Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
sophia, natália correia e vinicius
1. Sophia de Mello Breyner Andresen
Mário de Sá Carneiro
Vinicius De Moraes
Trabalho elaborado por:
Daniel Leal nº 8
Neuza Rodrigues nº 26
Sara Luís nº 28
Telma Rodrigues nº 30
Agrupamento de Escolas da Batalha
3. De descendência dinamarquesa pelo lado paterno,
Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu a 6 de
Novembro de 1919, no Porto;
Durante a infância e a adolescência viveu no Porto
e na Granja;
Iniciou o curso de Filologia Clássica na
Universidade de Lisboa, mas não o concluiu.
Mais tarde, casou-se, do qual teve cinco filhos;
4. Os seus filhos foram a sua motivação para a
escrita de contos infantis;
Sophia de Mello Breyner desenvolveu uma carreira
política marcada pela luta antifascista;
Foi candidata a Deputada da Assembleia
Constituinte após a Revolução do 25 de Abril;
Faleceu a 2 de Julho de 2004, com 84 anos.
5. Jogo dos quatro elementos primordiais:
Terra – Fauna e Flora;
Água - Mar, praia e espuma;
Ar – vento,brisa e sopro;
Fogo- Sol, luz e lume .
6. Procura da Justiça:
Verdade;
Igualdade das classes sociais;
Tomada de consciência do comportamento
humano .
7. Natureza associada á ideia de harmonia e
pureza;
Evocação de imagens da infância e
adolescência;
Valorização da Antiguidade Clássica ;
Desigualdades e injustiças sociais ;
Poesia e criação poética ;
8. Captação do real através das sensações;
Discurso figurado com recurso a símbolos e a
alegorias;
Uso de certas palavras dotadas de grande
simbolismo e magia;
Rima ao serviço de beleza fónica ;
Quase inexistência de pontuação;
Uso frequente de figuras de estilo , como a
metáfora, a comparação, a anáfora e a ironia.
Estilo/Linguagem
9. Poesia (1945, Cadernos de Poesia, nº 1, Coimbra; 3ª ed.
1975)
O Dia do Mar (1947, Lisboa, Edições Ática; 3ª ed.
1974)
Coral (1950, Porto, Livraria Simões Lopes; 2ª ed.,
ilustrada por Escada, Lisboa, Portugália, 1968)
No Tempo Dividido (1954, Lisboa, Guimarães Editores)
Mar Novo (1958, Lisboa, Guimarães Editores)
Livro Sexto (1962, Lisboa, Livraria Morais Editora; 7ª
ed. 1991)
O Cristo Cigano (1961, Lisboa, Minotauro, ilustrado por
Júlio Pomar)
Geografia (1967, Lisboa, Ática)
Poesia:
10. Grades (1970)
11 Poemas (1971)
Dual (1972, Lisboa, Moraes Editores; 3ª ed., Lisboa,
Salamandra, 1986)
Antologia (1975)
O Nome das Coisas (1977, Lisboa, Moraes Editores);
Navegações(1983)
Ilhas (1989)
Musa (1994)
Signo (1994)
O Búzio de Cós (1997)
Mar (2001) - antologia organizada por Maria Andresen
de Sousa Tavares
Primeiro Livro de Poesia (infanto-juvenil) (1999)
Orpheu e Eurydice (2001)
11. Contos Exemplares (1962, Lisboa, Livraria Morais
Editora; 24ª ed. 1991)
Histórias da Terra e do Mar (1984, Lisboa, Edições
Salamandra; 3ªed., Lisboa, Texto Editora, 1989)
12. A Menina do Mar (1958)
A Fada Oriana (1958)
Noite de Natal (1959)
O cavaleiro da Dinamarca (1964)
O Rapaz de Bronze (1965)
A Floresta (1968)
O Tesouro (1970)
A Árvore (1985)
13. O Bojador (2000) , Lisboa, Editorial Caminho
O Colar (2001) , Lisboa, Editorial Caminho
O Azeiteiro(2000), Lisboa, Editorial Caminho
Filho de Alma e Sangue(1998)Lisboa, Editorial
Caminho
Não chores minha Querida(1993)Lisboa,
Editorial Caminho
14. Em todos os jardins hei-de florir,
Em todos beberei a lua cheia,
Quando enfim no meu fim eu possuir
Todas as praias onde o mar ondeia.
Um dia serei eu o mar e a areia,
A tudo quanto existe me hei-de unir,
E o meu sangue arrasta em cada veia
Esse abraço que um dia se há-de abrir.
Então receberei no meu desejo
Todo o fogo que habita na floresta
Conhecido por mim como um beijo.
Então serei o ritmo das paisagens,
A secreta abundância dessa festa
Que eu via prometida nas imagens.
15. Em todos os jardins hei-de florir,
Em todos beberei a lua cheia,
Quando enfim no meu fim eu possuir
Todas as praias onde o mar ondeia.
Um dia serei eu o mar e a areia,
A tudo quanto existe me hei-de unir,
E o meu sangue arrasta em cada veia
Esse abraço que um dia se há-de abrir.
Então receberei no meu desejo
Todo o fogo que habita na floresta
Conhecido por mim como um beijo.
Então serei o ritmo das paisagens,
A secreta abundância dessa festa
Que eu via prometida nas imagens.
Remete para o momento da
morte do sujeito, pensada
num tempo futuro
Utilização de nomes com
grande carga semântica e
simbólica:
• Sangue
• Veia
• Abraço
• Beijo
• Desejo
Vida
União
Urgência
dessa união
16. Para atravessar contigo o deserto do mundo
Para enfrentarmos juntos o terror da morte
Para ver a verdade para perder o medo
Ao lado dos teus passos caminhei
Por ti deixei meu reino meu segredo
Minha rápida noite meu silêncio
Minha pérola redonda e seu oriente
Meu espelho minha vida minha imagem
E abandonei os jardins do paraíso
Cá fora à luz sem véu do dia duro
Sem os espelhos vi que estava nua
E ao descampado se chamava tempo
Por isso com teus gestos me vestiste
E aprendi a viver em pleno vento
17.
18. Mário de Sá Carneiro nasceu em Lisboa em 1890;
Viveu a maior parte da sua vida em Paris, onde estudou
Direito e onde escreveu a maior parte da sua obra;
Paris sempre foi para Mário de Sá Carneiro uma
cidade de fascínio e foi nela que descobriu o cubismo e
o futurismo, tal como Fernando Pessoa, seu grande
amigo;
Foi com Fernando Pessoa, Luís de Montalvor, Armando
Côrtes Rodrigues, Alfredo Guisado e outros, que
fundou a revista Orpheu, vindo esta a ter um papel
fundamental na renovação da literatura portuguesa do
século XX;
19. Mário de Sá Carneiro é um dos poetas mais
significativos do modernismo em Portugal.
20. influências de várias correntes literárias, como
o decadentismo, o simbolismo, ou o saudosismo e por
influência de Fernando Pessoa viria a aderir a
correntes de vanguarda, como o interseccionismo, o
paulismo ou o futurismo;
A sua obra reflecte um modo de estar e de sentir
repercutido numa insatisfação constante;
A sua busca, a sua procura, radica num desejo estético
pela sublimação do eu;
21. Amizade (1912)
Princípio (1912)
Memórias de Paris (1913)
A confissão de Lúcio (1914)
Dispersão (1914)
Céu em Fogo (1915)
22. Olho em volta de mim. Todos possuem -
Um afecto, um sorriso ou um abraço.
Só para mim as ânsias se diluem
E não possuo mesmo quando enlaço.
Roça por mim, em longe, a teoria
Dos espasmos golfados ruivamente;
São êxtases da côr que eu fremiria,
Mas a minh'alma pára e não os sente!
Quero sentir. Não sei... perco-me todo...
Não posso afeiçoar-me nem ser eu:
Falta-me egoísmo pra ascender ao céu,
Falta-me unção pra me afundar no lôdo.
23. Não sou amigo de ninguém. Pra o ser
Forçoso me era antes possuir
Quem eu estimasse - ou homem ou mulher,
E eu não logro nunca possuir!...
Castrado de alma e sem saber fixar-me,
Tarde a tarde na minha dor me afundo...
Serei um emigrado doutro mundo
Que nem na minha dor posso encontrar-me?...
* * * * *
Como eu desejo a que ali vai na rua,
Tão ágil, tão agreste, tão de amor...
Como eu quisera emmaranhá-la nua,
Bebê-la em espasmos d'harmonia e côr!...
24. Desejo errado... Se a tivera um dia,
Toda sem véus, a carne estilizada
Sob o meu corpo arfando transbordada,
Nem mesmo assim - ó ânsia! - eu a teria...
Eu vibraria só agonizante
Sobre o seu corpo de êxtases dourados,
Se fôsse aquêles seios transtornados,
Se fôsse aquêle sexo aglutinante...
De embate ao meu amor todo me ruo,
E vejo-me em destrôço até vencendo:
É que eu teria só, sentindo e sendo
Aquilo que estrebucho e não possuo.
25.
26. Vinicius de Moraes (1913-1980) nasceu no Rio de
Janeiro, no dia 19 de outubro de 1913;
Viveu no meio de uma família culta, que o levou a seguir
a arte. A sua mãe era pianista amadora, e seu pai,
poeta e violinista amador;
Em 1924, iniciou o curso secundário no Colégio Santo
Inácio, onde começou a cantar no coro e criar
pequenas peças de teatro;
Em 1929, formou-se em Letras. No ano seguinte,
ingressou na faculdade de Direito do Catete onde se
formou 3 anos depois;
27. Ganhou uma bolsa para estudar literatura inglesa na
Universidade de Oxford;
Retornou ao Brasil e ai empregou-se como crítico de
cinema no jornal;
Ingressou também na carreira diplomática e 3 anos
depois assumiu o primeiro posto diplomático como vice
cônsul em Los Angeles;
Quando o seu pai morreu voltou de LA e mais voltou
atuar no campo diplomático, mas desta vez em Paris e
Roma.
È afastado da carreira diplomática tendo sido
aposentado compulsoriamente. O motivo apontado
para o afastamento foi o seu comportamento boêmio.
Em 1980 com 66 anos acaba morrer de idade.
28. O Caminho para a Distância, Rio de Janeiro, Schmidt
Editora, 1933
Forma e Exegese, Rio de Janeiro, Pongetti, 1935
Ariana, a mulher; Rio de Janeiro, Pongetti, 1936
Novos Poemas, Rio de Janeiro, José Olympio, 1938
Cinco Elegias, Rio de Janeiro, Pongetti, 1943
Poemas, Sonetos e Baladas; São Paulo, Edições Gavetas,
1946
Pátria Minha, Barcelona, O livro inconsútil, 1949
Poesia•
29. • Antologia Poética, Rio de Janeiro, A noite ,
1954
• Livro de Sonetos, Rio de Janeiro, Livros de
Portugal, 1957
• Novos poemas III, Rio de Janeiro, São José,
1959
• O Mergulhador , Rio de Janeiro, Atelier de
Arte, 1968
•A Arca de Noé, Rio de Janeiro, Sabiá, 1970
• Poemas Esparsos, São Paulo, Companhia das
Letras, 2008
30. Prosa
• Para viver um grande Amor, Rio de Janeiro, Editora
do autor, 1962
• Para uma menina com uma flor, Rio de Janeiro,
Editora do autor, 1966
31. Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade
Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente,
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim muito e amiúde,
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.