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Resumo da Vida e da obra de Camões/ Renascimento
1. Vida e obra de Camões
Luís Vaz de Camões teria nascido por volta de 1524-25, mas não há
documentos comprovativos sobre a data e o local em concreto.
Provavelmente estou em Coimbra, onde deve ter adquirido a vasta
cultura que transparece em sua obra. Leu os poetas clássicos (Ovídio, Horácio,
Virgílio) e os humanistas, sobretudo os Italianos (Sannazzaro e Petrarca), mas
também, os espanhóis Bóscan e Garcilaso.
Embarcou em 1547 para a África, onde, nas lutas pela tomada de
Ceuta, perdeu o olho direito. Quando regressou, continuou a frequentar os
salões aristocráticos.
Depois de ter ferido numa briga um dos funcionários reais é preso. Sairá
em liberdade para embarcar para o Oriente. Aqui, participou de várias
expedições militares e viajou muito, exercendo diversas actividades.
Depois de ter escapado a um naufrágio, regressa em 1570, sem
dinheiro, mas com o manuscrito de “Os Lusíadas”, que consegue publicar em
1572.
Percebemos que teria vivido, duplamente, uma vida boémia, juntamente
à vida de corte.
Muito se tem dito e imaginado acerca dos amores de Camões, mas a
única coisa que se sabe é que teve diversos amores e que foram
correspondidos (ou não) de formas diferentes.
António Saraiva e Óscar Lopes1
dizem que o importante é perceber que
esses amores desempenharam um papel importante na vida do poeta e que
poderia aplicar-se a si próprio o verso de Bernardim Ribeiro: “Fui e sou grande
amador”.
Faleceu no dia 10 de Junho de 1580, deixando uma grande obra épica e uma
vasta e rica poesia lírica, assim como as comédias El- rei Seleuco, Filodemo e
Anfitriões.
1.1 A coexistência da corrente Tradicionalista e da corrente Renascentista
em Camões
1
SARAIVA, José António e Óscar Lopes (1985) História da Literatura Portuguesa, 13ª edição, Porto
Editora, Porto.
1
Em Camões coexistiu a poesia Tradicional, com uma poesia
Renascentista. Por influência Tradicional escreveu cantigas, vilancetes,
esparsas e trovas. Usou a medida velha e trabalhou o verso de cinco sílabas
métricas (redondilha menor) e de sete sílabas métricas (redondilha maior).
Por influência Renascentista, Camões cultivou a medida nova, através
do verso decassílabo e do soneto.
As temáticas tradicionais e populares usadas por Camões são: o amor,
a Natureza, a saudade, o ambiente palaciano. Quanto às temáticas de
influência Renascentista cultivou: o amor platónico, a beleza suprema, a mulher
vista à luz do Petrarquismo, o destino, a saudade, a mudança e o desconcerto
do mundo.
Renascimento
1. Renascimento foi um período na história do mundo ocidental com um
movimento cultural marcante na Europa, considerado como um marco do final
da Idade Média e o início da Idade Moderna. Começou no século XIV na
Itália e propagou-se pela Europa no decorrer dos séculos XV e XVI.
O Renascimento fez parte de um vasto conjunto de transformações
culturais, sociais, económicas, políticas e religiosas que caracterizam a
transição do Feudalismo para o Capitalismo. Nesta perspectiva, podemos
entender o Renascimento como um elemento de ruptura, no plano cultural,
com a época medieval.
Deixa de existir a visão teocêntrica do Homem da Idade Média, ou seja,
Deus deixa de ser razão para todas as explicações acerca do Mundo
(Universo).
O período do Renascimento caracteriza-se, na história da Europa
Ocidental, sobretudo pelo grande interesse devotado ao saber e à cultura,
principalmente a muitas ideias dos antigos gregos e romanos. Foi também
uma idade de grandes descobertas e explorações, a época em que Vasco
da Gama, Colombo, Cabral e outros exploradores faziam suas viagens de
descobrimento, enquanto notáveis avanços se realizavam na ciência e na
astronomia.
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  • 1. Resumo da Vida e da obra de Camões/ Renascimento 1. Vida e obra de Camões Luís Vaz de Camões teria nascido por volta de 1524-25, mas não há documentos comprovativos sobre a data e o local em concreto. Provavelmente estou em Coimbra, onde deve ter adquirido a vasta cultura que transparece em sua obra. Leu os poetas clássicos (Ovídio, Horácio, Virgílio) e os humanistas, sobretudo os Italianos (Sannazzaro e Petrarca), mas também, os espanhóis Bóscan e Garcilaso. Embarcou em 1547 para a África, onde, nas lutas pela tomada de Ceuta, perdeu o olho direito. Quando regressou, continuou a frequentar os salões aristocráticos. Depois de ter ferido numa briga um dos funcionários reais é preso. Sairá em liberdade para embarcar para o Oriente. Aqui, participou de várias expedições militares e viajou muito, exercendo diversas actividades. Depois de ter escapado a um naufrágio, regressa em 1570, sem dinheiro, mas com o manuscrito de “Os Lusíadas”, que consegue publicar em 1572. Percebemos que teria vivido, duplamente, uma vida boémia, juntamente à vida de corte. Muito se tem dito e imaginado acerca dos amores de Camões, mas a única coisa que se sabe é que teve diversos amores e que foram correspondidos (ou não) de formas diferentes. António Saraiva e Óscar Lopes1 dizem que o importante é perceber que esses amores desempenharam um papel importante na vida do poeta e que poderia aplicar-se a si próprio o verso de Bernardim Ribeiro: “Fui e sou grande amador”. Faleceu no dia 10 de Junho de 1580, deixando uma grande obra épica e uma vasta e rica poesia lírica, assim como as comédias El- rei Seleuco, Filodemo e Anfitriões. 1.1 A coexistência da corrente Tradicionalista e da corrente Renascentista em Camões 1 SARAIVA, José António e Óscar Lopes (1985) História da Literatura Portuguesa, 13ª edição, Porto Editora, Porto. 1
  • 2. Em Camões coexistiu a poesia Tradicional, com uma poesia Renascentista. Por influência Tradicional escreveu cantigas, vilancetes, esparsas e trovas. Usou a medida velha e trabalhou o verso de cinco sílabas métricas (redondilha menor) e de sete sílabas métricas (redondilha maior). Por influência Renascentista, Camões cultivou a medida nova, através do verso decassílabo e do soneto. As temáticas tradicionais e populares usadas por Camões são: o amor, a Natureza, a saudade, o ambiente palaciano. Quanto às temáticas de influência Renascentista cultivou: o amor platónico, a beleza suprema, a mulher vista à luz do Petrarquismo, o destino, a saudade, a mudança e o desconcerto do mundo. Renascimento 1. Renascimento foi um período na história do mundo ocidental com um movimento cultural marcante na Europa, considerado como um marco do final da Idade Média e o início da Idade Moderna. Começou no século XIV na Itália e propagou-se pela Europa no decorrer dos séculos XV e XVI. O Renascimento fez parte de um vasto conjunto de transformações culturais, sociais, económicas, políticas e religiosas que caracterizam a transição do Feudalismo para o Capitalismo. Nesta perspectiva, podemos entender o Renascimento como um elemento de ruptura, no plano cultural, com a época medieval. Deixa de existir a visão teocêntrica do Homem da Idade Média, ou seja, Deus deixa de ser razão para todas as explicações acerca do Mundo (Universo). O período do Renascimento caracteriza-se, na história da Europa Ocidental, sobretudo pelo grande interesse devotado ao saber e à cultura, principalmente a muitas ideias dos antigos gregos e romanos. Foi também uma idade de grandes descobertas e explorações, a época em que Vasco da Gama, Colombo, Cabral e outros exploradores faziam suas viagens de descobrimento, enquanto notáveis avanços se realizavam na ciência e na astronomia. 2