SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 15
2
ÍNDICE
INTRODUÇÃO .................................................................................................................................3
1.OBJECTIVOS.................................................................................................................................4
1.1. Objectivos gerais......................................................................................................................4
1.2. Objectivos específicos ..............................................................................................................4
2. Metodologia ...................................................................................................................................4
3. DESIGUALDADE SOCIAL EM SAÚDE EM MOÇAMBIQUE.......................................................5
3.1. O princípio fundamental de Karl Marx.......................................................................................5
3.2. Sociedade ................................................................................................................................5
3.3. Classes sociais..........................................................................................................................5
3.4. Estado e Política.......................................................................................................................6
3.5. A luta de classes.......................................................................................................................6
3.6. Desigualdade social..................................................................................................................7
4. CONSEQUÊNCIAS DA DESIGUALDADE SOCIAL EM SAÚDE..................................................7
4.1. Implicações político-ideológicas da desigualdade social no mundo e em Moçambique..................8
4.2. Contextualização histórica da desigualdade social.......................................................................9
4.3. A influência da classe social na desigualdade em saúde.............................................................10
4.4. Raça e género.........................................................................................................................10
4.5.A saúde e padrões de crescimento económico............................................................................11
4.6. Medindo desigualdades de saúde em Moçambique ...................................................................12
5. MEDIDAS DE DESIGUALDADE NA PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE.......................13
5.1. A persistência da desigualdade ................................................................................................13
5.2. Religião .................................................................................................................................14
Conclusão ........................................................................................................................................15
Bibliografias ....................................................................................................................................16
3
INTRODUÇÃO
O presente trabalho versa pelo tema ‘’ Desigualdade social em saúde em Moçambique’’. Na
verdade, como se pode ver pelo tema no mundo em que vivemos percebe-se que os indivíduos
são diferentes, estas diferenças se baseiam em coisas materiais, raça, sexo, cultura e outros. Os
aspectos mais simples para constatarmos que os homens são diferentes destacam-se os físicos e
sociais. Com este trabalho, pretende-se focar maior atenção as desigualdades sociais em saúde.
Constatamos isso em nossa sociedade, pois nela existem indivíduos que vivem em absoluta
miséria e outros que vivem em mansões rodeados de coisas luxuosas e com mesa muito farta
todos os dias enquanto outros não tem o que comer durante o dia. Por isso, nota-se que existe a
desigualdade social, ela assume feições distintas porque é constituída por um conjunto de
elementos económicos, políticos e culturais próprios de cada sociedade.
Este trabalho surge no âmbito da cadeira de saúde comunitária, com o objectivo de abordar
aspectos inerentes ao tema “desigualdade social em saúde em Moçambique”. O tema é bastante
relevante para a sociedade global e especificamente a moçambicana porque o mundo e o país em
especial são fortemente afectados por essa situação causando inúmeros conflitos sociais. Por
isso, torna-se relevante explicar esse fenómeno com bases teóricas de Karl Marx. Como
estudante é relevante estudar este fenómeno para poder explicar com maior precisão as causas do
surgimento, as consequências e possíveis soluções para o indivíduo e a sociedade.
Uma vez que o nosso país não é excepção num conjunto de países que enfrentam essa situação
(desigualdade Social), pretende-se com o trabalho, compreender e explicar a ocorrência desse
fenómeno com o objectivo de consciencializar a sociedade e procurar demonstrar possíveis
soluções.
4
1.OBJECTIVOS
1.1. Objectivos gerais
 Analisar os aspectos que fazem parte e como mitigar a desigualdade social em
Moçambique.
1.2. Objectivos específicos
 Identificar as diferenças que se tornam desigualdades por causa de características físicas
e/ou culturais.
 Favorecer a discussão sobre os estereótipos existentes em relação às raças e etnias
existentes em Moçambique.
 Mostrar as dificuldades e constrangimentos a que muitos (as) adolescentes e jovens são
submetidas nos serviços de saúde, quando buscam atendimento nas áreas da saúde sexual
e da saúde reprodutiva.
 Contribuir para que adolescentes e jovens tomem consciência de propostas e experiências
que contribuam para a superação de barreiras socioeconómicas e culturais que limitam a
vida de uma parte considerável da população Moçambicana.
2. Metodologia
Para elaboração deste trabalho foi feito uma revisão bibliográfica. Onde foi usado o método
indutivo, que é um método responsável pela generalização, isto é, partimos de algo particular
para uma questão mais ampla, mais geral.
Para Lakatos e Marconi (2007:86), Indução é um processo mental por intermédio do qual,
partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou
universal, não contida nas partes examinadas. Portanto, o objectivo dos argumentos indutivos é
levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais nos
baseia-mos.
5
3. DESIGUALDADE SOCIAL EM SAÚDE EM MOÇAMBIQUE
Encontra-se no mundo um contraste alarmante, enquanto milhões de pessoas passam fome, uma
minoria usufrui do progresso e da tecnologia que a sociedade oferece. A reclamação contra o
carácter ineficiente do Estado é geral e os benefícios colectivos do Estado são pequenos e de
pouca qualidade diante de tão ampla desigualdade social. Marx já fazia, na Comuna de Paris, as
mesmas reclamações que se fazem hoje contra o Estado.
3.1. O princípio fundamental de Karl Marx
A única realidade é a matéria e suas forças, cuja evolução contínua e progressiva gera as
sociedades humanas. A estrutura e o desenvolvimento das sociedades possuem base económica
(materialismo económico) e obedecem a dialéctica hegeliana cuja expressão é a luta de classe
(Castro, 2000).
3.2. Sociedade
Segundo Marx citado por Tomazi (1993), a sociedade é um conjunto de actividades dos homens,
ou acções humanas, e essas acções é que tornam a sociedade possível. Essas acções ajudam a
organização social, e mostra que os homens se relacionam uns com os outros. Esta relação é
determinada por diferentes classes que compõem a sociedade.
3.3. Classes sociais
Para Marx, as classes não seriam apenas um grupo que compartilha um certo status social, mas é
definida em relações de propriedade. Para ele havia aqueles que possuíam o capital produtivo,
com o qual possuíam a mais-valia, constituindo assim a classe exploradora, de outro lado estava
os assalariados, os quais não possuíam a propriedade, constituindo assim o proletariado
(Campos, 2007). As classes sociais mostram as desigualdades da sociedade capitalista. Cada tipo
de organização social estabelece as desigualdades, de privilégios e de desvantagens entre os
indivíduos. Essas desigualdades são adquiridas socialmente. As divisões em classes se dão na
forma que o indivíduo está situado economicamente e sócio-politicamente em sua sociedade.
6
3.4. Estado e Política
Para Marx citado por Castro (2000), as relações de produção formam a estrutura social. As
formas de produção determinam as formas de consciência. O factor económico é determinante
fundamental da estrutura e do desenvolvimento da sociedade, isto é, organização política,
religião, lei, filosofia, ciência, arte, literatura e a própria moralidade. O autor defende que o
estado é a superstrutura a serviço da classe dominante.
Karl Marx com a ideia do Estado como sendo um instrumento na qual uma classe domina e
explora outra classe, defende que este (Estado) seria necessário a proteger a propriedade e
adoptaria qualquer política de interesse da burguesia, seria o comité executivo da burguesia.
Marx defende que o poder político é meramente o poder organizado de uma classe para oprimir a
outra e que a luta entre as mais variadas classes é o que configura a história de toda sociedade,
uma história construída por grupos de interesse organizados, as classes sociais, que usam os
recursos políticos para o seu benefício mesmo quando necessário o uso da força contra as classes
opositoras. Classes que são egoístas, que não lhes importam os interesses nacionais, seus
interesses estão acima do nacional, muito menos as classes opositoras (Campos, 2007).
3.5. A luta de classes
As classes sociais se inserem em um quadro antagónico, elas estão em constante luta, que nos
mostra o carácter antagónico da sociedade capitalista, pois, normalmente, o patrão é rico e dá
ordens ao seu proletariado, que em uma reacção normal não gosta de recebe-las, principalmente
quando as condições de trabalho e os salários são precários. As greves e reivindicações que
exigem melhorias para as condições de trabalho, mostrando a impossibilidade de se conciliar os
interesses de classes é um exemplo claro dessas lutas de classes.
De acordo com Marx, a luta de classes está em todos os momentos da vida social, a greve é
apenas um dos aspectos que evidenciam essa luta. A luta social também está presente em
movimentos artísticos como telenovelas, literatura, cinema, etc. Para Marx, a compreensão dos
conflitos de interesse entre grupos sociais não tem sua raiz nas relações legais ou jurídicas, essa
raiz deve ser procurada nas relações materiais de vida ou seja, nas acções sociais dos indivíduos
para ganhar a vida (Pinho e Vasconcellos, s/d).
7
3.6. Desigualdade social
O marxismo estabelece que a desigualdade é inerente ao modo de produção capitalista resultante
de um conjunto de relação pautada na propriedade como um facto jurídico, e político. O poder de
dominação é que dá origem a essas desigualdades em que uma classe produz e a outra domina os
meios de produção (Tomazi, 1993). Ela produz-se inevitavelmente no processo normal das
economias capitalistas, e não pode ser eliminada sem alterar de modo fundamental os
mecanismos do capitalismo. Ademais, forma parte do sistema, o que significa que o detentor do
poder tem interesses criados em manter a desigualdade social (Peet, s/d).
4. CONSEQUÊNCIAS DA DESIGUALDADE SOCIAL EM SAÚDE
Marx defende que as desigualdades sociais não são acidentais, e sim produzidas por um conjunto
de relações que abrangem as esferas da vida social. Como consequência da desigualdade, na
economia existem relações que levam à exploração do trabalhador e concentração da riqueza nas
mãos de poucos indivíduos. Na política, a população é excluída das decisões governamentais
(Bourguignon, 2010). Além destas consequências, existem várias outras como: o crescente
estado de miséria, as disparidades sociais, a extrema concentração de renda, os salários baixos, o
desemprego, crimes, a fome que atinge milhões de indivíduos, a desnutrição, a mortalidade
infantil, a marginalidade, a violência, etc. Todo esse conjunto de consequência da desigualdade
dá origem a conflitos sociais que surgem como tentativas de reivindicação das classes
desfavorecidas.
Em Moçambique as diferenças sociais são bastantes notáveis, tal como em vários países do
continente africano. Moçambique se soma aos já tradicionais altos índices de miséria e violência
tendo como uma das principais causas a guerra civil. É bastante notável a miséria em
Moçambique, como exemplo podemos narrar do caso de dois bairros vizinhos situados na cidade
de Maputo. Enquanto doutro lado existem grandes mansões recheadas de mobílias de grande
valor monetário e uma variedade de carros na garagem, do lado vizinho, isto é, bairro da Polana
caniço encontram-se casas de construção precária de indivíduos passando difíceis condições de
vida.
8
Ainda no contexto da desigualdade em Moçambique, pode analisar-se este facto que incide de
uma maneira tão notável até nos lugares onde supostamente não deveria haver. Um exemplo para
esta situação, são as situações actuais dos cemitérios no país. Talvez analisar com maior detalhe
a situação do cemitério de Lhanguene na cidade de Maputo. Nota-se que há uma grande
desigualdade ou diferença das campas no local, umas são muito bem ornamentadas e feitas de
mármore e outras são feitas de cimento e encontram-se em mau estado de conservação. O mais
interessante analisar é que as campas bem conservadas e feitas de material de boa qualidade são
de indivíduos de uma classe alta, aqui nota-se grande desigualdade entre indivíduos da classe
baixa e os da classe alta.
Outro factor drástico que surge como consequência da desigualdade social é o suicídio. De
acordo com Durkheim (1996), os indivíduos têm um certo nível de integração com os seus
grupos, o que ele chama de integração social. Níveis anormalmente baixos ou altos de integração
social poderiam resultar num aumento das taxas de suicídio:
 Níveis baixos porque baixa integração social resultam numa sociedade desorganizada,
levando os indivíduos a se voltar para o suicídio como uma última alternativa;
 Níveis altos porque as pessoas preferem destruírem a si próprias do que viver sob grande
controlo da sociedade.
4.1. Implicações político-ideológicas da desigualdade social no mundo e em Moçambique
A dominação ideológica é fundamental para encobrir o carácter contraditório do capitalismo. A
palavra ideologia foi criada no começo do século XIX para designar uma "teoria geral das
ideias". Foi Karl Marx quem começou a fazer uso político dela quando escreveu um livro junto
com Friedrich Engels intitulado “A ideologia alemã”. Nessa obra, eles mostram como, em toda
sociedade dividida em classes, aquela classe que domina as demais faz tudo para não perder essa
condição. É aí que entra a ideologia: ela constituirá um corpo de ideias produzidas pela classe
dominante que será disseminado por toda a população, de modo a convencer a todos de que
aquela estrutura social é a melhor ou mesmo a única possível. Com o tempo, essas ideias se
tornam de todos; em outras palavras, as ideias da classe dominante tornam-se dominantes na
sociedade (Gallo, s/d). Ex: certos membros que participaram na luta de libertação nacional de
9
Moçambique afirmam que as desigualdades de riquezas (ou bens económicos) existentes no país
entre eles e o povo ser justas, fazendo com que o povo receba essa ideia como sendo aceitável.
A desigualdade social tem afectado imenso a nação moçambicana. Desde o início do processo de
desenvolvimento, encontra-se um factor evidente: o crescimento económico, que tem gerado
condições extremas de desigualdades espaciais e sociais, manifestações entre regiões, meio rural
e o meio urbano, entre centro e periferia e entre as raças. A disparidade económica encontrada no
país reflecte-se em especial sobre a qualidade de vida da população: expectativa de vida,
mortalidade infantil e analfabetismo, dentre outros aspectos. As populações mais pobres não têm
ascensão no mercado de trabalho. Com o processo de urbanização, a modernização do sector
agrícola e a industrialização no espaço urbano grande parte da população rural migrou para as
cidades à procura de empregos e melhores salários.
É evidente a presença de três classes sociais diferentes, sendo elas: classe baixa, média e classe
alta. A classe média pouco faz-se sentir comparativamente a outras duas. Como já vimos no
capitalismo, quem tinham condições para a dominação e a apropriação, eram os da classe
superior, os burgueses, capitalistas, os ricos, quem trabalhavam para estes eram os operários, os
pobres, pois bem esses elementos são os principais denominadores de desigualdade social.
A elevada concentração da riqueza mobiliária e imobiliária de uma classe (rica) e o declínio dos
salários reais e à existência dos altos preços de produtos básicos são factores estruturais políticos,
sociais e económicos que contribuem para gerar a desigualdade de renda em Moçambique.
Contudo, há uma má distribuição de riqueza, sendo que se pode considerar a desigualdade social
como um dos principais determinantes da pobreza no país.
4.2. Contextualização histórica da desigualdade social
Do ponto de vista de Marx, as lutas de classes exploradas, com vista a destruir as classes
possuidoras, explicam as revoluções que marcaram a história. Foi na sociedade industrial que as
contradições entre as forças de produção e as relações de produção surgiram com maior nitidez.
A sociedade industrial necessitou de meios de produção consideráveis: capitais, máquinas, mão-
de-obra. Daqui resultou uma enorme concentração de riquezas nas mãos da classe possuidora e
uma concentração das massas laborais em torno das fábricas, concentração até então nunca vista
(Rocher, 1989).
10
4.3. A influência da classe social na desigualdade em saúde
Os poderes e deveres que as pessoas exercem sobre os meios, ou seja, o que os agentes têm e o
que fazem com essas propriedades são factores que podem ser pensados a partir da desigualdade
social: o que temos na realidade são, como dito acima, grupos sociais em
vantagem/desvantagem, sendo que a desigualdade se encontra dentro das organizações e
instituições sociais mesmas, e a partir destas se enraízam em nossas vidas.
Desta forma, podemos dizer que o fundamental na questão da desigualdade em saúde parte das
desigualdades sócio económicas, e que a desigualdade no controle de recursos fundamentais para
vida social causam conflitos entre os estratos sociais. As vantagens de alguns grupos sobre
outros, essencial para a categorização das classes, causam a exclusão de certos grupos, o que os
afecta em todos os âmbitos da vida social; a própria dominação depende do desfavorecimento
desses grupos excluídos.
Vivemos em uma sociedade em que estamos sempre fazendo escolhas; entretanto, estas escolhas
são previamente determinadas, ou seja, não são totalmente livres. Desta maneira, forma-se um
ciclo no qual a opressão económica causa a exclusão e consequentemente a privação ao acesso
de bens necessários, desnivelando a vida das pessoas, já que estas apresentam recursos desiguais
que reflectem em todos os âmbitos de suas vidas.
4.4. Raça e género
Toda sociedade apresenta algum modelo de estratificação. Ela existe a partir do momento em
que há diferenciação, hierarquização ou desigualdade de qualquer natureza dentro de uma
sociedade. Estas demarcações não são uma simples divisão da sociedade. Nelas estão embutidos
os valores que a sociedade atribuiu a cada grupo que a compõe. Esses critérios, que são tomados
para dividir a sociedade, são impostos desde o nascimento dos indivíduos ou adquiridos ao longo
da vida. Por exemplo, na sociedade indiana tradicional que se organiza pelo sistema de castas os
indivíduos nascem dentro das castas e lá permanecem até morrer; seus/suas filhos/as serão destas
castas e morrerão lá também. A mobilidade social entre as castas é praticamente nula.
A ampliação dos direitos humanos das mulheres nunca esteve tão evidente como nas
determinações referentes à incorporação da perspectiva de género (gender mainstreaming) das
11
conferências mundiais de Viena (1993). De fato, ao mesmo tempo em que a diferença deixou de
ser uma justificativa para a exclusão do género nos principais discursos de direitos humanos, ela,
por si só, passou a servir de apoio à própria lógica de incorporação de uma perspectiva de
género.
Entretanto, como no caso da discriminação de género, as noções de diferença, também aí,
limitam a possível expansão das garantias de direitos humanos ligados à raça aos contextos em
que a discriminação se pareça mais com a negativa formal dos direitos civis e políticos. Quanto à
discriminação que não se enquadra nesse modelo-padrão porque não ganha estatuto legal ou
formal, do tipo apartheid, é mais difícil enquadrá-la como abuso de direitos humanos. Por isso, é
importante compreender como operam os mecanismos de desigualdade racial e de género.
Raça é conceito que teve intenso uso ideológico no século XIX para justificar a ideia de que há
raças superiores e inferiores, o que legitimou a subjugação e a exploração de povos considerados,
sob essa lógica, biologicamente inferiores. A ciência do século XX, especialmente a genética,
demonstrou que o conceito biológico de raça não tem sustentação científica, porque há mais
diferenças entre os indivíduos considerados da mesma raça, do ponto de vista genético, do que
entre as supostas raças, ou seja, a espécie humana é única e indivisível.
Etnia refere-se a um grupo de pessoas que consideram ter um ancestral comum e compartilham
da mesma língua, da mesma religião, da mesma cultura, das tradições e visão de mundo, do
mesmo território ou das mesmas condições históricas.
4.5.A saúde e padrões de crescimento económico
Apesar da asserção de que o crescimento económico contribui para o bem-estar das pessoas ser
desejável do ponto de vista normativo, na prática nem sempre é assim. Alguns padrões de
crescimento conduziram a grandes desigualdades no bem-estar entre diferentes grupos de
pessoas, em Moçambique e em outros lados. Também houve casos em que as melhorias nos
indicadores sociais ultrapassaram o crescimento económico. A questão da razão por que o
crescimento económico se traduz ou não em desenvolvimento social está implicitamente
levantada pelo ministério quando observa que, apesar da consistência de boas taxas de
crescimento ao longo dos anos, o progresso nos indicadores sociais tem sido inferior e menos
consistente.
12
Há boas razões para pensar que não existe uma única resposta estereotipada; tem havido
diferentes experiências em diversos países em distintos períodos históricos. Reflectir em cenários
passados permite-nos identificar diferentes vias de conexão entre padrões de crescimento
económico e mudanças na saúde. Podemos ver como o crescimento económico pode ter levado a
salários mais altos e bens de consumo mais baratos e, por conseguinte, a uma melhoria da
nutrição.
Pode ter também conduzido a condições de trabalho mais saudáveis e a um aumento da base
fiscal para financiamento dos serviços de saúde públicos. Como Drèze e Sen (1991) apontaram
no seu estudo sobre acção pública, estas relações positivas entre desenvolvimento económico e a
melhoria da saúde não foram, contudo, sempre comprovadas. Os frutos do crescimento não
passaram invariavelmente daqueles que controlam os recursos económicos para a população
trabalhadora.
4.6. Medindo desigualdades de saúde em Moçambique
Como se mede a relação entre crescimento económico e estados de saúde em mudança? Muitas
vezes confiamos nos PIB per capita e esperança de vida, quando de facto ambos apresentam
algumas limitações. O PIB é geralmente medido em termos de preços; não é uma medida
confiável daquilo que não é distribuído através do mercado. Contudo, a produção de bens e
serviços que não são comercializados, tal como a produção agrícola doméstica para consumo
directo ou preparação de alimentos ou cuidados com os doentes, são sem dúvida muito
importantes para os estados de saúde.
Dos debates epidemiológicos por resolver discutidos supra, sabe-se que o acesso aos cuidados de
saúde tem impacto na saúde, mas a saúde é também afectada por outros factores – nutrição,
ambiente, trabalho de cada um, o conhecimento que cada um possui (apesar de não ser
necessário concordarmos com a importância relativa dos mesmos). Seguir estas ligações alarga
as áreas de intervenção política relevante ao mundo não estruturado dos ‘determinantes
indirectos’ nos modelos epidemiológicos. A questão mais restrita entre os resultados de saúde e
prestação de cuidados de saúde delimita um universo mensurável mais fácil de gerir.
13
5. MEDIDAS DE DESIGUALDADE NA PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE
Outra forma de olhar para os determinantes da desigualdade na saúde consiste em concentrarmo-
nos nos serviços de saúde, incluindo não só a distribuição de instalações, drogas e pessoal mas
também a acessibilidade aos cuidados de saúde e sua qualidade relativa. A acessibilidade está
afectada por várias coisas para além da estrutura dos honorários: a distância de uma instalação de
saúde, a capacidade de pagamento do transporte e os pagamentos informais requeridos para se
ser examinado.
Apesar do grande fosso existente na acessibilidade rural e urbana, os agregados familiares rurais
recorrem quase tanto aos serviços dos profissionais de saúde como os urbanos (10,8% vs. 11,3%)
e, tal como os urbanos, muitos ficam satisfeitos com os cuidados que obtêm (61,9% vs. 63,4%).
É mais provável os ricos recorrerem aos profissionais de saúde, contudo todos mostram níveis
semelhantes de satisfação com o que obtêm. Contudo, quando olhamos para as diferenças entre
províncias, surgem mais enigmas.
Verificamos que a acessibilidade está fortemente distorcida em direcção à província e cidade do
Maputo e, em certa medida, à de Gaza (recorde-se o afluxo de assistência médica depois das
cheias de 2000). Há grandes fossos entre avaliações de necessidades e utilização em Cabo
Delgado, Nampula, Zambézia e Tete, mas menor fosso em Niassa, Manica e Sofala. E a cidade
de Maputo, que tem a maior acesso e a mais baixa necessidade e utilização, também tem um
nível baixo de satisfação.
5.1. A persistência da desigualdade
Observando estes dados não podemos fazer afirmações definitivas nem mesmo sobre o que
aconteceu e menos ainda sobre as causas. No período de recuperação do pós-guerra parece ter
havido progresso em alguns aspectos, tanto nas condições como nos cuidados de saúde, e em
algumas desigualdades regionais, e os fossos entre as áreas rurais e as cidades foram reduzidos.
As taxas de mortalidade infantil estão em queda, especialmente nas áreas rurais.
A proporção de crianças com doença respiratória aguda que foram tratadas numa instalação de
saúde subiu, particularmente em áreas rurais, e subiu transversalmente em todos os quintis de
rendimento. A epidemia do HIV/SIDA parece estar em estabilização. No entanto, podemos
14
também ver alguma evidência nestes dados que justifica a preocupação do ministério com a
estagnação dos indicadores de saúde e a persistência e até aumento de algumas formas de
desigualdade na saúde. Em termos absolutos, a taxa de mortalidade infantil (162/1000) nas áreas
rurais permanece alta.
5.2. Religião
De uma forma geral, a religião moçambicana é baseada nos usos e costumes, em crenças,
práticas e valores tradicionais de cada zona do País e do grupo populacional. Na zona rural, a
população abraça, em grande medida, as crenças, práticas e cultos tradicionais.
A religião constitui um instrumento de promoção da consciência patriótica e de unidade
nacional. O canto, a dança, a poesia, a escultura, a pintura e outras formas de expressão cultural
tiveram sempre um papel bastante relevante na mobilização dos cidadãos moçambicanos na luta
pela conquista da dignidade e valorização da religião moçambicana.
O País tem como língua oficial o Português e tem uma diversidade de línguas nacionais
composta por cerca de 40 línguas maternas. As línguas nacionais mais faladas são o emakhuwa,
Xichangana , elomwe, cisena e o Echuwabo.
No que diz respeito à religião, uma parte considerável da população professa a religião católica
(23.8%) e tem seguido práticas religiosas que resultam do contacto com o exterior. A religião
muçulmana (representa 17.8) é também predominante, sobretudo no norte do País e,
particularmente, na zona costeira. Importa referir que a Constituição da República consagra o
princípio da laicidade do Estado no artigo 12º, que estabelece a separação entre o Estado e as
confissões religiosas. Estabelece, ainda, que as confissões religiosas são livres na sua
organização e no exercício das suas funções de culto, devendo conformar-se com as leis do
Estado.
15
Conclusão
Chegando o fim deste trabalho, pude constatar que as desigualdades resultam de um conjunto de
relações pautado na propriedade como um facto jurídico e político. O poder de dominação é que
dá origem a essas desigualdades em que uma classe produz e a outra domina os meios de
produção. Com o trabalho, aprendi que as desigualdades sociais não são acidentais, e sim
produzidas por um conjunto de relações que abrangem as esferas da vida social. Ela dá origem a
várias consequências como: o crescente estado de miséria, as disparidades sociais, a extrema
concentração de renda, os salários baixos, o desemprego, a fome que atinge milhões de
indivíduos, a desnutrição, a mortalidade infantil, a marginalidade, a violência, e outros. Pode-se
considerar a desigualdade social como um dos principais determinantes da pobreza no país.
Nessa forma de dominação, o dominado obedece à regra, e não à pessoa em si, independente do
pessoal, ele obedece ao dominante que possui tal autoridade devido a uma regra que lhe deu
legitimidade para ocupar este posto, ou seja, ele só pode exercer a dominação dentro dos limites
pré-estabelecidos. Nota-se que muitos indivíduos da classe baixa em Moçambique, pouco estão
informados sobre este aspecto, aceitando qualquer imposição advinda dos vários membros do
estado mesmo quando estas imposições ultrapassam os limites pré-estabelecidos, dando origem a
altos índices de corrupção no país.
A educação toma um papel muito importante para melhorar a situação da desigualdade no país,
isto é, um país com baixa taxa de analfabetismo poderá melhor lutar para a redução de alta taxa
da desigualdade social. Contudo, há necessidade de se criar melhorias no processo de ensino e
aprendizagem e que esse processo de ensino deve beneficiar a todos moçambicanos de uma
forma igualitária (independentemente da classe social em que o individuo pertence).
16
Bibliografias
Bourguignon, M. (2010). Desigualdade e Estrutura Social na Sociedade da Informação.
Campos, W. (2007). A Teoria marxista e as classes sociais. Acessado no dia 25 de Setembro de
2015 em http://www.webartigos.com/articles/1190/1/A-Teoria-Marxista-E-As-Classes-
Sociais/pagina1.html.
Diário Liberdade (2010). Moçambique: Séculos de miséria e exploração capitalista.
Gallo, S. (s/d). Ideologia do capitalismo. Acessado no dia 27 de Setembro de 2015 em
http://www.appio.org/IDEOLOGIA.htm.
Peet, R. (s/d). Desigualdade e pobreza: uma teoria geográfico-marxista. Acessado no dia 29 de
Setembro de 2015 em http://ivairr.sites.uol.com.br/marx.htm.
Pinho, D. & Vasconcellos, M. (s/d). Manual de economia: equipa de professores da USP. São
Paulo: Saraiva.
Nome: Sérgio Alfredo Macore / 22.02.1992
Naturalidade: Cabo Delgado – Pemba – Moçambique
Contactos: +258 826677547 ou +258 846458829
Formado em: Gestão de Empresas / Gestão Financeira
E-mail: Sergio.macore@gmail.com / helldriverrapper@hotmail.com
Facebook: Helldriver Rapper Rapper, Sergio Alfredo Macore
Twitter: @HelldriverTLG
Instituição de ensino: Universidade Pedagogica Nampula – Faculdade = ESCOG.
Boa sorte para você…….

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Me e a revolução
Me e a revoluçãoMe e a revolução
Me e a revoluçãoAramys Reis
 
Slide livro Sociologia ensino médio capitulo 08 do Tomazi
Slide livro Sociologia ensino médio capitulo 08 do TomaziSlide livro Sociologia ensino médio capitulo 08 do Tomazi
Slide livro Sociologia ensino médio capitulo 08 do Tomazipascoalnaib
 
Aula sobre Estado e Classes Sociais
Aula sobre Estado e Classes SociaisAula sobre Estado e Classes Sociais
Aula sobre Estado e Classes SociaisSidney Mamede
 
Capítulo 7 sociologia
Capítulo 7   sociologiaCapítulo 7   sociologia
Capítulo 7 sociologiaMiro Santos
 
Trabalho antropologia e direito com respostas1
Trabalho antropologia e direito com respostas1Trabalho antropologia e direito com respostas1
Trabalho antropologia e direito com respostas1Magê Rezende
 
A Sociedade Capitalista e as Classes Sociais
A Sociedade Capitalista e as Classes SociaisA Sociedade Capitalista e as Classes Sociais
A Sociedade Capitalista e as Classes SociaisJoemille Leal
 
Movimento de Reconceituação do S.S. na América Latina
Movimento de Reconceituação do S.S. na América LatinaMovimento de Reconceituação do S.S. na América Latina
Movimento de Reconceituação do S.S. na América LatinaIlana Fernandes
 
Muq netto. ditadura e serviço social
Muq  netto. ditadura e serviço socialMuq  netto. ditadura e serviço social
Muq netto. ditadura e serviço socialmaisumaquestao
 
A Sociedade Capitalista e as Classes Sociais
A Sociedade Capitalista e as Classes SociaisA Sociedade Capitalista e as Classes Sociais
A Sociedade Capitalista e as Classes SociaisJoemille Leal
 
Movimentos sociais e luta de classe
Movimentos sociais e luta de classeMovimentos sociais e luta de classe
Movimentos sociais e luta de classeRosane Domingues
 
Castas, Estamentos e Classes sociais
Castas, Estamentos e Classes sociaisCastas, Estamentos e Classes sociais
Castas, Estamentos e Classes sociaisZeca B.
 
Aula Origem e Desenvolvimento da Sociedade - Curso CIM, Olinda, 2017
Aula Origem e Desenvolvimento da Sociedade - Curso CIM, Olinda, 2017Aula Origem e Desenvolvimento da Sociedade - Curso CIM, Olinda, 2017
Aula Origem e Desenvolvimento da Sociedade - Curso CIM, Olinda, 2017Sidney Mamede
 
A classe trabalhadora marcelo badaró mattos 74169
A classe trabalhadora   marcelo badaró mattos 74169A classe trabalhadora   marcelo badaró mattos 74169
A classe trabalhadora marcelo badaró mattos 74169Marcelo Henrique Bastos
 
IECJ - Cap. 07 - Estrutura, estratificação social e as desigualdades
IECJ - Cap. 07 - Estrutura, estratificação social e as desigualdadesIECJ - Cap. 07 - Estrutura, estratificação social e as desigualdades
IECJ - Cap. 07 - Estrutura, estratificação social e as desigualdadesprofrodrigoribeiro
 

Mais procurados (19)

Me e a revolução
Me e a revoluçãoMe e a revolução
Me e a revolução
 
Slide livro Sociologia ensino médio capitulo 08 do Tomazi
Slide livro Sociologia ensino médio capitulo 08 do TomaziSlide livro Sociologia ensino médio capitulo 08 do Tomazi
Slide livro Sociologia ensino médio capitulo 08 do Tomazi
 
Aula sobre Estado e Classes Sociais
Aula sobre Estado e Classes SociaisAula sobre Estado e Classes Sociais
Aula sobre Estado e Classes Sociais
 
Capítulo 7 sociologia
Capítulo 7   sociologiaCapítulo 7   sociologia
Capítulo 7 sociologia
 
Grito dos pequenos_blog
Grito dos pequenos_blogGrito dos pequenos_blog
Grito dos pequenos_blog
 
Trabalho antropologia e direito com respostas1
Trabalho antropologia e direito com respostas1Trabalho antropologia e direito com respostas1
Trabalho antropologia e direito com respostas1
 
A Sociedade Capitalista e as Classes Sociais
A Sociedade Capitalista e as Classes SociaisA Sociedade Capitalista e as Classes Sociais
A Sociedade Capitalista e as Classes Sociais
 
Movimento de Reconceituação do S.S. na América Latina
Movimento de Reconceituação do S.S. na América LatinaMovimento de Reconceituação do S.S. na América Latina
Movimento de Reconceituação do S.S. na América Latina
 
Sociologia
SociologiaSociologia
Sociologia
 
Classes sociais
Classes sociaisClasses sociais
Classes sociais
 
Muq netto. ditadura e serviço social
Muq  netto. ditadura e serviço socialMuq  netto. ditadura e serviço social
Muq netto. ditadura e serviço social
 
A Sociedade Capitalista e as Classes Sociais
A Sociedade Capitalista e as Classes SociaisA Sociedade Capitalista e as Classes Sociais
A Sociedade Capitalista e as Classes Sociais
 
Movimentos sociais e luta de classe
Movimentos sociais e luta de classeMovimentos sociais e luta de classe
Movimentos sociais e luta de classe
 
Castas, Estamentos e Classes sociais
Castas, Estamentos e Classes sociaisCastas, Estamentos e Classes sociais
Castas, Estamentos e Classes sociais
 
Aula Origem e Desenvolvimento da Sociedade - Curso CIM, Olinda, 2017
Aula Origem e Desenvolvimento da Sociedade - Curso CIM, Olinda, 2017Aula Origem e Desenvolvimento da Sociedade - Curso CIM, Olinda, 2017
Aula Origem e Desenvolvimento da Sociedade - Curso CIM, Olinda, 2017
 
A classe trabalhadora marcelo badaró mattos 74169
A classe trabalhadora   marcelo badaró mattos 74169A classe trabalhadora   marcelo badaró mattos 74169
A classe trabalhadora marcelo badaró mattos 74169
 
Classes sociais
Classes sociaisClasses sociais
Classes sociais
 
IECJ - Cap. 07 - Estrutura, estratificação social e as desigualdades
IECJ - Cap. 07 - Estrutura, estratificação social e as desigualdadesIECJ - Cap. 07 - Estrutura, estratificação social e as desigualdades
IECJ - Cap. 07 - Estrutura, estratificação social e as desigualdades
 
Aula classes sociais
Aula classes sociaisAula classes sociais
Aula classes sociais
 

Semelhante a Desigualdades sociais e saúde em Moçambique

Capitalismo, Desigualdade e Pobreza na América Latina - Luis Estenssoro - Uni...
Capitalismo, Desigualdade e Pobreza na América Latina - Luis Estenssoro - Uni...Capitalismo, Desigualdade e Pobreza na América Latina - Luis Estenssoro - Uni...
Capitalismo, Desigualdade e Pobreza na América Latina - Luis Estenssoro - Uni...Luis E R Estenssoro
 
Planejamento de ensino e aprendizagem 2 ano
Planejamento de ensino e aprendizagem 2 anoPlanejamento de ensino e aprendizagem 2 ano
Planejamento de ensino e aprendizagem 2 anoDany Pereira
 
Roteiro de estudo 1 sociologia do trabalho
Roteiro de estudo 1   sociologia do trabalhoRoteiro de estudo 1   sociologia do trabalho
Roteiro de estudo 1 sociologia do trabalhoCarmem Rocha
 
Homem cultura sociedade u1
Homem cultura sociedade u1Homem cultura sociedade u1
Homem cultura sociedade u1ingrid stefanny
 
Fundamentos antropológ icos e sociológicos
Fundamentos antropológ icos e sociológicosFundamentos antropológ icos e sociológicos
Fundamentos antropológ icos e sociológicosEdivânia Monteiro
 
Aula 08 - Modos de Produção e Formações Sociais - I
Aula 08 - Modos de Produção e Formações Sociais - IAula 08 - Modos de Produção e Formações Sociais - I
Aula 08 - Modos de Produção e Formações Sociais - IClaudio Henrique Ramos Sales
 
FACELI - DIREITO - 2° período - Curso de Homem, cultura e sociedade - 04 - Co...
FACELI - DIREITO - 2° período - Curso de Homem, cultura e sociedade - 04 - Co...FACELI - DIREITO - 2° período - Curso de Homem, cultura e sociedade - 04 - Co...
FACELI - DIREITO - 2° período - Curso de Homem, cultura e sociedade - 04 - Co...Jordano Santos Cerqueira
 
Teóricos da sociologia. as perspectívas sociológicas clássicas
Teóricos da sociologia. as perspectívas sociológicas clássicasTeóricos da sociologia. as perspectívas sociológicas clássicas
Teóricos da sociologia. as perspectívas sociológicas clássicasOtávio Miécio Santos Sampaio
 
Avaliação de Sociologia (P1 - Primeiro Bimestre CNDL 2012)
Avaliação de Sociologia (P1 - Primeiro Bimestre CNDL 2012)Avaliação de Sociologia (P1 - Primeiro Bimestre CNDL 2012)
Avaliação de Sociologia (P1 - Primeiro Bimestre CNDL 2012)Edenilson Morais
 
E book -_educação_-_demerval_saviani_-_a_escola_e_democracia[1]
E book -_educação_-_demerval_saviani_-_a_escola_e_democracia[1]E book -_educação_-_demerval_saviani_-_a_escola_e_democracia[1]
E book -_educação_-_demerval_saviani_-_a_escola_e_democracia[1]Débora Martins
 
CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA
CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIACLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA
CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIAHisrelBlog
 
“EXCLUSÃO SOCIAL” E CONTROLE SOCIAL.pdf
“EXCLUSÃO SOCIAL” E CONTROLE SOCIAL.pdf“EXCLUSÃO SOCIAL” E CONTROLE SOCIAL.pdf
“EXCLUSÃO SOCIAL” E CONTROLE SOCIAL.pdfEduardoNeto70
 
PERSPECTIVAS-SOCIOLÓGICAS-CONTEMPORÂNEAS.pptx
PERSPECTIVAS-SOCIOLÓGICAS-CONTEMPORÂNEAS.pptxPERSPECTIVAS-SOCIOLÓGICAS-CONTEMPORÂNEAS.pptx
PERSPECTIVAS-SOCIOLÓGICAS-CONTEMPORÂNEAS.pptxssuser47aa16
 

Semelhante a Desigualdades sociais e saúde em Moçambique (20)

Capitalismo, Desigualdade e Pobreza na América Latina - Luis Estenssoro - Uni...
Capitalismo, Desigualdade e Pobreza na América Latina - Luis Estenssoro - Uni...Capitalismo, Desigualdade e Pobreza na América Latina - Luis Estenssoro - Uni...
Capitalismo, Desigualdade e Pobreza na América Latina - Luis Estenssoro - Uni...
 
Revisão Conceitual de SOCIOLOGIA
Revisão Conceitual de SOCIOLOGIARevisão Conceitual de SOCIOLOGIA
Revisão Conceitual de SOCIOLOGIA
 
Planejamento de ensino e aprendizagem 2 ano
Planejamento de ensino e aprendizagem 2 anoPlanejamento de ensino e aprendizagem 2 ano
Planejamento de ensino e aprendizagem 2 ano
 
Aula 8
Aula 8Aula 8
Aula 8
 
Roteiro de estudo 1 sociologia do trabalho
Roteiro de estudo 1   sociologia do trabalhoRoteiro de estudo 1   sociologia do trabalho
Roteiro de estudo 1 sociologia do trabalho
 
Homem cultura sociedade u1
Homem cultura sociedade u1Homem cultura sociedade u1
Homem cultura sociedade u1
 
Livro unico
Livro unicoLivro unico
Livro unico
 
SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO.pptx
SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO.pptxSOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO.pptx
SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO.pptx
 
Fundamentos antropológ icos e sociológicos
Fundamentos antropológ icos e sociológicosFundamentos antropológ icos e sociológicos
Fundamentos antropológ icos e sociológicos
 
Aula 08 - Modos de Produção e Formações Sociais - I
Aula 08 - Modos de Produção e Formações Sociais - IAula 08 - Modos de Produção e Formações Sociais - I
Aula 08 - Modos de Produção e Formações Sociais - I
 
FACELI - DIREITO - 2° período - Curso de Homem, cultura e sociedade - 04 - Co...
FACELI - DIREITO - 2° período - Curso de Homem, cultura e sociedade - 04 - Co...FACELI - DIREITO - 2° período - Curso de Homem, cultura e sociedade - 04 - Co...
FACELI - DIREITO - 2° período - Curso de Homem, cultura e sociedade - 04 - Co...
 
Teóricos da sociologia. as perspectívas sociológicas clássicas
Teóricos da sociologia. as perspectívas sociológicas clássicasTeóricos da sociologia. as perspectívas sociológicas clássicas
Teóricos da sociologia. as perspectívas sociológicas clássicas
 
Atividades diversas 2
Atividades diversas 2Atividades diversas 2
Atividades diversas 2
 
Avaliação de Sociologia (P1 - Primeiro Bimestre CNDL 2012)
Avaliação de Sociologia (P1 - Primeiro Bimestre CNDL 2012)Avaliação de Sociologia (P1 - Primeiro Bimestre CNDL 2012)
Avaliação de Sociologia (P1 - Primeiro Bimestre CNDL 2012)
 
E book -_educação_-_demerval_saviani_-_a_escola_e_democracia[1]
E book -_educação_-_demerval_saviani_-_a_escola_e_democracia[1]E book -_educação_-_demerval_saviani_-_a_escola_e_democracia[1]
E book -_educação_-_demerval_saviani_-_a_escola_e_democracia[1]
 
CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA
CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIACLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA
CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA
 
“EXCLUSÃO SOCIAL” E CONTROLE SOCIAL.pdf
“EXCLUSÃO SOCIAL” E CONTROLE SOCIAL.pdf“EXCLUSÃO SOCIAL” E CONTROLE SOCIAL.pdf
“EXCLUSÃO SOCIAL” E CONTROLE SOCIAL.pdf
 
Sociologia - Prof.Altair Aguilar.
Sociologia - Prof.Altair Aguilar.Sociologia - Prof.Altair Aguilar.
Sociologia - Prof.Altair Aguilar.
 
Mam 251
Mam 251 Mam 251
Mam 251
 
PERSPECTIVAS-SOCIOLÓGICAS-CONTEMPORÂNEAS.pptx
PERSPECTIVAS-SOCIOLÓGICAS-CONTEMPORÂNEAS.pptxPERSPECTIVAS-SOCIOLÓGICAS-CONTEMPORÂNEAS.pptx
PERSPECTIVAS-SOCIOLÓGICAS-CONTEMPORÂNEAS.pptx
 

Mais de Universidade Pedagogica

Gestão de Pessoas na Administração Pública Uma Análise das Práticas de Gestão...
Gestão de Pessoas na Administração Pública Uma Análise das Práticas de Gestão...Gestão de Pessoas na Administração Pública Uma Análise das Práticas de Gestão...
Gestão de Pessoas na Administração Pública Uma Análise das Práticas de Gestão...Universidade Pedagogica
 
Importancia Da Gestao Participativa Como Pressuposto Para o Desenvolvimento D...
Importancia Da Gestao Participativa Como Pressuposto Para o Desenvolvimento D...Importancia Da Gestao Participativa Como Pressuposto Para o Desenvolvimento D...
Importancia Da Gestao Participativa Como Pressuposto Para o Desenvolvimento D...Universidade Pedagogica
 
Importncia da gestao participativa como pressuposto para o desenvolvimento da...
Importncia da gestao participativa como pressuposto para o desenvolvimento da...Importncia da gestao participativa como pressuposto para o desenvolvimento da...
Importncia da gestao participativa como pressuposto para o desenvolvimento da...Universidade Pedagogica
 
Gestao e Governacao Participativa Caso de Municipio Da Cidade de Pemba.docx
Gestao e Governacao Participativa Caso de Municipio Da Cidade de Pemba.docxGestao e Governacao Participativa Caso de Municipio Da Cidade de Pemba.docx
Gestao e Governacao Participativa Caso de Municipio Da Cidade de Pemba.docxUniversidade Pedagogica
 
Presenca do estado nas autarquias Mocambicanas...docx
Presenca do estado nas autarquias Mocambicanas...docxPresenca do estado nas autarquias Mocambicanas...docx
Presenca do estado nas autarquias Mocambicanas...docxUniversidade Pedagogica
 
Presenca Do Estado Nas Autarquias Mocambicanas.docx
Presenca Do Estado Nas Autarquias Mocambicanas.docxPresenca Do Estado Nas Autarquias Mocambicanas.docx
Presenca Do Estado Nas Autarquias Mocambicanas.docxUniversidade Pedagogica
 
Autarquias Locais Em Mocambique Um Olhar Sobre Sua Autonomia e Tutela Adminis...
Autarquias Locais Em Mocambique Um Olhar Sobre Sua Autonomia e Tutela Adminis...Autarquias Locais Em Mocambique Um Olhar Sobre Sua Autonomia e Tutela Adminis...
Autarquias Locais Em Mocambique Um Olhar Sobre Sua Autonomia e Tutela Adminis...Universidade Pedagogica
 
Desafios da sociologia geral em tempos de isolamento social em Moçambique.pdf
Desafios da sociologia geral em tempos de  isolamento social em Moçambique.pdfDesafios da sociologia geral em tempos de  isolamento social em Moçambique.pdf
Desafios da sociologia geral em tempos de isolamento social em Moçambique.pdfUniversidade Pedagogica
 
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.pdf
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.pdfImportância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.pdf
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.pdfUniversidade Pedagogica
 
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).pdf
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).pdfAs Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).pdf
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).pdfUniversidade Pedagogica
 
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.docx
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.docxImportância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.docx
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.docxUniversidade Pedagogica
 
Desafios da sociologia geral em tempos de isolamento social em Moçambique.docx
Desafios da sociologia geral em tempos de  isolamento social em Moçambique.docxDesafios da sociologia geral em tempos de  isolamento social em Moçambique.docx
Desafios da sociologia geral em tempos de isolamento social em Moçambique.docxUniversidade Pedagogica
 
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).docx
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).docxAs Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).docx
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).docxUniversidade Pedagogica
 
Horticultura de alface num ambiente controlado ou fechado
Horticultura de alface num ambiente controlado ou fechadoHorticultura de alface num ambiente controlado ou fechado
Horticultura de alface num ambiente controlado ou fechadoUniversidade Pedagogica
 
Tipos de relações nos projectos de desenvolvimento local (filantrópica, trans...
Tipos de relações nos projectos de desenvolvimento local (filantrópica, trans...Tipos de relações nos projectos de desenvolvimento local (filantrópica, trans...
Tipos de relações nos projectos de desenvolvimento local (filantrópica, trans...Universidade Pedagogica
 

Mais de Universidade Pedagogica (20)

Gestão de Pessoas na Administração Pública Uma Análise das Práticas de Gestão...
Gestão de Pessoas na Administração Pública Uma Análise das Práticas de Gestão...Gestão de Pessoas na Administração Pública Uma Análise das Práticas de Gestão...
Gestão de Pessoas na Administração Pública Uma Análise das Práticas de Gestão...
 
Sistema respiratório humano.docx
Sistema respiratório humano.docxSistema respiratório humano.docx
Sistema respiratório humano.docx
 
Importancia Da Gestao Participativa Como Pressuposto Para o Desenvolvimento D...
Importancia Da Gestao Participativa Como Pressuposto Para o Desenvolvimento D...Importancia Da Gestao Participativa Como Pressuposto Para o Desenvolvimento D...
Importancia Da Gestao Participativa Como Pressuposto Para o Desenvolvimento D...
 
Importncia da gestao participativa como pressuposto para o desenvolvimento da...
Importncia da gestao participativa como pressuposto para o desenvolvimento da...Importncia da gestao participativa como pressuposto para o desenvolvimento da...
Importncia da gestao participativa como pressuposto para o desenvolvimento da...
 
Gestao e Governacao Participativa Caso de Municipio Da Cidade de Pemba.docx
Gestao e Governacao Participativa Caso de Municipio Da Cidade de Pemba.docxGestao e Governacao Participativa Caso de Municipio Da Cidade de Pemba.docx
Gestao e Governacao Participativa Caso de Municipio Da Cidade de Pemba.docx
 
Presenca do estado nas autarquias Mocambicanas...docx
Presenca do estado nas autarquias Mocambicanas...docxPresenca do estado nas autarquias Mocambicanas...docx
Presenca do estado nas autarquias Mocambicanas...docx
 
Presenca Do Estado Nas Autarquias Mocambicanas.docx
Presenca Do Estado Nas Autarquias Mocambicanas.docxPresenca Do Estado Nas Autarquias Mocambicanas.docx
Presenca Do Estado Nas Autarquias Mocambicanas.docx
 
Autarquias Locais Em Mocambique Um Olhar Sobre Sua Autonomia e Tutela Adminis...
Autarquias Locais Em Mocambique Um Olhar Sobre Sua Autonomia e Tutela Adminis...Autarquias Locais Em Mocambique Um Olhar Sobre Sua Autonomia e Tutela Adminis...
Autarquias Locais Em Mocambique Um Olhar Sobre Sua Autonomia e Tutela Adminis...
 
Gestao participativa.docx
Gestao participativa.docxGestao participativa.docx
Gestao participativa.docx
 
Individual Evaluation Assessment.pdf
Individual Evaluation Assessment.pdfIndividual Evaluation Assessment.pdf
Individual Evaluation Assessment.pdf
 
Individual Evaluation Assessment.docx
Individual Evaluation Assessment.docxIndividual Evaluation Assessment.docx
Individual Evaluation Assessment.docx
 
Desafios da sociologia geral em tempos de isolamento social em Moçambique.pdf
Desafios da sociologia geral em tempos de  isolamento social em Moçambique.pdfDesafios da sociologia geral em tempos de  isolamento social em Moçambique.pdf
Desafios da sociologia geral em tempos de isolamento social em Moçambique.pdf
 
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.pdf
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.pdfImportância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.pdf
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.pdf
 
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).pdf
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).pdfAs Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).pdf
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).pdf
 
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.docx
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.docxImportância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.docx
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.docx
 
Desafios da sociologia geral em tempos de isolamento social em Moçambique.docx
Desafios da sociologia geral em tempos de  isolamento social em Moçambique.docxDesafios da sociologia geral em tempos de  isolamento social em Moçambique.docx
Desafios da sociologia geral em tempos de isolamento social em Moçambique.docx
 
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).docx
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).docxAs Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).docx
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).docx
 
Horticultura de alface num ambiente controlado ou fechado
Horticultura de alface num ambiente controlado ou fechadoHorticultura de alface num ambiente controlado ou fechado
Horticultura de alface num ambiente controlado ou fechado
 
Tipos de relações nos projectos de desenvolvimento local (filantrópica, trans...
Tipos de relações nos projectos de desenvolvimento local (filantrópica, trans...Tipos de relações nos projectos de desenvolvimento local (filantrópica, trans...
Tipos de relações nos projectos de desenvolvimento local (filantrópica, trans...
 
Teorias de desenvolvimento da leitura
Teorias de desenvolvimento da leituraTeorias de desenvolvimento da leitura
Teorias de desenvolvimento da leitura
 

Último

Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdflucassilva721057
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfjanainadfsilva
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxTainTorres4
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficasprofcamilamanz
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassAugusto Costa
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreElianeElika
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 

Último (20)

Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e Característicass
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 

Desigualdades sociais e saúde em Moçambique

  • 1. 2 ÍNDICE INTRODUÇÃO .................................................................................................................................3 1.OBJECTIVOS.................................................................................................................................4 1.1. Objectivos gerais......................................................................................................................4 1.2. Objectivos específicos ..............................................................................................................4 2. Metodologia ...................................................................................................................................4 3. DESIGUALDADE SOCIAL EM SAÚDE EM MOÇAMBIQUE.......................................................5 3.1. O princípio fundamental de Karl Marx.......................................................................................5 3.2. Sociedade ................................................................................................................................5 3.3. Classes sociais..........................................................................................................................5 3.4. Estado e Política.......................................................................................................................6 3.5. A luta de classes.......................................................................................................................6 3.6. Desigualdade social..................................................................................................................7 4. CONSEQUÊNCIAS DA DESIGUALDADE SOCIAL EM SAÚDE..................................................7 4.1. Implicações político-ideológicas da desigualdade social no mundo e em Moçambique..................8 4.2. Contextualização histórica da desigualdade social.......................................................................9 4.3. A influência da classe social na desigualdade em saúde.............................................................10 4.4. Raça e género.........................................................................................................................10 4.5.A saúde e padrões de crescimento económico............................................................................11 4.6. Medindo desigualdades de saúde em Moçambique ...................................................................12 5. MEDIDAS DE DESIGUALDADE NA PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE.......................13 5.1. A persistência da desigualdade ................................................................................................13 5.2. Religião .................................................................................................................................14 Conclusão ........................................................................................................................................15 Bibliografias ....................................................................................................................................16
  • 2. 3 INTRODUÇÃO O presente trabalho versa pelo tema ‘’ Desigualdade social em saúde em Moçambique’’. Na verdade, como se pode ver pelo tema no mundo em que vivemos percebe-se que os indivíduos são diferentes, estas diferenças se baseiam em coisas materiais, raça, sexo, cultura e outros. Os aspectos mais simples para constatarmos que os homens são diferentes destacam-se os físicos e sociais. Com este trabalho, pretende-se focar maior atenção as desigualdades sociais em saúde. Constatamos isso em nossa sociedade, pois nela existem indivíduos que vivem em absoluta miséria e outros que vivem em mansões rodeados de coisas luxuosas e com mesa muito farta todos os dias enquanto outros não tem o que comer durante o dia. Por isso, nota-se que existe a desigualdade social, ela assume feições distintas porque é constituída por um conjunto de elementos económicos, políticos e culturais próprios de cada sociedade. Este trabalho surge no âmbito da cadeira de saúde comunitária, com o objectivo de abordar aspectos inerentes ao tema “desigualdade social em saúde em Moçambique”. O tema é bastante relevante para a sociedade global e especificamente a moçambicana porque o mundo e o país em especial são fortemente afectados por essa situação causando inúmeros conflitos sociais. Por isso, torna-se relevante explicar esse fenómeno com bases teóricas de Karl Marx. Como estudante é relevante estudar este fenómeno para poder explicar com maior precisão as causas do surgimento, as consequências e possíveis soluções para o indivíduo e a sociedade. Uma vez que o nosso país não é excepção num conjunto de países que enfrentam essa situação (desigualdade Social), pretende-se com o trabalho, compreender e explicar a ocorrência desse fenómeno com o objectivo de consciencializar a sociedade e procurar demonstrar possíveis soluções.
  • 3. 4 1.OBJECTIVOS 1.1. Objectivos gerais  Analisar os aspectos que fazem parte e como mitigar a desigualdade social em Moçambique. 1.2. Objectivos específicos  Identificar as diferenças que se tornam desigualdades por causa de características físicas e/ou culturais.  Favorecer a discussão sobre os estereótipos existentes em relação às raças e etnias existentes em Moçambique.  Mostrar as dificuldades e constrangimentos a que muitos (as) adolescentes e jovens são submetidas nos serviços de saúde, quando buscam atendimento nas áreas da saúde sexual e da saúde reprodutiva.  Contribuir para que adolescentes e jovens tomem consciência de propostas e experiências que contribuam para a superação de barreiras socioeconómicas e culturais que limitam a vida de uma parte considerável da população Moçambicana. 2. Metodologia Para elaboração deste trabalho foi feito uma revisão bibliográfica. Onde foi usado o método indutivo, que é um método responsável pela generalização, isto é, partimos de algo particular para uma questão mais ampla, mais geral. Para Lakatos e Marconi (2007:86), Indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas. Portanto, o objectivo dos argumentos indutivos é levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais nos baseia-mos.
  • 4. 5 3. DESIGUALDADE SOCIAL EM SAÚDE EM MOÇAMBIQUE Encontra-se no mundo um contraste alarmante, enquanto milhões de pessoas passam fome, uma minoria usufrui do progresso e da tecnologia que a sociedade oferece. A reclamação contra o carácter ineficiente do Estado é geral e os benefícios colectivos do Estado são pequenos e de pouca qualidade diante de tão ampla desigualdade social. Marx já fazia, na Comuna de Paris, as mesmas reclamações que se fazem hoje contra o Estado. 3.1. O princípio fundamental de Karl Marx A única realidade é a matéria e suas forças, cuja evolução contínua e progressiva gera as sociedades humanas. A estrutura e o desenvolvimento das sociedades possuem base económica (materialismo económico) e obedecem a dialéctica hegeliana cuja expressão é a luta de classe (Castro, 2000). 3.2. Sociedade Segundo Marx citado por Tomazi (1993), a sociedade é um conjunto de actividades dos homens, ou acções humanas, e essas acções é que tornam a sociedade possível. Essas acções ajudam a organização social, e mostra que os homens se relacionam uns com os outros. Esta relação é determinada por diferentes classes que compõem a sociedade. 3.3. Classes sociais Para Marx, as classes não seriam apenas um grupo que compartilha um certo status social, mas é definida em relações de propriedade. Para ele havia aqueles que possuíam o capital produtivo, com o qual possuíam a mais-valia, constituindo assim a classe exploradora, de outro lado estava os assalariados, os quais não possuíam a propriedade, constituindo assim o proletariado (Campos, 2007). As classes sociais mostram as desigualdades da sociedade capitalista. Cada tipo de organização social estabelece as desigualdades, de privilégios e de desvantagens entre os indivíduos. Essas desigualdades são adquiridas socialmente. As divisões em classes se dão na forma que o indivíduo está situado economicamente e sócio-politicamente em sua sociedade.
  • 5. 6 3.4. Estado e Política Para Marx citado por Castro (2000), as relações de produção formam a estrutura social. As formas de produção determinam as formas de consciência. O factor económico é determinante fundamental da estrutura e do desenvolvimento da sociedade, isto é, organização política, religião, lei, filosofia, ciência, arte, literatura e a própria moralidade. O autor defende que o estado é a superstrutura a serviço da classe dominante. Karl Marx com a ideia do Estado como sendo um instrumento na qual uma classe domina e explora outra classe, defende que este (Estado) seria necessário a proteger a propriedade e adoptaria qualquer política de interesse da burguesia, seria o comité executivo da burguesia. Marx defende que o poder político é meramente o poder organizado de uma classe para oprimir a outra e que a luta entre as mais variadas classes é o que configura a história de toda sociedade, uma história construída por grupos de interesse organizados, as classes sociais, que usam os recursos políticos para o seu benefício mesmo quando necessário o uso da força contra as classes opositoras. Classes que são egoístas, que não lhes importam os interesses nacionais, seus interesses estão acima do nacional, muito menos as classes opositoras (Campos, 2007). 3.5. A luta de classes As classes sociais se inserem em um quadro antagónico, elas estão em constante luta, que nos mostra o carácter antagónico da sociedade capitalista, pois, normalmente, o patrão é rico e dá ordens ao seu proletariado, que em uma reacção normal não gosta de recebe-las, principalmente quando as condições de trabalho e os salários são precários. As greves e reivindicações que exigem melhorias para as condições de trabalho, mostrando a impossibilidade de se conciliar os interesses de classes é um exemplo claro dessas lutas de classes. De acordo com Marx, a luta de classes está em todos os momentos da vida social, a greve é apenas um dos aspectos que evidenciam essa luta. A luta social também está presente em movimentos artísticos como telenovelas, literatura, cinema, etc. Para Marx, a compreensão dos conflitos de interesse entre grupos sociais não tem sua raiz nas relações legais ou jurídicas, essa raiz deve ser procurada nas relações materiais de vida ou seja, nas acções sociais dos indivíduos para ganhar a vida (Pinho e Vasconcellos, s/d).
  • 6. 7 3.6. Desigualdade social O marxismo estabelece que a desigualdade é inerente ao modo de produção capitalista resultante de um conjunto de relação pautada na propriedade como um facto jurídico, e político. O poder de dominação é que dá origem a essas desigualdades em que uma classe produz e a outra domina os meios de produção (Tomazi, 1993). Ela produz-se inevitavelmente no processo normal das economias capitalistas, e não pode ser eliminada sem alterar de modo fundamental os mecanismos do capitalismo. Ademais, forma parte do sistema, o que significa que o detentor do poder tem interesses criados em manter a desigualdade social (Peet, s/d). 4. CONSEQUÊNCIAS DA DESIGUALDADE SOCIAL EM SAÚDE Marx defende que as desigualdades sociais não são acidentais, e sim produzidas por um conjunto de relações que abrangem as esferas da vida social. Como consequência da desigualdade, na economia existem relações que levam à exploração do trabalhador e concentração da riqueza nas mãos de poucos indivíduos. Na política, a população é excluída das decisões governamentais (Bourguignon, 2010). Além destas consequências, existem várias outras como: o crescente estado de miséria, as disparidades sociais, a extrema concentração de renda, os salários baixos, o desemprego, crimes, a fome que atinge milhões de indivíduos, a desnutrição, a mortalidade infantil, a marginalidade, a violência, etc. Todo esse conjunto de consequência da desigualdade dá origem a conflitos sociais que surgem como tentativas de reivindicação das classes desfavorecidas. Em Moçambique as diferenças sociais são bastantes notáveis, tal como em vários países do continente africano. Moçambique se soma aos já tradicionais altos índices de miséria e violência tendo como uma das principais causas a guerra civil. É bastante notável a miséria em Moçambique, como exemplo podemos narrar do caso de dois bairros vizinhos situados na cidade de Maputo. Enquanto doutro lado existem grandes mansões recheadas de mobílias de grande valor monetário e uma variedade de carros na garagem, do lado vizinho, isto é, bairro da Polana caniço encontram-se casas de construção precária de indivíduos passando difíceis condições de vida.
  • 7. 8 Ainda no contexto da desigualdade em Moçambique, pode analisar-se este facto que incide de uma maneira tão notável até nos lugares onde supostamente não deveria haver. Um exemplo para esta situação, são as situações actuais dos cemitérios no país. Talvez analisar com maior detalhe a situação do cemitério de Lhanguene na cidade de Maputo. Nota-se que há uma grande desigualdade ou diferença das campas no local, umas são muito bem ornamentadas e feitas de mármore e outras são feitas de cimento e encontram-se em mau estado de conservação. O mais interessante analisar é que as campas bem conservadas e feitas de material de boa qualidade são de indivíduos de uma classe alta, aqui nota-se grande desigualdade entre indivíduos da classe baixa e os da classe alta. Outro factor drástico que surge como consequência da desigualdade social é o suicídio. De acordo com Durkheim (1996), os indivíduos têm um certo nível de integração com os seus grupos, o que ele chama de integração social. Níveis anormalmente baixos ou altos de integração social poderiam resultar num aumento das taxas de suicídio:  Níveis baixos porque baixa integração social resultam numa sociedade desorganizada, levando os indivíduos a se voltar para o suicídio como uma última alternativa;  Níveis altos porque as pessoas preferem destruírem a si próprias do que viver sob grande controlo da sociedade. 4.1. Implicações político-ideológicas da desigualdade social no mundo e em Moçambique A dominação ideológica é fundamental para encobrir o carácter contraditório do capitalismo. A palavra ideologia foi criada no começo do século XIX para designar uma "teoria geral das ideias". Foi Karl Marx quem começou a fazer uso político dela quando escreveu um livro junto com Friedrich Engels intitulado “A ideologia alemã”. Nessa obra, eles mostram como, em toda sociedade dividida em classes, aquela classe que domina as demais faz tudo para não perder essa condição. É aí que entra a ideologia: ela constituirá um corpo de ideias produzidas pela classe dominante que será disseminado por toda a população, de modo a convencer a todos de que aquela estrutura social é a melhor ou mesmo a única possível. Com o tempo, essas ideias se tornam de todos; em outras palavras, as ideias da classe dominante tornam-se dominantes na sociedade (Gallo, s/d). Ex: certos membros que participaram na luta de libertação nacional de
  • 8. 9 Moçambique afirmam que as desigualdades de riquezas (ou bens económicos) existentes no país entre eles e o povo ser justas, fazendo com que o povo receba essa ideia como sendo aceitável. A desigualdade social tem afectado imenso a nação moçambicana. Desde o início do processo de desenvolvimento, encontra-se um factor evidente: o crescimento económico, que tem gerado condições extremas de desigualdades espaciais e sociais, manifestações entre regiões, meio rural e o meio urbano, entre centro e periferia e entre as raças. A disparidade económica encontrada no país reflecte-se em especial sobre a qualidade de vida da população: expectativa de vida, mortalidade infantil e analfabetismo, dentre outros aspectos. As populações mais pobres não têm ascensão no mercado de trabalho. Com o processo de urbanização, a modernização do sector agrícola e a industrialização no espaço urbano grande parte da população rural migrou para as cidades à procura de empregos e melhores salários. É evidente a presença de três classes sociais diferentes, sendo elas: classe baixa, média e classe alta. A classe média pouco faz-se sentir comparativamente a outras duas. Como já vimos no capitalismo, quem tinham condições para a dominação e a apropriação, eram os da classe superior, os burgueses, capitalistas, os ricos, quem trabalhavam para estes eram os operários, os pobres, pois bem esses elementos são os principais denominadores de desigualdade social. A elevada concentração da riqueza mobiliária e imobiliária de uma classe (rica) e o declínio dos salários reais e à existência dos altos preços de produtos básicos são factores estruturais políticos, sociais e económicos que contribuem para gerar a desigualdade de renda em Moçambique. Contudo, há uma má distribuição de riqueza, sendo que se pode considerar a desigualdade social como um dos principais determinantes da pobreza no país. 4.2. Contextualização histórica da desigualdade social Do ponto de vista de Marx, as lutas de classes exploradas, com vista a destruir as classes possuidoras, explicam as revoluções que marcaram a história. Foi na sociedade industrial que as contradições entre as forças de produção e as relações de produção surgiram com maior nitidez. A sociedade industrial necessitou de meios de produção consideráveis: capitais, máquinas, mão- de-obra. Daqui resultou uma enorme concentração de riquezas nas mãos da classe possuidora e uma concentração das massas laborais em torno das fábricas, concentração até então nunca vista (Rocher, 1989).
  • 9. 10 4.3. A influência da classe social na desigualdade em saúde Os poderes e deveres que as pessoas exercem sobre os meios, ou seja, o que os agentes têm e o que fazem com essas propriedades são factores que podem ser pensados a partir da desigualdade social: o que temos na realidade são, como dito acima, grupos sociais em vantagem/desvantagem, sendo que a desigualdade se encontra dentro das organizações e instituições sociais mesmas, e a partir destas se enraízam em nossas vidas. Desta forma, podemos dizer que o fundamental na questão da desigualdade em saúde parte das desigualdades sócio económicas, e que a desigualdade no controle de recursos fundamentais para vida social causam conflitos entre os estratos sociais. As vantagens de alguns grupos sobre outros, essencial para a categorização das classes, causam a exclusão de certos grupos, o que os afecta em todos os âmbitos da vida social; a própria dominação depende do desfavorecimento desses grupos excluídos. Vivemos em uma sociedade em que estamos sempre fazendo escolhas; entretanto, estas escolhas são previamente determinadas, ou seja, não são totalmente livres. Desta maneira, forma-se um ciclo no qual a opressão económica causa a exclusão e consequentemente a privação ao acesso de bens necessários, desnivelando a vida das pessoas, já que estas apresentam recursos desiguais que reflectem em todos os âmbitos de suas vidas. 4.4. Raça e género Toda sociedade apresenta algum modelo de estratificação. Ela existe a partir do momento em que há diferenciação, hierarquização ou desigualdade de qualquer natureza dentro de uma sociedade. Estas demarcações não são uma simples divisão da sociedade. Nelas estão embutidos os valores que a sociedade atribuiu a cada grupo que a compõe. Esses critérios, que são tomados para dividir a sociedade, são impostos desde o nascimento dos indivíduos ou adquiridos ao longo da vida. Por exemplo, na sociedade indiana tradicional que se organiza pelo sistema de castas os indivíduos nascem dentro das castas e lá permanecem até morrer; seus/suas filhos/as serão destas castas e morrerão lá também. A mobilidade social entre as castas é praticamente nula. A ampliação dos direitos humanos das mulheres nunca esteve tão evidente como nas determinações referentes à incorporação da perspectiva de género (gender mainstreaming) das
  • 10. 11 conferências mundiais de Viena (1993). De fato, ao mesmo tempo em que a diferença deixou de ser uma justificativa para a exclusão do género nos principais discursos de direitos humanos, ela, por si só, passou a servir de apoio à própria lógica de incorporação de uma perspectiva de género. Entretanto, como no caso da discriminação de género, as noções de diferença, também aí, limitam a possível expansão das garantias de direitos humanos ligados à raça aos contextos em que a discriminação se pareça mais com a negativa formal dos direitos civis e políticos. Quanto à discriminação que não se enquadra nesse modelo-padrão porque não ganha estatuto legal ou formal, do tipo apartheid, é mais difícil enquadrá-la como abuso de direitos humanos. Por isso, é importante compreender como operam os mecanismos de desigualdade racial e de género. Raça é conceito que teve intenso uso ideológico no século XIX para justificar a ideia de que há raças superiores e inferiores, o que legitimou a subjugação e a exploração de povos considerados, sob essa lógica, biologicamente inferiores. A ciência do século XX, especialmente a genética, demonstrou que o conceito biológico de raça não tem sustentação científica, porque há mais diferenças entre os indivíduos considerados da mesma raça, do ponto de vista genético, do que entre as supostas raças, ou seja, a espécie humana é única e indivisível. Etnia refere-se a um grupo de pessoas que consideram ter um ancestral comum e compartilham da mesma língua, da mesma religião, da mesma cultura, das tradições e visão de mundo, do mesmo território ou das mesmas condições históricas. 4.5.A saúde e padrões de crescimento económico Apesar da asserção de que o crescimento económico contribui para o bem-estar das pessoas ser desejável do ponto de vista normativo, na prática nem sempre é assim. Alguns padrões de crescimento conduziram a grandes desigualdades no bem-estar entre diferentes grupos de pessoas, em Moçambique e em outros lados. Também houve casos em que as melhorias nos indicadores sociais ultrapassaram o crescimento económico. A questão da razão por que o crescimento económico se traduz ou não em desenvolvimento social está implicitamente levantada pelo ministério quando observa que, apesar da consistência de boas taxas de crescimento ao longo dos anos, o progresso nos indicadores sociais tem sido inferior e menos consistente.
  • 11. 12 Há boas razões para pensar que não existe uma única resposta estereotipada; tem havido diferentes experiências em diversos países em distintos períodos históricos. Reflectir em cenários passados permite-nos identificar diferentes vias de conexão entre padrões de crescimento económico e mudanças na saúde. Podemos ver como o crescimento económico pode ter levado a salários mais altos e bens de consumo mais baratos e, por conseguinte, a uma melhoria da nutrição. Pode ter também conduzido a condições de trabalho mais saudáveis e a um aumento da base fiscal para financiamento dos serviços de saúde públicos. Como Drèze e Sen (1991) apontaram no seu estudo sobre acção pública, estas relações positivas entre desenvolvimento económico e a melhoria da saúde não foram, contudo, sempre comprovadas. Os frutos do crescimento não passaram invariavelmente daqueles que controlam os recursos económicos para a população trabalhadora. 4.6. Medindo desigualdades de saúde em Moçambique Como se mede a relação entre crescimento económico e estados de saúde em mudança? Muitas vezes confiamos nos PIB per capita e esperança de vida, quando de facto ambos apresentam algumas limitações. O PIB é geralmente medido em termos de preços; não é uma medida confiável daquilo que não é distribuído através do mercado. Contudo, a produção de bens e serviços que não são comercializados, tal como a produção agrícola doméstica para consumo directo ou preparação de alimentos ou cuidados com os doentes, são sem dúvida muito importantes para os estados de saúde. Dos debates epidemiológicos por resolver discutidos supra, sabe-se que o acesso aos cuidados de saúde tem impacto na saúde, mas a saúde é também afectada por outros factores – nutrição, ambiente, trabalho de cada um, o conhecimento que cada um possui (apesar de não ser necessário concordarmos com a importância relativa dos mesmos). Seguir estas ligações alarga as áreas de intervenção política relevante ao mundo não estruturado dos ‘determinantes indirectos’ nos modelos epidemiológicos. A questão mais restrita entre os resultados de saúde e prestação de cuidados de saúde delimita um universo mensurável mais fácil de gerir.
  • 12. 13 5. MEDIDAS DE DESIGUALDADE NA PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE Outra forma de olhar para os determinantes da desigualdade na saúde consiste em concentrarmo- nos nos serviços de saúde, incluindo não só a distribuição de instalações, drogas e pessoal mas também a acessibilidade aos cuidados de saúde e sua qualidade relativa. A acessibilidade está afectada por várias coisas para além da estrutura dos honorários: a distância de uma instalação de saúde, a capacidade de pagamento do transporte e os pagamentos informais requeridos para se ser examinado. Apesar do grande fosso existente na acessibilidade rural e urbana, os agregados familiares rurais recorrem quase tanto aos serviços dos profissionais de saúde como os urbanos (10,8% vs. 11,3%) e, tal como os urbanos, muitos ficam satisfeitos com os cuidados que obtêm (61,9% vs. 63,4%). É mais provável os ricos recorrerem aos profissionais de saúde, contudo todos mostram níveis semelhantes de satisfação com o que obtêm. Contudo, quando olhamos para as diferenças entre províncias, surgem mais enigmas. Verificamos que a acessibilidade está fortemente distorcida em direcção à província e cidade do Maputo e, em certa medida, à de Gaza (recorde-se o afluxo de assistência médica depois das cheias de 2000). Há grandes fossos entre avaliações de necessidades e utilização em Cabo Delgado, Nampula, Zambézia e Tete, mas menor fosso em Niassa, Manica e Sofala. E a cidade de Maputo, que tem a maior acesso e a mais baixa necessidade e utilização, também tem um nível baixo de satisfação. 5.1. A persistência da desigualdade Observando estes dados não podemos fazer afirmações definitivas nem mesmo sobre o que aconteceu e menos ainda sobre as causas. No período de recuperação do pós-guerra parece ter havido progresso em alguns aspectos, tanto nas condições como nos cuidados de saúde, e em algumas desigualdades regionais, e os fossos entre as áreas rurais e as cidades foram reduzidos. As taxas de mortalidade infantil estão em queda, especialmente nas áreas rurais. A proporção de crianças com doença respiratória aguda que foram tratadas numa instalação de saúde subiu, particularmente em áreas rurais, e subiu transversalmente em todos os quintis de rendimento. A epidemia do HIV/SIDA parece estar em estabilização. No entanto, podemos
  • 13. 14 também ver alguma evidência nestes dados que justifica a preocupação do ministério com a estagnação dos indicadores de saúde e a persistência e até aumento de algumas formas de desigualdade na saúde. Em termos absolutos, a taxa de mortalidade infantil (162/1000) nas áreas rurais permanece alta. 5.2. Religião De uma forma geral, a religião moçambicana é baseada nos usos e costumes, em crenças, práticas e valores tradicionais de cada zona do País e do grupo populacional. Na zona rural, a população abraça, em grande medida, as crenças, práticas e cultos tradicionais. A religião constitui um instrumento de promoção da consciência patriótica e de unidade nacional. O canto, a dança, a poesia, a escultura, a pintura e outras formas de expressão cultural tiveram sempre um papel bastante relevante na mobilização dos cidadãos moçambicanos na luta pela conquista da dignidade e valorização da religião moçambicana. O País tem como língua oficial o Português e tem uma diversidade de línguas nacionais composta por cerca de 40 línguas maternas. As línguas nacionais mais faladas são o emakhuwa, Xichangana , elomwe, cisena e o Echuwabo. No que diz respeito à religião, uma parte considerável da população professa a religião católica (23.8%) e tem seguido práticas religiosas que resultam do contacto com o exterior. A religião muçulmana (representa 17.8) é também predominante, sobretudo no norte do País e, particularmente, na zona costeira. Importa referir que a Constituição da República consagra o princípio da laicidade do Estado no artigo 12º, que estabelece a separação entre o Estado e as confissões religiosas. Estabelece, ainda, que as confissões religiosas são livres na sua organização e no exercício das suas funções de culto, devendo conformar-se com as leis do Estado.
  • 14. 15 Conclusão Chegando o fim deste trabalho, pude constatar que as desigualdades resultam de um conjunto de relações pautado na propriedade como um facto jurídico e político. O poder de dominação é que dá origem a essas desigualdades em que uma classe produz e a outra domina os meios de produção. Com o trabalho, aprendi que as desigualdades sociais não são acidentais, e sim produzidas por um conjunto de relações que abrangem as esferas da vida social. Ela dá origem a várias consequências como: o crescente estado de miséria, as disparidades sociais, a extrema concentração de renda, os salários baixos, o desemprego, a fome que atinge milhões de indivíduos, a desnutrição, a mortalidade infantil, a marginalidade, a violência, e outros. Pode-se considerar a desigualdade social como um dos principais determinantes da pobreza no país. Nessa forma de dominação, o dominado obedece à regra, e não à pessoa em si, independente do pessoal, ele obedece ao dominante que possui tal autoridade devido a uma regra que lhe deu legitimidade para ocupar este posto, ou seja, ele só pode exercer a dominação dentro dos limites pré-estabelecidos. Nota-se que muitos indivíduos da classe baixa em Moçambique, pouco estão informados sobre este aspecto, aceitando qualquer imposição advinda dos vários membros do estado mesmo quando estas imposições ultrapassam os limites pré-estabelecidos, dando origem a altos índices de corrupção no país. A educação toma um papel muito importante para melhorar a situação da desigualdade no país, isto é, um país com baixa taxa de analfabetismo poderá melhor lutar para a redução de alta taxa da desigualdade social. Contudo, há necessidade de se criar melhorias no processo de ensino e aprendizagem e que esse processo de ensino deve beneficiar a todos moçambicanos de uma forma igualitária (independentemente da classe social em que o individuo pertence).
  • 15. 16 Bibliografias Bourguignon, M. (2010). Desigualdade e Estrutura Social na Sociedade da Informação. Campos, W. (2007). A Teoria marxista e as classes sociais. Acessado no dia 25 de Setembro de 2015 em http://www.webartigos.com/articles/1190/1/A-Teoria-Marxista-E-As-Classes- Sociais/pagina1.html. Diário Liberdade (2010). Moçambique: Séculos de miséria e exploração capitalista. Gallo, S. (s/d). Ideologia do capitalismo. Acessado no dia 27 de Setembro de 2015 em http://www.appio.org/IDEOLOGIA.htm. Peet, R. (s/d). Desigualdade e pobreza: uma teoria geográfico-marxista. Acessado no dia 29 de Setembro de 2015 em http://ivairr.sites.uol.com.br/marx.htm. Pinho, D. & Vasconcellos, M. (s/d). Manual de economia: equipa de professores da USP. São Paulo: Saraiva. Nome: Sérgio Alfredo Macore / 22.02.1992 Naturalidade: Cabo Delgado – Pemba – Moçambique Contactos: +258 826677547 ou +258 846458829 Formado em: Gestão de Empresas / Gestão Financeira E-mail: Sergio.macore@gmail.com / helldriverrapper@hotmail.com Facebook: Helldriver Rapper Rapper, Sergio Alfredo Macore Twitter: @HelldriverTLG Instituição de ensino: Universidade Pedagogica Nampula – Faculdade = ESCOG. Boa sorte para você…….