A inflação é causa de sérios distúrbios econômico-sociais que prejudicam certas classes de pessoas na medida em que beneficiam outras. O principal e mais doloroso efeito da inflação é o da redistribuição da renda das pessoas que recebem formas fixas de remuneração (trabalhadores assalariados, aposentados e pensionistas) cujos rendimentos são corroídos diariamente pela inflação por aqueles que recebem rendas variáveis ou ajustáveis às alterações dos preços (empresários, rendeiros, profissionais liberais e trabalhadores autônomos) que com isso acabam provocando ou realimentando a inflação.
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INTRODUÇÃO
A inflação é o processo de aumento generalizado dos preços dos bens e
serviços transacionados na economia, resultado de uma continua perda do poder
aquisitivo da moeda.
A inflação é relativa, e não absoluta, pois cada pessoa sofre uma taxa de
inflação diferente, decorrente do fato de que, em determinado período de tempo,
os preços de produtos idênticos ou semelhantes variam de forma distinta em cada
ponto de venda e, além disso, pessoas diferentes compram produtos diferentes, em
lugares e momentos diferentes, a preços diferentes e em quantidades diferentes.
Portanto, a inflação que cada pessoa sente, e que envolve a comparação de preços e
quantidades de produtos distintos, é necessariamente diversa da que é percebida
por outra pessoa.
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INFLAÇÃO
A inflação é causa de sérios distúrbios econômico-sociais que prejudicam
certas classes de pessoas na medida em que beneficiam outras. O principal e mais
doloroso efeito da inflação é o da redistribuição da renda das pessoas que recebem
formas fixas de remuneração (trabalhadores assalariados, aposentados e
pensionistas) cujos rendimentos são corroídos diariamente pela inflação por
aqueles que recebem rendas variáveis ou ajustáveis às alterações dos preços
(empresários, rendeiros, profissionais liberais e trabalhadores autônomos) que
com isso acabam provocando ou realimentando a inflação.
Outro efeito importante da inflação é o da redistribuição da riqueza
decorrente da perda de valor dos ativos financeiros face aos aumentos dos preços.
Tal processo flui do devedor para o credor, pois, durante o período da dívida, o
valor real (poder aquisitivo) do débito diminui com a inflação. Para evitar que o
valor real dos títulos sejam menores na data de pagamento do que na data de sua
emissão é necessário uma correção monetária plena do valor expresso em moeda.
Quando a inflação atinge altas taxas as remarcações de preços ocorrem com
tal frequência que as pessoas perdem a noção exata dos preços dos bens e serviços
e, especialmente, dos preços relativos prevalecentes nos mercados.
TIPOS BÁSICOS DE INFLAÇÃO
São dois os tipos de inflação. A de demanda e a de custo. A inflação de
demanda ocorre quando o volume de dinheiro circulando no mercado for superior
à capacidade da produção em atender as unidades compradoras. O consumo
impulsiona as vendas em um patamar cujas empresas não têm condições de
atendê-las, impactando na falta de produtos no comércio varejista..
Por outro lado, os custos também concorrem para o problema. O processo
de fabricação requer gastos com três elementos: Insumos, mão de obra e os
chamados custos indiretos de fabricação. Os últimos podem ser compreendidos
pelos gastos de fabricação que não podem ser apropriados diretamente ao
produto, e precisam ser mesurados. Correspondem à mão de obra e a matéria-
prima indireta, energia, água, salários da gerência, entre outros gastos com a
produção.
Os aumentos nesses itens impulsionarão os custos totais. E ao abarcarem
todos setores da economia, tendem a contribuir para a instalação de um quadro
inflacionário. Por essa razão, as matrizes energéticas e suas estruturas requerem
fortes investimentos, assim como as atividades que envolvem a extração dos
insumos até a sua disponibilidade nas indústrias de transformação. Quanto menos
perdas houver nesse processo, menores deverão ser os custos totais de fabricação.
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O OBJETIVO DO GOVERNO
Portanto, o governo busca a estabilização dos preços. Todas as decisões
levam a esse objetivo. As determinações governamentais visam a valorização do
poder de compra da população, a fim de aquecer a economia, com parcimônia e
cautela. Nos períodos de ajustes, há atenção e expectativa em relação à reação do
mercado e as suas consequências, além da avaliação dos riscos para o futuro.
CORRENTES DO PENSAMENTO ECONÔMICO DE COMBATE À
INFLAÇÃO
De acordo com o pensamento ortodoxo, a inflação é decorrente do processo
de emissão monetária devido aos défices públicos, o que eleva a demanda e força a
alta de preços. Sendo assim, para combater a inflação, deve-se estancar a emissão
de moeda, o que só pode ser conseguido com a retração da demanda, quer no
sector privado, através da elevação dos impostos, quer no sector público, através
da queda dos gastos públicos. Assim, o combate inflacionário é conseguido através
de uma política recessiva.
Para os Heterodoxos, a inflação não decorre de excesso de demanda
provocada pela emissão monetária. A emissão monetária é vista muito mais como
uma decorrência da inflação do que como causa. Assim, a inflação poderia ser
combatida sem o apelo ao controle da demanda, isto é, não haveria necessidade de
uma política recessiva. O congelamento de preços e salários é um tipo de medida
(política de rendas) característico desta corrente.
Historicamente, dentro do Estado coexistem as correntes denominadas
desenvolvimentistas ou heterodoxas, preocupadas com o crescimento econômico a
qualquer custo, e as correntes ortodoxas ou pragmáticas, preocupadas tão-
somente com o equilíbrio dos chamados fundamentos macroeconômicos, que uma
vez alcançado, abriria caminho para o crescimento econômico.
MEDIDAS DE COMBATE À INFLAÇÃO
Ao aumentar o preço do dinheiro, diminui-se a massa monetária em
circulação caso as taxas de juro dos empréstimos sejam altas, os empresários
abdicam do investimento originando um abrandamento na actividade económica e
alimentando a inflação através da diminuição da oferta.
Modernização do Sector produtivo
Procura aumentar a competitividade, o que implicaria a possibilidade de
diminuição dos preços
Política monetária restritiva
Assenta em três medidas:
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No entanto, levanta-se uma questão: Quem irá beneficiar directamente desse
aumento da produtividade?
Diminuir a massa monetária em circulação;
Impor limites à concepção de crédito;
Obrigar os bancos a aumentar a reserva legal.
Controlo das despesas públicas
Nas sociedades modernas, o Estado tem um papel muito importante na economia
Caso ele limite os seus gastos, os preços vão sentir essa repercussão
Subida das taxas de juro
Modernização do sector produtivo
Política monetária restritiva
Controlo das despesas públicas
MEDIDAS PARA CONTROLAR INFLAÇÃO
Além da subida da taxa de juros, é necessário o controlo da actividade dos agentes
comerciais e o aumento da produção interna para conter a inflação na economia,
defenderam economistas angolanos a propósito das recentes medidas monetárias
do Banco Nacional de Angola (BNA).
A propósito da subida da taxa basica de juro de 16 porcento para 18%/ano,
decisão tomada pelo do Comité de Política Monetária do BNA, Lopes Paulo e José
Severino, defenderam a necessidade de combinação de políticas para combater a
inflação.
A subida da taxa de juros vai alterar imediatamente o preço da moeda nos
bancos comerciais, isto é, o crédito ou o dinheiro a ser emprestado pelos bancos
ficará mais caro.
Com tal situação, explicou o economista, as famílias reduzirão o consumo e
as empresas verão o acesso aos créditos de tesouraria e de investimentos
dificultados.
Argumentou que o actual quadro de inflação não decorre de excesso de
moeda na economia, mas da escassez de oferta de produtos e que para contrapor
tal situação é necessário a produção interna que vai evitar a importação de bens e
serviços no exterio.
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CONCLUSÃO
Com base as pesquisas feitas concluimos que as Politicas de Combate a
Inflação gera pressões em uma situação na qual a economia estaria a pleno
emprego dos factores de produção, quadro agravado pela reedução das
importações. Os preços tamb[em estariam sendo bpressionado em virtude de um
desequilibrio sectorial entre os investimentos no sector de bens de capital e os
gastos com a produção de bens de consumo, sobretudo derivados do incremento
da construção civil, principalmente das obras Públicas. Nesta situação o governo
deve adotar medidas para restringir a liquidez. Ao n]ao conseguir esse objectivo o
governo sanciona a Inflação.