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Índice
Introdução ....................................................................................................................................... 3
1.Objectivo geral............................................................................................................................. 4
1.1.Objectivos específicos............................................................................................................... 4
2.Metodologia ................................................................................................................................. 4
3.Responsabilidade social como imperativo ético .......................................................................... 5
3.1.Histórico e conceitos................................................................................................................. 5
3.2.Directrizes da responsabilidade social...................................................................................... 5
3.3.Benefícios da responsabilidade social....................................................................................... 6
3.4.Prejuízos da irresponsabilidade social ...................................................................................... 6
3.5.Indicadores da responsabilidade social..................................................................................... 7
3.6.As principais abordagens de RS ............................................................................................... 7
3.6.1.A abordagem normativa......................................................................................................... 8
3.6.2.A abordagem contratual......................................................................................................... 8
3.6.3.A abordagem estratégica........................................................................................................ 9
4.Ética ............................................................................................................................................. 9
Bibliografia ................................................................................................................................... 11
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Introdução
O presente trabalho tem como o tema ‘’A responsabilidade social como imperativo ético’’, Na
verdade, o mundo contemporâneo é marcado por mudanças constantes e velozes. Como
consequências disto, aponta-se o aumento da complexidade do ambiente e o baixo grau de
previsibilidade das relações intra e inter-organizacionais.
Contudo, As empresas, entendidas como unidades fundamentais no contexto global, são cada vez
mais desafiadas a aplicar princípios éticos e a responsabilizar- se por actos relacionados directa
ou indirectamente com os problemas da sociedade. Em casos como esses, elas não podem se
limitar a uma visão rígida e estreita de seus interesses particulares, e sim desenvolver critérios
específicos fazendo ajustar à sua realidade, isto é, considerando não somente factores
económicos, mas também os contextos políticos, os impactos sociais e ambientais e vários outros
aspectos associados às suas actividades.
Na verdade, a ética, primeiramente, é o conjunto de modelos morais que guiam o comportamento
no meio dos negócios e na sociedade, construindo o próprio carácter em prol do bem-estar de
todos. Ela é a base para a sustentabilidade e para orientar e guiar as acções das empresas com
responsabilidade social. Por outro lado, a responsabilidade social aparece para obrigar mais ética
e clareza na gestão das organizações. Hoje em dia, pode-se ver que, muitas empresas já estão
adoptando esse novo modelo, agregando valores éticos ao marketing, obtendo resultados
positivos com marcas mais valorizadas. Logo, uma empresa que age com responsabilidade
social, planeia e traça seus objectivos e metas baseado tanto nos interesses de seus colaboradores
e presidentes, quanto de indivíduos externos.
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1.Objectivo geral
O objectivo deste trabalho é avaliar as actividades ligadas à responsabilidade social das
organizações em termos éticos.
1.1.Objectivos específicos
Definir a responsabilidade social em relação a ética;
Analisar de que forma a responsabilidade social é imperativo ético;
Destacar a importância da responsabilidade social, perante a sociedade;
Compreender os valores éticos e suas interpretações.
2.Metodologia
O presente trabalho foi feito através de uma revisão bibliográfica. Também, foi usado o método
indutivo, que é um método responsável pela generalização, isto é, partimos de algo particular
para uma questão mais ampla, mais geral. Para Lakatos e Marconi (2007:86), Indução é um
processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente
constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas.
Portanto, o objectivo dos argumentos indutivos é levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais
amplo do que o das premissas nas quais nos baseia-mos.
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3.Responsabilidade social como imperativo ético
3.1.Histórico e conceitos
No início do século XX, foram identificadas as primeiras manifestações ligadas à
Responsabilidade social (RS), provenientes de empresários e académicos, que procuravam não
limitar a actuação das empresas somente pela busca incessante do lucro a qualquer preço, mas se
referir à necessidade de haver outro papel para as instituições privadas. Segundo Bowen (1957) e
Duarte e Dias (1986), as primeiras manifestações de ideias ligadas à RS surgiram no início do
século, identificadas em trabalhos de Arthur Hadley, em 1907, Charles Eliot, em 1914, e John
Clark, em 1916 e 1926.
3.2.Directrizes da responsabilidade social
1. Adoptar valores e trabalhar com transparência: O passo inicial para se tornar uma
empresa socialmente responsável é avaliar os seus valores éticos e transmiti-los aos seus
públicos através de um documento formal. Além disso, a empresa tem que praticar o que
ela se propõe e agir da forma mais transparente possível.
2. Valorizar empregados e colaboradores: É prioritário que a empresa cumpra as leis
trabalhistas, pois empresas que valorizam seus funcionários valorizam, na verdade, a si
mesmas.
3. Fazer sempre mais pelo meio ambiente: O produtor deve se informar e cumprir toda a
legislação ambiental, com destaque para o uso da água, para a protecção de matas e de
reserva legal.
4. Proteger clientes e consumidores: Outro passo é adoptar técnicas de Produção
Integrada e, se possível, ter alguma certificação de alimento seguro. É importante ter a
certeza de que esse produto que saiu da sua propriedade não sofra nenhuma
contaminação ou qualquer outro processo até o seu destino final que possa apresentar
risco à saúde e à imagem da sua empresa junto ao consumidor.
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5. Promover a comunidade: É importante à empresa identificar os problemas da
comunidade e tentar soluções em conjunto.
6. Compromeer-se com o bem comum: As directrizes anteriores já demonstram resultados
em prol do bem comum. Mas, é importante que o empresário se comprometa em acções
que não sejam simplesmente marketing para diferenciar o seu produto junto ao
consumidor final. É preciso que o empresário tenha acções que decisivamente contribuam
para o desenvolvimento de sua região e do país.
3.3.Benefícios da responsabilidade social
É a nova forma de gestão empresarial, onde existe um compromisso da empresa em relação à
sociedade em geral. E, para uma empresa ter sucesso, para conquistar e ampliar mercado, para
ter competitividade, a prática da responsabilidade social e a prestação de contas de seu
desempenho são indispensáveis. A Responsabilidade Social está sendo vista, como um
compromisso da empresa com relação à sociedade e a humanidade em geral, compreendendo que
o papel actual das empresas vai muito além da obtenção de lucro.
3.4.Prejuízos da irresponsabilidade social
Melo Neto e Froes (1999) indicam que, no momento em que uma empresa deixa de cumprir com
as suas obrigações sociais com seus stakeholders, ela perde seu capital de Responsabilidade
Social, a credibilidade e a imagem e ameaça sua reputação. No âmbito interno, podem ocorrer a
deterioração do clima organizacional, a desmotivação generalizada, o surgimento de conflitos,
greves e paralisações, baixa produtividade e aumento de acidentes de trabalho. No âmbito
externo, podem ocorrer prejuízos maiores, como acusações de injustiça social, boicote por parte
dos consumidores, reclamações dos fornecedores e revendedores, queda nas vendas, gastos
extras com passivo ambiental e até risco de falência.
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3.5.Indicadores da responsabilidade social
Os indicadores da responsabilidade social são uma ferramenta que tem um auxilio forte as
empresas no sentido de permitir que incorporem em sua gestão os conceitos e compromissos que
assumem em favor do desenvolvimento sustentável. Na verdade, com a evolução da discussão e
o sólido aumento do comprometimento das empresas com o tema tornou-se necessário criar de
revisão da ferramenta que vise a sinergia com outras iniciativas, e que conte com a participação
formal de grupos de stakeholders variados, a fim de ampliar os parâmetros já existentes da
ferramenta quanto a sua aplicabilidade e comparabilidade.
Valores, transparência e governança Auto-regulação e conduta
Relações transparentes com a sociedade
Público Interno Diálogo e participação
Respeito ao indivíduo
Meio Ambiente Gerenciamento do Impacto Ambiental
Responsabilidade frente às gerações futuras
Fornecedores Selecção e parceria com fornecedores
Consumidores e clientes Dimensão social do consumo
Comunidade Relações com a comunidade local
Trabalho voluntário
Governo e sociedade Transparência política
Liderança social
3.6.As principais abordagens de RS
Muito se fala sobre RS nos dias actuais. Entretanto, devido à proliferação de abordagens, teorias
e terminologias, não há uma definição única ou precisa. Revisamos as três principais abordagens
teóricas de RS:
Ética empresarial — abordagem ética ou normativa;
Empresa e sociedade — abordagem social ou contratual;
Gestão de temas sociais — abordagem gerências ou estratégica
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Certos pressupostos básicos distinguem cada uma das abordagens. Entretanto, o quadro não é
muito claro; diferentes abordagens costumam se misturar e usar a mesma terminologia, às vezes
com significados distintos.
3.6.1.A abordagem normativa
A abordagem normativa, característica da precursora escola da ética nos negócios (business
ethics), se baseia no argumento de que as actividades empresariais estão sujeitas ao julgamento
moral. Assim, a responsabilidade social da empresa está associada directamente à sua
responsabilidade moral. Mais especificamente, segundo French (1995), a estrutura decisória
interna da empresa (sujeita a regras, fluxos, procedimentos e sistemas de controle) manifesta a
consciência ou a intenção dos homens de negócios que dirigem a organização.
Os pesquisadores de ética nos negócios abordam aspectos relacionados ao desenvolvimento
moral cognitivo, dilemas éticos, modelos de gerência ética, entre outros. As questões são
analisadas nos níveis sistémico, organizacional e individual. No sistémico, discute-se o sistema
económico e as relações entre ética e negócios por meio de aspectos institucionais, culturais e
ideológicos. No organizacional, são analisadas as políticas, os valores e as práticas de empresas.
No individual, são estudados os comportamentos e valores dos indivíduos (Victor e Stephens,
1994).
3.6.2.A abordagem contratual
A abordagem contratual se caracteriza por um enfoque sociopolítico. Embaçada na vertente de
estudos chamada de “empresa & sociedade” (business & society), essa abordagem privilegia os
interesses dos diferentes grupos de actores sociais com os quais a empresa interage e os conflitos
e disputas de poder correspondentes. Essa abordagem traz a sociedade para o primeiro plano e
desafia a abordagem normativa, a qual tem a sociedade apenas como recipiente/beneficiária de
grandes princípios morais, tais como a justiça ou a igualdade. Segundo essa abordagem teórica, a
RS se baseia na interdependência entre empresas e sociedade. Por conseguinte, é esperado que a
sociedade construa expectativas quanto ao comportamento e aos resultados das corporações.
possuem algum interesse.
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3.6.3.A abordagem estratégica
No início dos anos 1980 surgiu, quase que simultaneamente à abordagem contratual, a
abordagem estratégica, representada pela escola de gestão de temas sociais (social issues
management). O foco principal dessa abordagem é a produção de ferramentas de gestão que
sejam capazes de melhorar o desempenho social e ético das empresas. A ênfase está, quase
sempre, no aproveitamento de oportunidades e na minimização de riscos, por meio da
identificação e resposta a questões de cunho ético e social que podem causar impacto à empresa.
Em outras palavras, essa abordagem se concentra na gestão de temas sociais que permitam o
atendimento dos objectivos estratégicos da organização (Logsdon e Palmer, 1988).
4.Ética
Na grande maioria das definições de responsabilidade social, encontramos a questão da ética.
Oded Grajew, Presidente do Instituto Ethos, considera que a ética está intrinsecamente presente
em todas as acções de responsabilidade social, ajudando a definir o que é este movimento. a
responsabilidade social é uma forma de gestão empresarial que envolve a ética em todas as
atitudes. Significa fazer todas as actividades da empresa e promover todas as relações - com seus
funcionários, fornecedores, clientes, com o mercado, o governo, com o meio ambiente, e com a
comunidade - de uma forma socialmente responsável. Miranda (2002, p.235) cita Semenik e
Barnossy (1996), para quem ética é o “conjunto de padrões e princípios morais segundo os quais
se julga o comportamento”. Os autores identificam as seguintes questões éticas no âmbito
empresarial:
Questão ética do produto
– Segurança do produto
– Embalagens
Questão ética do preço
– Preços desleais – dumping
– Discriminação de preços
Questão ética da comunicação
– Propaganda enganosa
– Propaganda de cigarros e bebidas alcoólicas
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Conclusão
Chegado o fim deste trabalho, pode-se ver que, em decorrência da globalização económica, as
condições ambientais e sociais do planeta sofreram alguns impactos negativos. Para reverter tal
situação, esse assunto tornou-se pauta principal em grandes acontecimentos e várias empresas
passaram a aderir o projecto para melhoria social e ambiental. E hoje, pode-se observar
significantes adequações feitas pelas empresas no intuito de amenizar os danos provocados ao
meio ambiente ao longo do tempo e evitar que outros ocorram. Há uma preocupação crescente
das empresas com responsabilidades social, fazendo nascer uma nova mentalidade empresarial,
que valoriza a cultura de uma boa conduta empresarial para a qual eficiência e lucro podem ser
combinados com valores, cidadania, preservação ambiental e ética nos negócios.
Contudo, ao adoptar as políticas éticas e consolidar esta política a seus funcionários, a
corporação, além de confiável ao corpo funcional que também é responsável pelo sucesso da
empresa, acresce sua imagem perante o mercado, fornecedores e consumidores, ou seja, os
pilares para que uma empresa atinja o verdadeiro sucesso. Estas políticas éticas levam ao
empreendedor o alcance de melhorar o marketing da organização em busca de aumentar
visibilidade, principalmente em relação a sua fonte de renda e sucesso, os consumidores, através
do exercício da ética com práticas sociais em benefício da comunidade, dos membros da
corporação, do governo e do meio-ambiente seguindo principalmente nas seis directrizes da
Responsabilidade Social.
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Bibliografia
BICALHO, Aline. 2003. Responsabilidade Social: Contribuição das Universidades. São Paulo :
Editora Peirópolis, 2003. p. 364. —. 2003. Responsabilidade Social das Empresas:Contribuição
das Universidades. São Paulo : Editora Peirópolis, 2003.
CARROLL, Archie B. 1999. Corporate Social Responsibility:Evolution of a Definitional
Construct. s.l. : Business & Society., 1999. pp. 268–295. Vol. XXXVIII.
GARCIA, Joana. O negócio do social. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2004.
Friedman, Milton The Social Responsibility of Business is to Increase its Profits, Te New York
Times Magazine (13-09-1970)
Aquino, M.P., Nuestro Clamor por la Vida. Teología Latinoamericana desde la Perspectiva de la
Mujer (San José, Costa Rica: Departamento Ecuménico de Investigaciones, 1992).
AKTOUF, O. Governança e pensamento estratégico: uma crítica a Michael Porter. Revista de
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