Este projeto interdisciplinar propõe trabalhar a obra de Jorge Amado com alunos através de atividades que envolvam música e teatro. Os alunos irão ler trechos da obra, extrair ações dos personagens e transformá-las em coreografia e música para apresentar em forma de "flesh mob". O objetivo é tornar a leitura uma atividade prazerosa e criativa para os estudantes.

1. Projeto interdisciplinar: “A Arte de Ler”
Proposta: Flesh Mob, Amado... Jorge... Amado
Integrantes: Adriano Kleeman, Diego Salvador, Guilherme Garibotti, Marlise
Machado e Rodrigo Azevedo.
Introdução:
A partir da proposta do projeto “A Arte de Ler”, nós pibidianos da música
e teatro, inseridos na escola A. J. Renner, em Montenegro, pensamos acerca
da literatura, um meio de torná-la mais próxima dos alunos, incentivando-os por
este caminho, através da curiosidade e não da imposição.
A maioria de nós teve seu contato com livros de grandes autores como
Machado de Assis, Joaquim Manuel de Macedo e José de Alencar, como
leitura obrigatória na escola e nem sempre este contato foi tão prazeroso
quanto poderia ter sido. Mas como fazer com que nossos jovens conheçam tais
autores, sem que tenhamos que obrigá-los?
Neste ano, temos o centenário de um grande autor de nossa literatura,
Jorge Amado. Pensando na literatura envolvente de Jorge e em uma atividade
artística que envolva nossas áreas, chegamos a uma ideia que nos pareceu
oferecer os recursos necessários para a realização de uma celebração entre
estas.
Objetivos:
Acreditamos que o ponto diferencial de “A Arte de Ler”, nos aponta para
o seguinte caminho. Propor uma atividade, que envolva e proporcione um
contato dos alunos com o livro, de forma prática, lúdica. No qual o ato de
leitura, seja também um ato de criação e (re)criação.
Metodologia:
A partir da escolha conjunta de uma obra de Jorge Amado, contando
para isto, com o auxílio da professora de português e literatura. Passaremos
por um processo de seleção de turmas com as quais iremos trabalhar em
ações pontuais. A primeira ação será apresentar o tema do livro a partir de

2. fragmentos retirados do mesmo, aliados ao exercício do passo. No qual
reorganizaremos a história, propondo uma espécie de composição inicial.
Utilizando também exercícios de regência corporal.
Cabe ressaltar, que tais atividades são bem comuns à música e teatro,
ainda que ambas possuam suas especificidades de acordo com cada
linguagem.
A segunda etapa será a divisão de capítulos por grupo de trabalho. Os
alunos deverão ler e retirar de cada capítulo, algumas ações que poderão ser
utilizadas para a criação de uma futura coreografia. Por exemplo: “Os
pescadores jogavam a rede após muito remar.” Os alunos podem retirar daí
duas ações remar, reproduzindo seu gesto correspondente e jogar a rede.
A terceira etapa é um novo encontro no qual combinaremos as ações,
com o exercício de regência corporal, associando sons aos movimentos
retirados do texto. Explorando as possibilidades de variações rítmicas,
gravando estas experiências.
Na quarta etapa, parte dos grupos de trabalho se dividem, para mixar os
sons retirados do material gravado e posteriormente, compormos a partir dos
fragmentos retirados da história a letra da canção.
A última etapa, será o momento de associar as ações retiradas do texto,
com a música criada a partir do mesmo, criando nosso “flesh mob” que será
realizado nas duas escolas inseridas no PIBID atualmente.
O “flesh mob” é um acontecimento. Em um lugar onde a maioria das
pessoas desconhece que o mesmo ocorrerá, uma música começa a tocar e
pouco a pouco as pessoas vão se juntando e fazendo uma mesma coreografia
que é previamente combinada.
Uma de nossas proposições é levar este “acontecimento” para a Feira
do Livro da cidade de Montenegro no ano que vem.
Conclusão:
Acreditamos que desta forma, os alunos experimentarão diferentes
possibilidades de leitura e “interpretação”, recriando e corporificando a história,
ressignificando e apropriando-se da mesma. Esperamos que a partir desta
proposição, outros alunos se sintam estimulados a repetir junto de seus

3. professores ações semelhantes, gerando um maior fluxo de ações literário-
artísticas na escola A. J. Renner.