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Em várias passagens do Evangelho, Jesus salienta a importância da coragem
de testemunhar a própria fé. Por exemplo, em determinado ponto da
narrativa evangélica, o Cristo afirma que ninguém deve se envergonhar Dele
e de Suas palavras. “Aquele que me confessar e me reconhecer diante dos
homens, eu também o reconhecerei e confessarei diante de meu Pai que está
nos céus; e aquele que me renegar diante dos homens, também eu o renegarei
diante de meu Pai que está nos céus”. (Mateus, cap. X, vv. 32 e 33).
Em outra passagem, encontramos o Mestre convocando os seus doze
discípulos e discorrendo sobre a missão deles. Depois, deu-lhes poder sobre
os espíritos imundos para os expelirem e para curar todas as enfermidades.
É importante notar que a expulsão dos espíritos imundos a que o Evangelho
se refere, hoje nós sabemos, nada mais é do que tratar dos processos
obsessivos. Embora Jesus e seus discípulos tenham operado curas materiais,
é mais no sentido moral que devemos entender esta ordem do Cristo.
Durante algum tempo, os discípulos se dedicaram ao aprendizado junto ao
Mestre. Espíritos de alto progresso espiritual que eram, não encontraram
dificuldade em assimilar as lições que Jesus lhes ministrava diariamente, não
só pelas palavras como também pelo exemplo.
Fortificados pela fé que o Cristo lhes acendera nos corações e, estando
preparados para continuarem a obra evangélica, foram encaminhados ao
trabalho, com a seguinte recomendação: “Não procureis os gentios e não
entreis nas cidades dos samaritanos.
Ide, antes, em busca das ovelhas perdidas da casa de Israel”. (Mateus, cap.
X, vv, 5ª7)
Jesus ao dizer aos discípulos para que não se dirigissem aos gentios não quis
com estas palavras desprezar a conversão deles, o que não seria nada
caridoso. É que os judeus já acreditavam num único Deus uno e esperavam
o Messias, e estavam preparados pela lei de Moisés e pelos profetas, para
receberem a Sua palavra. Entre os gentios, como não houvesse base, tudo
estava por fazer, e os discípulos ainda não estavam suficientemente
esclarecidos para uma tarefa tão difícil. Ainda não era o momento próprio de
trabalhar com aquele grupamento. O Mestre sabia que a conversão deles
viria a seu tempo, com o trabalho de Paulo de Tarso, como de fato aconteceu
mais tarde.
Quanto aos samaritanos, embora fossem judeus, nutriam uma aversão
profunda contra os da sua raça, datando da época da separação do reino de
Israel. As duas nações tinham como único princípio a divergência de opinião
religiosa, embora tivessem a mesma origem. Os samaritanos tinham uma
visão própria, diferenciada, e estudavam os textos sagrados diferentemente
da nação hebraica. Para os judeus ortodoxos, os samaritanos eram heréticos.
E, Por isso mesmo, eram excomungados e perseguidos. Foi por isso que
Jesus ordenou a seus discípulos para que se dirigissem antes aos que já
estavam em condições de entender os novos ensinamentos, e os israelitas
eram, naturalmente, os indicados para primeiro receberem o Evangelho, dado
o longo preparo espiritual que a lei de Moisés os tinha submetido.
E os discípulos dirigindo-se a eles encontrariam um terreno propício à
semeadura. Por esta razão o Mestre falou: “Ide antes de encontro às ovelhas
perdidas da casa de Israel”. Caso os discípulos procurassem em primeiro
lugar outros povos, as dificuldades para a difusão do Evangelho seriam
maiores. Com o tempo, todos os povos se preparariam convenientemente e,
então, surgiriam novos trabalhadores que lhes levariam a clareza dos Ensinos
do Cristo.
As palavras de Jesus também se aplicam aos divulgadores do Espiritismo. O
discípulo inteligente deve seguir a mesma diretriz. Primeiro, os que estão em
estado de compreenderem a Doutrina. Os outros virão depois.
Primeiro, as pessoas de boa vontade, que desejam a luz, nas quais
encontrarão uma semente fecunda. Depois os outros, que se agarram ao
orgulho e se comprazem na obscuridade.
Acredito que esse estudo seja de suma importância para todos nós. Pois, é ele
que nos ensina a termos fidelidade a Jesus. E também nos ensina a
exercitarmos essa tarefa, a coragem da fé, cujo objetivo é o de nos instruir
sobre a necessidade de darmos testemunho de nossa fé em Deus diante das
criaturas, e nos esclarecer que esse testemunho implica na observância dos
ensinamentos deixados pelo Cristo.
Então, em que consiste confessar Jesus diante dos homens? Consiste em
viver de conformidade com seus ensinamentos e ter coragem suficiente para
abandonarmos preconceitos de religiões dogmáticas e das classes sociais, e
ver em cada ser um irmão, que merece o nosso respeito, carinho e
consideração. Enfim, confessar Jesus diante dos homens é submeter-se à lei
da fraternidade universal. “Ide, pois, e levai a palavra divina aos grandes que
a desprezarão; aos eruditos que exigirão provas; aos pequenos e simples que
a aceitarão”.
Nessa passagem evangélica, Jesus chama a atenção daqueles que pretendem
ser seus seguidores para a importância de assumirem essa posição diante das
pessoas, diante do mundo, e não temerem falar em nome Dele, nem de
divulgar os Seus ensinos. E esses ensinamentos precisam ser defendidos com
extrema coragem. Em épocas passadas, defender as ideias do Cristo era
terminar nos circos romanos. Por isto, fé é crer. Fé é entrega total. Fé
religiosa é a crença em Deus. Fé é soltar a corda e entregar-se confiante no
Pai. A fé é o diferencial que gera a escala de elevação espiritual. Paulo de
Tarso diz que Deus aceita os espíritos pela fé que exercem.
É importante perceber que, quando Jesus disse que não veio trazer a paz e
sim a espada, isto é, que os Seus ensinamentos iriam revolucionar, iriam
promover uma guerra nos corações endurecidos, quis nos alertar para a
necessidade de termos coragem para enfrentarmos todo tipo de ofensa, todo
tipo de perseguição daqueles de opinião contrária aos ensinos cristãos. Então
é preciso que tenhamos coragem, porque Jesus, através de Mateus e Lucas,
disse que aquele que não tiver coragem de reconhece-lo, de afirma-lo em
atos e palavras diante dos homens, por conveniência, por medo, por
covardia, enfim, por qualquer tipo de atitude voltada para a visão e as
necessidades materiais, essa criatura não terá o amparo do Cristo diante do
Pai que está nos céus.
Assim, aquele que negar o Mestre diante dos homens, será negado por Ele
diante do Pai. Não é que Jesus vá abandona-lo em momento algum, apenas
esse irmão sairá do raio de proteção do Cristo depois daquele testemunho
negado, a sintonia foi perdida.
Um exemplo de falta de coragem da fé foi Pedro, que negou Jesus por três
vezes, tomado pelo medo.
Muita Paz!
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Coragem da fé: testemunhar Jesus

  • 1.
  • 2. Em várias passagens do Evangelho, Jesus salienta a importância da coragem de testemunhar a própria fé. Por exemplo, em determinado ponto da narrativa evangélica, o Cristo afirma que ninguém deve se envergonhar Dele e de Suas palavras. “Aquele que me confessar e me reconhecer diante dos homens, eu também o reconhecerei e confessarei diante de meu Pai que está nos céus; e aquele que me renegar diante dos homens, também eu o renegarei diante de meu Pai que está nos céus”. (Mateus, cap. X, vv. 32 e 33). Em outra passagem, encontramos o Mestre convocando os seus doze discípulos e discorrendo sobre a missão deles. Depois, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos para os expelirem e para curar todas as enfermidades.
  • 3. É importante notar que a expulsão dos espíritos imundos a que o Evangelho se refere, hoje nós sabemos, nada mais é do que tratar dos processos obsessivos. Embora Jesus e seus discípulos tenham operado curas materiais, é mais no sentido moral que devemos entender esta ordem do Cristo. Durante algum tempo, os discípulos se dedicaram ao aprendizado junto ao Mestre. Espíritos de alto progresso espiritual que eram, não encontraram dificuldade em assimilar as lições que Jesus lhes ministrava diariamente, não só pelas palavras como também pelo exemplo. Fortificados pela fé que o Cristo lhes acendera nos corações e, estando preparados para continuarem a obra evangélica, foram encaminhados ao trabalho, com a seguinte recomendação: “Não procureis os gentios e não entreis nas cidades dos samaritanos.
  • 4. Ide, antes, em busca das ovelhas perdidas da casa de Israel”. (Mateus, cap. X, vv, 5ª7) Jesus ao dizer aos discípulos para que não se dirigissem aos gentios não quis com estas palavras desprezar a conversão deles, o que não seria nada caridoso. É que os judeus já acreditavam num único Deus uno e esperavam o Messias, e estavam preparados pela lei de Moisés e pelos profetas, para receberem a Sua palavra. Entre os gentios, como não houvesse base, tudo estava por fazer, e os discípulos ainda não estavam suficientemente esclarecidos para uma tarefa tão difícil. Ainda não era o momento próprio de trabalhar com aquele grupamento. O Mestre sabia que a conversão deles viria a seu tempo, com o trabalho de Paulo de Tarso, como de fato aconteceu mais tarde.
  • 5. Quanto aos samaritanos, embora fossem judeus, nutriam uma aversão profunda contra os da sua raça, datando da época da separação do reino de Israel. As duas nações tinham como único princípio a divergência de opinião religiosa, embora tivessem a mesma origem. Os samaritanos tinham uma visão própria, diferenciada, e estudavam os textos sagrados diferentemente da nação hebraica. Para os judeus ortodoxos, os samaritanos eram heréticos. E, Por isso mesmo, eram excomungados e perseguidos. Foi por isso que Jesus ordenou a seus discípulos para que se dirigissem antes aos que já estavam em condições de entender os novos ensinamentos, e os israelitas eram, naturalmente, os indicados para primeiro receberem o Evangelho, dado o longo preparo espiritual que a lei de Moisés os tinha submetido.
  • 6. E os discípulos dirigindo-se a eles encontrariam um terreno propício à semeadura. Por esta razão o Mestre falou: “Ide antes de encontro às ovelhas perdidas da casa de Israel”. Caso os discípulos procurassem em primeiro lugar outros povos, as dificuldades para a difusão do Evangelho seriam maiores. Com o tempo, todos os povos se preparariam convenientemente e, então, surgiriam novos trabalhadores que lhes levariam a clareza dos Ensinos do Cristo. As palavras de Jesus também se aplicam aos divulgadores do Espiritismo. O discípulo inteligente deve seguir a mesma diretriz. Primeiro, os que estão em estado de compreenderem a Doutrina. Os outros virão depois.
  • 7. Primeiro, as pessoas de boa vontade, que desejam a luz, nas quais encontrarão uma semente fecunda. Depois os outros, que se agarram ao orgulho e se comprazem na obscuridade. Acredito que esse estudo seja de suma importância para todos nós. Pois, é ele que nos ensina a termos fidelidade a Jesus. E também nos ensina a exercitarmos essa tarefa, a coragem da fé, cujo objetivo é o de nos instruir sobre a necessidade de darmos testemunho de nossa fé em Deus diante das criaturas, e nos esclarecer que esse testemunho implica na observância dos ensinamentos deixados pelo Cristo.
  • 8. Então, em que consiste confessar Jesus diante dos homens? Consiste em viver de conformidade com seus ensinamentos e ter coragem suficiente para abandonarmos preconceitos de religiões dogmáticas e das classes sociais, e ver em cada ser um irmão, que merece o nosso respeito, carinho e consideração. Enfim, confessar Jesus diante dos homens é submeter-se à lei da fraternidade universal. “Ide, pois, e levai a palavra divina aos grandes que a desprezarão; aos eruditos que exigirão provas; aos pequenos e simples que a aceitarão”.
  • 9. Nessa passagem evangélica, Jesus chama a atenção daqueles que pretendem ser seus seguidores para a importância de assumirem essa posição diante das pessoas, diante do mundo, e não temerem falar em nome Dele, nem de divulgar os Seus ensinos. E esses ensinamentos precisam ser defendidos com extrema coragem. Em épocas passadas, defender as ideias do Cristo era terminar nos circos romanos. Por isto, fé é crer. Fé é entrega total. Fé religiosa é a crença em Deus. Fé é soltar a corda e entregar-se confiante no Pai. A fé é o diferencial que gera a escala de elevação espiritual. Paulo de Tarso diz que Deus aceita os espíritos pela fé que exercem.
  • 10. É importante perceber que, quando Jesus disse que não veio trazer a paz e sim a espada, isto é, que os Seus ensinamentos iriam revolucionar, iriam promover uma guerra nos corações endurecidos, quis nos alertar para a necessidade de termos coragem para enfrentarmos todo tipo de ofensa, todo tipo de perseguição daqueles de opinião contrária aos ensinos cristãos. Então é preciso que tenhamos coragem, porque Jesus, através de Mateus e Lucas, disse que aquele que não tiver coragem de reconhece-lo, de afirma-lo em atos e palavras diante dos homens, por conveniência, por medo, por covardia, enfim, por qualquer tipo de atitude voltada para a visão e as necessidades materiais, essa criatura não terá o amparo do Cristo diante do Pai que está nos céus.
  • 11. Assim, aquele que negar o Mestre diante dos homens, será negado por Ele diante do Pai. Não é que Jesus vá abandona-lo em momento algum, apenas esse irmão sairá do raio de proteção do Cristo depois daquele testemunho negado, a sintonia foi perdida. Um exemplo de falta de coragem da fé foi Pedro, que negou Jesus por três vezes, tomado pelo medo. Muita Paz! Meu Blog: http://espiritual-espiritual.blogspot.com.br