1) O documento discute os conceitos de liderança, organização e trabalho, abordando temas como eventos, comunicação e serviço.
2) A organização é descrita como um sistema complexo e político que envolve a alocação de recursos escassos e processos de negociação.
3) O trabalho envolve lidar com eventos imprevistos através da atenção, análise de alternativas e respostas inventivas.
2. O QUE É A EMPRESA?
A empresa combina três níveis que são
igualmente necessários:
• A realidade concreta e material.
• Nossa percepção dessa realidade.
• As normas, as regras e as linguagens.
Gaulejac
3. ORGANIZAÇÃO
A organização é um sistema complexo e político:
• Decisões importantes implicam a alocação de
recursos escassos.
• Formam-se coalizões compostas por grupos de
indivíduos e interesses.
• Os objetivos organizacionais e as decisões resultam
de processos de negociação.
• Conflitos acontecem normalmente.
fonte : Michel Crozier
5. EVENTO
• Evento é o que ocorre de maneira parcialmente
imprevista, inesperada, vindo perturbar o desenrolar
normal do sistema de produção.
• Trabalhar é fundamentalmente estar atento a esses
eventos, pressenti-los e enfrentá-los quando ocorrem.
• Enfrentar o evento é:
– Permanecer atento às modificações potenciais do
ambiente.
– Analisar diversas alternativas.
– Inventar respostas pertinentes.
6. CONSEQÜÊNCIAS DO CONCEITO
“EVENTO”
1. A competência profissional não pode mais ser enclausurada
em definições prévias de tarefas: o trabalho é a ação
competente do indivíduo diante de uma situação de evento.
2. Ela supõe a mobilização de uma rede.
3. O trabalho não pode mais ser visto como uma seqüência de
operações rotineiras. Torna-se uma seqüência de eventos
que reagem uns aos outros.
4. Isso muda muito a maneira de avaliar a experiência de um
profissional.
7. COMUNICAÇÃO
• Comunicar significa construir um entendimento recíproco e
bases de compromisso que serão a garantia do sucesso das
ações desenvolvidas em conjunto. É:
– Entender os problemas e as obrigações dos outros e a
interdependência das ações.
– Chegar a uma acordo referente às implicações e aos
objetivos da ação.
– Compartilhar uma consciência da necessidade de uma
reciprocidade nos compromissos assumidos.
• A comunicação implica conflitos: graças a eles chega-se a
um melhor entendimento e à obtenção de uma solidariedade
mais sólida.
8. SERVIÇO
• O serviço é:
– uma modificação nas condições de vida ou de
atividade de um cliente-usuário.
– O que justifica a sobrevivência de uma organização.
• Em função disto destaca-se:
– A qualidade final do serviço prestado
– A maneira como esse cliente ou usuário participa da
definição do serviço proposto
– A sucessão de ações que permite criar essa
qualidade.
9. DESAFIOS TÉCNICOS E
ADAPTATIVOS
DESAFIO Qual é o trabalho? Quem faz o
trabalho?
TÉCNICO Aplica o know-how Autoridades
vigente
ADAPTATIVO Aprende novas As pessoas com
maneiras o problema
Heifetz, Linski
11. PODER E DOMINAÇÃO
Poder : capacidade
pela qual uma
pessoa, ou uma
comunidade,
satisfaz suas
necessidades,
alcança seus
interesses e realiza
suas metas. Fonte: Maduro
12. PODER E DOMINAÇÃO
Dominação : a força de
um grupo ou indivíduo
para impor suas
próprias metas,
contrariando os
interesses de outros
seres humanos,
frustrando as
necessidades de
grupos que têm uma
possibilidade menor de
barganha.
Fonte: Maduro
13. EMOÇÕES (Antonio Damásio:O mistério da consciência,
Cia das Letras) 2
“Uma redução seletiva da emoção é no mínimo tão prejudicial
para a racionalidade quanto a emoção excessiva.
Certamente não é verdade que a razão opere
vantajosamente sem a influência da emoção. Pelo contrário,
é provável que a emoção auxilie o raciocínio, em especial
quanto se trata de questões pessoais e sociais que
envolvem risco e conflito.[...] É óbvio que comoções
emocionais podem levar a decisões irracionais. As lesões
neurológicas sugerem simplesmente que a ausência seletiva
de emoção é um problema. Emoções bem direcionadas e
bem situadas parecem constituir um sistema de apoio sem o
qual o edifício da razão não pode operar a contento.” p.63
14. POR QUE FUGIR DO SENTIMENTO DE COMPAIXÃO?
“Perceber o sofrimento alheio provoca uma experiência sensível e
uma emoção a partir das quais se associam pensamentos cujo
conteúdo depende da história particular do sujeito que percebe:
culpa, agressividade, prazer etc. A estabilização mnésica da
percepção necessária ao exercício do julgamento [...] depende da
reação defensiva do sujeito diante de sua emoção: rejeição,
negação ou recalque. No caso de negação ou rejeição, o sujeito
não memoriza a percepção do sofrimento alheio – perde a
consciência dele. [...] Afetivamente, ele pode então assumir uma
postura de indisponibilidade e de intolerância para com a emoção
que nele provoca a percepção do sofrimento alheio. Assim, a
intolerância afetiva para com a própria emoção relacional acaba
levando o sujeito a abstrair-se do sofrimento alheio por uma atitude
de indiferença – logo, de intolerância para com o que provoca seu
sofrimento. Em outras palavras, a consciência do – ou a
insensibilidade ao – sofrimento dos desempregados depende
inevitavelmente da relação do sujeito para com seu próprio
sofrimento.”
Christophe Dejours, A banalização da injustiça social,ed. FGV p. 45-
46
15. SENTIMENTOS HUMANOS BÁSICOS
“Quando falo de sentimentos humanos
básicos, não estou pensando somente
em alguma coisa efêmera e vaga.
Refiro-me à incapacidade de suportar
a visão do sofrimento do outro. É o
que provoca o sobressalto quando
ouvimos um grito de socorro, é o que
nos faz recuar instintivamente ao ver
alguém maltratado, o que nos faz
sofrer ao presenciar o sofrimento dos
outros. E o que nos faz fechar os
olhos quando queremos ignorar a
desgraça alheia.”
Dalai Lama, Uma ética para o novo
milênio
15
16. O QUE É MOTIVAÇÃO?
• A motivação diz respeito ao
aprofundamento dos motivos que nos
levam a agir.
• A empresa quer mais engajamento e mais
desempenho.
• Os empregados, por sua vez, querem
mais satisfação.
17. ESTIMULAÇÃO, PERFORMANCE,
SATISFAÇÃO
• A estimulação se refere ao estímulo externo que nos
leva a agir enquanto a motivação diz respeito à um
processo desencadeado de dentro para fora.
• A performance se refere ao resultado da ação. A
motivação pode ser uma condição necessária para a
performance, mas não suficiente: muitos elementos
externos contribuem para uma boa ou má performance.
• A satisfação diz respeito aos sentimentos do indivíduo
numa situação concreta de trabalho: é um indicador da
motivação mais do que uma causa. A satisfação é um
sentimento enquanto a motivação é um processo.
18. VARIÁVEIS DO PROCESSO DE
MOTIVAÇÃO
A motivação é um processo por demais complexo
para ser objeto de receitas de bolo! Ele se
articula sobre vários elementos que respondem
a lógicas diferentes:
• A pessoa
• O outro (o par, o chefe e/ou o subordinado)
• A equipe na qual os dois são inseridos
• A organização, ou seja o quadro estrutural e
cultural.
19. FRAGILIDADE DO
TRABALHO
O sentido dado ao trabalho é frágil:
– A qualquer momento, um indivíduo pode
não enxergar mais o sentido do que faz.
– A pressão dos prazos, a impossibilidade
de entender o que a organização espera
dele e as finalidades do trabalho podem
tirar o sentido da atividade profissional.
20. DIFICULDADES DA
COOPERAÇÃO
• Por que a cooperação parece tão pouco natural? Porque
ela cria situação de dependência que
– cria uma nova forma de relação, caracterizada pela
impossibilidade de agir sozinho e pela necessidade de
compor, de negociar e de enfrentar.
– obriga a integrar, na ação, várias lógicas, normalmente
antagonistas.
Fonte: DUPUY
21. LIMITES DO VOLUNTARISMO
• Voluntarismo significa impor aos outros o que eles devem
fazer, sem procurar saber se eles têm os meios de fazer.
• A separação é feita entre a decisão e sua aplicação.
• Na vida cotidiana da empresa, é a aplicação da decisão
que é complexa e arriscada, porque ela exige:
– que se aja sobre e com os outros;
– que se obtenha algo que, na maioria das vezes, não vai
trazer nenhum benefício imediato para quem vai
entregar.
Fonte: DUPUY
22. TRÊS PILARES DA
COOPERAÇÃO
• Pacto
• Confiança.
• Comunicação
23. A CONFIANÇA
• A confiança é o que permite correr riscos nas
relações humanas.
• É o que torna a comunicação humana eficaz.
• Ela se constrói na reciprocidade porque temos mais
tendência a confiar em quem confia em nós e
aceitamos correr riscos com os que aceitam correr
riscos conosco.
• A confiança se constrói nas ações que necessitam
interações fortes e através de desafios aceitos
juntos.
24. A confiança e seus mecanismos:
• A confiança é o que permite correr riscos nas
relações humanas.
• É o que permite a eficácia na comunicação
humana.
• Ela se constrói numa certa circularidade e
reciprocidade porque temos mais tendência a
confiar em quem confia em nós e aceitamos
correr riscos com os que aceitam correr riscos
conosco.
25. TRABALHAR JUNTOS CLAREZA
do trabalho
Racionalidade prescrito Conhecimentos
Cartesiana estagnados inscritos
Explícita. no papel
CONTROLE CONSTANCIA
CONTRATO
dos objetivos da organização
prevista
CONIVENCIA CONFIANÇA MUDANÇA
Racionalidade
Sistêmica Conhecimentos
Explícita vivos, nas cabeças
COMPLEXIDADE
do trabalho real Fonte: Le Cardinal
27. COERÊNCIA E INTEGRAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO
Equipe COACH EM
campeã TEAM BUILDING
Responsável COACH EM COACHING
campeão INDIVIDUAL
Perfil ou pessoa?
TERAPEUTA
Voluntarismo ou ACOMPANHAMENTO
Boa vontade? ESPIRITUAL
fonte : Vincent Lenhardt
28. COMPETÊNCIA: PRIMEIRA
ABORDAGEM
A competência é o
“tomar iniciativa” e
o “assumir
responsabilidade”
do indivíduo diante
de situações
profissionais com
as quais se
depara.
29. COMPETÊNCIA: SEGUNDA
ABORDAGEM
A competência é um
entendimento prático de
situações que se apóia
em conhecimentos
adquiridos e os
transforma na medida
em que aumenta a
diversidade das
situações.
30. COMPETÊNCIA: TERCEIRA
ABORDAGEM
A competência é a faculdade
de mobilizar redes de atores
em torno das mesmas
situações, é a faculdade de
fazer com que esses atores
compartilhem as
implicações de suas ações,
é fazê-los assumir áreas de
co-responsabilidade.
31. FUNÇÕES DE LIDERANÇA E COMPETÊNCIAS NECESSÁRIAS
Técnica:
Recrutamento/seleção
Treinamento
Função de produção
Desenvolvimento
Avaliação de desempenho
Avaliação de potencial
Militância: Medi-ação:
Comprometimento Integração
Coerência Discurso/ Contribuição/
Valores Retribuição
Comunicação confiável Negociação
Acompanhamento do Administrar conflitos
Clima organizacional. Feed-back
32. DESENVOLVIMENTO DA IDENTIDADE
GERENCIAL
Identidade Gestão do estresse
Estágios de Motivação
desenvolvimento
Gestão do tempo Tomada de decisão