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Os Lusíadas
                                       Luís Vaz de Camões


      Escola Básica 2 3 D. João I
          Ano Letivo 2012/13
Biblioteca Escolar/Língua Portuguesa
 Professores: Paulo Capelo e Cecília
               Maroco
A Época
• Sumariamente,     neste      trabalho,
  pretende-se contextualizar, ainda que
  de forma resumida, a vida e obra de
  Camões.

 Camões viveu no século XVI, em pleno
  Renascimento,          uma época
  caraterizada por um novo espírito
  crítico e de uma confiança renovada
  nas capacidades naturais do homem
  – medida de todas as coisas.
Na Idade Média (até ao século XV), a sociedade era
regulada por ideias teocêntricas. O Renascimento vem
recolocar o Homem no centro das atenções. Não se trata
de uma rejeição de Deus, mas de uma valorização do
próprio Homem.

      Camões é exemplo de um humanista, um homem
de “honesto estudo” e “longa experiência”.

    Na tentativa de dignificar o Homem, foi necessário
desenvolver valores diferentes dos medievais. É assim
que surge o movimento denominado Renascimento:
voltam a nascer as ideias das culturas greco-latinas
(Antiguidade Clássica).
Nesta época assistimos a um grande movimento
cultural, científico e de ideias, que se costuma
sintetizar em três conceitos:
       Renascimento, Humanismo e Classicismo.




             Pormenor do tecto da Capela Sistina, de
                        Michelângelo
• Renascimento (1450-1600) caracteriza-se sobretudo
  por dois aspetos: o interesse pelo saber e pela
  cultura. Estes ideais, provenientes dos antigos
  Gregos e Romanos, marcaram este período, de
  grandes descobertas e explorações, com notáveis
  avanços no campos das ciências.

• Humanismo – movimento intelectual que procurou
  descobrir e recuperar a literatura e o pensamento da
  Antiguidade Clássica e que tem como interesse
  central o Homem e a sua capacidade criativa.
A este     sentimento de
admiração pela Antiguidade
Clássica e a este desejo de imitar
e superar os seus valores
chamamos Classicismo.

       É nesta atmosfera que
surgem Os Lusíadas. Devemos ter
em conta que a epopeia constitui
o mais elevado género literário
cultivado pelos gregos e pelos
romanos (Antiguidade Clássica).      Frontispício da primeira edição de Os Lusíadas
O Renascimento em Portugal
 A grande contribuição portuguesa para o
  Renascimento foi a expansão pelos Descobrimentos.
• Os Descobrimentos desvendaram novos mundos,
  alargando assim o conhecimento do Mundo e do
  Homem, ostentando a primazia da observação e da
  experiência sobre o saber livresco da Idade Média.
• Ao nível social e económico, esta época vai ser
  marcado por uma grande riqueza proveniente da
  expansão ultramarina, tornando-se Lisboa um centro
  comercial de produtos exóticos como a pimenta, a
  canela asiáticas e o açúcar do Brasil.
Ao nível cultural, este século [XVI] vai ser marcado por
  duas grandes linhas de força:
- uma, de influência estrangeira (contributo do
  Renascimento europeu, através de viajantes, muitos
  deles bolseiros em universidades europeias);
- outra, oriunda do nosso contacto privilegiado com
  as novas realidades ultramarinas.
   A assimilação do Humanismo e Classicismo vai ser,
  nos dois casos, realizada sob a proteção da Coroa,
  tornando-se o Paço real e a corte o principal foco de
  cultura.
O Homem
  A Obra de Luís de Camões é hoje
mundialmente conhecida, todavia não
sabemos muito da sua vida.
 Camões terá nascido por volta de 1524
e morreu em 1580.
 Sabe-se que foi no Oriente que
escreveu a sua obra – Os Lusíadas -,     Luís Vaz de Camões
mas pensa-se que terá sido em
Moçambique que a terminou.
 Os Lusíadas foram publicados em
1572 com o apoio do rei D. Sebastião.

                                            Dom Sebastião
Cronologia da época de Camões…
1524 Data provável do nascimento de Camões.

1531 D. João III requer ao Papa o estabelecimento da
     Inquisição em Portugal.

1532 Crise financeira.

1536 Estabelecimento da Inquisição. Fernão de Oliveira
     publica a primeira Gramática.
1545 Damião de Góis é denunciado à Inquisição.
1547 Fundação do Colégio da Companhia de Jesus em Lisboa.


1550 Abandono de Arzila (Marrocos). Primeiros contactos com
     a China (Macau)

1554 Nascimento de D. Sebastião, neto de D. João III; futuro
     rei.
1572 Damião de Góis é condenado pela Inquisição. Publicam-
     se Os Lusíadas, de Luís de Camões.
1578 Batalha de Alcácer-Quibir; derrota portuguesa; morte de
     D. Sebastião.
1580 Cortes de Almeirim. Invasão de Portugal pelo exército
     espanhol. Morte de Luís de Camões.
A Obra
   A obra “Os Lusíadas” constituem uma epopeia, ou
seja, uma narrativa em verso dos feitos grandiosos de
um indivíduo ou de um povo e que obedece a
caraterísticas específicas. Enquadra-se no género
narrativo pois é sempre um relato de acontecimentos.

 O assunto deverá ter um carácter excecional. Nem
todas as ações podem ser tratadas de forma épica; é
necessário que, no entendimento do narrador, essas
ações se distanciem dos acontecimentos vulgares e
constituam momentos excecionais.
A epopeia Os Lusíadas segue um modelo clássico,
inspirado nas epopeias gregas de Homero, Odisseia
e Ilíada, mas sobretudo na epopeia latina de Virgílio,
Eneida.

       A epopeia de Camões conta a história da
descoberta do caminho marítimo para a Índia, que
aconteceu em 1497/98, narrando também vários
episódios da História de Portugal.
Odisseia, de Homero
   Narrativa da aventura do herói Ulisses, após a guerra de Tróia.


                       Ilíada, de Homero
Ação guerreira e heróica do herói Aquiles, no último ano da guerra de
                              Tróia.


                      Eneida, de Virgílio
        Viagem marítima e ações gloriosas do herói Eneias.


               Os Lusíadas,,de Luís de Camões
               Os Lusíadas de Luís de Camões

       Viagem marítima e acções gloriosas do povo português.
       Viagem marítima e acções gloriosas do povo português.
A viagem de Os Lusíadas descreve a viagem de
  Vasco da Gama de Lisboa a Calecut (Índia)
As armas e os barões assinalados
Que da Ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca dantes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram; E também as
memórias gloriosas
Daqueles Reis que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando,
E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da Morte libertando
Cantando espalharei por toda a parte
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.
Luís de Camões,
Os Lusíadas (1572)
Canto I, 1--2
Bibliografia a consultar:
• “Biografia de Luís Vaz de Camões”, texto acedido em 20 de Março de 2011 e
  disponível em : http://pt.shvoong.com/books/1735213-biografia-lu
  %C3%ADs-cam%C3%B5es/
• “Luís Vaz de Camões”, texto acedido a 20 de Março de 2011 e disponível em:
  http://www.suapesquisa.com/biografias/camoes1/
• “Análise de Os Lusíadas, de Luís vaz de Camões”, texto acedido em 19 de
  Março de 2011 e disponível em:
  http://vestiweb.blogspot.com/2008/01/anlise-de-os-lusadas-de-luiz-vaz-
  de.html
• “História de Portugal. Vida e obra de Luís de Camões” , texto acedido a 18 de
  Março de 2011 e disponível em:
  http://web.educom.pt/pr1305/historia_camoes_lusiada1.htm
• Análise de “Os Lusíadas, texto acedido em 20 de Março de 2011 e disponível
  em: http://www.oocities.org/fernandoflores.geo/lusiadas.htm
Bibliografia a consultar
              BIBLIOGRAFIA EXISTENTE NA BE:
•   - Machado, Álvaro Manuel (1996). “ Camões” in Dicionário da Literatura
    Portuguesa. Lisboa, Editorial Presença. Lisboa, pg 96-100 (cota: 821.134.3
    MAC)
•   Meneres, Maria Alberta ( 2010) Camões, o Super-herói da Língua
    Portuguesa, Asa, Lisboa (Cota: cota: 821.134.3 MEN)
•   -Moniz, António, Moniz, Maria Celeste e Paz, Olegário (2001). Dicionário
    Breve de “ Os Lusíadas”. Editorial Presença. Lisboa (cota: 821.134.3 MON)
•   Nascimento, Zacarias e Neves, Ernesto (2007). Luís de Camões. Didactica
    Editora, Lisboa (cota: 929 NAS)
•    Pais, Amélia Pinto (1995), Os Lusíadas em Prosa. Areal Editores. Lisboa
    (cota: 82-93 CAM)
•   Reis, A Carmo dos (1989). Luís de Camões. Edições Asa. Lisboa(cota 929
    REI)
•   -Souto, José Correia de (1987). “ Camões” in Dicionário da Literatura
    Portuguesa. Marujo Editora. Lisboa. vol I, pg. 163-167 (cota: 821.134.3
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  • 1. Os Lusíadas Luís Vaz de Camões Escola Básica 2 3 D. João I Ano Letivo 2012/13 Biblioteca Escolar/Língua Portuguesa Professores: Paulo Capelo e Cecília Maroco
  • 2. A Época • Sumariamente, neste trabalho, pretende-se contextualizar, ainda que de forma resumida, a vida e obra de Camões.  Camões viveu no século XVI, em pleno Renascimento, uma época caraterizada por um novo espírito crítico e de uma confiança renovada nas capacidades naturais do homem – medida de todas as coisas.
  • 3. Na Idade Média (até ao século XV), a sociedade era regulada por ideias teocêntricas. O Renascimento vem recolocar o Homem no centro das atenções. Não se trata de uma rejeição de Deus, mas de uma valorização do próprio Homem. Camões é exemplo de um humanista, um homem de “honesto estudo” e “longa experiência”. Na tentativa de dignificar o Homem, foi necessário desenvolver valores diferentes dos medievais. É assim que surge o movimento denominado Renascimento: voltam a nascer as ideias das culturas greco-latinas (Antiguidade Clássica).
  • 4. Nesta época assistimos a um grande movimento cultural, científico e de ideias, que se costuma sintetizar em três conceitos: Renascimento, Humanismo e Classicismo. Pormenor do tecto da Capela Sistina, de Michelângelo
  • 5. • Renascimento (1450-1600) caracteriza-se sobretudo por dois aspetos: o interesse pelo saber e pela cultura. Estes ideais, provenientes dos antigos Gregos e Romanos, marcaram este período, de grandes descobertas e explorações, com notáveis avanços no campos das ciências. • Humanismo – movimento intelectual que procurou descobrir e recuperar a literatura e o pensamento da Antiguidade Clássica e que tem como interesse central o Homem e a sua capacidade criativa.
  • 6. A este sentimento de admiração pela Antiguidade Clássica e a este desejo de imitar e superar os seus valores chamamos Classicismo. É nesta atmosfera que surgem Os Lusíadas. Devemos ter em conta que a epopeia constitui o mais elevado género literário cultivado pelos gregos e pelos romanos (Antiguidade Clássica). Frontispício da primeira edição de Os Lusíadas
  • 7. O Renascimento em Portugal  A grande contribuição portuguesa para o Renascimento foi a expansão pelos Descobrimentos. • Os Descobrimentos desvendaram novos mundos, alargando assim o conhecimento do Mundo e do Homem, ostentando a primazia da observação e da experiência sobre o saber livresco da Idade Média. • Ao nível social e económico, esta época vai ser marcado por uma grande riqueza proveniente da expansão ultramarina, tornando-se Lisboa um centro comercial de produtos exóticos como a pimenta, a canela asiáticas e o açúcar do Brasil.
  • 8. Ao nível cultural, este século [XVI] vai ser marcado por duas grandes linhas de força: - uma, de influência estrangeira (contributo do Renascimento europeu, através de viajantes, muitos deles bolseiros em universidades europeias); - outra, oriunda do nosso contacto privilegiado com as novas realidades ultramarinas. A assimilação do Humanismo e Classicismo vai ser, nos dois casos, realizada sob a proteção da Coroa, tornando-se o Paço real e a corte o principal foco de cultura.
  • 9. O Homem A Obra de Luís de Camões é hoje mundialmente conhecida, todavia não sabemos muito da sua vida. Camões terá nascido por volta de 1524 e morreu em 1580. Sabe-se que foi no Oriente que escreveu a sua obra – Os Lusíadas -, Luís Vaz de Camões mas pensa-se que terá sido em Moçambique que a terminou. Os Lusíadas foram publicados em 1572 com o apoio do rei D. Sebastião. Dom Sebastião
  • 10. Cronologia da época de Camões… 1524 Data provável do nascimento de Camões. 1531 D. João III requer ao Papa o estabelecimento da Inquisição em Portugal. 1532 Crise financeira. 1536 Estabelecimento da Inquisição. Fernão de Oliveira publica a primeira Gramática. 1545 Damião de Góis é denunciado à Inquisição.
  • 11. 1547 Fundação do Colégio da Companhia de Jesus em Lisboa. 1550 Abandono de Arzila (Marrocos). Primeiros contactos com a China (Macau) 1554 Nascimento de D. Sebastião, neto de D. João III; futuro rei. 1572 Damião de Góis é condenado pela Inquisição. Publicam- se Os Lusíadas, de Luís de Camões. 1578 Batalha de Alcácer-Quibir; derrota portuguesa; morte de D. Sebastião. 1580 Cortes de Almeirim. Invasão de Portugal pelo exército espanhol. Morte de Luís de Camões.
  • 12. A Obra A obra “Os Lusíadas” constituem uma epopeia, ou seja, uma narrativa em verso dos feitos grandiosos de um indivíduo ou de um povo e que obedece a caraterísticas específicas. Enquadra-se no género narrativo pois é sempre um relato de acontecimentos. O assunto deverá ter um carácter excecional. Nem todas as ações podem ser tratadas de forma épica; é necessário que, no entendimento do narrador, essas ações se distanciem dos acontecimentos vulgares e constituam momentos excecionais.
  • 13. A epopeia Os Lusíadas segue um modelo clássico, inspirado nas epopeias gregas de Homero, Odisseia e Ilíada, mas sobretudo na epopeia latina de Virgílio, Eneida. A epopeia de Camões conta a história da descoberta do caminho marítimo para a Índia, que aconteceu em 1497/98, narrando também vários episódios da História de Portugal.
  • 14. Odisseia, de Homero Narrativa da aventura do herói Ulisses, após a guerra de Tróia. Ilíada, de Homero Ação guerreira e heróica do herói Aquiles, no último ano da guerra de Tróia. Eneida, de Virgílio Viagem marítima e ações gloriosas do herói Eneias. Os Lusíadas,,de Luís de Camões Os Lusíadas de Luís de Camões Viagem marítima e acções gloriosas do povo português. Viagem marítima e acções gloriosas do povo português.
  • 15. A viagem de Os Lusíadas descreve a viagem de Vasco da Gama de Lisboa a Calecut (Índia)
  • 16. As armas e os barões assinalados Que da Ocidental praia Lusitana, Por mares nunca dantes navegados Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados Mais do que prometia a força humana E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram; E também as memórias gloriosas Daqueles Reis que foram dilatando A Fé, o Império, e as terras viciosas De África e de Ásia andaram devastando, E aqueles que por obras valerosas Se vão da lei da Morte libertando Cantando espalharei por toda a parte Se a tanto me ajudar o engenho e arte. Luís de Camões, Os Lusíadas (1572) Canto I, 1--2
  • 17. Bibliografia a consultar: • “Biografia de Luís Vaz de Camões”, texto acedido em 20 de Março de 2011 e disponível em : http://pt.shvoong.com/books/1735213-biografia-lu %C3%ADs-cam%C3%B5es/ • “Luís Vaz de Camões”, texto acedido a 20 de Março de 2011 e disponível em: http://www.suapesquisa.com/biografias/camoes1/ • “Análise de Os Lusíadas, de Luís vaz de Camões”, texto acedido em 19 de Março de 2011 e disponível em: http://vestiweb.blogspot.com/2008/01/anlise-de-os-lusadas-de-luiz-vaz- de.html • “História de Portugal. Vida e obra de Luís de Camões” , texto acedido a 18 de Março de 2011 e disponível em: http://web.educom.pt/pr1305/historia_camoes_lusiada1.htm • Análise de “Os Lusíadas, texto acedido em 20 de Março de 2011 e disponível em: http://www.oocities.org/fernandoflores.geo/lusiadas.htm
  • 18. Bibliografia a consultar BIBLIOGRAFIA EXISTENTE NA BE: • - Machado, Álvaro Manuel (1996). “ Camões” in Dicionário da Literatura Portuguesa. Lisboa, Editorial Presença. Lisboa, pg 96-100 (cota: 821.134.3 MAC) • Meneres, Maria Alberta ( 2010) Camões, o Super-herói da Língua Portuguesa, Asa, Lisboa (Cota: cota: 821.134.3 MEN) • -Moniz, António, Moniz, Maria Celeste e Paz, Olegário (2001). Dicionário Breve de “ Os Lusíadas”. Editorial Presença. Lisboa (cota: 821.134.3 MON) • Nascimento, Zacarias e Neves, Ernesto (2007). Luís de Camões. Didactica Editora, Lisboa (cota: 929 NAS) • Pais, Amélia Pinto (1995), Os Lusíadas em Prosa. Areal Editores. Lisboa (cota: 82-93 CAM) • Reis, A Carmo dos (1989). Luís de Camões. Edições Asa. Lisboa(cota 929 REI) • -Souto, José Correia de (1987). “ Camões” in Dicionário da Literatura Portuguesa. Marujo Editora. Lisboa. vol I, pg. 163-167 (cota: 821.134.3 SOU)