2. Variação e Mudança Linguística
• Dentro de nossas fronteiras falamos
português;
• Ao nosso lado, fala-se espanhol;
• Muitas tribos utilizam como forma de
comunicação uma língua bem diferente do
português;
3. Variação e Mudança Linguística
A língua não é usada de modo homogêneo por
todos os seus falantes
O uso de uma língua varia de:
• região para região
• classe social para classe social, etc.
4. Variação e Mudança Linguística
Existem dois tipos de variedades lingüísticas
• Dialetais: variedades que ocorrem em função
das pessoas que utilizam a língua, ou seja, os
emissores
• Registro: variedades que ocorrem em função
do uso que se faz da língua, as quais
dependem do receptor, da mensagem e da
situação
5. Variação e Mudança Linguística
• Ao contrário da norma-padrão, a língua para a
sociolinguistas é heterogênea;
• A língua é uma atividade social, um trabalho
coletivo empreendido por todos os seus
falantes;
• A verdadeira língua não se encontra registrada
em dicionários e muito menos em gramáticas
normativas;
6. • A mudança, a variação é que “são o estado
natural” das línguas;
• As línguas são faladas por seres humanos,
inseridos em uma dada cultura, em uma dada
sociedade, localizados em um determinado
momento da história;
• As línguas acompanham essas
transformações;
7. • “O verdadeiro problema é considerar que
existe uma língua perfeita, correta, bem-
acabada e fixada em bases sólidas, e que
todas as inúmeras manifestações orais e
escritas que se distanciam dessa língua ideal
são como ervas daninhas que precisam ser
arrancadas do jardim para que flores
continuem lindas e coloridas.”
Marcos Bagno
8. • A Sociolinguística estuda a relação da
heterogeneidade social com a língua.
Norma-padrão
9. Domínios sociais
• Domínio social doméstico, privado – relações imediatas
• Domínio social público – relações mediatas,
hierarquização das relações sociais são mais evidentes
10. • Variação fonético-fonológica
– a pronúncia de PORTA no português brasileiro
• Variação morfológica
– As formas PEGAJOSO e PEGUENTO
• Variação sintática
– Não quero / Quero não
• Variação semântica
– O vocábulo VEXAME
12. Fatores extralinguísticos
• Origem geográfica
• Status socioeconômico
• Grau de escolarização
• Idade
• Sexo
• Mercado de trabalho
• Redes sociais
13. Variação Estilística
• Tanto na modalidade escrita quanto falada;
• Há uma série de fatores implicados;
Máximo
monitoramento
14. Classificação das variedades
• Variação diatópica – lugares diferentes;
• Variação diastrática – classes sociais;
• Variação diamésica – diferenças entre
modalidades;
• Variação diafásica – grau de monitoramento;
• Variação diacrônica – história de cada língua.
15. Dialeto Socioleto Cronoleto Idioleto
modo
característicos
de falar de uma
determinada
região/local
Compartilham
as mesmas
características
socioculturais
Modo de falar
de uma
determinada
classe social
O modo
próprio,
particular que
cada um dos
falantes
desempenha
sua fala.
16. Nem tudo varia
• A pronúncia da consoante /f/;
• O artigo definido, o uso do pronome obliquo
ANA ME SUSTENTOU DURANTE MUITO
TEMPO e nunca ouve-se ANA ME DURANTE
MUITO TEMPO SUSTENTOU;
• O verbo gostar;
• Regras categóricas e regras variáveis
25. Variação de Registro
• Grau de Formalismo
– Varia de acordo com os interlocutores e as
situações sociais
• O grau de formalismo se manifesta em
diferentes níveis de construção do enunciado:
Por exemplo: o vocabulário
26. Razoões desvairadas, que alguuns fallavam sobre o casamento delRei Dom
Fernamdo
Quamdo foi sabudo pello reino, como elRei reçebera de praça
Dona Lionor por sua molher, e lhe beijarom a maão todos por Rainha, foi
o poboo de tal feito mui maravilhado, muito mais que da primeira; por
que ante desto nom enbargando que o alguuns sospeitassem, por o
gramde e honrroso geito que viiam a elRei teer com ella, nom eram
maravilha o que elRei fezera, e que ja a outros acomteçera semelhavel
Fernão Lopes Crônica de D. Fernando, 1434
27. Vernáculo
• Vernáculo – o estilo em que se presta o mínimo
de atenção ao monitoramento da fala;
• Fonte mais segura para investigação linguística;
• Por meio do vernáculo podemos identificar quais
as regras gramaticais que realmente pertencem
ao português brasileiro contemporâneo, aquelas
que são mais usualmente empregadas em suas
interações cotidianas.
28. • Nesta segunda variante, temos o emprego do
pronome reto ele como objeto direto, regra que é
muito comum no nosso português oral.
Geralmente só empregamos os pronomes
oblíquos átonos na linguagem escrita, ou falada,
em estilos muito monitorados.
• Diz para ela vir amanhã, vou deixar ele arrumado
e aí ela leva ele direto para escola.
• Diga-lhe que venha amanhã, pois vou deixá-lo
arrumado para que assim possa levá-lo direto à
escola.
29. • Assim, as variedades faladas pelos grupos de
maior poder político e econômico passam a
ser vistas como variedades mais bonitas e até
mais corretas. Mas essas variedades, que
ganham prestígio porque são faladas por
grupos de maior poder, nada têm de
intrinsecamente superior às demais. O
prestígio que adquirem é mero resultado de
fatores políticos e econômicos