexãoO herói n’os lusíadas - tópicos para reflexão
O herói n’os lusíadas - tópicos para reflexão
 
Camões - contextualização
Camões - contextualizaçãoCamões - contextualização
Camões - contextualização
 
AMOR DE PERDIÇÃO análise capítulo IV
AMOR DE PERDIÇÃO análise capítulo IVAMOR DE PERDIÇÃO análise capítulo IV
AMOR DE PERDIÇÃO análise capítulo IV
 

Destaque

Pequenos resumos de dois dos episódios de os lusíadas
Pequenos resumos de dois dos episódios de os lusíadasPequenos resumos de dois dos episódios de os lusíadas
Pequenos resumos de dois dos episódios de os lusíadasRenata Sofia
 
Lusíadas e mensagem
Lusíadas e mensagemLusíadas e mensagem
Lusíadas e mensagemPaulo Moura
 
Tudo sobre "Os lusíadas"
Tudo sobre "Os lusíadas"Tudo sobre "Os lusíadas"
Tudo sobre "Os lusíadas"Inês Santos
 
Mensagem de Fernando Pessoa: interpretações e símbolos
Mensagem de Fernando Pessoa: interpretações e símbolosMensagem de Fernando Pessoa: interpretações e símbolos
Mensagem de Fernando Pessoa: interpretações e símbolossin3stesia
 
Os Lusíadas: sistematização dos Cantos
Os Lusíadas: sistematização dos CantosOs Lusíadas: sistematização dos Cantos
Os Lusíadas: sistematização dos Cantossin3stesia
 
Intertextualidade entre Os Lusíadas e Mensagem
Intertextualidade entre Os Lusíadas e MensagemIntertextualidade entre Os Lusíadas e Mensagem
Intertextualidade entre Os Lusíadas e MensagemPaulo Vitorino
 
A "Mensagem", de F. Pessoa
A "Mensagem", de F. PessoaA "Mensagem", de F. Pessoa
A "Mensagem", de F. PessoaDina Baptista
 

Destaque (16)

Os Lusíadas
Os LusíadasOs Lusíadas
Os Lusíadas
 
Pequenos resumos de dois dos episódios de os lusíadas
Pequenos resumos de dois dos episódios de os lusíadasPequenos resumos de dois dos episódios de os lusíadas
Pequenos resumos de dois dos episódios de os lusíadas
 
Os Lusíadas
Os LusíadasOs Lusíadas
Os Lusíadas
 
Os Lusíadas - os episódios
Os Lusíadas - os episódiosOs Lusíadas - os episódios
Os Lusíadas - os episódios
 
Os Lusíadas canto II
Os Lusíadas   canto IIOs Lusíadas   canto II
Os Lusíadas canto II
 
Lusíadas e mensagem
Lusíadas e mensagemLusíadas e mensagem
Lusíadas e mensagem
 
Powerpoint mensagem
Powerpoint mensagemPowerpoint mensagem
Powerpoint mensagem
 
Episodios lusiadas
Episodios lusiadasEpisodios lusiadas
Episodios lusiadas
 
Os Lusíadas - a estrutura
Os Lusíadas - a estruturaOs Lusíadas - a estrutura
Os Lusíadas - a estrutura
 
Os Planos d'Os Lusíadas
Os Planos d'Os LusíadasOs Planos d'Os Lusíadas
Os Planos d'Os Lusíadas
 
Tudo sobre "Os lusíadas"
Tudo sobre "Os lusíadas"Tudo sobre "Os lusíadas"
Tudo sobre "Os lusíadas"
 
Mensagem de Fernando Pessoa: interpretações e símbolos
Mensagem de Fernando Pessoa: interpretações e símbolosMensagem de Fernando Pessoa: interpretações e símbolos
Mensagem de Fernando Pessoa: interpretações e símbolos
 
Os Lusíadas: sistematização dos Cantos
Os Lusíadas: sistematização dos CantosOs Lusíadas: sistematização dos Cantos
Os Lusíadas: sistematização dos Cantos
 
Intertextualidade entre Os Lusíadas e Mensagem
Intertextualidade entre Os Lusíadas e MensagemIntertextualidade entre Os Lusíadas e Mensagem
Intertextualidade entre Os Lusíadas e Mensagem
 
Mensagem & Os Lusíadas
Mensagem & Os LusíadasMensagem & Os Lusíadas
Mensagem & Os Lusíadas
 
A "Mensagem", de F. Pessoa
A "Mensagem", de F. PessoaA "Mensagem", de F. Pessoa
A "Mensagem", de F. Pessoa
 

Semelhante a Contexto de Os Lusíadas

Semelhante a Contexto de Os Lusíadas (20)

Oslusiadas contexto
Oslusiadas contextoOslusiadas contexto
Oslusiadas contexto
 
Os LusíAdas HistóRia De Uma Viagem
Os LusíAdas  HistóRia De Uma ViagemOs LusíAdas  HistóRia De Uma Viagem
Os LusíAdas HistóRia De Uma Viagem
 
Slide - Biografia de Luís de Camões
Slide - Biografia de Luís de CamõesSlide - Biografia de Luís de Camões
Slide - Biografia de Luís de Camões
 
Luís de camões
Luís de camõesLuís de camões
Luís de camões
 
Português - Renascimento ou Classicismo
Português - Renascimento ou ClassicismoPortuguês - Renascimento ou Classicismo
Português - Renascimento ou Classicismo
 
Aula 2 objetivo
Aula 2 objetivoAula 2 objetivo
Aula 2 objetivo
 
Camões e a epopeia
Camões e a epopeiaCamões e a epopeia
Camões e a epopeia
 
Os Lusíadas
Os LusíadasOs Lusíadas
Os Lusíadas
 
Os lusiadas
Os lusiadasOs lusiadas
Os lusiadas
 
Os Lusíadas
Os LusíadasOs Lusíadas
Os Lusíadas
 
literatura-classicismo: AULA SOBRE LITERATURA
literatura-classicismo: AULA SOBRE LITERATURAliteratura-classicismo: AULA SOBRE LITERATURA
literatura-classicismo: AULA SOBRE LITERATURA
 
Vida de camões epopeia
Vida de camões epopeiaVida de camões epopeia
Vida de camões epopeia
 
Cap06 classicismo
Cap06 classicismoCap06 classicismo
Cap06 classicismo
 
ROMANTISMO
ROMANTISMOROMANTISMO
ROMANTISMO
 
2º humanismo e criação literária
2º humanismo e criação literária2º humanismo e criação literária
2º humanismo e criação literária
 
Luís vaz de camões
Luís vaz de camõesLuís vaz de camões
Luís vaz de camões
 
Resumo da vida e da obra de camões
Resumo da vida e da obra de camõesResumo da vida e da obra de camões
Resumo da vida e da obra de camões
 
Classicismo
ClassicismoClassicismo
Classicismo
 
Modernismo
ModernismoModernismo
Modernismo
 
Vida de camões
Vida de camõesVida de camões
Vida de camões
 

Mais de António Fernandes (20)

Castanheiro da princesa
Castanheiro da princesaCastanheiro da princesa
Castanheiro da princesa
 
O menino no parque
O menino no parqueO menino no parque
O menino no parque
 
Os Maias - Capítulo XVIII
Os Maias - Capítulo XVIIIOs Maias - Capítulo XVIII
Os Maias - Capítulo XVIII
 
Os Maias - Capítulo XVII
Os Maias - Capítulo XVIIOs Maias - Capítulo XVII
Os Maias - Capítulo XVII
 
Os Maias - Capítulo XVI
Os Maias - Capítulo XVIOs Maias - Capítulo XVI
Os Maias - Capítulo XVI
 
Os Maias - Capítulo XV
Os Maias - Capítulo XVOs Maias - Capítulo XV
Os Maias - Capítulo XV
 
Os Maias - Capítulo XIV
Os Maias - Capítulo XIVOs Maias - Capítulo XIV
Os Maias - Capítulo XIV
 
Os Maias - Capítulo XIII
Os Maias - Capítulo XIIIOs Maias - Capítulo XIII
Os Maias - Capítulo XIII
 
Os Maias - Capítulo XII
Os Maias - Capítulo XIIOs Maias - Capítulo XII
Os Maias - Capítulo XII
 
Os Maias - Capítulo XI
Os Maias - Capítulo XIOs Maias - Capítulo XI
Os Maias - Capítulo XI
 
Os Maias - Capítulo X
Os Maias - Capítulo XOs Maias - Capítulo X
Os Maias - Capítulo X
 
Os Maias - Capítulo IX
Os Maias - Capítulo IXOs Maias - Capítulo IX
Os Maias - Capítulo IX
 
Os Maias - Capítulo VIII
Os Maias - Capítulo VIIIOs Maias - Capítulo VIII
Os Maias - Capítulo VIII
 
Os Maias - Capítulo VII
Os Maias - Capítulo VIIOs Maias - Capítulo VII
Os Maias - Capítulo VII
 
Os Maias - Capítulo VI
Os Maias - Capítulo VIOs Maias - Capítulo VI
Os Maias - Capítulo VI
 
Os Maias - Capítulo V
Os Maias - Capítulo VOs Maias - Capítulo V
Os Maias - Capítulo V
 
Os Maias - Capítulo IV
Os Maias - Capítulo IVOs Maias - Capítulo IV
Os Maias - Capítulo IV
 
Os Maias - Capítulo III
Os Maias - Capítulo IIIOs Maias - Capítulo III
Os Maias - Capítulo III
 
Os Maias - Capítulo II
Os Maias - Capítulo IIOs Maias - Capítulo II
Os Maias - Capítulo II
 
Os Maias - Capítulo I
Os Maias - Capítulo IOs Maias - Capítulo I
Os Maias - Capítulo I
 

Último

VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - DissertaçãoMaiteFerreira4
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreElianeElika
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memorialgrecchi
 
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxAtividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxDianaSheila2
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxTainTorres4
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamentalAntônia marta Silvestre da Silva
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfElianeElika
 

Último (20)

VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
análise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertaçãoanálise de redação completa - Dissertação
análise de redação completa - Dissertação
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
 
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxAtividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
2° ano_PLANO_DE_CURSO em PDF referente ao 2° ano do Ensino fundamental
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
 

Contexto de Os Lusíadas

  • 1. Os Lusíadas Luís Vaz de Camões 1/13
  • 2. O Homem Camões viveu durante o século XVI, um período da história marcado por grandes alterações socioculturais. Hoje a sua obra é mundialmente conhecida. Não se sabe muito acerca da sua vida; sabemos que nasceu por volta de 1524 e que morreu em 1580. Luís Vaz de Camões 2/13
  • 3. Pensa-se que terá sido em Moçambique que terminou a sua epopeia – Os Lusíadas – publicada em 1572, com o apoio do rei Dom Sebastião. Dom Sebastião 3/13
  • 4. A Para melhor estudar Os Lusíadas temos de compreender melhor a época em que Camões viveu. No século XVI aconteceram descobertas extraordinárias. No campo das artes, Brunelleschi (século XV) foi talvez o mas importante arquiteto e um artista extraordinariamente completo, pois também era pintor, escultor, dominava conhecimentos matemáticos complexos e conhecia a poesia de Dante. Época Brunelleschi Dante 4/13
  • 5. A pintura renascentista inova com a introdução da perspetiva, o uso do claro-escuro, da tela e da tinta a óleo. Botticelli, Leonardo Da Vinci, Michelângelo e Rafael são alguns dos mais importantes nomes desta altura. O Homem Vitruviano , de Leonardo Da Vinci 5/13
  • 6. Nesta época assistimos a um grande movimento cultural, científico e de ideias, que se costuma sintetizar em três conceitos: Renascentismo, Humanismo e Classicismo. Pormenor do teto da Capela Sistina, de Michelângelo 6/13
  • 7. Na Idade Média (até meados do séc. XV em Portugal), a sociedade era regulada por ideias teocêntricas. O Humanismo vem recolocar o Homem no centro das atenções. Não se trata de uma rejeição de Deus, mas de uma valorização do próprio Homem. Camões é exemplo de um humanista, um homem de “honesto estudo” e “longa experiência”. Na tentativa de dignificar o Homem, foi necessário desenvolver valores diferentes dos defendidos na Idade Média. É assim que surge o movimento denominado Renascimento: voltam a nascer os ideias das culturas greco-latinas (Antiguidade Clássica). 7/13
  • 8. A este sentimento de admiração pela Antiguidade Clássica e a este desejo de imitar e superar os seus valores chamamos Classicismo. É nesta atmosfera que surgem Os Lusíadas. Devemos ter em conta que a epopeia constitui o mais elevado género literário cultivado pelos gregos e pelos romanos (Antiguidade Clássica). Frontispício da primeira edição de Os Lusíadas 8/13
  • 9. A Obra Uma epopeia é a narrativa em verso dos feitos grandiosos de um indivíduo ou de um povo e que obedece a caraterísticas específicas. Enquadra-se no género narrativo pois é sempre um relato de acontecimentos. O assunto deverá ter um carácter excepcional. Nem todas as ações são suscetíveis de serem tratadas de forma épica; é necessário que, no entendimento do narrador (e do seu público), essas ações se distanciem dos acontecimentos vulgares, assumam um carácter de excecionalidade. 9/13
  • 10. A epopeia Os Lusíadas segue um modelo clássico, inspirado nas epopeias gregas de Homero, Odisseia e Ilíada, mas sobretudo na epopeia latina de Virgílio, Eneida. A epopeia de Camões conta a história da descoberta do caminho marítimo para a Índia, que aconteceu em 1498, narrando também vários episódios da história de Portugal. 10/13
  • 11. Odisseia, de Homero Narrativa da aventura do herói Ulisses, após a guerra de Tróia. Ilíada, de Homero Ação guerreira e heróica do herói Aquiles, no último ano da guerra de Tróia. Eneida, de Virgílio Viagem marítima e ações gloriosas do herói Eneias. Os Lusíadas, de Luís de Camões Viagem marítima e ações gloriosas do povo português. 11/13
  • 12. A viagem de Os Lusíadas 12/13
  • 13. As armas e os barões assinalados Que, da ocidental praia Lusitana, Por mares nunca dantes navegados Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados Mais do que prometia a força humana, E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram. 13/13