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FLASH MOB
MOB FLASH MOB FLASH MOB

FLASH MOB
Abreviação da expressão em inglês
FLASH MOBILIZATION
FLASH MOB = MOBILIZAÇÃO INSTANTÂNEA

Aglomeração instantânea de pessoas em
um local público para realizar uma ação
previamente organizada, que se dispersa
com a mesma instantaneidade.
▲Identificamos

Uma combinação incontável de corpos, profissões, idéias,
religiões, opiniões, modos de viver, de educar e de fazer arte que
irradiam uma multiplicidade de histórias, favorecendo todo tipo
de trocas, exemplificando a influência da cultura híbrida.
▲ HIBRIDISMO CULTURAL
Nos acontecimentos flash mobs, a relação entre espaço e lugar ganha
centralidade, na medida em que a cidade constitui-se em “lugar” atravessado por
dois tipos de espaço: os espaços físicos e os ciberespaços, consolidando assim
os espaços híbridos.

Define espaço híbrido como sendo a mistura ou desaparecimento das bordas
entre espaços físicos e virtuais, a influência da virtualidade no mundo físico e a
influência do físico no mundo virtual, gerados pela mobilidade contínua dos
sujeitos, usuários de tecnologias móveis de comunicação, conectados à
Internet e a outros usuários.
▲Como acontecem
Os flash mobs assumem o papel de criar novos tipos de
interação e ocupação dos espaços urbanos através do uso
de mídias tecnológicas que permitem novas formas de
comunicação e informação.

Para os Flash Mobs de dança
acontecerem uma data, local e horário
são
determinados,
após
a
estruturação
de
coreografia
previamente elaborada e divulgadas
na rede em forma de vídeos tutoriais
de dança.
Pela multiplicidade de corpos participantes em uma Intervenção urbana
do tipo flash mob, o cenário onde as pessoas estão vivendo se
transforma. Trata-se de ações que arrancam multidões de suas
posições de receptoras e espectadoras passivas de todos os símbolos
dentro da cidade, criando um diálogo simbólico onde o espectador
passa a interagir com determinada arte.

Esta intervenção quer atenção, foco e sensibilidades
voltados para ela. A cidade, com seus cartazes, placas de
trânsito, fachadas de lojas e outdoors, transforma-se e
renova-se, então, como lugar de troca simbólica e
representação estética.
▲ História
O uso do termo flash mob data de aproximadamente 1800, porém não da maneira
como o conhecemos hoje. O termo foi usado para descrever um grupo de prisioneiras
da Tasmânia que viraram de costas para o reverendo local, governador e primeira
dama, levantaram as roupas, mostrando as partes íntimas simultaneamente, fazendo
um barulho muito alto com as mãos.

O primeiro flash mob (com seu conceito
atual) de que se tem notícia aconteceu
em 2003, quando cerca de cem
pessoas entraram repentinamente em
uma loja em Manhattan e ficaram em
volta de um tapete específico.
O objetivo é, em sua essência, aparecer, ser visto, causando impacto
pelo totalmente diferente e quebrar a monotonia do cotidiano.
Caracteriza-se por uma performance em grupo, com movimentos précoreografados, e depois do tempo previamente estabelecido,
geralmente alguns poucos minutos, as vezes até mesmo segundos,
todos se dissipam. Todas as ações seguem um plano, ou melhor, um
roteiro com etapas a serem seguidas por todos.
O flash mob é um movimento que se cria no ciberespaço, se
materializa em um contato pessoal e, ao se dissipar, acaba
retornando ao ciberespaço, principalmente a partir de registros em
blogs, twitters e vídeos. Em outras palavras, um flash mob surge
pela organização virtual na forma de interação em rede social na
Internet e se perpetua também no virtual, mas só tem sua razão de
ser pela sua ação/intervenção no plano físico/presencial.

▲ ENTÃO, VAMOS INTERVIR, OCUPAR, DANÇAR?
▲ Referências
ANDRADE, Renato. Flash mob: a união faz a força. Grupo Foco: comunicação, cotidiano, marketing.
2010. Disponível em <http://www.toptalent.com.br/index.php/2010/11/29/flash-mob-a-uniao-faza-forca/>.

ALZAMORA, Geane; ALENCAR, Renata. Flashmob: reflexões preliminares sobre uma experiência de
rede. In: ENECULT - ENCONTRO DE ESTUDOS MULTIDISCIPLINARES EM CULTURA, 5., 2009,
Salvador. Anais... Salvador: Faculdade de Comunicação/UFBA, 2009.
AUGÉ, M. Não-lugares: Introdução a uma antropologia da supermodernidade. Campinas: Papirus,
1994.
CANCLINI, Néstor García. Consumidores e cidadãos: conflitos multiculturais daglobalização. Rio de
Janeiro: UFRJ, 1995.
CARMO, Ana Lúcia do; et al. COMUNICAÇÃO MÓVEL: produção de conteúdo artístico-cultural para
mídias móveis. 2007. 59 f. Projeto Experimental. Curso de Comunicação Social Gestão de
Comunicação Integrada da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2007.
LARAIA, Roque de Barros. Cultura – um conceito antropológico. 18 ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1986.

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Flash mob

  • 1. FLASH MOB FLASH MOB FLASH MOB FLASH FLASH MOB MOB FLASH MOB FLASH MOB FLASH MOB FLASH MOB FLASH MOB FLASH FLASH MOB FLASH MOB MOB FLASH FLASH MOB MOB FLASH MOB FLASH MOB FLASH MOB
  • 2. Abreviação da expressão em inglês FLASH MOBILIZATION FLASH MOB = MOBILIZAÇÃO INSTANTÂNEA Aglomeração instantânea de pessoas em um local público para realizar uma ação previamente organizada, que se dispersa com a mesma instantaneidade.
  • 3. ▲Identificamos Uma combinação incontável de corpos, profissões, idéias, religiões, opiniões, modos de viver, de educar e de fazer arte que irradiam uma multiplicidade de histórias, favorecendo todo tipo de trocas, exemplificando a influência da cultura híbrida.
  • 4. ▲ HIBRIDISMO CULTURAL Nos acontecimentos flash mobs, a relação entre espaço e lugar ganha centralidade, na medida em que a cidade constitui-se em “lugar” atravessado por dois tipos de espaço: os espaços físicos e os ciberespaços, consolidando assim os espaços híbridos. Define espaço híbrido como sendo a mistura ou desaparecimento das bordas entre espaços físicos e virtuais, a influência da virtualidade no mundo físico e a influência do físico no mundo virtual, gerados pela mobilidade contínua dos sujeitos, usuários de tecnologias móveis de comunicação, conectados à Internet e a outros usuários.
  • 5. ▲Como acontecem Os flash mobs assumem o papel de criar novos tipos de interação e ocupação dos espaços urbanos através do uso de mídias tecnológicas que permitem novas formas de comunicação e informação. Para os Flash Mobs de dança acontecerem uma data, local e horário são determinados, após a estruturação de coreografia previamente elaborada e divulgadas na rede em forma de vídeos tutoriais de dança.
  • 6. Pela multiplicidade de corpos participantes em uma Intervenção urbana do tipo flash mob, o cenário onde as pessoas estão vivendo se transforma. Trata-se de ações que arrancam multidões de suas posições de receptoras e espectadoras passivas de todos os símbolos dentro da cidade, criando um diálogo simbólico onde o espectador passa a interagir com determinada arte. Esta intervenção quer atenção, foco e sensibilidades voltados para ela. A cidade, com seus cartazes, placas de trânsito, fachadas de lojas e outdoors, transforma-se e renova-se, então, como lugar de troca simbólica e representação estética.
  • 7. ▲ História O uso do termo flash mob data de aproximadamente 1800, porém não da maneira como o conhecemos hoje. O termo foi usado para descrever um grupo de prisioneiras da Tasmânia que viraram de costas para o reverendo local, governador e primeira dama, levantaram as roupas, mostrando as partes íntimas simultaneamente, fazendo um barulho muito alto com as mãos. O primeiro flash mob (com seu conceito atual) de que se tem notícia aconteceu em 2003, quando cerca de cem pessoas entraram repentinamente em uma loja em Manhattan e ficaram em volta de um tapete específico.
  • 8. O objetivo é, em sua essência, aparecer, ser visto, causando impacto pelo totalmente diferente e quebrar a monotonia do cotidiano. Caracteriza-se por uma performance em grupo, com movimentos précoreografados, e depois do tempo previamente estabelecido, geralmente alguns poucos minutos, as vezes até mesmo segundos, todos se dissipam. Todas as ações seguem um plano, ou melhor, um roteiro com etapas a serem seguidas por todos. O flash mob é um movimento que se cria no ciberespaço, se materializa em um contato pessoal e, ao se dissipar, acaba retornando ao ciberespaço, principalmente a partir de registros em blogs, twitters e vídeos. Em outras palavras, um flash mob surge pela organização virtual na forma de interação em rede social na Internet e se perpetua também no virtual, mas só tem sua razão de ser pela sua ação/intervenção no plano físico/presencial. ▲ ENTÃO, VAMOS INTERVIR, OCUPAR, DANÇAR?
  • 9. ▲ Referências ANDRADE, Renato. Flash mob: a união faz a força. Grupo Foco: comunicação, cotidiano, marketing. 2010. Disponível em <http://www.toptalent.com.br/index.php/2010/11/29/flash-mob-a-uniao-faza-forca/>. ALZAMORA, Geane; ALENCAR, Renata. Flashmob: reflexões preliminares sobre uma experiência de rede. In: ENECULT - ENCONTRO DE ESTUDOS MULTIDISCIPLINARES EM CULTURA, 5., 2009, Salvador. Anais... Salvador: Faculdade de Comunicação/UFBA, 2009. AUGÉ, M. Não-lugares: Introdução a uma antropologia da supermodernidade. Campinas: Papirus, 1994. CANCLINI, Néstor García. Consumidores e cidadãos: conflitos multiculturais daglobalização. Rio de Janeiro: UFRJ, 1995. CARMO, Ana Lúcia do; et al. COMUNICAÇÃO MÓVEL: produção de conteúdo artístico-cultural para mídias móveis. 2007. 59 f. Projeto Experimental. Curso de Comunicação Social Gestão de Comunicação Integrada da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2007. LARAIA, Roque de Barros. Cultura – um conceito antropológico. 18 ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1986.